Competências e habilidades necessárias ao engenheiro

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CARVALHO, Leonard de Araújo e TONINI, Adriana Maria. Uma análise comparativa entre as competências requeridas na atuação profissional do engenheiro contemporâneo e aquelas previstas nas diretrizes curriculares nacionais dos cursos de Engenharia. Gestão e Produção, São Carlos, v.24, n.4, p.829-841, 2017. 
Competências e habilidades necessárias ao engenheiro
Gabriel Dias Simões
Hugo Gonçalves Silva
Universidade Federal de Itajubá (Unifei)
O artigo “Uma análise comparativa entre as competência requeridas na atuação profissional do engenheiro e aquelas previstas nas diretrizes curriculares nacionais dos cursos de Engenharia”, foi um artigo publicado pela revista “Gestão e Produção” do Departamento de Engenharia de Produção (DEP) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), destinada à publicação de trabalhos originais, bem como resultados de estudos e pesquisas no campo de Engenharia Industrial e gestão de operações.
A noção de competência é cada vez maior vez mais presente no ambiente acadêmico e no mundo do trabalho. O conhecimento técnico dos engenheiros tem sido de muita importância e bem desenvolvida pelas Universidades, no entanto a área de gestão não tem tido o mesmo grau de importância, mesmo estando previstas nas diretrizes. Dessa forma foi realizado uma pesquisa junto a engenheiros atuantes de diferentes áreas, através de entrevistas semiestruturadas, quais as competências julgadas necessárias á sua atuação, onde elas foram desenvolvidas e compará-las aquelas definidas nas Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Graduação em Engenharia. 
O autor Leonard de Araújo Carvalho graduado em Engenharia Metalúrgica pela UFMG, mestre no CEFET-MG, doutorando em Engenharia de Materiais na UFOP. Atualmente exerce o cargo de Assistente Sênior, na Gerência de Filial de Logística/BH da CAIXA. Participa como bolsista (professor orientador) da Universidade Aberta do Brasil (UAB) da UFOP e como pesquisador do Grupo de Formação e Qualificação do CEFET-MG, cadastrado junto ao CNPq.
A autora Adriana Maria Tonini é graduada em Engenharia Civil pela UFMG e em Licenciatura Plena pela Fundação de Educação para o trabalho de Minas Gerais. Mestrado pelo CEFET-MG e Doutorado em Educação pela UFMG. Atualmente é Diretora de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais pela CNPq. Professora associada, coordenadora geral do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), vice coordenadora geral do Programa Escola de Gestores e coordenadora dos Cursos de Especialização em Coordenação Pedagógica e Mídias da Educação na UFOP. Professora do Mestrado em Educação Tecnológica do CEFET-MG.
Esse artigo, está sintetizado num conjunto de 13 páginas, organizadas em 5 sessões, objetivando identificar junto aos engenheiros atuantes no mercado, através de entrevistas semiestruturada, quais as competências julgadas necessárias à sua atuação.
Na primeira sessão, introdução, os autores discorreram sobre uma pesquisa realizada com diversos profissionais do campo da engenharia, afim de avaliar as competências necessárias para a pratica da engenharia, e por meio de tal avaliação, verificar se as competências julgadas necessárias para a graduação são compatíveis com aquelas necessárias para sua pratica.
Na segunda sessão, competências, o assunto abordado dá ao leitor a definição do termo competência e expõe para o mesmo que a noção de competência se forma a partir do conhecimento, do trabalho em grupo, da comunicação, da responsabilidade e da ética. 
Na terceira sessão, diretrizes curriculares nacionais, pode-se observar ainda a ênfase que os autores dão para as novas diretrizes, apresentando os avanços significativos à legislação anterior, antes focado no conteúdo a priorizar o desenvolvimento de habilidades e competências. Além de as Diretrizes Nacionais para os Cursos de Graduação de Engenharia focarem o ensino nas competências, também foram listadas as 14 competências e habilidades gerais que o engenheiro deve possuir.
Na quarta sessão, as competências requeridas do engenheiro contemporâneo, foram analisadas as entrevistas de 17 engenheiros, onde foi solicitado aos entrevistados que expusessem seu pondo de vista, apontando as competências julgadas essenciais na sua atuação diária. Pode-se notar que mediante todas as competências apresentadas, uma em especial ganha destaque: o conhecimento técnico; por ser importante na carreira de um engenheiro e que fora implantada na nova diretriz curricular nacional. De forma geral observa-se que as diretrizes curriculares nacionais abrangem uma ampla parte da necessidade dos engenheiros, mas em contrapartida às competências como a gestão de pessoas e a liderança não estão contempladas na legislação vigente. 
Na quinta e última sessão, considerações finais, observou-se que as novas diretrizes curriculares apresentam avanços importantes, com a inclusão de competências a serem desenvolvidas durante a graduação. Contudo o estudo demonstrou uma deficiência no desenvolvimento das competências não técnicas durante a graduação, relacionada a gestão de pessoas e um desenvolvimento nas competências técnicas.
Após uma leitura atenta da obra, cabe destacar, pelo menos, dois pontos. Primeiro, pelo fato de o artigo ser bastante extenso, os autores acabam ficando presos a uma mesma informação por vários parágrafos. Por sua vez, Gilmar Paulo Henz (2003, p.149) ressalta que:
Atualmente existem inúmeras revistas científicas e muitos artigos para serem lidos. As pessoas não têm muita disposição e tempo para ler trabalhos muito extensos, razão pela qual os artigos foram criados e continuam sendo uma das formas mais populares de divulgação científica.
Segundo, no artigo foram apresentadas questões importantes sobre o que devemos mudar em alguns aspectos, não apenas nas Diretrizes Curriculares Nacionais, mas também nas instituições de ensino superior. E é por isso que este artigo deve ser lido por todos aqueles que estão ligados ao ensino da engenharia como, os estudantes do curso, os profissionais que já estão atuando e as empresas envolvidas nessa área.