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ATENÇÃO Todos os exames disponíveis neste arquivo têm quatro questões. Atualmente, o sistema de avaliação é tal que não necessariamente isso se repetirá. UFRJ Economia Internacional (diurno) Prof. Alexandre B. Cunha P1 2014/2 (1) (20 pontos) Em 2004 a saldo em conta corrente do balanço de pagamentos de Braslândia foi igual a 100. Naquele mesmo ano, o investimento daquela nação foi igual a 500. Calcule a poupança nacional de Braslândia para o ano em questão. (2) (30 pontos) Considere a versão básica modelo monetário do balanço de pagamentos discutida em KO e em aula. (a) (10 pontos) Enuncie as equações constituintes desse modelo. (b) (20 pontos) Obtenha a sua equação fundamental. (3) (30 pontos) Considere uma economia na qual o banco central fixou a taxa de câmbio no patamar E̅. Por uma razão qualquer, os agentes econômicos, que até então acreditavam que a taxa de câmbio permaneceria constante, passam a antecipar uma desvalorização cambial. Utilize a análise gráfica desenvolvida em KO e em aula para discutir os impactos dessa mudança de expectativas sobre a taxa de nominal de juros doméstica, a oferta de moeda e as reservas internacionais do banco central. (4) (20 pontos) Utilize a análise gráfica desenvolvida em KO e em aula para discutir os efeitos de curto e longo prazo de um crescimento na demanda de moeda sobre E. Mantenha Y constante ao longo da sua análise. Gabarito Sintético (1) I = S + (T – G) – SCC S + (T – G) = I + SCC S + (T – G) = 500 + 100 = 600 A poupança nacional é igual a 600. (2a) E = P/P* P = M/L(R,Y) P* = M*/L(R*,Y*) (2b) � = � �∗ �(�∗,�∗) �(�,�) (3) A sua explicação do gráfico deve contemplar pelo menos os seguintes pontos: Alexandre Textbox 2015/2 (i) Equilíbrio inicial: 1 e 1’. (ii) ∆E e > 0 causa o deslocamento da curva F. (iii) Câmbio fixo: E permanece no patamar E̅. (iv) novo equilíbrio: 2 e 2’. (v) ∆M < 0: banco central vendeu reservas para manter a taxa de câmbio no patamar desejado. (vi) Resultado: ∆R > 0, ∆M < 0, perda de reservas (4) Observe que R e Y não se alteram no longo prazo. Como L1(R,Y) < L2(R,Y), então podemos concluir que no longo prazo há um crescimento em M/P; logo, haverá uma queda em P no longo prazo. Adicionalmente, sabemos que no longo prazo há uma apreciação (ou seja, E decresce) da moeda doméstica (dentre outras maneiras, podemos chegar a essa conclusão através da equação fundamental do modelo monetário do balanço de pagamentos). Dito isto, a sua resposta deve conter o seguinte par de gráficos. A sua explicação dos gráficos deve contemplar pelo menos os seguintes pontos: Efeitos de curto prazo (gráfico à esquerda) (i) Equilíbrio inicial: 1 e 1’. (ii) Aumento da demanda de moeda causa o descolamento de L1 para L2. (iii) Queda no valor de longo prazo de E determina redução de E e e o consequente desloamento de F1 para F2. (iv) Novo equilíbrio: 2 e 2’. (v) Resultado: ∆E < 0 e ∆R > 0. Transição para o novo equilíbrio de longo prazo (gráfico à direita) (i) Equilíbrio inicial: 2 e 2’. (ii) Queda em P faz com que a reta horizontal no gráfico inferior se desloque para baixo. Esse processo continua até que a taxa de juros retorne ao seu valor de longo prazo R1. (iii) Novo equilíbrio: 3 e 3’. (v) Resultado: ∆E > 0 e ∆R > 0. Por fim, você deve ressaltar que apesar do crescimento em E acima mencionado, E3 < E1 (significado?). UFRJ Economia Internacional (diurno) Prof. Alexandre B. Cunha P2 2015/1 (1) (20 pontos) Considere uma pequena nação que toma a taxa internacional de juros como dada. Utilize o modelo IS-LM-BP para discutir os impactos de uma expansão fiscal sobre os valores de equilíbrio de Y, R e E no regime de câmbio flexível quando há perfeita mobilidade de capital. (2) (30 pontos) Suponha que o mundo é composto somente por dois grandes países, H e F. Há perfeita mobilidade de capitais entre as duas nações. O país H segue uma política de câmbio fixo, ao passo que o governo da outra nação não tem qualquer preocupação com a taxa de câmbio. Assuma que as ofertas agregadas são perfeitamente elásticas. Utilize o modelo IS-LM-BP para discutir os impactos de uma contração fiscal em F sobre os valores de equilíbrio de Y (em ambos os países), R (em ambos os países) e E (ou seja, a taxa de câmbio entre as moedas de H e F). (3) (30 pontos) Considere uma pequena nação que toma a taxa internacional de juros como dada. Assuma que a oferta agregada de curto prazo é positivamente inclinada. Utilize o modelo Mundell-Fleming para discutir os impactos de curto prazo de uma expansão monetária sobre os valores de equilíbrio de Y, R, P e E no regime de câmbio flexível quando há perfeita mobilidade de capital. (4) (20 pontos) Considere uma pequena nação que está no regime de câmbio flexível e tem mobilidade de capital imperfeita. Assuma que P é constante. Suponha que ocorra uma queda em R∗. O governo mantém G, T e M constantes. Utilize o modelo IS-LM-BP para discutir os impactos de tal evento sobre Y, R, Z, K e E. Assuma que a inclinação da curva BP é maior do que a da curva LM. Gabarito Sintético Os gráficos estão disponíveis nas duas últimas páginas deste documento. A título de ilustração, a questão 1 foi respondida de forma completa. Em todas as demais o aluno precisa explicar o (s) gráfico (s). (1) As curvas relevantes na situação inicial estão denotadas por IS, LM e BP. Podemos verificar que a economia está inicialmente em equilíbrio no ponto A = (Y0,R0). A expansão fiscal faz com que a curva IS se desloque para a direita (até ��� ). Se nada mais ocorrer, a taxa de juros doméstica será igual a R̃ > R*. Ocorrerá então um forte ingresso de capitais no país e isso faz com que haja uma apreciação da moeda doméstica. Tal apreciação deslocará a curva IS de volta para a esquerda. Esse processo continuará até que a IS retorne para a sua posição inicial. O equilíbrio se reestabelece no ponto A. Concluindo, temos então os seguintes resultados: ∆Y = 0, ∆R = 0 e ∆E < 0. (2) ∆YH > 0, ∆YF < 0, ∆RH = ∆RF < 0, ∆E = 0. (3) É preciso mencionar que o deslocamento de ��� para IS1 provavelmente envolve uma mudança no valor de E. Conclusão: ∆Y > 0 [gráficos]; ∆P > 0 [gráfico inferior]; ∆R = 0 [gráfico superior]; ∆E > 0 [ver justificativa abaixo, pois a análise gráfica não é suficiente para obter esse último resultado]. ∆(Y – C) > 0 ⇒ ∆(I + G + Z) > 0 e ∆I = ∆G = 0 ⇒ ∆Z > 0 ∆Z > 0 e ∆Y > 0 ⇒ ∆q > 0 ∆q > 0 e ∆P > 0 ⇒ ∆E > 0 (4) O acréscimo em R* faz com que a curva BP se desloque de BP0 para ��� . Uma apreciação cambial faz com as curvas IS e BP se desloquem de IS0 para IS1 e BP se desloque de ��� para BP1. Conclusão: ∆Y < 0 [gráfico]; ∆R < 0 [gráfico]; ∆E < 0 [deslocamentos de IS e BP]; ∆Z < 0 [ver justificativa abaixo]; ∆K > 0 [equação da curva BP]. ∆(Y – C) < 0 ⇒ ∆(I + G + Z) > 0 e ∆I >0 e ∆G = 0 ⇒ ∆Z < 0 UFRJ Economia Internacional (diurno) Prof. Alexandre B. Cunha P1 2014/2 (1) (20 pontos) Em 2008 a poupança nacional de Braslândia foi igual a 50. Naquele mesmo ano, o investimento daquela nação foi igual a 100. Calcule o saldo em conta corrente do balanço de pagamentos de Braslândia para o ano em questão. (2) (30 pontos) Suponha que exatamente daqui a um ano você precisará efetuar um pagamento de US$ 8 mil. Sabe-se que R = 12%, R∗ = 2%, E₀ = 2 e F₁ = 2,5. (a) (20 pontos) Monte duas operações de hedge que cubram o seu risco cambial. (b) (10 pontos) Identifique por qual das duas operações você deveria optar. (3) (30 pontos) Utilize a análise gráfica desenvolvida em KO e em aula para discutir os impactos de curtoprazo e longo prazo de uma expansão monetária sobre E. Mantenha Y constante ao longo da sua análise. (4) (20 pontos) Considere uma economia na qual o banco central fixou a taxa de câmbio no patamar E0. Por uma razão qualquer, os agentes econômicos, que até então acreditavam que a taxa de câmbio permaneceria constante, passam a antecipar uma desvalorização cambial. Utilize a análise gráfica desenvolvida em KO e em aula para discutir os impactos dessa mudança de expectativas sobre a taxa de nominal de juros doméstica, a oferta de moeda e as reservas internacionais do banco central. Gabarito Sintético (1) I = S + (T – G) – SCC 100 = 50 – SCC SCC = –50 (2a) (I) Compre US$ 8.000,00 a termo, você desembolsará de R$ 20.000,00 daqui a um ano. (II) Obtenha um empréstimo de R$ 15.686,27, você desembolsará R$ 17.568,63 daqui a um ano; compre US$ 7.843,14 no mercado à vista e aplique esses dólares, você resgatará US$ 8.000,00 daqui a um ano. (2b) Operação II, pois 20.000,00 > 17.568,63. (3) Resolvido nas página 283 e 284 de KO (ver figura 14.12). (4) A sua explicação deve com- templar pelo menos os seguin- tes pontos: (1) equilíbrio inicial: 1 e 1’ (2) ∆E e > 0 causa o desloca- mento da curva F (3) câmbio fixo: E permanece no patamar E0 (4) novo equilíbrio: 2 e 2’ (5) ∆M < 0: banco central vendeu reservas para manter a taxa de câmbio no patamar desejado Resultado: ∆R > 0, ∆M < 0, perda de reservas UFRJ Economia Internacional (diurno) Prof. Alexandre B. Cunha P2 2014/2 (1) (20 pontos) Enuncie a equação que define a curva IS para uma economia aberta. (2) (30 pontos) Considere uma pequena nação que toma a taxa internacional de juros como dada. Utilize o modelo IS-LM-BP para discutir os impactos de curto prazo de uma contração fiscal sobre os valores de equilíbrio de Y e R no regime de câmbio fixo quando há perfeita mobilidade de capital. Assuma que a curva de oferta agregada de curto prazo é perfeitamente elástica. (3) (30 pontos) Suponha que o mundo é composto somente por dois grandes países, H e F. Há perfeita mobilidade de capitais entre as duas nações. O país F segue uma política de câmbio fixo, ao passo que o governo da outra nação não tem qualquer preocupação com a taxa de câmbio. Assuma que ambas as ofertas agregadas são perfeitamente elásticas. Utilize o modelo IS-LM-BP para discutir os efeitos de uma contração fiscal no país H sobre os valores de equilíbrio de Y (em ambos os países), E (ou seja, a taxa de câmbio entre as moedas de H e F) e R (em ambos os países). (4) (20 pontos) Considere uma firma perfeitamente competitiva. A sua função de produção é dada por Y = 2N. Descreva, da maneira mais precisa possível, a demanda de trabalho N D e a oferta Y S dessa firma. Gabarito Sintético (1) Y = C(R, Y – T) + I(R) + G + Z(q, Y, Y*) (2) Como a curva de oferta agregada é perfeitamente elástica, o nível de preços perma- necerá constante. Desta forma, podemos então restringir a análise ao espaço Y × R. A contração fiscal fará com que a curva IS se desloque para a esquerda. A curva LM também se deslocará para esquerda (razão?) de forma que a economia atinja um novo equilíbrio ao longo da curva BP. Conclusão: ∆Y < 0, ∆R = 0. (3) A curva ISH se desloca para a esquerda. A taxa de juros de F passa a exceder a de H. Desta forma, ocorre uma fuga de capitais de H para F. Esse evento cria uma pressão para que a moeda de F se aprecie; porém, como este país segue uma política de câmbio fixo, o seu banco comprará moeda estrangeira de forma a manter a taxa de câmbio no patamar desejado. Essas intervenções cambiais causarão uma expansão da oferta de mo- eda em F. Desta forma, a curva LM se deslocará endogenamente para a esquerda; esse processo continuará até que as taxas de juros sejam iguais. Resultado: ∆YH < 0, ∆YF > 0, ∆RH = ∆RF < 0, ∆E = 0. (4) Denote o lucro da firma por ξ. Logo, ξ = PY – WN. Como Y = 2N, podemos concluir que ξ(N) = (2P – W)N. Logo, N D = 0 se P < W/2, N D = ∞ se P > W/2 e N D pode ser qual- quer elemento do intervalo [0,∞) se P = W/2. Com relação à oferta, YS = 0 se P < W/2, Y S = ∞ se P > W/2 e Y S pode ser qualquer elemento do intervalo [0,∞) se P = W/2. ATENÇÃO O programa neste semestre é diferente daquele que foi adotado em 2014/1. Em particular, a ordem dos tópicos foi alterada. UFRJ Economia Internacional (noturno) Prof. Alexandre B. Cunha P1 2014/1 (1) (20 pontos) Em 2012 a poupança nacional de Braslândia foi igual a 300. Naquele mesmo ano, o investimento daquela nação foi igual a 500. Calcule o saldo em conta corrente do balanço de pagamentos de Braslândia para o ano em questão. (2) (30 pontos) Suponha que exatamente daqui a um ano você precisará efetuar um pagamento de US$ 5 mil. Sabe-se que R = 10%, R∗ = 5%, E₀ = 2 e F₁ = 2,5. (a) (20 pontos) Monte duas operações de hedge que cubram o seu risco cambial. (b) (10 pontos) Identifique por qual das duas operações você deveria optar. (3) (30 pontos) Considere uma economia fechada. Mostre que um decréscimo em T desloca a curva IS para a direita. (4) (20 pontos) Considere uma economia fechada. Assuma que a oferta agregada de curto prazo é horizontal. Utilize o modelo IS-LM para discutir os efeitos de curto prazo e longo prazo de um decréscimo em G sobre os valores de equilíbrio de Y, R e P. Gabarito Sintético (1) –200 (2a) (I) Compre US$ 5.000,00 a termo, você desembolsará de R$ 12.500,00 daqui a um ano. (II) Obtenha um empréstimo de R$ 9.523,80, você desembolsará R$ 10.476,18 daqui a um ano; compre US$ 4.761,90 no mercado à vista e aplique esses dólares, você resgatará US$ 5.000,00 daqui a um ano. (2b) Operação II, pois 10.476,18 < 12.500,00. (3) Fixe R e diferencie a equação da curva IS com respeito a T. Após algumas manipulações, você obterá uma expressão para ∂Y/∂T. Mostre que essa derivada parcial é negativa. Por fim, utilize um gráfico para obter o resultado desejado. (4) Ver gráfico abaixo (atenção: é necessário “explicar” o gráfico). Curto prazo: ∆Y < 0; ∆R < 0; ∆P = 0. Longo prazo: ∆Y = 0; ∆R < 0; ∆P < 0. UFRJ Economia Internacional (diurno) Prof. Alexandre B. Cunha P2 2014/1 (1) (20 pontos) Considere uma pequena nação que toma a taxa internacional de juros como dada. Utilize o modelo IS-LM-BP para discutir os impactos de um aumento na oferta de moeda sobre os valores de equilíbrio de Y e R no regime de câmbio fixo quando há perfeita mobilidade de capital. (2) (30 pontos) Considere a versão básica modelo monetário do balanço de pagamentos discutida em KO e em aula. (a) (5 pontos) Enuncie as equações constituintes desse modelo. (b) (20 pontos) Obtenha a sua equação fundamental. (c) (5 pontos) Utilize a equação obtida no item anterior para discutir os impactos de uma elevação na oferta de moeda de Braslândia sobre a sua taxa de câmbio nominal de longo prazo. (3) (30 pontos) Suponha que o mundo é composto somente por dois grandes países, H e F. Há perfeita mobilidade de capitais entre as duas nações. O país H segue uma política de câmbio fixo, ao passo que o governo da outra nação não tem qualquer preocupação com a taxa de câmbio. Assuma que ambas as ofertas agregadas são perfeitamente elásticas. Utilize o modelo IS-LM-BP para discutir os efeitos de uma contração monetária no país F sobre os valores de equilíbrio de Y (em ambos os países), E (ou seja, a taxa de câmbio entre as moedas de H e F) e R (em ambos os países). (4) (20 pontos) Utilize a análise gráfica desenvolvida em KO e em aula paradiscutir os efeitos de curto e longo prazo de uma redução na demanda de moeda sobre E. Mantenha Y constante ao longo da sua análise. Gabarito Sintético (1) Em um primeiro momento, a curva LM se desloca para a direita. Contudo, ela retorna endogenamente para a sua posição original. (explique). Desta forma, Y e R não se alteram. (2) Ver questões 3 e 4 da lista 9. (3) A curva LMF se desloca para a esquerda. A taxa de juros em F passa a exceder a de H. Desta forma, ocorre uma fuga de capitais de H para F. Esse movimento gera uma pressão no sentido de depreciar a moeda de H. Porém, como esse país está no regime de câmbio fixo, o seu banco central venderá moeda estrangeira. Desta forma, a curva LMH se deslocará endogenamente para a esquerda até que a taxa de juros em H alcance o nível definido pelo cruzamento de IS e LM no gráfico referente ao país F. Resultado: ∆YH < 0, ∆YF < 0, ∆RH = ∆RF > 0, ∆E = 0. (4) Ver questão 4 da lista 8. UFRJ Economia Internacional (noturno) Prof. Alexandre B. Cunha P2 2014/1 (1) (20 pontos) Utilize a análise gráfica desenvolvida em KO e em aula para discutir os impactos sobre E de uma queda em E e , mantidas constantes R e R*. (2) (30 pontos) Suponha que o mundo é composto somente por dois grandes países, H e F. Há perfeita mobilidade de capitais entre as duas nações e ambas estão no regime de câmbio flexível. Assuma que as ofertas agregadas são perfeitamente elásticas. Utilize o modelo IS-LM-BP para discutir os impactos de uma expansão fiscal em H sobre os valores de equilíbrio de Y (em ambos os países), E (ou seja, a taxa de câmbio entre as moedas de H e F) e R (em ambos os países). (3) (30 pontos) Considere a versão ampliada modelo monetário do balanço de pagamentos discutida em KO e em aula. (a) (5 pontos) Enuncie as equações constituintes desse modelo. (b) (20 pontos) Obtenha a sua equação fundamental. (c) (5 pontos) Utilize a equação obtida no item anterior para discutir os impactos de uma elevação na oferta de moeda de Braslândia sobre a sua taxa de câmbio nominal de longo prazo. (4) (20 pontos) Considere uma pequena economia aberta com mobilidade de capital imperfeita. Assuma que P é constante. A economia está no regime de câmbio flutuante. O governo implementa uma política fiscal contracionista e mantém M constante. Utilize o modelo IS-LM-BP para discutir os impactos de tal política sobre Y, R, Z, K e E. Assuma que a inclinação da curva BP é maior do que a da curva LM. Gabarito Sintético (1) A curva F se desloca para a esquerda. Ocorre uma apreciação cambial (∆E < 0). (2) A curva ISH se desloca para a direita. A taxa de juros em H passa a exceder a de F. Desta forma, ocorre uma fuga de capitais de F para H. Esse movimento faz com que a moeda de H se aprecie. Isso faz com ISH se desloque para a esquerda e ISF para a direi- ta. Esse processo continuará até que as taxas de juros se equalizem. Resultado: ∆YH > 0, ∆YF > 0, ∆RH = ∆RF > 0, ∆E < 0. (3) Ver questão 8 da lista 9. (4) A curva IS se desloca para a esquerda devido à expansão fiscal. As curvas IS e BP se deslocarão endogenamente para a esquerda devido a uma apreciação cambial. Conclusão [justificativa entre colchetes]: ∆Y < 0 [gráfico]; ∆R < 0 [gráfico]; ∆K < 0 [∆R < 0]; ∆E < 0 [deslocamentos IS e BP]; ∆Z > 0 [∆K < 0 e ∆α = 0]. UFRJ Economia Internacional (diurno) Prof. Alexandre B. Cunha P1 2014/1 (1) (20 pontos) Enuncie a versão exata da PDJ; defina as variáveis utilizadas em sua resposta. (2) (30 pontos) Suponha que exatamente daqui a um ano você precisará efetuar um pagamento de US$ 4 mil. Sabe-se que R = 15%, R∗ = 4%, E₀ = 3 e F₁ = 3,2. (a) (20 pontos) Monte duas operações de hedge que cubram o seu risco cambial. (b) (10 pontos) Identifique por qual das duas operações você deveria optar. (3) (30 pontos) Considere uma economia fechada. Mostre que um decréscimo em G desloca a curva IS para a esquerda. (4) (20 pontos) Considere uma economia fechada. Assuma que a oferta agregada de curto prazo é horizontal. Utilize o modelo IS-LM para discutir os efeitos de curto prazo e longo prazo de um decréscimo em M sobre os valores de equilíbrio de Y, R e P. Gabarito Sintético (1) 1 + R = (1 + R*)(1 + δe); R: taxa nominal de juros doméstica; R*: taxa nominal de juros internacional; δe: taxa esperada de desvalorização cambial (2a) (I) Compre US$ 4.000,00 a termo, você desembolsará de R$ 12.800,00 daqui a um ano. (II) Obtenha um empréstimo de R$ 11.538,46, você desembolsará R$ 13.269,23 daqui a um ano; compre US$ 3.846,15 no mercado à vista e aplique esses dólares, você resgatará US$ 4.000,00 daqui a um ano. (2b) Operação I, pois 12.800,00 < 13.269,23. (3) Fixe R e diferencie a equação da curva IS com respeito a G. Após algumas manipulações, você obterá uma expressão para ∂Y/∂G. Mostre que essa derivada parcial é positiva. Por fim, utilize um gráfico para obter o resultado desejado. (4) Ver gráfico abaixo (atenção: é necessário “explicar” o gráfico). Curto prazo: ∆Y < 0; ∆R > 0; ∆P = 0. Longo prazo: ∆Y = 0; ∆R = 0; ∆P < 0. ������� �� � � �������� ��� ������ ��������������� ��� ��� � ������ �� ������ � � �� � �� ��� �� ����� �������� � �� ��!" � UFRJ Economia Internacional (IEE 201) Prof. Alexandre B. Cunha P1 2013/2 (1) (20 pontos) Enuncie a versão exata da PCJ e defina as variáveis utilizadas em sua resposta. (2) (30 pontos) Assuma que a oferta agregada de curto prazo é positivamente inclinada. Utilize o modelo IS-LM-OA-DA para discutir os efeitos de curto prazo e longo prazo de um acréscimo em M sobre os valores de equilíbrio de Y, R e P. (3) (30 pontos) Utilize a análise gráfica desenvolvida em KO e em aula para discutir os impactos de curto prazo e longo prazo de uma expansão monetária sobre E. Mantenha Y constante ao longo da sua análise. (4) (20 pontos) Considere uma firma perfeitamente competitiva. A sua função de produção é dada por Y = N. Descreva, da maneira mais precisa possível, a demanda de trabalho N D e a oferta Y S dessa firma. Gabarito Sintético (1) 1 + i = (1 + i*)(1 + f) i: taxa nominal de juros doméstica i*: taxa nominal de juros internacional f : prêmio a termo da taxa de câmbio (2) Questão resolvida nas notas de aula referentes ao tópico 6 (ver subseção 6.9.2). (3) Esta questão está resolvida em KO; ver figura 14.12 (p. 283) e a sua respectiva explicação. (4) Denote o lucro da firma por ξ. Logo, ξ = PY – WN. Como Y = N, podemos concluir que ξ(N) = (P – W)N. Logo, N D = 0 se P < W, N D = ∞ se P > W e N D pode ser qualquer elemento do intervalo [0,∞) se P = W. Com relação à oferta, Y S = 0 se P < W, Y S = ∞ se P > W e Y S pode ser qualquer elemento do intervalo [0,∞) se P = W. UFRJ Economia Internacional (IEE 201) Prof. Alexandre B. Cunha P1 2013/1 (1) (20 pontos) Enuncie a versão exata da PDJ e defina as variáveis utilizadas em sua resposta. (2) (30 pontos) Estão disponíveis as seguintes estatísticas referentes ao balanço de pagamentos de Braslândia para o ano de 2005: exportações de bens: 450 importação de bens: 250 balança de serviços: –30 rendas: –110 transf. unil. correntes: 70 conta de capital: 70 conta financeira: 650 demais investimentos: –150 erros e omissões: –10 (a) (25 pontos) Calcule os saldos da balança comercial, da conta corrente, do movimento de capitais autônomos, do balanço de pagamentos (total) e do movimento de capitais compensatórios. (b) (5 pontos)Sabe-se ainda que a poupança nacional foi igual a 400. Calcule o valor do investimento bruto. (3) (30 pontos) Considere uma pequena economia aberta. Utilize o modelo Mundell- Fleming para discutir os impactos de uma contração monetária sobre os valores de equilíbrio de Q, P e i no regime de câmbio flexível quando há perfeita mobilidade de capital. Assuma que a oferta agregada é positivamente inclinada. (4) (20 pontos) Suponha que o mundo é composto somente por dois grandes países, X e Y. Há perfeita mobilidade de capitais entre as duas nações. O país Y segue uma política de câmbio fixo, ao passo que o governo da outra nação não tem qualquer preocupação com a taxa de câmbio. Assuma que ambas as ofertas agregadas são perfeitamente elásticas. Utilize o modelo Mundell-Fleming para discutir os efeitos de uma contração fiscal em X sobre o produto (de ambos os países) e a taxa de juros. Gabarito Sintético (1) 1 + i = (1 + i*)(1 + δ e ) i: taxa nominal de juros doméstica i*: taxa nominal de juros internacional δ e : taxa de desvalorização cambial esperada (2a) balança comercial: 200 (= 450 – 250) saldo em conta corrente: 130 (= 200 – 30 – 110 + 70) movimento de capitais autônomos: 570 (= 70 + 650 – 150) saldo do balanço de pagamentos: 690 (= 130 + 570 – 10) movimento de capitais compensatórios: –690 (2b) 270 (= 400 – 130) (3) Dois gráficos são necessários nesta questão. Eles devem ser apresentados de forma similar à encontrada na figura 14.5 (p. 454) de SL. A contração monetária faz com que a curva LM se desloque para a esquerda. Ocorre uma apreciação cambial que desloca a curva IS para a esquerda de forma que a nova IS intercepte a nova LM ao longo da curva CM. Se P permanecesse constante, o produto de equilíbrio seria menor. Logo, a curva Q D se desloca para a esquerda. Ao analisarmos o gráfico inferior, concluímos que ∆P < 0 e ∆Q < 0. A queda em P faz com que ambas IS e LM se desloquem para a direita. Essas curvas se cruzam justamente ao longo da curva de CM ao nível de produção definido no gráfico inferior. (4) O aluno deve utilizar um gráfico com o esquema IS-LM para cada país. Os gráficos devem ser apresentados lado a lado (ver figuras 14. e 14.9 na página 459 de SL). O fato das ofertas agregadas serem perfeitamente elásticas garante que o nível de preços de cada país não se alterará, sendo assim desnecessário utilizar os gráficos com as curvas de oferta e demanda agregada. A curva ISX se desloca para a esquerda. A taxa de juros em Y passa a exceder a de X. Desta forma, ocorre uma fuga de capitais de X para Y. Esse movimento gera uma pressão no sentido de valorizar a moeda de Y. Porém, como esse país está no regime de câmbio fixo, o seu banco central comprará moeda estrangeira. Desta forma, a curva LMY se deslocará endogenamente para a direita até que a taxa de juros em Y alcance o nível definido pelo cruzamento de IS e LM no gráfico do país X. A análise gráfica nos permite concluir que i e QX decrescem, ao passo que QY cresce.
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