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Anticorpos Monoclonais

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
 ULBRA CARAZINHO
COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA SÃO PAULO
Reconhecida pela Portaria Ministerial nº 681, de 07/12/89 –
DOU de 11/12/89
 
Anticorpos Monoclonais
Jocelaine Cristina Siqueira de Quadros
Juarez Bruschi Junior
Luana Martins 
Marcos Cornelius
Biomedicina
Imunologia Clínica
Alexandre Ehrhardt
Carazinho, Junho de 2014.
Introdução
Anticorpos são proteínas produzidas no nosso organismo que ajudam o sistema imunológico a combater vírus, bactérias e câncer através do reconhecimento de antígenos. Estes se ligam aos epítopos antigênicos presente no antígeno, dando início ao processo de optimização realizada pelos anticorpos.
Os anticorpos produzidos pelo organismo humano são policlonais, sendo assim ao serem produzidos anticorpos específicos para uma célula tumoral todas as células deste tecido celular, mesmo as que não apresentam tumor, serão reconhecidas como antígenos por estes anticorpos por apresentarem epítopos em comum com a célula tumoral. Partindo deste princípio, passou a ser almejada a produção de um anticorpo que atue apenas em um antígeno, sendo este o anticorpo monoclonal.
Os anticorpos gerados pelo sistema imune em resposta a um único antígeno são heterogêneos, pois derivam de vários clones diferentes de linfócitos B que se diferenciam em plasmócitos, que secretam um tipo de anticorpo capaz de reagir com um epítopo diferente no antígeno – São os anticorpos policlonais. 
Anticorpos monoclonais são criados a partir de um único clone de um linfócito B parental e são homogêneos (iguais entre si, em suas características físico-químicas e biológicas). 
Esses anticorpos são produzidos em laboratório, através de hibridização de células somáticas. Ocorre a fusão entre um linfócito B do baço de camundongos e células de um mieloma. Estas células são expostas ao polietilenoglicol, o que provoca sua fusão, formando as células híbridas, ou hibridoma. Cada hibridoma é capaz de sintetizar um único tipo de anticorpo monoclonal e de se multiplicar indefinidamente no laboratório, tanto em cultivo de tecidos, como na cavidade do peritoneu de um animal hospedeiro.
Figura 1 – Produção de anticorpos policlonais
Coleta-se o soro de um animal imunizado (p. ex: rato) contra uma série de antígenos, dentre os quais está o antígeno A. Nele se encontrarão variados anticorpos, e um deles reconhece tal antígeno.
Figura 2 – Produção de anticorpos monoclonais
Injeta-se a mistura de antígenos em um rato e aguarda-se alguns dias até que ele seja imunizado. Então, o baço do animal é extraído e seus linfócitos B (alguns já reconhecem o antígeno A) são fusionados com as células do mieloma. Os hibridomas são separados, cultivados e posteriormente testados para identificar os que produzem anticorpos contra o antígeno A.
Figura 3 – Processo completo da produção de anticorpos monoclonais
Utilização de Ac Monoclonais
 Os anticorpos monoclonais são utilizados para diversos fins, entre eles, o imunodiagnóstico – Ac monoclonais são utilizados em imunoensaios, como a reação de aglutinação em látex; diagnóstico e terapia de tumores – Ac monoclonais específico para tumores são usados em imunoterapia; análise funcional de moléculas da superfície celular e secretadas – os Ac monoclonais se ligam a superfície celular, sendo utilizado para definir a função celular das moléculas de superfície, incluindo os receptores para antígenos. 
 Por serem formados por células de outro animal (geralmente camundongos), os anticorpos monoclonais são reconhecidos como estranhos quando injetados no homem, formando complexos imunes que agridem gravemente os rins. 
 Para evitar estas reações, passaram a elaborar anticorpos monoclonais quiméricos (com 33% de proteína animal) e humanizados (com 10% de proteína animal), que conservam parte das sequências animais, principalmente nas partes que reconhecem o antígeno, e o restante da molécula é substituído por sequências humanas.
Conclusão
 Concluiu-se que anticorpos monoclonais são criados a partir de um único clone de um linfócito B parental e são homogêneos, produzidos em laboratório através de hibridização de células somáticas.
 São utilizados para vários fins, como para o imunodiagnóstico sendo utilizados para diagnóstico e terapias de tumores para definição da função celular das moléculas de superfície, incluindo os receptores para antígenos. Como são formados por células animais, os anticorpos monoclonais são reconhecidos como estranham quando passam a ser injetados nos homens, apresentando formação de complexos imunes, muitas vezes agressivos ao rins e, então, para evitar tal reação passaram a elaborar anticorpos monoclonais “modernos” quiméricos (com 33% de proteína animal) e humanizados (com 10% de proteína animal), conservando suas propriedades sendo uma parte modificada por sequências humanas.
Referências
SANTOS, Aline. ASSIS, Edileide. MUSSO, Melissa. SIQUEIRA, Mônica. Produção de anticorpos monoclonais. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABSk4AF/producao-anticorpos-monoclonais Acesso em: 19/05/2014
Anticorpos Monoclonais. Disponível em: http://pt.slideshare.net/labimuno/anticorpos-monoclonais Acesso em: 19/05/2014

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