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1 Geotécnica (Rochas) Geotécnica - 2016 – UERJ Bruno Teixeira Lima ROCHAS - DEFINIÇÃO Minerais são substâncias com uma composição química e com características físicas bem definidas. Rochas são agregados naturais de um ou mais minerais. 2 Geotécnica - 2016 – UERJ Definição, finalidade e âmbito de estudo ➢ Material rocha (matriz rochosa) – material componente do maciço, constituído por minerais e que se apresentam em grandes massas ou fragmentos. Apresenta descontinuidades à escala ultra-microscópica, microscópica e macroscópica. ➢ Maciço rochoso – é um meio descontínuo formado pelo material rocha e fraturas que o compartimentam. ➢ Classificação geológica – génese: ➢ Rochas magmáticas ou ígneas; ➢ Rochas sedimentares; ➢ Rochas metamórficas. Matriz rochosa intacta, isotrópica e homogénea a escala macroscópica Maciço rochoso fraturado com várias famílias de descontinuidades e zonas com diferentes graus de alteração Geotécnica - 2016 – UERJ Definição, finalidade e âmbito de estudo 3 Geotécnica - 2016 – UERJ ➢ Rochas magmáticas ou íneas Geotécnica - 2016 – UERJ ➢ Rochas sedimentares 4 Geotécnica - 2016 – UERJ ➢ Rochas metamórficas Geotécnica - 2016 – UERJ Aplicações ➢ Funções estruturais ▪ Elementos granulares inertes para fabricação de concretos ▪ Elementos granulares para a construção de pavimentos ▪ Enrocamentos em obras fluviais e portuárias ▪ Balastros em vias férreas ▪ Cortinas drenantes em muros ▪ Muros de gabião ➢ Funções ornamentais ▪ Revestimento de paredes, pavimentos e tetos ▪ Esculturas e baixos relevos 5 Geotécnica - 2016 – UERJ Geotécnica - 2016 – UERJ 6 Enrocamentos e filtros ➢ Enrocamento é um acúmulo de fragmentos de rocha Utilização ➢ Volume principal de uma barragem ➢ Protecção do paramento a montante (rip-rap) ➢ Protecção do aterro no encosto de uma ponte para evitar erosão fluvial ➢ Em molhes e outras construções Função do enrocamento ➢ Constituir o corpo de uma obra ➢ Formar uma protecção contra a erosão Função do filtro ➢ Permitir a passagem de água e impedir a passagem de partículas finas do solo Geotécnica - 2016 – UERJ Enrocamento Solicitações ➢ Forças de compressão elevadas (contatos pontuais) ➢ Forças de tracção por decomposição das tensões pontuais ➢ Umedecimento e secagem ➢ Variação de temperatura ➢ Ação de sais em obras marinhas Propriedades necessárias ➢ Resistência à compressão ➢ Resistência à tração ➢ Resistência ao desgaste ➢ Resistência à meteorização Ensaios recomendados ➢ Ensaio de compressão simples ➢ Ensaio de tração ➢ Ensaio de abrasão ➢ Variação da alteração e alterabilidade Geotécnica - 2016 – UERJ 7 Filtro Solicitações ➢ Compressão (depende da posição do filtro) ➢ Atrito ➢ Abrasão ➢ Impacto ➢ Possíveis reações químicas Propriedades necessárias ➢ Resistência à compressão (depende da posição do filtro) ➢ Insolubilidade Ensaios recomendados ➢ Ensaio de compressão simples (depende da posição do filtro) ➢ Ensaio de abrasão ➢ Análise petrográfica Geotécnica - 2016 – UERJ Geotécnica - 2016 – UERJ 8 Lastro de vias férreas ➢ A rocha é usada britada em tamanhos progressivos de baixo para cima, sobre o solo Função do Lastro ➢ Suportar os dormentes (movimentos horizontais e mudança de temperatura do trilho) ➢ Distribuir cargas, reduzindo a pressão sobre o leito da ferrovia ➢ Drenagem da água sob os dormentes ➢ Aplainamento da pista ➢ Permitir o movimento vertical dos trilhos sobre carga repentina ➢ Reduzir os efeitos do impacto ➢ Retardar ou evitar o crescimento de vegetação Geotécnica - 2016 – UERJ Lastro de vias férreas Solicitações ➢ Forças de compressão ➢ Impacto ➢ Desgaste ➢ Umedecimento e secagem ➢ Variação de temperatura Propriedades necessárias ➢ Resistência a compressão ➢ Resistência ao impacto ➢ Resistência ao desgaste Ensaios recomendados ➢ Ensaio de compressão simples ➢ Ensaio de impacto ➢ Ensaio de abrasão ➢ Índices físicos ➢ Análise petrográfica Geotécnica - 2016 – UERJ 9 Lastro de vias rodoviárias ➢ A rocha é usada britada na base, no macadame hidráulico, no revestimento betuminoso e do concreto e do cimento ➢ Paralelepípedos ou pedras irregulares são usadas no calçamento de ruas Função do Pavimento ➢ Suportar e distribuir as cargas do tráfego, transmitindo-as às camadas inferiores ➢ Proteger o sub-leito de agentes de meteriorização como a ação mecânica da água Geotécnica - 2016 – UERJ Geotécnica - 2016 – UERJ 10 Gabião ➢ Pedras arrumadas em gaiolas, que tomam a forma de caixas, sacos ou mantas Utilização ➢ Muros de arrimo ➢ Pequenas barragens ➢ Esporões no litoral ➢ Suporte de pontes ➢ Margens de rios Geotécnica - 2016 – UERJ Geotécnica - 2016 – UERJ 11 Cantaria, revestimento e calçamento ➢ A cantaria e o revestimento correspondem ao uso mais nobre da pedra (Cantaria é o ofício ou arte de talhar blocos de rocha bruta de forma a constituir sólidos geométricos, normalmente paralelepípedos, de variável complexidade, para utilização na construção de edifícios ou de muros.) Utilização da cantaria ➢ Meio–fio ➢ Pórticos ➢ Parapeito de janelas ➢ Balcões ➢ Paredes ➢ Muros Obtenção da cantaria ➢ Essencialmente artesanal, evitando o uso de explosivos Função da cantaria ➢ Como elemento estrutural - receber esforços ➢ Embelezar Função do revestimento ➢ Proteger a superfície ➢ Embelezar Função de calçamento ➢ Proteger a superfície ➢ Embelezar Geotécnica - 2016 – UERJ 12 Cantaria, revestimento e calçamento Solicitações ➢ Umedecimento e secagem ➢ Variação térmica ➢ Ação química da água da chuva ➢ Ataque químico de produtos de limpeza ➢ Flexão (durante o seu aperfeiçoamento e colocação) ➢ Abrasão Ensaios recomendados ➢ Ensaio de compressão simples ➢ Ensaio de flexão ➢ Ensaio de abrasão ➢ Análise petrográfica ➢ Alteração e alterabilidade ➢ Coeficiente de amolecimento ➢ Absorção ➢ Porosidade e permeabilidade Propriedades necessárias ➢ Estética ➢ Sanidade ➢ Resistência a meteorização ➢ Resistência a ácidos ➢ Trabalhabilidade ➢ Resistência à tração ➢ Resistência ao desgaste ➢ Homogeneidade ➢ Ausência de fissuras ➢ Dureza (piso) ➢ Baixa absorção ➢ Baixa porosidade ➢ Impermeabilidade ➢ Resistência ao calor Geotécnica - 2016 – UERJ Qualidades exigidas: ➢ Resistência mecânica ▪ É a capacidade de suportar a ação das cargas aplicadas, sem entrar em colapso ➢ Durabilidade ▪ É a capacidade de manter as propriedades físicas e mecânicas com o decorrer do tempo e sob a acção de agentes agressivos físicos, químicos ou mecânicos ➢ Trabalhabilidade ▪ É a capacidade de ser aperfeiçoada com o mínimo de esforço ➢ Estética ▪ É a aparência da pedra par fins de acabamento e revestimento Geotécnica - 2016 – UERJ 13 ➢ Mecânica das Rochas: ocupa-se do estudo teórico e prático das propriedades e comportamento mecânico dos materiais rochosos e da sua resposta à ação de forças aplicadas no seu entorno. ➢ A mecânica das rochas tem uma relação estreita com outras disciplinas, como a geologia estrutural (para o estudo dos processos e estruturas tectónicas que afetam as rochas) e a mecânica dos solos (para abordar o estudo de rochas alteradas e meteorizadas à superfície). Geotécnica - 2016 – UERJ ➢ As massas rochosas aparecem na maioria dos casos afetadas por descontinuidades ou superfícies de fraqueza que separam blocos de matriz rochosa ou rocha sã constituindo em conjunto os maciços rochosos. Geotécnica - 2016 – UERJ 14 ➢ A caracterização dasrochas e dos maciços rochosos e o estudo do seu comportamento mecânico e deformacional são complexos devido à grande variabilidade de características e propriedades que apresentam e ao elevado número de fatores que os condicionam. ➢ O conhecimento das tensões e das deformações que o material rochoso pode suportar em determinadas condições permite avaliar o seu comportamento mecânico e abordar o projeto de estruturas e obras de engenharia. ➢ As propriedades físicas controlam as características resistentes e deformacionais da matriz rochosa (composição mineralógica, densidade, estrutura e fábrica, porosidade, permeabilidade, alterabilidade, dureza, etc.) e são resultado da génese, condições e processos geológicos e tectónicos sofridos pelas rochas ao longo da sua história. Geotécnica - 2016 – UERJ ➢ O comportamento mecânico dos maciços rochosos também é afetado pelas características geológicas: litologia e estratigrafia, estrutura geológica, descontinuidades tectónicas o diagenéticas, estado de tensão in situ, etc.. ➢ A ambas as escalas a resposta mecânica é também função de outros fatores, como as condições hidrogeológicas e as condições ambientais, o clima e os fenómenos meteorológicos, que atuam sobre o meio geológico e dão lugar aos processos de alteração e meteorização, modificando as propriedades iniciais das rochas e dos maciços rochosos. Geotécnica - 2016 – UERJ 15 ➢ O estudo da estrutura geológica e das descontinuidades é um aspecto fundamental na mecânica das rochas: os planos de fraqueza preexistentes controlam os processos de deformação e ruptura nos maciços rochosos a pequenas profundidades, onde se realizam a maioria das obras de engenharia. ➢ A maior ou menor influência dos blocos de matriz rochosa no comportamento global do maciço dependerá das propriedades relativas de ambos os componentes, do número, natureza e caracteríticas das descontinuidades e da escala de trabalho ou âmbito considerado. ➢ Maciço rochoso formado por blocos de rochas duras, com propriedades resistentes elevadas, serão as descontinuidades que controlam os processos de ruptura e deformação. Geotécnica - 2016 – UERJ ➢ Nos maciços brandos as diferenças de comportamento de ambas (matriz e descontinuidades) não será tão relevante. ➢ Para o desenvolvimento do projeto de uma obra ou estrutura haverá que considerar as dimensões da mesma com respeito à estrutura do maciço rochoso e à separação entre descontinuidades. Geotécnica - 2016 – UERJ 16 Geotécnica - 2016 – UERJ ➢ As obras de engenharia modificam o estado de tensão a que estão submetidos os maciços rochosos em um tempo muito curto em relação aos processos geológicos (tempo geológico / tempo engenharia) e podem ter lugar interações mútuas entre a libertação e redistribuição de esforços naturais e das estruturas. É portanto importante conhecer o estado de tensão prévio (natural) e a sua evolução sob influência das obras. ➢ A água presente nos maciços rochosos reduz a sua resistência, gera pressões no interior dos mesmos e altera as suas propriedades, dificultando as escavações superficiais e subterrâneas. É necessário, avaliar as condições de permeabilidade e de fluxo nos maciços rochosos. ➢ As obras de engenharia aceleram determinados processos que de uma forma natural demorariam centos ou milhares de anos a produzirem-se: a meterorização da superfície de rochas escavadas, a libertação de tensões naturais e abertura de descontinuidades, a modificação de fluxos de água, etc.. ➢ Tudo isso dá lugar à diminuição da resistência dos maciços rochosos em períodos de tempo muito curtos (meses ou poucos anos). Para avaliar-se essas influências deve estudar-se a evolução de determinadas propriedades dos maciços rochosos com o tempo e das condições geológicas, ambientais e mecânicas a que estão submetidos. Geotécnica - 2016 – UERJ 17 ➢ Transição rocha – solo: Transição nítida entre solo e rocha Transição gradual entre solo e rocha ▪ Um critério amplamente usado em engenharia geológica para o estabelecimento de um limite entre solo e rocha é o valor da resistência à compressão simples (máximo esforço que suporta um corpo de prova antes de romper ao ser carregado axialmente em laboratório). ▪ Os limites sugeridos por diferentes classificações estão entre 1,0 a 1,25 MPa. Geotécnica - 2016 – UERJ ➢ Métodos de investigação: ➢ Reconhecimento geológico; ➢ Observações de campo; ➢ Ensaios de campo; ➢ Ensaios de laboratório. ➢ Critérios de resistência empíricos ➢ Modelações ➢ Experiência Ferramentas de que se dispõe na Mecânica das Rochas para o estudo e previsão do comportamento das rochas e dos maciços rochosos Geotécnica - 2016 – UERJ 18 Fusão CICLO DAS ROCHAS Magmáticas Fusão Magmáticas CICLO DAS ROCHAS 19 ROCHAS MAGMÁTICAS Definição As rochas magmáticas são resultantes da consolidação por resfriamento de material em estado de fusão (magma) formado no interior da Terra Essas rochas podem apresentar características bem diversas, decorrentes principalmente da composição do magma e da velocidade de solidificação As rochas ígneas ou magmáticas constituem aproximadamente 80% da crosta da Terra Magma Material em fusão existente no interior da Terra – rocha fundida Origina-se na parte inferior da crosta ou superior do manto: 15 a 150km de profundidade Densidade menor que a dos materiais que o circundam Faixa de temperatura do magma: de 600oC a 1400oC 20 Modo de Ocorrência das Rochas Magmáticas Rochas Extrusivas DERRAMES – corpos magmáticos que cobrem extensas áreas Modo de Ocorrência das Rochas Magmáticas Basalto vesicular A parte superior do derrame de lava, exposta ao ar, sofre resfriamento rápido, consolidando-se em primeiro lugar formando uma película. Os gases contidos na massa de lava, em razão de sua baixa densidade, deslocam-se para a parte superior do derrame e ali ficam retidos, formando horizontes de vesículas Esses horizontes poderão se constituir em rochas inadequadas, quando sobre eles se assentam obras civis de grande porte, exigindo estudos e tratamentos adequados 21 Modo de Ocorrência das Rochas Magmáticas Basalto vesicular Problemas de Engenharia Fundação em Basalto Vesicular: - Capacidade de Carga - Permeabilidade 22 Modo de Ocorrência das Rochas Magmáticas Rochas Extrusivas basalto vesicular basalto Os minerais não são visíveis a olho nú Modo de Ocorrência das Rochas Magmáticas Rochas Intrusivas / Plutônicas Quando o magma não consegue romper as camadas superiores da Crosta, sua consolidação ocorre internamente, formando as rochas intrusivas. À medida que a profundidade aumenta, o resfriamento é mais lento e, como conseqüência, surgem rochas formadas por minerais de maior granulação. 23 Modo de Ocorrência das Rochas Magmáticas Rochas Intrusivas Os minerais são visíveis a olho nú Rochas Intrusivas Batólitos: são grandes massas vulcânicas Essa massa ígnea de grande volume, abrange áreas de superfície superior a 100km2 24 Rochas Intrusivas Rochas Intrusivas Um xenólito (do grego para pedra estranha) é um fragmento de rocha que é envolvido por uma rocha maior durante seu desenvolvimento Batólitos: podem apresentar xenólitos em seu interior 25 Rochas Intrusivas Sills (soleira): magma consolida na rocha encaixante em posição aproximadamente horizontal Rochas Intrusivas Sills (soleira): magma consolida na rocha encaixante em posição aproximadamente horizontal Soleira de diabásio 26 Rochas Intrusivas Sills (soleira): magma consolida na rocha encaixante em posição aproximadamente horizontal Rochas Intrusivas Sills (soleira): magma consolida narocha encaixante em posição aproximadamente horizontal 27 Rochas Intrusivas Diques: magma consolida na rocha encaixante em posição aproximadamente vertical Rochas Intrusivas Diques: magma consolida na rocha encaixante em posição aproximadamente vertical um dique é sempre mais recente que a rocha em que está contido 28 Rochas Intrusivas Diques: magma consolida na rocha encaixante em posição aproximadamente vertical um dique é sempre mais recente que a rocha em que está contido Rochas Intrusivas Diques: magma consolida na rocha encaixante em posição aproximadamente vertical um dique é sempre mais recente que a rocha em que está contido 29 Rochas Intrusivas chaminélavas Classificação das Rochas Magmáticas Diminui tamanho do grão Rocha Plutônica / Intrusiva (textura fanerítica) GRANITO DIORITO GABRO PERIDOTITO Rocha Vulcânica / Extrusiva (textura afanítica) RIOLITO ANDESITO BASALTO - 30 31 Caso de Obra A barragem de Itaipu e seu reservatório estão localizados sobre os derrames basálticos da Bacia do Paraná. As principais características geológicas da área de implantação da barragem são as seguintes: ➢ Derrames basálticos essencialmente horizontais, com espessura variando de 20 a 60 m ➢ Camadas de brecha entre os derrames, com espessura de 1 a 30 m, heterogêneas, usualmente menos resistentes e mais deformáveis que o basalto ➢ Descontinuidades em planos paralelos aos derrames de basalto, normalmente localizadas no contato entre derrames ou na base da zona de transição Caso de Obra 32 Caso de Obra Os derrames basálticos são relativamente uniformes, variando de cinza escuro e granulometria fina, para vesicular, nas zonas de transição. Caso de Obra A espessura, litologia e porosidade das camadas de brecha são muito variáveis. No período compreendido entre dois derrames, a superfície do terreno ficou sujeita ao intemperismo, sofrendo erosão e deposição de sedimentos pelo vento e água. O derrame subsequente remoldou esse material, formando dessa forma as camadas de brecha de cada derrame. 33 Caso de Obra Outra característica dos derrames basálticos da região é a presença de uma descontinuidade abaixo da camada vesicular de cada derrame. Caso de Obra CARACTERÍSTICAS DOS BASALTOS Basalto denso: textura cristalina, elevada densidade relativa (2,95) e elevado módulo de deformabilidade (>20 GPa). 34 Caso de Obra CARACTERÍSTICAS DOS BASALTOS Basalto vesicular: textura cristalina, presença de vesículas, densidade relativa (2,6 a 2,7) e módulo de deformabilidade de 15 GPa Caso de Obra CARACTERÍSTICAS DOS BASALTOS Brecha: mistura de lava vesicular, blocos de basalto e outros materiais; Densidade relativa (2,1 a 2,4) e módulo de deformabilidade de 7GPa 35 Rochas Metamórficas METAMORFISMO META + MORPHE Transformação Forma 36 METAMÓRFICAS METAMÓRFICAS MÁRMORE GNAISSE 37 METAMÓRFICAS METAMÓRFICAS Gnaisse 38 METAMÓRFICAS METAMÓRFICAS 39 Metamorfismo ✓ Resposta das rochas e minerais à pressão e ao calor ✓ Pode ocorrer em: ➢ Rochas Magmáticas ➢ Rochas Sedimentares ➢ Rochas Metamórficas Metamorfismo Processo lento É necessário muito tempo para que as rochas fiquem suficientemente profundas, quentes e sob pressão para que as modificações comecem a acontecer O processo total de metamorfismo de rochas sedimentares pode durar 100 milhões de anos 40 Fatores que Controlam o Metamorfismo O metamorfismo ocorre quando uma rocha é submetida a um novo ambiente químico ou físico ➢Ambiente físico: variações na temperatura ou na pressão ➢Ambiente químico: infiltração de fluidos que reagem com a rocha Agentes do Metamorfismo ➢ Temperatura ➢ Pressão ➢ Fluidos de Percolação 41 Agentes do Metamorfismo Temperatura ➢ Aumenta com a profundidade ➢ Não é suficiente para fundir as rochas ➢ Favorece reações químicas aumentando a vulnerabilidade das rochas Agentes do Metamorfismo Pressão ➢ Rochas a diferentes profundidades – submetidas a diferentes pressões Pressões litostáticas Pressões litosféricas 42 Tipos de Metamorfismo ➢ Metamorfismo de Contato ou Termal ➢ Metamorfismo Regional METAMÓRFICAS 43 Metamorfismo de Contato (Termal) Ocorre ao redor de grandes massas magmáticas internas. O calor cedido pela rocha magmática intrusiva aumenta a mobilidade da rocha encaixante, favorecendo o aparecimento de novos minerais e de fenômenos de recristalização. Metamorfismo de Contato (Termal) Aos fragmentos que por vezes se encontram incorporados nas rochas magmáticas, devido ao fato de terem resistido à fusão, damos o nome de xenólitos ou encraves. ENCRAVE GRANITO 44 Metamorfismo Regional Resultado do aumento de temperatura e pressão, em resposta ao soerguimento de montanhas ou soterramento profundo das rochas. Tipos de Metamorfismo 45 Principais Mudanças nas Rochas ➢ Substituição dos minerais originais por minerais metamórficos novos ➢ Recristalização de minerais ➢ Novas texturas: - Orientação dos minerais lamelares em ardósias - Aumento de granulometria de calcário para mármore Principais Mudanças nas Rochas 1. Ardósia – grãos muito finos: baixa temperatura e pressão 2. Filádio – grãos maiores: temperatura e pressão superiores às da ardósia 3. Micaxisto – grãos visíveis a olho nu: temperatura e pressão elevadas 1 2 3 46 1. Granito – solidificado sob uma pressão uniforme: cristais igualmente distribuídos 2. Gnaisse – solidificado sob uma pressão diferencial: cristais distribuídos verticalmente 1 2 Alinhamento dos minerais Xistosidade 47 Exemplos de Rochas Metamórficas Filádio Micaxisto Gnaisse Aplicação de Rochas Magmáticas PEDRA BRITADA – gnaisses, quartzitos e os mármores Obs: As rochas xistosas não são apropriadas devido a tendência de formar fragmentos lamelares Gnaisse 48 Aplicação de Rochas Magmáticas REVESTIMENTO DE PISOS E PAREDES – o mármore, por sua beleza quando polido COBERTURAS - facil idade de desplacamento confere às ardósias a possibilidade de serem utilizadas como telhas ou lajotas Mármore Ardósia Propriedades físicas e mecânicas dos materiais rochosos ➢ O estudo da Mecânica das Rochas assume geralmente um comportamento homogéneo, contínuo, isotrópico, elástico e linear que os materiais rochosos não apresentam. ➢ A grande variabilidade das características e propriedades físicas e mecânicas reflete-se tanto à escala da matriz rochosa como do maciço rochoso fraturado. ➢ As propriedades fís icas das rochas são o resultado da sua composição mineralógica, fábrica e história geológica, deformacional e ambiental. A grande variabilidade destas propriedades reflete-se em comportamentos mecânicos diferentes face aos esforços que se aplicam sobre as rochas.
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