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Kierkegaard e o existencialismo

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Kierkegaard e o
existencialismo
Breve apresentação sobre o filósofo e teólogo 
dinamarquês, considerado “pai” do existencialismo.
Sören Kierkegaard
Søren Aabye Kierkegaard (1813-1855) foi um filósofo, teólogo, poeta e crítico 
social dinamarquês, considerado o precursor do existencialismo.
Em suas obras filosóficas ele priorizou a realidade humana concreta ao invés do 
pensamento abstrato, dando importância à escolha e ao compromisso pessoal. 
Escreveu textos críticos sobre religião, cristandade, moralidade, ética, psicologia 
e filosofia da religião, utilizando da metáfora, ironia e de parábolas.
Kierkegaard introduziu o termo "existência" no sentido que é usado na filosofia 
contemporânea, se colocando contrário aos filósofos idealistas de seu tempo.
Breve Biografia
Kierkegaard nasceu numa família rica de Copenhagen. Sua mãe era modesta, 
serena, simples e não teve educação formal. Seu pai era homem melancólico, 
ansioso, altamente devoto e muito inteligente.
Cinco de seus seis irmãos morreram antes de seu pai. Søren e o seu irmão Peter 
presenciaram a morte do pai. Peter, sete anos mais velho que Søren, mais tarde 
se tornou bispo na cidade de Aalborg. 
Kierkegaard foi estudar teologia em 1830, porém neste período derivou sua 
atenção mais para a filosofia e para a literatura, tendo estudado também latim e 
história, entre outras disciplinas.
Relacionamento com Regine Olsen
Um importante fato da vida de Kierkegaard, geralmente considerado como uma 
grande influência no seu trabalho, foi o rompimento do seu noivado com Regine 
Olsen (1822–1904).
Em setembro de 1840, Kierkegaard formalizou o pedido de noivado a Olsen. No 
entanto, Kierkegaard logo se sentiu desiludido com as perspectivas de se casar.
Rompeu o noivado em agosto de 1841, apesar de se acreditar que havia um 
amor profundo entre eles. Em seus Diários, Kierkegaard menciona que sua 
“melancolia” o tornava impróprio para o casamento.
Sören Aabye Kierkegaard (1813-1855)
Influências em sua filosofia
● Sócrates (470-399 a.C.)
● Diógenes de Sinope (412-323 a.C.)
● Aristóteles (384-322 a.C.)
● Agostinho de Hipona (354-430)
● Martinho Lutero (1483-1546)
● William Shakespeare (1564-1616)
● Immanuel Kant (1724-1804)
● Friedrich Schelling (1775-1854)
● Arthur Schopenhauer (1788-1860)
Filosofia de Kierkegaard
Em sua filosofia, Kierkegaard se foca na existência concreta do indivíduo, na 
subjetividade e na experiência pessoal, ao invés de se ocupar do “conceito de 
ser”, de concepções idealistas, metafísicas ou especulativas.
Segundo ele, a existência humana não pode ser explicada por meio de conceitos 
ou esquemas abstratos. O sistema promete muito mas não dá conta da realidade 
humana, pois esta é muito complexa e peculiar.
Kierkegaard explorou, em suas obras, diversas emoções e os sentimentos dos 
indivíduos diante de difíceis escolhas de vida.
Existência humana
Kierkegaard era descrente da possibilidade de algum sistema abstrato resolver e 
dar conta das diferenças entre os indivíduos.
Segundo ele, a existência humana não pode ser explicada por meio de conceitos 
abstratos, mas apenas por meio da realidade singular e concreta de cada 
indivíduo.
A ideia de universal, que é igual para todos, segundo Kierkegaard, não passa de 
uma abstração do singular, e singular é o ser, a pessoa. As generalizações tratam 
apenas de hipóteses genéricas, mas nada dizem sobre uma pessoa específica.
Tudo que o sujeito escolhe, ele faz partindo de si, não existe escolha que não seja 
subjetiva, pois é o sujeito o referencial de suas escolhas.
O que cada um escolhe sempre diz respeito a si mesmo, realizando como 
existente. Escolher é exercer a própria subjetividade, de modo que toda escolha 
externa é fruto da escolha interna.
Porém, há um limite para as escolhas que o indivíduo pode fazer, não somos 
capazes, de mudar o seu passado, não há como alterar o que já viveu e as 
experiências que passou.
Existir é escolher
“O homem é uma síntese de infinito e 
finito, de temporal e de eterno, de 
liberdade e de necessidade.”
(Kierkegaard)
Subjetividade como verdade
Somente o indivíduo pode se aproximar de sua realidade, que é subjetiva.
Para Kierkegaard, a subjetividade é a verdade, ou seja, as crenças subjetivas de 
uma pessoa constituem o que é a verdade para ela, por isso cada um deve buscar 
a sua própria verdade, o que seja verdade para si.
Seu foco está muito mais para a subjetividade, para as emoções e sentimentos, 
do que para o pensamento ou para a razão. Segundo ele, a existência está aí para 
ser vivida, dispensando explicações racionais.
“A subjetividade é a verdade,
a subjetividade é a realidade.”
(Kierkegaard)
O ser não é predeterminado
Segundo Kierkegaard, não existe nenhuma predeterminação para o ser humano, 
sobre como cada um deve ser ou levar sua vida. Essa indeterminação o leva a 
angústia.
Quando temos uma determinação sabemos que estamos no mundo para um fim, 
e que temos um caminho a ser seguido, a vida nos parece coerente e lógica.
Porém, por não sermos predeterminados, a existência é livre em meio a 
possibilidades, então temos a possibilidade de ser. Essa indeterminação nos gera 
angústia, pois escolher é sempre um risco, uma experiência sem garantias.
“A coisa crucial é encontrar uma 
verdade que seja verdade para mim, 
encontrar a ideia pela qual eu esteja 
disposto a viver e morrer.”
(Kierkegaard)
Absurdo
Em oposição à Filosofia de Hegel, que buscava uma universalização por meio da 
abstração racional, Kierkegaard acreditava ser impossível incluir a subjetividade 
do indivíduo num sistema racional.
O absurdo é a distância da subjetividade em relação à razão, devido a 
impossibilidade de se estabelecer um sistema racional de vida no mundo.
Na filosofia existencialista, o absurdo corresponde à impossibilidade de se 
justificar racionalmente a existência das coisas e dos seres.
Angústia
Quando percebemos que não há uma determinação para a vida e somos nós que 
a fazemos, nos sentimos angustiados e perdidos, gerando questões como o que 
fazer com o fato de não ter uma regra ou um caminho a seguir?
A existência acontece no devir, estamos sempre nos tornando e nos 
transformando. O ser é aquele que escolhe, que se torna.
O caminho para lidar com as angústias existenciais é o autoconhecimento, o 
aprofundamento sobre a sua própria existência e o reconhecimento de suas 
singularidades.
Valorização das emoções
Para Kierkegaard, não existem razões lógicas que determinem como cada um 
deva conduzir a sua vida, porém a vida não é um problema a ser resolvido, mas 
uma realidade a ser experimentada.
A questão não é tentar resolver racionalmente o problema do viver, tentar 
explicar os “porquês” da vida, pois isso fica apenas em nível racional e não na 
experiência.
A vida está aí para ser vivida e sentida, não somente explicada racionalmente.
“Sinto, logo sou.”
(Kierkegaard)
Desespero existencial
O desespero surge da alienação do eu, do desligamento da pessoa com sua 
própria existência.
Para lidar com o desespero, Kierkegaard propõe irmos de encontro com o que 
verdadeiramente somos, ao invés de tentar nos tornar outra coisa.
Segundo Kierkegaard, o desespero mais comum é não escolher nossa vida, ou 
não podermos ser nós mesmos. Porém, a forma mais profunda de desespero, é 
escolhermos ser outra pessoa, ao invés de sermos nós mesmos.
“Ser quem se é, realmente,
é o contrário do desespero.”
(Kierkegaard)
Autenticidade
Ser como realmente somos nos proporciona uma paz e uma harmonia interna 
com a nossa existência.
A autoanálise é uma ferramenta para compreender o desespero, para se 
aproximar de si mesmo.
Ser quem se é, para Kierkegaard, é o contrário do desespero. O desespero 
desaparece quando paramosde negar a pessoa que realmente somos, e nos 
permitimos ser como somos e como queremos ser.
“Aventurar-se no sentido mais elevado 
é, precisamente, tomar consciência de 
si próprio.”
(Kierkegaard)
Existencialismo
Por dedicar-se a refletir sobre os sentimentos humanos, tentando 
compreende-los de maneira concreta e singular, ao invés de metafísica e ideal, 
Kierkegaard é tido como o primeiro dos filósofos existencialistas, apesar de não 
utilizar este termo em sua época.
Grande parte de suas obras são dedicadas às questões existenciais, como a 
liberdade, a angústia, o desespero, a subjetividade e a indeterminação do ser 
humano. Além disso, também priorizou refletir sobre a existência humana 
concreta ao invés de buscar explicações abstratas.
“Ousar é perder o equilíbrio 
momentaneamente.
Não ousar é perder-se.”
(Kierkegaard)
Principais obras
● O Conceito de Ironia constantamente Referido a Sócrates (1840)
● Enten - Eller (Ou isso, ou aquilo: um fragmento de vida) (1843)
● Temor e Tremor (1843)
● O Conceito de Angústia (1844)
● Migalhas Filosóficas (1844)
● Estádios no Caminho da Vida (1845)
● Post Scriptum Final Não-Científico às Migalhas Filosóficas (1846)
● O Desespero Humano (1849)
Kierkegaard influenciou:
● Vladimir Soloviov (1853-1900)
● Miguel de Unamuno (1864-1936)
● Lev Shestov (1866-1938)
● Martin Buber (1878-1965)
● Karl Jaspers (1883-1969)
● Paul Tillich (1886-1965)
● Karl Barth (1886-1968)
● Martin Heidegger (1889-1976)
● Gabriel Marcel (1889-1973)
● Ludwig Wittgenstein (1889-1951)
● Theodor W. Adorno (1903-1969)
● Emmanuel Levinas (1905-1995)
● Jean-Paul Sartre (1905-1980)
● Rollo May (1909-1994)
● Albert Camus (1913-1960)
● Jacques Derrida (1930-2004)
Manuscrito de “O Desespero Humano” (1849)
“A vida só pode ser compreendida, 
olhando-se para trás; mas só pode ser 
vivida, olhando-se para frente.”
(Kierkegaard)
por Bruno Carrasco
Psicoterapeuta existencial graduado em Psicologia, licenciado em Filosofia, 
pós-graduado em Ensino de Filosofia e especializado em Psicoterapia 
Fenomenológico-Existencial.
Atua valorizando cada pessoa em seu modo de ser singular, colaborando para 
lidar com suas dificuldades e ampliar suas possibilidades de escolha.
www.brunopsicoterapeuta.tk
www.fb.com/brunopsicoterapeuta
ex-isto | existencialismo e psicologia
Estudo, pesquisa e divulgação do existencialismo e sua relação com a psicologia, 
filosofia, psicoterapia, fenomenologia, literatura e arte.
Existencialismo é uma vertente filosófica com foco na existência humana, em 
seus aspectos concreto e singular, valorizando a liberdade de ser e o respeito 
para com as diferenças individuais.
www.ex-isto.site
www.fb.com/existosendo
2017
Referências
FRANCO, France. Compreender Kierkegaard. Petrópolis: Vozes, 2005.
JAPIASSÚ, MARCONDES. Dicionário Básico de Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
LE BLANC, Charles. Kierkegaard. São Paulo: Estação Liberdade, 2003.
PENHA, João da. O que é Existencialismo. São Paulo: Brasiliense, 1982.
Vários Colaboradores. O livro da Psicologia. São Paulo: Globo, 2012.
ex-isto
www.ex-isto.site
www.fb.com/existosendo
2017

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