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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA 
FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE MARA ROSA/GO. 
 
 
 
 
 
 
MARIA SELMITA ANTUNES CLEMENTE, brasileira, 
casada, servidora pública, inscrita no CPF sob o nº 596.693.301-49, residente 
e domiciliada na Rua Santa Catarina, Setor Central, em Mara Rosa/GO, CEP: 
76490-000, por intermédio de seus advogados abaixo assinado, vem, 
respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 186 
e 927 do Código Civil brasileiro, Código de Defesa do Consumidor e demais 
dispositivos legais pertinentes ao caso, promover a presente: AÇÃO 
DECLARATÓRIA DE INEXISTENCIA DE CONTRATO C/C DECLARATÓRIA 
DE NEGATIVA DE PROPRIEDADE C/C ANULATÓRIA DE DÉBITOS C/C 
DANOS MORAIS COM PEDIDO LIMNAR em face de BANCO BRADESCO 
FINANCIAMENTOS S.A., pessoa jurídica inscrita no CNPJ sob nº 
07.207.996/0001-50, com sede na Nuc Cidade de Deus - s/nº, 4 andar, prédio 
prata - Vila Yara, Osasco/SP, CEP 06029-900; ESTADO DE GOIÁS, pessoa 
jurídica de direito público, inscrita no CNPJ com nº 01.409.580/0001-38, 
representada pelo Procurador-Geral do Estado Rodrigo Janot Monteiro De 
Barros, com sede no Palácio Pedro Ludovico Teixeira – Rua 82, S/N Setor Sul, 
CEP: 74088-900, Goiânia – GO; e DETRAN – DEPARTAMENTO ESTADUAL 
DETRÂNSITO DO ESTADO DE GOIÁS, pessoa jurídica de direito público, 
autarquia estadual, inscrita no CNPJ com o nº 02.872.448/0001-20, 
representado por seu Presidente Manoel Xavier, com sede na Avenida Atílio 
Correia Lima, s/n, Cidade Jardim, CEP 74425-030, Goiânia/GO, pelos motivos 
de fato e de direito a seguir expostos: 
Processo: 5234672.94.2018.8.09.0102
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uário: Fabiana Baptista de Bastos Lopes - Data: 02/08/2018 17:44:01
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Assinado por MARIA ALICE MENDES SOUZA DIAS DE MOURA
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DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA 
Preliminarmente, afirma, sob as penas da Lei, ser pessoa 
economicamente hipossuficiente, não dispondo de recursos suficientes para 
arcar com as custas e demais despesas processuais sem prejuízo de seu 
sustento e de sua família. 
Por tais razões, pleiteia-se os benefícios da Justiça 
Gratuita, assegurados pela Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV e pela Lei 
13.105/2015 (CPC), artigo 98 e seguintes. Junta cópia de seu contracheque 
onde fica demonstrado que a mesma é funcionária pública- professora. 
 
DOS FATOS 
No dia 28/06/2013 ao consultar seu CPF a autora foi 
surpreendida com duas negativações referentes ao Banco do Bradesco 
Financiamentos, contratos de números; 4269850224 e 4272153830, porém, a 
autora nunca teve conta no referido banco e muito menos efetuou qualquer 
empréstimo ou financiamento, ao contatar o banco foi informada que tratava-se 
de financiamento de um veículo, logo a autora procurou a delegacia onde foi 
feito um BO. Documentos em anexo. 
Já no ano de 2014 a autora recebeu duas cartas do 
SCPC onde era informada que seu nome seria negativado por conta do 
contrato de número 4272153830, ao contatar novamente o banco foi informada 
que o veiculo teria sido compro no nome da autora por um homem chamado 
JORGE, o banco solicitou que a autora escrevesse uma carta a punho 
contando o ocorrido e enviasse ao banco juntamente com o BO, assim a autora 
fez. Documentos em anexo. 
Logo após a autora conseguiu contato telefônico com o 
Sr. Jorge o qual informou que estaria efetuando a transferência do veiculo, e 
que teria quitado o financiamento em nome da autora. 
No entanto agora no ano de 2018 a autora ao consultar 
novamente seu CPF descobriu que consta três protestos em seu nome e 
Processo: 5234672.94.2018.8.09.0102
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multas no valor de sete mil cento e setenta e dois reais e quarenta e sete 
centavos referentes ao carro de placa número NGP-3526. Documentos em 
anexo. 
Ao procurar o Detran/GO para ter ciência de tais dividas e 
multas, foi aconselhada por uma funcionaria do órgão a procurar seus direitos, 
pois a autora passa por transtornos desde o ano de 2013. 
Excelência, a autora é pessoa humilde, é professora na 
rede pública, nunca financiou nenhum carro, desde 2013 vem sofrendo 
consequências advindas de um erro do Banco do Bradesco financiamentos que 
usou seu nome indevidamente para o financiamento deste carro, e, por tais 
motivos, a autora agora esta com dividas junto ao Detran/GO advindas de um 
carro que nunca foi seu. 
Diante dos fatos, observando-se a urgência em que a 
Autora possui em ter seu nome limpo, ter a declaração da inexistência desse 
contrato com o banco e por consequência a inexistência de todas as dívidas 
advindas deste carro que nunca foi seu, nada mais resta senão buscar seu 
direito através das vias judiciais. 
 
DO DIREITO 
Preliminarmente, Nobre Magistrado, devemos ressaltar 
que a inclusão ilegal do nome da REQUERENTE no cadastro da SPC e na 
SERASA e afins, propriamente a divulgação ao sistema bancário e ao comércio 
em geral, está gerando um grande incômodo e imensurável lesão ao bom 
nome deste o que ofende ao preceito constitucional contido no Art. 5º, inciso X 
verbis: 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes 
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança 
e à propriedade, nos termos seguintes: 
Processo: 5234672.94.2018.8.09.0102
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X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e 
a imagem das pessoas, assegurado o direito a 
indenização pelo dano material ou moral decorrente de 
sua violação; 
 
DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
Assim prevê a Lei 8.078/90 (Código de Defesa do 
Consumidor): 
Art. 6°. São direitos básicos do consumidor: 
VI – a efetiva prevenção e reparação de danos 
patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou 
difusos; 
(...) 
VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive 
com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no 
processo civil, quando, a critério do juiz, for 
verossímil a alegação ou quando for ele 
hipossuficiente, segunda as regra ordinárias de 
experiências. (Grifei) 
Art. 14 O fornecedor de serviços responde 
independente da existência de culpa, pela reparação 
dos danos causados aos consumidores por defeitos 
relativos a prestação de serviços, bem como por 
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua 
fruição e riscos. 
Art. 18 Os fornecedores de produtos de consumo 
duráveis ou não duráveis respondem solidariamente 
pelos vícios de qualidadeou quantidade que os 
tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que 
Processo: 5234672.94.2018.8.09.0102
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se destinam ou lhes diminua o valor, assim como 
aqueles decorrentes da disparidade, com as 
indicações constantes do recipiente, da embalagem, 
rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as 
variações decorrentes da sua natureza, podendo o 
consumidor exigir a substituição das partes viciadas. 
Verifica-se, pelas normas trazidas a tona acima, que a 
presente demanda se amolda nas relações de consumo, pelo que invocamos 
e requeremos desde já a inversão do ônus da prova, por ser direito da 
requerente. 
O regime previsto pelo Código de Defesa do Consumidor 
é o da responsabilidade objetiva, sem se indagar da culpa do lesante. Agora, 
basta à prova do liame causal entre o evento danoso e o causador do dano, 
independentemente da existência da culpa. Constatado o dano e o liame 
causal, o fornecedor é obrigado a indenizar. O C.D.C. acolheu 
desassombradamente, o pressuposto da responsabilidade objetiva, 
independente de culpa, seja para o produto, como para o serviço (Arts. 12 e 
18). 
Com efeito, resta de forma cristalina demonstrada a 
responsabilidade da ré para com o requerente. 
 
 ATOS JURÍDICOS ILÍCITOS 
É princípio geral de direito, admitido em todos os 
ordenamentos jurídicos, o princípio da incolumidade das esferas jurídicas. Tal 
princípio é traduzido na fórmula neminem laedere, significando que a ninguém 
é dado interferir, legitimamente na esfera jurídica alheia, sem o consentimento 
de seu titular ou autorização do ordenamento jurídico, resultando um dever 
genérico, no sentido de que cabe a todos não causar danos aos outros. 
O Código Civil prescreve em seu artigo 186: 
Processo: 5234672.94.2018.8.09.0102
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“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão 
voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e 
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente 
moral, comete ato ilícito”. 
O ato ilícito é assim, fonte de obrigação, a de indenizar ou 
ressarcir o prejuízo causado. É praticado com infração a um dever de conduta, 
por meio de ações ou omissões culposas e dolosas do agente, podendo ou não 
resultar dano. 
Complementando tal assertiva, o artigo 927 do Código 
Civil, dispõe categoricamente sobre o direito da requerente, preceituando: 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (Arts. 186 e 187), 
causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. 
 
DO DANO MORAL 
Na lição de Pontes de Miranda, nos danos morais a 
esfera ética da pessoa é que é ofendida; o dano não patrimonial é o que, só 
atingindo o devedor como ser humano, não lhe atinge o patrimônio. (TJRJ 
apud: “Responsabilidade Civil”, Rui Stocco, RT. 1994 p. 395) 
São aqueles que atingem a moralidade e a afetividade da 
pessoa, causando-lhe constrangimentos, vexames, dores, enfim, 
sentimentos e sensações negativas. 
Em se tratando dos danos dessa modalidade, o moral, sua positivação, restou 
elevada a preceito constitucional. 
A Constituição Federal de 1988, no seu Capítulo referente 
aos Direitos e Garantias Fundamentais, Art. 5°, incisos V e X, prevê, 
expressamente, a compensação pelo Dano Moral. 
A requerente, ao ter o bom nome inserido nos cadastros 
restritivos de crédito pelo Banco Requerido, advindo de um contrato que nunca 
Processo: 5234672.94.2018.8.09.0102
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existiu, que nunca teve anuência da Autora, foi constrangida em seu direito 
fundamental. 
Relativamente à forma de fixação dos danos morais, já se 
encontra pacificado na jurisprudência que a técnica a ser adotada é a do 
quantum fixo (quando da prolação da sentença), não podendo a importância 
ser fixada em valor irrisório, sob pena de se premiar a conduta abusiva do 
causador do dano. A fixação dos danos deverá produzir, no causador do mal, 
impacto suficiente para dissuadi-lo de ulterior e similar ilícito. 
O dano moral é indenizável, independentemente da maior 
ou menor extensão do prejuízo econômico, buscando a compensação da 
vítima pela violação à sua honra, pela mácula que atinge o conceito da vítima 
perante a sociedade. 
O valor da indenização não pode ser em valor 
“insignificante” para o Réu, pois deve ser levado em conta o caráter punitivo, a 
fim de se desencorajar uma possível reincidência, ofertando definitivo 
basta a tais situações vivenciadas pelo requerente, para que então, não 
venha cidadão algum sofrer desses males. 
A respeito à jurisprudência do TJGO: 
“APELACAO CIVEL. AÇÕES DECLARATORIA DE 
INEXISTENCIADE DEBITO C/C INDENIZACAO POR 
DANOS MORAIS. CARTÃO DE CRÉDITO. COMPRAS 
NAO EFETUADAS. INSCRICAO NO SERVICO DE 
PROTECAO AO CREDITO. 1 – OMISSI. 2 - uma vez 
demonstrada à inexistência do debito relativo a 
compras mediante cartão de credito, notadamente 
porque este não foi sequer desbloqueado, responde 
as demandadas pelo dano moral advindo da cobrança 
indevida e da negativacao do nome do cliente em 
órgão de proteção ao credito. 3 - OMISSIS. APELACAO 
CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA”. (TJGO. 
FONTE: DJ 22 de 01/02/2008 ACÓRDÃO: 08/01/2008. 
Processo: 5234672.94.2018.8.09.0102
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RELATOR: DES. LEOBINO VALENTE CHAVES. 
RECURSO: 116373-7/188 - APELACAO CIVEL) (negrito 
nosso). 
 
DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA 
Dentre as técnicas de repressão ao abuso do poder 
econômico ou à eventual superioridade de uma das partes em negócios que 
interessem à economia popular in casu, encontra-se o instituto da presunção: a 
necessidade de restabelecer o equilíbrio concorre para que se presuma. Milita, 
pois, em favor do requerente a presunção jurídica bem como a certeza 
documental de que desconhece o conteúdo lesivo da inserção negativadora à 
época em que foi realizada, portanto, opera-se de plano a inversão do ônus da 
prova. 
É justo, portanto, que o elaborador ilícito sofra as 
conseqüências das próprias ambigüidades e imprecisõesde controle sobre 
suas atividades, talvez propositadas, que levam muitas vezes diversas pessoas 
a aceitar silentes, pela necessidade tamanha ilegalidade. 
Presume-se que a requerida conheça melhor o assunto e 
haja tido inúmeras oportunidades práticas de verificar o mal resultante da sua 
conduta, tal vez propositadamente feita em termos equívocos, a fim de a trair o 
enriquecimento sem causa, a princípio, e diminuir, depois, as suas 
responsabilidades na ocasião de pagar os danos causados, especialmente 
pela forma, impossibilitando quaisquer informação ao requerente para 
solucionar a questão e cessar o constrangimento. 
A inversão do ônus da prova expressamente prevista em 
lei ocorre também por força da qualidade de consumidores de serviços de que 
se reveste o requerente, nos moldes da Lei n° 8.078/90, in verbis que 
demonstra a requerida ter prestado: 
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
Processo: 5234672.94.2018.8.09.0102
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VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive 
com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no 
processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a 
alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as 
regras ordinárias de experiências; 
Por tudo quanto se expôs, conclui-se pela ilegalidade da 
cobrança indevida e abusiva, cujo adimplemento ensejaria à requerida 
execrável enriquecimento sem causa, e principalmente na ilegal inserção do 
nome da Autora nos cadastros protetores de crédito. 
 
DA TUTELA DE URGÊNCIA 
Diante de toda matéria de fato e de direito abordada na 
inicial, nota-se que a atitude do Réu gera para a Autora dano de difícil 
reparação, visto que, lhe atribui débito ilegítimo. 
Veja-se: 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando 
houver elementos que evidenciam a probabilidade do 
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil 
do processo. 
§ 1° Para a concessão da tutela de urgência, o juiz 
pode, conforme o caso, exigir caução real ou 
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a 
outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser 
dispensada se a parte economicamente 
hipossuficiente não puder oferecê-la. 
§ 2° A tutela de urgência pode ser concedida 
liminarmente ou após justificação prévia. 
Processo: 5234672.94.2018.8.09.0102
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§ 3° A tutela de urgência de natureza antecipada não 
será concedida quando houver perigo de 
irreversibilidade dos efeitos da decisão. 
Verifica-se, que a situação do Autor atende, 
perfeitamente, aos requisitos esperados para a concessão da tutela de 
urgência, prevista no citado artigo, pelo que se busca a ordem judicial no intuito 
de se determinar que seja excluído o nome da autora dos órgãos de proteção 
ao crédito. 
A) Probabilidade do Direito: 
A probabilidade do direito argüido pela Autora defluiu do 
fato de a mesma não possuir relação alguma com os Requeridos, inexistindo, 
portanto, débito suscetível de cobrança. 
B) Perigo de Dano: 
O perigo de dano se evidencia, em primeiro, no abalo 
psicológico sofrido pela Autora, diante do sofrimento íntimo que a mesma vem 
tendo devido às circunstancias aqui impostas. 
 
 DOS PEDIDOS 
Diante do exposto: 
a) requer a concessão dos benefícios da Justiça Gratuita 
por não ter a requerente condições econômicas e/ ou financeiras de arcar com 
as custas processuais e demais despesas aplicáveis à espécie, sem prejuízo 
do próprio sustento ou de sua família, consoante se infere da declaração de 
hipossuficiência anexa, tudo nos termos do art. 98, caput, e art. 99, § 3º, ambos 
do CPC; 
b) requer a Vossa Excelência, com fundamento no artigo 
300 e seguintes do CPC que seja deferida a tutela antecipada, para que os 
requeridos retirem o nome da autora dos serviços de proteção ao crédito, sob 
pena de pagar multa diária a ser fixada por este juízo; 
Processo: 5234672.94.2018.8.09.0102
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c) sejam os requeridos citados para, querendo, 
apresentarem resposta, sob pena de sofrerem as consequências legais em 
caso de inércia; 
d) seja, ao final, julgada a pretensão procedente, para 
o fim de declarar a inexistência dos contratos com o Banco do Bradesco 
Financiamentos e por consequência declarar a inexistência de 
propriedade do veículo supramencionado e desobrigar a requerente de 
todos os encargos tributários e multas referentes a esse veículo que 
nunca foi seu e nunca esteve em sua posse, cabendo assim ao 
DETRAN/GO providenciar a regularização dos registros. 
e) sejam os requeridos compelidos a realizar a devida 
transferência/baixa no veículo, retirando o do nome da autora e assim evitando 
a geração de cobrança de outros débitos fiscais. 
f) requer a condenação dos requeridos ao pagamento do valor 
de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) a titulo de reparação por danos morais. 
Protesta, ainda, provar o alegado por todos os meios de 
provas em direito admitido ou não vedados. 
Dá-se à causa o valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), 
para os fins legais. 
Termos em que pede deferimento 
Mara Rosa/GO, 21 de maio de 2018. 
 
Thiago de Moura Dias Maria Alice Mendes S. Dias de Moura 
OAB/GO n° 27.603 OAB/GO nº 49.784 
Processo: 5234672.94.2018.8.09.0102
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