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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS - UFAM FACULDADE DE TECNOLOGIA ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO LABORATÓRIO DE FÍSICA I E Relatório: Análise gráfica de dados LABORATÓRIO DE FÍSICA I E – IEF029 ALUNO: Gustavo de Freitas Martins - 21755245 TURMA: 14 PROFESSOR: Dr. Oleg Gregorievich Balev DATA: 05/06/2018 Manaus Junho de 2018 Aluno: Gustavo de Freitas Martins Equipe: • Luan Serra Tavares • Micael de Sousa Pimentel • Ausier Abrunhosa Furtado de Mendonça Neto • Yasmin Sales ANÁLISE GRÁFICA DE DADOS Trabalho apresentado no curso de Graduação em Engenharia da Computação na Universidade Federal do Amazonas. Orientador: Dr. Oleg Grigorievich Balev SUMÁRIO OBJETIVO………………………………………………………………………………………..1 INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………………...1 TEORIA…………………………………………………………………………………………...1 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL…………………………………………………………..2 RESULTADOS……………………………………………………………………………………3 Experimento 1………………………………………………………………...……...…..3 Experimento 2………………………………………………………………...……...…..5 CONCLUSÃO…………………………………………………………………………………….8 OBJETIVO Determinar leis e grandezas físicas a partir da análise de gráficos de dados experimentais. Os experimentos tiveram como objetivo gerar dados suficientes para que sejam determinadas a constante elástica da mola utilizada e a aceleração da gravidade através de um pêndulo simples. INTRODUÇÃO No seguinte relatório será visto os resultados do experimento realizado por um grupo acadêmico de alunos no laboratório de mecânica da UFAM, os experimentos realizados foram os da Unidade 2 do Manual de Física 1-4. Os experimentos realizados foram os de análise gráfica de dados. A partir dos dados coletados em laboratório, foram construídos gráficos que relacionam os fenômenos físicos com suas respectivas fórmulas permitindo assim que fosse realizada uma análise para determinar diversas características das leis físicas e comprovar a eficácia do método científico. TEORIA A análise gráfica de resultados experimentais busca encontrar a relação entre as diversas variáveis medidas no laboratório, ou seja, encontrar o comportamento de uma função que represente o fenômeno físico. Existe uma grande variedade de forças de interação, e que a caracterização de tais forças é, via de regra, um trabalho de caráter puramente experimental. Entre as forças de interação que figuram mais frequentemente nos processos que se desenvolvem ao nosso redor figuram as chamadas forças elásticas, isto é, forças que são exercidas por sistemas elásticos quando sofrem deformações. Por este motivo é interessante que se tenha uma idéia do comportamento mecânico dos sistemas elásticos. Não conhecemos corpos 1 perfeitamente rígidos, uma vez que todos os experimentados até hoje sofrem deformações mais ou menos apreciáveis quando submetidos à ação de forças, entendendo-se por deformação de um corpo uma alteração na forma, ou nas dimensões do corpo considerado. Essas deformações, que podem ser de vários tipos - compressões, distensões, flexões, torções, etc - podem ser elásticas ou plásticas. A lei física que relaciona a elasticidade dos corpos é a lei de Hooke que se dá por: F=k∗Δ l (Eq 1-0) Sendo F a força em Newtons, k a constante elástica em newtons/metro e Δl a deformação em metros. Os movimentos periódicos ou oscilatórios são aqueles que se repetem em intervalos regulares ou indefinidamente. Em nosso dia-a-dia estamos cercados destes movimentos: barcos oscilando no cais, movimento dos pistões nos motores dos carros, vibrações sonoras produzidas por um clarinete, por exemplo, entre outros. E é por, isso que as oscilações desempenham um papel fundamental em todos os ramos da física (mecânica, óptica, acústica, etc.). Um tipo importante desses movimentos é o pêndulo simples, que consiste em um sistema idealizado composto por um fio leve e inextensível de comprimento L. Sua extremidade superior fica fixada a um ponto que permite sua livre oscilação, na extremidade inferior uma massa m é presa. Quando esse corpo é retirado de sua posição de equilíbrio e depois largado, passa a oscilar em um plano vertical, a força restauradora acontece sob a ação da gravidade. A lei física que relaciona o pêndulo simples se dá por: T=2π √ lg (Eq 2-0) Sendo T o período de oscilação em segundos, l o comprimento da corda em metros e g a gravidade. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL No dia 27/03/2018 um grupo acadêmico de alunos (4) realizou os experimentos da unidade 2 contida no Manual de Física 1-4 no laboratório de mecânica sob orientação do professor Oleg Balev. Os seguintes materiais foram utilizados nos experimentos: • 1 mola com 192mm de comprimento(sem peso, medida a partir do ponto de fixação 2 até a ponta do gancho) • 1 porta-peso • 5 pesos com 50g cada • 1 suporte para os pesos • 1 cilindro com furo • 1 barbante • 1 régua milimetrada O experimento 1 foi realizado conforme indicações do professor: primeiramente foi analisada a condição da mola utilizada, a mesma se encontrava com sinais de uso porém não haviam danos aparentes. Em seguida foi realizada a medição, utilizamos como referência o ponto de fixação da mola até a base do porta-peso, da posição da mola apenas com o porta-peso onde obtivemos um comprimento de 330mm. Em seguida a medição foi repetida adicionando um peso de 50g a cada nova medida, esses resultados serão apresentados mais a frente no relatório. O experimento 2 consistiu na medição do tempo de oscilação de um pêndulo simples. Primeiramente fixamos o comprimento do barbante em 400mm conforme indicação do professor e fomos aumentado em 100mm após as devidas medições, o experimento foi realizado 10 vezes para cada comprimento do barbante a fim de minimizar erros e facilitar a leitura dos dados. Optamos por soltar o pêndulo de um ângulo de aproximadamente ±10º. RESULTADOS • Experimento 1 Medições de comprimento(mola+porta-peso) PESO(g) POSIÇÃO(mm) 0(apenas o porta-peso) 330 ± 2 50 ± 1 355 ± 2 100 ± 1 380 ± 2 150 ± 1 405 ± 2 200 ± 1 430 ± 2 250 ± 1 455 ± 2 3 A força que atua na mola nesse experimento é a Força Peso que pode ser calculada pelo produto da massa pela aceleração da gravidade. F=m∗g Valores de F responsáveis pela elongação da mola e sua distensão PESO(kg)* F±Δ F (N) y±Δ y (m) 0(apenas o porta-peso) 0 0 0,05 0,49 ± 0,1 0,025±2∗10−4 0,1 0,98 ± 0,1 0,05±2∗10−4 0,15 1,47 ± 0,1 0,075±2∗10−4 0,2 1,96 ± 0,1 0,1±2∗10−4 0,25 2,45 ± 0,1 0,125±2∗10−4 *Não foi incluída a margem de erro para o peso pois a mesma é desprezível(<0,001kg). F = f(y) 4 O ângulo Θ da reta do gráfico F = f(y) pode ser calculada fazendo a razão entre o cateto oposto(CO) pelo cateto adjancente(CA): tanΘ=CO CA (Eq 3-0) Ou seja, tanΘ=1,96 0,1 =19,6 Aplicando a função arctan, temos que: arctan(19,6)≈87 º Assim, temos que o ângulo de inclinação da reta é aproximadamente 87º. • Experimento 2 Como definido na seção “Procedimento experimental” foi medido o tempo correspondente a 10 oscilações. Medições de oscilações L(mm) Ângulo(º) t1(s) t2(s) t3(s) t4(s) t5(s) 400 -10 0,633 0,634 0,635 0,635 0,632 10 0,642 0,643 0,644 0,644 0,647 500 -10 0,692 0,691 0,692 0,690 0,692 10 0,730 0,730 0,732 0,733 0,733 600 -10 0,763 0,766 0,765 0,764 0,765 10 0,797 0,795 0,792 0,793 0,793 700 -10 0,838 0,841 0,837 0,837 0,836 10 0,851 0,851 0,851 0,850 0,850 800 -10 0,891 0,890 0,890 0,890 0,893 10 0,908 0,908 0,908 0,909 0,908 900 -10 0,952 0,953 0,951 0,951 0,953 10 0,956 0,957 0,956 0,957 0,957 1000 -10 0,972 0,970 0,969 0,971 0,973 10 0,986 0,987 0,986 0,986 0,986 5 Assim, paracalcularmos o valor de T para cada comprimento fazemos a média aritmética dos dados obtidos no laboratório. Resultados da média aritmética para T L(m) (T±0,01) s 0,4 1,278 0,5 1,424 0,6 1,558 0,7 1,688 0,8 1,800 0,9 1,908 1 1,958 Fazendo o gráfico do período em função do comprimento temos: T = f(l) 6 Conforme informado no Manual Física 1-4, fazemos o quadrado do período em função do comprimento: T² = f(l) O ângulo Θ da reta do gráfico T² = f(l) pode ser calculada como no experimento 1 utilizando a Eq(3-0), porém o software Origin já fornece a coeficiente angular da reta através da função Fit linear. Assim, temos que α = 3,7998 Aplicando a função arctan, temos que: arctan(3,7998)≈75 º Assim, temos que o ângulo de inclinação da reta é aproximadamente 75º. 7 Sabendo que o período simples é dado por: T=2π √ lg A partir dos valores conhecidos, é possível calcular a aceleração da gravidade (g). Conforme indicado do Manual de Física 1-4, temos que: α=4π 2 g Assim: g=4π 2 α E portanto: 4π 2 3,7998 ≈10,389m/s2 CONCLUSÃO Com os dados obtidos no experimento 1, podemos determinar a constante elástica da mola utilizada através da fórmula F=k∗Δ l . 2,45 = k * 0,125 k = 2,45/0,125 k = 19,6 N/m Assim, a constante elástica(k) da mola utilizada no experimento é de 19,6 N/m. Portanto, podemos concluir a força necessária para causar uma deformação numa modela é linear e crescente, sendo representada por uma equação linear de primeira ordem. Essa equação é conhecida como lei de Hooke. Obtivemos um valor de aproximadamente 10,389 m/s² para a gravidade, com um erro de 0,6 m/s² em relação ao valor real da gravidade(cerca de 9,789 m/s² na linha do equador). Analisando o gráfico “T² = f(l)” podemos observar que há uma inconsistência na linha do gráfico na medida de 1 m, sendo essa a provável causa do erro no valor obtido da gravidade. Essa diferença pode ser atribuída a diversos fatores, dentre eles: imperícia dos alunos ou defeitos no equipamento utilizado. Os dados obtidos são satisfatórios e demonstram que o experimento foi realizado 8 corretamente seguindo as orientações do professor. Respondendo as questões propostas para o experimento 1: 1)Sendo k a inclinação da reta, a equação que representa a reta obtida no gráfico F = f(y) será: f (x)=kx . 2) A força necessária para criar uma deformação numa mola é igual ao produto da constante elástica pela deformação. O experimento 2 foi realizado conforme orientações do professor, o grupo optou por uma oscilação de cerca de 20º o que acabou gerando erros pois o pendulo simples é melhor representado por oscilações menores. Apesar disso, obtivemos resultados consistentes obtendo uma reta perfeita no gráfico T² = f(l) até cerca 900mm. Conforme proposto no manual física 1-4, obtivemos um valor bastante aproximado para a gravidade, com apenas 0,01m/s² de erro. Respondendo as questões propostas para o experimento 2: 1) Obtivemos uma curva do tipo logarítmica, isso deve ao fato de T ser dado por 2π √ lg . 2) Pois o gráfico 1 não é linear, assim seria foi necessário linearizar o gráfico para podermos calcular o ângulo da reta. Isso foi feito elevando ambos os lados da equação por 2. 9
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