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AULA+ DIREITO INTERNACIONAL Prof.ª Dra. Ana Luiza Gama Aula 15: A cooperação judiciária internacional Plano de aula 13 DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 Caso 1 – Plano de Aula 13 Em junho de 2009, uma construtora brasileira assina, na Cidade do Cabo, África do Sul, contrato de empreitada com uma empresa local, tendo por objeto a duplicação de um trecho da rodovia que liga a Cidade do Cabo à capital do país, Pretória. As contratantes elegem o foro da comarca de São Paulo para dirimir eventuais dúvidas. Um ano depois, as partes se desentendem quanto aos critérios técnicos de medição das obras e não conseguem chegar a uma solução amigável. A construtora brasileira decide, então, ajuizar, na justiça paulista, uma ação rescisória com o objetivo de colocar termo ao contrato. Com relação ao caso hipotético acima, responda: DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 - No que tange à competência internacional, o poder judiciário brasileiro (Comarca da São Paulo, capital) é competente para conhecer e julgar a lide? Justifique e fundamente. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 Caso 2 – Plano de Aula 13 Teck SPA S/A requer ao STJ a homologação de sentença arbitral estrangeira proferida em 22 de outubro de 2004 por Paul Anderson, árbitro membro da L. C. Association (Inglaterra), que condenou A.A Gerais Ltda., empresa estabelecida no Brasil, no pagamento de US$ 416.323,77 em razão de descumprimento de contrato de fornecimento de algodão cru. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 Apreciado o pedido de homologação pelo Pleno do STJ, uma vez que houve impugnação do Ministério Público e manifestação do representante da A.A Gerais Ltda., o mesmo foi indeferido com base nos artigos 3º, 4º e 5º da lei 9307/96 (lei de arbitragem) que estabelece como condição de eficácia da via arbitral a expressa manifestação por escrito das partes acerca da opção pela arbitragem, anuência que deve ser expressa e específica em relação à cláusula compromissória. Apurou o STJ que não havia assinatura ou visto qualquer da A.A. Geral na cláusula de eleição da via arbitral, nada que fosse prova da manifesta declaração autônoma de vontade da requerida de renunciar à jurisdição estatal em favor da arbitral. Com relação ao caso acima responda: DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 1) É necessária a homologação de laudos arbitrais internacionais? Justifique Fundamente. 2) Quais são os requisitos a serem apreciados para que o laudo seja homologado? Explique-os fundamentadamente. 3) Está correta a decisão do STJ? DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 Objetivo 1 – Plano de Aula 13 Jogador de futebol de um importante time espanhol e titular da seleção brasileira é filmado por um celular em uma casa noturna na Espanha, em avançado estado de embriaguez. O vídeo é veiculado na internet e tem grande repercussão no Brasil. Temeroso de ser cortado da seleção brasileira, o jogador ajuíza uma ação no Brasil contra o portal de vídeos, cuja sede é na Califórnia, Estados Unidos. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 O juiz brasileiro (Exame da Ordem 2010.2, questão 93): (A) não é competente, porque o réu é pessoa jurídica estrangeira. (B) terá competência porque os danos à imagem ocorreram no Brasil. (C) deverá remeter o caso, por carta rogatória, à justiça norte-americana. (D) terá competência porque o autor tem nacionalidade brasileira. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 Cooperação Judiciária(jurídica) Internacional e Direito Processual Civil Internacional DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 A globalização econômica e a realização do Direito. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 A crescente movimentação de pessoas, bens, serviços, informações e capitais entre as fronteiras estatais exige a cooperação jurídica internacional que pode ser definida como a necessária prestação de auxílio mútuo entre Estados ou entre Estados e tribunais internacionais para a adoção de medidas que contribuam para o exercício da jurisdição. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 “A acentuada internacionalização da vida diária contém muitas consequências para a vida jurídica, de ordem positiva e negativa. Na primeira, destacam-se as questões ligadas à pessoa humana, ao direito de família, e ao aumento das transações internacionais, tanto entre comerciantes como com os consumidores. Na segunda, o aumento da litigiosidade com características internacionais, ligadas à esfera cível e à penal.” (Nadia de Araújo) DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 O princípio da cooperação internacional é princípio fundamental do Direito Internacional contemporâneo e estende-se a cooperação entre Tribunais e outras autoridades estatais com a finalidade de dar efetividade ao direito em tempos de globalização. Muito embora os Tribunais exerçam a jurisdição nos limites do território - princípio da soberania nacional – cada vez mais se tornado necessária a prática de atos ou diligências fora de seu território nacional. Surge então a necessidade da cooperação judiciária internacional, DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 Definição DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 “Cooperação jurídica internacional significa, em sentido amplo, o intercâmbio internacional para o cumprimento extraterritorial de medidas demandadas pelo Poder Judiciário de outro Estado... DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 ...A cooperação é necessária porque o Poder Judiciário sofre uma limitação territorial de sua jurisdição – atributo por excelência da soberania do Estado, e precisa pedir ao Poder Judiciário de outro Estado que o auxilie nos casos em que suas necessidades transbordam de suas fronteiras para as daquele... (Nadia de Araújo) DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 O crescimento do volume de demandas envolvendo interesses transnacionais levou ao aumento de mecanismos de cooperação jurídica internacional de caráter legislativo, jurisprudencial e doutrinário. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 São vários os objetos da Cooperação Judiciária Internacional Em matéria Civil citação, a notificação, a intimação, as vistorias, as avaliações, os interrogatórios, as inquirições, dentre outros. A execução de sentenças estrangeiras e laudos arbitrais. Em matéria penal Extradição, Transferência de presos, Transferência de processos; Recuperação de ativos. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 A cooperação jurídica no Brasil DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 “A preocupação do Estado brasileiro com a cooperação jurídica internacional tem aumentado, porque cada dia é maior o contingente de brasileiros que estão no exterior. Há novos contornos da inserção internacional do país e é preciso combater o crime de caráter transnacional. No plano administrativo, destaca-se a criação do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional, em 2004, e no plano legislativo, a internalização de uma série de tratados internacionais nos últimos anos, em decorrência direta da atuação desse órgão.... DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 Em termo de legislação processual também houve avanços. O Novo Código de Processo Civil que ainda está tramitando no Congresso, prevê o tratamento da Cooperação Jurídica Internacional em título próprio (Título II – art. 25 e 26) DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 A legislação brasileira que regulamenta a cooperação jurídica internacional é fragmentada, estando dispersa em várias normas, inclusive em tratados multilaterais e bilaterais incorporados ao ordenamento pátrio. Dentre elas: Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro (LINDB); O Código de Processo Civil; A Resolução n° 9 do Presidente do STJ; Portaria Interministerial n° 501 MRE/MJ de 21/03/2012. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 Convenções Interamericana sobre Direito Internacional Privado [Cidip VII] [Cidip VI] [Cidip V] [Cidip IV] [Cidip III] [Cidip II] [Cidip I] DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 O Direito processual brasileiro rege-se então: DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 Princípiobásico Lex fori (Norma processual brasileira) + Tratados em matéria de cooperação devidamente incorporados (Cooperação Judiciária) DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 Competência Internacional DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 forum shopping Dois princípios forum non conveniens DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 Fórum shopping O autor e as partes supõem que se possa obter decisão mais favorável aos seus interesses. O autor pode escolher o foro. (No Brasil artigo 90 do C.P.C. não indução à litispendência) DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 Princípio da não-simultaneidade (não se deve propor a mesma ação, em dois países, ao mesmo tempo) DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 Fórum non conveniens (Foro mais conveniente) Mitiga os exageros na escolha do foro. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 O CPC contempla: A competência concorrente A competência exclusiva DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 Artigo 12 do LINDB: “É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação. § 1 - Só a autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas a imóveis situados no Brasil. § 2 - A autoridade judiciária brasileira cumprirá, concedido o exequatur e segundo a forma estabelecida pela lei brasileira, as diligências deprecadas por autoridade estrangeira competente, observando a lei desta, quanto ao objeto das diligências”. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 A competência concorrente DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 A competência concorrente DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 Art. 88. É competente a autoridade judiciária brasileira quando: I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; III - a ação se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 2) Competência exclusiva Impede a homologação da sentença estrangeira DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 Art. 89. É competente a autoridade judiciária, com exclusão de qualquer outra: I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; II - proceder a inventário e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja estrangeiro e tenha residido fora do território nacional. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 Art. 88 e 89: rol não é exaustivo (doutrina e jurisprudência) - Para o intérprete, o não reconhecimento da competência da autoridade judiciária brasileira deve fundamentar-se no princípio da efetividade e deve observar o princípio da submissão. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 Princípio da efetividade (RO 64 – STJ). O Estado não tem interesse jurídico, a saber: DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 a) nas causas cuja decisão demande a aplicação de Direito nacional mas cuja sentença só possa ser utilmente executada no exterior, em território de Estado que, em geral ou no caso particular, não reconheça a eficácia à sentença estrangeira; b) as causas cuja decisão demande a aplicação de Direito estrangeiro e cuja sentença não tenha que produzir efeitos dentro do território nacional; c) as execuções de sentença ou título executivo extrajudicial que devam versar sobre bens situados, ou pessoas domiciliadas fora do território nacional, bem como as execuções de título executivo extrajudicial que não indicar o Brasil como local de cumprimento da obrigação” (RO 64 – STJ). DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 Princípio da submissão DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 Deve-se considerar incluídas entre as hipóteses em que o Estado brasileiro tem jurisdição, as causas em que, embora ausentes do rol do art. 88 do CPC, as partes litigantes tenham aceitado se submeter à jurisdição brasileira. Eleição do foro brasileiro DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 Homologação de Sentença Estrangeira Carta rogatória DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 43 Carta Rogatória DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 44 Fundamento - Legislação interna e Tratados (Protocolo de lãs lenas e demais tratados) DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 45 Objeto - Atos de comunicação - Carta deve ser redigida no idioma do país rogado. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 46 Carta Rogatória Ativa DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 47 Realizada diplomaticamente via M.J. e M.R.E. Brasil Estado X DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 48 Carta Rogatória Passiva DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 49 S.T.J. Art. 105, I, i da CRFB Brasil Estado X DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 50 Fundamentos Art. 211 e 212 do CPC ( novo CPC...) Art. 12 § 2º DA LINDB Resolução nº 9 do Presidente do STJ DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 51 A Resolução nº 9 do Presidente do STJ e as Cartas Rogatórias DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 52 Art. 6º. Não será homologada sentença estrangeira ou concedido exequatur a carta rogatória que ofendam a soberania ou a ordem pública*. * Art. 17 da LINDB DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 53 Art. 7º As cartas rogatórias podem ter por objeto *atos decisórios ou não decisórios. *Atos decisórios, à exceção das sentenças. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 54 Art. 9º Na homologação de sentença estrangeira e na carta rogatória, a defesa somente poderá versar sobre autenticidade dos documentos, inteligência da decisão e observância dos requisitos desta Resolução. O que pode ser impugnado? DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 55 Auxílio direito Art. 7º ... Parágrafo único. Os pedidos de cooperação jurídica internacional que tiverem por objeto atos que não ensejem juízo de delibação pelo Superior Tribunal de Justiça, ainda que denominados como carta rogatória, serão encaminhados ou devolvidos ao Ministério da Justiça para as providências necessárias ao cumprimento por auxílio direto. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 56 Cumprimento da Carta Rogatória Justiça federal (Art. 109, X da CRFB) Por Carta de Ordem - Embargos ao cumprimento. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 57 Art. 13 A carta rogatória, depois de concedido o exequatur, será remetida para cumprimento pelo Juízo Federal competente. §1º No cumprimento da carta rogatória pelo Juízo Federal competente cabem embargos relativos a quaisquer atos que lhe sejam referentes, opostos no prazo de 10 (dez) dias, por qualquer interessado ou pelo Ministério Público, julgando-os o Presidente. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 58 Art. 14 Cumprida a carta rogatória, será devolvida ao Presidente do STJ, no prazo de 10 (dez) dias, e por este remetida, em igual prazo, por meio do Ministério da Justiça ou do Ministério das Relações Exteriores, à autoridade judiciária de origem. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 59 Homologação de sentença estrangeira DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 60 Sistemas Recusa à execução/revisão absoluta/controle ilimitado/ limitado ou de delibação. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 61 Fundamentos internacionais - Art. 6º DA Convenção Interamericana sobre eficácia extraterritorial de sentenças e laudos arbitrais. - Protocolo de Las Lenãs (Mercolsul) DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 62 No Brasil - Art. 105, I, i da CRFB - Art. 15 da LINDB - Resolução nº 9 do Presidente do STJ DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 63 A Resolução nº 9 do Presidente do STJ e a Homologação de Sentença Estrangeira DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 64 Art. 5º. Constituem requisitos indispensáveis à homologação de sentença estrangeira: I - haver sido proferida por autoridade competente; II - terem sido as partes citadas ou haver-se legalmente verificado a revelia; III - ter transitado em julgado;e IV - estar autenticada pelo cônsul brasileiro e acompanhada de tradução por tradutor oficial ou juramentado no Brasil. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 65 Genéricos Requisitos da HSE Internos (intrínsecos) Externos (extrínsecos) DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 66 Genéricos Art. 17 da LINDB Artigos 4º e 6º da Resolução DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 67 Art. 4º A sentença estrangeira não terá eficácia no Brasil sem a prévia homologação pelo Superior Tribunal de Justiça ou por seu Presidente. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 68 Art. 6º Não será homologada sentença estrangeira ou concedido exequatur a carta rogatória que ofendam a soberania ou a ordem pública. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 69 Juízo competente (art. 5º, I) Internos Juízo competente (art. 5º, II) Coisa julgada (art. 5º, III) DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 70 Validade formal da sentença Estar autenticada pelo cônsul brasileiro Externos Art. 5º, IV) Ser acompanhada de tradução por tradutor oficial ou juramentado no Brasil DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 71 Cumprimento Art. 109, C da CRFB: Carta de sentença a ser executada na Justiça Federal. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 72 Procedimentos DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 73 Homologação de Sentença DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 74 Petição inicial Admite-se tutela de urgência. Citação para resposta em 15 dias. (MP vista por 10 dias) Havendo contestação não havendo contestação Julgamento pela corte especial Presidente do STJ Agravo regimental Carta de sentença Justiça federal DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 75 Homologação de Carta Rogatória DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 76 Ministério da justiça Auxílio direto (Sem delibação) Carta rogatória com solicitação de cumprimento de atos decisórios e não decisórios Pode ser realizada a medida solicitada, sem a oitiva da parte interessada quando sua intimação prévia puder resultar na ineficácia da cooperação internacional. Intimação do interessado para impugnar em 15 dias MP vista por 10 dias Havendo impugnação não havendo impugnação Cartas rogatórias (atos decisórias) presidente do stj Poderá Julgamento pela corte especial agravo regimental ..... DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 77 ... Exequatur Justiça federal 10 dias (interessado ou MP – qualquer ato referente à carta) Embargos Decisão Agravo regimental Cumprida a carta – devolução ao presidente do stj em 10 dias e por este remetida (10 dias) MJ ou MRE à autoridade judiciária rogante. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 78 Caso 1 – Plano de Aula 13 Em junho de 2009, uma construtora brasileira assina, na Cidade do Cabo, África do Sul, contrato de empreitada com uma empresa local, tendo por objeto a duplicação de um trecho da rodovia que liga a Cidade do Cabo à capital do país, Pretória. As contratantes elegem o foro da comarca de São Paulo para dirimir eventuais dúvidas. Um ano depois, as partes se desentendem quanto aos critérios técnicos de medição das obras e não conseguem chegar a uma solução amigável. A construtora brasileira decide, então, ajuizar, na justiça paulista, uma ação rescisória com o objetivo de colocar termo ao contrato. Com relação ao caso hipotético acima, responda: DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 - No que tange à competência internacional, o poder judiciário brasileiro (Comarca da São Paulo, capital) é competente para conhecer e julgar a lide? Justifique e fundamente. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 Sugestão de resposta: Sim, embora a competência não esteja prevista na nossa legislação (rol não exaustivo), pelo princípio da efetividade e princípio da submissão. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 Caso 2 – Plano de Aula 13 Teck SPA S/A requer ao STJ a homologação de sentença arbitral estrangeira proferida em 22 de outubro de 2004 por Paul Anderson, árbitro membro da L. C. Association (Inglaterra), que condenou A.A Gerais Ltda., empresa estabelecida no Brasil, no pagamento de US$ 416.323,77 em razão de descumprimento de contrato de fornecimento de algodão cru. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 Apreciado o pedido de homologação pelo Pleno do STJ, uma vez que houve impugnação do Ministério Público e manifestação do representante da A.A Gerais Ltda., o mesmo foi indeferido com base nos artigos 3º, 4º e 5º da lei 9307/96 (lei de arbitragem) que estabelece como condição de eficácia da via arbitral a expressa manifestação por escrito das partes acerca da opção pela arbitragem, anuência que deve ser expressa e específica em relação à cláusula compromissória. Apurou o STJ que não havia assinatura ou visto qualquer da A.A. Geral na cláusula de eleição da via arbitral, nada que fosse prova da manifesta declaração autônoma de vontade da requerida de renunciar à jurisdição estatal em favor da arbitral. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 Com relação ao caso acima responda: 1) É necessária a homologação de laudos arbitrais internacionais? Justifique Fundamente. 2) Quais são os requisitos a serem apreciados para que o laudo seja homologado? Explique-os fundamentadamente. 3) Está correta a decisão do STJ? DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 Com relação ao caso acima responda: 1) Sim. Pacificado na jurisprudência e previsto no art. 4º, parágrafo 1º da Resolução nº 9 do Presidente do STJ. 2) Art. 5º da Resolução nº 9 do Presidente do STJ 3) Conferir o precedente SEC 978 / 2009 DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 Objetivo 1 – Plano de Aula 13 Jogador de futebol de um importante time espanhol e titular da seleção brasileira é filmado por um celular em uma casa noturna na Espanha, em avançado estado de embriaguez. O vídeo é veiculado na internet e tem grande repercussão no Brasil. Temeroso de ser cortado da seleção brasileira, o jogador ajuíza uma ação no Brasil contra o portal de vídeos, cuja sede é na Califórnia, Estados Unidos. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 O juiz brasileiro (Exame da Ordem 2010.2, questão 93): (A) não é competente, porque o réu é pessoa jurídica estrangeira. (B) terá competência porque os danos à imagem ocorreram no Brasil. (C) deverá remeter o caso, por carta rogatória, à justiça norte-americana. (D) terá competência porque o autor tem nacionalidade brasileira. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2 O juiz brasileiro (Exame da Ordem 2010.2, questão 93): (A) não é competente, porque o réu é pessoa jurídica estrangeira. (B) terá competência porque os danos à imagem ocorreram no Brasil. (REsp 1.168.547-RJ, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 11/5/2010) (C) deverá remeter o caso, por carta rogatória, à justiça norte-americana. (D) terá competência porque o autor tem nacionalidade brasileira. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Aula: 2
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