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Trabalho O Jardim

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Conforto Ambiental
O Jardim
Os Jardins são o lugar de encontro entre o homem, a natureza e a arte! 
Eles dependem de um lugar (artificial/ transformado) e de um clima.
Embora pareça provado que os primeiros jardins foram as hortas, houve jardins espirituais para fomentar a contemplação, jardins funcionais e com plantas medicinais. 
Para muitos, o cultivo de um jardim equivale ao cultivo do espírito. 
Os arquitetos não estão sozinhos na sua construção. A maioria foi criado por jardineiros, engenheiros hidráulicos, pintores, escultores e também por Reis.
Os Primeiros Jardins
Supõe-se que o Oriente Médio,onde o Gênesis situa o Jardim do Éden, um jardim puro, paraíso. Foi o lugar escolhido por Deus para plantar todo tipo de árvore. Inclusive a da vida, do bem e do mal.
Porém, como a arte e a arquitetura , as flores viajaram pelo mundo nas mãos dos conquistadores e exploradores. 
Jardins Egípcios
Os jardins egípcios cercavam as residências dos arredores das cidades , cercavam os templos decorados com arbustos e ervas medicinais.
Boa parte das árvores tinha dupla função: Fornecer sombra por causa do clima quente e árido ; e produzir frutos ou aromas.
Para regar os canteiros, sulcavam-se canais procedentes do Nilo. A água era armazenada em reservatórios que podiam ser decorados.
A flor de Lótus cresce na água calma do Nilo é a que mais aparece nas Tumbas, esculpida em relevos , juntos com as folhas de palmeira. 
Jardins Persas:
O jardim persa cercado de altos muros feitos de tijolos era um lugar de retiro privado, destinado ao prazer, ao amor, à saúde e ao luxo.
Era a combinação entre os grandes parques assírios e o cercado egípcio .
“Jardins-paraísos" que se encontravam próximos aos palácios do Rei.
As cheias dos Rios Tigres e Eufrates não permitiam o cultivo da Terra entre eles, tornando assim as árvores veneradas.
Das palmeiras teciam tudo: Leques, cestos, telhado e tronco na construção de móveis.
Tudo indica que as plantas eram regadas pelo Rio Eufrates.
Era característica a presença de dois canais principais em cruz dividindo o jardim em quatro zonas: Terra, Fogo, Água e Ar.
Os Jardins Suspensos da Babilônia foram uma das sete maravilhas do mundo antigo. 
O Jardim Grego
Com o solo rochoso montanhoso e o clima quente e seco, a Grécia não era o lugar ideal para uma jardinagem organizada. 
Os jardins eram simples, desenvolvendo-se em locais fechados onde se plantavam plantas úteis e hortas.
A introdução de colunas e pórticos fazia uma transição harmoniosa entre o exterior e interior.
Os jardins também ficaram marcados por possuir esculturas humanas e de animais mais próximas da realidade.
O Jardim Romano
Os Jardins Romanos eram obras de arquitetos, separação entre o útil e o estético, com a função também de lazer.
Os jardins frutíferos e as ervas faziam parte da beleza.
Presença de esculturas , fontes centrais, tanques, piscinas, termas, pergolados, bancos...
A topiaria fez com que os arbustos passassem a ser um elemento de grande versatilidade e essencial em um jardim.  A sombra projetada pelas galerias com arcos reduzia necessidade de arvoredo. 
O jardim Romano mais famoso não fica em Roma, mas em Tívoli, (ordem do Imperador Adriano).
Os Jardins Árabes
Para os Muçulmanos, o céu ou o paraíso é um jardim. Os jardins Islâmicos tinham quatro elementos: terra, água, ar e o fogo. Materializados em outros quatro: água para regar ; sombra para refrescar; flores para desfrutar da cor e do perfume e música para os ouvidos.
É um lugar dividido por normas geométricas com canteiros retangulares , que representavam a sombra como vida, em contraposição ao deserto. 
A cada árvore era atribuída uma simbologia e um uso:
( O florescer das amendoeiras – esperança e a vida; os tapetes estampados com cenas de canais, peixes e árvores eram os jardins de inverno.)
O Jardim Medieval
Na idade média a concepção de jardins foi marcada pela simplicidade. O Jardim Medieval foi recluso. Cresceu de maneira pragmática nos castelos e mosteiros, em espaços planos e fechados.
Nos mosteiros o pensamento religioso aproximava os monges do ideal de paraíso encontrado na natureza e os próprios religiosos cultivavam as plantas. Nestes locais muitas plantas aromáticas e medicinais eram utilizadas. 
Havia a construção de labirintos nos jardins feitos por arbustos e cipreste
Elementos típicos: Assentos construídos com a própria erca do terreno, as cabanas e a topiaria*.
O Jardim Renascentista
Surgiu em Florença mas graças aos Papas se estendeu por toda a Europa, formando uma unidade entre arquitetura e lugar, organizando paisagens e eixos simétricos.
Deviam ser plantados em lugares planos , aproveitando as encostas das colinas com sombras e áreas de sol e cavernas cobertas de musgos.
O buxo era muito usado na topearia, principalmente para marcar os caminhos e para podar o brasão da família do proprietário. 
Era composta também por estátuas e fontes.
Uma das distrações dos paisagistas do século XVI era criar fontes que surpreendiam os visitantes com músicas ou banhos inesperados.
Quase um século mais tarde, em Roma os Papas mandaram construir outros grandes jardins Renascentistas ( Renascimento Tardio), com o intuito de perpetuar os princípios clássicos romanos. Não seria mais necessária uma grande área plana. Muros de contenção, rampas e grandes escadarias permitiram cultivar jardins com diversos níveis.
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Jardim Maneirista
O Estilo Maneirista se estendeu até o Rococó e é caracterizado pela valorização do trabalho individual do artista.
O Renascimento foi visto por muitos como um período de decadência em relação à perfeição clássica, sendo uma imitação distorcida do período anterior, com perda da proporção e do equilíbrio. 
Porém, o Maneirismo abriu espaço para que os elementos clássicos pudessem ser utilizados com certa liberdade, incentivando a criação e a expressão individual, fazendo surgir soluções mais coerentes com a nova sociedade.
As obras deste movimento tem um equilíbrio frágil e a sensação é de tensão. É uma arte subjetiva e marcada pelo emocional.
Deixam de ter formas retangulares e passam a ter formas convexas, permitindo o contraste de luz e sombra. Existência de várias escadas para levar a um mesmo lugar. Conflito entre linhas horizontais e verticais
Esta é a posição do Transepto. 
No Renascimento as plantas das igrejas costumavam ter uma planta central e a cúpula no centro. Já no Maneirismo, o ambiente foi alongado, como mostrado acima, e a cúpula posicionada sobre o transepto, o que deixa o ambiente com pontos de pouca iluminação. 
O Jardim do século XVII
Na França:
As curvas foram substituídas por planos;
Os novos jardins se estendiam até o horizonte, eram lugares de entretenimento e espetáculo;
E também canários de poder dos monarcas absolutistas que venciam as leis da natureza, mudando seu curso natural (água);
As composições dos jardins eram mais simples (topiaria perde importância), mas com ornamentos e detalhes elaborados;
 Em seguida veio a magnitude francesa:
Tinha um novo estilo naturalista;
A ostentação cede lugar ao passeio e jogos;
O vasto jardim francês chega a Inglaterra mais despovoado, mais verde e mais livre.
Os Jardins do Palácio de Versalhes se tornaram modelo a ser imitado. Sua influência nas cortes europeias foi notável.
O Jardim Barroco
Teve muitas fases, todas espetaculares;
Favorecia a variação e o exótico;
Tinha movimento;
Eram mais lúcidos e sinuosos;
Caracterizava pelo desejo de perder a vista em um parque, que se aproxima do jardim inglês;
E o azulejo nos espaços exteriores foi a contribuição portuguesa aos jardins do século XVII;
O Jardim da Villa Aldobrandini ainda hoje é visitado.
O Jardim Inglês
Evidencia o naturalismo;
Recuperação do jardim primitivo, onde o caráter do jardim estava na sua topografia, uma natureza sem adornos nem artifícios;
Desde o século XVIII a Inglaterralidera o mundo do jardim, planeja os estilos e é a principal disseminadora do conhecimento sobre horticultura;
Charles Bridgeman deu a maior contribuição inglesa á jardinagem da época: o ha-ha, um rebaixado que cria uma barreira vertical enquanto preserva uma visão ininterrupta da paisagem além, e transforma o chão em pedestal.
O Jardim do século XVIII
O jardim chinês desperta interesse, gerando a moda “chinoiserie”, que procurava expressar a beleza e os conceitos da natureza com elementos naturais: rochas, rios, lagos e montanhas. Eram ao mesmo tempo elementos compositivos e ornamentais;
 A famosa ponte do Jardim das Águas, do impressionista Claude Monet
O Jardim do século XVIII
Surge os primeiros jardins estado-unidense de destaque, uma mistura de diversas culturas, com base cultural britânica e um gosto pela horticultura herdado dos holandeses;
Era defendido o retorno à natureza, à vida e à ideia democrática dos jardins urbanos e públicos;
Nos pequenos jardins o principal era a economia e a manutenção, por isso a ideia era que o cidadão médio planejasse seu próprio jardim.
Frederick Law Olmsted, o autor do Central Park
O Jardim do século XIX
Uma época eclética, onde o gosto pelo jardim aberto e natural inglês foi recuperado, a ornamentação começava a ressurgir na própria Inglaterra; 
Nasceram diversos estilos, predominava-se a ideia de “um jardim dentro de um jardim”;
Após a Revolução Industrial, ocorreu a primeira aparição dos primeiros jardins urbanos. A preocupação com a saúde pública caminhava de mãos dadas com o urbanismo;
Começou a proliferação de casa com jardins ao redor das grandes cidades, deixou de ser uma vitrine de grandezas para tornar-se um jardim privado, um refúgio;
No resto do mundo o jardim continuava sinônimo de parque aberto;
Com a redescoberta do jardim renascentista, o gosto pelas flores exóticas trouxe consigo a proliferação das estufas no final do século XIX, que perdurariam para sempre.
O Palácio de Cristal de Joseph Paxton, tem uma brilhante arquitetura. 
O Jardim do século XX
Arquitetos anteciparam a geometrização dos jardins modernos, exploraram sua implantação em lugares inesperados. Recuperando uma tradição babilônica, levaram a vegetação aos terraços dos edifícios urbanos;
A Inglaterra passa por um período onde era incentivado a vida afastada das cidades. Surgiu, então, um movimento nostálgico: o arts & crafts, que reivindicou o artesanal em pleno desenvolvimento industrial;
Os jardins domésticos rodeavam a casa com formas retangulares ou quadradas que procuravam ampliar a escala dos espaços;
O jardim não imitava a natureza, domesticava-a: os arbustos eram podados em formas esféricas.
O Jardim em Bodnant de Henry Duncan, que hoje pertence ao National Trust, está entre os melhores da Inglaterra. 
O Jardim Moderno
Triunfou o cubismo, com formas reticulares que procuravam organizar as paisagens a fim de isolar a casa do exterior;
Burlaram as regras da rigidez geométrica, onde a distinção entre jardim e paisagem foi desfeita;
Desenharam curvas e combinaram o irregular com o regular.
Os Jardins de Le Corbusier, talvez tenha sido o mais interessado nos jardins modernos. 
O Jardim Artístico
Chega na segunda metade do século XX, com o projeto posto em mãos de artistas da land art, como Richard Long e suas esculturas-entulho, ou Walter de Maria e suas instalações que exploram a atmosfera dos lugares.
O Jardim do Futuro
Se resume em jardim minimalistas; 
Evidenciado por gerações necessitadas de jardins que exigem poucos cuidados;
A tendência de recuperar o solo industrial e empregar a flora nativa, gera uma preocupação com a sustentabilidade do jardim.
 O paisagista alemão Peter Latz, ganhou fama internacional por reverter a paisagem industrial de Duisburg, em um dos parques atuais mais aplaudidos.
			Obrigada!!

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