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Dicção e Oratória

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Prévia do material em texto

1
2
3
4
152m Maciel, Joel Adriano. 
Dicção e oratória: comunicação de alto impacto / Joel Adriano Maciel e 
Paulo Ricardo de Oliveira; organizado por Elisiane da Silva e Jolie de Castro Coelho. 
Brasília: Fundação Ulysses Guimarães, 2011.
 
67 p.; 17 cm x 24 cm
ISBN 978-85-64206-01-4
1. Retórica do discurso. 2. Dicção. 3. Oratória. I. Título. II. Oliveira, Paulo 
Ricardo de. III. Silva, Elisiane da. IV.Coelho, Jolie de Castro.
CDU 808.5
Márcia Piva Radtke CRB 10/1557
5
6
7
Apresentação 09
Introdução 11
CAPÍTULO I - A Evolução da comunicação: 13
1.1 - A comunicação em sua vida 13
1.2 - A comunicação escrita 14
1.3 - A comunicação social e o gênero humano 14
1.4 - A linguagem humana e suas transformações 15
1.5 - A comunicação na geração Google 16
1.6 - Comunicação para todos os públicos 17
1.7 - Os canais de processamento da informação 19
1.8 - Comunicação e poder 21
1.9 - Falar para ouvintes e telespectadores 22
1.10 - Debates com adversários 23
1.11 - Cacoetes e vícios de linguagem 24
CAPÍTULO II - Falar em público: 26
2.1 - Glossário 26
2.2 - O que é oratória? 27
2.3 - O surgimento da oratória 27
2.4 - Falar em público hoje 28
2.5 - Tipos de discursos 29
 2.5.1 – Formais e não formais 29
 2.5.2 – Improviso 29
 2.5.3 – Segmentado 29
 2.5.4 – Discurso de despedida 29
� Ϯ͘ϱ͘ϱ�ʹ�&ĞƐƟǀŽƐ 30
� Ϯ͘ϱ͘ϲ�ʹ�DŽƟǀĂĐŝŽŶĂŝƐ 30
 2.5.7 – Reconhecimento 30
 2.5.8 – Premiação 30
 2.5.9 – Conquistas 30
 2.5.10 – Boas-vindas 30
� Ϯ͘ϱ͘ϭϭ�ʹ�DĄƐ�ŶŽơĐŝĂƐ 30
 2.5.12 – Inauguração 31
 2.5.13 – Abertura 31
 2.5.14 – Eleitoral 31
 2.5.15 – Outras oportunidades 31
2.6 - O comunicador de impacto 31
2.7 - Estratégias para impactar 33
2.8 - Habilidades persuasivas 35
 2.8.1 – Atendendo a todos os públicos 35
 2.8.2 – Quebra de estado 36
 2.8.3 – Cuidados com a dicção 36
2.9 - A superação do medo 36
8
CAPÍTULO III - Preparação e planejamento 39
3.1 - Preparando a apresentação 39
3.2 - Passos preparatórios 41
3.3 - A grande mensagem 42
3.4 - A estrutura da apresentação 42
 3.4.1 – Introdução 43
 3.4.2 – Desenvolvimento 43
 3.4.3 – Conclusão 45
ϯ͘ϱ�Ͳ���ĚĞĮŶŝĕĆŽ�ĚŽ�ƚĞŵƉŽ 46
3.6 - Discursos lidos, preparados e improvisados 48
 3.6.1 – Apresentações lidas 48
 3.6.2 – Apresentações preparadas 48
 3.6.3 – Falando de improviso 49
ϯ͘ϳ�Ͳ���ƵƟůŝnjĂĕĆŽ�ĚĞ�ƌĞĐƵƌƐŽƐ 50
� ϯ͘ϳ͘ϭ�ʹ�DƵůƟŵşĚŝĂ 50
 3.7.2 – PowerPoint 51
 3.7.3 – Relação de tópicos 51
 3.7.4 – Cartões com palavras 52
 3.7.5 – Figuras 52
 3.7.6 – Roteiros de chão 52
 3.7.7 – Mapas 52
 3.7.8 – Vídeos 52
 3.7.9 – Produtos ou objeto 52
 3.7.10 - Microfone 52
3.8 - Detalhes que fazem a diferença 53
3.9 - A estratégia da modelagem 54
 3.9.1 – Treine, corrija e exercite 54
3.10 - Diante do público 55
 3.10.1 – Superando limites 57
 3.10.2 – Momento “saia justa” 57
� ϯ͘ϭϬ͘ϯ��ʹ��&ĞƐƟǀĂů�ĚĞ�ƉĞƌŐƵŶƚĂƐ 58
 3.10.4 – Pergunta maldosa 58
 3.10.5 – Saída estratégica 59
 3.10.6 – Telefone tocando 59
 3.10.7 – Conversas paralelas 60
 3.10.8 – Conversas que atrapalham 60
 3.10.9 – Agradar a todos 60
 3.10.10 – Falhou a memória 60
 3.10.11 – Diante de falhas ou erros 61
 3.10.12 – Foque nas suas competências 61
 3.10.13 – Comunicação de qualidade 62
3.11 - Comunicação impressa 63
ϯ͘ϭϮ�Ͳ�WĂůĂǀƌĂƐ�ĮŶĂŝƐ 63
ANEXOS 64
Anexo 1 - Relação de precedência 64
Anexo 2 - Receita para se tornar um bom orador 65
�ŶĞdžŽ�ϯ�Ͳ�K�ƐĞŶƟĚŽ�Ğ�Ă�ƉŽŶƚƵĂĕĆŽ 66
9
Existem pessoas que têm facilidade de falar; 
outras, de convencer. Algumas pessoas falam 
muito e dizem pouco, outras falam pouco, mas 
dizem muito. Um orador falastrão corre o risco de 
se enrolar no próprio discurso e perder o rumo da 
fala. Ele pode estar mais preocupado em chamar 
a atenção do que em deixar uma contribuição. 
Outros se portam como jornalistas, ou até como 
simples narradores de fatos. 
Considere sempre: “as pessoas não se 
reúnem para ouvir o que já conhecem”, por 
isso é preciso que o orador produza acréscimo 
de conhecimentos para seu público. Um bom 
discurso é como uma boa refeição, precisa ser 
balanceado para nutrir “a fome de saberes” com 
seus conteúdos. Deve compor-se da inteligência e 
ĚĂ�ůĞǀĞnjĂ�ƋƵĞ�ƚƌĂŶƐŵŝƚĞŵ�ĂůĞŶƚŽ͖�ĚĂ�ƉĞƌƐƉĞĐƟǀĂ�
e da esperança para os olhos e os ouvidos de 
seu público. Falar bonito até pode embelezar o 
palco com os adornos propiciados pelo orador, 
mas a beleza da oratória não necessariamente 
corresponde à capacidade de convencimento. 
Beleza ajuda, mas se não convencer, de pouco 
adianta.
�Ăş� Ă� ŝŵƉŽƌƚąŶĐŝĂ� ĚĂƐ� ƋƵĂůŝĮĐĂĕƁĞƐ� ĚŽ�
orador. Antes de saber “como dizer”, é preciso ter 
“o que dizer”. Ninguém segue alguém que não 
sabe aonde vai. Somente pode persuadir quem 
ĞƐƟǀĞƌ� ƉĞƌƐƵĂĚŝĚŽ͕� Ğ� ĐŽŶǀĞŶĐĞƌ� ƋƵĞŵ� ĞƐƟǀĞƌ�
convencido. Ninguém vende o que não compra. 
EĆŽ�ŚĄ�ŝŵƉĂĐƚŽ�Ğŵ�ĚŝƐĐƵƌƐŽ�ƐƵƉĞƌĮĐŝĂů͘�WŽƌ�ŝƐƐŽ͕�
preparação é a chave para o sucesso no palco, 
seja em que palco for.
Comunicação, dicção e oratória são arte e 
ciência. Na condição de ciência, elencam-se dados, 
fatos e possibilidades. Como arte, dão-se adornos 
às ideias e reveste-se de graça a comunicação, 
tornando-a capaz de fascinar a alma, de atrair 
Ğ� ŵŝƐƟĮĐĂƌ͘ � WĞůĂ� ĐŝġŶĐŝĂ͕� ŚĄ� ĂƉƌĞŶĚŝnjĂŐĞŵ͕�
pela arte, há desenvolvimento. Nas palavras do 
teólogo francês Jacques-Bénigne Bossuet: “A 
ciência é luz do entendimento, guia da verdade, 
companheira da sabedoria. Porém essa luz 
brilhante, que nos encanta, não nos foi concedida 
para alegrar simplesmente a nossa vida, mas 
sim para guiar a nossa marcha e regulamentar 
a nossa vontade”. Este pensamento sugere que 
as habilidades persuasivas e as técnicas a serem 
aqui aprendidas precisam servir a propósitos que 
não se prestem à simples elevação de egos e à 
mera força da retórica. 
Pior do que um homem marginal é um 
ĐŝĞŶƟƐƚĂ� ŵĂůͲŝŶƚĞŶĐŝŽŶĂĚŽ� ŽƵ� Ƶŵ� ƋƵĂůŝĮĐĂĚŽ�
orador que faz uso da virtude para produzir o mal. 
��ƉŽƐƐşǀĞů�ĚŝnjĞƌ�ŵƵŝƚĂƐ�ŵĞŶƟƌĂƐ�ĞŶƵŵĞƌĂŶĚŽ�Ƶŵ�
conjunto de verdades. Como destacava Vieira: 
“Para falar ao vento bastam palavras, para falar 
aos corações, são necessárias obras”. 
Sendo assim, por meio deste curso, 
disponibilizaremos ferramentas que, a exemplo 
da faca, tanto podem “amanteigar o pão como 
ǀŝƟŵĂƌ�Ƶŵ� ŝŶŽĐĞŶƚĞ͖͟�Ž�ďŽŵ�ƵƐŽ�ĚĞƐƚĞ� ƐĂďĞƌ�Ġ�
que elevará o espírito dos homens e mulheres de 
bem. Seu bom uso afastará o certo do duvidoso, 
o claro do nebuloso, o irreal do verdadeiro e o 
fantasioso do possível.
Vamos tratar também das técnicas que 
ƉĞƌŵŝƟƌĆŽ� ŶƵƚƌŝƌ� ƉůĂƚĞŝĂƐ� Ğ� ŝŵƉĂĐƚĂƌ� ƉĞƐƐŽĂƐ�
pela qualidade da expressão oral. Mas, além de 
ƉƌŽƉŝĐŝĂƌ� Ž� ĐŽŶƚĂƚŽ� ĐŽŵ� ĨĞƌƌĂŵĞŶƚĂƐ� ƉƌĄƟĐĂƐ͕�
pretendemos expor a você uma abordagem 
ŵĂŝƐ� ƋƵĂůŝĮĐĂĚĂ� ƋƵĞ� ƚƌĂƚĂ� ĚĂ� ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ� ĚĞ�
forma mais ampla, penetrando em alguns dos 
meandros estratégicos desta habilidade humana. 
Dessa forma, esperamos que o seu potencial 
ĐŽŵƵŶŝĐĂƟǀŽ� ƉŽƐƐĂ� ǀŝƌ� Ă� ƌĞŇĞƟƌ� ŶĂ� ƐƵĂ� ǀŝĚĂ�
ƉƌŽĮƐƐŝŽŶĂů͕�ƐŽĐŝĂů͕�ĐŽŵƵŶŝƚĄƌŝĂ�Ğ�ƉŽůşƟĐĂ͘
Seja bem-vindo a este novo projeto e faça 
bom uso dos conhecimentos que lhe serão 
oportunizados.
Joel Adriano Maciel
Paulo Ricardo de Oliveira
Apresentação
Prezado caminhante da estrada do conhecimento
10
11
A comunicação se faz presente em nossas 
ǀŝĚĂƐ� ĚĂƐ�ŵĂŝƐ� ĚŝĨĞƌĞŶƚĞƐ� ĨŽƌŵĂƐ� Ğ� ƵƐĂ� ĚŝƐƟŶƚŽƐ�
ŵĞŝŽƐ� ƉĂƌĂ� ĂƟŶŐŝƌ� ŽďũĞƟǀŽƐ͘� EĞƐƚĞ� ŵĂŶƵĂů͕�
vamos abordar a comunicação e sua importância, 
instrumentalizando você para usá-la com 
ĞĮĐŝġŶĐŝĂ͕� ĞĮĐĄĐŝĂ� Ğ� ĞĨĞƟǀŝĚĂĚĞ͘� dĂŵďĠŵ� ǀĂŵŽƐ�
disponibilizar a você um conjunto de técnicas e 
estudos para que você possa falar para pequenos 
e grandes públicos de forma convincente e 
impactante.
Dividimos os conteúdos em três blocos: no 
ƉƌŝŵĞŝƌŽ͕� ǀĂŵŽƐ� ĚŝƐĐƵƟƌ� Ă� ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ� Ğ� ƐĞƵƐ�
ŵĞŝŽƐ�Ğ�ĂƉƌĞƐĞŶƚĂƌ�ĞƐƚƵĚŽƐ�Ğ�ƉĞƐƋƵŝƐĂƐ�ƉĞƌƟŶĞŶƚĞƐ�
ĂŽƐ�ĐĂŶĂŝƐ�ĚĞ�ŝŶŇƵġŶĐŝĂ�Ğ�ĂďƐŽƌĕĆŽ�ĚĂ�ŝŶĨŽƌŵĂĕĆŽ͖�
no segundo bloco, trataremos da comunicação 
direcionada ao público, de como surgiu e evoluiu 
a oratóriae das técnicas usadas pelos melhores 
ŽƌĂĚŽƌĞƐ͖� ŶŽ� ƚĞƌĐĞŝƌŽ� Ğ� ƷůƟŵŽ� ďůŽĐŽ͕� ǀĂŵŽƐ�
ĂďŽƌĚĂƌ�ƚĠĐŶŝĐĂƐ�ƋƵĞ�ƉĞƌŵŝƟƌĆŽ�Ă�ǀŽĐġ�ƉƌĞƉĂƌĂƌͲ
se para apresentações junto aos mais diversos 
ƉƷďůŝĐŽƐ͕�ŶĂƐ�ŵĂŝƐ�ĚŝƐƟŶƚĂƐ�ƐŝƚƵĂĕƁĞƐ͘�WĂƌĂ�ƚĂŶƚŽ͕�
trataremos da postura do orador, das estratégias 
de impactação da plateia, do enfrentamento do 
ŵĞĚŽ�Ğ�ĚĂ�ƐƵƉĞƌĂĕĆŽ�ĚĞ�ŽďũĞĕƁĞƐ�ŚŽƐƟƐ�ƉŽƌ�ƉĂƌƚĞ�
dos ouvintes. Depois de todos esses estudos, você 
estará embasado para analisar um conjunto de 
sugestões que caracterizam uma apresentação 
ƋƵĂůŝĮĐĂĚĂ͘�
Antes de iniciarmos nosso curso, é 
interessante você saber que este material 
ƌĞƷŶĞ͕� ĚĞ� ĨŽƌŵĂ� ŽďũĞƟǀĂ� ŽƵ� ƐƵďůŝŵŝŶĂƌ͕ � ĞƐƚƵĚŽƐ�
ĐŝĞŶơĮĐŽƐ�ĚŽ�ĐĂŵƉŽ�ĚĂ�WƐŝĐŽůŽŐŝĂ͕�EĞƵƌŽĐŝġŶĐŝĂ͕�
&ŝůŽƐŽĮĂ͕�^ŽĐŝŽůŽŐŝĂ͕�KŶƚŽƉƐŝĐŽůŽŐŝĂ͕��ŶƚƌŽƉŽůŽŐŝĂ͕�
WƌŽŐƌĂŵĂĕĆŽ� EĞƵƌŽůŝŶŐƵşƐƟĐĂ� Ğ� ,ŽůŽƐŽĮĂ͘�
Estes conhecimentos tornaram-se aliados no 
desenvolvimento da experiência dos autores deste 
manual, que estão há mais de 15 anos exercitando 
as teorias aqui descritas diante das mais variadas 
plateias. 
hŵĂ�ſƟŵĂ�ůĞŝƚƵƌĂ͘
Introdução
12
13
͞��ĐŽŶĮĂŶĕĂ�Ğŵ�Ɛŝ�
mesmo é o segredo 
do êxito.”
Napoleon Hill
CAPITULO I - Evolução da comunicação
Neste primeiro capítulo, vamos tratar da 
ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ� Ğ� ĚĞ� ƐƵĂ� ŝŶŇƵġŶĐŝĂ� Ğŵ� ŶŽƐƐŽ�
ĐŽƟĚŝĂŶŽ͘� �ŵ� ƐĞŐƵŝĚĂ͕� ĂŶĂůŝƐĂƌĞŵŽƐ� Ă� ĞǀŽůƵĕĆŽ�
da escrita, principalmente com o advento da 
geração Google, e as alterações na comunicação 
provocadas pelas diferenças de gênero. Também 
trataremos de plateias compostas por diferentes 
ƉĞƌĮƐ� Ğ� ĚĂ� ĨŽƌŵĂ� ĐŽŵŽ� ĂƐ� ƉĞƐƐŽĂƐ� ƌĞƚġŵ� Ă�
informação.
1.1 - A comunicação em sua vida
��ƉĂůĂǀƌĂ�ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ�ŽƌŝŐŝŶŽƵͲƐĞ�ĚŽ� ůĂƟŵ�
communicare Ğ�ƐŝŐŶŝĮĐĂ͗�͞ĐŽŵƉĂƌƟůŚĂƌ͕ �ƚƌĂŶƐŵŝƟƌ�
ĂůŐŽ� Ğŵ� ĐŽŵƵŵ͕� ƌĞƉĞƟĕĆŽ͘͟ � KƌŝŐŝŶĂŵͲƐĞ� ĚĂ�
mesma palavra os termos comunidade, comuna, 
comum, comunismo etc. A comunicação está 
ƉƌĞƐĞŶƚĞ�Ğŵ�ƚŽĚĂƐ�ĂƐ�ĂƟǀŝĚĂĚĞƐ�ŚƵŵĂŶĂƐ�Ğ͕�ƉŽƌ�
isso, é uma das necessidades básicas das pessoas. 
Nos primórdios do desenvolvimento da linguagem 
humana, há milhares de anos, a comunicação já 
exercia papel fundamental no estabelecimento de 
vínculos sociais e na criação de cooperação. Sem 
o uso da linguagem, provavelmente nossa espécie 
ŶĆŽ� ƉĞƌĐŽƌƌĞƌŝĂ� Ž� ĐĂŵŝŶŚŽ� ĞǀŽůƵƟǀŽ� ƋƵĞ� ŶŽƐ�
trouxe ao presente estágio. 
A necessidade de comunicação é vital 
ŵĞƐŵŽ�ƉĂƌĂ�ĂƋƵĞůĞƐ�ƋƵĞ�ŶĆŽ�ƵƟůŝnjĂŵ�Ă�ǀŽnj�ƉĂƌĂ�
comunicarem-se. Os meios eletrônicos permitem 
que as pessoas comprem, namorem, trabalhem, 
estudem, divirtam-se e realizem uma enormidade 
ĚĞ� ĂƟǀŝĚĂĚĞƐ� ƐĞŵ� ƉƌĞĐŝƐĂƌ� ĨĂůĂƌ� ƵŵĂ� ƷŶŝĐĂ�
palavra. Mesmo as pessoas que não dispõem da 
ƉŽƐƐŝďŝůŝĚĂĚĞ� İƐŝĐĂ� ĚĞ� ĞdžƉŽƌ� ƐĞƵƐ� ƉĞŶƐĂŵĞŶƚŽƐ�
ƉĞůĂ� ĨĂůĂ͕� ĚĞƐĞŶǀŽůǀĞŵ� ƌĞĐƵƌƐŽƐ� ĚŝƐƟŶƚŽƐ� Ğ�
aprendem técnicas que lhes permitem comunicar-
se. 
Comunicação gera poder e riquezas, vende 
ƉƌŽĚƵƚŽƐ͕� ƚƌĂŶƐŵŝƚĞ�ĐŽŶŚĞĐŝŵĞŶƚŽƐ͕�ŵŽƟǀĂ�Ă� ĨĠ͕�
ĐŽŶƐŽůĂ͕� ĐŽŶĨŽƌƚĂ͕� ĂŶŝŵĂ� ĂŇŝƚŽƐ͕� ĂĨĂŐĂ� ĐŽƌĂĕƁĞƐ͕�
soluciona problemas, apazigua ânimos e gera 
opiniões. Mas a comunicação também é capaz de 
gerar consequências opostas a essas, a depender 
de como se faz uso deste valioso poder. É que essa 
ŚĂďŝůŝĚĂĚĞ�ŚƵŵĂŶĂ�ƉŽĚĞ�ƐĞƌ�ƵƟůŝnjĂĚĂ�ƚĂŶƚŽ�ƉĂƌĂ�
Ž�ďĞŵ�ƋƵĂŶƚŽ�ƉĂƌĂ�Ž�ŵĂů͘�YƵĂŶĚŽ�ƉŽƐŝƟǀĂŵĞŶƚĞ�
ƵƟůŝnjĂĚĂ͕� Ă� ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ� ƋƵĂůŝĮĐĂ� Ž� ͞ƉŽĚĞƌ�
ƉĞƐƐŽĂů͟� ƋƵĞ͕� ĚŝĨĞƌĞŶƚĞ� ĚŽ� ͞ƉŽĚĞƌ� ŝŶƐƟƚƵĐŝŽŶĂů͕͟ 
não costuma ser transitório, dependente e datado.
A habilidade de comunicação é pré-
ƌĞƋƵŝƐŝƚŽ� ŝŶĚŝƐƉĞŶƐĄǀĞů� ƉĂƌĂ� ĂůŐƵŵĂƐ� ƉƌŽĮƐƐƁĞƐ�
e posições sociais, principalmente para aquelas 
que necessitam do exercício da liderança. Falando 
em liderança, a matéria-prima do trabalho de um 
líder é sua comunicação com os liderados. O que a 
ŵĂŝŽƌŝĂ�ĚŽƐ�ůşĚĞƌĞƐ�ĨĂnj�ŶŽ�ƐĞƵ�ĐŽƟĚŝĂŶŽ�ŶĂĚĂ�ŵĂŝƐ�
é do que falar, ouvir e escrever. Além dos líderes, 
ĂƐ�ĂƟǀŝĚĂĚĞƐ�ĚŽƐ�ŐĞƐƚŽƌĞƐ�ŶĂƐ�ĚŝǀĞƌƐĂƐ�ŚŝĞƌĂƌƋƵŝĂƐ�
também exigem muita comunicação. 
�ŽŵƵŶŝĐĂƌͲƐĞ� ďĞŵ� ĨĂnj� ƉĂƌƚĞ� ĚŽ� ŵĂƌŬĞƟŶŐ�
ƉĞƐƐŽĂů� Ğ� ĂũƵĚĂ� ŶĂ� ĐĂƌƌĞŝƌĂ� ƉƌŽĮƐƐŝŽŶĂů͘� K�ŵĞŝŽ�
ĞŵƉƌĞƐĂƌŝĂů�ĐŽƐƚƵŵĂ�ŝŶǀĞƐƟƌ�ǀĂůŽƌĞƐ�ƐŝŐŶŝĮĐĂƟǀŽƐ�
Ğŵ� ĐĂƉĂĐŝƚĂĕĆŽ� Ğ� ƉƌŽŐƌĂŵĂƐ� ƋƵĞ� ƋƵĂůŝĮĐĂŵ� Ă�
comunicação tanto interna quanto a que ocorre 
com o público externo. Isso porque este meio 
ĞŶƚĞŶĚĞ�ƋƵĞ�ƵŵĂ�ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ�ĞŵƉĄƟĐĂ� ĨĂĐŝůŝƚĂ�
Ă�ƌĞĂůŝnjĂĕĆŽ�ĚĞ�ƚĂƌĞĨĂƐ�Ğ�Ă�ĐŽŶƋƵŝƐƚĂ�ĚĞ�ŽďũĞƟǀŽƐ͘
K� ŝŶƐƚƌƵŵĞŶƚŽ� ŵĂŝƐ� ƵƟůŝnjĂĚŽ� ƉĞůĂ�
ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ�ŚƵŵĂŶĂ�Ġ�Ă�ǀŽnj͘��ůĠŵ�ĚĞ�ƉĞƌŵŝƟƌ�Ă�
ĂƌƟĐƵůĂĕĆŽ�ĚĞ�ŶŽƐƐŽƐ�ƉĞŶƐĂŵĞŶƚŽƐ�ƉĂƌĂ�Ž�ŵƵŶĚŽ͕�
a voz também é a ferramenta pela qual revelamos 
nossa personalidade, nosso estado de espírito e até 
mesmo eventuais problemas orgânicos. Quando 
as pessoas estão doentes, ou profundamente 
magoadas, a voz é um dos primeiros recursos da 
natureza humana a denunciar, pela forma como 
nos expressamos, que não estamos vivendo um 
bom momento. No entanto, você perceberá, 
ao longo deste curso, que a palavra, embora 
poderosa, precisa de outros adornos para gerar 
impacto e produzir convencimento junto ao 
público para o qual ela é direcionada.
14
1.2 - A comunicação escrita
A invenção da escrita é um dos marcos mais 
importantes na evolução do ser humano rumo à 
civilização atual. Dos primeiros registros feitos em 
ĐĂǀĞƌŶĂƐ�ƉŽƌ�ŶŽƐƐŽƐ�ĂŶĐĞƐƚƌĂŝƐ�ŵĂŝƐ�ĂŶƟŐŽƐ͕�ĂƚĠ�Ă�
digitalização do mundo virtual de hoje, houve uma 
evolução estupenda e uma capacidade de acúmulo 
e produção de informações estratosférica. O 
número de informações que um ser humano da 
Idade Média produzia ao longo de uma vida era 
menor do que o número de informações que um 
jornal dominical ou revista semanal é capaz de nos 
disponibilizar atualmente.
K�ŚŽŵĞŵ�ƵƟůŝnjŽƵ�ǀĄƌŝŽƐ�ŵĞŝŽƐ�ƉĂƌĂ�ƌĞŐŝƐƚƌĂƌ�
sua estada no planeta ao longo do tempo. Paredes 
de cavernas, pele de animais, cerâmicas, madeiras 
etc. O primeiro salto em direção ao papel que 
ilustra livros e revistas no mundo contemporâneo 
ocorreu há mais de 2 mil anos. No século XI, os 
ĐŚŝŶĞƐĞƐ� ƉĂƐƐĂƌĂŵ� Ă� ƵƟůŝnjĂƌ� ĐĂƌĂĐƚĞƌĞƐ� ŵſǀĞŝƐ�
feitos de argila para imprimir textos. No Ocidente, 
o uso do papiro exigia trabalho artesanal dos 
copistas, que copiavam letra por letra os livros 
que eram transcritos. Cada trabalho poderia levar 
meses e eram mais vulneráveis aos erros. 
No século XV da Era Cristã, o alemão Johann 
'ƵƚĞŶďĞƌŐ�ĐƌŝŽƵ�Ž�ƐŝƐƚĞŵĂ�ĚĞ�ƟƉŽƐ�ŵſǀĞŝƐ�ƋƵĞ�ĚĞƵ�
ŽƌŝŐĞŵ�ăƐ�ƉƌŝŵĞŝƌĂƐ�ƟƉŽŐƌĂĮĂƐ�ƋƵĞ�ƐĞ�ĞƐƉĂůŚĂƌĂŵ�
pelo mundo produzindo documentos e impressos 
em geral. O primeiro livro reproduzido pelo invento 
de Gutenberg foi a Bíblia. Em 1811, outro alemão 
impulsionou a velocidade da impressão através 
das máquinas a vapor. A invenção de Friedrich 
Koenig introduziu um sistema de cilindros na 
ŝŵƉƌĞƐƐĆŽ� ƋƵĞ� ŵƵůƟƉůŝĐŽƵ� Ă� ǀĞůŽĐŝĚĂĚĞ� ĚŽƐ�
impressos. Em 1904, o americano Ira Rubel 
concebeu o sistema ŽīͲƐĞƚ ainda em operação em 
ĂůŐƵŵĂƐ�ŐƌĄĮĐĂƐ͘� �WŽƌ�ĞƐƚĞ�ŵĠƚŽĚŽ͕�Ă� ŝŵƉƌĞƐƐĆŽ�
ĚĞŝdžĂ�ĚĞ� ƐĞƌ� ĨĞŝƚĂ� ƐŽďƌĞ�ƟƉŽƐ�Ğŵ�ƌĞůĞǀŽ�Ğ�ƉĂƐƐĂ�
a ser realizada através de uma chapa matriz. O 
novo sistema melhora a qualidade da impressão 
e permite a introdução de ilustrações aos textos.
1.3 – A Comunicação social e o gênero humano
�� ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ� Ġ� ƌĞĂůŝnjĂĚĂ� Ğ� ŽďũĞƟǀĂĚĂ�
ƉŽƌ�ŚŽŵĞŶƐ�Ğ�ŵƵůŚĞƌĞƐ�ĐŽŵ�ĂůŐƵŵĂƐ�ĚŝƐƟŶĕƁĞƐ�
historicamente construídas. Por força do foco 
Ğ� ĚĂ� ŽďũĞƟǀŝĚĂĚĞ� ŵĂƐĐƵůŝŶĂ͕� ƐƵĂƐ� ĂďŽƌĚĂŐĞŶƐ�
costumam ser mais diretas e embasadas em 
ĚĂĚŽƐ͕� ĞƐƚĂơƐƟĐĂƐ� Ğ� ŶƷŵĞƌŽƐ͘ Já a mulher faz 
uso da comunicação de forma mais intensa, que 
é bastante direcionada para relações e interações 
sociais. Mulheres falam porque gostam de falar, 
já a fala masculina costuma ser mais direcionada 
para problemas e soluções. Estudos da Missel 
Capacitações, realizados sobre as diferenças de 
gênero no ambiente de trabalho, revelam que as 
ŵƵůŚĞƌĞƐ�ƚĞŶĚĞŵ�Ă�ƉĞƐƐŽĂůŝnjĂƌ�ŵĂŝƐ�ĂƐ�ĐƌşƟĐĂƐ�ĚŽ�
que os homens. Elas também levam mais tempo 
para processá-las e superá-las. Diante de falha, 
ĐƌşƟĐĂ� ŽƵ� ĞƌƌŽ͕� Ă�ŵƵůŚĞƌ� ƚĞŶĚĞ� Ă� ŝŶƚĞƌŶĂůŝnjĄͲůŽƐ͕�
enquanto o homem os externaliza, procurando 
outros culpados.
Os homens gostam de revelar poder e 
conhecimentocom suas falas, já as mulheres 
procuram vínculos e têm uma percepção 
extraordinária para a comunicação não verbal. 
�ůĂƐ� ĚĞƚĞĐƚĂŵ� ƐŝŶĂŝƐ� ŵƵŝƚŽ� ƐƵƟƐ� ŶĂ� ĞdžƉƌĞƐƐĆŽ�
facial das pessoas, especialmente os que revelam 
incongruências com a fala. Os homens tendem 
a falar um pouco menos do que as mulheres. 
Segundo um estudo inglês, um homem urbano 
que trabalha fora costuma falar em média 3 a 4 
mil palavras por dia. Uma mulher, nas mesmas 
condições, costuma falar entre 6 e 8 mil palavras 
ao dia. As mulheres também costumam ter mais 
habilidade para uso dos recursos da emoção e das 
abordagens indiretas, enquanto os homens usam 
ŵĂŝƐ� ĨƌĞƋƵĞŶƚĞŵĞŶƚĞ� ƵŵĂ� ůŝŶŐƵĂŐĞŵ�ŽďũĞƟǀĂ� Ğ�
focada. 
Estas diferenças foram forjadas por milhares 
de anos, quando homens e mulheres possuíam 
papéis claros e diferentes. Enquanto elas cuidavam 
ĚĞ� ĮůŚŽƐ – as famílias moravam próximas a 
encostas ou em locais protegidos do ataque 
de predadores – eles costumavam ir à busca de 
alimentos. Cabia a eles caçar, pescar e defender 
o grupo, e a elas serem as coletoras responsáveis 
ƉĞůĂ�ĂůŝŵĞŶƚĂĕĆŽ�Ğ� ƐĂƷĚĞ�ĚŽƐ�ĮůŚŽƐ͕�Ğ�ĚŽ�ŐƌƵƉŽ�
por consequência. 
WŽƌ� ĐŽŶƚĂ� ĚĞƐƚĂƐ� ƉƌĄƟĐĂƐ� ƌĞƉĞƟĚĂƐ� ƉŽƌ�
milhares de vezes ao longo de gerações, elas 
aprenderam o valor de se comunicar para 
15
ĐŽŽƉĞƌĂƌ� ŶŽ� ĐƵŝĚĂĚŽ� ĐŽŵ�ĮůŚŽƐ͘��ĞƐĞŶǀŽůǀĞƌĂŵ�
sensibilidade aguçada para perceber qualquer 
alteração na expressão das crianças e criaram 
vínculos com mais facilidade. Enquanto isso, os 
ŚŽŵĞŶƐ� ƉƌĞĐŝƐĂƌĂŵ� ƌĞĮŶĂƌ� Ž� ĨŽĐŽ� ƉĂƌĂ� ƉŽĚĞƌ�
ĐĂĕĂƌ͕ � Ž� ƐŝůġŶĐŝŽ� ƉĂƌĂ� ƉĞƐĐĂƌ� Ğ� Ă� ŽďũĞƟǀŝĚĂĚĞ�
ƉĂƌĂ�ƐĞ�ĚĞĨĞŶĚĞƌ͘ � ��ƐƚĂƐ�ĐĂƌĂĐƚĞƌşƐƟĐĂƐ�ĞƐƚĆŽ�ƚĆŽ�
incrustadas em nossos genes que, ainda hoje, 
ƌĞƉĞƟŵŽƐ�ďŽĂ�ƉĂƌƚĞ�ĚĞƐƚĞƐ�ĐŽŵƉŽƌƚĂŵĞŶƚŽƐ�Ğŵ�
nossos modernos escritórios. 
1.4 – A Linguagem humana e suas transformações
Conforme explica o linguista Steven Fischer, 
falam-se atualmente entre 4 e 6 mil idiomas no 
mundo. Nos tempos nômades, quando ainda 
ŶĆŽ�ŚĂǀşĂŵŽƐ�ŶŽƐ�ĂĮdžĂĚŽ�ĂŽ�ƐŽůŽ�Ğŵ�ĨƵŶĕĆŽ�ĚŽ�
conhecimento agrícola, a humanidade era menor 
em números absolutos, mas maior em termos de 
grupos humanos, e, seguramente, o número de 
idiomas era bem maior. À medida que as pessoas 
ĨŽƌĂŵ�ƐĞ�ĮdžĂŶĚŽ͕�ĂƐ�ůşŶŐƵĂƐ�ĨŽƌĂŵ�ƐĞ�ŵŝƐƚƵƌĂŶĚŽ�
Ğ�ƐĞ�ĞdžƟŶŐƵŝŶĚŽ͕�Ğ�ĞƐƚĞ�ƉƌŽĐĞƐƐŽ�ŶĆŽ�ƚĞƌŵŝŶŽƵ͘�
^ƚĞǀĞŶ�ĞƐƟŵĂ�ƋƵĞ͕�Ğŵ�ĐĞŵ�ĂŶŽƐ͕�ŚĂǀĞƌĄ�ŵĞŶŽƐ�
de mil línguas no mundo, e em trezentos anos 
restará pouco mais de vinte diferentes idiomas. 
Logo, a maioria das pessoas será bilíngue. 
No Brasil colonial se falavam várias línguas 
além de dialetos que, em sua maioria, foram 
ĞdžƟŶƚŽƐ͘� �ĞŶƚƌĞ� ĂƐ� ůşŶŐƵĂƐ� ŝŶĚşŐĞŶĂƐ� ƵƟůŝnjĂĚĂƐ�
no país, algumas centenas já não existem mais. 
As mudanças também afetaram os descendentes 
ĚĞ� ĐŽůŽŶŝnjĂĕƁĞƐ� ĞƵƌŽƉĞŝĂƐ� ĂƉĞƐĂƌ� ĚĞ� ĂƐ� ĂŶƟŐĂƐ�
ĐŽůƀŶŝĂƐ� ƚĞƌĞŵ� ŵĂŶƟĚŽ� ƉŽƌ� ŐĞƌĂĕƁĞƐ� ƐƵĂƐ�
línguas pátrias preservadas. Até a metade do 
ƐĠĐƵůŽ� yy͕� ŽƵǀŝĂŵͲƐĞ� ĐŽŵ� ŇƵŝĚĞnj� ĂƐ línguas 
alemã, italiana, japonesa, polonesa, e outras 
nas colônias brasileiras destas descendências. 
Era comum entre os colonizadores que seus 
ĮůŚŽƐ�ĂƉƌĞŶĚĞƐƐĞŵ�Ğŵ�ĐĂƐĂ�Ă� ůşŶŐƵĂ�ĚĂ� ĨĂŵşůŝĂ͘�
DƵŝƚĂƐ�ĐƌŝĂŶĕĂƐ�ƟŶŚĂŵ�ĐŽŶƚĂƚŽ�ĐŽŵ�Ž�ƉŽƌƚƵŐƵġƐ�
somente aos sete anos, quando iam para a escola, 
o que não ocorre mais atualmente. 
O aculturamento e a globalização são fatores 
importantes para os avanços da sociedade, 
entretanto, um dos preços cobrados pelo 
progresso é a eliminação de línguas regionais. O 
ƌĄĚŝŽ�Ğ�Ă�ƚĞůĞǀŝƐĆŽ�ƵŶŝĮĐĂƌĂŵ�ŽƐ�ŝĚŝŽŵĂƐ�ƉĄƚƌŝŽƐ͕�
Ă�ŝŶƚĞƌŶĞƚ�ƚĞŵ�ƉůĂŶŝĮĐĂĚŽ�ŽƐ�ŝĚŝŽŵĂƐ�Ğŵ�ƚĞƌŵŽƐ�
globais. Segundo os linguistas, se uma língua 
não é falada por no mínimo 20 mil pessoas, está 
fadada ao desaparecimento. No futuro, este 
número mínimo vai aumentar substancialmente 
Ğ� ĚĞǀĞ� ĂĨĞƚĂƌ� Ž� ƉŽƌƚƵŐƵġƐ� ƉƌĂƟĐĂĚŽ� ŶŽ� �ƌĂƐŝů͕�
ĐƵũĂ� ŝŶŇƵġŶĐŝĂ� ĞƐƉĂŶŚŽůĂ� ũĄ� ƉƌĞƐĞŶƚĞ� ĚĞǀĞ�
ƐĞƌ� ŝŶƚĞŶƐŝĮĐĂĚĂ͕� ĨĂnjĞŶĚŽ� ĨƵŶĚŝƌ� ƉĂƌƚĞ� ĚĂƐ�
terminologias por força da convivência com 
os países vizinhos. Uma transformação similar 
ĚĞǀĞ� ŽĐŽƌƌĞƌ� ĐŽŵ� Ă� �ŚŝŶĂ͕� Ƶŵ� ƉĂşƐ� ĐŽŶƟŶĞŶƚĂů�
composto por culturas e línguas muito peculiares. 
Em pleno século XXI, algumas comunidades 
chinesas sequer falam o mandarim, a língua 
ŽĮĐŝĂů�ĚŽ�ƉĂşƐ͘�
Ao longo da história da humanidade, as 
potências econômicas e militares procuraram 
ŝŵƉŽƌ� ƐĞƵ� ĞƐƟůŽ� ĚĞ� ǀŝĚĂ͕� ŚĄďŝƚŽƐ͕� ĐŽƐƚƵŵĞƐ� Ğ� Ă�
linguagem aos demais povos. O atual idioma 
predominante no mundo, e considerado língua 
ĞƐƚƌĂŶŐĞŝƌĂ� ŽĮĐŝĂů͕� ƚĞŵ� ŐĞƌĂĚŽ� ŝŶŇƵġŶĐŝĂ� ƐŽďƌĞ�
outras línguas. Muitos termos do inglês, sem 
tradução, foram incorporados à língua portuguesa 
e ƉĂƐƐĂƌĂŵ�Ă�ƐĞƌ�ĐŽŵƵŵĞŶƚĞ�ƵƟůŝnjĂĚŽƐ͕�ƐŽďƌĞƚƵĚŽ�
na área empresarial, a exemplo das terminologias 
ŵĂƌŬĞƟŶŐ͕� ƉĞƌĨŽƌŵĂŶĐĞ͕� ďƌĂŝŶƐƚŽƌŵŝŶŐ e um 
ĐŽŶũƵŶƚŽ�ĚĞ�ůŝŶŐƵĂŐĞŶƐ�ĚĂ�ŝŶĨŽƌŵĄƟĐĂ͘�EƵŶĐĂ�ŶĂ�
história da humanidade um idioma teve tamanha 
ŝŶŇƵência e um número de usuários tão amplo 
como tem atualmente o inglês. Este poderio foi 
ĐŽŶƐŽůŝĚĂĚŽ� Ğŵ�Ƶŵ�ĞƐƉĂĕŽ� ƌĞůĂƟǀĂŵĞŶƚĞ� ĐƵƌƚŽ�
de tempo. 
Na idade moderna, o francês caminhava 
para ser a língua universal da humanidade. 
Mas no século XX, a França perdeu muitas de 
suas colônias, e a segunda grande guerra fez 
nascer novas potências. A ascensão americana 
como força mundial foi decisiva para converter 
o inglês em língua universal. Inclusive, se as 
ĂŵďŝĕƁĞƐ�ĚĞ��ĚŽůĨ�,ŝƚůĞƌ�ǀŝĞƐƐĞŵ�Ă�ƐĞ�ĐŽŶĐƌĞƟnjĂƌ͕ �
provavelmente a segunda língua de nossas 
escolas seria o alemão. Isso nos leva a prever que 
a expansão da China como potencial emergente 
vai fazer do mandarim uma das línguas mais 
faladas do mundo num futuro não muito distante.
�Ɛ� ůşŶŐƵĂƐ� ƐĆŽ� ĐŽŵŽ� ƌŝŽƐ� ƋƵĞ� ŇƵĞŵ͕� ƐĞ�
ƚƌĂŶƐĨŽƌŵĂŵ�Ğ�ƐĞ�ŵŽĚŝĮĐĂŵ͘��Ɛ� ŝŶŇƵġŶĐŝĂƐ� ƐĆŽ�
16
globais e rápidas. Outro fenômeno que se percebe 
é a diminuição do preconceito com relação ao 
ƵƐŽ� ĚĞ� ŐşƌŝĂƐ͘� �ƐƚĂ� ƉƌĄƟĐĂ� ƉƌĞĚŽŵŝŶĂŶƚĞ� ĞŶƚƌĞ�
adolescentes vem ganhando adeptos entre 
outras faixas etárias e em diversos grupos sociais, 
sendo muitas destas palavras incorporadas ao 
vocabulário. Esse fato, aliado à comunicação 
entre adolescentes através das mídias existentes, 
ĐŽŶƚƌŝďƵŝ� ƐŝŐŶŝĮĐĂƟǀĂŵĞŶƚĞ�ƉĂƌĂ�Ă� ŝŶĐŽƌƉŽƌĂĕĆŽ�
de novas palavras ao vocabulário. 
1.5 - A comunicação na geração Google
Nosso desenvolvimento vem sendo marcado 
ƉŽƌ� ĂůŐƵŵĂƐ� ĐĂƌĂĐƚĞƌşƐƟĐĂƐ� ƉĞĐƵůŝĂƌĞƐ� ĚĞ� ŶŽƐƐŽ�
tempo. Entre elas podemos citar a velocidade, a 
ŝŶŽǀĂĕĆŽ�Ğ�Ă�ŵƵĚĂŶĕĂ͘�dŽĚĂƐ�ĞƐƐĂƐ�ĐĂƌĂĐƚĞƌşƐƟĐĂƐ�
ŝŶŇƵĞŶĐŝĂŵ�Ă�ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ͕�ŝƐƚŽ�Ġ͕�ŽƐ�ŶŽǀŽƐ�ŵĞŝŽƐ�
de expressão, o que nos permite uma percepção 
quase instantânea dos acontecimentos globais. 
Em apenas algumas décadas, testemunhamos 
ŵƵĚĂŶĕĂƐ� ďĂƐƚĂŶƚĞ� ƐŝŐŶŝĮĐĂƟǀĂƐ� ŶŽ� ƉƌŽŐƌĞƐƐŽ�
dos meios de comunicação.
Por milênios, o mensageiro e o pombo-
correio foram as únicas formas de trocar 
informações e atualizar fatos. Isso implica dizer 
que a novidade mais recente poderia levar dias, 
semanas ou até mesmo meses para ser atualizada 
pelos interessados. Tomemos como exemplo um 
fato histórico: a morte de Napoleão Bonaparte 
em 1821 na Ilha de Santa Helena, onde estava 
ĞdžŝůĂĚŽ͖� Ă� ŶŽơĐŝĂ� ůĞǀŽƵ� ĚŽŝƐ�ŵĞƐĞƐ� ƉĂƌĂ� ĐŚĞŐĂƌ�
ao Rei George em Londres. No Brasil, durante 
o período colonial, a comunicação entre os 
colonizadores e suas famílias na Europa, feita 
através de cartas, levava igualmente meses para 
atravessar o oceano. Hoje esta comunicação 
pode se dar em tempo real.
Nas primeiras décadas de funcionamento 
da nova Capital Federal, os deputados saíam de 
�ƌĂƐşůŝĂ�ƉĂƌĂ�ǀŝƐŝƚĂƌ�ƐƵĂƐ�ďĂƐĞƐ�ƉŽůşƟĐĂƐ�ůĞǀĂŶĚŽ�ĂƐ�
ƷůƟŵĂƐ�ŶŽơĐŝĂƐ�ĚŽ�ŵŽŵĞŶƚŽ͘�DĂŝƐ�ƚĂƌĚĞ͕�ƐƵƌŐĞ�Ž�
primeiro formato do chamado Projeto Minerva, 
cujo propósito era manter a população informada 
dos assuntos do poder. Dos primeiros programas 
diários de rádio como �� ǀŽnj� ĚŽ� �ƌĂƐŝů, para os 
canais TVs Câmara e Senado e as novas mídias da 
tĞď͕�ŽĐŽƌƌĞƵ�Ƶŵ�ĂǀĂŶĕŽ�ƐŝŐŶŝĮĐĂƟǀŽ�ƉĞƌŵŝƟŶĚŽ�
ĂŽ�ĐŝĚĂĚĆŽ�ĂĐŽŵƉĂŶŚĂƌ�Ă�ǀŝĚĂ�ĚŽ�ƉŽĚĞƌ�ƉŽůşƟĐŽ�
nacional em tempo real. 
Para termos uma noção da velocidade com 
ƋƵĞ� ĞƐƚĂƐ� ƚƌĂŶƐĨŽƌŵĂĕƁĞƐ�ǀġŵ� ƐĞ� ĐŽŶĮŐƵƌĂŶĚŽ͕�
basta compararmos a capacidade de difusão e 
popularização das mídias. O rádio levou 34 anos 
para alcançar 50 milhões de ouvintes. A televisão, 
apenas 17 anos; e a internet, não mais do que 
quatro anos, enquanto o &ĂĐĞŬ levou apenas 
dois anos para reunir 50 milhões de usuários. 
Evidentemente que a população também triplicou 
em menos de um século, e a educação ampliou 
a base de acesso às tecnologias a milhões de 
pessoas ao redor do mundo. Ainda assim, os 
números revelam que o ritmo de expansão das 
mídias é proporcionalmente muito maior. 
��ĐĂĚĂ�ŐĞƌĂĕĆŽ�ƋƵĞ�ƐĞ�ƐƵĐĞĚĞ͕�ĂƐ�ŝŶŇƵġŶĐŝĂƐ�
ĚĞ� ƐĞƵ� ƚĞŵƉŽ�ŵĂƌĐĂŵ� ĚĞ� ĨŽƌŵĂ� ƉĂƌƟĐƵůĂƌ� ƐƵĂ�
história. Até a chamada geração X (nascidos entre 
a segunda guerra mundial e os anos 1980), o livro 
e os bancos escolares eram a fonte primordial 
da informação. O conhecimento passava por 
ƵŵĂ�ĨƌĂŐŵĞŶƚĂĕĆŽ�ƋƵĞ�ƐĞ�ŝŶƚĞŶƐŝĮĐŽƵ�ƉŽƌ�ĐŽŶƚĂ�
ĚŽƐ� ŵƷůƟƉůŽƐ� ŵĞŝŽƐ� ĚĞ� ƉƌŽĚƵĕĆŽ� Ğ� ĚŝĨƵƐĆŽ� ĚĂ�
informação. Esta geração vivenciou algumas 
quebras de paradigmas e rupturas com modelos 
tradicionais que norteavam a humanidade por 
milênios. Como exemplos dessas mudanças, 
ǀĞƌŝĮĐĂŵͲƐĞ�ĂůƚĞƌĂĕƁĞƐ�ŶŽ�ĨŽƌŵĂƚŽ�ĚĞ�ĨĂŵşůŝĂ͕�ŶŽ�
poder da Igreja e na hierarquia empresarial.
��ƉĂƌƟƌ�ĚĂ�ŐĞƌĂĕĆŽ�z�;ŶĂƐĐŝĚŽƐ�ĞŶƚƌĞ�ŽƐ�ĂŶŽƐ�
ϴϬ� Ğ� ϵϬͿ͕� Ă� ĞdžƉŽƐŝĕĆŽ� ĂŽƐ� ŵƷůƟƉůŽƐ� ĞƐơŵƵůŽƐ�
promovidos pelos recursos da internet trouxe 
uma transformação na forma de produzir e gerar 
comunicação e conhecimento. A nova geração 
já nasceu cercada de aparatos tecnológicos. A 
Neurociência atesta que as conexões cerebrais 
destes jovens são mais intensas do que as 
observadas na geração de seus pais. Espertos e 
ŽƵƐĂĚŽƐ͕�ŽƐ�zƐ são despojados, ouvem ŝWŽĚƐ e são 
avessos a formalismos e hierarquias. Eles querem 
trabalhar, mas não querem que o trabalho seja 
sua vida, como o fora para seus pais. Antenados 
à expansão tecnológica, buscam qualidade de 
ǀŝĚĂ�Ğ�ĐŽŶĨŽƌƚŽ�ĮŶĂŶĐĞŝƌŽ͘��ůĞƐ� ƚġŵ�ƉƌĞƐƐĂ�ƉĂƌĂ�
ƉƌŽŐƌĞĚŝƌ�Ğ�ƐĆŽ�ĐŽŵƉĞƟƟǀŽƐ͘
17
A chamada geração Z (nascidos no início 
ĚŽ�ƐĠĐƵůŽ�yy/Ϳ� ƚĞŵ�ĐŽŵŽ�ĐĂƌĂĐƚĞƌşƐƟĐĂ�Ž�ŚĄďŝƚŽ�
de “zapear”. Por isso a denominação Z. Outra 
ĐĂƌĂĐƚĞƌşƐƟĐĂ� ĚĞƐƚĂ� ŐĞƌĂĕĆŽ� Ġ� Ă� ĐŽŶƐƚĂŶƚĞ� ƚƌŽĐĂ�
ƋƵĞ� ƐĞ� ĨĂnj� ĞŶƚƌĞ� ŽƐ� ĐĂŶĂŝƐ� ĚĞ� ŝŶƚĞƌĂƟǀŝĚĂĚĞ͕�
zapeando de um a outro, da internet ao telefone, 
ao videogame, à internet novamente etc. Para 
eles, o mundo é totalmente tecnológico e virtual, 
pois nasceram em meio a esse mundo. São menos 
ĚĞƐůƵŵďƌĂĚŽƐ�ƋƵĞ�ŽƐ�ĚĂ�ŐĞƌĂĕĆŽ�z�Ğ� ůŝĚĂŵ�ĐŽŵ�
ũŽLJƐƟĐŬ e ŝWŚŽŶĞƐ.
Percebe-se que, enquanto os jovens das 
ĂŶƟŐĂƐ�ŐĞƌĂĕƁĞƐ�ǀŝĂŵ�ŶŽƐ�ĂĚƵůƚŽƐ�ƐĞƵƐ�ŵŽĚĞůŽƐ�
referenciais, os de hoje preferem construir seus 
próprios modelos. E, em muitos casos, são os 
adultos que procuram se identificar com os jovens 
modelando comportamentos e vestimentas. 
�� ƵŶŝĆŽ� ĚĞƐƚĞƐ� ƚƌġƐ� ƟƉŽƐ� ĚĞ� ŐĞƌĂĕƁĞƐ� Ġ�
indispensável para o futuro de organizações de 
ƚŽĚŽƐ� ŽƐ� ƟƉŽƐ͘� ^ĂďĞƌ� ůŝĚĂƌ� ĐŽŵ� Ă� ĚŝǀĞƌƐŝĚĂĚĞ�
ĚĞ� ĞdžƉĞƌŝġŶĐŝĂƐ� Ğ� ƉĞƌĮƐ� Ġ� Ž� ŐƌĂŶĚĞ� Ğ� ĞƐƐĞŶĐŝĂů�
ĚĞƐĂĮŽ� ƉĂƌĂ� Ž� ƐƵĐĞƐƐŽ� Ğŵ� Ƶŵ� ĨƵƚƵƌŽ� ŵƵŝƚŽ�
próximo. Ter clareza sobre estas diferenças 
ĨĂĐŝůŝƚĂ�Ă�ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ�ĐŽƟĚŝĂŶĂ�Ğ�ĐŽůĂďŽƌĂ�ƉĂƌĂ�Ž�
planejamento de uma apresentação pública, que 
agora passa a ter de atrair a atenção das gerações 
y͕�z�Ğ�͘
1.6 - Comunicação para todos os públicos 
�� ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ� ĮŐƵƌĂ� ĚĞŶƚƌĞ� Ƶŵ� ĚŽƐ�ŵĂŝƐ�
importantes requisitos do sucesso apontados 
por diversas pesquisas feitas ao longo dos dois 
ƷůƟŵŽƐ� ƐĠĐƵůŽƐ� ĐŽŵ� ƉĞƐƐŽĂƐ� ďĞŵͲƐƵĐĞĚŝĚĂƐ�
do mundo. Os líderes mais marcantes da 
humanidade se diferenciaram pela habilidade 
de se comunicar com seu público. Atualmente, a 
ĂůƚĂ�ĐŽŶĞĐƟǀŝĚĂĚĞ͕�ŽƐ�ƌĞĂůŝƚLJ�ƐŚŽǁƐ e as inúmeras 
ferramentas da internet que são colocadas à 
disposição das pessoas fazem com que o mundo 
se torne um grande palco. Logo, o convencer 
anda aliado ao saber, e leva ao vencer.
Para que a comunicação tenha impacto 
e êxito, não significa que a pessoa precise ter 
vocabulário sofisticado nem saiba falar bonito. 
ComuŶŝĐĂĕĆŽ�ĞĮĐŝĞŶƚĞ�ƐĞ�ƌĞůĂĐŝŽŶĂ�ă�ƚƌĂŶƐŵŝƐƐĆŽ�
das ideias de forma clara e compreensível. Aliás, 
comunicação não é o que se diz, nem o que se 
comunica, mas o que as pessoas entendem. 
�� ĂƋƵŝůŽ� ƋƵĞ� ĮĐĂ� ĚĂ� ŵĞŶƐĂŐĞŵ� ĐŽŵƵŶŝĐĂĚĂ͘�
É o percebido e compreendido por parte da 
audiência. 
As pessoas estão acostumadas a pensar que 
a essência da comunicação está nas palavras, 
especialmente quando se trata de falar em 
público. A “pá que lavra” realmente tem um 
ƉĞƐŽ� ƐŝŐŶŝĮĐĂƟǀŽ� Ğŵ� ŶŽƐƐĂ� ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ͖� ŶŽ�
entanto, quando nos referimos à capacidade de 
ŝŵƉĂĐƚĂƌ͕ � ĐŽŶǀĞŶĐĞƌ͕ � ĮdžĂƌ� ƵŵĂ� ŵĞŶƐĂŐĞŵ� ŶĂ�
mente das pessoas, a palavra perde força. Uma 
pesquisa da Universidade da Califórnia, em Los 
Angeles, ĐŽŶƐƚĂƚŽƵ� ƋƵĞ� Ž� ƉŽĚĞƌ� ĚĞ� ŝŶŇƵġŶĐŝĂ�
da comunicação humana depende apenas em 
7% das palavras. O tom de voz tem um poder de 
ŝŶŇƵġŶĐŝĂ� ƋƵĞ� ĐŽƌƌĞƐƉŽŶĚĞ� Ă� ϯϱй͕� Ğ� ŽƐ� ĚĞŵĂŝƐ�
58% representam o poder de expressão da 
ĮƐŝŽůŽŐŝĂ�ĚŽ�ĐŽŵƵŶŝĐĂĚŽƌ͘
Para comprovarmos o estudo americano, 
basta declamarmos uma poesia eliminando 
sua pontuação, ela simplesmente perde 
ĐŽŵƉůĞƚĂŵĞŶƚĞ�Ž�ƐĞŶƟĚŽ͘�KƵƚƌŽ�ĞdžĞŵƉůŽ�ĐůĄƐƐŝĐŽ�
ǀĞŵ�ĚŽ�ũŽƌŶĂůŝƐŵŽ͘���ŵĞƐŵĂ�ŶŽơĐŝĂ�ƚƌĂŶƐŵŝƟĚĂ�
por diferentes jornalistas televisivos repercute 
de forma diferente na capacidade de assimilação 
ĚŽ� ƚĞůĞƐƉĞĐƚĂĚŽƌ͘ � �� ĨŽƌŵĂ� ĐŽŵŽ� Ă� ŶŽơĐŝĂ� Ġ�
ƚƌĂŶƐŵŝƟĚĂ� Ğ� Ă� ĐƌĞĚŝďŝůŝĚĂĚĞ� ĚŽ� ũŽƌŶĂůŝƐƚĂ� ƐĞ�
ƌĞŇĞƚĞŵ� ŶŽƐ� ƐĂůĄƌŝŽƐ� ƉĂŐŽƐ� ƉĞůŽƐ� ǀĞşĐƵůŽƐ� ĚĞ�
comunicação, cujas diferenças são consideráveis. 
Na teledramaturgia, as diferenças são imensas 
e absolutamente relacionadas à capacidade 
ŝŶƚĞƌƉƌĞƚĂƟǀĂ� ĚŽ� ĂƚŽƌ͘ � �ŵ� ŶŽƐƐŽ� ĐŽƟĚŝĂŶŽ͕�
seguramente conhecemos pessoas que não levam 
jeito para contar piada enquanto outras fazem 
piada de tudo, e tudo parece merecer graça. 
Em ambas as anedotas, as palavras podem ser 
exatamente as mesmas, no entanto, a capacidade 
ĚĞ� ŝŶŇƵĞŶĐŝĂƌ� Ğ� ŝŵƉĂĐƚĂƌ� ĂƐ� ƉĞƐƐŽĂƐ�ŵƵĚĂ� ƉŽƌ�
conta de quem dela faz uso. Esta diferença está 
ŶŽƐ� ϵϯй� ƌĞƐƚĂŶƚĞƐ� ĚĂ� ĐĂƉĂĐŝĚĂĚĞ� ĚĞ� ŝŶŇƵġŶĐŝĂ�
que as pessoas possuem. Veja exemplos no anexo 
3 desta publicação.
O fato de as palavras terem um peso menor 
ŶĂ�ĐĂƉĂĐŝĚĂĚĞ�ĚĞ�ĐŽŶǀĞŶĐŝŵĞŶƚŽ�ŶĆŽ�ƐŝŐŶŝĮĐĂ�ƋƵĞ�
18
elas não devam ser medidas antes de proferidas. 
Palavras mal posicionadas ou com possibilidade de 
dúbias interpretações podem originar problemas 
ƐŝŐŶŝĮĐĂƟǀŽƐ� ƉĂƌĂ� ƐĞƵƐ� ĐŽŵƵŶŝĐĂĚŽƌĞƐ͘�EĂ� ĄƌĞĂ�
pública, não são raros os casos de governantes 
que tiveram problemas por conta de uma palavra 
mal posicionada ou inoportuna. Só para citar 
alguns casos que repercutiram na mídia nacional: 
“O que é bom a gente fatura, o que é ruim a 
gente esconde”, Rubens Ricupero, Ministro da 
Fazenda do governo Itamar Franco, em entrevista 
à rede Globo de Televisão; “Relaxa e goza”, Marta 
Suplicy, Ministra do Turismo do governo Lula, se 
referindo às extenuantes esperas nos aeroportos 
brasileiros durante a crise aérea; “Aposentados 
são vagabundos”, Presidente Fernando Henrique, 
se referindo à Reforma da Previdência; “Se fu”, 
presidente Lula, falando sobre a crise econômica 
mundial em 2008. Estes e tantos outros casos 
ĂůŝŵĞŶƚĂƌĂŵ� ĚĞƐŐĂƐƚĞƐ� ƉƷďůŝĐŽƐ� Ğ� ĐƌşƟĐĂƐ� ĚĂ�
imprensa. E todos poderiam ter sido evitados. 
Portanto, precisamos, sim, tomar cuidado com “o 
que” falamos e com o “como” falamos.
O tom de voz é o ritmo vocal de uma 
ŶĂƌƌĂƟǀĂ͘� �� ŵƵƐŝĐĂůŝĚĂĚĞ� ĚĂ� ǀŽnj� Ġ� Ă� ĐŽůŽĐĂĕĆŽ�
mais ou menos prolongada das vogais, levando 
em conta a sua acentuação. A alternância da 
altura da voz – ora alta, ora normal, ora baixa 
–, e da velocidade que imprimimos às frases – 
rápida em certos momentos e lenta em outros 
ʹ�ƌĞƐƵůƚĂŵ�Ğŵ�Ƶŵ�ĐŽŶũƵŶƚŽ�ŵĞůŽĚŝŽƐŽ�ƋƵĞ�ŝŶŇƵŝ�
no espírito, na vontade e no interesse da plateia 
sobre o que se diz. Portanto, é preciso aperfeiçoar 
Ž� ƌŝƚŵŽ� ĚĂ� ĨĂůĂ� ĚĞŶƚƌŽ� ĚŽ� ĞƐƟůŽ� ĚĞ� ĐĂĚĂ� Ƶŵ͕�
ĂƉƌŽǀĞŝƚĂŶĚŽ�Ă�ĞŶĞƌŐŝĂ͕�Ž�ƟŵďƌĞ�Ğ�Ă�ƐŽŶŽƌŝĚĂĚĞ�
da voz. O conjunto harmonioso da pronúnciadas palavras aliado à entonação de voz pode 
provocar em quem escuta, sensações de extremo 
encantamento. Este ritmo e cadência podem ser 
ĐŽŶƋƵŝƐƚĂĚŽƐ�ĐŽŵ�Ă�ƐŝŵƉůĞƐ�ƉƌĄƟĐĂ�ĚĞ�ůĞŝƚƵƌĂ�Ğŵ�
voz alta. 
Outro recurso que chama a atenção da 
ĂƵĚŝġŶĐŝĂ�Ġ�Ă�ƵƟůŝnjĂĕĆŽ�ĚĞ�ƉĂƵƐĂƐ�ŶŽ�ƚƌĂŶƐĐŽƌƌĞƌ�
da abordagem. Silenciar, criar suspense, “deixar 
no ar”, optar por instantes de silêncio em uma 
explanação falada, são atributos valiosos na 
arte de prender a atenção do público. Evidente 
que não se pode abusar deste recurso, pois, ao 
exceder em seu uso, a perda de impacto passa a 
ser o resultado. Em outras palavras, a entonação 
ĚŽ�ƚĞdžƚŽ�ƉŽĚĞ�ŝŶŇƵĞŶĐŝĂƌ�ŵĂŝƐ�ĚŽ�ƋƵĞ�Ž�ƉƌſƉƌŝŽ�
texto. 
K� ƌĞƐƚĂŶƚĞ� ĚŽ� ƉŽĚĞƌ� ĚĞ� ŝŶŇƵġŶĐŝĂ� ĚĂ�
comunicação atribui-se à postura corporal, à 
expressão facial, ao modo de sentar e de se postar 
diante da plateia. O corpo fala. Às vezes, mais do 
que as palavras. De certa forma, as pessoas que 
assistem a uma palestra ou discurso precisam 
ser tocadas e envolvidas pela apresentação. 
�ůĂƐ� ƉƌĞĐŝƐĂŵ� ͞ǀŝĂũĂƌ� ũƵŶƚŽ͟� ĐŽŵ� Ă� ŶĂƌƌĂƟǀĂ͕�
imaginando com clareza os acontecimentos e, se 
possível, fazendo parte do contexto. Para que você 
ĐŽŶƐŝŐĂ� ĞƐƚĞ� ĞŶǀŽůǀŝŵĞŶƚŽ͕� Ž� ŵĞůŚŽƌ� Ġ� ƵƟůŝnjĂƌ�
recursos de teatralização. Todas as sensações 
Ğ� ƐĞŶƟŵĞŶƚŽƐ� ƋƵĞ� ĚĞƐĞũĂ� ǀĞƌ� ƌĞŇĞƟĚŽƐ� ŶĂ� ƐƵĂ�
ƉůĂƚĞŝĂ͕�ĞŶĐĞŶĞͲŽƐ�ƉƌŝŵĞŝƌŽ͘�^Ğ�ĞƐƟǀĞƌ�ĐŽŶƚĂŶĚŽ�
uma história triste, seu semblante deve estar 
entristecido, seu olhar levemente caído, e seu 
corpo um pouco inclinado. Com este conjunto 
de expressões, estará dando um maior senso de 
ƌĞĂůŝƐŵŽ�ă�ƐƵĂ�ŶĂƌƌĂƟǀĂ͘�YƵĂŶĚŽ�Ž�ƚĞdžƚŽ�ƚƌĂƚĂƌ�ĚĞ�
assuntos alegres, cômicos ou de encantamento, 
ƐƵĂ� ĞdžƉƌĞƐƐĆŽ� ĚĞǀĞ� ĂĐŽŵƉĂŶŚĂƌ� Ă� ŶĂƌƌĂƟǀĂ� Ğ�
reforçar suas palavras. Viva o texto. Sinta suas 
ĂĮƌŵĂĕƁĞƐ͘�/ƐƐŽ�ĐŽŶǀĞŶĐĞ͘
O conjunto das expressões corporais 
dá brilho, vida, impacto e realismo às suas 
performances. As incongruências entre palavras e 
expressões faciais são facilmente percebidas pela 
audiência, especialmente pelo público feminino, 
cuja capacidade de perceber incoerências foi 
lapidada por milênios de evolução, como já 
vimos. Se você está narrando um fato triste com 
expressões de alegria no rosto, ou um fato alegre 
ĐŽŵ� ĐĂƌĂ� ĚĞ� ƚƌŝƐƚĞ͕� ƐƵĂ� ŶĂƌƌĂƟǀĂ� ǀĂŝ� ƉĂƌĞĐĞƌ�
pouco convincente. Mesmo que as palavras 
ĂĮƌŵĞŵ�Ƶŵ�ĞƐƚĂĚŽ�ĞŵŽĐŝŽŶĂů͕�ĂŝŶĚĂ�ĂƐƐŝŵ�Ž�ƋƵĞ�
vai predominar junto ao público é a sensação que 
Ž�ĐŽƌƉŽ�ĚĞ�ƋƵĞŵ�ĨĂůĂ�ĞƐƟǀĞƌ�ŵĂŶŝĨĞƐƚĂŶĚŽ͘�
Uma pesquisa da Universidade de Minnesota 
(EUA), desenvolvida em conjunto com a 3M 
�ŽƌƉŽƌĂƟŽŶ͕ constatou que uma apresentação na 
qual se acrescentem recursos visuais potencializa 
a possibilidade de persuadir a plateia. Os estudos 
concluíram que o percentual correspondente ao 
19
 “Não basta 
falar bonito, é preciso 
convencer.”
Joel Adriano Maciel
incremento da impactação por conta dos recursos 
visuais chega a 43%. Considere uma plateia 
de pessoas predominantemente simples. Elas 
levarão para suas casas um conjunto maior de 
impressões do que de informações. Ao envolver 
ƚŽĚŽƐ� ŽƐ� ſƌŐĆŽƐ� ĚŽƐ� ƐĞŶƟĚŽƐ� ŶĂ� ĂƉƌĞƐĞŶƚĂĕĆŽ͕�
amplia-se a possibilidade de o público ser tocado 
e de reter a mensagem que se pretende externar.
Considerando os estudos postos, exceto 
em ocasiões formais e solenes que exijam uma 
ƉŽƐƚƵƌĂ�ŵĂŝƐ�ĐŽŶƟĚĂ͕�ƐŽďƌĞƚƵĚŽ�ĚŽ�ĂƉƌĞƐĞŶƚĂĚŽƌ�
ou mestre de cerimônias, procure evitar uma 
comunicação linear. Gere suspense. É interessante 
ƐĞŐƵŝƌ� ƵŵĂ� ĐĞƌƚĂ� ůŝŶŚĂ͗� ŶŽ� ŝŶşĐŝŽ� ĚĂ� ŶĂƌƌĂƟǀĂ͕�
apresente-se como um “vilão” com um problema 
Ă� ƐĞƌ� ƌĞƐŽůǀŝĚŽ͕� ĚƌĂŵĂƟnjĞ� Ă� ĐĞŶĂ͕� ǀĂůŽƌŝnjĞ� Ž�
instante para, no decorrer da fala, apresentar a 
solução. Você é a solução. Você é o seu produto, 
sua ideia ou seu conceito. A total inexistência 
ĚĞ� ĞdžƉƌĞƐƐƁĞƐ� İƐŝĐĂƐ� Ğ� ĚĞ� ƚŽŶĂůŝĚĂĚĞƐ� ĚƵƌĂŶƚĞ�
Ă� ŶĂƌƌĂƟǀĂ� ĚŝŵŝŶƵŝ� ĚƌĂƐƟĐĂŵĞŶƚĞ� Ă� ĐĂƉĂĐŝĚĂĚĞ�
de persuadir a audiência. Por isso, sempre 
que possível, opte por apresentações que não 
dependam de um texto escrito. Os discursos lidos 
tendem a ser menos persuasivos. 
1.7 - Os canais de processamento da informação
Tudo o que pensamos ou falamos pode ser 
dividido em imagem, sons e sensações. O cérebro 
humano, quando processa as informações, 
divide-as nestes três componentes. Os estudos 
ŵŽƐƚƌĂŵ�ƋƵĞ�ĂƐ�ƉĞƐƐŽĂƐ�ŶĆŽ�ƵƟůŝnjĂŵ͕�ĚĞ�ĨŽƌŵĂ�
proporcional, estes três canais para convencerem-
se ou mesmo para arquivar informações com 
ŵĂŝƐ�ŶŝƟĚĞnj͘��ůĂƐ�ƚĞŶĚĞŵ�Ă�ƐĞƌ�ŵĂŝƐ�ƌĞĐĞƉƟǀĂƐ�ăƐ�
informações advindas de um destes três canais. 
�ůŐƵŵĂƐ�ƉŽĚĞŵ� ƐĞƌ�ŵĂŝƐ� ĂƵĚŝƟǀĂƐ͕� ŽƵƚƌĂƐ�ŵĂŝƐ�
visuais ou mais sinestésicas.
�ŵ� ƚĞƌŵŽƐ� ƋƵĂŶƟƚĂƟǀŽƐ͕� Ž� ĐĂŶĂů� ĚĞ�
predominância da absorção de informações 
para um público médio tende a ser o visual; 
ĚĞƉŽŝƐ� ǀĞŵ� Ž� ĂƵĚŝƟǀŽ� Ğ͕� ƉŽƐƚĞƌŝŽƌŵĞŶƚĞ͕� Ž�
sinestésico. Não por acaso as imagens são tão 
ƚŽĐĂŶƚĞƐ͕� ĐŽŶǀŝŶĐĞŶƚĞƐ� Ğ� ĨĂƌƚĂŵĞŶƚĞ� ƵƟůŝnjĂĚĂƐ�
ƉĞůĂ� ŵşĚŝĂ� ƉĂƌĂ� ŝŵƉĂĐƚĂƌ� ĂŶƷŶĐŝŽƐ͕� ŶŽơĐŝĂƐ� Ğ�
ĚƌĂŵĂƚƵƌŐŝĂ͘� �ƐƟŵĂͲƐĞ� ƋƵĞ� ϴϯй� ĚĂƐ� ƉĞƐƐŽĂƐ�
sejam predominantemente visuais, que 11% 
ƐĞũĂŵ�ĂƵĚŝƟǀĂƐ�Ğ�ϲй͕�ƐŝŶĞƐƚĠƐŝĐĂƐ͘�
�Ɛ�ƉĞƐƐŽĂƐ�ĐŽŵ�ĐĂƌĂĐƚĞƌşƐƟĐĂƐ�ŵĂŝƐ�ĂƵĚŝƟǀĂƐ�
tendem a ser convencidas pela predominância do 
que lhes é dito. Aquelas cujo canal visual é mais 
forte costumam se convencer diante de imagens. 
Já as que são consideradas mais sinestésicas, 
possuem o canal da sensação mais aguçado. 
sĞũĂŵŽƐ�Ă� ƐĞŐƵŝƌ� ĂůŐƵŵĂƐ�ĞƐƉĞĐŝĮĐŝĚĂĚĞƐ� ƐŽďƌĞ�
cada um desses três canais de processamento da 
informação.
Os ĂƵĚŝƟǀŽƐ guardam mais facilmente 
palavras e percebem pequenas alterações na 
entonação de voz de quem fala. Uma palavra 
mal posicionada será percebida facilmente pelos 
ĂƵĚŝƟǀŽƐ͘��ƐƚĂƐ�ƉĞƐƐŽĂƐ�ƐĞ�ĐŽŶǀĞŶĐĞŵ�ĚŝĂŶƚĞ�ĚĞ�
uma argumentação consistente e lembram com 
mais facilidade do que as pessoas falam. Já ao 
ĨĂůĂƌ͕ �ŽƐ�ĂƵĚŝƟǀŽƐ�ĐŽƐƚƵŵĂŵ�ƵƟůŝnjĂƌ�Ƶŵ�ƚŽŵ�ĚĞ�
ǀŽnj� ďĞŵ� ĂƌƌĂŶũĂĚŽ͕� ĐŽŵŽ� ƐĞ�ŵĂŶƟǀĞƐƐĞŵ� ƵŵĂ�
determinada “cadência” em sua expressão oral. 
&ŝƐŝĐĂŵĞŶƚĞ͕� ĐŽŶƐĞŐƵŝŵŽƐ� ŝĚĞŶƟĮĐá-los pela 
movimentação dos olhos na horizontal como que 
à procura das palavras certas. 
Já os considerados predominantemente 
ǀŝƐƵĂŝƐ� ƵƟůŝnjĂŵ� ƵŵĂ� ůŝŶŐƵĂŐĞŵ� ĨĂƌƚĂŵĞŶƚĞ�
ĮŐƵƌĂĚĂ�ĂŽ�ĨĂůĂƌ͕ �ƉƌŽũĞƚĂŵ�ĐĞŶĄƌŝŽƐ�ŵĞŶƚĂŝƐ�ĐŽŵ�
ƚŽŶĂůŝĚĂĚĞƐ�ĚĞ�ĐŽƌ�Ğ�ƐĞ� ůĞŵďƌĂŵ�ĚĞ�ĮƐŝŽŶŽŵŝĂƐ�
que viram uma única vez mesmo quando há 
ĚŝĮĐƵůĚĂĚĞ�ĚĞ�ŐƵĂƌĚĂƌ�ŶŽŵĞƐ͘�^ĆŽ�ƐĞŶƐŝďŝůŝnjĂĚŽƐ�
por imagens, e aquilo que veem não esquecem 
facilmente porque seus arquivos cerebrais 
guardam as informações com facilidade. Seu 
ritmo de fala pode acelerar e o conteúdo da 
apresentação costuma ser enriquecido por 
exemplos que requerem da audiência o “ver 
mentalmente”. Fisicamente, enquanto formulam 
frases, costumam jogar seu olhar para cima, e, 
quando empolgados, falam rápido.
20
As pessoas nas quais o canal ƐŝŶĞƐƚĠƐŝĐŽ 
predomina, possuem uma forma de comunicação 
mais retraída. Entre elas, os canais marcantes do 
ĂƉƌĞŶĚŝnjĂĚŽ�ĐŽƌƌĞƐƉŽŶĚĞŵ�ĂŽ�ŽůĨĂƟǀŽ�;ϯ͕ϱйͿ͕�ĂŽ�
toque (1,5%) e ao sabor (1%). Tendem a tocar as 
pessoas enquanto falam e sua percepção para 
sensações relacionadas ao tato é reforçada. 
Quando vão fazer uma compra de determinado 
utensílio, não se limitam a ver o produto, precisam 
tocá-lo. Tendem a jogar seu olhar para baixo 
enquanto falam, podendo, com isso, parecer 
envergonhadas. Seu sistema nervoso parece 
processar as sensações durante a expressão e seu 
ritmo de fala pode ser mais sereno do que o dos 
ĂƵĚŝƟǀŽƐ�Ğ�ǀŝƐƵĂŝƐ͘
A predominância de um canal em relação 
a outros não elimina a importância dos menos 
predominantes. Algumas pessoas possuem mais 
de um canal latente, feito antenas que captam 
e percebem informações explícitas e implícitas, 
ŽďũĞƟǀĂƐ� Ğ� ƐƵƟƐ͘� :Ą� ƉĂƌĂ� ŽƵƚƌĂƐ͕� ŽƐ� ƚƌġƐ� ĐĂŶĂŝƐ�
podem atuar simultaneamente, mesmo que 
em diferentes ordens de intensidade: visual-
ƐŝŶĞƐƚĠƐŝĐŽͲĂƵĚŝƟǀŽ͖� ǀŝƐƵĂůͲĂƵĚŝƟƚǀŽͲƐŝŶĞƐƚĠƐŝĐŽ͖�
ƐŝŶĞƐƚĠƐŝĐŽͲǀŝƐƵĂůͲĂƵĚŝƟǀŽ͖� ƐŝŶĞƐƚĠƐŝĐŽͲĂƵĚŝƟǀŽͲ
ǀŝƐƵĂů͖� ĂƵĚŝƟǀŽͲƐŝŶĞƐƚĠƐŝĐŽͲǀŝƐƵĂů� ŽƵ� ĂŝŶĚĂ�
ĂƵĚŝƟǀŽͲǀŝƐƵĂůͲƐŝŶĞƐƚĠƐŝĐŽ͘Quando estamos em contato com pequenos 
grupos e estabelecemos com eles interações mais 
individuais, facilitará nossa abordagem descobrir 
qual o canal de comunicação predominante 
na pessoa. Para descobrirmos este canal, 
ƉƌĞĐŝƐĂŵŽƐ�ƉƌĞƐƚĂƌ�ĂƚĞŶĕĆŽ�ŶĂ�ƉŽƐƚƵƌĂ�İƐŝĐĂ͕�ŶŽ�
movimento dos olhos e no tom de voz de quem 
está se comunicando conosco. A descoberta 
deste canal nos permite entrar em sintonia com 
a forma como a pessoa prefere que se dê a 
comunicação. Isso facilita o estabelecimento da 
ĞŵƉĂƟĂ� Ğ� ĚŽ� ƉƌŽĐĞƐƐĂŵĞŶƚŽ� ĚĂƐ� ŝŶĨŽƌŵĂĕƁĞƐ�
porque entramos em sintonia com o interlocutor 
na medida em que ingressamos no seu canal de 
comunicação preferencial.
Para fazer uso deste recurso junto a um grupo 
ĚĞ�ƉĞƐƐŽĂƐ͕�ǀĞƌŝĮƋƵĞ�Ž�ƋƵĞ�ŵĂŝƐ�ƉŽƐƐĂ�ůŚĞ�ƚƌĂnjĞƌ�
retorno de aceitação: se obtém mais resposta 
do grupo quando apenas cita algo com humor, 
ŽƵ� ƐĞ͕� ƉŽƌ� ĞdžĞŵƉůŽ͕� ƉƌĞĐŝƐĂ� ĚƌĂŵĂƟnjĂƌ� ĂůŐƵŵĂ�
situação semelhante à relatada. Observe sempre 
atentamente as expressões das pessoas. Elas são 
Ž�ǀĞƌĚĂĚĞŝƌŽ�ƌĞŇĞdžŽ�ƐŽďƌĞ�Ž�ƋƵĂŶƚŽ�ǀŽĐġ�ĞƐƚĄ�Ğŵ�
harmonia com elas e, consequentemente, se está 
em melhor condição de convencê-las.
A capacidade de impactar e até mesmo de 
convencer o público é diferente da capacidade 
que as pessoas têm de lembrar-se do que foi 
comunicado. Alguns estudos sugerem que 
ŶŽƐƐŽ� ĐĠƌĞďƌŽ� ƉĂƐƐĂ� Ƶŵ� ĮůƚƌŽ� ĐŽŶƐŝĚĞƌĄǀĞů� ŶĂƐ�
informações que recebemos, mantendo na 
memória as que mais nos interessam. Algumas 
pesquisas referentes à capacidade de as 
pessoas reterem informações sugerem que nós 
guardamos em média:
10% Do que lemos
20% Do que ouvimos
30% Do que vemos
50% Do que vemos e ouvimos
70% Do que dizemos quando conversamos
90% Do que dizemos quando fazemos algo
Embora as variações individuais desta 
projeção sejam bastante consideráveis, os 
números nos ajudam a ter uma noção global 
da forma como as pessoas costumam reter a 
informação. Ao que se percebe, quanto mais 
ſƌŐĆŽƐ�ĚŽƐ�ƐĞŶƟĚŽƐ�ƐĆŽ�ĞŶǀŽůǀŝĚŽƐ�ŶŽ�ƉƌŽĐĞƐƐŽ�
de transmissão da informação, maior é a 
possibilidade de retenção. Quando a audiência 
ƚĞŵ�Ă�ƉŽƐƐŝďŝůŝĚĂĚĞ�ĚĞ�ƉƌĂƟĐĂƌ�Ž� ĐŽŶŚĞĐŝŵĞŶƚŽ�
transferido, a possibilidade de retenção é 
ƐŝŐŶŝĮĐĂƟǀĂŵĞŶƚĞ� ŵĂŝŽƌ͘ � ͞�� ŵĞůŚŽƌ� ĨŽƌŵĂ�
de aprender é ensinar”, nos diz o provérbio 
popular. Quando comunicamos, processamos as 
informações com mais qualidade e internalizamos 
ŽƐ�ƐĂďĞƌĞƐ�ĂŽ�ĐŽŵƉĂƌƟůŚĄͲůŽƐ͘�
Não por acaso um ƚĞƐƚ� ĚƌŝǀĞ realizado por 
um consumidor em potencial tem um poder 
de convencimento maior do que a visualização 
do automóvel no catálogo. Neste teste, todos 
ŽƐ� ƐĞŶƟĚŽƐ� ƐĆŽ� ĞŶǀŽůǀŝĚŽƐ͕� ĐƌŝĂŶĚŽͲƐĞ� Ƶŵ�
conjunto de elementos importante na geração de 
ŝŶŇƵġŶĐŝĂƐ͘�
21
Outras mensagens que nos chegam também 
ŶŽƐ� ŝŶŇƵĞŶĐŝĂŵ͘� /ŶĐůƵƐŝǀĞ� ĂƐ� ƐƵďůŝŵŝŶĂƌĞƐ͕� ƋƵĞ�
ƉŽĚĞŵ�ƐƵƌŐŝƌ�ĚĂ�ĞƐƚƌĂƚĠŐŝĂ�ĚĞ�ŵĂƌŬĞƟŶŐ�ƵƟůŝnjĂĚĂ�
Ğŵ�ĮůŵĞƐ�Ğ�ŶŽǀĞůĂƐ͕�ĐŚĂŵĂĚĂ�ĚĞ�ŵĞƌĐŚĂŶĚŝƐŝŶŐ. 
A estratégia consiste em incluir nas cenas o 
consumo de produtos de determinadas marcas, 
expondo o público a mensagens indiretas. 
�ŶǀŽůǀĞƌ� ĚŝĨĞƌĞŶƚĞƐ� ƐĞŶƟĚŽƐ� ƚĂŵďĠŵ� ĨĞnj�
surgir uma técnica que evita o esquecimento de 
objetos como óculos, chaves, contas etc: quando 
colocá-los em algum lugar, repita verbalmente, 
por três vezes, o que e onde os está guardando. 
�ŝĮĐŝůŵĞŶƚĞ� Ž� ŽďũĞƚŽ� ƐĞƌĄ� ĞƐƋƵĞĐŝĚŽ͘� DĂƐ͕� Ġ�
importante saber que o cérebro humano costuma 
diminuir a retenção da informação à proporção 
que ela se distancia da data de sua emissão, isto 
é, a capacidade de relembrar vai diminuindo na 
medida em que o tempo vai passando. 
Estratégia de 
comunicação
Relembra-
mos
3 horas 
depois
Relembra-
mos
3 dias de-
pois
Explanação de 
algo isoladamente 70% 10%
Explanação com 
demonstração 72% 20%
Explanação 
demonstrada e 
experimentada 
ƉĞůŽƐ�ƉĂƌƟĐŝƉĂŶƚĞƐ
85% 65%
 
�ŶĮŵ͕� Ğŵ� ƐĞ� ƚƌĂƚĂŶĚŽ� ĚĞ� ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ͕�
nada é neutro. Sempre estamos passando alguma 
informação para as pessoas, porque nosso corpo 
todo se comunica. Até mesmo o silêncio pode 
dizer algo a respeito de determinado assunto 
conforme a circunstância.
1.8 - Comunicação e poder
�� ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ� ǀĞŵ� ƐĞŶĚŽ� ƵƟůŝnjĂĚĂ�
como forma de poder ao longo da história 
da humanidade. Textos sagrados de diversas 
ĚĞŶŽŵŝŶĂĕƁĞƐ� ƌĞůŝŐŝŽƐĂƐ� ĞŶĨĂƟnjĂŵ� Ž� ƉŽĚĞƌ� ĚĂ�
palavra: “... e o verbo se fez carne”, diz a Bíblia 
referindo-se ao poder de materialização. Grandes 
ŽƌĂĚŽƌĞƐ�ŵĂƌĐĂĚĂŵĞŶƚĞ� ŝŶŇƵĞŶƚĞƐ� ĂŽ� ůŽŶŐŽ� ĚĂ�
história eram oradores de grande capacidade 
de convencimento, tanto para o bem, quanto 
para o mal: Abraham Lincoln e Benito Mussolini, 
Mahatma Gandhi e Adolf Hitler; Dalai Lama 
Ğ� ^ĂĚĚĂŶ� ,ƵƐƐĞŝŶ͕� ƚŽĚŽƐ� ƟŶŚĂŵ� Ğŵ� ĐŽŵƵŵ�
uma oratória brilhante e avassaladora capaz de 
ŵŽďŝůŝnjĂƌ�ŵƵůƟĚƁĞƐ͕� ĨŽƐƐĞ�ƉĂƌĂ� ůŝďĞƌƚĂƌ�Ƶŵ�ƉĂşƐ�
ou para criar o Holocausto. Ao longo da história, 
ƌĞŐŝŵĞƐ�ƉŽůşƟĐŽƐ�Ğ�ƉĂşƐĞƐ�Ğŵ�ŐƵĞƌƌĂ�ǀġŵ�ƵƐĂŶĚŽ�
diferentes estratégias de comunicação para 
convencer as pessoas a aderirem a suas causas. 
WƌĞƐŽƐ� ƉŽůşƟĐŽƐ� ĨŽƌĂŵ� ƚŽƌƚƵƌĂĚŽƐ� ƉĂƌĂ� ƌĞǀĞůĂƌ�
ŝŶĨŽƌŵĂĕƁĞƐ͖� ŽƵƚƌŽƐ͕� ƐƵďŵĞƟĚŽƐ� ă� ůĂǀĂŐĞŵ�
ĐĞƌĞďƌĂů͕�Ğ�ĂůŐƵŶƐ�ĨŽƌĂŵ�ĐŽŶǀĞŶĐŝĚŽƐ�ŶŽ�ĐĂƟǀĞŝƌŽ�
de que o regime contra o qual lutavam não era de 
todo ruim.
Quando um padre ou pastor declaram que 
ĂůŐƵĠŵ�ĞƐƚĄ�ďĂƟnjĂĚŽ�ŽƵ�ĐĂƐĂĚŽ͕�ĞƐƚĂ�ĚĞĐůĂƌĂĕĆŽ�
ŶĆŽ�ƚĞŵ�ǀĂůŽƌ� ůĞŐĂů͕�ŵĂƐ�ƐĞƵ�ƉŽĚĞƌ� ŝŶƐƟƚƵĐŝŽŶĂů�
pode ser mais forte do que um documento 
assinado em cartório. Considere também a 
diferença entre o que falamos em público e o que 
ĨĂůĂŵŽƐ� Ğŵ� ƉĂƌƟĐƵůĂƌ͕ � Ğŵ� ƉƷďůŝĐŽ� ĂƐ� ƉĂůĂǀƌĂƐ�
ganham mais força e poder. 
Forte ainda é o uso das palavras realizado 
pelas pessoas predominantemente pessimistas: 
ĞůĂƐ�ƵƐĂŵ�Ƶŵ�ĐŽŶũƵŶƚŽ�ĚĞ�ƉĂůĂǀƌĂƐ�ŶĞŐĂƟǀĂƐ�Ğŵ�
ƐĞƵ�ĐŽƟĚŝĂŶŽ�ŵƵŝƚŽ�ŵĂŝŽƌ�ĚŽ�ƋƵĞ�Ž�ĚĞ�ƉĂůĂǀƌĂƐ�
ƉŽƐŝƟǀĂƐ� Ğ͕� ƉŽƌ� ŵĞŝŽ� ĚĞƐƚĂ� ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ͕� ǀĆŽ�
concebendo sua realidade. 
A mesma comunicação que pode 
resultar em ansiedade, ciúme, frustração e 
ƌĞƐƐĞŶƟŵĞŶƚŽƐ͕� ƚĂŵďĠŵ� ƉŽĚĞ� ƐĞƌ� ƉƌŽŵŽƚŽƌĂ�
de paz, de harmonia e de soluções para diversos 
problemas. Podemos fazer uso deste valioso 
ŝŶƐƚƌƵŵĞŶƚŽ� ƉĂƌĂ� ƉƌŽŵŽǀĞƌ� ĂĕƁĞƐ� ƉŽƐŝƟǀĂƐ͕�
ƉƌŽĂƟǀĂƐ�Ğ�ĐŽŶƐƚƌƵƟǀĂƐ͘���ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ�Ġ�ĐŽŵŽ�
Ƶŵ�ŝŶƐƚƌƵŵĞŶƚŽ�ĐƵũĂ�ĮŶĂůŝĚĂĚĞ�ĚĞƉĞŶĚĞ�ĚĞ�ƐĞƵ�
uso.
A comunicação é capaz de elevar o bem-
estar psicológico das pessoas ou de derrubar-
ůŚĞƐ� Ă� ŵŽƟǀĂĕĆŽ� ƉŽƌƋƵĞ� Ă� ůŝŶŐƵĂŐĞŵ� ĂĨĞƚĂ�
o comportamento humano. Um estudo da 
hŶŝǀĞƌƐŝĚĂĚĞ� ĚĞ� DĂƐƐĂĐŚƵƐĞƩƐ� ƌĞǀĞůŽƵ� ƋƵĞ�
pessoas que usam linguagens parecidas costumam 
ter reações semelhantes diante das mesmas 
22
circunstâncias. O mesmo estudo constatou que 
ĂƐ�ƉĞƐƐŽĂƐ�ŵŽĚŝĮĐĂŵ�Ă� ƐƵĂ�ƉƌſƉƌŝĂ�ĞdžƉĞƌŝġŶĐŝĂ�
referente a determinados assuntos pelo simples 
fato de comunicá-los. Por isso o papel da escuta 
do psicólogo é tão importante no processo de 
cura das pessoas. 
É que a linguagem compõe os aspectos 
psíquicos, culturais e emocionais das pessoas, 
os quais podem variar conforme a cultura e as 
crenças de cada povo. Europeus e americanos 
ƉŽƐƐƵĞŵ�ƵŵĂ� ůŝŶŐƵĂŐĞŵ�ŵĂŝƐ�ŽďũĞƟǀĂ�Ğ�ĚŝƌĞƚĂ͕�
ŽƐ� ůĂƟŶŽƐ� ĐŽƐƚƵŵĂŵ� ĨĂůĂƌ� ŵĂŝƐ� Ğ� ĨĂnjĞƌ� ƵƐŽ� ĚĞ�
palavras em tom emocional. O idioma alemão 
compõe-se de mais palavras técnicas que o 
italiano, e este, por sua vez, apresenta mais 
palavras emocionais do que o alemão. 
Através de nossa comunicação podemos 
asseverar a descrença, disseminar a discórdia, 
fomentar adversidades, patrocinar intrigas, 
destruir reputações, desmerecer pessoas e até 
mesmo acabar com vidas. Daí a face de força e 
de poder da palavra. E, como em toda a forma 
ĚĞ� ĞdžĞƌĐşĐŝŽ� ĚŽ� ƉŽĚĞƌ͕ � ƋƵĂŶĚŽ� ĞƐƚĞ� Ġ� ƵƟůŝnjĂĚŽ�
de forma inapropriada, gera consequências para 
quem Ž�ŵĂů� ƵƟůŝnjĂ� Ğ� ƉĂƌĂ� ĂƐ� ƉĞƐƐŽĂƐ� ĂĨĞƚĂĚĂƐ͘�
É por isso que a comunicação está na gênese 
da maioria dos problemas de nosso cotidiano. 
Comunicações que falham, interpretações 
inadequadas ou palavras mal colocadas podem 
gerar um conjunto de situações desconfortáveis. 
Em oito de cada dez problemas que temos, há 
alguma comunicação falha envolvida.1.9 - Falar para ouvintes e telespectadores
A fala para um público que não enxergamos, 
que ocorre através de veículos como rádio 
e televisão, apresenta suas peculiaridades 
se comparada à que se dá para um público 
ƉƌĞƐĞŶĐŝĂů͘�K�ƌĄĚŝŽ�Ğ�Ă�ds�ĂƐƐƵŵĞŵ�ĐĂƌĂĐƚĞƌşƐƟĐĂƐ�
diferenciadas que, apesar de serem óbvias, 
precisam ser consideradas quando se faz uso 
destes veículos. O rádio, por exemplo, é ouvido 
a qualquer hora e em qualquer lugar. As pessoas 
normalmente fazem outras coisas enquanto o 
sintonizam. Ninguém senta atenciosamente para 
ouvir a programação como fazem com a televisão, 
ĐƵũŽ� ĂƚƌĂƟǀŽ� ĚĂ� ŝŵĂŐĞŵ� ĐŽŵƉƁĞ� ƐĞƵ� ŐƌĂŶĚĞ�
diferencial. Enquanto a televisão apresenta ao 
telespectador imagem e som, o rádio precisa 
suprir a ausência da imagem com a qualidade 
vocal, fazendo uso, sobretudo, da emoção.
hŵ� ĞdžĐĞůĞŶƚĞ� ĐŽŵƉĂƌĂƟǀŽ� ĞŶƚƌĞ� ĂƐ� ĚƵĂƐ�
ŵşĚŝĂƐ�ƉŽĚĞ�ƐĞƌ�ǀĞƌŝĮĐĂĚŽ�ĚƵƌĂŶƚĞ�Ă�ƚƌĂŶƐŵŝƐƐĆŽ�
ĚĞ�ƵŵĂ�ƉĂƌƟĚĂ�ĚĞ�ĨƵƚĞďŽů͘��ŶƋƵĂŶƚŽ�Ž�ŶĂƌƌĂĚŽƌ�
ƚĞůĞǀŝƐŝǀŽ�ƉƌĂƟĐĂŵĞŶƚĞ�͞ĐŽŶƚĂ͟�ĂƋƵŝůŽ�ƋƵĞ�ƚŽĚŽƐ�
estão “vendo”, o radialista precisa carregar no 
detalhamento da informação, no tom de voz, 
na dinamicidade dos fatos e na empolgação 
ŶĂƌƌĂƟǀĂ͘� �ƐƚĞ� ĐŽŶũƵŶƚŽ� ĚĞ� ĞůĞŵĞŶƚŽƐ� ƚŽƌŶĂ� Ă�
ƚƌĂŶƐŵŝƐƐĆŽ�ĚĂ�ƉĂƌƟĚĂ�Ğŵ�ƌĄĚŝŽ�ďĞŵ�ĚŝĨĞƌĞŶƚĞ�ĚĂ�
ƚƌĂŶƐŵŝƐƐĆŽ�ƚĞůĞǀŝƐŝǀĂ͘�WŽƌ�ĞƐƐĞ�ŵŽƟǀŽ͕�ŽƵǀŝŶƚĞƐ�Ğ�
telespectadores podem ter impressões diferentes 
ĚĂ�ŵĞƐŵĂ�ƉĂƌƟĚĂ͕�ũĄ�ƋƵĞ�Ž�ŶĂƌƌĂĚŽƌ�ƌĂĚŝŽĨƀŶŝĐŽ�
precisa compensar a ausência das imagens com 
a empolgação e a condução da imaginação do 
ouvinte.
Bem, e o que isto tem a ver com nosso 
estudo sobre a comunicação e a arte de 
falar em público? Precisamos ter clareza das 
diferenças para nos portarmos conforme a força 
predominante imposta por cada um dos veículos. 
Para que tenhamos uma noção da diferença entre 
rádio e tevê, a pesquisa que avaliou o debate 
presidencial entre Richard Nixon e John Kennedy 
em 1969 constatou que os radiouvintes deram 
a vitória a Nixon enquanto os telespectadores 
a Kennedy. Qual a diferença se o evento foi o 
ŵĞƐŵŽ͍���ĚŝĨĞƌĞŶĕĂ�ĞƐƚĂǀĂ�ŶĂ�ĮƌŵĞnjĂ�ĚŽ�ƚŽŵ�ĚĞ�
ǀŽnj�ĚĞ�EŝdžŽŶ�Ğ�ŶĂ�ĮƐŝŽŶŽŵŝĂ�ĚĞ�<ĞŶŶĞĚLJ͘��ŵďŽƐ�
ŵŽƐƚƌĂǀĂŵ�ƐƵĂ�ƐĞŐƵƌĂŶĕĂ�ƉŽƌ�ĚŝƐƟŶƚŽƐ�ŵĞŝŽƐ͘�EŽ�
Brasil, na eleição presidencial em que Fernando 
�ŽůůŽƌ�;WZEͿ�ĚĞƌƌŽƚŽƵ�>ƵůĂ�;WdͿ͕�Ž�ƷůƟŵŽ�ĚĞďĂƚĞ�
ƚƌĂŶƐŵŝƟĚŽ� ƉĞůĂ� ZĞĚĞ� 'ůŽďŽ� ĚĞ� ƚĞůĞǀŝƐĆŽ� ĨŽŝ�
ĚĞĐŝƐŝǀŽ͘�K�ĐĂŶĚŝĚĂƚŽ�ƉĞƟƐƚĂ�ŶĆŽ�ĞƐƚĂǀĂ�ǀĞƐƟĚŽ�
nem preparado adequadamente para o embate. 
Seu oponente havia se preparado melhor, 
mostrou-se mais seguro e acabou vitorioso no 
confronto e nas urnas. 
Na televisão, as pessoas enxergam, e por 
isso percebem detalhes da expressão da pessoa, 
o que conta muito. Como vimos anteriormente, 
Ă�ĮƐŝŽůŽŐŝĂ�ŝŶŇƵĞŶĐŝĂ�ŶĂ�ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ͘�EŽ�ǀşĚĞŽ͕�
a pessoa precisa prestar muita atenção às suas 
expressões faciais, ao tamanho dos gestos 
23
e até mesmo aos cuidados com o cabelo e a 
maquiagem. O uso de imagens, quando possível, 
Ġ� ďĂƐƚĂŶƚĞ� ƐŝŐŶŝĮĐĂƟǀŽ� ƉĂƌĂ� ƌĞĂůŝnjĂƌ� ĐŽƌƌĞĕƁĞƐ͘�
No rádio, precisamos ter atenção para evitar “um 
despejo de informações”. O ouvinte pode perder 
parte do conteúdo e o impacto diminui. Na 
comunicação radiofônica, o tom de voz precisa 
compensar a ausência das imagens, ampliando 
Ă�ĐŽŶƐƚƌƵĕĆŽ�ĞŵƉĄƟĐĂ�ƉĞůŽ�ƚŽŵ�ĚĂƐ�ĞdžƉƌĞƐƐƁĞƐ͘
Estas informações nos ajudam a enfrentar 
os microfones e as câmeras da imprensa com 
menos ansiedade. Podemos ainda atentar para 
alguns cuidados em caso de entrevistas. Ao 
ƐĞƌ� ĞŶƚƌĞǀŝƐƚĂĚŽ͕� ƉƌŽĐƵƌĞ� ƐĞƌ� ĂĮƌŵĂƟǀŽ� Ğ� ŶĆŽ�
ĞǀĂƐŝǀŽ͘�hƐĞ�ĞdžĞŵƉůŽƐ�ĞůƵĐŝĚĂƟǀŽƐ͘�EĂ�ƚĞůĞǀŝƐĆŽ͕�
olhe para a câmera e mantenha a posição de 
proximidade do microfone. Se a abordagem for 
externa, procure não se distrair com o movimento 
do entorno e evite dar entrevista para a televisão 
posicionando-se de costas para o sol, a sombra 
que se projetará sobre seu rosto vai prejudicar 
a qualidade da imagem. Em ambos os casos, e 
ainda nas entrevistas para a imprensa escrita, 
dirija-se sempre para o repórter nominalmente 
e olhe em seus olhos. O olhar exerce poder e o 
ŶŽŵĞ� ĚĂ� ƉĞƐƐŽĂ� ĐŽŶƐƟƚƵŝͲƐĞ� Ğŵ� ƵŵĂ� ƉĂůĂǀƌĂ�
forte e sedutora.
Antes da entrevista, procure relatar ao 
repórter uma síntese do assunto. O relato facilita 
Ă� ĨŽƌŵƵůĂĕĆŽ�ĚĂƐ�ƉĞƌŐƵŶƚĂƐ�Ğ�ĂƟǀĂ�Ž� ƌĂĐŝŽĐşŶŝŽ�
para as respostas. Como o repórter de rua nem 
sempre sabe o espaço que sua matéria terá no 
ŶŽƟĐŝĄƌŝŽ͕�ƉƌĞƉĂƌĞ�ƐĞŵƉƌĞ�Ƶŵ�ƌĞƐƵŵŽ�ƉĂƌĂ�ƋƵĞ�
ele não perca a essência do conteúdo. Os demais 
ĐŽŶƚĞƷĚŽƐ� ƉĞƌŵŝƟƌĆŽ� ĂŽ� ũŽƌŶĂůŝƐƚĂ� ĞdžƉůŽƌĂƌ�
a informação sob o ângulo que julgar mais 
importante ao público do seu veículo.
Procure facilitar o acesso da imprensa a 
números, dados, estatístŝĐĂƐ͕� ŐƌĄĮĐŽƐ� ĞƚĐ͘� KƐ�
ĞĚŝƚŽƌĞƐ�ĚĆŽ� ŝŵƉŽƌƚąŶĐŝĂ�Ă�ĚĂĚŽƐ�ĐŽŵƉĂƌĂƟǀŽƐ�
para embasar as matérias. Leve ao repórter 
as informações que interessam ao público e 
destaque as posições que sejam pessoais diante 
do tema. Repórteres costumam ter mente 
ĂŶĂůşƟĐĂ�Ğ�ĚŝƐƉĂƌĂŵ�ƉĞƌŐƵŶƚĂƐ�Ğŵ�ƐĠƌŝĞ͘�WƌŽĐƵƌĞ�
dar ordem às informações. Tome cuidado com 
as perguntas e respostas que permitam dúbias 
interpretações. Não pense que, por ser um 
assunto relevante para você, também seja para 
o repórter. Alguns veículos de comunicação 
ƚĞŶĚĞŵ� Ă� ĞƐƚĂƌ� ŵĂŝƐ� ŝŶƚĞƌĞƐƐĂĚŽƐ� Ğŵ� ĐĂƟǀĂƌ�
seu público do que em preservar a reputação da 
fonte.
1.10 - Debates com adversários
Os debates são oportunidades de confrontar 
ideias, posições e propostas e costumam 
ocorrer diante de um público ou em frente 
aos microfones da imprensa. Nessas ocasiões, 
faz-se necessário estar preparado para todo 
o arsenal de possibilidades de ataque que o 
oponente possa trazer para o debate. Também é 
importante preparar informações referentes aos 
pontos nevrálgicos da proposta concorrente para 
ĞůĂƐ�ƐĞƌĞŵ�ƵƟůŝnjĂĚĂƐ�ŶŽ�ŵŽŵĞŶƚŽ�ĐĞƌƚŽ͘
No início das apresentações, é sempre 
ĚĞ� ďŽŵ� ƚŽŵ� ĞůŽŐŝĂƌ� ŽƐ� ƉŽŶƚŽƐ� ƉŽƐŝƟǀŽƐ� ĚŽ�
ŽƉŽŶĞŶƚĞ͘� ,ĂǀĞŶĚŽ� Ă� ƉĂƌƟĐŝƉĂĕĆŽ� ĚĂ� ƉůĂƚĞŝĂ�
no debate, faça referências elogiosas a ela. Esta 
postura diminui as animosidades e facilita o início 
da discussão. Deixe os argumentos de ataque 
ŵĂŝƐ�ĐŽŶƚƵŶĚĞŶƚĞƐ�ƉĂƌĂ�Ž�ĮŶĂů͘�
YƵĂŶĚŽ�ĨŽƌ�ŶĞĐĞƐƐĄƌŝŽ�ĞĨĞƚƵĂƌ�ƵŵĂ�ĐƌşƟĐĂ͕�
ĞǀŝƚĞ� ĐƌŝƟĐĂƌ� Ă� ƉĞƐƐŽĂ͕� ŵĂƐ� Ɛŝŵ� Ž� ĂƚŽ� ƉŽƌ� ĞůĂ�
ĐŽŵĞƟĚŽ͘� EĆŽ� ƉĞƐƐŽĂůŝnjĞ� Ă� ĂǀĂůŝĂĕĆŽ� Ğ� ƵƐĞ� ĚĂ�
ƚĠĐŶŝĐĂ�ŝŶƟƚƵůĂĚĂ�͞ ĞĨĞŝƚŽ�ƐĂŶĚƵşĐŚĞ͟�ŽƵ�͞ ĐĂĐŚŽƌƌŽ�
ƋƵĞŶƚĞ͟�ƉĂƌĂ�ŵŝŶŝŵŝnjĂƌ�ŽƐ�ĂƐƉĞĐƚŽƐ�ŶĞŐĂƟǀŽƐ�ĚŽ�
julgamento realizado. Essa técnica propõe que a 
ĐƌşƟĐĂ�ƐĞũĂ�ĂŵĞŶŝnjĂĚĂ�ƉŽƌ�ĞůŽŐŝŽƐ�;ƚŽŵ�ŵĂĐŝŽ�ŶŽ�
ŝŶşĐŝŽ�Ğ�ŶŽ�Įŵ�Ğŵ�ƌĞĨĞƌġŶĐŝĂ�ă�ŵĂĐŝĞnj�ĚĂƐ�ĨĂƟĂƐ�
ĚĞ� ƉĆŽͿ͕� ŵĂƐ� ƋƵĞ� ƐĞũĂ� ĮƌŵĞ� ĚĞ� ĐŽŶƚĞƷĚŽ� ;Ğŵ�
referência ao recheio). Assim, inicie sua exposição 
ĂƉŽŶƚĂŶĚŽ� ĂƐƉĞĐƚŽƐ� ƉŽƐŝƟǀŽƐ͕� ŝŶƚƌŽĚƵnjĂ� ŽƐ�
pontos a serem melhorados e conclua com um 
ĂůĞŶƚŽ�ƉŽƐŝƟǀŽ͘
Se houver um assunto controverso em 
discussão, procure ver o tema sob vários 
ângulos. Tente se colocar no lugar das outras 
pessoas e focalizar na solução, e não no aumento 
do problema. Se o assunto for de elevada 
importância, procure tomar decisões maturadas 
Ğ�ŶĆŽ�ĞŶƋƵĂŶƚŽ�ĞƐƟǀĞƌ�ĐŽŵ�ŽƐ�ŶĞƌǀŽƐ�ĂŇŽƌĂĚŽƐ͘�
24
Havendo possibilidade, leve aliados para 
assessorá-lo no debate. Reúna documentos, fotos 
e dados, porque eles costumam ser convincentes e 
ŝƌƌĞĨƵƚĄǀĞŝƐ͘�^Ğ�ƟǀĞƌ�ƉŽƐƐŝďŝůŝĚĂĚĞ�ĚĞ�ƉƌĞƉĂƌĂĕĆŽ͕�
faça um debate simulado com seus assessores; a 
simulação vai prepará-lo para os embates mais 
ĚƵƌŽƐ͕�ƉĞƌŵŝƟŶĚŽͲůŚĞ�ĐŽƌƌĞĕƁĞƐ͘
Durante o debate, anote as principais 
argumentações de seu oponente. Se o regramento 
do debate estabelecer réplica e tréplica, guarde o 
ŵĞůŚŽƌ�ĂƌŐƵŵĞŶƚŽ�ƉĂƌĂ�Ă�ƷůƟŵĂ�ŝŶƚĞƌǀĞŶĕĆŽ�ĚĞ�
cada segmento. Antes da réplica, anote palavras-
chave que permitam a você lembrar o tema e 
acionar uma resposta previamente formulada. Ao 
replicar, responda primeiro aos argumentos mais 
convincentes do adversário, para, em seguida, 
apresentar novas versões ou abordagens ainda 
não cobertas pelos argumentos do oponente. 
Explore as incongruências do adversário e a 
ŝŶĐŽŶƐŝƐƚġŶĐŝĂ�ĚĂƐ�ĂĮƌŵĂƟǀĂƐ͘�
WƌŽĐƵƌĞ� ĐŽŶŚĞĐĞƌ�Ž�ƉƷďůŝĐŽ�ƋƵĞ�ǀĂŝ�ĂƐƐŝƐƟƌ�
ao debate. Indague-se: se for em uma emissora 
ĚĞ� ƌĄĚŝŽ� ŽƵ� ĚĞ� ds͕� ƋƵĞ� ƉƷďůŝĐŽ� ĞůĂ� ĂƟŶŐĞ� Ğ�
qual predominância de audiência se dá no 
horário marcado para o debate. Sendo em 
ĂŵďŝĞŶƚĞ� ƌĞƐƚƌŝƚŽ͕� ƚĂŵďĠŵ� ĂŶĂůŝƐĞ� Ž� ƉĞƌĮů� ĚĂ�
audiência. Conhecendo o público predominante 
Ğ�ŽƐ�ŝŶƚĞƌĞƐƐĞƐ�ƋƵĞ�ƉƌĞƉŽŶĚĞƌĂŵ͕�ĮĐĂ�ŵĂŝƐ�ĨĄĐŝů�
preparar a apresentação. Uma plateia popular 
prefere argumentos simples, metafóricos e de 
fácil compreensão. Eruditos e intelectuais se 
convencem com dados, fatos e lógica. Acadêmicos 
se sensibilizam com visões de futuro, poesia e 
ĞƐƉĞƌĂŶĕĂ͘� �ŝĞŶƟƐƚĂƐ� ŐŽƐƚĂŵ� ĚĞ� ƉƌŽĨƵŶĚŝĚĂĚĞ�
Ğ� ƉĞĐƵůŝĂƌŝĚĂĚĞƐ͘� WŽůşƟĐŽƐ͕� ĚĞ� ƉĞƌƐƉĞĐƟǀĂƐ� Ğ�
ŝĚĞŽůŽŐŝĂƐ͘� DşƐƟĐŽƐ� Ğ� ƌĞůŝŐŝŽƐŽƐ� ƚêm predileção 
pelo mistério, pelo miraculoso e o divino.
�ƉſƐ� ƐĂďĞƌ� Ž� ƉĞƌĮů� ĚŽ� ƉƷďůŝĐŽ͕� ƉĂƌƚĂ� ƉĂƌĂ�
a anáůŝƐĞ� ĚĂƐ� ĐĂƌĂĐƚĞƌşƐƟĐĂƐ� ĚŽ� ŽƉŽŶĞŶƚĞ͘�
Estude como ele costuma agir e reagir diante de 
ĚĞƚĞƌŵŝŶĂĚŽƐ� ƚĞŵĂƐ͘�sĞƌŝĮƋƵĞ�ƐĞ�ĞůĞ� ƚĞŵ�ƉĞƌĮů�
ŝŶƚƌŽƐƉĞĐƟǀŽ͕� ĂŐƌĞƐƐŝǀŽ͕� ĞdžƉĂŶƐŝǀŽ͕� ŝŵƉƵůƐŝǀŽ�
ŽƵ�ĚŝĚĄƟĐŽ͘�sĞũĂ�ĐŽŵŽ�ƐĞƵ�ŽƉŽŶĞŶƚĞ�ƚĞŶĚĞ�Ă�ƐĞ�
ƉŽƐŝĐŝŽŶĂƌ�ƐŽďƌĞ�ŽƐ�ĂƐƐƵŶƚŽƐ�Ă�ƐĞƌĞŵ�ĚĞďĂƟĚŽƐ͘�
Antecipe-se diante dos argumentos dele 
ĞƐƚƌƵƚƵƌĂŶĚŽ�ƌĞƐƉŽƐƚĂƐ�ƉĂƌĂ�ƉŽƐƐşǀĞŝƐ�ĂĮƌŵĂƟǀĂƐ�
ou indagações que dele partam. Tenha claros 
os pontos considerados fortes e fracos em seu 
adversário.
Tendo já reunido as informações sobre 
Ž� ƉƷďůŝĐŽ� ƋƵĞ� ĂƐƐŝƐƟƌĄ� ĂŽ� ĚĞďĂƚĞ� Ğ� ƐŽďƌĞ� Ž�
adversário, reserve um tempo para se preparar 
para o enfrentamento. Reúna todos os dados 
ƉŽƐƐşǀĞŝƐ� ƐŽďƌĞ� Ž� ĂƐƐƵŶƚŽ� Ă� ƐĞƌ� ĚĞďĂƟĚŽ͘�
�ůĂƐƐŝĮƋƵĞ� ĂƐ� ŝŶĨŽƌŵĂĕƁĞƐ� ƉŽƌ� ƚĞŵĂƐ� Ğ� ĂŶŽƚĞ�
ŽƐ� ƉƌŝŶĐŝƉĂŝƐ� ĚĂĚŽƐ� Ğ� ŝŶĨŽƌŵĂĕƁĞƐ� Ğŵ� ĮĐŚĂƐ�
de fácil manuseio para o caso de consulta. 
ZĞůĂĐŝŽŶĞ� ĚĂĚŽƐ͕� ĞƐƚĂơƐƟĐĂƐ͕� ŐƌĄĮĐŽƐ͕� ŶƷŵĞƌŽƐ�
etc, mas tome cuidado para que seu material 
não se transforme em argumento favorável ao 
oponente. Preveja as objeções que possam surgir 
contra seus dados. Dependendo do assunto, o 
ŽƉŽŶĞŶƚĞ�ĚĞǀĞ�ĚĞƐƋƵĂůŝĮĐĂƌ�ŝŶĨŽƌŵĂĕƁĞƐ͕�ĚĂĚŽƐ�
e documentos de provas. Preveja a reversão.
Divida a sustentação de sua argumentação 
em três ou quatro pontos-chave. Reserve a parte 
mais importante da argumentação para ser a 
ƷůƟŵĂ� ĚĂ� ĂďŽƌĚĂŐĞŵ͘�,ĂǀĞŶĚŽ� Ă� ƉŽƐƐŝďŝůŝĚĂĚĞ͕�
ƉƌĞĮƌĂ� ƐĞŵƉƌĞ� Ă� ŵĂŶƵƚĞŶĕĆŽ� ĚĂ� ĐŽƌĚŝĂůŝĚĂĚĞ�
para que o embate se dê essencialmente no 
campo das ideias, elevando o nível do debate. Ao 
ƉƌĞƉĂƌĂƌͲƐĞ͕� ĞŶĨĂƟnjĞ�Ă�ĚĞĮŶŝĕĆŽ�ĚĞ�ƉƌŽƉŽƐƚĂƐ�Ğ�
ƚĞŶŚĂ�Ğŵ�ŵĞŶƚĞ�ŽďũĞƟǀŽƐ�ĐůĂƌŽƐ�ƋƵĞ�ĨŽĐĂůŝnjĞŵ�Ă�
solução de problemas e situações. 
1.11 - Cacoetes e vícios de linguagem
Quem tem os chamados “cacoetes” ou vícios 
de linguagem, nem sempre percebe o quanto 
sua fala abusa de determinadas palavras que 
ƐĞ� ƚŽƌŶĂŵ� ƌĞƉĞƟƟǀĂƐ͘� dĞƌŵŽƐ� ĐŽŵŽ� ƌĞĂůŵĞŶƚĞ, 
na realidade, na verdade, ďĞŵ, ĞŶƚĆŽ, daí, ŶĠ, 
ƉŽŝƐ� ďĞŵ, ĚĞ� ĨĂƚŽ, ƚĞŽƌŝĐĂŵĞŶƚĞ, entre outros, 
inclusive os regionais, como ƚĐŚġ, ĐĂďƌĂ, ŵĂƚƵƚŽ 
etc., ou as gírias, podem tornar a apresentação 
ŵĞŶŽƐ� ďƌŝůŚĂŶƚĞ� Ğ� ĞƐƟŵƵůĂŶƚĞ͘� YƵĂŶƚŽ� ĂŽ�
ƐŽƚĂƋƵĞ͕�ƉŽƌ�ŵĂŝƐ�ƋƵĞ�ĞůĞ�ƐĞũĂ�ƵŵĂ�ĐĂƌĂĐƚĞƌşƐƟĐĂ�
regional, tente livrar-se dele. Observe que os 
apresentadores de telejornais não denunciam 
sua origem territorial pelo sotaque. São retos e 
limpos verbalmente.
A melhor forma para você perceber vícios da 
ůŝŶŐƵĂŐĞŵ�Ă�Įŵ�ĚĞ�ĞǀŝƚĄͲůŽƐ�é o treino gravado, 
ou acompanhado de pessoas de confiança 
25
que possam ajudar você a percebê-los. Uma 
ĞƐƚƌĂƚĠŐŝĂ�ƋƵĞ�ƉŽĚĞ�ƐĞƌ�ƵƟůŝnjĂĚĂ�ƉŽƌ�ĂŵŝŐŽƐ�ƉĂƌĂ�
ajudar você a evitar possíveis cacoetes consiste 
em eles lhe enviarem um sinal quando tais vícios 
ƐƵƌŐŝƌĞŵ�Ğŵ�ƐƵĂ� ĨĂůĂ͗�ƵŵĂ�ƐƵĂǀĞ�ďĂƟĚĂ�Ğŵ�Ƶŵ�
copo ou outro sinal discreto que alerte você sem 
desconcentrá-lo. O ideal é que esta técnica seja 
ƵƟůŝnjĂĚĂ� ŶŽƐ� ƚƌĞŝŶĂŵĞŶƚŽƐ͕� ũĄ� ƋƵĞ͕� ĚƵƌĂŶƚĞ� Ă�
apresentação, elas podem chamar a atenção do 
público.
Quando estes verbetes ou terminologias 
ĞƐƚĆŽ� ĞŶƌĂŝnjĂĚŽƐ� ŶĂ� ĨŽƌŵĂ� ĚĞ� ĨĂůĂƌ� ĐŽƟĚŝĂŶĂ�
ĚĂ� ƉĞƐƐŽĂ͕� ƐƵĂ� ƐƵƉƌĞƐƐĆŽ� ƚŽƌŶĂͲƐĞ� ŵĂŝƐ� ĚŝİĐŝů͘�
Quando eles brotam apenas diante do público, 
ĮĐĂ� ŵĂŝƐ� ĨĄĐŝů� ĚĞ� ĐŽƌƌŝŐŝƌ� Ă� ĚĞƉĞŶĚġŶĐŝĂ� ĂŽƐ�
termos. Seja qual for a situação, primeiro faz-se 
necessário percebê-los, detectá-los para, então, 
disciplinar-se para evitá-los. 
A exemplo de outras situações a serem 
estudadas e melhoradas, também aqui a gravação 
da apresentação em vídeo facilita a observação 
do uso dos cacoetes. Caso se constate a presença 
desses vícios, procure gravar novamente a 
apresentação, evitando-os.
26
CAPÍTULO II - Falar em público
Neste capítulo, vamos tratar da comunicação voltada ao público. Faremos um breve histórico 
ĚĂ�ŽƌĂƚſƌŝĂ�Ğ͕�ƉŽƐƚĞƌŝŽƌŵĞŶƚĞ͕�ĂŶĂůŝƐĂƌĞŵŽƐ�ŶĆŽ�Ɛſ�ŽƐ�ĚŝĨĞƌĞŶƚĞƐ�ƟƉŽƐ�ĚĞ�ĚŝƐĐƵƌƐŽƐ͕�ŵĂƐ�ĂƐ�ĨŽƌŵĂƐ�
de torná-los persuasivos. Antes desse estudo, porém, apresentaremos um breve glossário de 
ƚĞƌŵŝŶŽůŽŐŝĂƐ�ƵƟůŝnjĂĚĂƐ�ƉĞůĂƐ�ĄƌĞĂƐ�ĚĂ�ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ͕�ĚŝĐĕĆŽ�Ğ�ŽƌĂƚſƌŝĂ͘�
2.1 - Glossário
Anáfora: ƌĞƉĞƟĕĆŽ�ĚĂ�ŵĞƐŵĂ�ƉĂůĂǀƌĂ�ŶŽ�ŝŶşĐŝŽ�ĚĞ�
várias frases.
Clímax: momento máximo da apresentação. 
Contestação: oposição ao exposto; contrariedade 
à argumentação; tese adversária.
Contraditor: aquele que contradiz, que apresenta 
espírito contraditor, que se opõe, que se revela 
contrário.
�ŝĂůĠƟĐĂ͗�ĂƌƚĞ�ĚĞ�ĂƌŐƵŵĞŶƚĂƌ�ŽƵ�ĚŝƐĐƵƟƌ͖�ŵĂŶĞŝƌĂ�
ĚĞ�ĮůŽƐŽĨĂƌ͕ �ĚĞ�ƉƌŽĐƵƌĂƌ�Ă�ǀĞƌĚĂĚĞ�ƉŽƌ�ŵĞŝŽ�ĚĞ�
oposição e conciliação de contradições.
Dicção: maneira de dizer no que tange à escolha 
ĚĂƐ�ƉĂůĂǀƌĂƐ͖�ŵĂŶĞŝƌĂ�ĚĞ�ĂƌƟĐƵůĂƌ�ŽƵ�ƉƌŽŶƵŶĐŝĂƌ�
as palavras.
Digressão: aceitar a tese proposta como 
ǀĞƌĚĂĚĞŝƌĂ͕� ĐŽƌƌĞƚĂ� ŽƵ� ƉĞƌƟŶĞŶƚĞ͖� � ĚŝŐƌĞĚŝƌ͕ ��
afastar-se; divagar; desviar-se de um assunto para 
outro diferente daquele de que se está tratando; 
distrair-se ao falar. 
Epístrofe: ƌĞƉĞƟĕĆŽ�ĚĂ�ŵĞƐŵĂ�ƉĂůĂǀƌĂ�ŶŽ�Įŵ�ĚĞ�
várias orações.
Eloquência: Ġ�Ă� ĨŽƌŵĂ�ĚĞ� ĨĂůĂƌ�ƋƵĞ�ƐĞ�ƵƟůŝnjĂ�ĚĂ�
graça, da beleza e do poder de convencimento 
ƉĂƌĂ�ĚĂƌ�ǀĂnjĆŽ�ăƐ�ŝĚĞŝĂƐ�Ğ�ƉĂƌĂ�ŚŝƉŶŽƟnjĂƌ�Ğ�ĐĂƟǀĂƌ�
o interlocutor.
Exórdio: refere-se à parte introdutória da 
oração; o início de um discurso; a introdução dos 
conteúdos.
Narração: abordagem do tema com base na 
descrição das nuances desse tema; fala que 
explica uma sequência de imagens que expõem 
os acontecimentos.
Objeção: o que se opõe a uma proposição, a uma 
ĂĮƌŵĂĕĆŽ͕� Ă� Ƶŵ� ƉĞĚŝĚŽ͖� ŽďƐƚĄĐƵůŽ͕� ĚŝĮĐƵůĚĂĚĞ͕�
óbice, contestação, contradita, oposição, 
refutação.
Oratória: resumo de argumentos expressos com 
entusiasmo e paixão.
Fracionamento: análise das ideias de forma 
sucessiva sob diferentes ângulos; tratamento por 
partes; produção de subconclusões.
Parônimos: palavras que, quando pronunciadas 
ĐŽŵ� ƵŵĂ� ƷŶŝĐĂ� ůĞƚƌĂ� ƚƌŽĐĂĚĂ͕� ƚġŵ� ƐĞƵ� ƐĞŶƟĚŽ�
completamente mudado.
Persuasão: capacidade de convencer; ato de 
persuadir.
Persuadir: levar a crer ou a aceitar; aconselhar, 
induzir; convencer-se; decidir-se.
Premissa: ideia ou fato inicial de que se parte para 
formar um raciocínio ou um estudo.
Progressão: evolução da abordagem por meio da 
incorporação de frações de argumentos.
Proposição: ação de propor, de submeter à 
apreciação ou a exame; proposta.
Prosódia: palavra pronunciada erroneamente por 
conta do deslocamento do acento tônico.
Réplica:� ƚĞŵƉŽ� ĚĞƐƟŶĂĚŽ� Ă� ĐŽŵƉůĞŵĞŶƚĂƌ� ƵŵĂ�
ideia ou a discordar dos argumentos de uma 
resposta em debate. 
Refutar: mostrar que a proposta apresentada não 
condiz com os fatos ou não corresponde à verdade.
Síntese: conciliação das diferentes teses em uma 
proposição compacta e resumida.
27
Silogismo: análise de um argumento formal 
baseado em mais de uma premissa; raciocínio 
que contém três proposições, as três estão 
encadeadas de tal maneira que a conclusão é 
deduzida da proposição maior por intermédio 
da menor.
Sorites: raciocínio formado por um conjunto de 
proposições encadeadas das quais decorrem 
uma conclusão.
Tréplica: tempo destinado em debates para 
responder à réplica adversária.
Tribunício: hábil utilizador da palavra em uma 
tribuna.
Tribuno: que faz uso da tribuna parase 
expressar.
2.2 - O que é oratória?
A palavra oratória se refere ao processo 
de falar com a capacidade artística de reter 
a atenção das pessoas. Na definição de 
Aristóteles “é a faculdade de encontrar todos os 
meios de persuasão sobre um assunto”. Na de 
Quintiliano, é apenas a “arte de falar bem”. Já 
Cícero a descrevia como a “arte da persuasão”. 
Logo, a oratória é considerada como a 
habilidade de expressar-se em público com 
maestria e eficácia, habilidade que, ao longo 
de milênios, mudou pouco se considerarmos 
os avanços e as modificações que tivemos em 
outras disciplinas e áreas da vida humana. 
A oratória corresponde a um conjunto 
de ideias expressas ao público de forma 
compreensível e efetiva, com dicção apropriada. 
É a habilidade do orador de expressar-se de 
forma elevada e impactante. Esta habilidade 
pode ser nata para alguns e aprendida pelos 
demais. Em ambos os casos, a exemplo de outras 
habilidades humanas, a prática é a melhor 
forma de qualificar o orador, aprimorando-
lhe qualidades únicas e promovendo nele um 
estilo próprio. Junto às técnicas que qualificam 
o orador, influenciam significativamente no 
resultado da oratória o domínio do assunto, 
a aquisição de conhecimentos gerais e a 
personalidade do orador. 
Já a dicção diz respeito à forma como 
se pronunciam as palavras: o tipo, o tom e o 
estilo de pronúncia das palavras e frases que 
compõem o conjunto da oração ou da fala. A 
dicção se relaciona, portanto, à maneira de 
falar, ao respeito pela conjugação de verbos 
e pela formação completa de frases. Por isso, 
uma boa dicção está relacionada ao falar 
correto, ao respeito às concordâncias verbais, 
evitando-se aqueles atropelos que costumam 
desconsiderar pontuações e plurais. 
A sonoridade, o tom e a performance física 
utilizadas na abordagem completam o conjunto 
de elementos que expressa a comunicação. 
Sendo assim, precisamos estar atentos à 
articulação das palavras. Alguns exercícios 
nos possibilitam externá-las, valorizando ao 
máximo suas características e sonoridade, 
para que o público ouvinte tenha o maior 
entendimento possível do conteúdo explanado. 
Considerando os diferentes perfis de plateias 
estudados no capítulo anterior, o ideal é que 
a forma da expressão atinja as pessoas pelos 
canais da audição, visão e sensação. Por fim, 
é bom não esquecer que um orador deve ter 
cuidados com sua ferramenta de trabalho: a 
voz.
2.3 - O surgimento da oratória
A linguagem é uma das características 
humanas que nos distingue dos demais seres do 
planeta. Desde os primórdios da civilização, o 
homem vem desenvolvendo e aprimorando sua 
capacidade de comunicação, o que inclui dirigir-
se para indivíduos e grupos. Dos primeiros 
grunhidos do ŚŽŵŽ� ƐĂƉŝĞŶƐ de 200 mil anos 
atrás, aos mais rebuscados e diplomáticos 
discursos do presente, ocorreu um incremento 
evolutivo e sucessivo no que tange à “forma e 
às técnicas” empregadas na oratória. 
Falar em público como arte e disciplina 
de aprendizagem faz parte da tradição oral de 
muitos povos. Entre os mais antigos registros 
do surgimento da oratória está o que envolve 
o povo da Sicília do século V a.C. Este povo 
prezava o bem-falar e estimulava as pessoas 
a aprenderem e desenvolverem habilidades 
retóricas. Mas foram os gregos que, a partir 
do século IV a.C, se devotaram ao estudo mais 
28
“Uma comunicação 
harmoniosa é como um 
compasso de dança.”
ZĞŝŶĂůĚŽ�WŽůŝƚŽ
profundo do bem-falar, inclusive criando, em 
Atenas, a primeira escola de oratória do mundo. 
Posteriormente a oratória se transformou em 
currículo escolar para os alunos atenienses, 
sendo Aristóteles um dos professores de 
oratória mais influentes daquele tempo. 
Consequentemente, os gregos inspiraram 
os romanos, que passaram a utilizar a oratória 
especialmente a partir do século II a.C. O 
poder imperial dos romanos e a estruturação 
do parlamento como esteio da democracia 
propiciou o surgimento dos primeiros grandes 
tribunos. 
A oratória e a filosofia nasceram 
irmanadas e estão entre as primeiras 
disciplinas estruturadas de estudo. Os 
primeiros oradores fluentes foram ícones de 
seu tempo. Influenciavam gerações e, por isso, 
parte deles é lembrada ainda hoje por citações 
e estudos. É que falar em público dava prestígio 
e importância a quem dominava as técnicas de 
persuasão, destacando-o na sociedade. 
Muito presente na atividade política, os 
discursos e pronunciamentos são, ainda hoje, 
consagradas peças de expressão do poder. 
No nascimento das repúblicas na Europa 
e nas Américas, os discursos dos líderes 
políticos compunham peças bem preparadas 
e rebuscadas. Muitas delas ainda constam em 
livros de histórias. Seus contornos sofisticados 
e embasados por ideais públicos elevados 
norteavam povos e marcavam gerações. Este 
estilo de liderança, de mistura idealista, poética, 
profética e motivadora marcou um tempo em 
que o domínio da tribuna era prerrogativa de 
poucos. 
Mas, houve mudanças no formato dos 
discursos – as quais decorreram de vários 
motivos – principalmente devido à modificação 
do perfil do público das apresentações. Os 
auditórios de hoje exigem uma apresentação 
mais natural e objetiva, sem os adornos de 
linguagem e a rigidez de técnicas que foram 
difundidas ao longo de séculos. No lugar 
dos recursos do passado, surgiram inúmeras 
tecnologias no presente, tornando as 
apresentações mais agradáveis e fluidas.
2.4 - Falar em público hoje
A necessidade de fazer uso da palavra 
em público deixou de ser parte apenas das 
ĂƚƌŝďƵŝĕƁĞƐ�ĚĞ�ƉƌŽĮƐƐƁĞƐ�ĐŽŵŽ�ĂƐ�ĚĞ�ĂĚǀŽŐĂĚŽ͕�
ƉƌŽĨĞƐƐŽƌ͕ � ƐĂĐĞƌĚŽƚĞ� ŽƵ� ƉŽůşƟĐŽ͕� Ğ� ƉĂƐƐŽƵ� Ă� ƐĞƌ�
requisito de importância para a maioria das 
ĂƟǀŝĚĂĚĞƐ͘��ŽŵƵŶŝĐĂƌͲƐĞ͕�ƚƌĂŶƐŵŝƟƌ�ŝŶĨŽƌŵĂĕƁĞƐ�
e ideias para pessoas tornou-se parte das 
ações e das necessidades de uma vida cada 
vez mais conectada. As tecnologias do mundo 
atual criaram diferentes meios de manter as 
ƉĞƐƐŽĂƐ� ŝŶƚĞƌůŝŐĂĚĂƐ� Ğ� Ğŵ� ƉƌŽĐĞƐƐŽ� ĐŽŶơŶƵŽ�
ĚĞ� ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ͘� �Ɛ� ĂŶƟŐĂƐ� Ğ� ĂƐ� ŵŽĚĞƌŶĂƐ�
técnicas para falar em público, atualmente, 
ƉŽĚĞŵ� ƐĞƌ� ƵƟůŝnjĂĚĂƐ� ƚĂŶƚŽ� ŶƵŵĂ� ĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ�
presencial quanto naquela a distância, através de 
teleconferências e videoaula. 
As oportunidades para fazer uso da palavra se 
ŵƵůƟƉůŝĐĂƌĂŵ�ũƵŶƚŽ�ĐŽŵ�ĂƐ�ŶŽǀĂƐ�ĚĞŵĂŶĚĂƐ�ƋƵĞ�
a sociedade nos apresenta e passaram a aparecer 
em inúmeras ocasiões da vida. Somos convidados 
a nos dirigirmos a colegas, clientes, conhecidos 
Ğ� ĞƐƚƌĂŶŚŽƐ� Ğŵ�ĂƟǀŝĚĂĚĞƐ� ƉƌŽĮƐƐŝŽŶĂŝƐ͕� ƐŽĐŝĂŝƐ͕�
ĐŽŵƵŶŝƚĄƌŝĂƐ͕�ĞƐƉŽƌƟǀĂƐ͕�ƌĞůŝŐŝŽƐĂƐ͕�ĞĚƵĐĂĐŝŽŶĂŝƐ�
etc. Falar em público, portanto, deixou de ser uma 
ƉƌĞƌƌŽŐĂƟǀĂ�ĚĞ�ĂůŐƵŶƐ�Ğ�ƚŽƌŶŽƵͲƐĞ�ŽƉŽƌƚƵŶŝĚĂĚĞ�
para muitos.
Com ou sem o uso das palavras, todos nós nos 
comunicamos todos os dias. Mas quando temos a 
incumbência de nos dirigir a um grupo, surgem 
preocupações e medos. Mesmo que não haja 
ŶĞŶŚƵŵ� ƌŝƐĐŽ� ŝŵŝŶĞŶƚĞ͕� ĨĂůĂƌ� Ğŵ� ƉƷďůŝĐŽ� ĮŐƵƌĂ�
dentre os principais temores da humanidade. 
Muitas pessoas perdem oportunidades de 
ĐƌĞƐĐŝŵĞŶƚŽ� ƉƌŽĮƐƐŝŽŶĂů͕� ĚĞ� ƌĞĂůŝnjĂĕĆŽ� ĚĞ�
negócios importantes, de obtenção de aumentos 
salariais e de melhoria do desempenho escolar 
ou universitário freados pelo medo de se expor. 
As pesquisas feitas ao redor do mundo mostram 
que este medo está presente em todas as culturas 
e nacionalidades, e que a sua intensidade varia 
ĐŽŶĨŽƌŵĞ�Ž�ƉĂşƐ�Ğ�ĂƐ�ĐĂƌĂĐƚĞƌşƐƟĐĂƐ�ĚŽ�ƉŽǀŽ͘�
29
Falar em público assusta porque as pessoas 
tendem a avaliar e julgar quem se expõe 
publicamente, mesmo que este alguém esteja 
apenas apresentando ou propondo uma ideia. 
Daí, o ego de quem vai falar em público entra em 
ĞƐƚĂĚŽ� ĚĞ� ĂůĞƌƚĂ� ĐŽŵ� Ž� ŽďũĞƟǀŽ� ĚĞ� ƉƌŽƚĞŐĞƌ� Ž�
orador, o que o leva a supervalorizar a opinião dos 
outros a seu respeito. Isto pode ser trabalhado, 
administrado e superado. 
Nossa natureza de proteção egoica tem suas 
razões, porque aquiloque se fala em público 
ganha outra dimensão em comparação com o 
ƋƵĞ�ĨĂůĂŵŽƐ�Ğŵ�ƉĂƌƟĐƵůĂƌ͘ �hŵ�ĐŽŵĞŶƚĄƌŝŽ�ƚŽƐĐŽ�
ou mal posicionado dirigido a um amigo pode ser 
facilmente contornado. O mesmo comentário 
diante de uma plateia pode se transformar em 
um desastre. No próximo capítulo retomaremos 
o tema, propondo algumas técnicas para facilitar 
a superação do medo.
2.5 - Tipos de discursos
2.5.1 - Formais e não formais
Os discursos formais são realizados em atos 
ƐŽůĞŶĞƐ� Ğ� Ğŵ� ĐĞƌŝŵƀŶŝĂƐ� ŽĮĐŝĂŝƐ͕� ŶŽƌŵĂůŵĞŶƚĞ�
com a presença de autoridades. Os responsáveis 
pelo cerimonial e pelo protocolo providenciam 
Ă� ŽƌĚĞŵ�ŚŝĞƌĄƌƋƵŝĐĂ� ĚĂƐ� ĨĂůĂƐ͕� ƐĞŵƉƌĞ� ƉĂƌƟŶĚŽ�
daquela autoridade cuja função é considerada 
menos importante. Ao se dirigir à plateia, deve-
se primeiramente saudar a mesa de autoridades, 
citando nomes e cargos daqueles que a 
compõem, ou se referindo à autoridade mais 
importante para, em nome desta, cumprimentar 
os demais. Nos eventos formais, a linguagem 
deve ser igualmente formal, evitando-se o uso de 
anedotas humoradas e de quebras de protocolos. 
WŽƌ� ĞƐƚĞ� ŵŽƟǀŽ͕� Ğ� ƉĂƌĂ� ƐĞ� ĞǀŝƚĂƌĞŵ� ĞƌƌŽƐ͕� ŽƐ�
discursos lidos costumam ser mais tolerados em 
eventos formais.
Já em uma apresentação informal, não se 
precisa ter a preocupação com a linguagem nem 
com a hierarquia de autoridades, embora estas 
também possam ser citadas. Na fala informal, 
deve-se primar pelos propósitos da apresentação 
de forma mais descontraída. Nestes casos, 
o formalismo pode não ser de bom tom e a 
ůŝŶŐƵĂŐĞŵ� ĚĞǀĞ� ĐŽƌƌĞƐƉŽŶĚĞƌ� ĂŽ� ĐŽƟĚŝĂŶŽ� ĚŽƐ�
presentes.
2.5.2 - Improviso
�ƐƚĞ� ƟƉŽ� ĚĞ� ĚŝƐĐƵƌƐŽ� ƌĞƋƵĞƌ� ƉƌĞƐĞŶĕĂ� ĚĞ�
espírito e pode ser brevemente preparado com 
a enumeração de alguns tópicos. Caso não haja 
possibilidade dessa preparação, é possível iniciar 
a apresentação por meio do assunto de domínio 
do orador, fazendo ůŝŶŬƐ com o tema em questão 
ĂƚĠ�ƋƵĞ�ƐĞ�ĐŽŶƐŝŐĂ�ĮĐĂƌ�ŵĂŝƐ�ă�ǀŽŶƚĂĚĞ�ŶŽ�ƉĂůĐŽ͘�
Mais adiante trataremos com mais detalhes deste 
ƟƉŽ�ĚĞ�ĂƉƌĞƐĞŶƚĂĕĆŽ͘
2.5.3 - Segmentado
Falar a um público segmentado pode ter 
seus facilitadores na medida em que o orador faz 
uso do seu saber e das peculiaridades do público 
para adequar a ele a linguagem e o conteúdo. 
São inúmeras as segmentações de público, o 
ƋƵĞ� ŝŶŇƵĞŶĐŝĂ� Ž� ƟƉŽ� ĚĞ� ĚŝƐĐƵƌƐŽ͘� sŽĐġ� ƉŽĚĞ�
ter de falar para um público de predominância 
ũŽǀĞŵ͕� ŽƵ� ĨĞŵŝŶŝŶĂ͕� ƌĞůŝŐŝŽƐĂ͕� ĠƚŶŝĐĂ͕� ĞƐƉŽƌƟǀĂ͕�
ĐƵůƚƵƌĂů͕� ƉĂƌƟĚĄƌŝĂ͕� ĞŵƉƌĞƐĂƌŝĂů͕� ƐŝŶĚŝĐĂů�
etc. Então, prepare a abordagem reunindo 
ĞůĞŵĞŶƚŽƐ�ƉĞƌƟŶĞŶƚĞƐ� ĂŽ� ƚĞŵĂ�Ğ� ĂŽ� ƐĞŐŵĞŶƚŽ͘�
Destaque aspectos importantes sobre o assunto, 
ĂƌƟĐƵůĂŶĚŽͲŽƐ� ĂŽ� ƐĞƚŽƌ� ĚĂ� ĂďŽƌĚĂŐĞŵ͘� hƐĞ� Ă�
linguagem apropriada para a audiência, o que 
ŝŶĐůƵŝ�ũĂƌŐƁĞƐ�Ğ�ƚĞƌŵŽƐ�ĞƐƉĞĐşĮĐŽƐ͘
2.5.4 - Discurso de despedida
K�ĚŝƐĐƵƌƐŽ�ĚĞ�ĚĞƐƉĞĚŝĚĂ�Ġ�ŵƵŝƚŽ�ƵƟůŝnjĂĚŽ�Ğŵ�
ĂŵďŝĞŶƚĞƐ�ƉƌŽĮƐƐŝŽŶĂŝƐ͘��Ž�ĨĂnjĞƌ�ƵƐŽ�ĚĂ�ƉĂůĂǀƌĂ�
em uma ocasião que você precise se despedir de 
amigos ou colegas, a proposta é que você inicie 
a fala descrevendo como chegou à empresa ou 
ŝŶƐƟƚƵŝĕĆŽ͕� ă� ĐŝĚĂĚĞ� ĞƚĐ͘� �ďŽƌĚĞ� Ž� ƚƌĂƚĂŵĞŶƚŽ�
recebido na ocasião. Relate as sensações que 
você está experimentando ao deixar o grupo e 
ŝŶĚŝƋƵĞ� ŽƐ� ŵŽƟǀŽƐ� ƋƵĞ� Ž� ůĞǀĂƌĂŵ� Ă� ƉƌŽŵŽǀĞƌ�
esta mudança. Não deixe de tecer elogios 
ƐŝŶĐĞƌŽƐ� Ă� ƋƵĞŵ� ĮĐĂ͕� ă� ĐŝĚĂĚĞ͕� ă� ĞŵƉƌĞƐĂ� ŽƵ�
ă� ŝŶƐƟƚƵŝĕĆŽ͕� Ğ� ĚĞ� ĨĂůĂƌ� ĚĞ� ƐĞƵƐ� ƉůĂŶŽƐ� ƉĂƌĂ� Ž�
ĨƵƚƵƌŽ͕�ĞŶĨĂƟnjĂŶĚŽ�Ă�ƉŽƐƐŝďŝůŝĚĂĚĞ�ĚĞ�ƌĞƚŽƌŶŽ�ŽƵ�
de visitas esporádicas.
Também pode ser oportuno resgatar 
fatos pitorescos, erros, acertos e aprendizados. 
Destaque o capital relacional construído no 
período e as amizades consolidadas. Relacione 
ŽƐ� ŵŽƟǀŽƐ� ĚĂ� ƐĂşĚĂ� Ğ� ĂƐ� ƉŽƐƐŝďŝůŝĚĂĚĞƐ� ĚĞ�
30
reencontro. Uma despedida sempre traz emoção. 
EĂ�ŵĞĚŝĚĂ�ĐĞƌƚĂ͕�ƵƟůŝnjĞ�ĞƐƚĞ�ƌĞĐƵƌƐŽ�Ă�ƐĞƵ�ĨĂǀŽƌ͘ �
Administre-o para não tornar o evento algo 
desagradável. Louve as pessoas que contribuíram 
com sua trajetória e se despeça de todos. 
Ϯ͘ϱ͘ϱ�Ͳ�&ĞƐƟǀŽƐ
O maior desejo do ser humano é o de ser 
ĂƉƌĞĐŝĂĚŽ͘� �ĞƐƚĂƋƵĞ� ŽƐ�ŵŽƟǀŽƐ� ĚĂ� ĐĞůĞďƌĂĕĆŽ�
ou comemoração. Faça deferência à pessoa ou 
ĞŶƟĚĂĚĞ�ŚŽŵĞŶĂŐĞĂĚĂ͘� �ŶĨĂƟnjĞ�Ă� ŝŵƉŽƌƚąŶĐŝĂ�
ĚĂ� ŽĐĂƐŝĆŽ� Ğŵ� ƚĞƌŵŽƐ� ŐůŽďĂŝƐ͘� �ƐƟŵƵůĞ� ĂƐ�
ƉĞƐƐŽĂƐ�Ă�ƐĞ�ƐĞŶƟƌĞŵ�ďĞŵ�Ğ�Ă�ĐŽŶĨƌĂƚĞƌŶŝnjĂƌĞŵ͘�
Destaque a importância da data e reforce o 
ƐĞŶƟĚŽ͕�Ž�ƐŝŐŶŝĮĐĂĚŽ�Ğ�Ž�ƐŝŵďŽůŝƐŵŽ�ĚĂ�ŽĐĂƐŝĆŽ͘�
DĞƚĄĨŽƌĂƐ�ƚĂŵďĠŵ�ƉŽĚĞŵ�ƐĞƌ�ƵƟůŝnjĂĚĂƐ͘
Ϯ͘ϱ͘ϲ�Ͳ�DŽƟǀĂĐŝŽŶĂŝƐ
Às vezes, faz-se necessário uma vida de 
ƉƌĄƟĐĂƐ�ƉĂƌĂ�ƌĞĂůŝnjĂƌ�Ƶŵ�ĚŝƐĐƵƌƐŽ�ŵŽƟǀĂĚŽƌ�ƉĂƌĂ�
ĂƐ�ƉĞƐƐŽĂƐ͘�DĂƐ�ƐĞ�ĂƐ�ĐŝƌĐƵŶƐƚąŶĐŝĂƐ�ƉĞƌŵŝƟƌĞŵ͕�
teça elogios aos pontos fortes da equipe. Faça-
os ver o futuro que está sendo desenhado. 
Converta os insucessos em aprendizados. Use 
de recursos de linguagem que afetem a mente, 
o coração e o espírito humano. Divida sempre 
ŽƐ� ĐƌĠĚŝƚŽƐ͘� EĆŽ� ŚĄ� ŵŽƟǀĂĕĆŽ� ŵĞůŚŽƌ� ƋƵĞ�
reconhecimento.
Tenha em mente a clareza do que quer 
ĂƟŶŐŝƌ� ĐŽŵ� Ă� ƐƵĂ� ĨĂůĂ͘� DŽƟǀĂĕĆŽ� Ġ� ƐŝŶƀŶŝŵŽ�
ĚĞ� ͞ŵŽƟǀŽƐ� ƉĂƌĂ� Ă� ĂĕĆŽ͕͟ � ƉŽƌƚĂŶƚŽ� ĂƐ� ƉĞƐƐŽĂƐ�
ƉƌĞĐŝƐĂŵ� ƚĞƌ� ĐůĂƌĞnjĂ� ĚŽƐ� ŵŽƟǀŽƐ� ƉĂƌĂ�
arregimentar energia para a ação. Em caso de 
ĚŝĮĐƵůĚĂĚĞ͕� ĨĂĕĂͲĂƐ� ǀĞƌ� Ž� ͞ůĂĚŽ� ďŽŵ͟�ĚŽ� ͞ůĂĚŽ�
ƌƵŝŵ͟� Ğ� ĞdžĂůƚĞ� ĂƐ� ĂůƚĞƌŶĂƟǀĂƐ� Ğ� ƉŽƐƐŝďŝůŝĚĂĚĞƐ�
que se avizinham.
2.5.7 - Reconhecimento
Assinale as virtudes, as qualidades e 
ŽƐ� ƉƌĠƐƟŵŽƐ� ĚŽ� ŚŽŵĞŶĂŐĞĂĚŽ� Ă� ƐĞƌĞŵ�
destacados. Tenha clareza de nomes, datas e 
números, quando relevantes para a ocasião. 
Destaque a importância das pessoas que o 
ĂũƵĚĂƌĂŵ� Ă� ĂƟŶŐŝƌ� ŽƐ� ƌĞƐƵůƚĂĚŽƐ� Ğŵ� ƋƵĞƐƚĆŽ͘�
Ofereça ao homenageado os créditos que ele 
merece sem exagerar nos elogios, assim não 
ƐĞ� ƚŽƌŶĂƌĆŽ� ĂƌƟĮĐŝŽƐŽƐ� Ğ� ĨŽƌĕĂĚŽƐ͘� �͕� ƋƵĂŶĚŽ�
houver oportunidade de homenagear, entregue 
à pessoa que está sendo reconhecida o destaque 
ou a honraria. 
2.5.8 - Premiação
Destaque a importância dos feitos, o valor 
ŚŝƐƚſƌŝĐŽ͕�ĐƵůƚƵƌĂů͕�ĞƐƉŽƌƟǀŽ͕�ƐŽĐŝĂů�ŽƵ�ƌĞůŝŐŝŽƐŽ�
do prêmio. Lembre a trajetória percorrida 
pela pessoa ou pela equipe que obteve a 
ĐŽŶƋƵŝƐƚĂ͘� �� ĚŝŵĞŶƐĆŽ� ĞŵŽĐŝŽŶĂů� ĚĞƐƚĞ� ƟƉŽ�
de pronunciamento tende a ser predominante 
e forte. Prepare-se para não perder a linha 
ĞƐƚƌĂƚĠŐŝĐĂ� ĚĂ� ĂďŽƌĚĂŐĞŵ͘� �ƐƟŵƵůĞ� ŽƵƚƌŽƐ� Ă�
seguir o exemplo da personalidade premiada.
2.5.9 - Conquistas
Em caso de comemorar uma vitória sobre 
ĂĚǀĞƌƐĄƌŝŽƐ͕� ƐĞũĂ� Ğŵ� ƵŵĂ� ĚŝƐƉƵƚĂ� ƉŽůşƟĐĂ͕�
ĐŽŵĞƌĐŝĂů͕� ũƵĚŝĐŝĂů� ŽƵ� ĞƐƉŽƌƟǀĂ͕� ƚƌĂƚĞ� ĚĞ� ƐĞƌ�
generoso com os que os ajudaram na conquista. 
Não menospreze os adversários e, se possível, 
destaque o desempenho dos oponentes. 
Seja humilde e projete aos olhos de todos as 
ações derivadas da conquista em questão. 
Reconheça também os apoiadores, parceiros, 
patrocinadores, familiares etc.
2.5.10 – Boas-vindas
Descreva a pessoa ou grupo que está 
iniciando, bem como a organização ou cidade 
ĂŶĮƚƌŝĆ͘� � WƌŽŶƟĮƋƵĞͲƐĞ� Ă� ĨĂnjĞƌ� Ă� ůŝŐĂĕĆŽ� ĞŶƚƌĞ�
os amigos que chegam e os que já atuam na 
organização. Tente ser um facilitador da vida de 
quem chega. Mostre-se cordial e generoso.
Ϯ͘ϱ͘ϭϭ�Ͳ�DĄƐ�ŶŽơĐŝĂƐ
^ĞũĂ� ďƌĞǀĞ͕� ŽďũĞƟǀŽ� Ğ� ĐŽŶĐŝƐŽ� ĂŽƐ� ƌĞůĂƚĂƌ�
ŵĄƐ� ŶŽơĐŝĂƐ͘� EĆŽ� ĞdžĂŐĞƌĞ� ŶĂƐ� ĞdžƉůŝĐĂĕƁĞƐ͘�
�ǀŝƚĞ� ƚŽĚŽ� Ğ� ƋƵĂůƋƵĞƌ� ƟƉŽ� ĚĞ� ŚƵŵŽƌ͘ � >ĂŵĞŶƚĞ�
pelo ocorrido e pela informação que lhe cabe 
ƚƌĂŶƐŵŝƟƌ͘ � �džƉůŝƋƵĞ� ƌĂƉŝĚĂŵĞŶƚĞ� ŽƐ� ŵŽƟǀŽƐ�
ƋƵĞ� ůĞǀĂƌĂŵ� ăƐ� ĂƚƵĂŝƐ� ĚŝİĐĞŝƐ� ĐŝƌĐƵŶƐƚąŶĐŝĂƐ͘�
^ĞũĂ� ďƌĞǀĞ� Ğ� ŶĆŽ� ĞŵŽƟǀŽ͘� sŽĐġ� ƉŽĚĞ� ŝŶŝĐŝĂƌ� Ă�
apresentação com expressões como: “É com 
pesar que comunicamos...”; “Infelizmente não 
ƚĞŵŽƐ� ďŽĂƐ� ŶŽơĐŝĂƐ͘͘͘͟ ͖� ͞,Ą� ŵŽŵĞŶƚŽƐ� Ğŵ�
que precisamos nos superar...”. Mantenha um 
semblante sereno e um tom de voz condizente 
com o respeito que a situação merece.
31
2.6 - O comunicador de impacto
Ao contemplar oradores brilhantes, por 
ǀĞnjĞƐ� ŶŽƐ� ƋƵĞƐƟŽŶĂŵŽƐ͗� ͞K� ďŽŵ� ŽƌĂĚŽƌ�
já nasce pronto, ou pode ser treinado?” Se 
todos nascessem prontos, possivelmente esta 
ƉƵďůŝĐĂĕĆŽ�ƐĞƌŝĂ͕�ƉĂƌĂ�ƉĂƌƚĞ�ĚĞ�ƐĞƵƐ�ĮŶƐ͕�ŝŶſĐƵĂ͘�
Assim como aprendemos a falar, também 
aprendemos a fazer coisas e a dominar saberes

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