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CEP – CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSO Eliezer dos Santos Hugo Barbosa Jhonatas Gomes Rodolfo Moreira Você provavelmente já ouviu falar de CEP... CEP significa Controle Estatístico de Processos. Trata-se de um conjunto de ferramentas de resolução de problemas, extremamente úteis para obter a estabilidade de um processo produtivo e melhoria da sua capacidade. As técnicas de CEP conseguem isso através da redução da variabilidade do processo. O que é CEP ? Processo Processo é uma combinação de máquinas, métodos e pessoas que TRANSFORMAM Material de entrada Em um produto de saída São os característicos da qualidade do produto de saída que o CEP monitora, com o intuito de melhorar o processo. O que podemos definir como processo ? Há muito tempo atrás Walter Shewhart desenvolveu os Gráficos de Controle,o início do CEP, após estudar as causas de variação em um processo. Em qualquer processo produtivo SEMPRE haverá uma variabilidade natural, resultado da soma de muitas causas pequenas e inevitáveis. Esta variabilidade natural pode ser chamada de “sistema estável de causas aleatórias”. Um processo que esteja operando apenas sob a influência de causas aleatórias é considerado SOB CONTROLE ESTATÍSTICO. Quais são as causas de variação de um processo ? Mas qual é a vantagem do processo estar sob controle estatístico? ... Se o processo estiver sob controle estatístico, for um processo aleatório estacionário, será possível prever seu comportamento futuro usando a teoria da Probabilidade. E poderemos então garantir a Qualidade do processo, e mesmo melhorá-lo. Exatamente! As causas assinaláveis,ou especiais, de variação. Tratam-se de efeitos não aleatórios, que atuam sobre o processo, que passa a estar fora de controle. E por que isso acontece? Uma máquina mal ajustada,operadores mal treinados,matéria-prima defeituosa, ou qualquer outro fator que possa ser identificado. É muito importante que as causas assinaláveis sejam identificadas o mais rapidamente possível, e o Controle Estatístico de Processos é a forma objetiva de fazer isso. Década de 20 - Início de Técnicas estatísticas - desenvolvido por Shewhart do Bell Laboratorie; Década de 40 – Estatística como ferramenta para o controle da qualidade – Equipamentos bélicos – EUA; Década de 50 – Japão busca ferramentas de produção diferenciadas – Dr. Deming; Década de 60 – Uso prático da estatística como ferramenta para o controle de processo – TQC; Década de 70 – Disseminação dos conceitos de TQC – Invasão de produtos japoneses no mercado americano e TQM; Histórico Década de 80 – Implementação dos conceitos de TQM – Japão; 1983 – CEP introduzido no Brasil pela VTB Consultoria, juntamente com a FORD.(VTB, 2008) 1987 – ISO 9000 – Cita a importância das ferramentas estatísticas – CEP – para controle do produto; 1994 – QS 9000 - indústria automobilística – CEP – como ferramenta obrigatória para controle da qualidade dos produtos. (Ford Brasil, 1986) ERA DA QUALIDADE TOTAL ERA DO CONTROLE ESTATÍSTICO ERA DA INSPEÇÃO Observação Direta do Produto ou Serviço pelo Fornecedor ou Consumidor Produtos e Serviços Inspecionados um a um ou aleatoriamente Observação Direta do Produto ou Serviço pelo Fornecedor, ao final do processo produtivo Produtos e Serviços Inspecionados em Amostras. Produtos e Serviços definidos com base nos Interesses do Consumidor Observação de Produtos e Serviços durante o Processo Produtivo Qualidade garantida do Fornecedor ao Cliente IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA ANÁLISE DO PROBLEMA FLUXOGRAMA FOLHA DE VERIFICAÇÃO TÉCNICA DE GRUPO BRAINSTORM CAUSA E EFEITO GRÁFICO SEQUENCIAL GRÁFICO PARETO ESTRATIFICAÇÃO ESTRATIFICAÇÃO DIAGRAMA DE DISPERSÃO GRÁFICO DE CONTROLE ANÁLISE DE FORÇA DE CAMPO CEP - Tipos de Variação Causas Comuns: Causas aleatórias ou Casuais (Shewhart,1986) Processo sob controle; Não afetam de forma significativa o processo. Causas Especiais: Causas atribuídas; (Shewhart,1986) Processo fora de controle; Com grandes alterações no processo; Outliers. Fonte: Lopes, 2007. Fornece uma linguagem comum na análise do desempenho do processo. Permite melhor qualidade, menor custo unitário, maior capacidade de produzir. (VTB,2008) Modelo geral de Carta de Controle: (Montgomery, 2003) LSC = µ+ k σ LC = µ LIC = µ- k σ Gráficos de Controle O gráfico de controle somente apontará as causas atribuídas, mas é essencial um plano de ação para responder os sinais do gráfico de controle. (Montgomery, 2003) Gráficos de Controle Processo sob controle estatístico. Fonte: Werkema, 1995. Processo fora de controle estatístico. Fonte: Werkema, 1995. Gráficos de Controle Conceitos “cartas de controle” As cartas de controle são ferramentas utilizadas para se analisar os dados passados e para se controlar o processo continuamente. Nesta carta são colocados os valores médios das dimensões das amostras na ordenada e o número de amostras na abscissa. Os limites inferior e superior de controle são determinados a partir dos dados do processo e de simples cálculos estatísticos e refletem a variação esperada de um período para outro Estes limites não correspondem aos reflexos da variabilidade do processo Média Média é simplesmente o total das observações dividido pelo número de observações . Quando se refere às observações das amostras é simbolizada por x̅ e quando se refere à média das amostras é simbolizada por x̿. Amplitude É a medida mais simples da dispersão dos valores medidos. É a diferença entre o maior e o menor valor das observações , portanto somente leva em conta o maior e o menor valor medido. É indicada pelo símbolo R e quando se refere á amplitude média é indicada por R̅. Desvio padrão É uma medida de dispersão que considera todos os valores medidos, dando uma boa idéia dos desvios das observações em relação à média. EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Na gráfica Brasil há 500 funcionários em cada turno, iremos pegar uma pequena amostragem de 10%, e comparamos os três turnos durante uma semana: Comparando os três expedientes, vimos que nos três turnos, a maioria dos funcionários se mantém dentro das linhas limites, porem uma pequena parte do grupo, não atingi o numero de folhas impressas por hora previsto, Ao mesmo tempo deve-se verificar se não esta havendo sobrecarga de trabalho em sobre algum funcionário ou se os funcionários abaixo da media estão realmente utilizando todo o tempo de trabalho, esta foi uma coleta de apenas uma semana, se apos uma coleta mais prolongada, poderão ser tomadas algumas providencias como investir em treinamento de funcionários principalmente para os funcionários com pior desempenho, e caso houver uma distribuição da carga horária irregular, fazer uma melhor distribuição de tarefas. Referências Bibliográficas FORD BRASIL, Controle Estatístico de Processo - Treinamento Básico, 1984. LOPES, Luis Felipe Dias.Controle Estatístico de Processo.Universidade Federal de Santa Maria, 2007. MONTGOMERY, D.C. Introduction to statistical quality control. 2 ed. New York, John Wiley, 1991. WERKEMA MCC. Ferramentas estatísticas básicas para o gerenciamento de processos. Belo Horizonte: Fundação Christiano Ottoni, Escola de Engenharia da UFMG; 1995. MONTGOMERY, Douglas C.; RUNGER, George C. Estatística aplicada e probabilidade para engenheiros. 2a. ed. Tradução de Verônica Calado. Rio de Janeiro, LTC, 2003. SHEWHART, W. Statistical method: from the viewpoint of quality control. Washington: Dover, 1986. TRIOLA, M. F., Introdução à Estatística. 9a. ed. Tradução de Vera Regina de Farias e Flores. Rio de Janeiro, LTC, 2005. VIEIRA, S. Estatística para a qualidade. Rio e Janeiro: Campus. 1999. 198 p. VTB, Consultoria e Treinamento. Controle Estatístico do Processo Básico. São Paulo, 2008. AGRADECEMOS A SUA ATENÇÃO!
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