Buscar

Tipificação de redes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Redes de 
Computadores
Tipificação de Redes
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms. Simome Cristina Gonçalves Vianna Molitor 
Revisão Textual:
Profa. Esp. Gislene Teresinha Rocha Delgado de Carvalho 
5
u n
i d a d e
Tipificação de Redes3
Orientações de Estudo
Esta unidade tem como principal objetivo prepará-lo parra identificar as redes de 
computadores, seja por seu tamanho, pela maneira com que transmitem e recebem 
informações, por sua disposição física, pela hierarquia existente entre seus dispositivos etc. 
Saber identificar os tipos de redes é importante para administrar essas redes, para solucionar 
eventuais problemas, para garantir seu crescimento e tantas outras ações. 
O material teórico, ora apresentado por esta unidade, traz apenas as formas de classificação 
das redes mais referenciadas. Contudo, no decorrer da realização desta disciplina você será 
levado a conhecer outras tipificações. Assim, vale recorrer a outras fontes de pesquisa como 
livros ou artigos científicos.
Caso decida utilizar a internet para fazer suas pesquisas, você deve estar consciente de 
que, provavelmente, terá acesso a milhares de informações sobre o assunto pesquisado. 
É importante saber selecionar informações confiáveis que o ajudem a conhecer correta e 
verdadeiramente aquilo que você procura. Ao aparecer o resultado de sua busca, procure 
sites de instituições reconhecidas e confiáveis como, por exemplo, sites governamentais, de 
universidades, de bases de dados científicas etc.
Dê mais atenção, também, às dicas, indicações de curiosidades, diálogos e ideias que fazem 
parte do material teórico. Esses recursos não são empregados à toa e visam potencializar sua 
aprendizagem. Não os despreze. 
6
Unidade: Tipificação de Redes
Contextualização
As redes de computadores são, em geral, referidas de diversas formas. É comum ouvir 
dizer: “Eu utilizo uma rede de par trançado azulzinho”; “Configurei uma rede wireless lá 
em casa”; “O roteador do meu provedor está ligado na porta WAN do meu equipamento” 
ou, ainda, “Para montar uma rede você precisa ligar todos os computadores nas portas 
LAN do seu switch”.
Pelo exposto, é possível perceber que os usuários de redes de computadores utilizam termos 
que são próprios dessa área, todavia, muitos sequer conhecem o significado destes, a exemplo dos 
termos par trançado, wireless, roteador, hub, switch, LAN, WAN, cliente/server, barramento etc.
E você? Conhece o significado de todos estes termos? Sabe classificar as 
redes a partir deles? Está na hora de conhecer estes e outros termos utilizados para 
tipificar as redes de computadores.
7
Tipos de redes
Uma mesma rede pode ser dita como de diversos tipos. Tudo depende daquilo que nela está 
sendo referido para estabelecer sua tipificação (classificação por tipos). Ela pode, por exemplo, 
ser classificada: 1) por seu meio físico de transmissão em par-trançado; 2) por sua tecnologia 
de transmissão de enlaces de broadcast; 3) por seu formato físico em estrela; 4) por sua escala 
(tamanho ou abrangência) etc.
Observe, por exemplo, a figura 1. Nesta, temos uma rede local constituída de par trançado 
e organizada no formato estrela.
Figura 1 - Rede local de par trançado
Ao analisar a figura 1, minuciosamente, examinando todos os seus detalhes, é possível questionar:
O quê, nesta
�gura, diz que
essa rede é
uma rede local?
O quê, nesta
�gura, diz que essa
rede é constituída de
par trançado?
O quê, nesta
�gura, diz que essa
rede tem topologia
em estrela?
Pelo exposto, acredito que você já deve ter compreendido que não existe nenhuma tipificação 
(ou taxonomia) de aceitação geral na qual todas as redes de computadores se encaixam. Contudo, 
segundo Tanembaum (2011), duas formas de classificação se destacam das demais por sua 
escala (tamanho ou abrangência) e por sua tecnologia de transmissão. Vale destacar, ainda, 
outra forma muito empregada para classificar as redes, por sua topologia física e/ou lógica.
8
Unidade: Tipificação de Redes
Dizer que uma rede é do tipo LAN ou WAN, significa referi-la em função de sua escala 
(tamanho ou abrangência). Dizer que uma rede tem enlaces ponto a ponto ou tem enlaces de 
broadcast, significa referi-la em função de sua tecnologia de transmissão. Dizer que uma 
rede está fisicamente organizada/disposta no formato estrela, significa referi-la em função de sua 
topologia física.
Dialogando
Vamos estudar um pouco mais sobre as formas de classificação de uma rede? Iniciemos o 
estudo por sua escala.
Escala (tamanho ou abrangência) de uma rede
Escala não é um termo habitualmente empregado pelos usuários finais de uma rede de 
computadores e nem tão óbvio até mesmo para os profissionais dessa área, sobretudo, se o 
compararmos, por exemplo, a termos como tamanho, abrangência ou distância. Por isso, a partir 
de agora, para facilitar a compreensão acerca dessa forma de classificação das redes, vamos utilizar 
a expressão, tamanho de uma rede, ao invés de escala ou abrangência de uma rede.
Os acrônimos mais comuns utilizados para definir o tamanho de uma rede são LAN, MAN 
e WAN, embora existam outros como, por exemplo, WLAN, PAN, CAN etc.
Nesta unidade, nos concentraremos, principalmente, nas redes LAN, WAN e MAN, uma 
vez que as explicações feitas a partir destas se aplicam a redes de outros tamanhos.
LAN - Local Area Network
Uma LAN é uma rede que opera dentro de um único local como, por exemplo, em uma 
residência, numa sala de escritório, num galpão de fábrica, num campus universitário, num 
armazém etc. 
As LANs, em geral, são chamadas de Redes Locais, interconectam computadores que estão, 
relativamente, próximos uns aos outros e que desejam compartilhar recursos (impressoras, scanners, 
câmeras de monitoramento, multifuncionais, TVs, DVDs, telefones etc) e trocar informações. 
Dessa maneira, diz-se que tais recursos e informações estão contidos dentro de um único 
segmento de rede, assim como mostra a figura 2. Não há interconexão, por exemplo, entre 
computadores de uma determinada LAN com outros, de outras LANs.
Figura 2 – LANs das Empresas X, Y e Z
9
WAN - Wide Area Network
A WAN ou Rede de Longa Distância abrange uma imensa área geográfica. Pode, até 
mesmo, atravessar países e continentes. Quando se fala em WAN é comum pensarmos em 
Internet e isto é verdade. Contudo, aqui, vamos nos concentrar em uma WAN como uma rede 
que interconecta matriz e filiais de uma empresa, espalhadas geograficamente pelos estados de 
São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e na cidade de Belo Horizonte (BH). Na figura 3 temos uma 
WAN que interconecta LANs geograficamente distantes, sendo elas: LANSP, LANRJ e LANBH.
Figura 3 - Rede WAN
MAN - Metropolitan Area Network
A MAN ou Rede Metropolitana tem abrangência bem maior que uma LAN. Seu tamanho 
pode alcançar uma cidade inteira, dependendo da dimensão territorial desta cidade. Apesar de 
sua maior extensão uma MAN não é capaz de alcançar os limites de uma WAN. O caso mais 
conhecido de uma MAN é a rede metropolitana de televisão a cabo disponível em muitas cidades.
Figura 4 – Rede MAN
10
Unidade: Tipificação de Redes
Pelo exposto, vimos que uma rede de computadores pode ser classificada de acordo com 
o seu alcance geográfico ou, simplesmente, tamanho, termo que escolhemos usar, lembra-se? 
No entanto, vale ressaltar que a classificação de uma rede de computadores não se faz única 
e exclusivamente em função de seu tamanho, mas, também, dos elementos que a compõem.
Você Sabia?
Escala, tamanho, abrangência ou distância de uma rede, não importa o termo empregado, é uma 
medida importante para a classificação das redes, uma vez que diferentes soluções e, consequentemente, 
diferentes produtos ou equipamentos são empregados em função de sua dimensão física
Tecnologia de TransmissãoEm termos gerais, dois tipos de tecnologias de transmissão são fortemente empregadas nos 
dias atuais: as redes com tecnologia de transmissão por enlaces ponto a ponto e as redes 
com tecnologia de transmissão por enlaces de broadcast.
Antes de nos aprofundarmos em questões mais específicas acerca dessa forma de 
classificação das redes, importa, aqui, compreender o significado da palavra enlace que, em 
sentido amplo, quer dizer união, junção, ligação, link, isto é, uma conexão.
Quando se fala em tecnologia de transmissão, um enlace ponto a ponto é aquele que 
conecta entre si apenas dois pontos (nós). Num enlace como esse, há apenas dois nós, um em 
cada uma de suas extremidades, como mostra a figura 5.
Figura 5 - Enlace ponto a ponto
A
Nó Nó
enlace
B
Atenção
Um nó é uma forma geral de nomear diferentes dispositivos que podem vir a ser empregados, 
tais como modems, comutadores, roteadores, antenas de rádio, computadores pessoais etc.
11
Grandes redes ponto a ponto são formadas de vários enlaces ponto a ponto. Elas 
conectam pares individuais de nós como mostra a figura 6. Para ir da origem ao destino, aquilo 
que “viaja” por redes como essas talvez tenha de passar por um ou mais nós intermediários 
até alcançar seu nó destino.
Figura 6 – Rede ponto a ponto
A D E
B
C
Uma vez compreendido o que significam os enlaces ponto a ponto, vamos aos enlaces 
de broadcast. 
Enlaces de broadcast são aqueles cujo canal de comunicação pode ser compartilhado 
por vários nós. Nesse caso, ressalta-se, poderão existir mais de dois nós compartilhando esse 
canal, assim como o ilustrado na figura 7. 
Figura 7 - Rede com enlaces de broadcast
C D E
A B
Nó Nó Nó
Nó
Canal de
comunicaçãoNó
Ainda com base na figura 7, é importante entender que se o nó A (origem) transmitir uma 
mensagem para o nó E (destino), por exemplo, todos os outros nós (B, C e D) receberão 
a mensagem enviada pelo nó A, em outras palavras, haverá uma difusão do transmitido. 
Todavia, receber essa mensagem não significa, obrigatoriamente, processá-la. Neste exemplo, 
os nós B, C, D e E receberão a mensagem enviada por A, contudo, apenas o nó E é que irá 
processá-la, uma vez que ele, neste exemplo, é o nó destino.
Redes que fazem uso dessa tecnologia de transmissão são também conhecidas como redes 
de difusão. Esse princípio de funcionamento vai ao encontro do sentido original do termo 
broadscat que quer dizer transmissão para um público de um programa de rádio ou TV, o que, 
nesse caso, corresponde ao termo radiodifusão em português. 
12
Unidade: Tipificação de Redes
Radiodifusã
o quer dizer 
“(lat 
radiu+difusão
) sf Emissão
 e 
transmissão
 de notícias,
 pro-
gramas cultu
rais, música 
etc. 
por meio de
 ondas radi
oel-
étricas; rad
iocomunicaç
ão” 
(MICHAELI
S, p.652).
A palavra radiodifusão tem origem no latim radiu 
associado à palavra diffusione, também de mesma 
origem. Em português, a palavra rádio dispensa 
explicações, contudo, o mesmo não acontece com 
difusão que significa “(lat diffusione) sf Dispersão, 
espalhamento. 2 Irradiação de uma estação de rádio. 
3 Divulgação, propagação” (MICHAELIS, p. 263).
Na terceira edição de sua obra intitulada Redes 
de Computadores, Tanembaum traz excelente 
analogia para facilitar o entendimento do termo 
broadcast quando associado à transmissão de 
dados em redes de difusão. Nesta, escreve:
“Para que você possa entender como isto funciona, imagine uma pessoa 
gritando no final do corredor que leva a uma série de salas: “Watson, cadê 
você?” Embora o pacote possa ser recebido (ouvido) por muitas pessoas, 
apenas Watson responderá. As outras pessoas vão ignorá-lo. O mesmo 
acontece quando o locutor do aeroporto pede para que os passageiros do vôo 
644 se encaminhem para o portão 12” (TANEMBAUM, 1997, p. 8-9).
No caso dessa analogia feita por Tanembaum, é possível considerar que Watson, talvez, não 
escute, não esteja em nenhuma das salas ou, ainda, que possa existir mais de uma pessoa de 
nome Watson naquele espaço. Além disso, também é possível considerar que o Watson que 
responder ao chamado pode não ser aquele com quem se quis falar. São muitas considerações 
e saiba, por ora, que não listamos, sequer, metade delas. Todas essas situações, embora 
análogas, vamos dizer assim, podem acontecer nos sistemas de difusão.
Aqui, vale observar! Ainda que Tanembaum tenha feito uma analogia a partir de uma 
situação comum a todos nós, em determinado momento, ele fez uso da palavra pacote 
quando quis fazer entender o som proferido por aquele que gritava por Watson. Assim, é 
importante destacar, que aquilo que é transmitido por redes de comutadores recebe diferentes 
denominações: informação, dado, bit, pacote, mensagem etc. Pacote, por exemplo, é um 
termo largamente utilizado no âmbito das redes de computadores, em diferentes situações. 
Por enquanto, vamos concebê-lo simplesmente como uma mensagem. Assim, um pacote 
para nós, aqui, tem o sentido de algo que carrega uma mensagem. 
Sistemas de difusão, em geral, oferecem a possibilidade de envio de uma mensagem: a) 
para todos aqueles que compartilham um canal de comunicação (broadcasting); b) para um 
subconjunto de nós que compartilham um canal de comunicação (multicasting) ou, c) para 
determinado nó que compartilha um canal de comunicação (unicasting).
Figura 8 - Transmissões (a) broadcasting, (b) multicasting e (c) unicasting
C D E
A B
Nó Nó Nó
Nó
Canal de
comunicaçãoNó
origem destino
destinodestinodestino
C D E
A B
Nó Nó Nó
Nó
Canal de
comunicaçãoNó
origem
destinodestino
C D E
A B
Nó Nó Nó
Nó
Canal de
comunicaçãoNó
origem
13
Topologias de Redes
Dialogando
Nesta unidade, até o momento, discutimos sobre as redes de computadores, classificando-as 
por seu tamanho e por sua tecnologia de transmissão. Todavia, em seu começo, des-
tacamos outra dimensão. Você lembra qual? Isso mesmo! Por sua topologia.
A topologia de uma rede de computadores está relacionada com a forma como seus 
enlaces físicos e seus dispositivos estão dispostos (fisicamente) e configurados 
(logicamente). 
Com isso, é correto afirmar que uma mesma rede possui sua topologia física e, também, 
sua topologia lógica. Nesse sentido, a Equipe Digerati Books (2009, p. 16), escreve:
“a topologia física estuda a forma (layout) pela qual os vários nós de uma rede 
estão interligados, ou seja, como tudo está interligado fisicamente. O layout 
lógico de uma rede, ou seja, como ocorre o tráfego das informações, chama-se 
topologia lógica” (EQUIPE DIGERATI BOOKS, 2009, p. 16, grifos nossos).
Layout é um termo que corresponde à maneira com que objetos físicos, de modo geral, 
estão organizados em um determinado local. Assim, um layout pode ser um desenho, um mapa 
ou um diagrama de variados objetos, dispostos de uma determinada forma. Um layout pode 
ser utilizado para fazer mostrar os detalhes de uma construção predial (layout arquitetônico) 
ou, no nosso caso, para mostrar como os dispositivos (objetos) de uma rede estão fisicamente 
interligados, ou seja, o layout da rede.
No âmbito das redes de computadores, quando se faz uso do termo topologia sem adjetivá-
lo, quase sempre, referimo-nos à topologia física dessas redes. Por isso, é comum ouvir dizer 
que a topologia de uma rede refere-se ao mapa físico da rede, ao layout físico da rede. 
Certamente, esse motivo é o que nos faz entender topologia, pelo menos num primeiro 
momento, como uma questão apenas posicional, arquitetônica.
Atenção
A disposição física dos dispositivos de uma rede dita a sua topologia física. A maneira como 
ocorre o tráfego desta rede, isto é, o método que seus dispositivos utilizam para acessar o meio 
de comunicação dita a sua topologia lógica.
Os tipos de topologias apresentadas a seguir são essenciaispara melhor compreender essa 
questão de topologia física e lógica. Por isso, vamos a eles!
14
Unidade: Tipificação de Redes
Topologia em barramento
A topologia em barramento é também conhecida como topologia linear, topologia em 
barra ou topologia bus. 
Os dispositivos de uma rede, fisicamente disposta no formato de barramento, assim como 
mostra a figura 9, estão todos interligados a partir de um único canal de comunicação, isto 
é, compartilham um mesmo barramento. Em cada uma das pontas de suas extremidades 
existe um terminador, que impede que a mensagem enviada por um dispositivo retorne ao 
barramento quando chegar ao final deste.
Figura 9 – Topologia em barramento
C D E
A B
Nó Nó Nó
Nó barramento
terminador
terminador
Nó
Do ponto de vista lógico, tomando como base, ainda, a figura 9, diz-se que a mensagem 
enviada por um determinado dispositivo (origem) “viajará” por esse canal e será recebida 
por todos os dispositivos que dele fazem parte. Trata-se, como já discutido nesta unidade, 
da difusão da informação ao longo do canal. Esse método é o que explica o funcionamento 
da rede, a maneira como o tráfego acontece, a forma com que o canal de comunicação, ou 
barramento, é acessado.
É oportuno observar que a conexão dos dispositivos com o canal se faz por meio de uma 
interface de rede cuja principal função é conectar tais dispositivos ao canal. O tipo dessa 
interface pode variar em função de características físicas de cada canal.
Tabela 1 – Principais características das redes 10Base2 e 10Base5
Redes
Características 10Base2 10Base5
Meio físico de transmissão (canal) Cabo coaxial fixo Cabo coaxial grosso
Interface de rede (feita por meio de) Conector BNC Conector vampiro
Topologia física e lógica Barramento Barramento
Velocidade de transmissão 10 Mbps 10 Mbps
Tecnologia de transmissão Difusão Difusão
Tamanho (extensão) máximo do segmento de rede 185 metros 500 metros
Quantidade máxima de dispositivos (nós) 30 100
Distância mínima entre cada dispositivo (nó) do 
segmento de rede
0,5 metros 2,5 metros
15
A tabela 1 apresenta dois tipos de redes com topologia, tanto física como lógica em 
barramento: as redes 10Base2 e as redes 10Base5. Destaca, ainda, alguns de seus pontos em 
comum e de suas diferenças. 
Perceba que as redes 10Base2 e 10Base5 possuem a mesma topologia física e lógica, suportam 
a mesma velocidade de transmissão e empregam a mesma tecnologia de transmissão, contudo, 
possuem interfaces e alcances distintos. Isso porque há diferença nas características do meio físico 
de transmissão, um é constituído por cabo fino de cobre e o outro, por cabo grosso de cobre.
Atualmente, as redes de computadores possuem velocidades de transmissão bem maiores 
do que as das redes 10Base2 e 10Base5, todavia, a baixa taxa de transmissão não foi o 
principal motivo que as fizeram cair em desuso. Na verdade, a maior de suas desvantagens 
ficou por conta de sua topologia física em barramento.
Redes organizadas fisicamente em formato de barramento podem ter seu funcionamento 
interrompido por completo caso haja algum problema de ordem física no canal de comunicação 
ou em suas interfaces. Desse modo, um problema físico no barramento pode “parar” a rede 
toda. Ademais, esses problemas são de difícil identificação e isolamento. Por isso, as redes 
10Base2 e 10Base5 foram rapidamente substituídas pelas redes 10BaseT, cuja topologia 
fazia-se no formato estrela. Nesse caso, T significa Twisted pair (par trançado).
Topologia em estrela
A topologia em estrela é também conhecida como topologia star. Nesse tipo de topologia 
os dispositivos de rede estão fisicamente conectados a um ponto central, em outras palavras, 
em um dispositivo concentrador como mostram as figura 10(a) e 10(b).
Figura 10 – Topologia em estrela
C D E
A
A
D C
BE
B
dispositivo
concentrador
dispositivo
concentrador
segmentos
Se analisarmos com atenção a figura 10(a), num primeiro momento, pode ser difícil visualizar 
a acomodação dos dispositivos em formato estrela, todavia, o mesmo não ocorre se tomarmos 
como referência a figura 10(b).
Ambas as formas físicas apresentadas, trazem ao centro a representação gráfica de um 
dispositivo que interconecta todos os outros. Em outras palavras, um dispositivo central, ou 
concentrador, mais conhecido como hub ou switch. Essa forma de interligação física é o que 
define a topologia física de uma rede em formato estrela.
16
Unidade: Tipificação de Redes
Muitos usuários sabem que hubs e switches possibilitam a comunicação entre equipamentos 
de rede, a exemplo dos computadores pessoais, impressoras, copiadoras etc, contudo, boa 
parte desses usuários desconhece aquilo que os torna diferentes um do outro.
Fisicamente, tanto o hub quanto o switch possuem entradas (portas) que se conectam aos 
equipamentos dos usuários de uma rede. Em geral, existem hubs e switches com 8, 16, 24 ou 
32 portas. A quantidade de portas varia de acordo com o modelo e o fabricante do equipamento.
Hubs e switches funcionam de modo diferente e é essa diferenciação no princípio de 
funcionamento de cada um deles que rege a maneira como ocorrem as transmissões, ou seja, 
que define a topologia lógica da rede. Para melhor compreender essa distinção, é necessário 
entender, primeiramente, o princípio de funcionamento de cada um deles.
Um hub obtém uma mensagem que vem de qualquer dispositivo da rede e a passa 
adiante para todos os outros dispositivos dessa rede. Ele não faz nenhum tipo de filtragem, 
simplesmente, retransmite para todas as outras portas aquilo que recebeu. Essa mensagem é 
então difundida para todos os dispositivos. Trata-se, pois, de uma transmissão em broadcast, 
tal qual acontece com o funcionamento das redes em barramento. Por isso, diz-se que, uma 
rede configurada fisicamente como estrela, pode vir a ter topologia lógica em barramento, 
desde que seu equipamento concentrador se comporte como um hub.
Um switch, por sua vez, ao receber uma mensagem de qualquer dispositivo da rede, verifica, 
antes de passá-la adiante, se conhece o dispositivo destino. Essa verificação é possível, pois 
o switch mantém em sua memória uma tabela que contém uma série de informações acerca 
dos dispositivos de sua rede. Caso, nessa tabela, haja a informação de qual é o destino, em 
outras palavras, a informação de qual porta utilizar para alcançá-lo, a mensagem recebida será 
replicada apenas para essa porta e, não, para todas as outras, como acontece com o hub. 
Quando se tem isso, diz-se que a rede está configurada física e logicamente em estrela.
17
Material Complementar
No material teórico desta unidade você estudou sobre as topologias em barramento e estrela. 
Este material complementar o ajudará a conhecer outra forma de disposição e funcionamento 
de uma rede, desta feita, em formato de circular, daí o nome topologia em anel.
Topologia em anel
A topologia em anel é também conhecida como topologia token ring. Nas redes token 
ring, as estações (nós) são conectadas às seguintes formando um anel. Assim, a topologia 
física dessas redes é definida por essa formação circular.
Dentro do anel, o fluxo de dados é unidirecional e apenas uma estação pode transmitir de 
cada vez. O token representa a permissão para enviar.
Figura 1 – Topologia em anel
A
D C
BE
Token é uma palavra inglesa que, em português quer dizer, entre outras significações, “s. 
1. símbolo, sinal” (MICHAELIS, 1993, p. 345). Já, ring, palavra também inglesa, significa “s. 
1. anel, círculo” (i.d., 1993, p. 286). Se levarmos ao “pé da letra” tem-se a ideia de um sinal 
que circula em um anel. E é isso mesmo! Continuemos. 
O princípio básico de funcionamento dessas redes permite que um sinal ou token circule 
unidirecionalmente, isto é, em uma só direção, dentro no anel. 
O token, então, circulapelo anel ininterruptamente, de enlace em enlace, até que um de 
seus dispositivos sinalize que deseja transmitir. Quando isso acontece, o dispositivo que deseja 
transmitir (transmissor) toma posse do token e adiciona-lhe o conteúdo a ser enviado rumo ao 
dispositivo destino (receptor).
Quando o token chega ao destino, seu conteúdo é copiado para um espaço de armazenamento 
local e o token prossegue sua viagem pelo anel, até alcançar o transmissor, que é quem o esvazia, 
deixando-o livre para circular novamente pelo anel até que nova transmissão seja demandada. 
18
Unidade: Tipificação de Redes
Esse é o método básico de acesso ao meio de comunicação nas redes com topologia em 
anel, em outras palavras, o funcionamento, a topologia lógica dessas redes.
Embora as redes com topologia em anel não tenham se tornado tão populares quanto as 
redes com topologia em estrela, de certa forma, evoluíram, pois seu funcionamento chegou a 
suportar transmissões em um anel sobressalente, geralmente, com sentido de transmissão reverso. 
Contudo, aqui, interessa compreender apenas o princípio básico do funcionamento dessas redes 
e, para isso, nos concentramos, única e exclusivamente, no conceito de circulação unidirecional.
Em resumo, as redes com topologia física em anel, assim como as redes com topologia física 
em barramento, estavam suscetíveis à interrupção total de seu funcionamento, se houvesse 
algum problema, de ordem física, em geral, com qualquer um de seus enlaces ou com a 
conectorização de seus dispositivos.
19
Referências
Equipe Digerati Books. Guia técnico de redes Windows. São Paulo: Digerati Books, 2009.
MICHAELIS. Michaelis: dicionário escolar língua portuguesa. São Paulo: Ed. 
Melhoramentos, 2002.
MICHAELIS. Michaelis: dicionário prático inglês português-português inglês. São Paulo: 
Melhoramentos, 1987.
TANENBAUM, A. S. Redes de computadores. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
TANENBAUM, A. S.; WETHERALL, David. Redes de computadores. 5. ed. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2011.
20
Unidade: Tipificação de Redes
Anotações

Continue navegando