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SLIDES DIREITO INTERNACIONAL 2014.2 C110 AULA 15

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DIREITO INTERNACIONAL
Prof.ª Dra. Ana Luiza Gama
Aula 15: A cooperação judiciária internacional 
Plano de aula 13
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Aula: 2
Caso 1 – Plano de Aula 13
Em junho de 2009, uma construtora brasileira assina, na Cidade do Cabo, África do Sul, contrato de empreitada com uma empresa local, tendo por objeto a duplicação de um trecho da rodovia que liga a Cidade do Cabo à capital do país, Pretória. As contratantes elegem o foro da comarca de São Paulo para dirimir eventuais dúvidas. Um ano depois, as partes se desentendem quanto aos critérios técnicos de medição das obras e não conseguem chegar a uma solução amigável. A construtora brasileira decide, então, ajuizar, na justiça paulista, uma ação rescisória com o objetivo de colocar termo ao contrato. Com relação ao caso hipotético acima, responda:
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Aula: 2
- No que tange à competência internacional, o poder judiciário brasileiro (Comarca da São Paulo, capital) é competente para conhecer e julgar a lide? Justifique e fundamente.
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Caso 2 – Plano de Aula 13
Teck SPA S/A requer ao STJ a homologação de sentença arbitral estrangeira proferida em 22 de outubro de 2004 por Paul Anderson, árbitro membro da L. C. Association (Inglaterra), que condenou A.A Gerais Ltda., empresa estabelecida no Brasil, no pagamento de US$ 416.323,77 em razão de descumprimento de contrato de fornecimento de algodão cru. 
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Aula: 2
Apreciado o pedido de homologação pelo Pleno do STJ, uma vez que houve impugnação do Ministério Público e manifestação do representante da A.A Gerais Ltda., o mesmo foi indeferido com base nos artigos 3º, 4º e 5º da lei 9307/96 (lei de arbitragem) que estabelece como condição de eficácia da via arbitral a expressa manifestação por escrito das partes acerca da opção pela arbitragem, anuência que deve ser expressa e específica em relação à cláusula compromissória. Apurou o STJ que não havia assinatura ou visto qualquer da A.A. Geral na cláusula de eleição da via arbitral, nada que fosse prova da manifesta declaração autônoma de vontade da requerida de renunciar à jurisdição estatal em favor da arbitral. Com relação ao caso acima responda:
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1) É necessária a homologação de laudos arbitrais internacionais? Justifique Fundamente. 
2) Quais são os requisitos a serem apreciados para que o laudo seja homologado? Explique-os fundamentadamente.
3) Está correta a decisão do STJ?
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Aula: 2
Objetivo 1 – Plano de Aula 13
Jogador de futebol de um importante time espanhol e titular da seleção brasileira é filmado por um celular em uma casa noturna na Espanha, em avançado estado de embriaguez. O vídeo é veiculado na internet e tem grande repercussão no Brasil. Temeroso de ser cortado da seleção brasileira, o jogador ajuíza uma ação no Brasil contra o portal de vídeos, cuja sede é na Califórnia, Estados Unidos. 
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O juiz brasileiro (Exame da Ordem 2010.2, questão 93):
(A) não é competente, porque o réu é pessoa jurídica estrangeira.
(B) terá competência porque os danos à imagem ocorreram no Brasil.
(C) deverá remeter o caso, por carta rogatória, à justiça norte-americana.
(D) terá competência porque o autor tem nacionalidade brasileira.
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Cooperação Judiciária(jurídica) Internacional
e Direito Processual Civil Internacional
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A globalização econômica e a realização do Direito.
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A crescente movimentação de pessoas, bens, serviços, informações e capitais entre as fronteiras estatais exige a cooperação jurídica internacional que pode ser definida como a necessária prestação de auxílio mútuo entre Estados ou entre Estados e tribunais internacionais para a adoção de medidas que contribuam para o exercício da jurisdição.
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“A acentuada internacionalização da vida diária contém muitas consequências para a vida jurídica, de ordem positiva e negativa. Na primeira, destacam-se as questões ligadas à pessoa humana, ao direito de família, e ao aumento das transações internacionais, tanto entre comerciantes como com os consumidores. Na segunda, o aumento da litigiosidade com características internacionais, ligadas à esfera cível e à penal.” (Nadia de Araújo) 
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O princípio da cooperação internacional é princípio fundamental do Direito Internacional contemporâneo e estende-se a cooperação entre Tribunais e outras autoridades estatais com a finalidade de dar efetividade ao direito em tempos de globalização. Muito embora os Tribunais exerçam a jurisdição nos limites do território - princípio da soberania nacional – cada vez mais se tornado necessária a prática de atos ou diligências fora de seu território nacional. Surge então a necessidade da cooperação judiciária internacional,
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Definição
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“Cooperação jurídica internacional significa, em sentido amplo, o intercâmbio internacional para o cumprimento extraterritorial de medidas demandadas pelo Poder Judiciário de outro Estado...
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...A cooperação é necessária porque o Poder Judiciário sofre uma limitação territorial de sua jurisdição – atributo por excelência da soberania do Estado, e precisa pedir ao Poder Judiciário de outro Estado que o auxilie nos casos em que suas necessidades transbordam de suas fronteiras para as daquele... (Nadia de Araújo)
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O crescimento do volume de demandas envolvendo interesses transnacionais levou ao aumento de mecanismos de cooperação jurídica internacional de caráter legislativo, jurisprudencial e doutrinário.
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São vários os objetos da Cooperação Judiciária Internacional
Em matéria Civil  citação, a notificação, a intimação, as vistorias, as avaliações, os interrogatórios, as inquirições, dentre outros. A execução de sentenças estrangeiras e laudos arbitrais.
Em matéria penal  Extradição, Transferência de presos, Transferência de processos; Recuperação de ativos.
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A cooperação jurídica no Brasil
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“A preocupação do Estado brasileiro com a cooperação jurídica internacional tem aumentado, porque cada dia é maior o contingente de brasileiros que estão no exterior. Há novos contornos da inserção internacional do país e é preciso combater o crime de caráter transnacional.
No plano administrativo, destaca-se a criação do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional, em 2004, e no plano legislativo, a internalização de uma série de tratados internacionais nos últimos anos, em decorrência direta da atuação desse órgão....
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Em termo de legislação processual também houve avanços. O Novo Código de Processo Civil que ainda está tramitando no Congresso, prevê o tratamento da Cooperação Jurídica Internacional em título próprio (Título II – art. 25 e 26)
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A legislação brasileira que regulamenta a cooperação jurídica internacional é fragmentada, estando dispersa em várias normas, inclusive em tratados multilaterais e bilaterais incorporados ao ordenamento pátrio. Dentre elas:
Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro (LINDB);
O Código de Processo Civil;
A Resolução n° 9 do Presidente do STJ;
Portaria Interministerial n° 501 MRE/MJ de 21/03/2012. 
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Convenções Interamericana sobre Direito Internacional Privado
[Cidip VII]
[Cidip VI]
[Cidip V]
[Cidip IV]
[Cidip III]
[Cidip II]
[Cidip I]
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O Direito processual brasileiro rege-se então:
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Princípiobásico Lex fori
(Norma processual brasileira)
+
Tratados em matéria de cooperação devidamente incorporados 
(Cooperação Judiciária)
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Competência Internacional
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				forum shopping
Dois princípios	
				
				forum non conveniens
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Fórum shopping
O autor e as partes supõem que se possa obter decisão mais favorável aos seus interesses. O autor pode escolher o foro. (No Brasil  artigo 90 do C.P.C. não indução à litispendência)
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 Princípio da não-simultaneidade
 (não se deve propor a mesma ação, em dois países, ao mesmo tempo)
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Fórum non conveniens
(Foro mais conveniente)
Mitiga os exageros na escolha do foro. 
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O CPC contempla:
A competência concorrente
A competência exclusiva
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Artigo 12 do LINDB: “É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação. § 1 - Só a autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas a imóveis situados no Brasil. § 2 - A autoridade judiciária brasileira cumprirá, concedido o exequatur e segundo a forma estabelecida pela lei brasileira, as diligências deprecadas por autoridade estrangeira competente, observando a lei desta, quanto ao objeto das diligências”.
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A competência concorrente
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A competência concorrente
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Art. 88. É competente a autoridade judiciária brasileira quando:
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
III - a ação se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil.
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2) Competência exclusiva
Impede a homologação da sentença estrangeira
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Art. 89. É competente a autoridade judiciária, com exclusão de qualquer outra:
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
II - proceder a inventário e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja estrangeiro e tenha residido fora do território nacional.
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Art. 88 e 89: rol não é exaustivo (doutrina e jurisprudência)
- Para o intérprete, o não reconhecimento da competência da autoridade judiciária brasileira deve fundamentar-se no princípio da efetividade e deve observar o princípio da submissão.
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Princípio da efetividade
(RO 64 – STJ).
O Estado não tem interesse jurídico, a saber:
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a) nas causas cuja decisão demande a aplicação de Direito nacional mas cuja sentença só possa ser utilmente executada no exterior, em território de Estado que, em geral ou no caso particular, não reconheça a eficácia à sentença estrangeira;
b) as causas cuja decisão demande a aplicação de Direito estrangeiro e cuja sentença não tenha que produzir efeitos dentro do território nacional;
c) as execuções de sentença ou título executivo extrajudicial que devam versar sobre bens situados, ou pessoas domiciliadas fora do território nacional, bem como as execuções de título executivo extrajudicial que não indicar o Brasil como local de cumprimento da obrigação”
(RO 64 – STJ).
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Princípio da submissão
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Deve-se considerar incluídas entre as hipóteses em que o Estado brasileiro tem jurisdição, as causas em que, embora ausentes do rol do art. 88 do CPC, as partes litigantes tenham aceitado se submeter à jurisdição brasileira.
Eleição do foro brasileiro
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Homologação
 de
 Sentença
 Estrangeira
Carta rogatória
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Carta Rogatória
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Fundamento
	
- Legislação interna e Tratados (Protocolo de lãs lenas e demais tratados) 
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Objeto
- Atos de comunicação
- Carta deve ser redigida no idioma do país rogado.
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Carta Rogatória Ativa
 
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 Realizada diplomaticamente via M.J. e M.R.E.
	
Brasil
Estado X
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Carta Rogatória Passiva
 
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 S.T.J.  Art. 105, I, i da CRFB 	
Brasil
Estado X
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Fundamentos
Art. 211 e 212 do CPC ( novo CPC...)
Art. 12 § 2º DA LINDB
Resolução nº 9 do Presidente do STJ
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A Resolução nº 9 do Presidente do STJ 
e as Cartas Rogatórias
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	Art. 6º. Não será homologada sentença estrangeira ou concedido exequatur a carta rogatória que ofendam a soberania ou a ordem pública*.
* Art. 17 da LINDB
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	Art. 7º As cartas rogatórias podem ter por objeto *atos decisórios ou não decisórios.
	*Atos decisórios, à exceção das sentenças.
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54
	
Art. 9º Na homologação de sentença estrangeira e na carta rogatória, a defesa somente poderá versar sobre autenticidade dos documentos, inteligência da decisão e observância dos requisitos desta Resolução.
O que pode ser impugnado?
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Auxílio direito
	Art. 7º ...
	Parágrafo único. Os pedidos de cooperação jurídica internacional que tiverem por objeto atos que não ensejem juízo de delibação pelo Superior Tribunal de Justiça, ainda que denominados como carta rogatória, serão encaminhados ou devolvidos ao Ministério da Justiça para as providências necessárias ao cumprimento por auxílio direto.
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Cumprimento da Carta Rogatória
Justiça federal (Art. 109, X da CRFB)
Por Carta de Ordem
- Embargos ao cumprimento.
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	Art. 13 A carta rogatória, depois de concedido o exequatur, será remetida para cumprimento pelo Juízo Federal competente.
	 §1º No cumprimento da carta rogatória pelo Juízo Federal competente cabem embargos relativos a quaisquer atos que lhe sejam referentes, opostos no prazo de 10 (dez) dias, por qualquer interessado ou pelo Ministério Público, julgando-os o Presidente.
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	 Art. 14 Cumprida a carta rogatória, será devolvida ao Presidente do STJ, no prazo de 10 (dez) dias, e por este remetida, em igual prazo, por meio do Ministério da Justiça ou do Ministério das Relações Exteriores, à autoridade judiciária de origem.
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	 Homologação de sentença estrangeira
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Sistemas
	Recusa à execução/revisão absoluta/controle ilimitado/ limitado ou de delibação.
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Fundamentos internacionais
	- Art. 6º DA Convenção Interamericana sobre eficácia extraterritorial de sentenças e laudos arbitrais. 
	- Protocolo de Las Lenãs (Mercolsul)
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No Brasil
	- Art. 105, I, i da CRFB
	- Art. 15 da LINDB
	- Resolução nº 9 do Presidente do STJ
	
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A Resolução nº 9 do Presidente do STJ 
e a Homologação de Sentença Estrangeira
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	Art. 5º. Constituem requisitos indispensáveis à homologação de sentença estrangeira:
I - haver sido proferida por autoridade competente;
II - terem sido as partes citadas ou haver-se legalmente verificado a revelia;
III - ter transitado em julgado;e
IV - estar autenticada pelo cônsul brasileiro e acompanhada de tradução por tradutor oficial ou juramentado no Brasil.
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					Genéricos
Requisitos da HSE		Internos (intrínsecos)
					Externos (extrínsecos)
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Genéricos
	
Art. 17 da LINDB
Artigos 4º e 6º da Resolução 
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Aula: 2
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	Art. 4º A sentença estrangeira não terá eficácia no Brasil sem a prévia homologação pelo Superior Tribunal de Justiça ou por seu Presidente.
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	Art. 6º Não será homologada sentença estrangeira ou concedido exequatur a carta rogatória que ofendam a soberania ou a ordem pública.
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				Juízo competente (art. 5º, I)
Internos		Juízo competente (art. 5º, II)
				Coisa julgada (art. 5º, III)
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Validade formal da sentença
		
			 Estar autenticada pelo cônsul brasileiro
	
Externos
Art. 5º, IV) 
			 Ser acompanhada de tradução por tradutor 		 oficial ou juramentado no Brasil
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Cumprimento
	
	Art. 109, C da CRFB: Carta de sentença a ser executada na Justiça Federal.
	
	
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Procedimentos
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Aula: 2
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Homologação de Sentença
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Aula: 2
74
				
			Petição inicial
				
			Admite-se tutela de urgência.
				
			Citação para resposta em 15 dias.
				 (MP vista por 10 dias)
													
Havendo contestação 		não havendo contestação
								
Julgamento pela corte especial 		Presidente do STJ
							
						Agravo regimental
					
				Carta de sentença
				 Justiça federal
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Aula: 2
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Homologação de Carta Rogatória
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Aula: 2
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			Ministério da justiça
				
			Auxílio direto
				 (Sem delibação)
Carta rogatória com solicitação de cumprimento de atos decisórios e não decisórios 
				
Pode ser realizada a medida solicitada, sem a oitiva da parte interessada quando sua intimação prévia puder resultar na ineficácia da cooperação internacional.
				
	Intimação do interessado para impugnar em 15 dias
				 MP vista por 10 dias 
								
Havendo impugnação 	não havendo impugnação
Cartas rogatórias					
 (atos decisórias)					presidente do stj
	
Poderá							
Julgamento pela corte especial 	 agravo regimental
					
				
			 .....				
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Aula: 2
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				 ...	
					
				 Exequatur
					
				 Justiça federal
					
10 dias (interessado ou MP – qualquer ato referente à carta)
							
				 Embargos
					
				 Decisão
					
				Agravo regimental
Cumprida a carta – devolução ao presidente do stj em 10 dias e por este remetida (10 dias) MJ ou MRE à autoridade judiciária rogante. 
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Caso 1 – Plano de Aula 13
Em junho de 2009, uma construtora brasileira assina, na Cidade do Cabo, África do Sul, contrato de empreitada com uma empresa local, tendo por objeto a duplicação de um trecho da rodovia que liga a Cidade do Cabo à capital do país, Pretória. As contratantes elegem o foro da comarca de São Paulo para dirimir eventuais dúvidas. Um ano depois, as partes se desentendem quanto aos critérios técnicos de medição das obras e não conseguem chegar a uma solução amigável. A construtora brasileira decide, então, ajuizar, na justiça paulista, uma ação rescisória com o objetivo de colocar termo ao contrato. Com relação ao caso hipotético acima, responda:
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- No que tange à competência internacional, o poder judiciário brasileiro (Comarca da São Paulo, capital) é competente para conhecer e julgar a lide? Justifique e fundamente.
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Sugestão de resposta:
Sim, embora a competência não esteja prevista na nossa legislação (rol não exaustivo), pelo princípio da efetividade e princípio da submissão.
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Caso 2 – Plano de Aula 13
Teck SPA S/A requer ao STJ a homologação de sentença arbitral estrangeira proferida em 22 de outubro de 2004 por Paul Anderson, árbitro membro da L. C. Association (Inglaterra), que condenou A.A Gerais Ltda., empresa estabelecida no Brasil, no pagamento de US$ 416.323,77 em razão de descumprimento de contrato de fornecimento de algodão cru. 
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Aula: 2
Apreciado o pedido de homologação pelo Pleno do STJ, uma vez que houve impugnação do Ministério Público e manifestação do representante da A.A Gerais Ltda., o mesmo foi indeferido com base nos artigos 3º, 4º e 5º da lei 9307/96 (lei de arbitragem) que estabelece como condição de eficácia da via arbitral a expressa manifestação por escrito das partes acerca da opção pela arbitragem, anuência que deve ser expressa e específica em relação à cláusula compromissória. Apurou o STJ que não havia assinatura ou visto qualquer da A.A. Geral na cláusula de eleição da via arbitral, nada que fosse prova da manifesta declaração autônoma de vontade da requerida de renunciar à jurisdição estatal em favor da arbitral. 
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Aula: 2
Com relação ao caso acima responda:
1) É necessária a homologação de laudos arbitrais internacionais? Justifique Fundamente. 
2) Quais são os requisitos a serem apreciados para que o laudo seja homologado? Explique-os fundamentadamente.
3) Está correta a decisão do STJ?
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Aula: 2
Com relação ao caso acima responda:
1) Sim. Pacificado na jurisprudência e previsto no art. 4º, parágrafo 1º da Resolução nº 9 do Presidente do STJ. 
2) Art. 5º da Resolução nº 9 do Presidente do STJ
3) Conferir o precedente SEC 978 / 2009
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Objetivo 1 – Plano de Aula 13
Jogador de futebol de um importante time espanhol e titular da seleção brasileira é filmado por um celular em uma casa noturna na Espanha, em avançado estado de embriaguez. O vídeo é veiculado na internet e tem grande repercussão no Brasil. Temeroso de ser cortado da seleção brasileira, o jogador ajuíza uma ação no Brasil contra o portal de vídeos, cuja sede é na Califórnia, Estados Unidos. 
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O juiz brasileiro (Exame da Ordem 2010.2, questão 93):
(A) não é competente, porque o réu é pessoa jurídica estrangeira.
(B) terá competência porque os danos à imagem ocorreram no Brasil.
(C) deverá remeter o caso, por carta rogatória, à justiça norte-americana.
(D) terá competência porque o autor tem nacionalidade brasileira.
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O juiz brasileiro (Exame da Ordem 2010.2, questão 93):
(A) não é competente, porque o réu é pessoa jurídica estrangeira.
(B) terá competência porque os danos à imagem ocorreram no Brasil. (REsp 1.168.547-RJ, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 11/5/2010)
(C) deverá remeter o caso, por carta rogatória, à justiça norte-americana.
(D) terá competência porque o autor tem nacionalidade brasileira.
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