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D. das Obrigações NP1

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“Obrigação é um vínculo jurídico em virtude do qual uma pessoa fica adstrita a satisfazer uma prestação em proveito da outra”. (Orlando Gomes)
Trata-se de uma relação jurídica de natureza pessoal, de caráter transitório através da qual uma pessoa (devedor) fica obrigado a cumprir uma prestação econômica – de dar, fazer ou não fazer alguma coisa –, positiva ou negativa, em proveito de outra pessoa (credor), que garante o adimplemento através do patrimônio daquele. É um tipo de responsabilidade patrimonial.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DAS OBRIGAÇÕES
Não diferente da responsabilidade civil, na antiguidade quem não cumprisse com suas obrigações ou as cumprisse de maneira diversa da pactuada podia sofrer sanções sobre si próprio (“corpo”), e não sobre seu patrimônio. Pelo Código de Hamurabi, por ex., recepcionando alguns dos fundamentos da Lei de Talião, a obrigação era um vínculo de natureza pessoal que autorizava o credor a impor sanções ao devedor tais como pena de morte, privação de liberdade, sujeição à trabalhos forçados ou vendê-lo como escravo.
Para se ter uma ideia, a Lei das XII Tábuas, à época do Direito Romano, autorizava “dividir o corpo do devedor em tantos pedaços quantos fossem seus credores”. 
Art. 391. Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do devedor. 
Art. 1.º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
(...)
 III - a dignidade da pessoa humana.
RELAÇÃO JURÍDICA 
A obrigação é uma relação jurídica, pois exclui deveres como os de “gratidão” ou “cortesia”, alheios ao direito, já que o devedor pode ser compelido pelo credor a realizar a prestação. 
NATUREZA PESSOAL
As partes da relação obrigacional são o sujeito ativo (credor) e o sujeito passivo (devedor). Os sujeitos podem ser pessoa física ou jurídica (de direito privado ou público, de fins econômicos ou não, sociedades em comum), mas é o ativo patrimonial do devedor que responde pela dívida, não seu corpo.
NATUREZA ECONÔMICA
É necessário que a prestação positiva ou negativa (fazer, não fazer ou dar) tenha um valor pecuniário, ou seja suscetível de aferição monetária. Terá o credor, à sua disposição, o patrimônio do devedor como garantia do adimplemento da obrigação (art. 391 CC), e assim dele tirar o quantum necessário à satisfação do crédito e composição do dano causado.
CARÁTER TRANSITÓRIO
Possui caráter transitório, visto que não existem obrigações de caráter “perpétuo” – satisfeita a prestação prometida, amigável ou judicialmente, exaure-se a obrigação.
OBRIGAÇÕES – PRINCÍPOS
Princípio da Eticidade ou Boa-Fé Objetiva
Este princípio reflete a ideia de que as relações negociais devem ser regidas por valores e condutas de modo a desenvolverem-se de forma honesta e correta. Assim, quando um contrato prejudica uma das partes, por exemplo, ofende-se o princípio da boa-fé. A boa-fé é a observância de deveres jurídicos como os deveres de lealdade e confiança, assistência, confidencialidade ou sigilo.
No tocante à Boa-Fé, o Art. 422 do Código Civil dispõe: “os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé”. 
 Princípio da Socialidade ou Função Social
Sobre a função social versa o Art. 421 do Código Civil: “a liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato”. 
Na interpretação atual, esse princípio estatui que os contratos não podem ser transformados em um instrumento para atividades abusivas, causando danos à parte contrária ou a terceiros, ou contrariarem preceitos de ordem pública. Por ex., o cumprimento do contrato não deve gerar fonte de enriquecimento sem causa.
Princípio da Socialidade ou Função Social (continuação)
Um dos motivos determinantes desse mandamento tem inspiração na Constituição de 1988, a qual, nos incisos XXII e XXIII do Art. 5.º, salvaguarda o direito de propriedade, que “atenderá a sua função social”. 
Princípio da Operabilidade
Esse princípio dá abertura para que o magistrado contemple as relações, ponderando-as a fim de promover a justiça ao caso concreto. Remete à ideia de equilíbrio, equidade. Um exemplo sobre esta concepção encontra-se no Art. 944, parágrafo único, do Código Civil: “se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização”.
Princípio da Autonomia da Vontade
Esse princípio diz respeito ao poder de criar normas para si, em regra permanecendo a vontade dos contratantes (v. art. 425 Código Civil). Abrange a liberdade de contratar (decidir celebrar ou não o contrato e de escolher o outro contratante) e a liberdade contratual (liberdade de determinar o conteúdo do contrato). Contudo, o objeto sempre deve ser lícito, não ferir a moral, os bons costumes, a ordem pública e não conter vícios.
OBRIGAÇÕES – ELEMENTOS
Pessoal ou subjetivo: sujeitos da relação obrigacional. O sujeito ativo é o credor da obrigação, aquele em favor de quem se prometeu determinada prestação. Pode ser único ou coletivo, conforme a obrigação. Tem ele, como titular daquela, o direito de exigir o cumprimento pelo sujeito passivo, o devedor. Os sujeitos da obrigação, cuja presença no negócio é obrigatória, podem ser pessoa natural ou jurídica, de qualquer natureza.
Pessoal ou subjetivo: Pode a obrigação também existir em favor de pessoas ou entidades futuras, ou ainda não existentes, como o nascituro, por ex.
Objetivo: objeto da relação obrigacional. O objeto da obrigação é sempre uma conduta de dar, fazer ou não fazer. A prestação (dar, fazer e não fazer) é o objeto imediato. Deve obedecer certos requisitos para a obrigação ser considerada válida: 
licitude do objeto - o objeto não deve atentar contra a lei, a moral ou os bons costumes; 
possibilidade do objeto - quando o objeto é impossível, a obrigação é nula, mas a impossibilidade deve ser real e absoluta para causar a nulidade da obrigação;
objeto determinado ou determinável - quando houver perfeita individualização do objeto da prestação, está terá objeto determinado, pois desde a constituição da relação obrigacional já está indicada. Terá objeto determinável quando sua individuação for feita no momento de seu cumprimento, mediante critérios estabelecidos no contrato ou na lei. Art. 243 do Código Civil: “a coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade”. 
apreciação econômica do objeto - as prestações que não possuem conteúdo patrimonial são excluídas do direito das obrigações. A prestação deve ser suscetível de avaliação em dinheiro. 
Vínculo Jurídico: liame existente entre o sujeito ativo e o sujeito passivo e que confere ao primeiro o direito de exigir do segundo o cumprimento da prestação (v. art. 389 Código Civil). 
OBRIGAÇÃO x RESPONSABILIDADE 
Contraída a obrigação, duas situações podem ocorrer: ou o devedor cumpre normalmente a prestação assumida — e neste caso ela se extingue, por ter atingido o seu fim por um processo normal —, ou o devedor se torna inadimplente. Neste caso, a satisfação do interesse do credor se alcançará pela procura do Poder Judiciário, buscando-se, no patrimônio do devedor, o quantum necessário à composição do dano.
Obrigação x Responsabilidade 
A responsabilidade só surge se o devedor NÃO CUMPRE ESPONTANEAMENTE A OBRIGAÇÃO. A responsabilidade é, pois, a consequência jurídica patrimonial do descumprimento da relação obrigacional. Malgrado a correlação entre obrigação e responsabilidade, uma pode existir sem a outra.
As dívidas prescritas e as de jogo constituem exemplos de obrigação sem responsabilidade. Como exemplo de responsabilidade sem obrigação, pode ser mencionado o fiador, que é responsável pelo pagamento do débito na hipótese de inadimplemento da obrigação por parte do afiançado, este sim originariamente obrigado ao pagamento.
DIREITOS PESSOAIS x DIREITOS REAIS
Quando falamos de Direito das Obrigações, tratamos acercados DIREITOS PESSOAIS, pois a relação jurídica é entre duas ou mais pessoas. Já os DIREITOS REAIS recaem diretamente sobre uma coisa.
Porém, por ambos terem um conteúdo patrimonial, são objetos de dúvidas. E para saná-las, temos seis diferenças relevantes:
Os direitos reais são dados pela lei (art. 1.225 e ss. do Código Civil), têm um rol taxativo (“numerus clausus”). 
Os direitos pessoais são infinitos; não dá para determinar o número máximo de obrigações possíveis.
Art. 1.225. São direitos reais:
I - a propriedade;
II - a superfície;
III - as servidões;
IV - o usufruto;
V - o uso;
VI - a habitação;
VII - o direito do promitente comprador do imóvel;
VIII - o penhor;
IX - a hipoteca;
X - a anticrese;
XI - a concessão de uso especial para fins de moradia;
XII - a concessão de direito real de uso (Redação dada pela Lei n.º 13.465, de 2017);
XIII - a laje (Incluído pela Lei n.º 13.465, de 2017).
O direito real recai geralmente sobre um objeto corpóreo, e alguns bens incorpóreos.
Já o direito pessoal foca nas relações humanas, podendo envolver bens corpóreos ou incorpóreos, e serviços.
Os direitos reais são absolutos, isto é, oponíveis “erga omnes”, podendo ser invocados contra todas as pessoas. Por ex., contrato de hipoteca inscrito no Registro de Imóveis.
Já os direitos pessoais são relativos, de modo que só podem ser exercidos em face do devedor. Por ex., contrato de hipoteca sem a respectiva inscrição no Registro de Imóveis não é real, mas obrigacional puro.
O direito real exerce-se direta e imediatamente sobre a coisa, independentemente do comportamento de qualquer pessoa. Assim, o proprietário de uma casa, para exercer o direito de propriedade (usar, gozar, fruir), não precisa da participação de outrem, por ex. 
No direito pessoal, o cumprimento da obrigação depende de um comportamento do devedor (sujeito passivo) em favor do credor (sujeito ativo).
O direito real possui o direito de sequela: o titular pode perseguir a coisa de quem com ela estiver injustamente, a fim de exercer seu direito. 
No direito pessoal isso não é admitido; o credor, acaso não tenha a obrigação cumprida, só poderá acionar o próprio devedor.
O direito real tem caráter permanente. 
O direito pessoal tem caráter temporário (ao fim da prestação se extingue a obrigação).
OBRIGAÇÃO PROPTER REM
Também chamada de obrigação ambulatória, de natureza híbrida/mista, nasce da titularidade de um direito real de propriedade ou de detenção da coisa. A transmissibilidade automática é uma das características da obrigação propter rem.
É a obrigação que persegue a coisa, que fica no bem. É como que uma “cessão de débito ou dívida” mesmo sem a anuência do credor ou do adquirente do bem.
“As obrigações reais, ou propter rem, passam a pesar sobre quem se torne titular da coisa. Logo, sabendo-se quem é o titular, sabe-se quem é o devedor”. (Arnold Wald)
Para identificar se estamos diante de uma obrigação propter rem devemos perguntar:
1) decorre da vontade das partes ou da propriedade ou detenção/posse de um bem?
2) haverá liberação da obrigação caso o imóvel seja deixado? 
Pagar condomínio, IPTU, IPVA (os tributos inerentes à coisa), taxa de incêndio, são exemplos de obrigações que acompanham o imóvel. 
ATENÇÃO: O promitente comprador deve pagar as obrigações propter rem? O STJ diz que sim, mas desde que esteja imitido na posse do bem (se já morar no bem).
ATENÇÃO: O consumo de água (assim como o de energia elétrica) não podem ser considerados obrigação propter rem de modo a incidir sobre o imóvel, razão pela qual é parte ilegítima para figurar no polo passivo da ação de cobrança o consumidor que fizer prova de que, ao tempo da despesa, o imóvel não lhe pertencia.
O Código Civil de 2002 trouxe esta obrigação em alguns artigos, como por exemplo, no art. 1.345, a saber: “o adquirente de unidade responde pelos débitos do alienante, em relação ao condomínio, inclusive multas e juros moratórios”.
Outros exemplos de obrigação propter rem:
1) na obrigação imposta ao condômino de concorrer para as despesas de conservação da coisa comum (art. 1315 CC.);
2) na obrigação imposta ao condômino de não alterar a fachada do prédio (art. 1336, III CC.);
3) na obrigação que tem o dono da coisa perdida de recompensar e indenizar o descobridor (art. 1234 CC.).
FONTES DAS OBRIGAÇÕES
As obrigações derivam de certos atos, que dão margem ao surgimento das obrigações. Portanto, quando falamos de “fontes das obrigações”, estamos nos referindo ao nascedouro, a todos os atos que fazem brotar obrigações, de onde nasce o vínculo obrigacional.
Na esteira da melhor doutrina, são reconhecidas como fontes do direito das obrigações:
a) lei (arts. 734 e 735 CC., por ex.) 
b) contratos
c) declaração unilateral de vontade
d) ato ilícito e o abuso de direito
e) títulos de crédito (a partir do art. 887 CC.)
Contratos: esta é a principal e maior fonte de obrigação. Através dos contratos as partes assumem obrigações por excelência. Exs.: compra e venda, doação, locação, comodato, mútuo, prestação de serviços e etc. (v. art. 421 e ss. CC.) 
Declaração Unilateral de Vontade: aqui a obrigação nasce da declaração de uma única parte, direcionada à alguém, com destaque para a promessa de recompensa (art. 854 a 860 CC.), onde não se tem um “contrato”, mas um ato unilateral gerador de obrigação, além da gestão de negócios (art. 861 a 875 CC.), do pagamento indevido (art. 876 a 883 CC.) e do enriquecimento sem causa (art. 884 a 886 CC.).
Atos Ilícitos e abuso de direito: já estamos estudando estes institutos em Responsabilidade Civil, mais especificamente os arts. 186 e 187, bem como 927 do Código Civil.
CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
Dar, Fazer ou Não Fazer
Esta a tripartição clássica, advinda do Direito Romano e adotada por nosso atual Código Civil, se debruça sobre a natureza da prestação, compreendendo as obrigações positivas de Dar (arts. 233 a 246), Fazer (arts. 246 a 249), e as negativas de Não Fazer (art. 250 a 251).
Divisíveis ou Indivisíveis
A obrigação Divisível é aquela cujo objeto pode ser fracionado ou cumprido parcialmente. Por ex., se a prestação recair na entrega de 20 sacas de arroz, nada impede que o devedor o faça por etapas, num dado período de tempo.
Na Indivisível este fracionamento é impossível pela “natureza” da prestação (art. 258). A entrega de um cavalo premiado, por exemplo, jamais poderá se dar “por etapas”; neste caso, a obrigação necessariamente deve ser cumprida por inteiro.
Simples ou Complexas (Compostas)
Nas obrigações Simples há apenas um credor, um devedor e um só objeto, ou seja, se apresentam com todos os elementos no singular. Basta que um deles esteja no plural para que a obrigação se denomine composta ou Complexa. 
Meio ou Resultado
Obrigação de meio é aquela em que o devedor utiliza seus conhecimentos e técnicas para alcançar o resultado sem, entretanto, se responsabilizar caso este não se produza. Por exemplo, os casos de contratos com advogados. 
Obrigação de resultado é aquela em que o devedor também se responsabiliza caso o resultado seja diverso do esperado. Sendo assim, o devedor só ficará isento da obrigação quando alcançar o resultado almejado. Como exemplo para este caso temos os contratos de cirurgia plástica/estética
Solidárias 
Não dependem da divisibilidade do objeto, pois decorrem da lei ou da vontade das partes. Pode ser solidariedade ativa ou passiva. Qualquer um deve responder pela dívida inteira, assim que demandado, tendo direito de regresso contra quem não realizou a prestação. Ex.: “A” e “B” são sujeitos passivos de uma obrigação. “C”, sujeito ativo, demanda o pagamento total da dívida apenas de “A”, que cumpre a prestação sozinho; posteriormente, “A” poderá cobrar de “B”. 
Instantâneas, Diferidas e Periódicas (Trato Sucessivo ou Continuadas)
Instantâneas são as obrigações que se exaurem num só ato, como a compra e venda à vista. 
Diferidas, nelas, diferentemente da anterior, a execução deverá ser realizada em momento futuro, em determinada data, assimcomo seu pagamento, como a compra e venda à prazo.
Periódicas são obrigações que, por sua própria natureza, podem ser cumpridas dentro de determinado período de tempo. Assim, por ex., os aluguéis num contrato de locação.
Alternativas, Conjuntivas (Cumulativas) e Facultativas
Alternativa é a obrigação que contém duas ou mais prestações com objetos distintos, da qual o devedor se libera com o cumprimento de uma só delas, mediante escolha sua ou do credor. Por ex.: um devedor se obriga a construir uma piscina OU pagar quantia equivalente ao seu valor = se livrará do vinculo obrigacional se realizar uma dessas prestações.
Conjuntivas são as obrigações onde o devedor se compromete a realizar mais de uma prestação, de tal modo que não se considerará cumprida a obrigação até a execução de todas as prestações prometidas. Por ex.: em uma obrigação o vendedor se compromete a entregar o lote compromissado E a financiar a construção que nele será erguida.
Facultativas são aquelas que contém um único objeto, e o devedor tem a faculdade de substituir a prestação devida por outra de natureza diversa. Por ex.: o devedor se obriga a entregar 50 sacas de arroz ao credor, dispondo-se numa das cláusulas contratuais que, se lhe convier, poderá substituí-las por 50 sacas de feijão = ou seja, direito previsto de dar ao credor COISA DIVERSA do objeto inicial da dívida.

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