Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Tijolos cerâmicos maciços Características Visuais O bloco cerâmico maciço não deve apresentar defeitos sistemáticos, tais como quebras, superfícies irregulares ou deformações que impeçam o seu emprego na função especificada. Tijolo possui todas faces planas, podendo apresentar rebaixos de fabricação em uma das faces de maior área. Deve trazer identificação do fabricante sem que prejudique seu uso. Os tijolos se classificam em: Comuns; Especiais. Comuns são de uso corrente e podem ser classificados em A, B e C, conforme sua resistência à compressão. Tijolos especiais podem ser fabricados em formatos e especificações acordadas entre as partes. Nos quesitos não explicitados no acordo, devem prevalecer as condições das normas. Identificar cada tijolo. IDENTIFICAÇÃO TIPO APROVADO Determinação das medidas das faces – Dimensões efetivas Este roteiro prescreve o método de ensaio para determinação das características geométricas a seguir: a) medidas das faces – dimensões efetivas; b) espessura dos septos e paredes externas dos blocos; c) desvio em relação ao esquadro (D); d) planeza das faces (F); e) área bruta (Ab) e área líquida (Aliq). Aparelhagem e instrumentação A aparelhagem necessária para a execução do ensaio é a seguinte: a) paquímetro com sensibilidade mínima de 0,05 mm; b) régua metálica com sensibilidade mínima de 0,5 mm; c) esquadro metálico de 90 ± 0,5°; d) balança com resolução de até 10 g. Procedimentos Os tijolos comuns devem possuir a forma de um paralelepípedo-retângulo, sendo suas dimensões nominais as recomendadas na Tabela 1. Tabela 1 – Dimensões nominais (NBR 7170) Comprimento (mm) Largura (mm) Altura (mm) 190 90 57 190 90 90 Tolerâncias dimensionais individuais relacionadas à dimensão efetiva Grandezas controladas Tolerância individual mm Largura (L) Altura (H) +- 3mm Comprimento (C) IDENTIFICAÇÃO TIPO ESPESSURA (L) LARGURA (H) COMPRIMENTO (C) MÉDIA DAS DIMENSÔES APROVADO Determinação do desvio em relação ao esquadro (D) Os corpos-de-prova devem ser colocados sobre uma superfície plana e indeformável. Deve-se medir o desvio em relação ao esquadro entre uma das faces destinadas ao assentamento e a maior face destinada ao revestimento do bloco, conforme a figura, empregando-se o esquadro metálico e a régua metálica. Desvio em relação ao esquadro (D) O desvio em relação ao esquadro deve ser no máximo 3 mm. IDENTIFICAÇÃO TIPO DESVIO APROVADO Determinação da planeza das faces (F) Os corpos-de-prova devem ser colocados sobre uma superfície plana e indeformável. Deve-se determinar a planeza de uma das faces destinadas ao revestimento através da flecha formada na diagonal, conforme as figuras, empregando-se o esquadro metálico e a régua metálica. A flecha deve ser no máximo de 3 mm. IDENTIFICAÇÃO TIPO DESVIO APROVADO Determinação da massa seca e do índice de absorção d`água Aparelhagem e instrumentação A aparelhagem necessária para a execução do ensaio é composta de: a) balança com resolução de até 5 g; b) estufa com temperatura ajustável a (105 ± 5)ºC. Recebimento, preparação e acondicionamento dos corpos-de-prova Os corpos-de-prova devem ser recebidos, identificados, limpos, ter as rebarbas retiradas e colocados em ambiente protegido que preserve suas características originais. Cada corpo-de-prova é constituído por um bloco principal, íntegro e isento de defeitos, amostrado de acordo com as ABNT NBR 15270-1 e ABNT NBR 15270-2. Execução do ensaio Determinação da massa seca (ms) a) retirar do corpo-de-prova o pó e outras partículas soltas; b) submeter os corpos-de-prova à secagem em estufa a (105 ± 5)ºC; c) determinar a massa individual, em intervalos de 1 h, até que duas pesagens consecutivas de cada um deles difiram em no máximo 0,25%, pesando-os imediatamente após a remoção da estufa; d) medir a massa seca (ms) dos corpos-de-prova após a estabilização das pesagens, nas condições acima estabelecidas, expressando-as em gramas. Determinação da massa úmida (mu) a) após a determinação da massa seca (ms), os corpos-de-prova devem ser colocados em um recipiente de dimensões apropriadas, preenchido com água à temperatura ambiente, em volume suficiente para mantê-los totalmente imersos; b) o recipiente deve ser gradativamente aquecido até a água no seu interior entrar em ebulição; c) os corpos-de-prova devem ser mantidos completamente imersos em água fervente por 2 h. NOTAS 1 O volume de água evaporado do recipiente deve ser reposto para que a imersão dos corpos-de-prova não seja comprometida. 2 Alternativamente, esta operação pode ser substituída pela imersão completa dos corpos-de-prova em água à temperatura ambiente durante 24 h. 3 Havendo divergência quanto ao resultado deste ensaio, prevalece o resultado obtido em água fervente. 4 no caso de uso de água fervente, transcorrido o tempo de imersão de 2 h de fervura, deve ser interrompida a operação e os corpos-de-prova devem ser resfriados via substituição lenta da água quente do recipiente por água à temperatura ambiente; 5 estando a água do recipiente à temperatura ambiente, os corpos-de-prova saturados devem ser removidos e colocados em bancada para permitir o escorrimento do excesso de água; 6 a água remanescente deve ser removida com o auxílio de um pano limpo e úmido, observando-se que o tempo decorrido entre a remoção do excesso de água na superfície e o término das pesagens não deve ser superior a 15 min; 7 a massa úmida (mu), expressa em gramas, é determinada pela pesagem de cada corpo-de-prova saturado; 8 os resultados das pesagens devem ser expressos em gramas. Determinação do índice de absorção d´água (AA) O índice de absorção d´água (AA) de cada corpo-de-prova é determinado pela expressão: onde mu e ms representam a massa úmida e a massa seca de cada corpo-de-prova, respectivamente, expressas em gramas. IDENTIFICAÇÃO TIPO MASSA SECA (G) ÍNDICE DE ABSORÇÃO AA % Índice de absorção de água (AA) O índice de absorção de água não deve ser inferior a 8% nem superior a 22%. Tanto para blocos de alvenaria estrutural, quanto de vedação. Determinação da resistência à compressão dos blocos estruturais e de vedação Objetivo Este roteiro prescreve o método de ensaio para determinação da resistência à compressão dos blocos maciços. Aparelhagem e instrumentação A aparelhagem necessária para a execução do ensaio é composta de uma prensa com a qual se executa o ensaio, devendo satisfazer as seguintes condições: a) ser provida de dispositivo que assegure a distribuição uniforme dos esforços no corpo-de-prova; b) ser equipada com dois pratos de apoio, de aço, um dos quais articulado, que atue na facesuperior do corpo-de-prova; c) quando as dimensões dos pratos de apoios não forem suficientes para cobrir o corpo-de-prova, uma placa de aço deve ser colocada entre os pratos e o corpo-de-prova; d) as superfícies planas e rígidas dos pratos e placas de apoio não devem apresentar desníveis superiores a 8 x 10-2 mm para cada 4 x 102 mm; e) as placas monolíticas de aço devem ter espessura de no mínimo 50 mm; f) atender aos requisitos da ABNT NBR NM-ISO 7500-1; g) ter instrumentos para permitir a leitura das cargas com aproximação de ± 2% da carga de ruptura; h) ser capaz de transmitir a carga de modo progressivo e sem choques; i) ter o dispositivo de medida de carga com um mínimo de inércia, de atritos e de jogos, de modo que tais fatores não influam sensivelmente nas indicações da prensa; Recebimento, preparação e acondicionamento dos corpos-de-prova Os corpos-de-prova devem ser recebidos, identificados, limpos, retiradas as rebarbas e colocados em ambiente protegido que preserve suas características originais. Cada corpo-de-prova é constituído por um bloco principal, íntegro e isento de defeitos, amostrado de acordo com as ABNT NBR 15270-1 e ABNT NBR 15270-2. Procedimentos Generalidades a) medir a largura (L), altura (H) e o comprimento (C) dos blocos segundo e decidir se estão em conformidade. b) para a regularização das faces de trabalho dos corpos-de-prova, devem ser utilizadas pastas de cimento ou argamassas com resistências superiores às resistências dos blocos na área bruta; c) a superfície onde o capeamento será executado não deve se afastar do plano mais que 8 x 10-2 mm para cada 4 x 102 mm; d) o capeamento deve apresentar-se plano e uniforme no momento do ensaio, não sendo permitidos remendos; e) a espessura máxima do capeamento não deve exceder 3 mm; f) alternativamente, as faces dos corpos-de-prova podem ser regularizadas por meio de uma retífica, dispensando-se assim o capeamento. Posição dos corpos- de- prova nos ensaios à compressão Todos os corpos-de-prova devem ser ensaiados de modo que a carga seja aplicada na direção do esforço que o bloco deve suportar durante o seu emprego, sempre perpendicular ao comprimento e na face destinada ao assentamento. Blocos cerâmicos maciços a) cobrir com pasta de cimento (ou argamassa) uma placa plana indeformável recoberta com uma folha de papel umedecida ou com uma leve camada de óleo mineral; b) aplicar à face destinada ao assentamento sobre essa pasta (ou argamassa) exercendo sobre o bloco uma pressão manual suficiente para fazer refluir a pasta (ou argamassa) interposta, de modo a reduzir a espessura no máximo a 3 mm; c) logo que a pasta (ou argamassa) estiver endurecida, retirar com espátulas o excesso de pasta existente; d) passar, em seguida, à regularização da face oposta, após procedimento indicado nas alíneas a) e b); e) deve-se obter assim um corpo-de-prova com duas faces de trabalho devidamente regularizadas e tanto quanto possível paralelas; f) após o endurecimento das camadas de capeamento, imergir os corpos-de-prova em água no mínimo durante 6 h; g) nos casos em que as faces de assentamento são regularizadas por uma retífica, não se aplicam as alíneas a), b), c) e d). Execução do ensaio A execução do ensaio deve ser a seguinte: a) os blocos devem ser ensaiados na condição saturada; b) todos os corpos-de-prova devem ser ensaiados de modo que a carga seja aplicada na direção do esforço que o bloco deve suportar durante o seu emprego, sempre perpendicular ao comprimento e na face destinada ao assentamento; c) o corpo-de-prova deve ser colocado na prensa de modo que o seu centro de gravidade esteja no eixo de carga dos pratos da prensa; d) proceder ao ensaio de compressão, regulando os comandos da prensa, de forma que a tensão aplicada, calculada em relação à área bruta se eleve progressivamente à razão de (0,05 ± 0,01) MPa/s. IDENTIFICAÇÃO TIPO ÁREA DAS FACES DE TRABALHO CARGA (N) PRESSÃO (Mpa) Resistência média dos corpos de prova em Mpa: _____________ Resistência característica à compressão (fbk) A resistência característica à compressão estimada, determinada de acordo com 5.3 da ABNT NBR 15270-2:2005 é de Tabela 2 – Resistência mínima à compressão em relação à categoria (NBR 7170) Categoria Resistência à compressão (Mpa) A 1,5 B 2,5 C 4,0 fbk,est é a resistência característica estimada da amostra, em MPa; fb(1), fb(2),…, fbi são os valores de resistência à compressão individual dos corpos-de-prova da amostra, ordenados crescentemente; i = n/2, se n for par; i = (n -1)/2, se n for ímpar; n é a quantidade de blocos da amostra. Após o cálculo do fbk,est deve-se proceder à seguinte análise: a) se o valor do fbk,est ≥fbm (média da resistência à compressão de todos os corpos-de-prova da amostra), adota-se fbm como a resistência característica do lote (fbk); b) se o valor do fbk,est Ø x fb(1) (menor valor da resistência à compressão de todos os corpos-de-prova da amostra), adota-se a resistência característica à compressão (fbk) determinada pela expressão Ø x fb(1), estando os valores de Ø indicados na tabela. Valores de Ø em função da quantidade de blocos . c) caso o valor calculado de fbk,est esteja entre os limites mencionados acima (Ø x fb(1) e fbm ), adota-se este valor como a resistência característica à compressão (fbk).
Compartilhar