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Disciplina: Metodologia do ensino do handebol Aula 04: Meios técnicos ofensivos Apresentação Os meios técnicos ofensivos, também desenvolvidos como fundamentos técnicos do handebol, são movimentos realizados durante o jogo. Os principais são: empunhadura, recepção, passe, drible, arremesso e finta. Em alguns esportes, são denominados fundamentos e, em outros, simplesmente técnicas. No handebol, por convenção da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), estes são chamados de meios técnicos. Vamos aprender a aplicá-los na prática? Objetivos Definir os conceitos das técnicas e dos posicionamentos do handebol com base nos meios técnicos ofensivos; Aplicar essas técnicas; Reconhecer as contextualizações entre o jogo de handebol e seus meios técnicos. Empunhadura: fundamentação básica Fonte: Val Thoermer / Shutterstock A adaptação à bola é o conhecimento e a familiarização com o implemento do jogo (bola), descobrindo seu domínio, seu peso, sua textura, suas trajetórias, sua velocidade, e o relacionamento entre espaço e tempo (empunhadura e manejo de bola). No handebol, a prática da empunhadura envolve a ação de segurar a bola, principalmente com uma das mãos. Mas, para facilitar o aprendizado na iniciação do esporte, as duas mãos podem ser utilizadas. A dinâmica desse processo implica livrar-se da bola. Uma estratégia importante para facilitar a ação de jogo é usar somente uma das mãos, com os dedos bem abertos e colocados em uma maior extensão da bola, exercendo certa pressão sobre ela. A palma das mãos deve estar um pouco côncava. Para aplicar essa prática, sugerimos a seguinte atividade: coloque dois alunos de frente um para o outro, jogando a bola para o alto. Eles devem segurá-la, primeiro, com as duas mãos e, depois, com apenas uma. Recepção Ação específica de recepcionar a bola, ou seja, postura apropriada a se empregar no momento de segurar a bola. Para facilitar o movimento da recepção durante o jogo, os braços devem estar estendidos, principalmente na trajetória da bola, e as mãos, paralelas, com formato côncavo bem leve. As palmas precisam ser orientadas para frente, e os dedos não podem estar rígidos ou descontraídos. Objetivo da recepção A recepção tem como objetivo estabelecer uma conexão de continuidade com as jogadas rápidas empregadas durante as fases da partida. Nesse sentido, necessita de certa estabilidade no domínio de bola, especialmente durante seu controle, de modo a manter a posse sem a interferência do adversário ou sem qualquer dificuldade de ação. Tipos de recepção Alta; Média; Baixa; No solo. Observações durante a aprendizagem Quando o jogador recebe a bola a qualquer altura, os braços vão a seu encontro. Os braços devem estar descontraídos (flexionados) na articulação dos cotovelos. Os dedos devem estar levemente estendidos, descontraídos e separados. As mãos devem estar em forma de concha, oferecendo à bola uma grande superfície de encaixe. Na recepção de bola alta, os dedos polegares apontam um para o outro. Na recepção de bola abaixo da cintura, a posição das mãos muda 180°, de modo que os dedos mínimos apontam um para o outro. Erros mais comuns na aprendizagem Rigidez dos membros envolvidos; Posição errada das mãos e dos dedos; Braços estendidos. Durante as aulas, as recepções frontal e diagonal devem ser estimuladas para facilitar a compreensão dos estímulos necessários às demais técnicas ofensivas – em especial o passe. Exemplo Passe para o pivô; Passe para os armadores. Nesse contexto, as atitudes relacionadas à recepção e aos outros fundamentos estão diretamente vinculadas às ações preestabelecidas das condições de jogo. Miri (1980, p. 7) salienta que: [...] o êxito dos exercícios está na dependência de uma iniciação correta, de uma lenta evolução e de aceleração gradual, até que o fundamento seja aplicado corretamente, isto é, de forma natural. Passe Para Tenroller (2004) e Costa Neto (2017), durante o jogo, o passe tem como movimento específico levar ou destinar a bola de um atleta a outro da mesma equipe, fazendo com que seja mexida de forma rápida entre os jogadores, em vez ser transportada por apenas um dos componentes. A ideia é encaminhar a bola até o gol da equipe adversária. Portanto, durante a partida, o passe tem como finalidades as tramas e jogadas produzidas pela equipe. Por isso, durante sua execução, é importante fazê-lo de forma segura e ligeira, o que auxilia vários aspectos do ataque e da defesa. Mas realizar um passe perfeito não é tão simples como parece. Fonte: Vladimir Vasiltvich / Shutterstock Objetivos do passe ⇧ ✓ Movimentar, com segurança e rapidez, a bola entre os jogadores da equipe; ✓ Manter a colaboração entre os jogadores; ✓ Dar continuidade às ações do jogo; ✓ Buscar uma melhor posição para se chegar ao gol adversário, realizando os propósitos do jogo ofensivo. Princípios táticos do passe Durante uma partida de handebol, as ações táticas são muito importantes. Os passes precisam ser executados com força, de acordo com a distância percorrida, que, dependendo da situação de jogo, pode ser curta ou longa. Há passes baixos, próximos a cabeça, rápidos ou lentos. Já a trajetória da bola é classificada da seguinte forma: Direta Quicada Parabólica Tipos de passe Com uma das mãos na altura do ombro Para Costa Neto (2017), este tipo de passe é empregado de forma constante por ser acelerado e de facilidade anatômica. Ele deve ser realizado com uma das mãos posicionada na altura do ombro, especialmente para: Jogadas montadas de quadra; Reposição da bola em jogo; Cobranças de falta. O passe de ombro ou fundamental é o mais importante e o mais seguro do handebol. Por trás da cabeça Dependendo da situação do jogo, este tipo de passe é praticado quando a equipe atacante tenta encobrir a barreira ou jogadores da equipe adversária. Quanto a sua forma de aplicação, o jogador de handebol deve executá-lo por cima e por trás da cabeça. Com uma das mãos por baixo do quadril Para Costa Neto (2017), este tipo de passe deve ser efetuado pelos jogadores de handebol sempre com uma das mãos, abaixo do quadril e, especialmente, ao lado do corpo de quem executa. Deve ser utilizado durante o jogo para sobrepujar estaturas mais elevadas das equipes adversárias, além de fazer as ligações com os pivôs quando da necessidade de vencer longa extensão da quadra. Picado ou quicado Para Tenroller (2004) e Costa Neto (2017), este tipo de passe picado é aproveitado em situações em que a trajetória da bola, por ser quicada até outro jogador da equipe, mesmo tendo certa limitação de força, pode aumentar a velocidade do movimento durante o jogo. À altura do peito Este tipo de passe é muito aplicado na iniciação ao handebol e recomendado em momentos específicos, como, por exemplo, intervalos menores, considerados importantes em reações de continuidade e, principalmente, rápidas. Deve ser executado com as duas mãos. Em pronação Para Costa Neto (2017), este tipo de passe pode ser lateral e para trás, e deve ser executado de forma que a mão esteja em pronação. Em suspensão Costa Neto (2017) estabelece que a forma de execução desta técnica é a mesma do passe frontal (passe de ombro). Entretanto, o autor complementa que, no momento da impulsão (perna contrária ao braço de lançamento), a perna do lado do braço de lançamento deve estar flexionada e elevada para cima. Assim, há aumento de velocidade e, como consequência, altura do salto desejado. Todos os passes podem ser executados com o corpo apoiado no solo e em suspensão. Observações durante a aprendizagem 01 No passe de ombro, o cotovelo deve estar, pelo menos, na altura do ombro. 02 A bola não deve ser agarrada com os dedos fazendo forçapara sustentá-la. 03 A mão deve estar atrás da bola, e não embaixo ou do lado dela. 04 Os passes sempre devem ser feitos em movimento, simulando o próprio jogo. 05 No passe de ombro, o cotovelo não deve ser lançado à frente das mãos. 06 A perna contrária à mão que executa o passe deve estar à frente. 07 Nos passes, o movimento do braço deve acompanhar o movimento da passada naturalmente. 08 Os passes devem seguir a necessidade da situação quanto à força, à trajetória etc. Erros mais comuns na aprendizagem ✓ Rigidez dos membros envolvidos; ✓ Posição errada das mãos e dos dedos; ✓ Cotovelos baixos; ✓ Passe parado; ✓ Passes excessivamente fortes; ✓ Quando se passa com a mão direita, lançar a perna direita à frente muito antes do movimento do braço. Atenção De acordo com Stein & Federhoff (1981, p. 23): “Com o auxílio do passe, conduz-se a bola para uma posição favorável ao arremesso. O nível de desenvolvimento de uma equipe conhece-se pelo modo inteligente como passa a bola. Quando o passe é oportuno e preciso, a bola converte-se num oitavo jogador, já que o deslocamento daquela é sempre mais rápido do que a velocidade que qualquer handebolista pode atingir”. Progressão: com bola (drible) e sem a bola Manejo de bola Com relação a este aspecto, devemos destacar algumas questões básicas: 1.A possibilidade de progredir driblando a bola sem segurá-la na mão, já que, no momento em que ela é segurada, não é permitido voltar a driblar. 2. A possibilidade de caminhar três passos com a bola em seu poder. 3. A impossibilidade de tirar a bola do adversário quando este a segura. 4. A impossibilidade de jogar a bola com nenhuma parte do corpo abaixo joelho. Drible Na literatura específica do handebol (TENROLLER, 2004; COSTA NETO, 2017), o drible é classificado como a ação de bater a bola contra o solo com uma das mãos ou utilizando, de forma contínua, as mãos alternadamente. Nesse caso, o jogador pode estar parado ou em movimento. Assim, durante sua prática, o drible permite ao jogador deslocar-se com a posse da bola. Por meio desse fundamento, o jogador desloca-se com a bola pela quadra ilimitadamente, de forma lícita. O drible é finalizado quando a bola é segurada com uma ou ambas as mãos, ou quando fica pousada na palma da mão. Fonte: Vladimir Vasiltvich / Shutterstock Objetivos do drible ⇧ ✓ Avançar para o gol adversário, ganhando espaço de jogo e buscando um arremesso ou passe para um companheiro de equipe; ✓ Evitar que o jogador ande com a bola; ✓ Livrar-se da marcação individual adversária; ✓ Fintar o adversário. Observações durante a aprendizagem ✓ Os dedos devem estar separados e descontraídos ao máximo. ✓ A bola não deve ser agarrada, batida com a palma da mão nem conduzida de lado com a palma da mão. ✓ A bola deve ser conservada à frente e um pouco ao lado do corpo. ✓ A bola deve ser empurrada em linha oblíqua para o chão na direção da corrida – a linha será mais oblíqua quanto mais rápido correr, a fim de que não seja ultrapassada durante a corrida; ✓ A bola deve ser sugada pela palma da mão. ✓ No drible parado, o corpo deve estar ligeiramente curvado para frente, os joelhos e os cotovelos, semiflexionados, e a cabeça, erguida. Drible em deslocamento Costa Neto (2017) informa que, no desenvolvimento das aulas, é importante explicar que o drible é classificado quanto ao tipo e à altura. O drible alto (em progressão) ocorre quando o atleta progride driblando, com deslocamentos rápidos e velozes, pela quadra de jogo. Esse tipo de drible deve ser empregado pela equipe e pelos jogadores designados para o contra- ataque, que precisa ser rápido. Fonte: Aleksandr Sulga / Shutterstock Já o drible baixo ocorre quando é necessário realizar a contenção, e a bola é mantida sob domínio e proteção diante de um adversário, o que auxilia a organização das jogadas. Esse tipo de drible também acontece no instante em que o atleta o complementa com uma finta. Erros mais comuns na aprendizagem ✓ Bater bola com a palma da mão; ✓ Driblar ao lado do corpo; ✓ Olhar a bola e o piso da quadra; ✓ Manter mãos e dedos contraídos; ✓ Conduzir de lado com a palma da mão. Revisão das regras do drible Após realizar o drible, o aluno está impedido de fazê-lo novamente sem que, antes, a bola toque em outro, na trave ou nos postes da baliza. É permitido fazer a bola rolar no solo com uma ou ambas as mãos. Não é permitido driblar com as duas mãos ao mesmo tempo. O toque involuntário na bola não é considerado drible. No handebol, o drible é fundamento muito importante, mas não é usado como no basquetebol. Deve ser implementado visando aos deslocamentos rápidos, como solução após finta, no duplo ritmo trifásico e como saída para momentos em que todos estejam marcados. Atenção Para Kasler (1985, p. 39): “O drible é apropriado para se adquirir a sensação da bola sob as mais diversas condições e mediante tarefas das mais variadas possíveis. O handebol é um jogo de corrida ou deslocamento. Por isso, durante a aprendizagem das habilidades técnicas da bola, devem-se buscar formas de jogo e exercícios possíveis de serem executados no movimento”. Arremesso ou lançamento Ação do jogador de arremessar ou lançar a bola com uma ou duas mãos em direção à meta do adversário, procurando convertê-lo. O arremesso ao gol é uma técnica que culmina no jogo de ataque. O arremesso como padrão motor básico consiste em lançar a bola ao gol adversário com um braço. Fonte: Vladimir Vasiltvich / Shutterstock Objetivo do arremesso ⇧ ⇧ ✓ Consignar o gol. Para isso, o atleta de posse da bola deve procurar o melhor momento para tentar fazê-lo. ✓ Trata-se do ato de lançar a bola na direção da baliza do adversário com a finalidade de marcar o gol. Essa ação deve ser segura, precisa e rápida. ✓ Marcar um gol não depende do acaso. Atenção Condições importantes para um bom arremesso Oportunidade; Velocidade de reação; Precisão; Força explosiva; Variedade e habilidade na execução. Tipos de arremesso De ombro (clássico) Na altura do quadril Acima da cabeça Por baixo (boliche) Vaselina (cobertura) De rosca (com efeito) Em função do momento de execução ✓ Com apoio em deslocamento; ✓ Em suspensão; ✓ Com giro; ✓ Com queda; ✓ Com giro e queda. Entre as distintas modalidades de arremesso, as mais comuns são: Arremesso com apoio frontal de ombro Braço executor Em posição horizontal – à altura do ombro e com o antebraço flexionado –, formando um ângulo aproximado de 120°. A palma da mão fica voltada para a frente na direção do lançamento, com os dedos orientados para cima. Tronco Torção do tronco para o lado executor. Ao efetuar o arremesso, distorça o tronco ao tempo que projeta o braço executor na direção do arremesso. Arremesso em suspensão (com salto) Impulsione uma das pernas em contato com o solo, buscando obter o máximo de altura e distância. No momento da impulsão, realize uma torção do tronco para o lado do braço executor. Quando estiver em posição, projete-o atrás e à altura do ombro correspondente. No ponto máximo do salto, haverá distorção do tronco e execução do arremesso. Este tipo de arremesso apresenta variações quando executado do posto específicas pontas, que necessitam ampliar o ângulo de arremesso a partir de zonas reduzidas. Em determinados momentos do jogo e na execução do arremesso, é utilizado como referência, em que o jogador sinistro (canhoto) pode se posicionar na ponta direita de seu ataque para finalizar uma jogada com um arremesso em suspensão. Um jogador destro também pode se colocar na ponta esquerda para executar esse tipo de arremesso. Para que a finalização desse movimento seja segura, ao dar início ao salto, o braço deve estar posicionado de formaflexionada, lateral e por trás da cabeça. Ao mesmo tempo, deve-se fazer um movimento coordenado de inclinação lateral e torção do tronco para o lado do braço executor, ficando este armado mediante uma extensão e projeção do braço para trás. Arremesso com queda Arremesso com queda Quando o jogador planeja uma queda após o arremesso. Ao forçar essa queda, o atleta projeta o corpo e consegue colocar mais potência no arremesso. Esse movimento é muito empregado entre os pivôs no handebol. Arremesso com rolamento Quando, após lançar a bola, o jogador realiza um rolamento, normalmente de ombro. Esse movimento é muito empregado pelos pontas no handebol. Observações durante a aprendizagem ✓ O cotovelo deve estar, pelo menos, na altura do ombro. ✓ A bola não deve ser agarrada com os dedos fazendo força para sustentá-la. ✓ A mão deve estar atrás da bola, e não embaixo ou do lado. ✓ Os arremessos sempre devem ser feitos em movimento, simulando o próprio jogo. ✓ O cotovelo não deve ser lançado à frente das mãos. ✓ O número de passadas deve variar (treinamento de base). ✓ Os arremessos devem ser antecedidos de uma recepção em movimento. O tamanho da bola deve corresponder à idade do aprendiz, o que facilita seu desenvolvimento. Em geral, uma bola maior do que a capacidade do aluno de segurá-la o leva ao insucesso e a vícios que, dificilmente, serão corrigidos. Ritmo trifásico ou três passadas De acordo com a literatura específica do método parcial, trata-se de um fundamento em que o jogador dá três passos à frente e em direção à meta adversária com a posse da bola. Ehret (2002), Tenroller (2004) e Costa Neto (2017) destacam que o ritmo trifásico – também conhecido como três passadas – ocorre quando, de posse da bola, o jogador pode dar três passos. A literatura do handebol indica que, quando o jogador for destro, deverá utilizar, de forma ritmada, a sequência esquerda e direita, saltando com a perna esquerda com a bola na mão direita. Caso o atleta seja sinistro (canhoto), deverá executar, também de forma ritmada, a sequência direita e esquerda, saltando com a perna direita com a bola na mão esquerda. Durante uma ação ofensiva, isso auxiliará os jogadores a ficarem livres de uma marcação individual, no intuito de mudar de direção em pequenos espaços da defesa adversária e contribuir para uma finalização segura à baliza. Duplo ritmo trifásico ou dupla passada De acordo com a literatura específica do método parcial, trata-se de um fundamento em que o jogador dá sete passos com a posse da bola, obrigatoriamente realizados à frente, da seguinte forma: Os três primeiros passos são dados com a posse da bola imediatamente após seu recebimento, como no caso do ritmo trifásico, em que o primeiro passo obrigatoriamente tem de ser executado com a perna contrária ao braço do arremesso. ⇩ Ao mesmo tempo, na execução do quarto passo, o jogador tem de quicar a bola no solo uma vez, tornar a empunhá-la e dar mais três passos com a bola dominada. ⇩ Ao final do sétimo passo, o atleta precisa, obrigatoriamente, passar ou arremessar a bola. Atenção Em um treinamento básico, os jovens devem aprender o mais amplo espectro de habilidades técnicas – variações de lançamentos, passes e infiltrações. A ênfase no trabalho está na aquisição da maior experiência motora possível como base para o treinamento objetivo da forma fina de diferentes técnicas específicas do handebol nas fases seguintes do treinamento de formação (EHRET, 2002). Finta Para Costa Neto (2017), a finta surge do deslocamento de um jogador, com o objetivo de conduzir seu oponente a tomar uma determinação defensiva de forma errônea. Assim, ele se aproveita de um momento em relação ao jogador de defesa em uma trajetória com ou sem a posse de bola, com o intuito de influenciar o adversário e, especialmente, de levá-lo ao erro. Com a posse da bola – pelos ritmos monofásico, bifásico ou trifásico, conforme a execução (uma, duas ou três passadas), ou pelo drible; Sem a posse da bola – apenas um dos elementos do jogo (correr e saltar), cujo objetivo é, igualmente, iludir o adversário no momento de apresentar-se para recepcionar a bola. Características técnicas da finta no handebol Deslocamento – mudar de um ponto para o outro da quadra; Mudança de direção – deslocar-se em direções diferentes; Troca de ritmo – do lento para o rápido e vice-versa. Objetivos da finta no handebol Passar pela marcação de um adversário; Desequilibrar um adversário direto; Desviar a atenção do adversário; Ganhar superioridade numérica em relação à equipe adversária. Aspectos de uma boa finta Boa velocidade de reação e de deslocamento; Bom equilíbrio; Agilidade nas mudanças de direção. Atividades 1. Um gesto técnico correto é diferente de um eficiente, cujo objetivo da ação motora é concretizado, independente de como esta foi executada. Pensando nessa distinção, identifique os métodos de ensino e os principais meios técnicos para o processo de ensino e aprendizagem do handebol. 2. Na aprendizagem do handebol, pegada e recebimento são os primeiros fundamentos que devem ser desenvolvidos com os alunos. Durante o processo de ensino e aprendizagem do esporte, valem algumas observações, tais como: I. Os braços têm de estar contraídos (flexionados) na articulação dos cotovelos. II. As mãos precisam estar em forma de concha, oferecendo à bola uma grande superfície de encaixe. III. Na recepção de bola alta, os dedos polegares necessitam apontar um para o outro. IV. Na recepção de bola abaixo da cintura, a posição das mãos muda 360°, de modo que os dedos mínimos não apontam um para o outro. Entre os itens anteriores, estão corretos: a) I, II e III b) I, II e IV c) I, III e IV d) II e III e) II, III e IV 3. Durante as aulas de iniciação ao passe no handebol, as recomendações necessárias para sua execução são: I. No passe de ombro, o cotovelo deve estar, pelo menos, abaixo do ombro. II. A bola deve ser agarrada com os dedos fazendo força para sustentá- la. III. A mão deve estar atrás da bola, e não embaixo ou do lado. IV. Os passes sempre devem ser feitos em movimento, simulando o próprio jogo. Entre os itens anteriores, estão corretos: a) I, II e III b) I, II e IV c) I, III e IV d) II, III e IV e) III e IV 4. O drible é um fundamento que, no processo de ensino e aprendizagem do handebol, o aluno deve ser conscientizado para o jogo de equipe. Nesse caso, sua movimentação implica: I. Situar o próprio corpo entre a bola e o adversário. II. Olhar a bola quando se dribla. III. Procurar que o drible diminua o ritmo do jogo. IV. Quando não for possível passar ou arremessar a bola, ficar de posse dela por mais de três segundos. Entre os itens anteriores, estão corretos: a) I, II e III b) I, II e IV c) I, III e IV d) I e IV e) II, III e IV 5. Com relação ao manejo de bola, devemos destacar as seguintes questões básicas: I. A possibilidade de progredir driblando a bola sem segurá-la na mão, já que, no momento em que ela é segurada, não é permitido voltar a driblar. II. A possibilidade de caminhar três passos com a bola em seu poder. III. A impossibilidade de tirar a bola do adversário quando este a segura. IV. A possibilidade de também jogar com os pés, exceto o goleiro. Entre os itens anteriores, estão corretos: a) I, II e III b) I, II e IV c) I, III e IV d) II, III e IV e) I, II, III e IV Referências COSTA NETO, J. V. Metodologia do ensino do handebol. Rio de Janeiro: SESES, 2017. DIETRICH, K.; DÜRRWÄCHTER, G.; SCHALEER, H. Os grandes jogos: metodologia e prática. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1988. cap. 4, p. 1-21. EHRET, A. Manual de handebol – treinamento de base para crianças e adolescentes. São Paulo: Phorte, 2002. KASLER, H. Handebol – doaprendizado ao jogo disputado. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1985. KRÖGER, C. Escola da bola – um ABC para iniciantes nos jogos esportivos. São Paulo: Phorte, 2002. MIRI, A. Andebol. São Paulo: Esporte e Educação, 1980. STEIN H.; FEDERHOFF, E. Andebol. Lisboa: Estampa, 1981. TENROLLER, C. A. Handebol: teoria e prática. Rio de Janeiro: Sprint, 2004. Próximos Passos • Conceitos, aplicações, classificações e descrição das técnicas de marcação e defesa; • Contextualizações entre o jogo de handebol e os meios técnicos de ataque e de defesa. Explore mais Sugestões de leitura: • Sugestão de leitura: Fundamentos técnicos do handebol <http://www.dicaseducacaofisica.info/resumo-dos-fundamentos-do- handebol/> . • Sugestões de portal: Handebol educacional <http://handebol- ef.blogspot.com.br/> .
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