Buscar

ESTUDOS DISCIPLINARES XI - CORRETO

Prévia do material em texto

 Pergunta 1 
0,5 em 0,5 pontos 
 
(Enade 2016) A figura a seguir ilustra a apresentação do teatro de bonecos do grupo 
Riso do Povo, do mestre Zé Divina, de Pernambuco. Esse tipo de teatro, denominado 
mamulengo, está intimamente ligado ao contexto histórico, cultural, social, político, 
econômico, religioso e educativo da região Nordeste do Brasil. 
Apresentado em praças, feiras e ruas, em linguagem provocativa e irreverente, com 
repertórios inspirados diretamente nos fatos do cotidiano popular, o mamulengo 
ganha existência nos palcos por meio do movimento das mãos dos atores que 
manipulam os bonecos, narram as histórias e transcendem a realidade, 
metamorfoseando o real em momentos de magia e sedução. 
 
A partir dessas informações, avalie as afirmativas. 
I) O mamulengo dá vida ao objeto e à matéria e permite jogo cênico divertido em que 
os atores de carne e osso cedem às formas animadas o lugar central da comunicação 
teatral. 
II) No mamulengo, os bonecos são os próprios agentes da ação dramática, e não 
simples adereços cenográficos. 
III) No mamulengo, os atores interagem com o público de forma a transportá-lo para 
a mágica representação cênica. 
É correto o que se afirma em 
 
Resposta Selecionada: c. 
I e II. 
Respostas: a. 
I, apenas. 
 
b. 
III, apenas. 
 
c. 
I e II. 
 
d. 
II e III. 
 
e. 
I, II e III. 
 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: C 
Comentário: Análise das afirmativas: I – Afirmativa correta. 
Justificativa: o texto diz que "o mamulengo ganha existência nos 
palcos por meio do movimento das mãos dos atores que manipulam 
os bonecos". Logo, os bonecos são a parte central da apresentação. II 
– Afirmativa correta. Justificativa: no trecho citado anteriormente, 
vemos que os bonecos não são simples adereços de cenografia, mas 
são os personagens principais. III – Afirmativa incorreta. Justificativa: 
os atores não interagem diretamente com o público, mas fazem isso 
por meio dos bonecos. 
 
 Pergunta 2 
0,5 em 0,5 pontos 
 
(Enade 2016) Leia o texto a seguir. 
“A articulação indígena e quilombola vem-se consolidando em Oriximiná, no Pará, 
desde 2012, com o objetivo de incentivar a parceria entre índios e quilombolas frente 
a novos desafios comuns. A aliança possibilitou, em 2015, a reaproximação entre 
índios da Terra Indígena Kaxuyana - Tunayana e os quilombolas da Terra Quilombola 
Cachoeira Porteira, cujas relações, no processo de regularização de suas terras, 
haviam assumido ares de conflito. Reunidos no Quilombo Abuí, escolhido como local 
neutro e livre de influências externas, em maio de 2015, lideranças indígenas e 
quilombolas de ambas as terras, com a mediação de lideranças quilombolas de outras 
comunidades, acordaram os limites territoriais para fins de regularização fundiária. O 
acordo foi oficializado junto ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público 
Estadual.” 
Fonte: <www.quilombo.com.br>. Acesso em 29 ago. 2016 (com adaptações). 
 
Resposta 
Selecionada: 
a. 
Autodeterminação dos povos tradicionais na definição de seus 
limites territoriais. 
Respostas: a. 
Autodeterminação dos povos tradicionais na definição de seus 
limites territoriais. 
 
b. 
Intervenção prévia do Estado em situações de potencial conflito 
entre povos tradicionais. 
 
c. 
Urgência de regularização das terras quilombolas e indígenas, 
priorizando-se áreas isentas de conflitos. 
 
 
d. 
Definição, por atores externos, dos desafios comuns a serem 
enfrentados pelos povos tradicionais. 
 
e. 
Participação do Ministério Público nas negociações de limites 
territoriais entre quilombolas e indígenas. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: A 
Comentário: Análise das alternativas. A – Alternativa correta. 
Justificativa: o texto mostra lideranças indígenas e quilombolas 
dialogando para solucionar conflitos territoriais, sem a participação de 
terceiros. B – Alternativa incorreta. Justificativa: o texto trata da 
importância da "parceria entre índios e quilombolas", 
independentemente de agentes externos, como o Estado. C – 
Alternativa incorreta. Justificativa: o texto trata de um acordo para 
resolver conflitos entre índios e quilombolas: não trata da 
regularização de terras por parte do Estado. D – Alternativa incorreta. 
Justificativa: o ponto central do texto é que o conflito entre indígenas 
e quilombolas está sendo resolvido por comum acordo entre as partes, 
sem a interferência externa. E – Alternativa incorreta. Justificativa: o 
texto não cita a interferência externa na resolução dos conflitos, muito 
menos a intervenção do Ministério Público. 
 
 Pergunta 3 
0,5 em 0,5 pontos 
 
(Enade 2016) Leia o texto a seguir. 
“O plágio é daqueles fenômenos da vida acadêmica a respeito dos quais todo escritor 
conhece um caso, sobre os quais há rumores permanentes entre as conmunidades de 
pesquisa e com os quais o jovem estudante é confrontado em seus primeiros 
escritos. Trata-se de uma apropriação indevida de criação literária, que viola o direito 
de reconhecimento do autor e a expectativa de ineditismo do leitor. Como regra, o 
plágio desrespeita a norma de atribuição de autoria na comunidade científica, viola 
essencialmente a identidade da autoria e o direito individual de ser publicamente 
reconhecido por uma criação. Por isso, apresenta-se como uma ofensa à honestidade 
intelectual e deve ser uma prática enfrentada no campo da ética. Na comunidade 
científica, o pastiche é a forma mais ardilosa de plágio, aquela que se autodenuncia 
pela tentativa de encobrimento da cópia. O copista é alguém que repete literalmente 
o que admira. O pasticheiro, por sua vez, é um enganador, aquele que se debruça 
diante de uma obra e a adultera para, perversamente, aprisioná-la em sua pretensa 
autoria. Como o copista, o pasticheiro não tem voz própria, mas dissimula as vozes de 
suas influências para fazê-las parecer suas.” 
DINIZ, D.; MUNHOZ, A. T. M. Cópia e pastiche: plágio na comunicação científica. 
Argumentum, 
 
Vitória (ES), ano 3, v. 1, n. 3, p.11-28, jan/jun.2011 (com adaptações). 
Considerando o texto apresentado, assinale a opção correta. 
Resposta 
Selecionada: 
b. 
A expectativa de que todo escritor acadêmico reconheça a 
anterioridade criativa de suas fontes é rompida na prática do 
plágio. 
Respostas: a. 
O plágio é uma espécie de crime e, portanto, deve ser enfrentado 
judicialmente pela comunidade acadêmica. 
 
b. 
A expectativa de que todo escritor acadêmico reconheça a 
anterioridade criativa de suas fontes é rompida na prática do 
plágio. 
 
c. 
A transcrição de textos acadêmicos, caso não seja autorizada pelo 
autor, evidencia desonestidade intelectual. 
 
d. 
Pesquisadores e escritores acadêmicos devem ser capazes de 
construir, sozinhos, sua voz autoral, a fim de evitar a imitação e a 
repetição, que caracterizam o plágio. 
 
e. 
O pastiche se caracteriza por modificações vocabulares em textos 
acadêmicos, desde que preservadas suas ideias originais, bem 
como sua autoria. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: B 
Comentário: o texto introdutório discorre sobre o plágio, “uma 
apropriação indevida de criação literária, que viola o direito de 
reconhecimento do autor e a expectativa de ineditismo do leitor”, e 
sobre uma de suas formas, o pastiche, feito por “aquele que se 
debruça diante de uma obra e a adultera para, perversamente, 
aprisioná-la em sua pretensa autoria”. Um exemplo de crítica à prática 
de plágio está na figura a seguir, que brinca com o conhecido logo da 
Coca-Cola e com a prática de cópia eletrônicapor meio do “Ctrl C – 
Ctrl V” (“copiar e colar”). 
 
Análise das alternativas: A – Alternativa incorreta. Justificativa: 
 
segundo o texto, o plágio é um problema que deve ser enfrentado no 
plano da ética. B – Alternativa correta. Justificativa: de acordo com o 
texto, o plágio viola a identidade de autoria. Em qualquer trabalho 
científico, espera-se que o pesquisador se valha de obras já publicadas 
e construa seu texto de forma autoral. C – Alternativa incorreta. 
Justificativa: a desonestidade intelectual acontece quando há 
apropriação do trabalho alheio sem a referência de fontes. D – 
Alternativa incorreta. Justificativa: nenhum trabalho acadêmico é 
totalmente autônomo, pois ele deve dialogar com estudos já 
realizados. E – Alternativa incorreta. Justificativa: o pasticheiro altera o 
texto original e o assume como próprio, sem identificar a autoria. 
 
 Pergunta 4 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Considere o gráfico e analise as afirmativas a seguir. 
 
I) A Ásia é o lugar de destino que, em 2015, apresentou a maior diferença entre o 
número de homens e o de mulheres imigrantes. 
II) O número de mulheres com destino à Europa cresceu mais no período de 2000 a 
2010 do que no período de 2010 a 2015. 
III) O número de imigrantes que chegaram à Europa em 2015 foi de 35 milhões. 
É correto o que se afirma em: 
 
Resposta Selecionada: b. 
I e II. 
Respostas: a. 
I, II e III. 
 
b. 
I e II. 
 
c. 
II e III. 
 
d. 
I e III. 
 
e. 
I, apenas. 
 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: B 
Análise das afirmativas. I – Afirmativa correta. Justificativa: do gráfico, 
vemos que, em 2015, os números de imigrantes homens foram os 
indicados a seguir. Para a África: cerca de 10 milhões. Para a Europa: 
cerca de 35 milhões. Para o Canadá e para os Estados Unidos: cerca de 
25 milhões. Para a Ásia: cerca de 45 milhões. Do gráfico, vemos que, 
em 2015, os números de imigrantes mulheres foram os indicados a 
seguir. Para a África: cerca de 10 milhões. Para a Europa: cerca de 40 
milhões. Para o Canadá e para os Estados Unidos: cerca de 25 milhões. 
Para a Ásia: cerca de 30 milhões. Temos, então, que as diferenças 
entre os números de imigrantes homens e de mulheres foram de 
cerca de 5 milhões para a Europa e cerca de 15 milhões para a Ásia. 
Nas demais regiões, os números de imigrantes homens e mulheres 
foram similares. II – Afirmativa correta. Justificativa: para analisarmos 
crescimento, devemos comparar as inclinações dos gráficos: quanto 
maior a “inclinação para direita”, maior a taxa de crescimento. Vemos, 
no gráfico de imigrantes mulheres com destino à Europa, que a 
inclinação é maior no período de 2000 a 2010 do que no período entre 
2010 e 2015, o que evidencia menor taxa de migração no segundo 
período. III – Afirmativa incorreta. Justificativa: considerando que os 
imigrantes são classificados, nos gráficos, por gênero, tivemos cerca 
de 35 milhões de imigrantes homens e cerca de 40 milhões de 
mulheres com destino à Europa em 2015. Somando o número de 
homens e o número de mulheres, temos cerca de 75 milhões de 
imigrantes com destino à Europa nesse ano. 
 
 Pergunta 5 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia a charge a seguir. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas. 
I A charge é uma crítica ao programa “Mais Médicos”, do Governo Federal. 
II) O médico da charge representa um profissional que não adota procedimentos 
adequados para chegar a um diagnóstico. 
III) A charge sugere que os erros de diagnóstico são comumente realizados pelos 
médicos em nosso país, mas culpa os pacientes por esse problema, pois eles não 
sabem relatar com exatidão o que estão sentindo. 
Está correto o que se afirma somente em: 
 
Resposta Selecionada: a. 
II. 
Respostas: a. 
 
II. 
 
b. 
II e III. 
 
c. 
I e II. 
 
d. 
I e III. 
 
e. 
I. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: A 
Análise das afirmativas: I – Afirmativa incorreta. Justificativa: a charge 
não faz qualquer menção ao programa “Mais Médicos”. II – Afirmativa 
correta. Justificativa: a charge mostra o profissional da saúde usando 
um método não científico (aleatório) para fazer o diagnóstico da 
doença do paciente. A charge usa o exagero para denunciar que há 
médicos que fazem diagnósticos errados ou descuidados. III – 
Afirmativa incorreta. Justificativa: a charge critica o diagnóstico por 
parte do médico, não por parte do paciente. O paciente não passou 
informações sobre o que sente e não foram feitos exames, mas o 
médico já quer definir um diagnóstico. 
 
 Pergunta 6 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia a charge a seguir. 
 
Com base na leitura, analise as asserções e a relação proposta entre elas. 
Ao ilustrar a selfie como a ponta do iceberg, a charge metaforiza o fato de que as 
imagens postadas nas redes sociais mais escondem do que revelam. 
PORQUE 
A charge ilustra o comportamento do indivíduo contemporâneo que expõe recortes 
de situações em busca da aprovação dos amigos virtuais. 
Assinale a alternativa correta. 
 
Resposta 
Selecionada: 
a. 
As duas asserções são verdadeiras e a segunda justifica a 
primeira. 
 
Respostas: a. 
As duas asserções são verdadeiras e a segunda justifica a 
primeira. 
 
b. 
As duas asserções são verdadeiras e a segunda não justifica a 
primeira. 
 
c. 
A primeira asserção é verdadeira e a segunda é falsa. 
 
d. 
A primeira asserção é falsa e a segunda é verdadeira. 
 
e. 
As duas asserções são falsas. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: A 
Análise das asserções. I – Asserção verdadeira. Justificativa: ao 
mostrar que o personagem apenas revela a ponta do iceberg na foto, 
a charge indica que a realidade exibida nas redes sociais não é 
completa (mais esconde do que revela). II – Asserção verdadeira. 
Justificativa: a foto postada mostra apenas parte da realidade. Isso é 
comum nas redes sociais, nas quais quase todos querem parecer 
felizes, ricos e realizados. Relação entre as asserções: a busca por 
aceitação nas redes sociais faz com que os usuários selecionem o que 
publicam, exibindo apenas as coisas boas, em busca de maior 
aceitação dentro das redes (“mais curtidas”). Isso motiva as pessoas a 
retratarem apenas parte da realidade nas redes sociais. Logo, a 
segunda afirmativa justifica a primeira. 
 
 Pergunta 7 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o artigo de Leão Serva e a charge. 
No Dia do Índio, nada a comemorar, só razões para protestar 
“Índios brasileiros e apoiadores britânicos fazem protesto diante da Embaixada do 
Brasil em Londres em 19 de abril, Dia do Índio. Vão dizer que as populações 
tradicionais não têm nada que comemorar no dia consagrado a elas. E tentarão atrair 
a atenção de quem compra produtos brasileiros no exterior para o sangue indígena 
que mancha nossas commodities agropecuárias e minerais. É irônico que, em um 
regime democrático, protestos desse tipo aconteçam na capital britânica como 
ocorriam antes, durante a Ditadura Militar, a cada visita de presidente ou 
representantes do regime. No entanto, chamar a atenção dos países que podem 
 
influenciar o Brasil, sempre tão cioso de sua imagem externa, é a única ação que 
restou diante dos ataques à proteção ambiental e aos direitos indígenas pela atual 
administração federal com amplo apoio no Congresso. [...] O protesto na sede da 
representação diplomática brasileira tem o apoio, em Londres, da organização 
Survival International. Na semana passada, outra entidade, o Observatório do Clima, 
que reúne cerca de 40 organizações ambientalistas, criticou as medidas do ExecutivoFederal que apressam a desmontagem dos dispositivos consagrados na Constituição 
de 1988. Chama atenção para a coincidência entre esses ataques às leis de proteção 
ambiental no momento em que cresce a desmoralização da elite política do país, sob 
acusações de corrupção. [...] Entre as medidas tomadas pelo Congresso, exatamente 
quando crescem as denúncias contra legisladores, estão leis que reduzem as áreas de 
preservação ambiental: ‘Na última terça-feira (11/4), uma comissão do Congresso 
Nacional retalhou um conjunto de unidades de conservação na Amazônia e na Mata 
Atlântica, liberando para grilagem 660 mil hectares de terras públicas que haviam 
sido ilegalmente ocupadas e vêm sendo desmatadas [...]. Na quarta-feira (12/4), em 
sete minutos, outra comissão especial do Congresso aprovou a Medida Provisória 
758, que reduz outros 442 mil hectares de unidades de conservação na Amazônia – 
em dois dias, 1,1 milhão de hectares’. Os ataques à legislação de proteção dos índios 
e do ambiente coincidem também com o aumento vertiginoso na devastação das 
florestas: a devastação cresceu 60% nos últimos dois anos, pondo em risco a meta 
brasileira de chegar a 2020 com redução de 80% na taxa, lançando dúvidas sobre a 
seriedade do compromisso do governo brasileiro com o Acordo de Paris.” 
Fonte: <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/leaoserva/2017/04/1876433-no-dia-
do-indio-nada-a-comemorar-so-razoes-para-protestar.shtml >. Acesso em 19 abr. 
2017 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas. 
I) O objetivo da charge é mostrar que, apesar de os índios perderem recursos 
naturais, houve, para eles, a compensação do acesso à tecnologia. 
II) De acordo com o texto, o protesto em Londres tem por objetivo denunciar ao 
mundo medidas do governo contra a proteção ambiental e contra os direitos 
indígenas. 
III) Os índios brasileiros, como mostra a charge, têm sido submetidos a um processo 
de aculturação, que lhes traz piores condições de vida. 
IV) Segundo o texto, o Brasil tem hoje 1,1 milhão de hectares de áreas devastadas. 
Está correto o que se afirma somente em: 
Resposta Selecionada: e. 
II e III. 
Respostas: a. 
I, II e III. 
 b. 
 
II, III e IV. 
 
c. 
II e IV. 
 
d. 
I e III. 
 
e. 
II e III. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: E 
Comentário: Análise das afirmativas. I – Afirmativa incorreta. 
Justificativa: o objetivo da charge é mostrar a degradação da condição 
de vida dos indígenas como consequência de alterações na sua cultura 
e nas suas terras. II – Afirmativa correta. Justificativa: segundo o texto, 
o protesto "é a única ação que restou diante dos ataques à proteção 
ambiental e aos direitos indígenas pela atual administração federal 
com amplo apoio no Congresso". Logo, o protesto visa a denunciar a 
perda de direitos indígenas e o descaso da proteção ambiental por 
parte do governo. III – Afirmativa correta. Justificativa: a charge 
mostra, no quadro da direita, um índio com roupas de "homem 
branco", ostentando marcas, com uma garrafa de bebida alcoólica e 
tirando uma selfie: situações que não pertenciam ao universo original 
dos nativos. Note a diferença nas expressões faciais do índio, que 
expressa alegria no ambiente da floresta e mostra tristeza quando 
imerso no mundo do "homem branco". IV – Afirmativa incorreta. 
Justificativa: segundo o texto, "na última terça-feira (11/4), uma 
comissão do Congresso Nacional retalhou um conjunto de unidades de 
conservação na Amazônia e na Mata Atlântica, liberando para 
grilagem 660 mil hectares de terras públicas que haviam sido 
ilegalmente ocupadas e vêm sendo desmatadas [...]. Na quarta-feira 
(12/4), em sete minutos, outra comissão especial do Congresso 
aprovou a Medida Provisória 758, que reduz outros 442 mil hectares 
de unidades de conservação na Amazônia – em dois dias, 1,1 milhão 
de hectares". Com essas duas Medidas Provisórias, foi autorizada a 
devastação de 1,1 milhões de hectares a mais do que já havia sido 
devastado anteriormente. Vale notar que ocorre, ainda, a devastação 
ilegal (não considerada nesses números). 
 
 Pergunta 8 
0,5 em 0,5 pontos 
Leia o texto a seguir. 
“O processo de transição demográfica ou transição vital é uma das principais 
 
 
transformações pelas quais vem passando a sociedade moderna. Ele caracteriza-se 
pela passagem de um regime com altas taxas de mortalidade e 
fecundidade/natalidade para outro regime em que ambas as taxas situam-se em 
níveis relativamente mais baixos. Além de alterar as taxas de crescimento da 
população, a transição demográfica acarreta alteração da estrutura etária, quando 
diminui a proporção de crianças ao mesmo tempo em que há elevação no percentual 
de idosos da população. A partir do século XVIII, a revolução industrial e a 
modernização das sociedades europeias, assim como os avanços científicos, 
urbanísticos e os ganhos em qualidade de vida de um modo geral, dão início ao 
processo de transição. Na América Latina, a transição se dá mais tardiamente, 
exceção feita ao Uruguai e à Argentina, que iniciaram esse processo a partir do início 
do século XX. No Brasil, seus efeitos passam a ser notados de maneira mais marcante 
a partir de meados do século passado e se deram de forma bastante rápida, com as 
populações sofrendo mudanças bruscas em curtos períodos de tempo. Esse 
comportamento vem provocando mudanças significativas na estrutura etária da 
população, com importantes implicações para indivíduos, famílias e sociedade. No 
processo de transição demográfica brasileira, o Brasil praticamente reduziu pela 
metade sua taxa de mortalidade em apenas 20 anos (de 20,0‰ em 1940 para 12,6‰ 
em 1960), enquanto os países desenvolvidos levaram, para o mesmo feito, 
aproximadamente 100 anos. O conjunto de causas de morte formado pelas doenças 
infecciosas, respiratórias e parasitárias começa, paulatinamente, a perder 
importância frente a outro conjunto formado por doenças que se relacionam com a 
degeneração do organismo através do envelhecimento, como o câncer, as doenças 
cardiorrespiratórias, entre outros. Por outro lado, a partir de meados dos anos 1980, 
as mortes associadas às causas externas ou violentas (que incluem os homicídios, 
suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos, quedas acidentais etc.) passaram a 
desempenhar um papel de destaque, de forma negativa, sobre a estrutura por idade 
das taxas de mortalidade, particularmente dos adultos jovens do sexo masculino. 
Para ilustrar, a figura abaixo mostra a participação dos homicídios no total de mortes 
de adultos entre 15 e 20 anos nas diferentes regiões brasileiras entre 2002 e 2012, 
em comparação ao número de homicídios na população total.” 
 
Com base na leitura, assinale a alternativa correta. 
Resposta 
Selecionada: 
b. 
Na região norte, no período de 2002 a 2012, o número de jovens 
entre 15 e 20 anos assassinados praticamente dobrou. 
Respostas: a. 
No Brasil, o número de mortes em 1960 foi praticamente a 
metade do registrado em 1940. 
 b. 
 
Na região norte, no período de 2002 a 2012, o número de jovens 
entre 15 e 20 anos assassinados praticamente dobrou. 
 
c. 
A região sudeste é a única região do país na qual foi observada 
queda contínua no número absoluto de homicídios de jovens 
entre 15 e 20 anos de idade no período de 2002 a 2012. 
 
d. 
Em 2012, a taxa de homicídios de jovens entre 15 e 20 anos na 
região norte foi, aproximadamente, igual à na região sul. 
 
e. 
Nos países em processo de transição demográfica, a taxa de 
natalidade e a taxa de mortalidade são equivalentes. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: B 
Análise dasalternativas: A – Alternativa incorreta. Justificativa: o texto 
diz que "o Brasil praticamente reduziu pela metade sua taxa de 
mortalidade em apenas 20 anos (de 20,0‰ em 1940 para 12,6‰ em 
1960)". A taxa de mortalidade foi reduzida praticamente pela metade, 
mas isso não aconteceu com o número de mortes, já que a população 
do país variou de 1940 para 1960 e não temos esse dado. B – 
Alternativa correta. Justificativa: o gráfico mostra que o número de 
assassinatos entre jovens na região Norte passou de 1577, em 2020, 
para 3271, em 2012. Ou seja, o número de assassinatos praticamente 
dobrou. C – Alternativa incorreta. Justificativa: de 2011 para 2012, o 
número de assassinatos entre jovens no Sudeste aumentou de 7833 
para 8456, segundo o gráfico. Nos demais anos, o número de 
assassinatos nessa região diminuiu, mas não de 2011 para 2012. D – 
Alternativa incorreta. Justificativa: o gráfico traz valores absolutos. 
Para termos valores relativos, devemos dividir o número de 
assassinatos pela população na faixa etária considerada. E – 
Alternativa incorreta. Justificativa: do texto, temos: "o processo de 
transição demográfica [...] caracteriza-se pela passagem de um regime 
com altas taxas de mortalidade e fecundidade/natalidade para outro 
regime em que ambas as taxas situam-se em níveis relativamente mais 
baixos". Ou seja, na transição demográfica, ocorre diminuição da taxa 
de natalidade e da taxa de mortalidade. Se a taxa de mortalidade fosse 
igual à taxa de natalidade, não haveria crescimento ou decrescimento 
da população. 
 
 Pergunta 9 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto a seguir. 
Ética de princípios – Rubem Alves 
“As duas éticas: a ética que brota da contemplação das estrelas perfeitas, imutáveis e 
mortas, a que os filósofos dão o nome de ética de princípios, e a ética que brota da 
contemplação dos jardins imperfeitos e mutáveis, mas vivos – a que os filósofos dão 
o nome de ética contextual. Os jardineiros não olham para as estrelas. Eles nada 
sabem sobre as estrelas que alguns dizem já ter visto por revelação dos deuses. Como 
os homens comuns não veem essas estrelas, eles têm de acreditar na palavra dos que 
dizem já as ter visto longe, muito longe... Os jardineiros só acreditam no que os seus 
olhos veem. Pensam a partir da experiência: pegam a terra com as mãos e a 
cheiram... Vou aplicar a metáfora a uma situação concreta. A mulher está com câncer 
em estado avançado. É certo que ela morrerá. Ela suspeita disso e tem medo. O 
médico vai visitá-la. Olhando, do fundo do seu medo, no fundo dos olhos do médico 
ela pergunta: ‘Doutor, será que eu escapo desta?" Está configurada uma situação 
ética. Que é que o médico vai dizer? Se o médico for um adepto da ética estelar de 
princípios, a resposta será simples. Ele não terá que decidir ou escolher. O princípio é 
claro: dizer a verdade sempre. A enferma perguntou. A resposta terá de ser a 
verdade. E ele, então, responderá: ‘Não, a senhora não escapará desta. A senhora vai 
morrer...’ Respondeu segundo um princípio invariável para todas as situações. A 
lealdade a um princípio o livra de um pensamento perturbador: o que a verdade irá 
fazer com o corpo e a alma daquela mulher? O princípio, sendo absoluto, não leva em 
consideração o potencial destruidor da verdade. Mas, se for um jardineiro, ele não se 
lembrará de nenhum princípio. Ele só pensará nos olhos suplicantes daquela mulher. 
Pensará que a sua palavra terá que produzir a bondade. E ele se perguntará: "Que 
palavra eu posso dizer que, não sendo um engano – ‘A senhora breve estará 
curada...'-, cuidará da mulher como se a palavra fosse um colo que acolhe uma 
criança?’ E ele dirá: ‘Você me faz essa pergunta porque você está com medo de 
morrer. Também tenho medo de morrer...’ Aí, então, os dois conversarão 
longamente - como se estivessem de mãos dadas ...- sobre a morte que os dois 
haverão de enfrentar. Como sugeriu o apóstolo Paulo, a verdade está subordinada à 
bondade. Pela ética de princípios, o uso da camisinha, a pesquisa das células-tronco, 
o aborto de fetos sem cérebro, o divórcio, a eutanásia são questões resolvidas que 
não requerem decisões: os princípios universais os proíbem. Mas a ética contextual 
nos obriga a fazer perguntas sobre o bem ou o mal que uma ação irá criar. O uso da 
camisinha contribui para diminuir a incidência da Aids? As pesquisas com células-
tronco contribuem para trazer a cura para uma infinidade de doenças? O aborto de 
um feto sem cérebro contribuirá para diminuir a dor de uma mulher? O divórcio 
contribuirá para que homens e mulheres possam recomeçar suas vidas afetivas? A 
eutanásia pode ser o único caminho para libertar uma pessoa da dor que não a 
deixará? Duas éticas. A única pergunta a se fazer é: "Qual delas está mais a serviço do 
amor?.’” 
Fonte: <http://cronicasbrasil.blogspot.com.br/2008/03/tica-de-princpios-rubem-
alves.html>. Acesso em 20 jan. 2016. 
Com base na leitura, analise as afirmativas. 
I. A ética de princípios julga a ação com base naquilo que está antes, o princípio, a 
norma, independentemente da situação vivenciada. A ética contextual, por sua vez, 
julga a ação com base naquilo que vem depois, isto é, com base nos efeitos da ação. 
 
II. Segundo o texto, os fundamentos teóricos que embasam os preceitos éticos 
universais não são plenamente compreendidos pelo cidadão comum. Como 
consequência, cada cidadão é responsável por inventar os seus próprios preceitos. 
III. Segundo o autor, a ética de princípios deve ser abolida, pois vai contra o bem-
estar da população. 
IV. Por “estrelas perfeitas, imutáveis e mortas”, entendem-se os valores dos nossos 
antepassados. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: c. 
I está correta. 
Respostas: a. 
I e II estão corretas. 
 
b. 
I e IV estão corretas. 
 
c. 
I está correta. 
 
d. 
II, III e IV estão corretas. 
 
e. 
Todas as afirmativas estão corretas. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: C 
Análise das afirmativas. I – Afirmativa correta. Justificativa: do 
primeiro parágrafo do texto, observamos que há "duas éticas: a ética 
que brota da contemplação das estrelas perfeitas, imutáveis e mortas, 
a que os filósofos dão o nome de ética de princípios, e a ética que 
brota da contemplação dos jardins imperfeitos e mutáveis, mas vivos 
– a que os filósofos dão o nome de ética contextual". Logo, vemos que 
a ética de princípios é independente da situação e é fruto da 
observação de algo que já está implantado, o que não ocorre com a 
ética contextual, dependente da situação e fruto da observação de 
algo que está ocorrendo no momento. II – Afirmativa incorreta. 
Justificativa: segundo o texto, "os jardineiros não olham para as 
estrelas. Eles nada sabem sobre as estrelas que alguns dizem já ter 
visto por revelação dos deuses. Como os homens comuns não veem 
essas estrelas, eles têm de acreditar na palavra dos que dizem já as ter 
visto longe, muito longe... Os jardineiros só acreditam no que os seus 
olhos veem. Pensam a partir da experiência: pegam a terra com as 
 
mãos e a cheiram...". Logo, os jardineiros seriam os adeptos da lógica 
contextual, aplicando a lógica baseada em suas vivências e não em 
estudos de casos anteriores. III – Afirmativa incorreta. Justificativa: o 
autor não diz que a ética de princípios deva ser abolida, mas diz que 
há situações em que a ética contextual é mais suave em sua aplicação 
do que a ética de princípios. 
 
 Pergunta 10 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto e analise as afirmativas que seguem. 
A selva amazônica alimenta as torneiras em São Paulo 
Desmatamento da Amazônia reduz chuvas até em Buenos Aires. 
“Nosúltimos dois anos, muitos dos habitantes da Grande São Paulo (20 milhões de 
pessoas) começaram a se acostumar a captar água da chuva com baldes, a esfregar o 
chão com água da máquina de lavar roupas e a se levantar de madrugada, antes que as 
torneiras ficassem secas novamente, para encher as bacias e ter água para o dia 
seguinte. O estado mais rico do Brasil ficou imerso por uma crise hídrica que não previu 
ou não soube prevenir e observou como suas reservas foram secando paulatina e 
perigosamente diante de uma queda inesperada de precipitações. Os estados próximos, 
como Rio de Janeiro e Minas Gerais, seguiram os passos do vizinho e muitos de seus 
habitantes também sofreram com o desabastecimento de água durante dias. No 
Nordeste do país, uma região maior, embora menos populosa, a seca não é nenhuma 
novidade, e, em épocas mais severas, multiplicam-se as imagens de famílias inteiras 
percorrendo dezenas de quilômetros em busca de algum poço de qualidade 
questionável ou esperando com a vista voltada às ruas, completamente dependentes da 
chegada de um caminhão-pipa. O problema explica-se pela falta de infraestrutura, de 
previsão e de uma cultura de consumo responsável. E, também, claro, pela falta de 
chuvas, um fenômeno que os especialistas associam ao desmatamento do maior 
tesouro do Brasil (e do Planeta): a selva amazônica. As mordidas constantes do homem 
sobre a selva amazônica, um ecossistema único que mantém o ar úmido por até 3.000 
quilômetros continente adentro, podem equiparar-se, em termos ambientais, a acabar 
com a nascente de um gigantesco rio. Calcula-se, por exemplo, que 19% das chuvas da 
Bacia da Prata têm sua origem na umidade que a selva amazônica gera, e que voa para o 
sul. As secas foram acompanhadas nos últimos anos de outros fenômenos climáticos 
extremos, como inundações, especialmente no sul do país, o que reforça a teoria dos 
especialistas sobre o papel da selva no equilíbrio climático da região.Com esse 
panorama, em que até o Rio de Janeiro terá que investir em obras que garantam o 
abastecimento, o Brasil tem uma má notícia a dar: o desmatamento na Amazônia 
aumentou 16% este ano (2015) e chegou a 5.841 quilômetros quadrados, uma área 
equivalente à metade do território de Porto Rico. Por outro lado, a boa notícia é que o 
Brasil já esteve pior: em 2004, foram destruídos 27.772 quilômetros quadrados. O 
objetivo para 2020 é não superar os 4.000km². O desafio é enorme. Contra ele, estão 
principalmente os interesses da pecuária e dos agricultores. Os estados que concentram 
os maiores aumentos do desmatamento (Amazonas, Rondônia e Mato Grosso) 
beneficiaram-se, paradoxalmente, de recursos do Fundo Amazônia, nutrido pelo 
investimento estrangeiro e idealizado, precisamente, para reduzi-lo.” 
 
Fonte: <http://brasil.elpais.com/brasil/2015/11/29/politica/1448831631_311610.html?i
d_externo_promo=ep-ob&prm=ep-ob&ncid=ep-ob>. Acesso em 30 nov. 2016 (com 
adaptações). 
 
I. A seca na região nordeste, provocada pelo desmatamento da Amazônia, representa o 
maior problema para o país em termos demográficos, já que a área afetada é maior do 
que a no sudeste, além de o problema ser mais antigo. 
II. O desmatamento da Amazônia tem diminuído especialmente nos estados de 
Rondônia, Mato Grosso e Amazonas, graças à ajuda de investimento estrangeiro. 
III. Embora o desmatamento na Amazônia ainda aconteça em níveis preocupantes, 
diminuiu se compararmos 2015 a 2004. 
Está correto apenas o que se afirma em: 
Resposta Selecionada: e. 
III. 
Respostas: a. 
I e II. 
 
b. 
II e III. 
 
c. 
I e III. 
 
d. 
II. 
 
e. 
III. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: E 
Análise das afirmativas. I – Afirmativa incorreta. Justificativa: em termos 
demográficos, a seca no sudeste é mais significativa do que a seca no 
nordeste, pois essa primeira região concentra a maior parte da 
população. II – Afirmativa incorreta. Justificativa: o texto diz que "os 
estados que concentram os maiores aumentos do desmatamento 
(Amazonas, Rondônia e Mato Grosso) beneficiaram-se, paradoxalmente, 
de recursos do Fundo Amazônia, nutrido pelo investimento estrangeiro e 
idealizado, precisamente, para reduzi-lo". Logo, o desmatamento tem 
aumentado nesses três estados, mesmo com investimento estrangeiro. III 
– Afirmativa correta. Justificativa: segundo o texto, "o desmatamento na 
Amazônia aumentou 16% este ano e chegou a 5.841 quilômetros 
quadrados, uma área equivalente à metade do território de Porto Rico. 
 
Por outro lado, a boa notícia é que o Brasil já esteve pior: em 2004, foram 
destruídos 27.772 quilômetros quadrados". Logo, o desmatamento 
diminuiu se compararmos os dados atuais aos de 2004, mas aumentou 
entre 2014 e 2015.

Continue navegando