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Esse é um termo que vem ganhando força n agricultura de subsistência. Usado desde a antiguidade, lembra a relação homem-universo ou o sistema solar, com os planetas circulando ao redor do sol. Visa um melhor aproveitamento do espaço e dos recursos hídricos.
O que é?
A mandala nada mais é que uma sequência de canteiros circulares com um reservatório de água no centro. Esse sistema é utilizado por pequenos e médios agricultores e tem sido bem visto pelos ambientalistas por respeitar a natureza e reproduzir de forma simples o equilíbrio ambiental.
Tem como características a capacidade de criar um micro clica na área de cultivo, retendo por maior tempo a umidade, utilização de matéria orgânica como adubo e criação de uma relação entre animais e plantas.
Como funciona?
Na mandala, a água utilizada para irrigação é a do reservatório presente no centro do sistema. Nessa mesma água podem ser criados peixes e aves como patos, suas fezes servirão como fertilizantes para as plantas.
A mandala pode ter quantos canteiros circulares for desejado. Nos primeiros canteiros, mais próximos do reservatório de água, são cultivadas hortaliças, nos canteiros intermediários são cultivadas culturas anuais e nos últimos canteiros são cultivadas culturas perenes, como frutífera, ou são reservados à proteção ambiental com árvores nativas.
Onde são mais usadas?
Por enquanto o sistema de mandala está sendo mais explorado nas regiões mais secas do país, mas já existem exemplares em todo território nacional.
Quais as Vantagens do Sistema?
– Menor utilização de água para irrigação;
– Menor ocorrência de plantas daninhas e pragas;
– A área é aproveitada ao máximo;
– O sistema é orgânico;
– A qualidade dos produtos é maior em comparação ao sistema tradicional;
– É econômico;
– Necessita de pouca mão de obra;
– Pode ser explorado também em escala comercial.
Posso Fazer uma Mandala com Formato Diferente?
Além do sistema circular existe outro tipo de mandala, com forma de ferradura. Esse sistema é mais simples, ocupa menos espaço e tem o mesmo desempenho.
Para montar uma mandala em forma de ferradura basta riscar no chão uma ferradura, do tamanho que se deseja e em todo o perímetro abrir um sulco. Nesse sulco serão enterradas garrafas pet cheias de areia, ou telhas em pé, ou blocos de concreto, a fim de formar uma espécie de cerca.
Após cercar a mandala, basta adubar bem e plantar o que quiser. Esse modelo de ferradura também apresenta um micro clima em seu interior por conta dos cantos arredondados.
As Hortas de formato circular ainda não são muito comuns, embora a idéia de fazê-las assim tenha mais de 30 anos. Ganhou atenção na década de 1970, com o movimento de permacultura, criado na Austrália, o qual preconizava outra forma de dispor as espécies vegetais, mais de acordo com o ecossistema.
          A Permacultura foi desenvolvida no começo dos anos 70 pelo australiano Bill Mollison em parceria com David Holmgren em 1974, como uma síntese das culturas ancestrais sobreviventes com os conhecimentos da ciência moderna. Mollison conta que, após perceber o desaparecimento dos sistemas naturais a sua volta, resolveu dedicar sua vida e seus estudos ao desenvolvimento de uma nova forma de interferência humana na Terra. Então como resultado (em constante desenvolvimento) de seus estudos formulou a Permacultura que é a compilação das práticas tradicionais com a ciência moderna. Daí nasce o termo do inglês Permanent mais Culture, Permaculture. O grande feito foi a sistematização dos passos para a elaboração de sistemas sustentáveis, o que se chamará de design. A partir de então, passou a ser difundida na Austrália, considerando que, naquele país, a agricultura convencional já estava em decadência adiantada, mostrando sinais de degradação ambiental e perda de recursos naturais irrecuperáveis. Rapidamente o termo que havia surgido na Austrália difundiu-se pela América do Norte e Europa, chegando à América Latina e ao Brasil em meados dos anos 80. Foi traduzida como permacultura (Permanente + cultura), porém assim como a agroecologia, ainda não consta em todos os dicionários da Língua Portuguesa, no Brasil.
Uma das grandes influências no início da permacultura foi a agricultura natural de Masanobu Fukuoka que, em linhas gerais, defendia a menor intervenção possível no solo e a recusa por insumos externos à propriedade rural. Porém, com uma grande influência da visão sistêmica e sob a ótica da teoria de Gaia, houve a incorporação dos demais aspectos básicos da ocupação humana no planeta, que, além da produção alimentar, são, entre outros: habitações; oferta de água e saneamento; geração e oferta de energia. A percepção de que a problemática ambiental está relacionada ao suprimento de todas as necessidades básicas da espécie humana foi fundamental para a construção epistemológica (ainda em processo) da permacultura. Atualmente, a permacultura apresenta uma ferramenta metodológica de desenho ambiental em ecossistemas antrópicos, ou seja, os agroecossistemas em sentidolato.
Desde então, os inúmeros casos de sucesso na aplicação da Permacultura têm provado ser ela uma solução viável não somente para a Austrália, como para todo o Planeta. Os conceitos de agricultura permanente começaram a ser expandidos como uma cultura permanente, envolvendo fatores sociais, econômicos e sanitários para desenvolver uma verdadeira disciplina holística de organização de sistemas.
Com a crescente preocupação envolvendo a natureza, esse conceito adquire fôlego e se espalha com novas idéias. Um desses conceitos é o sistema de plantio (horta) em economizar água, trabalhar com a diversidade de plantas, aproveitarem melhor o espaço, usar apenas fertilizantes orgânicos.
A horta em círculo também é conhecida como mandala, termo que vem do sânscrito e significa "sagrado" ou "círculo mágico". Trata-se de um jardim de círculos concêntricos que respeitam a agricultura ecológica, sendo um dos seus princípios caracterizarem o desenho da natureza. Como nela tudo é arredondado, os canteiros retos foram reformulados em círculos.
O termo horta mandala ficou mais conhecido no Brasil há cerca de cinco anos, quando o paraibano Willy Pessoa criou o Processo Mandalla, um projeto de capacitação que dura em média seis meses. Nele, o agricultor aprende a filosofia mandala, recebe noções de como implementar esse tipo de cultivo, técnicas de plantio, adubação orgânica, fazer um sistema de bomba sem a necessidade de energia elétrica e recebe até aulas de nutrição básica. Com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos agricultores, sua produtividade e o equilíbrio ambiental.
A horta orgânica consiste no cultivo de verduras, frutas, legumes, temperos e ervas medicinais sem o uso de agrotóxicos e de maneira ecologicamente correta. Produção orgânica ou agroecológica, muito mais do que uma produção que não usa agrotóxicos, é uma produção baseada em tecnologias limpas e sustentáveis para gerar produtos dentro de boas práticas da segurança alimentar.
           A palavra Orgânico está acompanhando muitos rótulos de alimentos e por vezes se questiona se será moda ou propaganda para vender. Na agricultura orgânica, a observação da natureza e as pesquisas formaram conceitos e indicações de procedimentos, procurando reproduzir o que acontece naturalmente na natureza quando não há intervenção de humanos. Nos campos não há uma espécie somente e a diversidade encontrada é o que se tenta reproduzir, evitando a monocultura.
           A palavra agroecológica traz um entendimento mais profundo da ecologia de sistemas agrícolas que,tem mostrado que agroecossistemas produtivos e sustentáveis podem ser, ao mesmo tempo, econômica, ambiental e socialmente viáveis. Com efeito, essa abordagem contribui na gestão de uma agricultura sustentável, pautada na busca pela segurança alimentar e energética em níveis familiares, regionais e nacionais. Este enfoque vem sendo consolidado por práticas agroecológicas, onde os ecossistemas agrícolas são manejados com a mínima dependênciade aportes de produtos químicos e de energia, enfatizando-se culturas complexas nas quais as interações ecológicas e as sinergias entre componentes biológicos proporcionam os mecanismos para que os sistemas patrocinem sua própria proteção de fertilidade do solo e de produtividade.
A Agroecologia surge como um conjunto de conhecimentos, técnicas e saberes que incorporam princípios ecológicos e valores culturais às práticas agrícolas que, com o tempo, foram desecologizadas e desculturalizadas pela capitalização e tecnificação da agricultura. A Agroecologia convoca a um diálogo de saberes e intercâmbio de experiências; a uma hibridação de ciências e técnicas, para potencializar as capacidades dos agricultores; a uma interdisciplinaridade, para articular os conhecimentos ecológicos e antropológicos, econômicos e tecnológicos.
O PROJETO
Como nasceu?
O projeto nasceu depois da compra de uma chácara de 10.000 m² no ano de 2010, no limite urbano da cidade de Montes Claros, norte de Minas Gerais, pelos familiares. O objetivo da compra da chácara é de transformar o local em um centro de radiação de luz espiritual, abrangendo o convívio natural e a solidariedade.
Assim, pelas experiências adquiridas na minha vida acadêmica e a vontade de colocar em prática a agroecologia, foi proposta aos familiares a criação da horta em círculo (Mandala) que teria como objetivos: a busca pela qualidade de vida através de alimentos orgânicos, o despertar para coletividade, a educação ambiental, o convívio sociofamiliar, a divulgação e a doação.  
Dessa forma, o projeto da horta orgânica em círculo nasceu em março de 2011 com orçamento próprio em uma área de 500 m² dentro da chácara, ao lado de uma construção de alvenaria e madeira com telhado, com aproximadamente 30 m².
Passo a passo da construção do projeto.
1º passo
       Em março de 2011 delimitou-se a área e definiu-se como seria o sistema da horta a ser implantado. Na chácara há um poço artesiano com vazão de 10.000 l/h, o que não seria um dos problemas a ser enfrentado.
O sistema proposto foi o projeto Mandalla (Willy Pessoa) com os conceitos da permacultura e agroecologia. Que, ao invés de uma horta tradicional, os canteiros são circulares e no centro uma fonte d'água. Devido ao tamanho da área e os objetivos, optou-se por quatro canteiros circulares com um tanque de irrigação no centro. Para irrigação são usadas quatro linhas de irrigação, nas quais a água é levada para os canteiros sendo pulverizados em forma de chuva. Para abastecimento do tanque é utilizada a água do poço artesiano que fica a 35 metros de distância.
No sistema de horta em mandala, trabalham-se os conceitos em que as plantas têm preferências e escolhem as companheiras com as quais se dão bem, o que lhes permite ajudar-se em defesa contra os insetos e doenças e aproveitarem melhor os nutrientes contidos no solo. Como os plantios circulares permitem às plantas se ajudarem mutuamente, trabalham-se os conceitos de cortinas quebra-ventos, de plantas repelentes a insetos, de plantas melíferas e uma série de segredos que a natureza nos ensina e que também colaboram com a recuperação da biodiversidade e o controle ecológico de insetos-pragas assim como de doenças e plantas invasoras.
Esse tipo de horta economiza água, trabalha com a diversidade de plantas, aproveita melhor o espaço, usa apenas fertilizantes orgânicos e poupa o solo. O projeto da horta mandala prevê ainda a inclusão de animais. No tanque de água no centro, como peixes e patos, os quais, além de servirem para o consumo humano, fertilizam a água para ser usada nas hortaliças. E o ciclo de sustentabilidade continua seu caminho.
2º Passo
Em abril de 2011, decidiu-se fazer a limpeza do terreno e foram encontradas grandes dificuldades, pois na chácara, antes da sua compra, o antigo proprietário criava cavalos. O solo do local estava coberto por capim e foi necessária a remoção com parte do subsolo para não ficar sementes no local. Com essa necessidade foi contratado um profissional autônomo com trator de pá escavadeira onde se realizou a remoção e limpeza da área. O mesmo profissional vendeu 16 m³ de terra preta (orgânica) que foram utilizados para compor os canteiros.
O serviço contratado não agradou muito, visto que o trator era velho e gastou o tempo em dobro na execução do trabalho, além de não ter acertado (nivelado) o terreno como desejado.
Entretanto, o início de tudo é sempre uma novidade e traz uma sensação boa, sendo visível em todos da família; as ideias afloravam e a cada momento o interesse aumentava.
3º Passo
Com o terreno limpo, já no mês de maio de 2011, decidiu-se fazer a compactação do terreno e a modelação do buraco do tanque feita pelo trator para deixar em forma de uma bacia, e para isso reuniu-se boa parte dos familiares que moram aqui na cidade. Esse serviço durou duas semanas, pois o grupo se reunia sempre nos finais de semana. Para dar continuidade ao serviço, foi contratado um pedreiro com experiência em construção de tanque, cujo trabalho durou quatro dias . O tanque ficou com as seguintes medidas: 1,5 metros de profundidade, 6 metros de diâmetro, 1 metro de borda para cercamento. Foram usados os seguintes materiais: ½  metro de areia lavada, ½ metro de brita tipo 2, 7 sacas de cimento (usado para fazer a mistura para o concreto), 10 metros de tela de galinheiro de 1,8 m (usados como uma manta e para sustentar  o concreto ao solo),  1 (uma) barra de ferro 1.2 (usada para prender a tela de galinheiro no solo, sendo cortada em pequenos pedaços e dobradas em V) e cola para vedação (usada para evitar trincas e infiltração).
Com o tanque pronto, depois de seco, para evitar infiltração e trincas, passou-se o produto (colafix), deixou secar por um dia e depois o encheu com água. Mesmo com toda essa prevenção, houve uma pequena trinca na sua borda que foi eliminada depois de abrir a rachadura com uma talhadeira e colocar novamente mais cola no local.
4º Passo
        O próximo passo consistiu no cercamento do tanque para que no seu interior houvesse criação de patos. Foram comprados 13 postes de eucalipto tratado de 2,2 m de número 4 (usado para firmar a tela), 30 metros de tela de galinheiro de 1,5 m (usado para fechar em círculo o tanque), 1 kg de arame recozido (usado em pequenos pedaços para prender a tela de galinheiro), 5 metros de ripa (usados para fazer a porta do cercado) e foram utilizados aproximadamente 100 m de fio galvanizado para cerca (usados para esticar e fixar a tela de galinheiro). 
           
Com todos os materiais em mãos iniciou-se a furação dos postes em três pontos sendo a 0,40 m, depois 1,15 m e o último a 1,90 m com broca de 8 mm. Esses furos foram feitos para passar o arame para firmar a tela. Foi utilizado arame galvanizado e dois esticadores de uma cerca removida na chácara. Foram feitos buracos de 40 cm distantes uns dos outros 2,5 metros, em seguida foram colocados os postes e enterrados de modo que o primeiro furo estivesse rente ao solo e todos distantes 1 m da borda do tanque. Com os postes fixos, passou-se o arame pelos furos de modo que a abertura de entrada não fosse fechada. Com arame colocado e tensionado, o próximo passo foi esticar a tela de galinheiro, amarrando com os pedaços de arame recozido, evitando assim que fosse fixado com pregos. A porta foi feita com ripa, que formava um retângulo de 80 x 150 cm, cruzada com arames recozidos e fechada com tela, e por fim pregada no local por três dobradiças.
Depois de pronto, fez-se uma pequena cobertura dentro do espaço com telha de amianto de aproximadamente 2 m de comprimento, 50 cm de largura,  50 cm de altura e de 50 cm de profundidade para abrigo dos patos.
Esse serviço durou uma manhã e um período da tarde, feito com ajuda de três membros da família. O serviço foi bem descontraído, e no final a recompensa, foram levados quatro patos que estavam no galinheiro para o local e eles fizeram a festa, muitos banhos e mergulhos.
5º PassoNo mês de junho o projeto continua e mais um problema foi percebido. Devido à retirada do capim, o trator acabou compactando o solo. Para resolver, foi providenciado o empréstimo de um trator para gradear, pagando apenas o combustível. O serviço foi feito pelo Sr. Balbino que, em conversa, gostou muito do projeto e relatou que na sua chácara ele criava peixes e fez algumas orientações sobre a criação. Falou ainda que daria algumas matrizes de peixe para o projeto. 
          
Em outro espaço, perto do local da horta, foi construída uma estrutura de 2 m de  largura por 6 metros de comprimento aproximadamente com restos de tábuas para ser local de depósito de restos de folhas e de corte da grama recolhidos do jardim da chácara a serem usados como adubo.
6º Passo
No final do mês de junho, aproveitando as férias dos familiares, iniciou-se a construção dos canteiros da horta, ficando o espaço definido no projeto como espaçamento entre canteiro de 50 cm e os canteiros com 1 m de largura e 20 cm de altura, começando do círculo menor para o maior. Os canteiros foram preparados da seguinte forma: devido ao solo estar gradeado, foi possível abertura e marcação dos canteiros já deixando o formato, para facilitar usaram-se algumas varas com medidas de 1 metro para posicionar a abertura dos canteiros. Depois de marcados os canteiros, foram colocados baldes de areia lavada sobre toda a extensão do centro e posteriormente misturado ao solo com uso de raspador. Em seguida, com ajuda de carrinhos de mão, foi levada terra preta para os canteiros comprada no início do projeto e disposta no canteiro formando uma camada de 10 cm aproximadamente. Nessa etapa foram feitos dois canteiros.
Essa fase foi quando esteve o maior número de pessoas da família reunida para o mutirão da horta.  Todos participaram e deram sua contribuição ao um bem maior. Nessa mesma oportunidade foram passados os objetivos do projeto e mais idéias foram apresentadas para a comunidade. Todos estavam felizes e ansiosos para o final do ano colher os frutos do serviço.
7º Passo
No mês de julho foram comprados 5 tubos PUC PN40 50 mm para fazer a ligação da rede de água do poço artesiano para o tanque. Foram usados também 2 registros esfera PUC 50 mm, 1 T 50 mm, 2 joelhos 50 mm e uma cola de cano. O cano foi emendado na rede que abastece a caixa da chácara juntamente com os registros de forma que pode encher o tanque sem encher a caixa. O cano foi colocado em vala e levado até próximo da cerca (tela) e direcionado para o tanque a uma altura de 1,80 m (a altura ajuda na oxigenação do tanque).
8º Passo
Continuando, no mês de julho foram comprados todos os materiais para fazer o sistema de irrigação. De acordo com o projeto, o sistema é abastecido por quatro linhas de irrigação; desse modo, compraram-se 4 postes de eucalipto de 5 m de número 8-10 (usados para colocar sobre o lago formando uma pirâmide para sustentação da bomba submersa). Eles foram pintados com duas mãos de tinta branca e ficaram secando por uma semana. No dia da montagem foram feitos 2 furos de 8 mm, um abaixo do outro, próximo da extremidade, de forma que todos os o furos dos outros postes tivessem o mesmo alinhamento. Foi marcado no tanque o local onde ficaria cada poste abrindo um pequeno buraco bem na extremidade do tanque.
Para montar a pirâmide sobre o lago, passou-se um pedaço de arame vulcanizado pelos furos em forma de círculo de modo que ficasse folgado. Com ajuda de seis pessoas da família, levaram-se os postes para o tanque, cada um segurando um poste, e um na amarração dos 4 postes. Dentro da área do tanque os postes foram levantados e abertos e colocados na posição desejada formando uma pirâmide. Em seguida, com auxílio de uma escada, chegou-se na sua extremidade (pirâmide) e apertou-se o arame, deixando bem firme.
Tudo o que se pensou foi realizado, mas não imaginávamos que ia dar tanto trabalho. Passamos um apuro quando os postes estavam em pé sendo segurados apenas com as mãos, pois eles quase tombaram. Entretanto,  com cuidado, foram colocados no local determinado. Parabenizo às mulheres da família que ajudaram nessa fase do projeto.
Depois de pronta a pirâmide, iniciaram-se os preparativos para montagem da bomba a ser colocada no tanque e fez-se a medição do topo da pirâmide até o fundo do tanque para saber o tamanho exato da mangueira a ser colocada na bomba.
Para essa etapa, foram comprados: 1 (uma) bomba ANAUGER 800, 1 (uma) união REC 3/4x1/2, 80 m de fios 2,5 mm flexível, 1 (uma)  fita isolante, 1 (um)  disjuntor de 10 amperes,  e foram montados da seguinte forma: na saída da bomba foi colocada uma mangueira de ¾ de 3 m presa com braçadeira que vem da bomba e na outra extremidade colocou-se a união REC de ¾ x ½ para encaixar a mangueira preta de irrigação. Amarrou-se então uma corda nessa união até o topo da pirâmide de modo que a bomba ficasse a 40 cm do fundo do tanque, o recomendado pelo fabricante.
Para distribuição de quatro saídas de irrigação, foi necessário pensar, pois não se encontrou uma cruzeta de 4 saídas. Foi cortado 1 metro de mangueira de 16 mm  e com 3 (três) T/16 mm colocados um após outro na extremidade, foram obtidas 4 saídas de linhas. O passo seguinte foi prender esta mangueira com braçadeira na união REC que já estava presa com corda.  Em seguida, ligou-se a bomba à rede elétrica esticando dois fios paralelamente até a “Casa de sementes” onde foi ligada no disjuntor preso na estrutura. Fez-se o teste e a bomba funcionou esguichando água para as quatro saídas.
        Foram comprados 100 metros de mangueira preta de 16 mm que foi dividida para as quatro saídas no topo da pirâmide e amarrada nos poste pelo arame recozido e conduzida para o solo até o limite externo dos dois canteiros montados. 
Com aquisição dos seguintes materiais: 12 (doze) T/16mm, 12 (doze) final de linhas, 8 (oito) registro de linha 16mm e duas caixas de cotonetes, iniciou-se o sistema de irrigação pra os canteiros.
 Para montagem da primeira linha de irrigação do canteiro, cortou-se a mangueira e colocou-se um “T” de 16 mm de modo que eles ficassem no centro do canteiro, e em seguida completou com 20 cm de mangueira e depois com um registro de linha de 16 mm, emendou com outro pedaço de mangueira estendendo sobre o centro do canteiro até a linha seguinte, fechando com a peça final de linha (repetida a operação para todas as 8 linhas de irrigação).
Com toda a parte de mangueiras e conexões prontas, a próxima tarefa foi arrumar varas de pau para sustentar a mangueira. Para isso não houve problema, pois a divisa da chácara é cercada por cercas vivas, e ao lado da horta foi aparado utilizando as varas que são retas nos canteiros. Elas foram cortadas com 1 metro aproximadamente e fincadas nos canteiros distantes 2 metros um do outro; para amarração das mangueiras usou-se arame recozido ficando elas suspensas a uma altura de 50 cm. Foi repetido o procedimento para as 8 linhas de canteiro nesta etapa que finalizou com dois círculos de canteiro envolta do tanque.
De acordo com o projeto seguido, foram usados aspersores tipo cotonetes. Para preparar os cotonetes, foi retirado o algodão de um lado com os dedos e cortamos o do outro lado com alicate. Com ajuda de uma vela foi aquecida a extremidade em que havia sido retirado o algodão com os dedos e, ao se derreter, foi apertada com alicate. Nessa ponta vedada com alicate, abaixo 5 mm, foi feito um corte com uma faca na posição vertical de modo que o corte não ultrapassasse a metade do tubo (foi feito isso para todos os cotonetes).
Usou-se uma chave Philips de 5/16 para furar a mangueira, para colocar os cotonetes preparados, na posição virada para cima com o cuidado de não varar para o outro lado, e os furos foram feitos distantes 1 metro um do outro.
Depois de feito o procedimento para as linhas dos canteiros, foi realizado o teste de vazão ligando a bomba e fechando os registros das linhas.
“Agora ficou nítidocomo o projeto é grandioso e mostra a eficiência desse sistema, todos bateram palmas e contemplaram a beleza das águas sendo espalhadas como chuva pelos canteiros.”
9º Passo
No final de julho, iniciaram-se os preparos dos canteiros para o plantio. Foi preparado o solo dos canteiros com cama de galinheiro e esterco de vaca. Como objetivo de sempre, estava envolvida boa parte dos familiares que ajudaram a montar grande parte dos dois círculos com as seguintes plantas: coentro, cebola, alho, pepino, alface, couve e tomate. Na beira da cerca foram plantados: chuchu, mamão e maracujá-da-terra.
Mais uma vez estava nítida a alegria de todos em participarem de mais um processo na construção da horta. O passo posterior foi ver cada sementinha brotar e despertar dando uma nova cor, “o verde”, para horta.
10º Passo
       No meio do mês de agosto iniciou-se a construção do terceiro círculo de canteiro com todo preparativo dos outros anteriores. Marcação do canteiro, corredores, mistura de areia no solo, colocação da terra preta e adubo. Nesse momento, as hortaliças já estavam crescendo bastante aumentando mais o entusiasmo de todos. Era o momento de limpeza e colheita.
Devido a alguns problemas enfrentados pelo sistema de irrigação com cotonetes, resolvemos testar no terceiro canteiro o sistema com aspersores convencionais. Para isso fez-se o teste em uma linha de canteiro com uso de 6 (seis) microaspersores com haste no lugar de cotonetes. O teste se saiu bem, pois elimina alguns incômodos que o projeto original estava tendo e que na internet não apresenta nenhum fator opondo como por exemplo:
1 os cotonetes devem ser de uma única marca, pois tem diferença de diâmetro de circunferência.
2 os cotonetes entopem muito e devem ser trocados constantemente.
3não apresentam uma uniformidade no padrão do esguicho da água, precisando sempre mexer na sua abertura.
4 a pessoa que opera o sistema sempre vai sair encharcado de água pela irrigação, pois precisa o sistema estar ligado para ajuste dos cotonetes.
5o custo benefício é quase o mesmo, pois o uso do aspersor convencional irriga dois canteiros simultâneos eliminando um canteiro com mangueira.
Diante dos fatos, efetuou-se a troca dos cotonetes por microaspersores com haste convencional, ficando 8 linhas de irrigação para os quatro canteiros em círculo adotando os seguintes procedimentos: foram retiradas as hastes de madeira, foram trocadas algumas mangueiras e distribuídos 40 microaspersores com haste nas oito linhas de irrigação.
Foi uma troca excelente visto que a manutenção é rara, está sendo feito o cálculo para ver o custo com cotonetes e com microaspersores para publicação em breve.
No final de outubro iniciaram-se as chuvas e observou-se um grande crescimento das hortaliças. Foram colhidos repolho, couve, tomate, cebolinha, cebola, beterraba, cenoura, alface, e outros.
No mês de novembro o projeto estava na preparação do último canteiro. Foram colocados peixes no tanque. Está sendo feita a rotatividade de culturas, o que contribui para a saúde do solo.
O projeto segue em 2012 colhendo frutos, hortaliças e verduras...
Foto em janeiro de 2012 - Wadson de A. Miranda
LISTA DE MATERIAL E PREÇOS - 2011
* em vermelho lista de material para cercamento da horta ainda não comprados (segunda fase do projeto)
O projeto. Nossa intenção!!!
Usufruir da agricultura orgânica (sem uso de agrotóxicos);
Desperta a visão ecológica e ambiental em cada um;
Desperta a coletividade e o trabalho;
Desperta a paciência, respeito e a humildade;
Desperta a cooperação solidaria...

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