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1 2 3 4 152m Maciel, Joel Adriano. Dicção e oratória: comunicação de alto impacto / Joel Adriano Maciel e Paulo Ricardo de Oliveira; organizado por Elisiane da Silva e Jolie de Castro Coelho. Brasília: Fundação Ulysses Guimarães, 2011. 67 p.; 17 cm x 24 cm ISBN 978-85-64206-01-4 1. Retórica do discurso. 2. Dicção. 3. Oratória. I. Título. II. Oliveira, Paulo Ricardo de. III. Silva, Elisiane da. IV.Coelho, Jolie de Castro. CDU 808.5 Márcia Piva Radtke CRB 10/1557 5 6 7 Apresentação 09 Introdução 11 CAPÍTULO I - A Evolução da comunicação: 13 1.1 - A comunicação em sua vida 13 1.2 - A comunicação escrita 14 1.3 - A comunicação social e o gênero humano 14 1.4 - A linguagem humana e suas transformações 15 1.5 - A comunicação na geração Google 16 1.6 - Comunicação para todos os públicos 17 1.7 - Os canais de processamento da informação 19 1.8 - Comunicação e poder 21 1.9 - Falar para ouvintes e telespectadores 22 1.10 - Debates com adversários 23 1.11 - Cacoetes e vícios de linguagem 24 CAPÍTULO II - Falar em público: 26 2.1 - Glossário 26 2.2 - O que é oratória? 27 2.3 - O surgimento da oratória 27 2.4 - Falar em público hoje 28 2.5 - Tipos de discursos 29 2.5.1 – Formais e não formais 29 2.5.2 – Improviso 29 2.5.3 – Segmentado 29 2.5.4 – Discurso de despedida 29 � Ϯ͘ϱ͘ϱ�ʹ�&ĞƐƟǀŽƐ 30 � Ϯ͘ϱ͘ϲ�ʹ�DŽƟǀĂĐŝŽŶĂŝƐ 30 2.5.7 – Reconhecimento 30 2.5.8 – Premiação 30 2.5.9 – Conquistas 30 2.5.10 – Boas-vindas 30 � Ϯ͘ϱ͘ϭϭ�ʹ�DĄƐ�ŶŽơĐŝĂƐ 30 2.5.12 – Inauguração 31 2.5.13 – Abertura 31 2.5.14 – Eleitoral 31 2.5.15 – Outras oportunidades 31 2.6 - O comunicador de impacto 31 2.7 - Estratégias para impactar 33 2.8 - Habilidades persuasivas 35 2.8.1 – Atendendo a todos os públicos 35 2.8.2 – Quebra de estado 36 2.8.3 – Cuidados com a dicção 36 2.9 - A superação do medo 36 8 CAPÍTULO III - Preparação e planejamento 39 3.1 - Preparando a apresentação 39 3.2 - Passos preparatórios 41 3.3 - A grande mensagem 42 3.4 - A estrutura da apresentação 42 3.4.1 – Introdução 43 3.4.2 – Desenvolvimento 43 3.4.3 – Conclusão 45 ϯ͘ϱ�Ͳ���ĚĞĮŶŝĕĆŽ�ĚŽ�ƚĞŵƉŽ 46 3.6 - Discursos lidos, preparados e improvisados 48 3.6.1 – Apresentações lidas 48 3.6.2 – Apresentações preparadas 48 3.6.3 – Falando de improviso 49 ϯ͘ϳ�Ͳ���ƵƟůŝnjĂĕĆŽ�ĚĞ�ƌĞĐƵƌƐŽƐ 50 � ϯ͘ϳ͘ϭ�ʹ�DƵůƟŵşĚŝĂ 50 3.7.2 – PowerPoint 51 3.7.3 – Relação de tópicos 51 3.7.4 – Cartões com palavras 52 3.7.5 – Figuras 52 3.7.6 – Roteiros de chão 52 3.7.7 – Mapas 52 3.7.8 – Vídeos 52 3.7.9 – Produtos ou objeto 52 3.7.10 - Microfone 52 3.8 - Detalhes que fazem a diferença 53 3.9 - A estratégia da modelagem 54 3.9.1 – Treine, corrija e exercite 54 3.10 - Diante do público 55 3.10.1 – Superando limites 57 3.10.2 – Momento “saia justa” 57 � ϯ͘ϭϬ͘ϯ��ʹ��&ĞƐƟǀĂů�ĚĞ�ƉĞƌŐƵŶƚĂƐ 58 3.10.4 – Pergunta maldosa 58 3.10.5 – Saída estratégica 59 3.10.6 – Telefone tocando 59 3.10.7 – Conversas paralelas 60 3.10.8 – Conversas que atrapalham 60 3.10.9 – Agradar a todos 60 3.10.10 – Falhou a memória 60 3.10.11 – Diante de falhas ou erros 61 3.10.12 – Foque nas suas competências 61 3.10.13 – Comunicação de qualidade 62 3.11 - Comunicação impressa 63 ϯ͘ϭϮ�Ͳ�WĂůĂǀƌĂƐ�ĮŶĂŝƐ 63 ANEXOS 64 Anexo 1 - Relação de precedência 64 Anexo 2 - Receita para se tornar um bom orador 65 �ŶĞdžŽ�ϯ�Ͳ�K�ƐĞŶƟĚŽ�Ğ�Ă�ƉŽŶƚƵĂĕĆŽ 66 9 Existem pessoas que têm facilidade de falar; outras, de convencer. Algumas pessoas falam muito e dizem pouco, outras falam pouco, mas dizem muito. Um orador falastrão corre o risco de se enrolar no próprio discurso e perder o rumo da fala. Ele pode estar mais preocupado em chamar a atenção do que em deixar uma contribuição. Outros se portam como jornalistas, ou até como simples narradores de fatos. Considere sempre: “as pessoas não se reúnem para ouvir o que já conhecem”, por isso é preciso que o orador produza acréscimo de conhecimentos para seu público. Um bom discurso é como uma boa refeição, precisa ser balanceado para nutrir “a fome de saberes” com seus conteúdos. Deve compor-se da inteligência e ĚĂ�ůĞǀĞnjĂ�ƋƵĞ�ƚƌĂŶƐŵŝƚĞŵ�ĂůĞŶƚŽ͖�ĚĂ�ƉĞƌƐƉĞĐƟǀĂ� e da esperança para os olhos e os ouvidos de seu público. Falar bonito até pode embelezar o palco com os adornos propiciados pelo orador, mas a beleza da oratória não necessariamente corresponde à capacidade de convencimento. Beleza ajuda, mas se não convencer, de pouco adianta. �Ăş� Ă� ŝŵƉŽƌƚąŶĐŝĂ� ĚĂƐ� ƋƵĂůŝĮĐĂĕƁĞƐ� ĚŽ� orador. Antes de saber “como dizer”, é preciso ter “o que dizer”. Ninguém segue alguém que não sabe aonde vai. Somente pode persuadir quem ĞƐƟǀĞƌ� ƉĞƌƐƵĂĚŝĚŽ͕� Ğ� ĐŽŶǀĞŶĐĞƌ� ƋƵĞŵ� ĞƐƟǀĞƌ� convencido. Ninguém vende o que não compra. EĆŽ�ŚĄ�ŝŵƉĂĐƚŽ�Ğŵ�ĚŝƐĐƵƌƐŽ�ƐƵƉĞƌĮĐŝĂů͘�WŽƌ�ŝƐƐŽ͕� preparação é a chave para o sucesso no palco, seja em que palco for. Comunicação, dicção e oratória são arte e ciência. Na condição de ciência, elencam-se dados, fatos e possibilidades. Como arte, dão-se adornos às ideias e reveste-se de graça a comunicação, tornando-a capaz de fascinar a alma, de atrair Ğ� ŵŝƐƟĮĐĂƌ͘ � WĞůĂ� ĐŝġŶĐŝĂ͕� ŚĄ� ĂƉƌĞŶĚŝnjĂŐĞŵ͕� pela arte, há desenvolvimento. Nas palavras do teólogo francês Jacques-Bénigne Bossuet: “A ciência é luz do entendimento, guia da verdade, companheira da sabedoria. Porém essa luz brilhante, que nos encanta, não nos foi concedida para alegrar simplesmente a nossa vida, mas sim para guiar a nossa marcha e regulamentar a nossa vontade”. Este pensamento sugere que as habilidades persuasivas e as técnicas a serem aqui aprendidas precisam servir a propósitos que não se prestem à simples elevação de egos e à mera força da retórica. Pior do que um homem marginal é um ĐŝĞŶƟƐƚĂ� ŵĂůͲŝŶƚĞŶĐŝŽŶĂĚŽ� ŽƵ� Ƶŵ� ƋƵĂůŝĮĐĂĚŽ� orador que faz uso da virtude para produzir o mal. ��ƉŽƐƐşǀĞů�ĚŝnjĞƌ�ŵƵŝƚĂƐ�ŵĞŶƟƌĂƐ�ĞŶƵŵĞƌĂŶĚŽ�Ƶŵ� conjunto de verdades. Como destacava Vieira: “Para falar ao vento bastam palavras, para falar aos corações, são necessárias obras”. Sendo assim, por meio deste curso, disponibilizaremos ferramentas que, a exemplo da faca, tanto podem “amanteigar o pão como ǀŝƟŵĂƌ�Ƶŵ� ŝŶŽĐĞŶƚĞ͖͟�Ž�ďŽŵ�ƵƐŽ�ĚĞƐƚĞ� ƐĂďĞƌ�Ġ� que elevará o espírito dos homens e mulheres de bem. Seu bom uso afastará o certo do duvidoso, o claro do nebuloso, o irreal do verdadeiro e o fantasioso do possível. Vamos tratar também das técnicas que ƉĞƌŵŝƟƌĆŽ� ŶƵƚƌŝƌ� ƉůĂƚĞŝĂƐ� Ğ� ŝŵƉĂĐƚĂƌ� ƉĞƐƐŽĂƐ� pela qualidade da expressão oral. Mas, além de ƉƌŽƉŝĐŝĂƌ� Ž� ĐŽŶƚĂƚŽ� ĐŽŵ� ĨĞƌƌĂŵĞŶƚĂƐ� ƉƌĄƟĐĂƐ͕� pretendemos expor a você uma abordagem ŵĂŝƐ� ƋƵĂůŝĮĐĂĚĂ� ƋƵĞ� ƚƌĂƚĂ� ĚĂ� ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ� ĚĞ� forma mais ampla, penetrando em alguns dos meandros estratégicos desta habilidade humana. Dessa forma, esperamos que o seu potencial ĐŽŵƵŶŝĐĂƟǀŽ� ƉŽƐƐĂ� ǀŝƌ� Ă� ƌĞŇĞƟƌ� ŶĂ� ƐƵĂ� ǀŝĚĂ� ƉƌŽĮƐƐŝŽŶĂů͕�ƐŽĐŝĂů͕�ĐŽŵƵŶŝƚĄƌŝĂ�Ğ�ƉŽůşƟĐĂ͘ Seja bem-vindo a este novo projeto e faça bom uso dos conhecimentos que lhe serão oportunizados. Joel Adriano Maciel Paulo Ricardo de Oliveira Apresentação Prezado caminhante da estrada do conhecimento 10 11 A comunicação se faz presente em nossas ǀŝĚĂƐ� ĚĂƐ�ŵĂŝƐ� ĚŝĨĞƌĞŶƚĞƐ� ĨŽƌŵĂƐ� Ğ� ƵƐĂ� ĚŝƐƟŶƚŽƐ� ŵĞŝŽƐ� ƉĂƌĂ� ĂƟŶŐŝƌ� ŽďũĞƟǀŽƐ͘� EĞƐƚĞ� ŵĂŶƵĂů͕� vamos abordar a comunicação e sua importância, instrumentalizando você para usá-la com ĞĮĐŝġŶĐŝĂ͕� ĞĮĐĄĐŝĂ� Ğ� ĞĨĞƟǀŝĚĂĚĞ͘� dĂŵďĠŵ� ǀĂŵŽƐ� disponibilizar a você um conjunto de técnicas e estudos para que você possa falar para pequenos e grandes públicos de forma convincente e impactante. Dividimos os conteúdos em três blocos: no ƉƌŝŵĞŝƌŽ͕� ǀĂŵŽƐ� ĚŝƐĐƵƟƌ� Ă� ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ� Ğ� ƐĞƵƐ� ŵĞŝŽƐ�Ğ�ĂƉƌĞƐĞŶƚĂƌ�ĞƐƚƵĚŽƐ�Ğ�ƉĞƐƋƵŝƐĂƐ�ƉĞƌƟŶĞŶƚĞƐ� ĂŽƐ�ĐĂŶĂŝƐ�ĚĞ�ŝŶŇƵġŶĐŝĂ�Ğ�ĂďƐŽƌĕĆŽ�ĚĂ�ŝŶĨŽƌŵĂĕĆŽ͖� no segundo bloco, trataremos da comunicação direcionada ao público, de como surgiu e evoluiu a oratóriae das técnicas usadas pelos melhores ŽƌĂĚŽƌĞƐ͖� ŶŽ� ƚĞƌĐĞŝƌŽ� Ğ� ƷůƟŵŽ� ďůŽĐŽ͕� ǀĂŵŽƐ� ĂďŽƌĚĂƌ�ƚĠĐŶŝĐĂƐ�ƋƵĞ�ƉĞƌŵŝƟƌĆŽ�Ă�ǀŽĐġ�ƉƌĞƉĂƌĂƌͲ se para apresentações junto aos mais diversos ƉƷďůŝĐŽƐ͕�ŶĂƐ�ŵĂŝƐ�ĚŝƐƟŶƚĂƐ�ƐŝƚƵĂĕƁĞƐ͘�WĂƌĂ�ƚĂŶƚŽ͕� trataremos da postura do orador, das estratégias de impactação da plateia, do enfrentamento do ŵĞĚŽ�Ğ�ĚĂ�ƐƵƉĞƌĂĕĆŽ�ĚĞ�ŽďũĞĕƁĞƐ�ŚŽƐƟƐ�ƉŽƌ�ƉĂƌƚĞ� dos ouvintes. Depois de todos esses estudos, você estará embasado para analisar um conjunto de sugestões que caracterizam uma apresentação ƋƵĂůŝĮĐĂĚĂ͘� Antes de iniciarmos nosso curso, é interessante você saber que este material ƌĞƷŶĞ͕� ĚĞ� ĨŽƌŵĂ� ŽďũĞƟǀĂ� ŽƵ� ƐƵďůŝŵŝŶĂƌ͕ � ĞƐƚƵĚŽƐ� ĐŝĞŶơĮĐŽƐ�ĚŽ�ĐĂŵƉŽ�ĚĂ�WƐŝĐŽůŽŐŝĂ͕�EĞƵƌŽĐŝġŶĐŝĂ͕� &ŝůŽƐŽĮĂ͕�^ŽĐŝŽůŽŐŝĂ͕�KŶƚŽƉƐŝĐŽůŽŐŝĂ͕��ŶƚƌŽƉŽůŽŐŝĂ͕� WƌŽŐƌĂŵĂĕĆŽ� EĞƵƌŽůŝŶŐƵşƐƟĐĂ� Ğ� ,ŽůŽƐŽĮĂ͘� Estes conhecimentos tornaram-se aliados no desenvolvimento da experiência dos autores deste manual, que estão há mais de 15 anos exercitando as teorias aqui descritas diante das mais variadas plateias. hŵĂ�ſƟŵĂ�ůĞŝƚƵƌĂ͘ Introdução 12 13 ͞��ĐŽŶĮĂŶĕĂ�Ğŵ�Ɛŝ� mesmo é o segredo do êxito.” Napoleon Hill CAPITULO I - Evolução da comunicação Neste primeiro capítulo, vamos tratar da ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ� Ğ� ĚĞ� ƐƵĂ� ŝŶŇƵġŶĐŝĂ� Ğŵ� ŶŽƐƐŽ� ĐŽƟĚŝĂŶŽ͘� �ŵ� ƐĞŐƵŝĚĂ͕� ĂŶĂůŝƐĂƌĞŵŽƐ� Ă� ĞǀŽůƵĕĆŽ� da escrita, principalmente com o advento da geração Google, e as alterações na comunicação provocadas pelas diferenças de gênero. Também trataremos de plateias compostas por diferentes ƉĞƌĮƐ� Ğ� ĚĂ� ĨŽƌŵĂ� ĐŽŵŽ� ĂƐ� ƉĞƐƐŽĂƐ� ƌĞƚġŵ� Ă� informação. 1.1 - A comunicação em sua vida ��ƉĂůĂǀƌĂ�ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ�ŽƌŝŐŝŶŽƵͲƐĞ�ĚŽ� ůĂƟŵ� communicare Ğ�ƐŝŐŶŝĮĐĂ͗�͞ĐŽŵƉĂƌƟůŚĂƌ͕ �ƚƌĂŶƐŵŝƟƌ� ĂůŐŽ� Ğŵ� ĐŽŵƵŵ͕� ƌĞƉĞƟĕĆŽ͘͟ � KƌŝŐŝŶĂŵͲƐĞ� ĚĂ� mesma palavra os termos comunidade, comuna, comum, comunismo etc. A comunicação está ƉƌĞƐĞŶƚĞ�Ğŵ�ƚŽĚĂƐ�ĂƐ�ĂƟǀŝĚĂĚĞƐ�ŚƵŵĂŶĂƐ�Ğ͕�ƉŽƌ� isso, é uma das necessidades básicas das pessoas. Nos primórdios do desenvolvimento da linguagem humana, há milhares de anos, a comunicação já exercia papel fundamental no estabelecimento de vínculos sociais e na criação de cooperação. Sem o uso da linguagem, provavelmente nossa espécie ŶĆŽ� ƉĞƌĐŽƌƌĞƌŝĂ� Ž� ĐĂŵŝŶŚŽ� ĞǀŽůƵƟǀŽ� ƋƵĞ� ŶŽƐ� trouxe ao presente estágio. A necessidade de comunicação é vital ŵĞƐŵŽ�ƉĂƌĂ�ĂƋƵĞůĞƐ�ƋƵĞ�ŶĆŽ�ƵƟůŝnjĂŵ�Ă�ǀŽnj�ƉĂƌĂ� comunicarem-se. Os meios eletrônicos permitem que as pessoas comprem, namorem, trabalhem, estudem, divirtam-se e realizem uma enormidade ĚĞ� ĂƟǀŝĚĂĚĞƐ� ƐĞŵ� ƉƌĞĐŝƐĂƌ� ĨĂůĂƌ� ƵŵĂ� ƷŶŝĐĂ� palavra. Mesmo as pessoas que não dispõem da ƉŽƐƐŝďŝůŝĚĂĚĞ� İƐŝĐĂ� ĚĞ� ĞdžƉŽƌ� ƐĞƵƐ� ƉĞŶƐĂŵĞŶƚŽƐ� ƉĞůĂ� ĨĂůĂ͕� ĚĞƐĞŶǀŽůǀĞŵ� ƌĞĐƵƌƐŽƐ� ĚŝƐƟŶƚŽƐ� Ğ� aprendem técnicas que lhes permitem comunicar- se. Comunicação gera poder e riquezas, vende ƉƌŽĚƵƚŽƐ͕� ƚƌĂŶƐŵŝƚĞ�ĐŽŶŚĞĐŝŵĞŶƚŽƐ͕�ŵŽƟǀĂ�Ă� ĨĠ͕� ĐŽŶƐŽůĂ͕� ĐŽŶĨŽƌƚĂ͕� ĂŶŝŵĂ� ĂŇŝƚŽƐ͕� ĂĨĂŐĂ� ĐŽƌĂĕƁĞƐ͕� soluciona problemas, apazigua ânimos e gera opiniões. Mas a comunicação também é capaz de gerar consequências opostas a essas, a depender de como se faz uso deste valioso poder. É que essa ŚĂďŝůŝĚĂĚĞ�ŚƵŵĂŶĂ�ƉŽĚĞ�ƐĞƌ�ƵƟůŝnjĂĚĂ�ƚĂŶƚŽ�ƉĂƌĂ� Ž�ďĞŵ�ƋƵĂŶƚŽ�ƉĂƌĂ�Ž�ŵĂů͘�YƵĂŶĚŽ�ƉŽƐŝƟǀĂŵĞŶƚĞ� ƵƟůŝnjĂĚĂ͕� Ă� ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ� ƋƵĂůŝĮĐĂ� Ž� ͞ƉŽĚĞƌ� ƉĞƐƐŽĂů͟� ƋƵĞ͕� ĚŝĨĞƌĞŶƚĞ� ĚŽ� ͞ƉŽĚĞƌ� ŝŶƐƟƚƵĐŝŽŶĂů͕͟ não costuma ser transitório, dependente e datado. A habilidade de comunicação é pré- ƌĞƋƵŝƐŝƚŽ� ŝŶĚŝƐƉĞŶƐĄǀĞů� ƉĂƌĂ� ĂůŐƵŵĂƐ� ƉƌŽĮƐƐƁĞƐ� e posições sociais, principalmente para aquelas que necessitam do exercício da liderança. Falando em liderança, a matéria-prima do trabalho de um líder é sua comunicação com os liderados. O que a ŵĂŝŽƌŝĂ�ĚŽƐ�ůşĚĞƌĞƐ�ĨĂnj�ŶŽ�ƐĞƵ�ĐŽƟĚŝĂŶŽ�ŶĂĚĂ�ŵĂŝƐ� é do que falar, ouvir e escrever. Além dos líderes, ĂƐ�ĂƟǀŝĚĂĚĞƐ�ĚŽƐ�ŐĞƐƚŽƌĞƐ�ŶĂƐ�ĚŝǀĞƌƐĂƐ�ŚŝĞƌĂƌƋƵŝĂƐ� também exigem muita comunicação. �ŽŵƵŶŝĐĂƌͲƐĞ� ďĞŵ� ĨĂnj� ƉĂƌƚĞ� ĚŽ� ŵĂƌŬĞƟŶŐ� ƉĞƐƐŽĂů� Ğ� ĂũƵĚĂ� ŶĂ� ĐĂƌƌĞŝƌĂ� ƉƌŽĮƐƐŝŽŶĂů͘� K�ŵĞŝŽ� ĞŵƉƌĞƐĂƌŝĂů�ĐŽƐƚƵŵĂ�ŝŶǀĞƐƟƌ�ǀĂůŽƌĞƐ�ƐŝŐŶŝĮĐĂƟǀŽƐ� Ğŵ� ĐĂƉĂĐŝƚĂĕĆŽ� Ğ� ƉƌŽŐƌĂŵĂƐ� ƋƵĞ� ƋƵĂůŝĮĐĂŵ� Ă� comunicação tanto interna quanto a que ocorre com o público externo. Isso porque este meio ĞŶƚĞŶĚĞ�ƋƵĞ�ƵŵĂ�ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ�ĞŵƉĄƟĐĂ� ĨĂĐŝůŝƚĂ� Ă�ƌĞĂůŝnjĂĕĆŽ�ĚĞ�ƚĂƌĞĨĂƐ�Ğ�Ă�ĐŽŶƋƵŝƐƚĂ�ĚĞ�ŽďũĞƟǀŽƐ͘ K� ŝŶƐƚƌƵŵĞŶƚŽ� ŵĂŝƐ� ƵƟůŝnjĂĚŽ� ƉĞůĂ� ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ�ŚƵŵĂŶĂ�Ġ�Ă�ǀŽnj͘��ůĠŵ�ĚĞ�ƉĞƌŵŝƟƌ�Ă� ĂƌƟĐƵůĂĕĆŽ�ĚĞ�ŶŽƐƐŽƐ�ƉĞŶƐĂŵĞŶƚŽƐ�ƉĂƌĂ�Ž�ŵƵŶĚŽ͕� a voz também é a ferramenta pela qual revelamos nossa personalidade, nosso estado de espírito e até mesmo eventuais problemas orgânicos. Quando as pessoas estão doentes, ou profundamente magoadas, a voz é um dos primeiros recursos da natureza humana a denunciar, pela forma como nos expressamos, que não estamos vivendo um bom momento. No entanto, você perceberá, ao longo deste curso, que a palavra, embora poderosa, precisa de outros adornos para gerar impacto e produzir convencimento junto ao público para o qual ela é direcionada. 14 1.2 - A comunicação escrita A invenção da escrita é um dos marcos mais importantes na evolução do ser humano rumo à civilização atual. Dos primeiros registros feitos em ĐĂǀĞƌŶĂƐ�ƉŽƌ�ŶŽƐƐŽƐ�ĂŶĐĞƐƚƌĂŝƐ�ŵĂŝƐ�ĂŶƟŐŽƐ͕�ĂƚĠ�Ă� digitalização do mundo virtual de hoje, houve uma evolução estupenda e uma capacidade de acúmulo e produção de informações estratosférica. O número de informações que um ser humano da Idade Média produzia ao longo de uma vida era menor do que o número de informações que um jornal dominical ou revista semanal é capaz de nos disponibilizar atualmente. K�ŚŽŵĞŵ�ƵƟůŝnjŽƵ�ǀĄƌŝŽƐ�ŵĞŝŽƐ�ƉĂƌĂ�ƌĞŐŝƐƚƌĂƌ� sua estada no planeta ao longo do tempo. Paredes de cavernas, pele de animais, cerâmicas, madeiras etc. O primeiro salto em direção ao papel que ilustra livros e revistas no mundo contemporâneo ocorreu há mais de 2 mil anos. No século XI, os ĐŚŝŶĞƐĞƐ� ƉĂƐƐĂƌĂŵ� Ă� ƵƟůŝnjĂƌ� ĐĂƌĂĐƚĞƌĞƐ� ŵſǀĞŝƐ� feitos de argila para imprimir textos. No Ocidente, o uso do papiro exigia trabalho artesanal dos copistas, que copiavam letra por letra os livros que eram transcritos. Cada trabalho poderia levar meses e eram mais vulneráveis aos erros. No século XV da Era Cristã, o alemão Johann 'ƵƚĞŶďĞƌŐ�ĐƌŝŽƵ�Ž�ƐŝƐƚĞŵĂ�ĚĞ�ƟƉŽƐ�ŵſǀĞŝƐ�ƋƵĞ�ĚĞƵ� ŽƌŝŐĞŵ�ăƐ�ƉƌŝŵĞŝƌĂƐ�ƟƉŽŐƌĂĮĂƐ�ƋƵĞ�ƐĞ�ĞƐƉĂůŚĂƌĂŵ� pelo mundo produzindo documentos e impressos em geral. O primeiro livro reproduzido pelo invento de Gutenberg foi a Bíblia. Em 1811, outro alemão impulsionou a velocidade da impressão através das máquinas a vapor. A invenção de Friedrich Koenig introduziu um sistema de cilindros na ŝŵƉƌĞƐƐĆŽ� ƋƵĞ� ŵƵůƟƉůŝĐŽƵ� Ă� ǀĞůŽĐŝĚĂĚĞ� ĚŽƐ� impressos. Em 1904, o americano Ira Rubel concebeu o sistema ŽīͲƐĞƚ ainda em operação em ĂůŐƵŵĂƐ�ŐƌĄĮĐĂƐ͘� �WŽƌ�ĞƐƚĞ�ŵĠƚŽĚŽ͕�Ă� ŝŵƉƌĞƐƐĆŽ� ĚĞŝdžĂ�ĚĞ� ƐĞƌ� ĨĞŝƚĂ� ƐŽďƌĞ�ƟƉŽƐ�Ğŵ�ƌĞůĞǀŽ�Ğ�ƉĂƐƐĂ� a ser realizada através de uma chapa matriz. O novo sistema melhora a qualidade da impressão e permite a introdução de ilustrações aos textos. 1.3 – A Comunicação social e o gênero humano �� ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ� Ġ� ƌĞĂůŝnjĂĚĂ� Ğ� ŽďũĞƟǀĂĚĂ� ƉŽƌ�ŚŽŵĞŶƐ�Ğ�ŵƵůŚĞƌĞƐ�ĐŽŵ�ĂůŐƵŵĂƐ�ĚŝƐƟŶĕƁĞƐ� historicamente construídas. Por força do foco Ğ� ĚĂ� ŽďũĞƟǀŝĚĂĚĞ� ŵĂƐĐƵůŝŶĂ͕� ƐƵĂƐ� ĂďŽƌĚĂŐĞŶƐ� costumam ser mais diretas e embasadas em ĚĂĚŽƐ͕� ĞƐƚĂơƐƟĐĂƐ� Ğ� ŶƷŵĞƌŽƐ͘ Já a mulher faz uso da comunicação de forma mais intensa, que é bastante direcionada para relações e interações sociais. Mulheres falam porque gostam de falar, já a fala masculina costuma ser mais direcionada para problemas e soluções. Estudos da Missel Capacitações, realizados sobre as diferenças de gênero no ambiente de trabalho, revelam que as ŵƵůŚĞƌĞƐ�ƚĞŶĚĞŵ�Ă�ƉĞƐƐŽĂůŝnjĂƌ�ŵĂŝƐ�ĂƐ�ĐƌşƟĐĂƐ�ĚŽ� que os homens. Elas também levam mais tempo para processá-las e superá-las. Diante de falha, ĐƌşƟĐĂ� ŽƵ� ĞƌƌŽ͕� Ă�ŵƵůŚĞƌ� ƚĞŶĚĞ� Ă� ŝŶƚĞƌŶĂůŝnjĄͲůŽƐ͕� enquanto o homem os externaliza, procurando outros culpados. Os homens gostam de revelar poder e conhecimentocom suas falas, já as mulheres procuram vínculos e têm uma percepção extraordinária para a comunicação não verbal. �ůĂƐ� ĚĞƚĞĐƚĂŵ� ƐŝŶĂŝƐ� ŵƵŝƚŽ� ƐƵƟƐ� ŶĂ� ĞdžƉƌĞƐƐĆŽ� facial das pessoas, especialmente os que revelam incongruências com a fala. Os homens tendem a falar um pouco menos do que as mulheres. Segundo um estudo inglês, um homem urbano que trabalha fora costuma falar em média 3 a 4 mil palavras por dia. Uma mulher, nas mesmas condições, costuma falar entre 6 e 8 mil palavras ao dia. As mulheres também costumam ter mais habilidade para uso dos recursos da emoção e das abordagens indiretas, enquanto os homens usam ŵĂŝƐ� ĨƌĞƋƵĞŶƚĞŵĞŶƚĞ� ƵŵĂ� ůŝŶŐƵĂŐĞŵ�ŽďũĞƟǀĂ� Ğ� focada. Estas diferenças foram forjadas por milhares de anos, quando homens e mulheres possuíam papéis claros e diferentes. Enquanto elas cuidavam ĚĞ� ĮůŚŽƐ – as famílias moravam próximas a encostas ou em locais protegidos do ataque de predadores – eles costumavam ir à busca de alimentos. Cabia a eles caçar, pescar e defender o grupo, e a elas serem as coletoras responsáveis ƉĞůĂ�ĂůŝŵĞŶƚĂĕĆŽ�Ğ� ƐĂƷĚĞ�ĚŽƐ�ĮůŚŽƐ͕�Ğ�ĚŽ�ŐƌƵƉŽ� por consequência. WŽƌ� ĐŽŶƚĂ� ĚĞƐƚĂƐ� ƉƌĄƟĐĂƐ� ƌĞƉĞƟĚĂƐ� ƉŽƌ� milhares de vezes ao longo de gerações, elas aprenderam o valor de se comunicar para 15 ĐŽŽƉĞƌĂƌ� ŶŽ� ĐƵŝĚĂĚŽ� ĐŽŵ�ĮůŚŽƐ͘��ĞƐĞŶǀŽůǀĞƌĂŵ� sensibilidade aguçada para perceber qualquer alteração na expressão das crianças e criaram vínculos com mais facilidade. Enquanto isso, os ŚŽŵĞŶƐ� ƉƌĞĐŝƐĂƌĂŵ� ƌĞĮŶĂƌ� Ž� ĨŽĐŽ� ƉĂƌĂ� ƉŽĚĞƌ� ĐĂĕĂƌ͕ � Ž� ƐŝůġŶĐŝŽ� ƉĂƌĂ� ƉĞƐĐĂƌ� Ğ� Ă� ŽďũĞƟǀŝĚĂĚĞ� ƉĂƌĂ�ƐĞ�ĚĞĨĞŶĚĞƌ͘ � ��ƐƚĂƐ�ĐĂƌĂĐƚĞƌşƐƟĐĂƐ�ĞƐƚĆŽ�ƚĆŽ� incrustadas em nossos genes que, ainda hoje, ƌĞƉĞƟŵŽƐ�ďŽĂ�ƉĂƌƚĞ�ĚĞƐƚĞƐ�ĐŽŵƉŽƌƚĂŵĞŶƚŽƐ�Ğŵ� nossos modernos escritórios. 1.4 – A Linguagem humana e suas transformações Conforme explica o linguista Steven Fischer, falam-se atualmente entre 4 e 6 mil idiomas no mundo. Nos tempos nômades, quando ainda ŶĆŽ�ŚĂǀşĂŵŽƐ�ŶŽƐ�ĂĮdžĂĚŽ�ĂŽ�ƐŽůŽ�Ğŵ�ĨƵŶĕĆŽ�ĚŽ� conhecimento agrícola, a humanidade era menor em números absolutos, mas maior em termos de grupos humanos, e, seguramente, o número de idiomas era bem maior. À medida que as pessoas ĨŽƌĂŵ�ƐĞ�ĮdžĂŶĚŽ͕�ĂƐ�ůşŶŐƵĂƐ�ĨŽƌĂŵ�ƐĞ�ŵŝƐƚƵƌĂŶĚŽ� Ğ�ƐĞ�ĞdžƟŶŐƵŝŶĚŽ͕�Ğ�ĞƐƚĞ�ƉƌŽĐĞƐƐŽ�ŶĆŽ�ƚĞƌŵŝŶŽƵ͘� ^ƚĞǀĞŶ�ĞƐƟŵĂ�ƋƵĞ͕�Ğŵ�ĐĞŵ�ĂŶŽƐ͕�ŚĂǀĞƌĄ�ŵĞŶŽƐ� de mil línguas no mundo, e em trezentos anos restará pouco mais de vinte diferentes idiomas. Logo, a maioria das pessoas será bilíngue. No Brasil colonial se falavam várias línguas além de dialetos que, em sua maioria, foram ĞdžƟŶƚŽƐ͘� �ĞŶƚƌĞ� ĂƐ� ůşŶŐƵĂƐ� ŝŶĚşŐĞŶĂƐ� ƵƟůŝnjĂĚĂƐ� no país, algumas centenas já não existem mais. As mudanças também afetaram os descendentes ĚĞ� ĐŽůŽŶŝnjĂĕƁĞƐ� ĞƵƌŽƉĞŝĂƐ� ĂƉĞƐĂƌ� ĚĞ� ĂƐ� ĂŶƟŐĂƐ� ĐŽůƀŶŝĂƐ� ƚĞƌĞŵ� ŵĂŶƟĚŽ� ƉŽƌ� ŐĞƌĂĕƁĞƐ� ƐƵĂƐ� línguas pátrias preservadas. Até a metade do ƐĠĐƵůŽ� yy͕� ŽƵǀŝĂŵͲƐĞ� ĐŽŵ� ŇƵŝĚĞnj� ĂƐ línguas alemã, italiana, japonesa, polonesa, e outras nas colônias brasileiras destas descendências. Era comum entre os colonizadores que seus ĮůŚŽƐ�ĂƉƌĞŶĚĞƐƐĞŵ�Ğŵ�ĐĂƐĂ�Ă� ůşŶŐƵĂ�ĚĂ� ĨĂŵşůŝĂ͘� DƵŝƚĂƐ�ĐƌŝĂŶĕĂƐ�ƟŶŚĂŵ�ĐŽŶƚĂƚŽ�ĐŽŵ�Ž�ƉŽƌƚƵŐƵġƐ� somente aos sete anos, quando iam para a escola, o que não ocorre mais atualmente. O aculturamento e a globalização são fatores importantes para os avanços da sociedade, entretanto, um dos preços cobrados pelo progresso é a eliminação de línguas regionais. O ƌĄĚŝŽ�Ğ�Ă�ƚĞůĞǀŝƐĆŽ�ƵŶŝĮĐĂƌĂŵ�ŽƐ�ŝĚŝŽŵĂƐ�ƉĄƚƌŝŽƐ͕� Ă�ŝŶƚĞƌŶĞƚ�ƚĞŵ�ƉůĂŶŝĮĐĂĚŽ�ŽƐ�ŝĚŝŽŵĂƐ�Ğŵ�ƚĞƌŵŽƐ� globais. Segundo os linguistas, se uma língua não é falada por no mínimo 20 mil pessoas, está fadada ao desaparecimento. No futuro, este número mínimo vai aumentar substancialmente Ğ� ĚĞǀĞ� ĂĨĞƚĂƌ� Ž� ƉŽƌƚƵŐƵġƐ� ƉƌĂƟĐĂĚŽ� ŶŽ� �ƌĂƐŝů͕� ĐƵũĂ� ŝŶŇƵġŶĐŝĂ� ĞƐƉĂŶŚŽůĂ� ũĄ� ƉƌĞƐĞŶƚĞ� ĚĞǀĞ� ƐĞƌ� ŝŶƚĞŶƐŝĮĐĂĚĂ͕� ĨĂnjĞŶĚŽ� ĨƵŶĚŝƌ� ƉĂƌƚĞ� ĚĂƐ� terminologias por força da convivência com os países vizinhos. Uma transformação similar ĚĞǀĞ� ŽĐŽƌƌĞƌ� ĐŽŵ� Ă� �ŚŝŶĂ͕� Ƶŵ� ƉĂşƐ� ĐŽŶƟŶĞŶƚĂů� composto por culturas e línguas muito peculiares. Em pleno século XXI, algumas comunidades chinesas sequer falam o mandarim, a língua ŽĮĐŝĂů�ĚŽ�ƉĂşƐ͘� Ao longo da história da humanidade, as potências econômicas e militares procuraram ŝŵƉŽƌ� ƐĞƵ� ĞƐƟůŽ� ĚĞ� ǀŝĚĂ͕� ŚĄďŝƚŽƐ͕� ĐŽƐƚƵŵĞƐ� Ğ� Ă� linguagem aos demais povos. O atual idioma predominante no mundo, e considerado língua ĞƐƚƌĂŶŐĞŝƌĂ� ŽĮĐŝĂů͕� ƚĞŵ� ŐĞƌĂĚŽ� ŝŶŇƵġŶĐŝĂ� ƐŽďƌĞ� outras línguas. Muitos termos do inglês, sem tradução, foram incorporados à língua portuguesa e ƉĂƐƐĂƌĂŵ�Ă�ƐĞƌ�ĐŽŵƵŵĞŶƚĞ�ƵƟůŝnjĂĚŽƐ͕�ƐŽďƌĞƚƵĚŽ� na área empresarial, a exemplo das terminologias ŵĂƌŬĞƟŶŐ͕� ƉĞƌĨŽƌŵĂŶĐĞ͕� ďƌĂŝŶƐƚŽƌŵŝŶŐ e um ĐŽŶũƵŶƚŽ�ĚĞ�ůŝŶŐƵĂŐĞŶƐ�ĚĂ�ŝŶĨŽƌŵĄƟĐĂ͘�EƵŶĐĂ�ŶĂ� história da humanidade um idioma teve tamanha ŝŶŇƵência e um número de usuários tão amplo como tem atualmente o inglês. Este poderio foi ĐŽŶƐŽůŝĚĂĚŽ� Ğŵ�Ƶŵ�ĞƐƉĂĕŽ� ƌĞůĂƟǀĂŵĞŶƚĞ� ĐƵƌƚŽ� de tempo. Na idade moderna, o francês caminhava para ser a língua universal da humanidade. Mas no século XX, a França perdeu muitas de suas colônias, e a segunda grande guerra fez nascer novas potências. A ascensão americana como força mundial foi decisiva para converter o inglês em língua universal. Inclusive, se as ĂŵďŝĕƁĞƐ�ĚĞ��ĚŽůĨ�,ŝƚůĞƌ�ǀŝĞƐƐĞŵ�Ă�ƐĞ�ĐŽŶĐƌĞƟnjĂƌ͕ � provavelmente a segunda língua de nossas escolas seria o alemão. Isso nos leva a prever que a expansão da China como potencial emergente vai fazer do mandarim uma das línguas mais faladas do mundo num futuro não muito distante. �Ɛ� ůşŶŐƵĂƐ� ƐĆŽ� ĐŽŵŽ� ƌŝŽƐ� ƋƵĞ� ŇƵĞŵ͕� ƐĞ� ƚƌĂŶƐĨŽƌŵĂŵ�Ğ�ƐĞ�ŵŽĚŝĮĐĂŵ͘��Ɛ� ŝŶŇƵġŶĐŝĂƐ� ƐĆŽ� 16 globais e rápidas. Outro fenômeno que se percebe é a diminuição do preconceito com relação ao ƵƐŽ� ĚĞ� ŐşƌŝĂƐ͘� �ƐƚĂ� ƉƌĄƟĐĂ� ƉƌĞĚŽŵŝŶĂŶƚĞ� ĞŶƚƌĞ� adolescentes vem ganhando adeptos entre outras faixas etárias e em diversos grupos sociais, sendo muitas destas palavras incorporadas ao vocabulário. Esse fato, aliado à comunicação entre adolescentes através das mídias existentes, ĐŽŶƚƌŝďƵŝ� ƐŝŐŶŝĮĐĂƟǀĂŵĞŶƚĞ�ƉĂƌĂ�Ă� ŝŶĐŽƌƉŽƌĂĕĆŽ� de novas palavras ao vocabulário. 1.5 - A comunicação na geração Google Nosso desenvolvimento vem sendo marcado ƉŽƌ� ĂůŐƵŵĂƐ� ĐĂƌĂĐƚĞƌşƐƟĐĂƐ� ƉĞĐƵůŝĂƌĞƐ� ĚĞ� ŶŽƐƐŽ� tempo. Entre elas podemos citar a velocidade, a ŝŶŽǀĂĕĆŽ�Ğ�Ă�ŵƵĚĂŶĕĂ͘�dŽĚĂƐ�ĞƐƐĂƐ�ĐĂƌĂĐƚĞƌşƐƟĐĂƐ� ŝŶŇƵĞŶĐŝĂŵ�Ă�ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ͕�ŝƐƚŽ�Ġ͕�ŽƐ�ŶŽǀŽƐ�ŵĞŝŽƐ� de expressão, o que nos permite uma percepção quase instantânea dos acontecimentos globais. Em apenas algumas décadas, testemunhamos ŵƵĚĂŶĕĂƐ� ďĂƐƚĂŶƚĞ� ƐŝŐŶŝĮĐĂƟǀĂƐ� ŶŽ� ƉƌŽŐƌĞƐƐŽ� dos meios de comunicação. Por milênios, o mensageiro e o pombo- correio foram as únicas formas de trocar informações e atualizar fatos. Isso implica dizer que a novidade mais recente poderia levar dias, semanas ou até mesmo meses para ser atualizada pelos interessados. Tomemos como exemplo um fato histórico: a morte de Napoleão Bonaparte em 1821 na Ilha de Santa Helena, onde estava ĞdžŝůĂĚŽ͖� Ă� ŶŽơĐŝĂ� ůĞǀŽƵ� ĚŽŝƐ�ŵĞƐĞƐ� ƉĂƌĂ� ĐŚĞŐĂƌ� ao Rei George em Londres. No Brasil, durante o período colonial, a comunicação entre os colonizadores e suas famílias na Europa, feita através de cartas, levava igualmente meses para atravessar o oceano. Hoje esta comunicação pode se dar em tempo real. Nas primeiras décadas de funcionamento da nova Capital Federal, os deputados saíam de �ƌĂƐşůŝĂ�ƉĂƌĂ�ǀŝƐŝƚĂƌ�ƐƵĂƐ�ďĂƐĞƐ�ƉŽůşƟĐĂƐ�ůĞǀĂŶĚŽ�ĂƐ� ƷůƟŵĂƐ�ŶŽơĐŝĂƐ�ĚŽ�ŵŽŵĞŶƚŽ͘�DĂŝƐ�ƚĂƌĚĞ͕�ƐƵƌŐĞ�Ž� primeiro formato do chamado Projeto Minerva, cujo propósito era manter a população informada dos assuntos do poder. Dos primeiros programas diários de rádio como �� ǀŽnj� ĚŽ� �ƌĂƐŝů, para os canais TVs Câmara e Senado e as novas mídias da tĞď͕�ŽĐŽƌƌĞƵ�Ƶŵ�ĂǀĂŶĕŽ�ƐŝŐŶŝĮĐĂƟǀŽ�ƉĞƌŵŝƟŶĚŽ� ĂŽ�ĐŝĚĂĚĆŽ�ĂĐŽŵƉĂŶŚĂƌ�Ă�ǀŝĚĂ�ĚŽ�ƉŽĚĞƌ�ƉŽůşƟĐŽ� nacional em tempo real. Para termos uma noção da velocidade com ƋƵĞ� ĞƐƚĂƐ� ƚƌĂŶƐĨŽƌŵĂĕƁĞƐ�ǀġŵ� ƐĞ� ĐŽŶĮŐƵƌĂŶĚŽ͕� basta compararmos a capacidade de difusão e popularização das mídias. O rádio levou 34 anos para alcançar 50 milhões de ouvintes. A televisão, apenas 17 anos; e a internet, não mais do que quatro anos, enquanto o &ĂĐĞŬ levou apenas dois anos para reunir 50 milhões de usuários. Evidentemente que a população também triplicou em menos de um século, e a educação ampliou a base de acesso às tecnologias a milhões de pessoas ao redor do mundo. Ainda assim, os números revelam que o ritmo de expansão das mídias é proporcionalmente muito maior. ��ĐĂĚĂ�ŐĞƌĂĕĆŽ�ƋƵĞ�ƐĞ�ƐƵĐĞĚĞ͕�ĂƐ�ŝŶŇƵġŶĐŝĂƐ� ĚĞ� ƐĞƵ� ƚĞŵƉŽ�ŵĂƌĐĂŵ� ĚĞ� ĨŽƌŵĂ� ƉĂƌƟĐƵůĂƌ� ƐƵĂ� história. Até a chamada geração X (nascidos entre a segunda guerra mundial e os anos 1980), o livro e os bancos escolares eram a fonte primordial da informação. O conhecimento passava por ƵŵĂ�ĨƌĂŐŵĞŶƚĂĕĆŽ�ƋƵĞ�ƐĞ�ŝŶƚĞŶƐŝĮĐŽƵ�ƉŽƌ�ĐŽŶƚĂ� ĚŽƐ� ŵƷůƟƉůŽƐ� ŵĞŝŽƐ� ĚĞ� ƉƌŽĚƵĕĆŽ� Ğ� ĚŝĨƵƐĆŽ� ĚĂ� informação. Esta geração vivenciou algumas quebras de paradigmas e rupturas com modelos tradicionais que norteavam a humanidade por milênios. Como exemplos dessas mudanças, ǀĞƌŝĮĐĂŵͲƐĞ�ĂůƚĞƌĂĕƁĞƐ�ŶŽ�ĨŽƌŵĂƚŽ�ĚĞ�ĨĂŵşůŝĂ͕�ŶŽ� poder da Igreja e na hierarquia empresarial. ��ƉĂƌƟƌ�ĚĂ�ŐĞƌĂĕĆŽ�z�;ŶĂƐĐŝĚŽƐ�ĞŶƚƌĞ�ŽƐ�ĂŶŽƐ� ϴϬ� Ğ� ϵϬͿ͕� Ă� ĞdžƉŽƐŝĕĆŽ� ĂŽƐ� ŵƷůƟƉůŽƐ� ĞƐơŵƵůŽƐ� promovidos pelos recursos da internet trouxe uma transformação na forma de produzir e gerar comunicação e conhecimento. A nova geração já nasceu cercada de aparatos tecnológicos. A Neurociência atesta que as conexões cerebrais destes jovens são mais intensas do que as observadas na geração de seus pais. Espertos e ŽƵƐĂĚŽƐ͕�ŽƐ�zƐ são despojados, ouvem ŝWŽĚƐ e são avessos a formalismos e hierarquias. Eles querem trabalhar, mas não querem que o trabalho seja sua vida, como o fora para seus pais. Antenados à expansão tecnológica, buscam qualidade de ǀŝĚĂ�Ğ�ĐŽŶĨŽƌƚŽ�ĮŶĂŶĐĞŝƌŽ͘��ůĞƐ� ƚġŵ�ƉƌĞƐƐĂ�ƉĂƌĂ� ƉƌŽŐƌĞĚŝƌ�Ğ�ƐĆŽ�ĐŽŵƉĞƟƟǀŽƐ͘ 17 A chamada geração Z (nascidos no início ĚŽ�ƐĠĐƵůŽ�yy/Ϳ� ƚĞŵ�ĐŽŵŽ�ĐĂƌĂĐƚĞƌşƐƟĐĂ�Ž�ŚĄďŝƚŽ� de “zapear”. Por isso a denominação Z. Outra ĐĂƌĂĐƚĞƌşƐƟĐĂ� ĚĞƐƚĂ� ŐĞƌĂĕĆŽ� Ġ� Ă� ĐŽŶƐƚĂŶƚĞ� ƚƌŽĐĂ� ƋƵĞ� ƐĞ� ĨĂnj� ĞŶƚƌĞ� ŽƐ� ĐĂŶĂŝƐ� ĚĞ� ŝŶƚĞƌĂƟǀŝĚĂĚĞ͕� zapeando de um a outro, da internet ao telefone, ao videogame, à internet novamente etc. Para eles, o mundo é totalmente tecnológico e virtual, pois nasceram em meio a esse mundo. São menos ĚĞƐůƵŵďƌĂĚŽƐ�ƋƵĞ�ŽƐ�ĚĂ�ŐĞƌĂĕĆŽ�z�Ğ� ůŝĚĂŵ�ĐŽŵ� ũŽLJƐƟĐŬ e ŝWŚŽŶĞƐ. Percebe-se que, enquanto os jovens das ĂŶƟŐĂƐ�ŐĞƌĂĕƁĞƐ�ǀŝĂŵ�ŶŽƐ�ĂĚƵůƚŽƐ�ƐĞƵƐ�ŵŽĚĞůŽƐ� referenciais, os de hoje preferem construir seus próprios modelos. E, em muitos casos, são os adultos que procuram se identificar com os jovens modelando comportamentos e vestimentas. �� ƵŶŝĆŽ� ĚĞƐƚĞƐ� ƚƌġƐ� ƟƉŽƐ� ĚĞ� ŐĞƌĂĕƁĞƐ� Ġ� indispensável para o futuro de organizações de ƚŽĚŽƐ� ŽƐ� ƟƉŽƐ͘� ^ĂďĞƌ� ůŝĚĂƌ� ĐŽŵ� Ă� ĚŝǀĞƌƐŝĚĂĚĞ� ĚĞ� ĞdžƉĞƌŝġŶĐŝĂƐ� Ğ� ƉĞƌĮƐ� Ġ� Ž� ŐƌĂŶĚĞ� Ğ� ĞƐƐĞŶĐŝĂů� ĚĞƐĂĮŽ� ƉĂƌĂ� Ž� ƐƵĐĞƐƐŽ� Ğŵ� Ƶŵ� ĨƵƚƵƌŽ� ŵƵŝƚŽ� próximo. Ter clareza sobre estas diferenças ĨĂĐŝůŝƚĂ�Ă�ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ�ĐŽƟĚŝĂŶĂ�Ğ�ĐŽůĂďŽƌĂ�ƉĂƌĂ�Ž� planejamento de uma apresentação pública, que agora passa a ter de atrair a atenção das gerações y͕�z�Ğ�͘ 1.6 - Comunicação para todos os públicos �� ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ� ĮŐƵƌĂ� ĚĞŶƚƌĞ� Ƶŵ� ĚŽƐ�ŵĂŝƐ� importantes requisitos do sucesso apontados por diversas pesquisas feitas ao longo dos dois ƷůƟŵŽƐ� ƐĠĐƵůŽƐ� ĐŽŵ� ƉĞƐƐŽĂƐ� ďĞŵͲƐƵĐĞĚŝĚĂƐ� do mundo. Os líderes mais marcantes da humanidade se diferenciaram pela habilidade de se comunicar com seu público. Atualmente, a ĂůƚĂ�ĐŽŶĞĐƟǀŝĚĂĚĞ͕�ŽƐ�ƌĞĂůŝƚLJ�ƐŚŽǁƐ e as inúmeras ferramentas da internet que são colocadas à disposição das pessoas fazem com que o mundo se torne um grande palco. Logo, o convencer anda aliado ao saber, e leva ao vencer. Para que a comunicação tenha impacto e êxito, não significa que a pessoa precise ter vocabulário sofisticado nem saiba falar bonito. ComuŶŝĐĂĕĆŽ�ĞĮĐŝĞŶƚĞ�ƐĞ�ƌĞůĂĐŝŽŶĂ�ă�ƚƌĂŶƐŵŝƐƐĆŽ� das ideias de forma clara e compreensível. Aliás, comunicação não é o que se diz, nem o que se comunica, mas o que as pessoas entendem. �� ĂƋƵŝůŽ� ƋƵĞ� ĮĐĂ� ĚĂ� ŵĞŶƐĂŐĞŵ� ĐŽŵƵŶŝĐĂĚĂ͘� É o percebido e compreendido por parte da audiência. As pessoas estão acostumadas a pensar que a essência da comunicação está nas palavras, especialmente quando se trata de falar em público. A “pá que lavra” realmente tem um ƉĞƐŽ� ƐŝŐŶŝĮĐĂƟǀŽ� Ğŵ� ŶŽƐƐĂ� ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ͖� ŶŽ� entanto, quando nos referimos à capacidade de ŝŵƉĂĐƚĂƌ͕ � ĐŽŶǀĞŶĐĞƌ͕ � ĮdžĂƌ� ƵŵĂ� ŵĞŶƐĂŐĞŵ� ŶĂ� mente das pessoas, a palavra perde força. Uma pesquisa da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, ĐŽŶƐƚĂƚŽƵ� ƋƵĞ� Ž� ƉŽĚĞƌ� ĚĞ� ŝŶŇƵġŶĐŝĂ� da comunicação humana depende apenas em 7% das palavras. O tom de voz tem um poder de ŝŶŇƵġŶĐŝĂ� ƋƵĞ� ĐŽƌƌĞƐƉŽŶĚĞ� Ă� ϯϱй͕� Ğ� ŽƐ� ĚĞŵĂŝƐ� 58% representam o poder de expressão da ĮƐŝŽůŽŐŝĂ�ĚŽ�ĐŽŵƵŶŝĐĂĚŽƌ͘ Para comprovarmos o estudo americano, basta declamarmos uma poesia eliminando sua pontuação, ela simplesmente perde ĐŽŵƉůĞƚĂŵĞŶƚĞ�Ž�ƐĞŶƟĚŽ͘�KƵƚƌŽ�ĞdžĞŵƉůŽ�ĐůĄƐƐŝĐŽ� ǀĞŵ�ĚŽ�ũŽƌŶĂůŝƐŵŽ͘���ŵĞƐŵĂ�ŶŽơĐŝĂ�ƚƌĂŶƐŵŝƟĚĂ� por diferentes jornalistas televisivos repercute de forma diferente na capacidade de assimilação ĚŽ� ƚĞůĞƐƉĞĐƚĂĚŽƌ͘ � �� ĨŽƌŵĂ� ĐŽŵŽ� Ă� ŶŽơĐŝĂ� Ġ� ƚƌĂŶƐŵŝƟĚĂ� Ğ� Ă� ĐƌĞĚŝďŝůŝĚĂĚĞ� ĚŽ� ũŽƌŶĂůŝƐƚĂ� ƐĞ� ƌĞŇĞƚĞŵ� ŶŽƐ� ƐĂůĄƌŝŽƐ� ƉĂŐŽƐ� ƉĞůŽƐ� ǀĞşĐƵůŽƐ� ĚĞ� comunicação, cujas diferenças são consideráveis. Na teledramaturgia, as diferenças são imensas e absolutamente relacionadas à capacidade ŝŶƚĞƌƉƌĞƚĂƟǀĂ� ĚŽ� ĂƚŽƌ͘ � �ŵ� ŶŽƐƐŽ� ĐŽƟĚŝĂŶŽ͕� seguramente conhecemos pessoas que não levam jeito para contar piada enquanto outras fazem piada de tudo, e tudo parece merecer graça. Em ambas as anedotas, as palavras podem ser exatamente as mesmas, no entanto, a capacidade ĚĞ� ŝŶŇƵĞŶĐŝĂƌ� Ğ� ŝŵƉĂĐƚĂƌ� ĂƐ� ƉĞƐƐŽĂƐ�ŵƵĚĂ� ƉŽƌ� conta de quem dela faz uso. Esta diferença está ŶŽƐ� ϵϯй� ƌĞƐƚĂŶƚĞƐ� ĚĂ� ĐĂƉĂĐŝĚĂĚĞ� ĚĞ� ŝŶŇƵġŶĐŝĂ� que as pessoas possuem. Veja exemplos no anexo 3 desta publicação. O fato de as palavras terem um peso menor ŶĂ�ĐĂƉĂĐŝĚĂĚĞ�ĚĞ�ĐŽŶǀĞŶĐŝŵĞŶƚŽ�ŶĆŽ�ƐŝŐŶŝĮĐĂ�ƋƵĞ� 18 elas não devam ser medidas antes de proferidas. Palavras mal posicionadas ou com possibilidade de dúbias interpretações podem originar problemas ƐŝŐŶŝĮĐĂƟǀŽƐ� ƉĂƌĂ� ƐĞƵƐ� ĐŽŵƵŶŝĐĂĚŽƌĞƐ͘�EĂ� ĄƌĞĂ� pública, não são raros os casos de governantes que tiveram problemas por conta de uma palavra mal posicionada ou inoportuna. Só para citar alguns casos que repercutiram na mídia nacional: “O que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde”, Rubens Ricupero, Ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, em entrevista à rede Globo de Televisão; “Relaxa e goza”, Marta Suplicy, Ministra do Turismo do governo Lula, se referindo às extenuantes esperas nos aeroportos brasileiros durante a crise aérea; “Aposentados são vagabundos”, Presidente Fernando Henrique, se referindo à Reforma da Previdência; “Se fu”, presidente Lula, falando sobre a crise econômica mundial em 2008. Estes e tantos outros casos ĂůŝŵĞŶƚĂƌĂŵ� ĚĞƐŐĂƐƚĞƐ� ƉƷďůŝĐŽƐ� Ğ� ĐƌşƟĐĂƐ� ĚĂ� imprensa. E todos poderiam ter sido evitados. Portanto, precisamos, sim, tomar cuidado com “o que” falamos e com o “como” falamos. O tom de voz é o ritmo vocal de uma ŶĂƌƌĂƟǀĂ͘� �� ŵƵƐŝĐĂůŝĚĂĚĞ� ĚĂ� ǀŽnj� Ġ� Ă� ĐŽůŽĐĂĕĆŽ� mais ou menos prolongada das vogais, levando em conta a sua acentuação. A alternância da altura da voz – ora alta, ora normal, ora baixa –, e da velocidade que imprimimos às frases – rápida em certos momentos e lenta em outros ʹ�ƌĞƐƵůƚĂŵ�Ğŵ�Ƶŵ�ĐŽŶũƵŶƚŽ�ŵĞůŽĚŝŽƐŽ�ƋƵĞ�ŝŶŇƵŝ� no espírito, na vontade e no interesse da plateia sobre o que se diz. Portanto, é preciso aperfeiçoar Ž� ƌŝƚŵŽ� ĚĂ� ĨĂůĂ� ĚĞŶƚƌŽ� ĚŽ� ĞƐƟůŽ� ĚĞ� ĐĂĚĂ� Ƶŵ͕� ĂƉƌŽǀĞŝƚĂŶĚŽ�Ă�ĞŶĞƌŐŝĂ͕�Ž�ƟŵďƌĞ�Ğ�Ă�ƐŽŶŽƌŝĚĂĚĞ� da voz. O conjunto harmonioso da pronúnciadas palavras aliado à entonação de voz pode provocar em quem escuta, sensações de extremo encantamento. Este ritmo e cadência podem ser ĐŽŶƋƵŝƐƚĂĚŽƐ�ĐŽŵ�Ă�ƐŝŵƉůĞƐ�ƉƌĄƟĐĂ�ĚĞ�ůĞŝƚƵƌĂ�Ğŵ� voz alta. Outro recurso que chama a atenção da ĂƵĚŝġŶĐŝĂ�Ġ�Ă�ƵƟůŝnjĂĕĆŽ�ĚĞ�ƉĂƵƐĂƐ�ŶŽ�ƚƌĂŶƐĐŽƌƌĞƌ� da abordagem. Silenciar, criar suspense, “deixar no ar”, optar por instantes de silêncio em uma explanação falada, são atributos valiosos na arte de prender a atenção do público. Evidente que não se pode abusar deste recurso, pois, ao exceder em seu uso, a perda de impacto passa a ser o resultado. Em outras palavras, a entonação ĚŽ�ƚĞdžƚŽ�ƉŽĚĞ�ŝŶŇƵĞŶĐŝĂƌ�ŵĂŝƐ�ĚŽ�ƋƵĞ�Ž�ƉƌſƉƌŝŽ� texto. K� ƌĞƐƚĂŶƚĞ� ĚŽ� ƉŽĚĞƌ� ĚĞ� ŝŶŇƵġŶĐŝĂ� ĚĂ� comunicação atribui-se à postura corporal, à expressão facial, ao modo de sentar e de se postar diante da plateia. O corpo fala. Às vezes, mais do que as palavras. De certa forma, as pessoas que assistem a uma palestra ou discurso precisam ser tocadas e envolvidas pela apresentação. �ůĂƐ� ƉƌĞĐŝƐĂŵ� ͞ǀŝĂũĂƌ� ũƵŶƚŽ͟� ĐŽŵ� Ă� ŶĂƌƌĂƟǀĂ͕� imaginando com clareza os acontecimentos e, se possível, fazendo parte do contexto. Para que você ĐŽŶƐŝŐĂ� ĞƐƚĞ� ĞŶǀŽůǀŝŵĞŶƚŽ͕� Ž� ŵĞůŚŽƌ� Ġ� ƵƟůŝnjĂƌ� recursos de teatralização. Todas as sensações Ğ� ƐĞŶƟŵĞŶƚŽƐ� ƋƵĞ� ĚĞƐĞũĂ� ǀĞƌ� ƌĞŇĞƟĚŽƐ� ŶĂ� ƐƵĂ� ƉůĂƚĞŝĂ͕�ĞŶĐĞŶĞͲŽƐ�ƉƌŝŵĞŝƌŽ͘�^Ğ�ĞƐƟǀĞƌ�ĐŽŶƚĂŶĚŽ� uma história triste, seu semblante deve estar entristecido, seu olhar levemente caído, e seu corpo um pouco inclinado. Com este conjunto de expressões, estará dando um maior senso de ƌĞĂůŝƐŵŽ�ă�ƐƵĂ�ŶĂƌƌĂƟǀĂ͘�YƵĂŶĚŽ�Ž�ƚĞdžƚŽ�ƚƌĂƚĂƌ�ĚĞ� assuntos alegres, cômicos ou de encantamento, ƐƵĂ� ĞdžƉƌĞƐƐĆŽ� ĚĞǀĞ� ĂĐŽŵƉĂŶŚĂƌ� Ă� ŶĂƌƌĂƟǀĂ� Ğ� reforçar suas palavras. Viva o texto. Sinta suas ĂĮƌŵĂĕƁĞƐ͘�/ƐƐŽ�ĐŽŶǀĞŶĐĞ͘ O conjunto das expressões corporais dá brilho, vida, impacto e realismo às suas performances. As incongruências entre palavras e expressões faciais são facilmente percebidas pela audiência, especialmente pelo público feminino, cuja capacidade de perceber incoerências foi lapidada por milênios de evolução, como já vimos. Se você está narrando um fato triste com expressões de alegria no rosto, ou um fato alegre ĐŽŵ� ĐĂƌĂ� ĚĞ� ƚƌŝƐƚĞ͕� ƐƵĂ� ŶĂƌƌĂƟǀĂ� ǀĂŝ� ƉĂƌĞĐĞƌ� pouco convincente. Mesmo que as palavras ĂĮƌŵĞŵ�Ƶŵ�ĞƐƚĂĚŽ�ĞŵŽĐŝŽŶĂů͕�ĂŝŶĚĂ�ĂƐƐŝŵ�Ž�ƋƵĞ� vai predominar junto ao público é a sensação que Ž�ĐŽƌƉŽ�ĚĞ�ƋƵĞŵ�ĨĂůĂ�ĞƐƟǀĞƌ�ŵĂŶŝĨĞƐƚĂŶĚŽ͘� Uma pesquisa da Universidade de Minnesota (EUA), desenvolvida em conjunto com a 3M �ŽƌƉŽƌĂƟŽŶ͕ constatou que uma apresentação na qual se acrescentem recursos visuais potencializa a possibilidade de persuadir a plateia. Os estudos concluíram que o percentual correspondente ao 19 “Não basta falar bonito, é preciso convencer.” Joel Adriano Maciel incremento da impactação por conta dos recursos visuais chega a 43%. Considere uma plateia de pessoas predominantemente simples. Elas levarão para suas casas um conjunto maior de impressões do que de informações. Ao envolver ƚŽĚŽƐ� ŽƐ� ſƌŐĆŽƐ� ĚŽƐ� ƐĞŶƟĚŽƐ� ŶĂ� ĂƉƌĞƐĞŶƚĂĕĆŽ͕� amplia-se a possibilidade de o público ser tocado e de reter a mensagem que se pretende externar. Considerando os estudos postos, exceto em ocasiões formais e solenes que exijam uma ƉŽƐƚƵƌĂ�ŵĂŝƐ�ĐŽŶƟĚĂ͕�ƐŽďƌĞƚƵĚŽ�ĚŽ�ĂƉƌĞƐĞŶƚĂĚŽƌ� ou mestre de cerimônias, procure evitar uma comunicação linear. Gere suspense. É interessante ƐĞŐƵŝƌ� ƵŵĂ� ĐĞƌƚĂ� ůŝŶŚĂ͗� ŶŽ� ŝŶşĐŝŽ� ĚĂ� ŶĂƌƌĂƟǀĂ͕� apresente-se como um “vilão” com um problema Ă� ƐĞƌ� ƌĞƐŽůǀŝĚŽ͕� ĚƌĂŵĂƟnjĞ� Ă� ĐĞŶĂ͕� ǀĂůŽƌŝnjĞ� Ž� instante para, no decorrer da fala, apresentar a solução. Você é a solução. Você é o seu produto, sua ideia ou seu conceito. A total inexistência ĚĞ� ĞdžƉƌĞƐƐƁĞƐ� İƐŝĐĂƐ� Ğ� ĚĞ� ƚŽŶĂůŝĚĂĚĞƐ� ĚƵƌĂŶƚĞ� Ă� ŶĂƌƌĂƟǀĂ� ĚŝŵŝŶƵŝ� ĚƌĂƐƟĐĂŵĞŶƚĞ� Ă� ĐĂƉĂĐŝĚĂĚĞ� de persuadir a audiência. Por isso, sempre que possível, opte por apresentações que não dependam de um texto escrito. Os discursos lidos tendem a ser menos persuasivos. 1.7 - Os canais de processamento da informação Tudo o que pensamos ou falamos pode ser dividido em imagem, sons e sensações. O cérebro humano, quando processa as informações, divide-as nestes três componentes. Os estudos ŵŽƐƚƌĂŵ�ƋƵĞ�ĂƐ�ƉĞƐƐŽĂƐ�ŶĆŽ�ƵƟůŝnjĂŵ͕�ĚĞ�ĨŽƌŵĂ� proporcional, estes três canais para convencerem- se ou mesmo para arquivar informações com ŵĂŝƐ�ŶŝƟĚĞnj͘��ůĂƐ�ƚĞŶĚĞŵ�Ă�ƐĞƌ�ŵĂŝƐ�ƌĞĐĞƉƟǀĂƐ�ăƐ� informações advindas de um destes três canais. �ůŐƵŵĂƐ�ƉŽĚĞŵ� ƐĞƌ�ŵĂŝƐ� ĂƵĚŝƟǀĂƐ͕� ŽƵƚƌĂƐ�ŵĂŝƐ� visuais ou mais sinestésicas. �ŵ� ƚĞƌŵŽƐ� ƋƵĂŶƟƚĂƟǀŽƐ͕� Ž� ĐĂŶĂů� ĚĞ� predominância da absorção de informações para um público médio tende a ser o visual; ĚĞƉŽŝƐ� ǀĞŵ� Ž� ĂƵĚŝƟǀŽ� Ğ͕� ƉŽƐƚĞƌŝŽƌŵĞŶƚĞ͕� Ž� sinestésico. Não por acaso as imagens são tão ƚŽĐĂŶƚĞƐ͕� ĐŽŶǀŝŶĐĞŶƚĞƐ� Ğ� ĨĂƌƚĂŵĞŶƚĞ� ƵƟůŝnjĂĚĂƐ� ƉĞůĂ� ŵşĚŝĂ� ƉĂƌĂ� ŝŵƉĂĐƚĂƌ� ĂŶƷŶĐŝŽƐ͕� ŶŽơĐŝĂƐ� Ğ� ĚƌĂŵĂƚƵƌŐŝĂ͘� �ƐƟŵĂͲƐĞ� ƋƵĞ� ϴϯй� ĚĂƐ� ƉĞƐƐŽĂƐ� sejam predominantemente visuais, que 11% ƐĞũĂŵ�ĂƵĚŝƟǀĂƐ�Ğ�ϲй͕�ƐŝŶĞƐƚĠƐŝĐĂƐ͘� �Ɛ�ƉĞƐƐŽĂƐ�ĐŽŵ�ĐĂƌĂĐƚĞƌşƐƟĐĂƐ�ŵĂŝƐ�ĂƵĚŝƟǀĂƐ� tendem a ser convencidas pela predominância do que lhes é dito. Aquelas cujo canal visual é mais forte costumam se convencer diante de imagens. Já as que são consideradas mais sinestésicas, possuem o canal da sensação mais aguçado. sĞũĂŵŽƐ�Ă� ƐĞŐƵŝƌ� ĂůŐƵŵĂƐ�ĞƐƉĞĐŝĮĐŝĚĂĚĞƐ� ƐŽďƌĞ� cada um desses três canais de processamento da informação. Os ĂƵĚŝƟǀŽƐ guardam mais facilmente palavras e percebem pequenas alterações na entonação de voz de quem fala. Uma palavra mal posicionada será percebida facilmente pelos ĂƵĚŝƟǀŽƐ͘��ƐƚĂƐ�ƉĞƐƐŽĂƐ�ƐĞ�ĐŽŶǀĞŶĐĞŵ�ĚŝĂŶƚĞ�ĚĞ� uma argumentação consistente e lembram com mais facilidade do que as pessoas falam. Já ao ĨĂůĂƌ͕ �ŽƐ�ĂƵĚŝƟǀŽƐ�ĐŽƐƚƵŵĂŵ�ƵƟůŝnjĂƌ�Ƶŵ�ƚŽŵ�ĚĞ� ǀŽnj� ďĞŵ� ĂƌƌĂŶũĂĚŽ͕� ĐŽŵŽ� ƐĞ�ŵĂŶƟǀĞƐƐĞŵ� ƵŵĂ� determinada “cadência” em sua expressão oral. &ŝƐŝĐĂŵĞŶƚĞ͕� ĐŽŶƐĞŐƵŝŵŽƐ� ŝĚĞŶƟĮĐá-los pela movimentação dos olhos na horizontal como que à procura das palavras certas. Já os considerados predominantemente ǀŝƐƵĂŝƐ� ƵƟůŝnjĂŵ� ƵŵĂ� ůŝŶŐƵĂŐĞŵ� ĨĂƌƚĂŵĞŶƚĞ� ĮŐƵƌĂĚĂ�ĂŽ�ĨĂůĂƌ͕ �ƉƌŽũĞƚĂŵ�ĐĞŶĄƌŝŽƐ�ŵĞŶƚĂŝƐ�ĐŽŵ� ƚŽŶĂůŝĚĂĚĞƐ�ĚĞ�ĐŽƌ�Ğ�ƐĞ� ůĞŵďƌĂŵ�ĚĞ�ĮƐŝŽŶŽŵŝĂƐ� que viram uma única vez mesmo quando há ĚŝĮĐƵůĚĂĚĞ�ĚĞ�ŐƵĂƌĚĂƌ�ŶŽŵĞƐ͘�^ĆŽ�ƐĞŶƐŝďŝůŝnjĂĚŽƐ� por imagens, e aquilo que veem não esquecem facilmente porque seus arquivos cerebrais guardam as informações com facilidade. Seu ritmo de fala pode acelerar e o conteúdo da apresentação costuma ser enriquecido por exemplos que requerem da audiência o “ver mentalmente”. Fisicamente, enquanto formulam frases, costumam jogar seu olhar para cima, e, quando empolgados, falam rápido. 20 As pessoas nas quais o canal ƐŝŶĞƐƚĠƐŝĐŽ predomina, possuem uma forma de comunicação mais retraída. Entre elas, os canais marcantes do ĂƉƌĞŶĚŝnjĂĚŽ�ĐŽƌƌĞƐƉŽŶĚĞŵ�ĂŽ�ŽůĨĂƟǀŽ�;ϯ͕ϱйͿ͕�ĂŽ� toque (1,5%) e ao sabor (1%). Tendem a tocar as pessoas enquanto falam e sua percepção para sensações relacionadas ao tato é reforçada. Quando vão fazer uma compra de determinado utensílio, não se limitam a ver o produto, precisam tocá-lo. Tendem a jogar seu olhar para baixo enquanto falam, podendo, com isso, parecer envergonhadas. Seu sistema nervoso parece processar as sensações durante a expressão e seu ritmo de fala pode ser mais sereno do que o dos ĂƵĚŝƟǀŽƐ�Ğ�ǀŝƐƵĂŝƐ͘ A predominância de um canal em relação a outros não elimina a importância dos menos predominantes. Algumas pessoas possuem mais de um canal latente, feito antenas que captam e percebem informações explícitas e implícitas, ŽďũĞƟǀĂƐ� Ğ� ƐƵƟƐ͘� :Ą� ƉĂƌĂ� ŽƵƚƌĂƐ͕� ŽƐ� ƚƌġƐ� ĐĂŶĂŝƐ� podem atuar simultaneamente, mesmo que em diferentes ordens de intensidade: visual- ƐŝŶĞƐƚĠƐŝĐŽͲĂƵĚŝƟǀŽ͖� ǀŝƐƵĂůͲĂƵĚŝƟƚǀŽͲƐŝŶĞƐƚĠƐŝĐŽ͖� ƐŝŶĞƐƚĠƐŝĐŽͲǀŝƐƵĂůͲĂƵĚŝƟǀŽ͖� ƐŝŶĞƐƚĠƐŝĐŽͲĂƵĚŝƟǀŽͲ ǀŝƐƵĂů͖� ĂƵĚŝƟǀŽͲƐŝŶĞƐƚĠƐŝĐŽͲǀŝƐƵĂů� ŽƵ� ĂŝŶĚĂ� ĂƵĚŝƟǀŽͲǀŝƐƵĂůͲƐŝŶĞƐƚĠƐŝĐŽ͘Quando estamos em contato com pequenos grupos e estabelecemos com eles interações mais individuais, facilitará nossa abordagem descobrir qual o canal de comunicação predominante na pessoa. Para descobrirmos este canal, ƉƌĞĐŝƐĂŵŽƐ�ƉƌĞƐƚĂƌ�ĂƚĞŶĕĆŽ�ŶĂ�ƉŽƐƚƵƌĂ�İƐŝĐĂ͕�ŶŽ� movimento dos olhos e no tom de voz de quem está se comunicando conosco. A descoberta deste canal nos permite entrar em sintonia com a forma como a pessoa prefere que se dê a comunicação. Isso facilita o estabelecimento da ĞŵƉĂƟĂ� Ğ� ĚŽ� ƉƌŽĐĞƐƐĂŵĞŶƚŽ� ĚĂƐ� ŝŶĨŽƌŵĂĕƁĞƐ� porque entramos em sintonia com o interlocutor na medida em que ingressamos no seu canal de comunicação preferencial. Para fazer uso deste recurso junto a um grupo ĚĞ�ƉĞƐƐŽĂƐ͕�ǀĞƌŝĮƋƵĞ�Ž�ƋƵĞ�ŵĂŝƐ�ƉŽƐƐĂ�ůŚĞ�ƚƌĂnjĞƌ� retorno de aceitação: se obtém mais resposta do grupo quando apenas cita algo com humor, ŽƵ� ƐĞ͕� ƉŽƌ� ĞdžĞŵƉůŽ͕� ƉƌĞĐŝƐĂ� ĚƌĂŵĂƟnjĂƌ� ĂůŐƵŵĂ� situação semelhante à relatada. Observe sempre atentamente as expressões das pessoas. Elas são Ž�ǀĞƌĚĂĚĞŝƌŽ�ƌĞŇĞdžŽ�ƐŽďƌĞ�Ž�ƋƵĂŶƚŽ�ǀŽĐġ�ĞƐƚĄ�Ğŵ� harmonia com elas e, consequentemente, se está em melhor condição de convencê-las. A capacidade de impactar e até mesmo de convencer o público é diferente da capacidade que as pessoas têm de lembrar-se do que foi comunicado. Alguns estudos sugerem que ŶŽƐƐŽ� ĐĠƌĞďƌŽ� ƉĂƐƐĂ� Ƶŵ� ĮůƚƌŽ� ĐŽŶƐŝĚĞƌĄǀĞů� ŶĂƐ� informações que recebemos, mantendo na memória as que mais nos interessam. Algumas pesquisas referentes à capacidade de as pessoas reterem informações sugerem que nós guardamos em média: 10% Do que lemos 20% Do que ouvimos 30% Do que vemos 50% Do que vemos e ouvimos 70% Do que dizemos quando conversamos 90% Do que dizemos quando fazemos algo Embora as variações individuais desta projeção sejam bastante consideráveis, os números nos ajudam a ter uma noção global da forma como as pessoas costumam reter a informação. Ao que se percebe, quanto mais ſƌŐĆŽƐ�ĚŽƐ�ƐĞŶƟĚŽƐ�ƐĆŽ�ĞŶǀŽůǀŝĚŽƐ�ŶŽ�ƉƌŽĐĞƐƐŽ� de transmissão da informação, maior é a possibilidade de retenção. Quando a audiência ƚĞŵ�Ă�ƉŽƐƐŝďŝůŝĚĂĚĞ�ĚĞ�ƉƌĂƟĐĂƌ�Ž� ĐŽŶŚĞĐŝŵĞŶƚŽ� transferido, a possibilidade de retenção é ƐŝŐŶŝĮĐĂƟǀĂŵĞŶƚĞ� ŵĂŝŽƌ͘ � ͞�� ŵĞůŚŽƌ� ĨŽƌŵĂ� de aprender é ensinar”, nos diz o provérbio popular. Quando comunicamos, processamos as informações com mais qualidade e internalizamos ŽƐ�ƐĂďĞƌĞƐ�ĂŽ�ĐŽŵƉĂƌƟůŚĄͲůŽƐ͘� Não por acaso um ƚĞƐƚ� ĚƌŝǀĞ realizado por um consumidor em potencial tem um poder de convencimento maior do que a visualização do automóvel no catálogo. Neste teste, todos ŽƐ� ƐĞŶƟĚŽƐ� ƐĆŽ� ĞŶǀŽůǀŝĚŽƐ͕� ĐƌŝĂŶĚŽͲƐĞ� Ƶŵ� conjunto de elementos importante na geração de ŝŶŇƵġŶĐŝĂƐ͘� 21 Outras mensagens que nos chegam também ŶŽƐ� ŝŶŇƵĞŶĐŝĂŵ͘� /ŶĐůƵƐŝǀĞ� ĂƐ� ƐƵďůŝŵŝŶĂƌĞƐ͕� ƋƵĞ� ƉŽĚĞŵ�ƐƵƌŐŝƌ�ĚĂ�ĞƐƚƌĂƚĠŐŝĂ�ĚĞ�ŵĂƌŬĞƟŶŐ�ƵƟůŝnjĂĚĂ� Ğŵ�ĮůŵĞƐ�Ğ�ŶŽǀĞůĂƐ͕�ĐŚĂŵĂĚĂ�ĚĞ�ŵĞƌĐŚĂŶĚŝƐŝŶŐ. A estratégia consiste em incluir nas cenas o consumo de produtos de determinadas marcas, expondo o público a mensagens indiretas. �ŶǀŽůǀĞƌ� ĚŝĨĞƌĞŶƚĞƐ� ƐĞŶƟĚŽƐ� ƚĂŵďĠŵ� ĨĞnj� surgir uma técnica que evita o esquecimento de objetos como óculos, chaves, contas etc: quando colocá-los em algum lugar, repita verbalmente, por três vezes, o que e onde os está guardando. �ŝĮĐŝůŵĞŶƚĞ� Ž� ŽďũĞƚŽ� ƐĞƌĄ� ĞƐƋƵĞĐŝĚŽ͘� DĂƐ͕� Ġ� importante saber que o cérebro humano costuma diminuir a retenção da informação à proporção que ela se distancia da data de sua emissão, isto é, a capacidade de relembrar vai diminuindo na medida em que o tempo vai passando. Estratégia de comunicação Relembra- mos 3 horas depois Relembra- mos 3 dias de- pois Explanação de algo isoladamente 70% 10% Explanação com demonstração 72% 20% Explanação demonstrada e experimentada ƉĞůŽƐ�ƉĂƌƟĐŝƉĂŶƚĞƐ 85% 65% �ŶĮŵ͕� Ğŵ� ƐĞ� ƚƌĂƚĂŶĚŽ� ĚĞ� ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ͕� nada é neutro. Sempre estamos passando alguma informação para as pessoas, porque nosso corpo todo se comunica. Até mesmo o silêncio pode dizer algo a respeito de determinado assunto conforme a circunstância. 1.8 - Comunicação e poder �� ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ� ǀĞŵ� ƐĞŶĚŽ� ƵƟůŝnjĂĚĂ� como forma de poder ao longo da história da humanidade. Textos sagrados de diversas ĚĞŶŽŵŝŶĂĕƁĞƐ� ƌĞůŝŐŝŽƐĂƐ� ĞŶĨĂƟnjĂŵ� Ž� ƉŽĚĞƌ� ĚĂ� palavra: “... e o verbo se fez carne”, diz a Bíblia referindo-se ao poder de materialização. Grandes ŽƌĂĚŽƌĞƐ�ŵĂƌĐĂĚĂŵĞŶƚĞ� ŝŶŇƵĞŶƚĞƐ� ĂŽ� ůŽŶŐŽ� ĚĂ� história eram oradores de grande capacidade de convencimento, tanto para o bem, quanto para o mal: Abraham Lincoln e Benito Mussolini, Mahatma Gandhi e Adolf Hitler; Dalai Lama Ğ� ^ĂĚĚĂŶ� ,ƵƐƐĞŝŶ͕� ƚŽĚŽƐ� ƟŶŚĂŵ� Ğŵ� ĐŽŵƵŵ� uma oratória brilhante e avassaladora capaz de ŵŽďŝůŝnjĂƌ�ŵƵůƟĚƁĞƐ͕� ĨŽƐƐĞ�ƉĂƌĂ� ůŝďĞƌƚĂƌ�Ƶŵ�ƉĂşƐ� ou para criar o Holocausto. Ao longo da história, ƌĞŐŝŵĞƐ�ƉŽůşƟĐŽƐ�Ğ�ƉĂşƐĞƐ�Ğŵ�ŐƵĞƌƌĂ�ǀġŵ�ƵƐĂŶĚŽ� diferentes estratégias de comunicação para convencer as pessoas a aderirem a suas causas. WƌĞƐŽƐ� ƉŽůşƟĐŽƐ� ĨŽƌĂŵ� ƚŽƌƚƵƌĂĚŽƐ� ƉĂƌĂ� ƌĞǀĞůĂƌ� ŝŶĨŽƌŵĂĕƁĞƐ͖� ŽƵƚƌŽƐ͕� ƐƵďŵĞƟĚŽƐ� ă� ůĂǀĂŐĞŵ� ĐĞƌĞďƌĂů͕�Ğ�ĂůŐƵŶƐ�ĨŽƌĂŵ�ĐŽŶǀĞŶĐŝĚŽƐ�ŶŽ�ĐĂƟǀĞŝƌŽ� de que o regime contra o qual lutavam não era de todo ruim. Quando um padre ou pastor declaram que ĂůŐƵĠŵ�ĞƐƚĄ�ďĂƟnjĂĚŽ�ŽƵ�ĐĂƐĂĚŽ͕�ĞƐƚĂ�ĚĞĐůĂƌĂĕĆŽ� ŶĆŽ�ƚĞŵ�ǀĂůŽƌ� ůĞŐĂů͕�ŵĂƐ�ƐĞƵ�ƉŽĚĞƌ� ŝŶƐƟƚƵĐŝŽŶĂů� pode ser mais forte do que um documento assinado em cartório. Considere também a diferença entre o que falamos em público e o que ĨĂůĂŵŽƐ� Ğŵ� ƉĂƌƟĐƵůĂƌ͕ � Ğŵ� ƉƷďůŝĐŽ� ĂƐ� ƉĂůĂǀƌĂƐ� ganham mais força e poder. Forte ainda é o uso das palavras realizado pelas pessoas predominantemente pessimistas: ĞůĂƐ�ƵƐĂŵ�Ƶŵ�ĐŽŶũƵŶƚŽ�ĚĞ�ƉĂůĂǀƌĂƐ�ŶĞŐĂƟǀĂƐ�Ğŵ� ƐĞƵ�ĐŽƟĚŝĂŶŽ�ŵƵŝƚŽ�ŵĂŝŽƌ�ĚŽ�ƋƵĞ�Ž�ĚĞ�ƉĂůĂǀƌĂƐ� ƉŽƐŝƟǀĂƐ� Ğ͕� ƉŽƌ� ŵĞŝŽ� ĚĞƐƚĂ� ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ͕� ǀĆŽ� concebendo sua realidade. A mesma comunicação que pode resultar em ansiedade, ciúme, frustração e ƌĞƐƐĞŶƟŵĞŶƚŽƐ͕� ƚĂŵďĠŵ� ƉŽĚĞ� ƐĞƌ� ƉƌŽŵŽƚŽƌĂ� de paz, de harmonia e de soluções para diversos problemas. Podemos fazer uso deste valioso ŝŶƐƚƌƵŵĞŶƚŽ� ƉĂƌĂ� ƉƌŽŵŽǀĞƌ� ĂĕƁĞƐ� ƉŽƐŝƟǀĂƐ͕� ƉƌŽĂƟǀĂƐ�Ğ�ĐŽŶƐƚƌƵƟǀĂƐ͘���ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ�Ġ�ĐŽŵŽ� Ƶŵ�ŝŶƐƚƌƵŵĞŶƚŽ�ĐƵũĂ�ĮŶĂůŝĚĂĚĞ�ĚĞƉĞŶĚĞ�ĚĞ�ƐĞƵ� uso. A comunicação é capaz de elevar o bem- estar psicológico das pessoas ou de derrubar- ůŚĞƐ� Ă� ŵŽƟǀĂĕĆŽ� ƉŽƌƋƵĞ� Ă� ůŝŶŐƵĂŐĞŵ� ĂĨĞƚĂ� o comportamento humano. Um estudo da hŶŝǀĞƌƐŝĚĂĚĞ� ĚĞ� DĂƐƐĂĐŚƵƐĞƩƐ� ƌĞǀĞůŽƵ� ƋƵĞ� pessoas que usam linguagens parecidas costumam ter reações semelhantes diante das mesmas 22 circunstâncias. O mesmo estudo constatou que ĂƐ�ƉĞƐƐŽĂƐ�ŵŽĚŝĮĐĂŵ�Ă� ƐƵĂ�ƉƌſƉƌŝĂ�ĞdžƉĞƌŝġŶĐŝĂ� referente a determinados assuntos pelo simples fato de comunicá-los. Por isso o papel da escuta do psicólogo é tão importante no processo de cura das pessoas. É que a linguagem compõe os aspectos psíquicos, culturais e emocionais das pessoas, os quais podem variar conforme a cultura e as crenças de cada povo. Europeus e americanos ƉŽƐƐƵĞŵ�ƵŵĂ� ůŝŶŐƵĂŐĞŵ�ŵĂŝƐ�ŽďũĞƟǀĂ�Ğ�ĚŝƌĞƚĂ͕� ŽƐ� ůĂƟŶŽƐ� ĐŽƐƚƵŵĂŵ� ĨĂůĂƌ� ŵĂŝƐ� Ğ� ĨĂnjĞƌ� ƵƐŽ� ĚĞ� palavras em tom emocional. O idioma alemão compõe-se de mais palavras técnicas que o italiano, e este, por sua vez, apresenta mais palavras emocionais do que o alemão. Através de nossa comunicação podemos asseverar a descrença, disseminar a discórdia, fomentar adversidades, patrocinar intrigas, destruir reputações, desmerecer pessoas e até mesmo acabar com vidas. Daí a face de força e de poder da palavra. E, como em toda a forma ĚĞ� ĞdžĞƌĐşĐŝŽ� ĚŽ� ƉŽĚĞƌ͕ � ƋƵĂŶĚŽ� ĞƐƚĞ� Ġ� ƵƟůŝnjĂĚŽ� de forma inapropriada, gera consequências para quem Ž�ŵĂů� ƵƟůŝnjĂ� Ğ� ƉĂƌĂ� ĂƐ� ƉĞƐƐŽĂƐ� ĂĨĞƚĂĚĂƐ͘� É por isso que a comunicação está na gênese da maioria dos problemas de nosso cotidiano. Comunicações que falham, interpretações inadequadas ou palavras mal colocadas podem gerar um conjunto de situações desconfortáveis. Em oito de cada dez problemas que temos, há alguma comunicação falha envolvida.1.9 - Falar para ouvintes e telespectadores A fala para um público que não enxergamos, que ocorre através de veículos como rádio e televisão, apresenta suas peculiaridades se comparada à que se dá para um público ƉƌĞƐĞŶĐŝĂů͘�K�ƌĄĚŝŽ�Ğ�Ă�ds�ĂƐƐƵŵĞŵ�ĐĂƌĂĐƚĞƌşƐƟĐĂƐ� diferenciadas que, apesar de serem óbvias, precisam ser consideradas quando se faz uso destes veículos. O rádio, por exemplo, é ouvido a qualquer hora e em qualquer lugar. As pessoas normalmente fazem outras coisas enquanto o sintonizam. Ninguém senta atenciosamente para ouvir a programação como fazem com a televisão, ĐƵũŽ� ĂƚƌĂƟǀŽ� ĚĂ� ŝŵĂŐĞŵ� ĐŽŵƉƁĞ� ƐĞƵ� ŐƌĂŶĚĞ� diferencial. Enquanto a televisão apresenta ao telespectador imagem e som, o rádio precisa suprir a ausência da imagem com a qualidade vocal, fazendo uso, sobretudo, da emoção. hŵ� ĞdžĐĞůĞŶƚĞ� ĐŽŵƉĂƌĂƟǀŽ� ĞŶƚƌĞ� ĂƐ� ĚƵĂƐ� ŵşĚŝĂƐ�ƉŽĚĞ�ƐĞƌ�ǀĞƌŝĮĐĂĚŽ�ĚƵƌĂŶƚĞ�Ă�ƚƌĂŶƐŵŝƐƐĆŽ� ĚĞ�ƵŵĂ�ƉĂƌƟĚĂ�ĚĞ�ĨƵƚĞďŽů͘��ŶƋƵĂŶƚŽ�Ž�ŶĂƌƌĂĚŽƌ� ƚĞůĞǀŝƐŝǀŽ�ƉƌĂƟĐĂŵĞŶƚĞ�͞ĐŽŶƚĂ͟�ĂƋƵŝůŽ�ƋƵĞ�ƚŽĚŽƐ� estão “vendo”, o radialista precisa carregar no detalhamento da informação, no tom de voz, na dinamicidade dos fatos e na empolgação ŶĂƌƌĂƟǀĂ͘� �ƐƚĞ� ĐŽŶũƵŶƚŽ� ĚĞ� ĞůĞŵĞŶƚŽƐ� ƚŽƌŶĂ� Ă� ƚƌĂŶƐŵŝƐƐĆŽ�ĚĂ�ƉĂƌƟĚĂ�Ğŵ�ƌĄĚŝŽ�ďĞŵ�ĚŝĨĞƌĞŶƚĞ�ĚĂ� ƚƌĂŶƐŵŝƐƐĆŽ�ƚĞůĞǀŝƐŝǀĂ͘�WŽƌ�ĞƐƐĞ�ŵŽƟǀŽ͕�ŽƵǀŝŶƚĞƐ�Ğ� telespectadores podem ter impressões diferentes ĚĂ�ŵĞƐŵĂ�ƉĂƌƟĚĂ͕�ũĄ�ƋƵĞ�Ž�ŶĂƌƌĂĚŽƌ�ƌĂĚŝŽĨƀŶŝĐŽ� precisa compensar a ausência das imagens com a empolgação e a condução da imaginação do ouvinte. Bem, e o que isto tem a ver com nosso estudo sobre a comunicação e a arte de falar em público? Precisamos ter clareza das diferenças para nos portarmos conforme a força predominante imposta por cada um dos veículos. Para que tenhamos uma noção da diferença entre rádio e tevê, a pesquisa que avaliou o debate presidencial entre Richard Nixon e John Kennedy em 1969 constatou que os radiouvintes deram a vitória a Nixon enquanto os telespectadores a Kennedy. Qual a diferença se o evento foi o ŵĞƐŵŽ͍���ĚŝĨĞƌĞŶĕĂ�ĞƐƚĂǀĂ�ŶĂ�ĮƌŵĞnjĂ�ĚŽ�ƚŽŵ�ĚĞ� ǀŽnj�ĚĞ�EŝdžŽŶ�Ğ�ŶĂ�ĮƐŝŽŶŽŵŝĂ�ĚĞ�<ĞŶŶĞĚLJ͘��ŵďŽƐ� ŵŽƐƚƌĂǀĂŵ�ƐƵĂ�ƐĞŐƵƌĂŶĕĂ�ƉŽƌ�ĚŝƐƟŶƚŽƐ�ŵĞŝŽƐ͘�EŽ� Brasil, na eleição presidencial em que Fernando �ŽůůŽƌ�;WZEͿ�ĚĞƌƌŽƚŽƵ�>ƵůĂ�;WdͿ͕�Ž�ƷůƟŵŽ�ĚĞďĂƚĞ� ƚƌĂŶƐŵŝƟĚŽ� ƉĞůĂ� ZĞĚĞ� 'ůŽďŽ� ĚĞ� ƚĞůĞǀŝƐĆŽ� ĨŽŝ� ĚĞĐŝƐŝǀŽ͘�K�ĐĂŶĚŝĚĂƚŽ�ƉĞƟƐƚĂ�ŶĆŽ�ĞƐƚĂǀĂ�ǀĞƐƟĚŽ� nem preparado adequadamente para o embate. Seu oponente havia se preparado melhor, mostrou-se mais seguro e acabou vitorioso no confronto e nas urnas. Na televisão, as pessoas enxergam, e por isso percebem detalhes da expressão da pessoa, o que conta muito. Como vimos anteriormente, Ă�ĮƐŝŽůŽŐŝĂ�ŝŶŇƵĞŶĐŝĂ�ŶĂ�ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ͘�EŽ�ǀşĚĞŽ͕� a pessoa precisa prestar muita atenção às suas expressões faciais, ao tamanho dos gestos 23 e até mesmo aos cuidados com o cabelo e a maquiagem. O uso de imagens, quando possível, Ġ� ďĂƐƚĂŶƚĞ� ƐŝŐŶŝĮĐĂƟǀŽ� ƉĂƌĂ� ƌĞĂůŝnjĂƌ� ĐŽƌƌĞĕƁĞƐ͘� No rádio, precisamos ter atenção para evitar “um despejo de informações”. O ouvinte pode perder parte do conteúdo e o impacto diminui. Na comunicação radiofônica, o tom de voz precisa compensar a ausência das imagens, ampliando Ă�ĐŽŶƐƚƌƵĕĆŽ�ĞŵƉĄƟĐĂ�ƉĞůŽ�ƚŽŵ�ĚĂƐ�ĞdžƉƌĞƐƐƁĞƐ͘ Estas informações nos ajudam a enfrentar os microfones e as câmeras da imprensa com menos ansiedade. Podemos ainda atentar para alguns cuidados em caso de entrevistas. Ao ƐĞƌ� ĞŶƚƌĞǀŝƐƚĂĚŽ͕� ƉƌŽĐƵƌĞ� ƐĞƌ� ĂĮƌŵĂƟǀŽ� Ğ� ŶĆŽ� ĞǀĂƐŝǀŽ͘�hƐĞ�ĞdžĞŵƉůŽƐ�ĞůƵĐŝĚĂƟǀŽƐ͘�EĂ�ƚĞůĞǀŝƐĆŽ͕� olhe para a câmera e mantenha a posição de proximidade do microfone. Se a abordagem for externa, procure não se distrair com o movimento do entorno e evite dar entrevista para a televisão posicionando-se de costas para o sol, a sombra que se projetará sobre seu rosto vai prejudicar a qualidade da imagem. Em ambos os casos, e ainda nas entrevistas para a imprensa escrita, dirija-se sempre para o repórter nominalmente e olhe em seus olhos. O olhar exerce poder e o ŶŽŵĞ� ĚĂ� ƉĞƐƐŽĂ� ĐŽŶƐƟƚƵŝͲƐĞ� Ğŵ� ƵŵĂ� ƉĂůĂǀƌĂ� forte e sedutora. Antes da entrevista, procure relatar ao repórter uma síntese do assunto. O relato facilita Ă� ĨŽƌŵƵůĂĕĆŽ�ĚĂƐ�ƉĞƌŐƵŶƚĂƐ�Ğ�ĂƟǀĂ�Ž� ƌĂĐŝŽĐşŶŝŽ� para as respostas. Como o repórter de rua nem sempre sabe o espaço que sua matéria terá no ŶŽƟĐŝĄƌŝŽ͕�ƉƌĞƉĂƌĞ�ƐĞŵƉƌĞ�Ƶŵ�ƌĞƐƵŵŽ�ƉĂƌĂ�ƋƵĞ� ele não perca a essência do conteúdo. Os demais ĐŽŶƚĞƷĚŽƐ� ƉĞƌŵŝƟƌĆŽ� ĂŽ� ũŽƌŶĂůŝƐƚĂ� ĞdžƉůŽƌĂƌ� a informação sob o ângulo que julgar mais importante ao público do seu veículo. Procure facilitar o acesso da imprensa a números, dados, estatístŝĐĂƐ͕� ŐƌĄĮĐŽƐ� ĞƚĐ͘� KƐ� ĞĚŝƚŽƌĞƐ�ĚĆŽ� ŝŵƉŽƌƚąŶĐŝĂ�Ă�ĚĂĚŽƐ�ĐŽŵƉĂƌĂƟǀŽƐ� para embasar as matérias. Leve ao repórter as informações que interessam ao público e destaque as posições que sejam pessoais diante do tema. Repórteres costumam ter mente ĂŶĂůşƟĐĂ�Ğ�ĚŝƐƉĂƌĂŵ�ƉĞƌŐƵŶƚĂƐ�Ğŵ�ƐĠƌŝĞ͘�WƌŽĐƵƌĞ� dar ordem às informações. Tome cuidado com as perguntas e respostas que permitam dúbias interpretações. Não pense que, por ser um assunto relevante para você, também seja para o repórter. Alguns veículos de comunicação ƚĞŶĚĞŵ� Ă� ĞƐƚĂƌ� ŵĂŝƐ� ŝŶƚĞƌĞƐƐĂĚŽƐ� Ğŵ� ĐĂƟǀĂƌ� seu público do que em preservar a reputação da fonte. 1.10 - Debates com adversários Os debates são oportunidades de confrontar ideias, posições e propostas e costumam ocorrer diante de um público ou em frente aos microfones da imprensa. Nessas ocasiões, faz-se necessário estar preparado para todo o arsenal de possibilidades de ataque que o oponente possa trazer para o debate. Também é importante preparar informações referentes aos pontos nevrálgicos da proposta concorrente para ĞůĂƐ�ƐĞƌĞŵ�ƵƟůŝnjĂĚĂƐ�ŶŽ�ŵŽŵĞŶƚŽ�ĐĞƌƚŽ͘ No início das apresentações, é sempre ĚĞ� ďŽŵ� ƚŽŵ� ĞůŽŐŝĂƌ� ŽƐ� ƉŽŶƚŽƐ� ƉŽƐŝƟǀŽƐ� ĚŽ� ŽƉŽŶĞŶƚĞ͘� ,ĂǀĞŶĚŽ� Ă� ƉĂƌƟĐŝƉĂĕĆŽ� ĚĂ� ƉůĂƚĞŝĂ� no debate, faça referências elogiosas a ela. Esta postura diminui as animosidades e facilita o início da discussão. Deixe os argumentos de ataque ŵĂŝƐ�ĐŽŶƚƵŶĚĞŶƚĞƐ�ƉĂƌĂ�Ž�ĮŶĂů͘� YƵĂŶĚŽ�ĨŽƌ�ŶĞĐĞƐƐĄƌŝŽ�ĞĨĞƚƵĂƌ�ƵŵĂ�ĐƌşƟĐĂ͕� ĞǀŝƚĞ� ĐƌŝƟĐĂƌ� Ă� ƉĞƐƐŽĂ͕� ŵĂƐ� Ɛŝŵ� Ž� ĂƚŽ� ƉŽƌ� ĞůĂ� ĐŽŵĞƟĚŽ͘� EĆŽ� ƉĞƐƐŽĂůŝnjĞ� Ă� ĂǀĂůŝĂĕĆŽ� Ğ� ƵƐĞ� ĚĂ� ƚĠĐŶŝĐĂ�ŝŶƟƚƵůĂĚĂ�͞ ĞĨĞŝƚŽ�ƐĂŶĚƵşĐŚĞ͟�ŽƵ�͞ ĐĂĐŚŽƌƌŽ� ƋƵĞŶƚĞ͟�ƉĂƌĂ�ŵŝŶŝŵŝnjĂƌ�ŽƐ�ĂƐƉĞĐƚŽƐ�ŶĞŐĂƟǀŽƐ�ĚŽ� julgamento realizado. Essa técnica propõe que a ĐƌşƟĐĂ�ƐĞũĂ�ĂŵĞŶŝnjĂĚĂ�ƉŽƌ�ĞůŽŐŝŽƐ�;ƚŽŵ�ŵĂĐŝŽ�ŶŽ� ŝŶşĐŝŽ�Ğ�ŶŽ�Įŵ�Ğŵ�ƌĞĨĞƌġŶĐŝĂ�ă�ŵĂĐŝĞnj�ĚĂƐ�ĨĂƟĂƐ� ĚĞ� ƉĆŽͿ͕� ŵĂƐ� ƋƵĞ� ƐĞũĂ� ĮƌŵĞ� ĚĞ� ĐŽŶƚĞƷĚŽ� ;Ğŵ� referência ao recheio). Assim, inicie sua exposição ĂƉŽŶƚĂŶĚŽ� ĂƐƉĞĐƚŽƐ� ƉŽƐŝƟǀŽƐ͕� ŝŶƚƌŽĚƵnjĂ� ŽƐ� pontos a serem melhorados e conclua com um ĂůĞŶƚŽ�ƉŽƐŝƟǀŽ͘ Se houver um assunto controverso em discussão, procure ver o tema sob vários ângulos. Tente se colocar no lugar das outras pessoas e focalizar na solução, e não no aumento do problema. Se o assunto for de elevada importância, procure tomar decisões maturadas Ğ�ŶĆŽ�ĞŶƋƵĂŶƚŽ�ĞƐƟǀĞƌ�ĐŽŵ�ŽƐ�ŶĞƌǀŽƐ�ĂŇŽƌĂĚŽƐ͘� 24 Havendo possibilidade, leve aliados para assessorá-lo no debate. Reúna documentos, fotos e dados, porque eles costumam ser convincentes e ŝƌƌĞĨƵƚĄǀĞŝƐ͘�^Ğ�ƟǀĞƌ�ƉŽƐƐŝďŝůŝĚĂĚĞ�ĚĞ�ƉƌĞƉĂƌĂĕĆŽ͕� faça um debate simulado com seus assessores; a simulação vai prepará-lo para os embates mais ĚƵƌŽƐ͕�ƉĞƌŵŝƟŶĚŽͲůŚĞ�ĐŽƌƌĞĕƁĞƐ͘ Durante o debate, anote as principais argumentações de seu oponente. Se o regramento do debate estabelecer réplica e tréplica, guarde o ŵĞůŚŽƌ�ĂƌŐƵŵĞŶƚŽ�ƉĂƌĂ�Ă�ƷůƟŵĂ�ŝŶƚĞƌǀĞŶĕĆŽ�ĚĞ� cada segmento. Antes da réplica, anote palavras- chave que permitam a você lembrar o tema e acionar uma resposta previamente formulada. Ao replicar, responda primeiro aos argumentos mais convincentes do adversário, para, em seguida, apresentar novas versões ou abordagens ainda não cobertas pelos argumentos do oponente. Explore as incongruências do adversário e a ŝŶĐŽŶƐŝƐƚġŶĐŝĂ�ĚĂƐ�ĂĮƌŵĂƟǀĂƐ͘� WƌŽĐƵƌĞ� ĐŽŶŚĞĐĞƌ�Ž�ƉƷďůŝĐŽ�ƋƵĞ�ǀĂŝ�ĂƐƐŝƐƟƌ� ao debate. Indague-se: se for em uma emissora ĚĞ� ƌĄĚŝŽ� ŽƵ� ĚĞ� ds͕� ƋƵĞ� ƉƷďůŝĐŽ� ĞůĂ� ĂƟŶŐĞ� Ğ� qual predominância de audiência se dá no horário marcado para o debate. Sendo em ĂŵďŝĞŶƚĞ� ƌĞƐƚƌŝƚŽ͕� ƚĂŵďĠŵ� ĂŶĂůŝƐĞ� Ž� ƉĞƌĮů� ĚĂ� audiência. Conhecendo o público predominante Ğ�ŽƐ�ŝŶƚĞƌĞƐƐĞƐ�ƋƵĞ�ƉƌĞƉŽŶĚĞƌĂŵ͕�ĮĐĂ�ŵĂŝƐ�ĨĄĐŝů� preparar a apresentação. Uma plateia popular prefere argumentos simples, metafóricos e de fácil compreensão. Eruditos e intelectuais se convencem com dados, fatos e lógica. Acadêmicos se sensibilizam com visões de futuro, poesia e ĞƐƉĞƌĂŶĕĂ͘� �ŝĞŶƟƐƚĂƐ� ŐŽƐƚĂŵ� ĚĞ� ƉƌŽĨƵŶĚŝĚĂĚĞ� Ğ� ƉĞĐƵůŝĂƌŝĚĂĚĞƐ͘� WŽůşƟĐŽƐ͕� ĚĞ� ƉĞƌƐƉĞĐƟǀĂƐ� Ğ� ŝĚĞŽůŽŐŝĂƐ͘� DşƐƟĐŽƐ� Ğ� ƌĞůŝŐŝŽƐŽƐ� ƚêm predileção pelo mistério, pelo miraculoso e o divino. �ƉſƐ� ƐĂďĞƌ� Ž� ƉĞƌĮů� ĚŽ� ƉƷďůŝĐŽ͕� ƉĂƌƚĂ� ƉĂƌĂ� a anáůŝƐĞ� ĚĂƐ� ĐĂƌĂĐƚĞƌşƐƟĐĂƐ� ĚŽ� ŽƉŽŶĞŶƚĞ͘� Estude como ele costuma agir e reagir diante de ĚĞƚĞƌŵŝŶĂĚŽƐ� ƚĞŵĂƐ͘�sĞƌŝĮƋƵĞ�ƐĞ�ĞůĞ� ƚĞŵ�ƉĞƌĮů� ŝŶƚƌŽƐƉĞĐƟǀŽ͕� ĂŐƌĞƐƐŝǀŽ͕� ĞdžƉĂŶƐŝǀŽ͕� ŝŵƉƵůƐŝǀŽ� ŽƵ�ĚŝĚĄƟĐŽ͘�sĞũĂ�ĐŽŵŽ�ƐĞƵ�ŽƉŽŶĞŶƚĞ�ƚĞŶĚĞ�Ă�ƐĞ� ƉŽƐŝĐŝŽŶĂƌ�ƐŽďƌĞ�ŽƐ�ĂƐƐƵŶƚŽƐ�Ă�ƐĞƌĞŵ�ĚĞďĂƟĚŽƐ͘� Antecipe-se diante dos argumentos dele ĞƐƚƌƵƚƵƌĂŶĚŽ�ƌĞƐƉŽƐƚĂƐ�ƉĂƌĂ�ƉŽƐƐşǀĞŝƐ�ĂĮƌŵĂƟǀĂƐ� ou indagações que dele partam. Tenha claros os pontos considerados fortes e fracos em seu adversário. Tendo já reunido as informações sobre Ž� ƉƷďůŝĐŽ� ƋƵĞ� ĂƐƐŝƐƟƌĄ� ĂŽ� ĚĞďĂƚĞ� Ğ� ƐŽďƌĞ� Ž� adversário, reserve um tempo para se preparar para o enfrentamento. Reúna todos os dados ƉŽƐƐşǀĞŝƐ� ƐŽďƌĞ� Ž� ĂƐƐƵŶƚŽ� Ă� ƐĞƌ� ĚĞďĂƟĚŽ͘� �ůĂƐƐŝĮƋƵĞ� ĂƐ� ŝŶĨŽƌŵĂĕƁĞƐ� ƉŽƌ� ƚĞŵĂƐ� Ğ� ĂŶŽƚĞ� ŽƐ� ƉƌŝŶĐŝƉĂŝƐ� ĚĂĚŽƐ� Ğ� ŝŶĨŽƌŵĂĕƁĞƐ� Ğŵ� ĮĐŚĂƐ� de fácil manuseio para o caso de consulta. ZĞůĂĐŝŽŶĞ� ĚĂĚŽƐ͕� ĞƐƚĂơƐƟĐĂƐ͕� ŐƌĄĮĐŽƐ͕� ŶƷŵĞƌŽƐ� etc, mas tome cuidado para que seu material não se transforme em argumento favorável ao oponente. Preveja as objeções que possam surgir contra seus dados. Dependendo do assunto, o ŽƉŽŶĞŶƚĞ�ĚĞǀĞ�ĚĞƐƋƵĂůŝĮĐĂƌ�ŝŶĨŽƌŵĂĕƁĞƐ͕�ĚĂĚŽƐ� e documentos de provas. Preveja a reversão. Divida a sustentação de sua argumentação em três ou quatro pontos-chave. Reserve a parte mais importante da argumentação para ser a ƷůƟŵĂ� ĚĂ� ĂďŽƌĚĂŐĞŵ͘�,ĂǀĞŶĚŽ� Ă� ƉŽƐƐŝďŝůŝĚĂĚĞ͕� ƉƌĞĮƌĂ� ƐĞŵƉƌĞ� Ă� ŵĂŶƵƚĞŶĕĆŽ� ĚĂ� ĐŽƌĚŝĂůŝĚĂĚĞ� para que o embate se dê essencialmente no campo das ideias, elevando o nível do debate. Ao ƉƌĞƉĂƌĂƌͲƐĞ͕� ĞŶĨĂƟnjĞ�Ă�ĚĞĮŶŝĕĆŽ�ĚĞ�ƉƌŽƉŽƐƚĂƐ�Ğ� ƚĞŶŚĂ�Ğŵ�ŵĞŶƚĞ�ŽďũĞƟǀŽƐ�ĐůĂƌŽƐ�ƋƵĞ�ĨŽĐĂůŝnjĞŵ�Ă� solução de problemas e situações. 1.11 - Cacoetes e vícios de linguagem Quem tem os chamados “cacoetes” ou vícios de linguagem, nem sempre percebe o quanto sua fala abusa de determinadas palavras que ƐĞ� ƚŽƌŶĂŵ� ƌĞƉĞƟƟǀĂƐ͘� dĞƌŵŽƐ� ĐŽŵŽ� ƌĞĂůŵĞŶƚĞ, na realidade, na verdade, ďĞŵ, ĞŶƚĆŽ, daí, ŶĠ, ƉŽŝƐ� ďĞŵ, ĚĞ� ĨĂƚŽ, ƚĞŽƌŝĐĂŵĞŶƚĞ, entre outros, inclusive os regionais, como ƚĐŚġ, ĐĂďƌĂ, ŵĂƚƵƚŽ etc., ou as gírias, podem tornar a apresentação ŵĞŶŽƐ� ďƌŝůŚĂŶƚĞ� Ğ� ĞƐƟŵƵůĂŶƚĞ͘� YƵĂŶƚŽ� ĂŽ� ƐŽƚĂƋƵĞ͕�ƉŽƌ�ŵĂŝƐ�ƋƵĞ�ĞůĞ�ƐĞũĂ�ƵŵĂ�ĐĂƌĂĐƚĞƌşƐƟĐĂ� regional, tente livrar-se dele. Observe que os apresentadores de telejornais não denunciam sua origem territorial pelo sotaque. São retos e limpos verbalmente. A melhor forma para você perceber vícios da ůŝŶŐƵĂŐĞŵ�Ă�Įŵ�ĚĞ�ĞǀŝƚĄͲůŽƐ�é o treino gravado, ou acompanhado de pessoas de confiança 25 que possam ajudar você a percebê-los. Uma ĞƐƚƌĂƚĠŐŝĂ�ƋƵĞ�ƉŽĚĞ�ƐĞƌ�ƵƟůŝnjĂĚĂ�ƉŽƌ�ĂŵŝŐŽƐ�ƉĂƌĂ� ajudar você a evitar possíveis cacoetes consiste em eles lhe enviarem um sinal quando tais vícios ƐƵƌŐŝƌĞŵ�Ğŵ�ƐƵĂ� ĨĂůĂ͗�ƵŵĂ�ƐƵĂǀĞ�ďĂƟĚĂ�Ğŵ�Ƶŵ� copo ou outro sinal discreto que alerte você sem desconcentrá-lo. O ideal é que esta técnica seja ƵƟůŝnjĂĚĂ� ŶŽƐ� ƚƌĞŝŶĂŵĞŶƚŽƐ͕� ũĄ� ƋƵĞ͕� ĚƵƌĂŶƚĞ� Ă� apresentação, elas podem chamar a atenção do público. Quando estes verbetes ou terminologias ĞƐƚĆŽ� ĞŶƌĂŝnjĂĚŽƐ� ŶĂ� ĨŽƌŵĂ� ĚĞ� ĨĂůĂƌ� ĐŽƟĚŝĂŶĂ� ĚĂ� ƉĞƐƐŽĂ͕� ƐƵĂ� ƐƵƉƌĞƐƐĆŽ� ƚŽƌŶĂͲƐĞ� ŵĂŝƐ� ĚŝİĐŝů͘� Quando eles brotam apenas diante do público, ĮĐĂ� ŵĂŝƐ� ĨĄĐŝů� ĚĞ� ĐŽƌƌŝŐŝƌ� Ă� ĚĞƉĞŶĚġŶĐŝĂ� ĂŽƐ� termos. Seja qual for a situação, primeiro faz-se necessário percebê-los, detectá-los para, então, disciplinar-se para evitá-los. A exemplo de outras situações a serem estudadas e melhoradas, também aqui a gravação da apresentação em vídeo facilita a observação do uso dos cacoetes. Caso se constate a presença desses vícios, procure gravar novamente a apresentação, evitando-os. 26 CAPÍTULO II - Falar em público Neste capítulo, vamos tratar da comunicação voltada ao público. Faremos um breve histórico ĚĂ�ŽƌĂƚſƌŝĂ�Ğ͕�ƉŽƐƚĞƌŝŽƌŵĞŶƚĞ͕�ĂŶĂůŝƐĂƌĞŵŽƐ�ŶĆŽ�Ɛſ�ŽƐ�ĚŝĨĞƌĞŶƚĞƐ�ƟƉŽƐ�ĚĞ�ĚŝƐĐƵƌƐŽƐ͕�ŵĂƐ�ĂƐ�ĨŽƌŵĂƐ� de torná-los persuasivos. Antes desse estudo, porém, apresentaremos um breve glossário de ƚĞƌŵŝŶŽůŽŐŝĂƐ�ƵƟůŝnjĂĚĂƐ�ƉĞůĂƐ�ĄƌĞĂƐ�ĚĂ�ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ͕�ĚŝĐĕĆŽ�Ğ�ŽƌĂƚſƌŝĂ͘� 2.1 - Glossário Anáfora: ƌĞƉĞƟĕĆŽ�ĚĂ�ŵĞƐŵĂ�ƉĂůĂǀƌĂ�ŶŽ�ŝŶşĐŝŽ�ĚĞ� várias frases. Clímax: momento máximo da apresentação. Contestação: oposição ao exposto; contrariedade à argumentação; tese adversária. Contraditor: aquele que contradiz, que apresenta espírito contraditor, que se opõe, que se revela contrário. �ŝĂůĠƟĐĂ͗�ĂƌƚĞ�ĚĞ�ĂƌŐƵŵĞŶƚĂƌ�ŽƵ�ĚŝƐĐƵƟƌ͖�ŵĂŶĞŝƌĂ� ĚĞ�ĮůŽƐŽĨĂƌ͕ �ĚĞ�ƉƌŽĐƵƌĂƌ�Ă�ǀĞƌĚĂĚĞ�ƉŽƌ�ŵĞŝŽ�ĚĞ� oposição e conciliação de contradições. Dicção: maneira de dizer no que tange à escolha ĚĂƐ�ƉĂůĂǀƌĂƐ͖�ŵĂŶĞŝƌĂ�ĚĞ�ĂƌƟĐƵůĂƌ�ŽƵ�ƉƌŽŶƵŶĐŝĂƌ� as palavras. Digressão: aceitar a tese proposta como ǀĞƌĚĂĚĞŝƌĂ͕� ĐŽƌƌĞƚĂ� ŽƵ� ƉĞƌƟŶĞŶƚĞ͖� � ĚŝŐƌĞĚŝƌ͕ �� afastar-se; divagar; desviar-se de um assunto para outro diferente daquele de que se está tratando; distrair-se ao falar. Epístrofe: ƌĞƉĞƟĕĆŽ�ĚĂ�ŵĞƐŵĂ�ƉĂůĂǀƌĂ�ŶŽ�Įŵ�ĚĞ� várias orações. Eloquência: Ġ�Ă� ĨŽƌŵĂ�ĚĞ� ĨĂůĂƌ�ƋƵĞ�ƐĞ�ƵƟůŝnjĂ�ĚĂ� graça, da beleza e do poder de convencimento ƉĂƌĂ�ĚĂƌ�ǀĂnjĆŽ�ăƐ�ŝĚĞŝĂƐ�Ğ�ƉĂƌĂ�ŚŝƉŶŽƟnjĂƌ�Ğ�ĐĂƟǀĂƌ� o interlocutor. Exórdio: refere-se à parte introdutória da oração; o início de um discurso; a introdução dos conteúdos. Narração: abordagem do tema com base na descrição das nuances desse tema; fala que explica uma sequência de imagens que expõem os acontecimentos. Objeção: o que se opõe a uma proposição, a uma ĂĮƌŵĂĕĆŽ͕� Ă� Ƶŵ� ƉĞĚŝĚŽ͖� ŽďƐƚĄĐƵůŽ͕� ĚŝĮĐƵůĚĂĚĞ͕� óbice, contestação, contradita, oposição, refutação. Oratória: resumo de argumentos expressos com entusiasmo e paixão. Fracionamento: análise das ideias de forma sucessiva sob diferentes ângulos; tratamento por partes; produção de subconclusões. Parônimos: palavras que, quando pronunciadas ĐŽŵ� ƵŵĂ� ƷŶŝĐĂ� ůĞƚƌĂ� ƚƌŽĐĂĚĂ͕� ƚġŵ� ƐĞƵ� ƐĞŶƟĚŽ� completamente mudado. Persuasão: capacidade de convencer; ato de persuadir. Persuadir: levar a crer ou a aceitar; aconselhar, induzir; convencer-se; decidir-se. Premissa: ideia ou fato inicial de que se parte para formar um raciocínio ou um estudo. Progressão: evolução da abordagem por meio da incorporação de frações de argumentos. Proposição: ação de propor, de submeter à apreciação ou a exame; proposta. Prosódia: palavra pronunciada erroneamente por conta do deslocamento do acento tônico. Réplica:� ƚĞŵƉŽ� ĚĞƐƟŶĂĚŽ� Ă� ĐŽŵƉůĞŵĞŶƚĂƌ� ƵŵĂ� ideia ou a discordar dos argumentos de uma resposta em debate. Refutar: mostrar que a proposta apresentada não condiz com os fatos ou não corresponde à verdade. Síntese: conciliação das diferentes teses em uma proposição compacta e resumida. 27 Silogismo: análise de um argumento formal baseado em mais de uma premissa; raciocínio que contém três proposições, as três estão encadeadas de tal maneira que a conclusão é deduzida da proposição maior por intermédio da menor. Sorites: raciocínio formado por um conjunto de proposições encadeadas das quais decorrem uma conclusão. Tréplica: tempo destinado em debates para responder à réplica adversária. Tribunício: hábil utilizador da palavra em uma tribuna. Tribuno: que faz uso da tribuna parase expressar. 2.2 - O que é oratória? A palavra oratória se refere ao processo de falar com a capacidade artística de reter a atenção das pessoas. Na definição de Aristóteles “é a faculdade de encontrar todos os meios de persuasão sobre um assunto”. Na de Quintiliano, é apenas a “arte de falar bem”. Já Cícero a descrevia como a “arte da persuasão”. Logo, a oratória é considerada como a habilidade de expressar-se em público com maestria e eficácia, habilidade que, ao longo de milênios, mudou pouco se considerarmos os avanços e as modificações que tivemos em outras disciplinas e áreas da vida humana. A oratória corresponde a um conjunto de ideias expressas ao público de forma compreensível e efetiva, com dicção apropriada. É a habilidade do orador de expressar-se de forma elevada e impactante. Esta habilidade pode ser nata para alguns e aprendida pelos demais. Em ambos os casos, a exemplo de outras habilidades humanas, a prática é a melhor forma de qualificar o orador, aprimorando- lhe qualidades únicas e promovendo nele um estilo próprio. Junto às técnicas que qualificam o orador, influenciam significativamente no resultado da oratória o domínio do assunto, a aquisição de conhecimentos gerais e a personalidade do orador. Já a dicção diz respeito à forma como se pronunciam as palavras: o tipo, o tom e o estilo de pronúncia das palavras e frases que compõem o conjunto da oração ou da fala. A dicção se relaciona, portanto, à maneira de falar, ao respeito pela conjugação de verbos e pela formação completa de frases. Por isso, uma boa dicção está relacionada ao falar correto, ao respeito às concordâncias verbais, evitando-se aqueles atropelos que costumam desconsiderar pontuações e plurais. A sonoridade, o tom e a performance física utilizadas na abordagem completam o conjunto de elementos que expressa a comunicação. Sendo assim, precisamos estar atentos à articulação das palavras. Alguns exercícios nos possibilitam externá-las, valorizando ao máximo suas características e sonoridade, para que o público ouvinte tenha o maior entendimento possível do conteúdo explanado. Considerando os diferentes perfis de plateias estudados no capítulo anterior, o ideal é que a forma da expressão atinja as pessoas pelos canais da audição, visão e sensação. Por fim, é bom não esquecer que um orador deve ter cuidados com sua ferramenta de trabalho: a voz. 2.3 - O surgimento da oratória A linguagem é uma das características humanas que nos distingue dos demais seres do planeta. Desde os primórdios da civilização, o homem vem desenvolvendo e aprimorando sua capacidade de comunicação, o que inclui dirigir- se para indivíduos e grupos. Dos primeiros grunhidos do ŚŽŵŽ� ƐĂƉŝĞŶƐ de 200 mil anos atrás, aos mais rebuscados e diplomáticos discursos do presente, ocorreu um incremento evolutivo e sucessivo no que tange à “forma e às técnicas” empregadas na oratória. Falar em público como arte e disciplina de aprendizagem faz parte da tradição oral de muitos povos. Entre os mais antigos registros do surgimento da oratória está o que envolve o povo da Sicília do século V a.C. Este povo prezava o bem-falar e estimulava as pessoas a aprenderem e desenvolverem habilidades retóricas. Mas foram os gregos que, a partir do século IV a.C, se devotaram ao estudo mais 28 “Uma comunicação harmoniosa é como um compasso de dança.” ZĞŝŶĂůĚŽ�WŽůŝƚŽ profundo do bem-falar, inclusive criando, em Atenas, a primeira escola de oratória do mundo. Posteriormente a oratória se transformou em currículo escolar para os alunos atenienses, sendo Aristóteles um dos professores de oratória mais influentes daquele tempo. Consequentemente, os gregos inspiraram os romanos, que passaram a utilizar a oratória especialmente a partir do século II a.C. O poder imperial dos romanos e a estruturação do parlamento como esteio da democracia propiciou o surgimento dos primeiros grandes tribunos. A oratória e a filosofia nasceram irmanadas e estão entre as primeiras disciplinas estruturadas de estudo. Os primeiros oradores fluentes foram ícones de seu tempo. Influenciavam gerações e, por isso, parte deles é lembrada ainda hoje por citações e estudos. É que falar em público dava prestígio e importância a quem dominava as técnicas de persuasão, destacando-o na sociedade. Muito presente na atividade política, os discursos e pronunciamentos são, ainda hoje, consagradas peças de expressão do poder. No nascimento das repúblicas na Europa e nas Américas, os discursos dos líderes políticos compunham peças bem preparadas e rebuscadas. Muitas delas ainda constam em livros de histórias. Seus contornos sofisticados e embasados por ideais públicos elevados norteavam povos e marcavam gerações. Este estilo de liderança, de mistura idealista, poética, profética e motivadora marcou um tempo em que o domínio da tribuna era prerrogativa de poucos. Mas, houve mudanças no formato dos discursos – as quais decorreram de vários motivos – principalmente devido à modificação do perfil do público das apresentações. Os auditórios de hoje exigem uma apresentação mais natural e objetiva, sem os adornos de linguagem e a rigidez de técnicas que foram difundidas ao longo de séculos. No lugar dos recursos do passado, surgiram inúmeras tecnologias no presente, tornando as apresentações mais agradáveis e fluidas. 2.4 - Falar em público hoje A necessidade de fazer uso da palavra em público deixou de ser parte apenas das ĂƚƌŝďƵŝĕƁĞƐ�ĚĞ�ƉƌŽĮƐƐƁĞƐ�ĐŽŵŽ�ĂƐ�ĚĞ�ĂĚǀŽŐĂĚŽ͕� ƉƌŽĨĞƐƐŽƌ͕ � ƐĂĐĞƌĚŽƚĞ� ŽƵ� ƉŽůşƟĐŽ͕� Ğ� ƉĂƐƐŽƵ� Ă� ƐĞƌ� requisito de importância para a maioria das ĂƟǀŝĚĂĚĞƐ͘��ŽŵƵŶŝĐĂƌͲƐĞ͕�ƚƌĂŶƐŵŝƟƌ�ŝŶĨŽƌŵĂĕƁĞƐ� e ideias para pessoas tornou-se parte das ações e das necessidades de uma vida cada vez mais conectada. As tecnologias do mundo atual criaram diferentes meios de manter as ƉĞƐƐŽĂƐ� ŝŶƚĞƌůŝŐĂĚĂƐ� Ğ� Ğŵ� ƉƌŽĐĞƐƐŽ� ĐŽŶơŶƵŽ� ĚĞ� ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ͘� �Ɛ� ĂŶƟŐĂƐ� Ğ� ĂƐ� ŵŽĚĞƌŶĂƐ� técnicas para falar em público, atualmente, ƉŽĚĞŵ� ƐĞƌ� ƵƟůŝnjĂĚĂƐ� ƚĂŶƚŽ� ŶƵŵĂ� ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ� presencial quanto naquela a distância, através de teleconferências e videoaula. As oportunidades para fazer uso da palavra se ŵƵůƟƉůŝĐĂƌĂŵ�ũƵŶƚŽ�ĐŽŵ�ĂƐ�ŶŽǀĂƐ�ĚĞŵĂŶĚĂƐ�ƋƵĞ� a sociedade nos apresenta e passaram a aparecer em inúmeras ocasiões da vida. Somos convidados a nos dirigirmos a colegas, clientes, conhecidos Ğ� ĞƐƚƌĂŶŚŽƐ� Ğŵ�ĂƟǀŝĚĂĚĞƐ� ƉƌŽĮƐƐŝŽŶĂŝƐ͕� ƐŽĐŝĂŝƐ͕� ĐŽŵƵŶŝƚĄƌŝĂƐ͕�ĞƐƉŽƌƟǀĂƐ͕�ƌĞůŝŐŝŽƐĂƐ͕�ĞĚƵĐĂĐŝŽŶĂŝƐ� etc. Falar em público, portanto, deixou de ser uma ƉƌĞƌƌŽŐĂƟǀĂ�ĚĞ�ĂůŐƵŶƐ�Ğ�ƚŽƌŶŽƵͲƐĞ�ŽƉŽƌƚƵŶŝĚĂĚĞ� para muitos. Com ou sem o uso das palavras, todos nós nos comunicamos todos os dias. Mas quando temos a incumbência de nos dirigir a um grupo, surgem preocupações e medos. Mesmo que não haja ŶĞŶŚƵŵ� ƌŝƐĐŽ� ŝŵŝŶĞŶƚĞ͕� ĨĂůĂƌ� Ğŵ� ƉƷďůŝĐŽ� ĮŐƵƌĂ� dentre os principais temores da humanidade. Muitas pessoas perdem oportunidades de ĐƌĞƐĐŝŵĞŶƚŽ� ƉƌŽĮƐƐŝŽŶĂů͕� ĚĞ� ƌĞĂůŝnjĂĕĆŽ� ĚĞ� negócios importantes, de obtenção de aumentos salariais e de melhoria do desempenho escolar ou universitário freados pelo medo de se expor. As pesquisas feitas ao redor do mundo mostram que este medo está presente em todas as culturas e nacionalidades, e que a sua intensidade varia ĐŽŶĨŽƌŵĞ�Ž�ƉĂşƐ�Ğ�ĂƐ�ĐĂƌĂĐƚĞƌşƐƟĐĂƐ�ĚŽ�ƉŽǀŽ͘� 29 Falar em público assusta porque as pessoas tendem a avaliar e julgar quem se expõe publicamente, mesmo que este alguém esteja apenas apresentando ou propondo uma ideia. Daí, o ego de quem vai falar em público entra em ĞƐƚĂĚŽ� ĚĞ� ĂůĞƌƚĂ� ĐŽŵ� Ž� ŽďũĞƟǀŽ� ĚĞ� ƉƌŽƚĞŐĞƌ� Ž� orador, o que o leva a supervalorizar a opinião dos outros a seu respeito. Isto pode ser trabalhado, administrado e superado. Nossa natureza de proteção egoica tem suas razões, porque aquiloque se fala em público ganha outra dimensão em comparação com o ƋƵĞ�ĨĂůĂŵŽƐ�Ğŵ�ƉĂƌƟĐƵůĂƌ͘ �hŵ�ĐŽŵĞŶƚĄƌŝŽ�ƚŽƐĐŽ� ou mal posicionado dirigido a um amigo pode ser facilmente contornado. O mesmo comentário diante de uma plateia pode se transformar em um desastre. No próximo capítulo retomaremos o tema, propondo algumas técnicas para facilitar a superação do medo. 2.5 - Tipos de discursos 2.5.1 - Formais e não formais Os discursos formais são realizados em atos ƐŽůĞŶĞƐ� Ğ� Ğŵ� ĐĞƌŝŵƀŶŝĂƐ� ŽĮĐŝĂŝƐ͕� ŶŽƌŵĂůŵĞŶƚĞ� com a presença de autoridades. Os responsáveis pelo cerimonial e pelo protocolo providenciam Ă� ŽƌĚĞŵ�ŚŝĞƌĄƌƋƵŝĐĂ� ĚĂƐ� ĨĂůĂƐ͕� ƐĞŵƉƌĞ� ƉĂƌƟŶĚŽ� daquela autoridade cuja função é considerada menos importante. Ao se dirigir à plateia, deve- se primeiramente saudar a mesa de autoridades, citando nomes e cargos daqueles que a compõem, ou se referindo à autoridade mais importante para, em nome desta, cumprimentar os demais. Nos eventos formais, a linguagem deve ser igualmente formal, evitando-se o uso de anedotas humoradas e de quebras de protocolos. WŽƌ� ĞƐƚĞ� ŵŽƟǀŽ͕� Ğ� ƉĂƌĂ� ƐĞ� ĞǀŝƚĂƌĞŵ� ĞƌƌŽƐ͕� ŽƐ� discursos lidos costumam ser mais tolerados em eventos formais. Já em uma apresentação informal, não se precisa ter a preocupação com a linguagem nem com a hierarquia de autoridades, embora estas também possam ser citadas. Na fala informal, deve-se primar pelos propósitos da apresentação de forma mais descontraída. Nestes casos, o formalismo pode não ser de bom tom e a ůŝŶŐƵĂŐĞŵ� ĚĞǀĞ� ĐŽƌƌĞƐƉŽŶĚĞƌ� ĂŽ� ĐŽƟĚŝĂŶŽ� ĚŽƐ� presentes. 2.5.2 - Improviso �ƐƚĞ� ƟƉŽ� ĚĞ� ĚŝƐĐƵƌƐŽ� ƌĞƋƵĞƌ� ƉƌĞƐĞŶĕĂ� ĚĞ� espírito e pode ser brevemente preparado com a enumeração de alguns tópicos. Caso não haja possibilidade dessa preparação, é possível iniciar a apresentação por meio do assunto de domínio do orador, fazendo ůŝŶŬƐ com o tema em questão ĂƚĠ�ƋƵĞ�ƐĞ�ĐŽŶƐŝŐĂ�ĮĐĂƌ�ŵĂŝƐ�ă�ǀŽŶƚĂĚĞ�ŶŽ�ƉĂůĐŽ͘� Mais adiante trataremos com mais detalhes deste ƟƉŽ�ĚĞ�ĂƉƌĞƐĞŶƚĂĕĆŽ͘ 2.5.3 - Segmentado Falar a um público segmentado pode ter seus facilitadores na medida em que o orador faz uso do seu saber e das peculiaridades do público para adequar a ele a linguagem e o conteúdo. São inúmeras as segmentações de público, o ƋƵĞ� ŝŶŇƵĞŶĐŝĂ� Ž� ƟƉŽ� ĚĞ� ĚŝƐĐƵƌƐŽ͘� sŽĐġ� ƉŽĚĞ� ter de falar para um público de predominância ũŽǀĞŵ͕� ŽƵ� ĨĞŵŝŶŝŶĂ͕� ƌĞůŝŐŝŽƐĂ͕� ĠƚŶŝĐĂ͕� ĞƐƉŽƌƟǀĂ͕� ĐƵůƚƵƌĂů͕� ƉĂƌƟĚĄƌŝĂ͕� ĞŵƉƌĞƐĂƌŝĂů͕� ƐŝŶĚŝĐĂů� etc. Então, prepare a abordagem reunindo ĞůĞŵĞŶƚŽƐ�ƉĞƌƟŶĞŶƚĞƐ� ĂŽ� ƚĞŵĂ�Ğ� ĂŽ� ƐĞŐŵĞŶƚŽ͘� Destaque aspectos importantes sobre o assunto, ĂƌƟĐƵůĂŶĚŽͲŽƐ� ĂŽ� ƐĞƚŽƌ� ĚĂ� ĂďŽƌĚĂŐĞŵ͘� hƐĞ� Ă� linguagem apropriada para a audiência, o que ŝŶĐůƵŝ�ũĂƌŐƁĞƐ�Ğ�ƚĞƌŵŽƐ�ĞƐƉĞĐşĮĐŽƐ͘ 2.5.4 - Discurso de despedida K�ĚŝƐĐƵƌƐŽ�ĚĞ�ĚĞƐƉĞĚŝĚĂ�Ġ�ŵƵŝƚŽ�ƵƟůŝnjĂĚŽ�Ğŵ� ĂŵďŝĞŶƚĞƐ�ƉƌŽĮƐƐŝŽŶĂŝƐ͘��Ž�ĨĂnjĞƌ�ƵƐŽ�ĚĂ�ƉĂůĂǀƌĂ� em uma ocasião que você precise se despedir de amigos ou colegas, a proposta é que você inicie a fala descrevendo como chegou à empresa ou ŝŶƐƟƚƵŝĕĆŽ͕� ă� ĐŝĚĂĚĞ� ĞƚĐ͘� �ďŽƌĚĞ� Ž� ƚƌĂƚĂŵĞŶƚŽ� recebido na ocasião. Relate as sensações que você está experimentando ao deixar o grupo e ŝŶĚŝƋƵĞ� ŽƐ� ŵŽƟǀŽƐ� ƋƵĞ� Ž� ůĞǀĂƌĂŵ� Ă� ƉƌŽŵŽǀĞƌ� esta mudança. Não deixe de tecer elogios ƐŝŶĐĞƌŽƐ� Ă� ƋƵĞŵ� ĮĐĂ͕� ă� ĐŝĚĂĚĞ͕� ă� ĞŵƉƌĞƐĂ� ŽƵ� ă� ŝŶƐƟƚƵŝĕĆŽ͕� Ğ� ĚĞ� ĨĂůĂƌ� ĚĞ� ƐĞƵƐ� ƉůĂŶŽƐ� ƉĂƌĂ� Ž� ĨƵƚƵƌŽ͕�ĞŶĨĂƟnjĂŶĚŽ�Ă�ƉŽƐƐŝďŝůŝĚĂĚĞ�ĚĞ�ƌĞƚŽƌŶŽ�ŽƵ� de visitas esporádicas. Também pode ser oportuno resgatar fatos pitorescos, erros, acertos e aprendizados. Destaque o capital relacional construído no período e as amizades consolidadas. Relacione ŽƐ� ŵŽƟǀŽƐ� ĚĂ� ƐĂşĚĂ� Ğ� ĂƐ� ƉŽƐƐŝďŝůŝĚĂĚĞƐ� ĚĞ� 30 reencontro. Uma despedida sempre traz emoção. EĂ�ŵĞĚŝĚĂ�ĐĞƌƚĂ͕�ƵƟůŝnjĞ�ĞƐƚĞ�ƌĞĐƵƌƐŽ�Ă�ƐĞƵ�ĨĂǀŽƌ͘ � Administre-o para não tornar o evento algo desagradável. Louve as pessoas que contribuíram com sua trajetória e se despeça de todos. Ϯ͘ϱ͘ϱ�Ͳ�&ĞƐƟǀŽƐ O maior desejo do ser humano é o de ser ĂƉƌĞĐŝĂĚŽ͘� �ĞƐƚĂƋƵĞ� ŽƐ�ŵŽƟǀŽƐ� ĚĂ� ĐĞůĞďƌĂĕĆŽ� ou comemoração. Faça deferência à pessoa ou ĞŶƟĚĂĚĞ�ŚŽŵĞŶĂŐĞĂĚĂ͘� �ŶĨĂƟnjĞ�Ă� ŝŵƉŽƌƚąŶĐŝĂ� ĚĂ� ŽĐĂƐŝĆŽ� Ğŵ� ƚĞƌŵŽƐ� ŐůŽďĂŝƐ͘� �ƐƟŵƵůĞ� ĂƐ� ƉĞƐƐŽĂƐ�Ă�ƐĞ�ƐĞŶƟƌĞŵ�ďĞŵ�Ğ�Ă�ĐŽŶĨƌĂƚĞƌŶŝnjĂƌĞŵ͘� Destaque a importância da data e reforce o ƐĞŶƟĚŽ͕�Ž�ƐŝŐŶŝĮĐĂĚŽ�Ğ�Ž�ƐŝŵďŽůŝƐŵŽ�ĚĂ�ŽĐĂƐŝĆŽ͘� DĞƚĄĨŽƌĂƐ�ƚĂŵďĠŵ�ƉŽĚĞŵ�ƐĞƌ�ƵƟůŝnjĂĚĂƐ͘ Ϯ͘ϱ͘ϲ�Ͳ�DŽƟǀĂĐŝŽŶĂŝƐ Às vezes, faz-se necessário uma vida de ƉƌĄƟĐĂƐ�ƉĂƌĂ�ƌĞĂůŝnjĂƌ�Ƶŵ�ĚŝƐĐƵƌƐŽ�ŵŽƟǀĂĚŽƌ�ƉĂƌĂ� ĂƐ�ƉĞƐƐŽĂƐ͘�DĂƐ�ƐĞ�ĂƐ�ĐŝƌĐƵŶƐƚąŶĐŝĂƐ�ƉĞƌŵŝƟƌĞŵ͕� teça elogios aos pontos fortes da equipe. Faça- os ver o futuro que está sendo desenhado. Converta os insucessos em aprendizados. Use de recursos de linguagem que afetem a mente, o coração e o espírito humano. Divida sempre ŽƐ� ĐƌĠĚŝƚŽƐ͘� EĆŽ� ŚĄ� ŵŽƟǀĂĕĆŽ� ŵĞůŚŽƌ� ƋƵĞ� reconhecimento. Tenha em mente a clareza do que quer ĂƟŶŐŝƌ� ĐŽŵ� Ă� ƐƵĂ� ĨĂůĂ͘� DŽƟǀĂĕĆŽ� Ġ� ƐŝŶƀŶŝŵŽ� ĚĞ� ͞ŵŽƟǀŽƐ� ƉĂƌĂ� Ă� ĂĕĆŽ͕͟ � ƉŽƌƚĂŶƚŽ� ĂƐ� ƉĞƐƐŽĂƐ� ƉƌĞĐŝƐĂŵ� ƚĞƌ� ĐůĂƌĞnjĂ� ĚŽƐ� ŵŽƟǀŽƐ� ƉĂƌĂ� arregimentar energia para a ação. Em caso de ĚŝĮĐƵůĚĂĚĞ͕� ĨĂĕĂͲĂƐ� ǀĞƌ� Ž� ͞ůĂĚŽ� ďŽŵ͟�ĚŽ� ͞ůĂĚŽ� ƌƵŝŵ͟� Ğ� ĞdžĂůƚĞ� ĂƐ� ĂůƚĞƌŶĂƟǀĂƐ� Ğ� ƉŽƐƐŝďŝůŝĚĂĚĞƐ� que se avizinham. 2.5.7 - Reconhecimento Assinale as virtudes, as qualidades e ŽƐ� ƉƌĠƐƟŵŽƐ� ĚŽ� ŚŽŵĞŶĂŐĞĂĚŽ� Ă� ƐĞƌĞŵ� destacados. Tenha clareza de nomes, datas e números, quando relevantes para a ocasião. Destaque a importância das pessoas que o ĂũƵĚĂƌĂŵ� Ă� ĂƟŶŐŝƌ� ŽƐ� ƌĞƐƵůƚĂĚŽƐ� Ğŵ� ƋƵĞƐƚĆŽ͘� Ofereça ao homenageado os créditos que ele merece sem exagerar nos elogios, assim não ƐĞ� ƚŽƌŶĂƌĆŽ� ĂƌƟĮĐŝŽƐŽƐ� Ğ� ĨŽƌĕĂĚŽƐ͘� �͕� ƋƵĂŶĚŽ� houver oportunidade de homenagear, entregue à pessoa que está sendo reconhecida o destaque ou a honraria. 2.5.8 - Premiação Destaque a importância dos feitos, o valor ŚŝƐƚſƌŝĐŽ͕�ĐƵůƚƵƌĂů͕�ĞƐƉŽƌƟǀŽ͕�ƐŽĐŝĂů�ŽƵ�ƌĞůŝŐŝŽƐŽ� do prêmio. Lembre a trajetória percorrida pela pessoa ou pela equipe que obteve a ĐŽŶƋƵŝƐƚĂ͘� �� ĚŝŵĞŶƐĆŽ� ĞŵŽĐŝŽŶĂů� ĚĞƐƚĞ� ƟƉŽ� de pronunciamento tende a ser predominante e forte. Prepare-se para não perder a linha ĞƐƚƌĂƚĠŐŝĐĂ� ĚĂ� ĂďŽƌĚĂŐĞŵ͘� �ƐƟŵƵůĞ� ŽƵƚƌŽƐ� Ă� seguir o exemplo da personalidade premiada. 2.5.9 - Conquistas Em caso de comemorar uma vitória sobre ĂĚǀĞƌƐĄƌŝŽƐ͕� ƐĞũĂ� Ğŵ� ƵŵĂ� ĚŝƐƉƵƚĂ� ƉŽůşƟĐĂ͕� ĐŽŵĞƌĐŝĂů͕� ũƵĚŝĐŝĂů� ŽƵ� ĞƐƉŽƌƟǀĂ͕� ƚƌĂƚĞ� ĚĞ� ƐĞƌ� generoso com os que os ajudaram na conquista. Não menospreze os adversários e, se possível, destaque o desempenho dos oponentes. Seja humilde e projete aos olhos de todos as ações derivadas da conquista em questão. Reconheça também os apoiadores, parceiros, patrocinadores, familiares etc. 2.5.10 – Boas-vindas Descreva a pessoa ou grupo que está iniciando, bem como a organização ou cidade ĂŶĮƚƌŝĆ͘� � WƌŽŶƟĮƋƵĞͲƐĞ� Ă� ĨĂnjĞƌ� Ă� ůŝŐĂĕĆŽ� ĞŶƚƌĞ� os amigos que chegam e os que já atuam na organização. Tente ser um facilitador da vida de quem chega. Mostre-se cordial e generoso. Ϯ͘ϱ͘ϭϭ�Ͳ�DĄƐ�ŶŽơĐŝĂƐ ^ĞũĂ� ďƌĞǀĞ͕� ŽďũĞƟǀŽ� Ğ� ĐŽŶĐŝƐŽ� ĂŽƐ� ƌĞůĂƚĂƌ� ŵĄƐ� ŶŽơĐŝĂƐ͘� EĆŽ� ĞdžĂŐĞƌĞ� ŶĂƐ� ĞdžƉůŝĐĂĕƁĞƐ͘� �ǀŝƚĞ� ƚŽĚŽ� Ğ� ƋƵĂůƋƵĞƌ� ƟƉŽ� ĚĞ� ŚƵŵŽƌ͘ � >ĂŵĞŶƚĞ� pelo ocorrido e pela informação que lhe cabe ƚƌĂŶƐŵŝƟƌ͘ � �džƉůŝƋƵĞ� ƌĂƉŝĚĂŵĞŶƚĞ� ŽƐ� ŵŽƟǀŽƐ� ƋƵĞ� ůĞǀĂƌĂŵ� ăƐ� ĂƚƵĂŝƐ� ĚŝİĐĞŝƐ� ĐŝƌĐƵŶƐƚąŶĐŝĂƐ͘� ^ĞũĂ� ďƌĞǀĞ� Ğ� ŶĆŽ� ĞŵŽƟǀŽ͘� sŽĐġ� ƉŽĚĞ� ŝŶŝĐŝĂƌ� Ă� apresentação com expressões como: “É com pesar que comunicamos...”; “Infelizmente não ƚĞŵŽƐ� ďŽĂƐ� ŶŽơĐŝĂƐ͘͘͘͟ ͖� ͞,Ą� ŵŽŵĞŶƚŽƐ� Ğŵ� que precisamos nos superar...”. Mantenha um semblante sereno e um tom de voz condizente com o respeito que a situação merece. 31 2.6 - O comunicador de impacto Ao contemplar oradores brilhantes, por ǀĞnjĞƐ� ŶŽƐ� ƋƵĞƐƟŽŶĂŵŽƐ͗� ͞K� ďŽŵ� ŽƌĂĚŽƌ� já nasce pronto, ou pode ser treinado?” Se todos nascessem prontos, possivelmente esta ƉƵďůŝĐĂĕĆŽ�ƐĞƌŝĂ͕�ƉĂƌĂ�ƉĂƌƚĞ�ĚĞ�ƐĞƵƐ�ĮŶƐ͕�ŝŶſĐƵĂ͘� Assim como aprendemos a falar, também aprendemos a fazer coisas e a dominar saberes
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