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Voltaire - O Filósofo Ignorante 
Prefácio: Voltaire é visto como um dos expoentes do pensamento moderno, 
uma espécie de revisão contemporânea de Kant. Percebe-se, atualmente, 
existem forças contra suas ideias, como os muçulmanos que atacam não o 
individuo, mas a liberdade ocidental. 
 
Questões 1 a 15: 
O autor começa demonstrando a limitação do ser humano. Não tendo 
respostas sobre questões básicas como "quem somos?" e "para onde vamos?" 
ele demonstra que, por vezes, somos egocêntricos, achando que toda a 
criação foi feita para nós. O autor vai caminhando desde as nossas 
limitações físicas e mentais, até o conceito de liberdade. Saindo do 
universo antropocêntrico, ele vai até questões da realidade da natureza, 
como o movimento dos astros, que mesmo que não pensem para agir, nos 
mostra a limitação do nosso intelecto por não entendê-los completamente. 
Ele demonstra uma dicotomia referente aos limites do pensamento humano: 
ao mesmo tempo que não posso evoluir minha mente e corpo até o infinito, 
é igualmente impossível entender o "princípio fundamental" que faz este 
corpo mover-se. O autor demonstra sua crença no criacionismo quando cita 
que "toda obra demonstra um obreiro". 
 
Questões 16 a 30: 
Voltaire demonstra toda sua fé num ser superior quando discorre sobre 
suas questões. Ao citar a incompreensibilidade do infinito, diz que 
quanto mais temos noção da fraqueza de nosso entendimento, mais submisso 
nos tornaremos a esse ser superior. Ele associa a existência do infinito 
à "infinita ignorância" que temos em relação a realidade, e como isso 
está arraigado a servidão a deus. Tendo em vista nossa insignificância, 
não temos escolha sobre os sistemas de realidade possíveis, e dentre 
eles, estamos sempre no "melhor dos mundos possíveis", este que é um dos 
principais conceitos de Voltaire e resume todo o livro. O autor se 
questiona sobre do que é feito Deus, se ele é da mesma substancia da 
nossa realidade ou algo fora dela. Sendo Deus desse mundo, seria "uma 
ideia simples", feita de materiais tão normais como os que convivemos? 
Quando questiona sobre liberdade, Voltaire observa o absurdo sobre "a 
vontade ser livre", que é tão inconsistente quanto a ideia de "querer 
querer". Os conhecimentos, para o autor, de nada adiantam se não haver um 
princípio de moral por trás dele. 
 
Questões 31-45: 
O autor propõe que existe uma moral inerente a todos os seres humanos, é 
essa moral que nos diz o que é certo ou errado fazer, independente de 
nossas crenças ou culturas (como exemplo, Voltaire cita que em qualquer 
cultura os indivíduos considerariam moralmente errado emprestar dinheiro 
e não devolvê-lo). Ele cita como comportamentos não morais relatados por 
estudiosos são facilmente manipuláveis, que na verdade eles não 
ocorreram. Ele discute um conceito bem atual: a diferença entre direitos 
naturais e poder, indo ao encontro da ideia de que não existem liberdades 
totais quando, por exemplo, atentamos à vida de alguém, estamos 
estabelecendo “poder” sobre a pessoa, e não um direito que nos é 
inerente. Ao final dessas quinze discussões ele reflete sobre conceitos 
que são idênticos em várias culturas, como os observados em zoroastristas 
e chineses, por exemplo, nas palavras de Confucio: "perdoar as injúrias e 
a lembrar apenas os benefícios, a zelar sempre por si mesmo, a corrigir 
hoje as faltas de ontem, a exprimir as paixões e a cultivar a amizade, a 
dar sem ostentação e a só receber o extremo necessário, sem baixeza." 
 
Questões 46-56: 
Para concluir, o autor lembra que nunca disse que o homem não é livre, 
mas sim que sua liberdade consiste no seu poder de agir, e não no poder 
quimérico de "querer querer". Ao citar ignorâncias histórias associadas à 
cultura, nacionalismo e religião, que custaram a vida de muitos, conclui 
que se houvesse algum homem realmente sábio nessas épocas, este teria 
vivido e morrido no deserto. Ao final, cita que esses “monstros 
ignorantes” estão ainda a espreita, e que, na opinião dele, a verdade não 
deve se ocultar, e este mal tem que ser encarado de frente.

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