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TEXTO NARRATIVO E DESCRITIVO COM ATIVIDADES

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Texto Descritivo
	O texto descritivo é um tipo de texto que envolve a descrição de algo, seja de um objeto, pessoa, animal, lugar, acontecimento, e sua intenção é, sobretudo, transmitir para o leitor as impressões e as qualidades de algo.
Em outras palavras, o texto descritivo capta as impressões, de forma a representar a elaboração de um retrato, como uma fotografia revelada por meio das palavras.
	Para tanto, alguns aspectos são de suma importância para a elaboração desse tipo textual, desde as características físicas e/ou psicológicas do que se pretende analisar, a saber: cor, textura, altura, comprimento, peso, dimensões, função, clima, tempo, vegetação, localização, sensação, localização, dentre outros.
Características
	Retrato verbal
	Ausência de ação e relação de anterioridade ou posterioridade entre as frases
	Predomínio de substantivos, adjetivos e locuções adjetivas
	Utilização da enumeração e comparação
	Presença de verbos de ligação
	Verbos flexionados no presente ou no pretérito (passado)
	Emprego de orações coordenadas justapostas
	Estrutura Descritiva
A descrição apresenta três passos para a construção:
	Introdução: apresentação do que se pretende descrever.
	Desenvolvimento: caracterização subjetiva ou objetiva da descrição.
	Conclusão: finalização da apresentação e caracterização de algo.
Tipos de Descrição
Conforme a intenção do texto, as descrições são classificadas em:
	Descrição Subjetiva: apresenta as descrições de algo, todavia, evidencia as impressões pessoais do emissor (locutor) do texto. Exemplos são nos textos literários repletos de impressões dos autores.
	Descrição Objetiva: nesse caso, o texto procura descrever de forma exata e realista as características concretas e físicas de algo, sem atribuir juízo de valor, ou impressões subjetivas do emissor. Exemplos de descrições objetivas são os retratos falados, manuais de instruções, verbetes de dicionários e enciclopédias.
	Exemplos
Segue exemplos de textos descritivos:
	Descrição Subjetiva
“Ficara sentada à mesa a ler o Diário de Notícias, no seu roupão de manhã de fazenda preta, bordado a sutache, com largos botões de madrepérola; o cabelo louro um pouco desmanchado, com um tom seco do calor do travesseiro, enrolava-se, torcido no alto da cabeça pequenina, de perfil bonito; a sua pele tinha a brancura tenra e láctea das louras; com o cotovelo encostado à mesa acariciava a orelha, e, no movimento lento e suave dos seus dedos, dois anéis de rubis miudinhos davam cintilações escarlates.” (O Primo Basílio, Eça de Queiroz)
	Descrição Objetiva
"A vítima, Solange dos Santos (22 anos), moradora da cidade de Marília, era magra, alta (1,75), cabelos pretos e curtos; nariz fino e rosto ligeiramente alongado."
	
Elementos predominantes na descrição 
Frases enumerativas
São frases que apresentam uma seqüência de nomes, geralmente sem a presença de verbos. 
Exemplo: 
A cama de ferro; a colcha branca, o travesseiro com fronha de morin. O lavatório esmaltado, a bacia e o jarro. Uma mesa de pau, uma cadeira de pau, o tinteiro, papéis, uma caneta. Quadros na parede. 
(Érico Veríssimo)
Adjetivação 
É o que caracteriza o elemento descrito, transmitindo suas qualidades, condições e estado. 
Exemplo: 
pele da cabocla era desse moreno enxuto e parelho das chinesas. Tinha uns olhos graúdos, lustrosos e negros como os cabelos lisos, e um sorrido suave e limpo a animar-lhe o rosto oval de feições delicadas. 
(Érico Veríssimo) 
Figuras de linguagem 
São os recursos expressivos. Os mais usados em descrições são: a prosopopéia, a comparação, a metáfora, a prosopopéia, a sinestesia e a onomatopéia. 
Exemplo: 
rio era aquele cantador de viola, em cuja alma se refletia o batuque das estrelas nuas, perdidas no vácuo milenarmente frio do espaço... Depois ele ia cantando isso de perau em perau, de cachoeira em cachoeira... 
(Bernardo Élis) 
É o uso dos cinco sentidos: percepções visuais, auditivas, gustativas, olfativas e tácteis. 
Exemplo: 
movimento dos tatos violentos, brutais... Tatos, sons, cores, cheiros se fundem em gostos de gengibre... (Graça Aranha)
Texto para interpretação Nível Fundamental
Atividade de Língua Portuguesa ( texto descritivo) 
SER FILHO É PADECER NO PURGATÓRIO
 – Pssiu, psssiu!
 – Eu? – virou-se Juvenal, apontando o próprio peito.
 – É. O senhor mesmo. – confirmou o comerciante à porta da loja. Venha cá por favor.
Juvenal aproximou-se. O comerciante inclinou-se sobre ele e, como que lhe segredasse algo, perguntou:
– O senhor tem mãe?
– Tenho.
– Gosta dela?
– Gosto.
– Então é com o senhor mesmo que eu quero falar. Vamos entrar. Tenho aqui um presente especial para sua mãe.
– Tem mesmo? Mas por que o senhor não entrega a ela pessoalmente?
– Porque ela é sua mãe, não é minha. O senhor é que deve entregar o presente.
– Está bem. Então o senhor me dá que eu dou pra ela.
– Dar, não. – corrigiu o comerciante. – Infelizmente, não estamos em condições. As vendas só subiram 75%. Vou ter que lhe vender o presente.
– Mas eu não estava pensando em comprar um presente agora para minha mãe. O aniversário dela é em novembro.
– Não é pelo aniversário. É pelo dia das mães.
– Dias das mães? – repetiu Juvenal, sempre desligado. – Mães de quem?
– Mães de todos. É depois de amanhã, domingo.
– É mesmo? E quem disse isso?
– Bem…
– Está na Bíblia?
– Não. Ele foi criado por nós, comerciantes, para permitir que vocês manifestem seu amor e carinho por suas mães.
– Puxa, vocês são tão legais. Eu não sabia que os comerciantes gostavam tanto da mãe da gente.
– Pois acredite. E olhe, vou lhe contar um segredo: nós gostamos mais da mãe de vocês do que da nossa.
– É mesmo? E por que assim?
	Porque a nossa não deixa lucro. Pelo contrário. Todo ano, no dia das mães, sou obrigado a desfalcar a loja para presenteá-la.
( NOVAES, Carlos Eduardo. Juvenal Ouriço repórter. Rio de Janeiro,
Editora Nórdica, 1977).
Atividades 
Lido o texto, responda às questões a seguir;
1. O comerciante perguntou se Juvenal gostava de sua mãe porque queria:
vender-lhe um presente.
2. Com esse texto, o autor pretendeu demonstrar que:
O comércio se importa apenas com o lucro das vendas.
3. Em que dia da semana o comerciante conversou com Juvenal?
Sexta-feira
4- Em: “… sou obrigado a desfalcar a loja…”, a palavra em    destaque pode ser substituída por:
Diminuir
Responda com suas palavras, mas de acordo com a ideia do texto:
5-Por que Juvenal pareceu surpreso quando o comerciante se referiu ao Dias das Mães?
Porque juvenal era desligado 
6- Pelo que se lê no texto, Juvenal costumava presentear sua mãe? Justifique sua resposta.
O texto deixa supor que ele só a presenteava no dia de seu aniversário.
7-O comerciante afirma que gosta mais das mães dos outros que da sua. Por quê?
porque segundo o comerciante, as mães dos outros dão lucro para a loja e a dele dá prejuízo.
8. No trecho abaixo, as palavras em negrito podem ter sido empregadas de maneira imprópria. Corrija o emprego, trocando-as para o lugar certo:
Quando tentei confirmar meu amor pela Ingrácia, ela não me segredou que falasse e até demonstrou no meu ouvido que aquele momento era impróprio. Eu ainda tentei permitir, dizendo que todo momento era próprio, mas ela manifestou o que dissera e corrigiu certo desagrado pela minha insistência.
Quando tentei _________ meu amor pela Ingrácia, ela não me _______ que falasse e até ____________ no meu ouvido que aquele momento era impróprio. Eu ainda tentei ____________ dizendo que todo momento era próprio, mas ela __________ o que dissera e ____________certo desagrado pela minha insistência.
	Quando tentei manifestar  meu amor por Ingrácia, ela não me permitiu que falasse e até segredou no meu ouvido que aquele momento era impróprio. Eu ainda tentei corrigir dizendo que todo momento era próprio, mas ela confirmou o que dissera e demonstrou certo desagrado pela minha insistência.
Atividade de Língua Portuguesa ( texto descritivo) 
POEMA
"O BICHO" 
Vi ontem um bicho 
Na imundice do pátio 
Catando comida entre os detritos.
 
Quando achava alguma coisa; 
Não examinava nem cheirava: 
Engolia com voracidade.
 
O bicho não era um cão, 
Não era um gato, 
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
 
Manuel Bandeira. Rio, 27 de dezembro de 1947
 Interpretação de texto 
1. A expressão “Meu Deus” significa que o autor:
Ficou chocado com o espetáculo.
 2. A causa principal da nossa admiração pela poesia é porque:
O autor retratou a cena que humilha a condição  humana.
3. Essa admiração nos dá o sentimento de:
Pena.
4. A intenção do autor ao usar a palavra “bicho” parece que:
O homem se viu reduzido a condição de animal.
5- O que motivou o bicho a catar restos foi:
A própria fome.
6. O assunto do texto é:
A triste situação de um homem.
 7. Destaque o verbo nesta frase: “Vi ontem um bicho na imundice do pátio.” 
VI
8. Este poema serve para:
Partilhar um sentimento.
 9. Esse texto apresenta:
Fato.
Texto Narrativo
A Narração é um tipo de texto que esboça as ações de personagens num determinado tempo e espaço. A estrutura do texto narrativo é composta de:
	Apresentação
	Desenvolvimento
	Clímax
	Desfecho.
Os Elementos da Narrativa
	Narrador - Quem narra a história. Dividem-se em: narrador-observador; narrador personagem e narrador- onisciente.
	Enredo - É a estrutura da narrativa, ou seja, a trama em que se desenrolam as ações. Pode ser: Enredo Linear, Enredo Não linear, Enredo Psicológico e Enredo Cronológico.
	Personagens - São aqueles que compõem a narrativa. São classificadas em Personagens Principais (Protagonista e Antagonista) e Personagens Secundários (Adjuvante ou Coadjuvante).
	Tempo - Marcação do tempo, data, momento, dentro da narrativa. O tempo pode ser Cronológico ou Psicológico.
	Espaço - Local (s) onde a narrativa se desenvolve. Podem ocorrer num Ambiente Físico, Ambiente Psicológico ou Ambiente Social.
Tipos de Narrador
	Narrador-Personagem - A história é narrada em 1ª pessoa no qual o narrador é um personagem e participa da história.
	Narrador-Observador - Narrado em 3ª pessoa, esse tipo de narrador conhece os fatos porém, não participa da ação.
	Narrador-Onisciente - Esse narrador conhece todos os personagens e a trama. Nesse caso, a história é narrada em 3ª pessoa e quando apresenta fluxo de pesamentos dos personagens, a ação é narrada em 1ª pessoa.
Tipos de Discurso Narrativo
	Discurso Direto - No discurso direto, a própria personagem fala.
	Discurso Indireto - No discurso indireto o narrador interfere na fala da personagem. Em outras palavras, é narrado em 3ª pessoa uma vez que não aparece a fala da personagem.
	Discurso Indireto Livre - No discurso indireto-livre há intervenções do narrador e das falas dos personagens. Nesse caso, funde-se o discurso direto com o indireto
Exemplos de Textos Narrativos
Importante frisar que dependendo da intenção do narrador, a narrativa pode ser elaborada nos discursos: direto, indireto e indireto-livre. Vejamos alguns exemplos:
Discurso Direto
Foi até sua casa a fim lhe contar o ocorrido. No trajeto, viu Maria de longe, acenou e gritou:
—Preciso falar com você urgente!!!
Maria respondeu:
— Estou trabalhando agora, depois te ligo, tudo bem
Discurso Indireto
Ao ver Maria, disse-lhe que precisava falar urgentemente. A menina respondeu-lhe que estava trabalhando e, por isso, ligaria mais tarde.
Discurso Indireto Livre
"Aperto o copo na mão. Quando Lorena sacode a bola de vidro a neve sobe tão leve. Rodopia flutuante e depois vai caindo no telhado, na cerca e na menininha de capuz vermelho. Então ela sacode de novo. 'Assim tenho neve o ano inteiro'. Mas por que neve o ano inteiro? Onde é que tem neve aqui? Acha lindo a neve. Uma enjoada. Trinco a pedra de gelo nos dentes."
Lygia Fagundes Telles, As Meninas.
Atividades 
1- quais são os elementos do texto narrativo?
Narrador,enredo,personagem, tempo e espaço. 
2- quais são os tipos de narrador?
Narrador-observador, narrador personagem e narrador onisciente. 
3- quais são os tipos de discurso? 
Discurso direto, indireto-livre e indireto.
4- quais são as partes que compõem o texto narrativo?
Apresentação, desenvolvimento, clímax, desfecho 
5- o que é narração? é um tipo de texto que esboça as ações de personagens num determinado tempo e espaço.
6- O que são personagens?
São aqueles que compõem a narrativa
7- O que é espaço? 
É onde a narrativa se desenvolve
8- O que é discurso direto ?
a própria personagem fala.
9- O que é discurso indireto ?
No discurso indireto o narrador interfere na fala da personagem. Em outras palavras, é narrado em 3ª pessoa uma vez que não aparece a fala da personagem.
10- O que é discurso indireto livre?
No discurso indireto-livre há intervenções do narrador e das falas dos personagens. Nesse caso, funde-se o discurso direto com o indireto
Atividade de Língua Portuguesa ( texto narrativo) 
    O Toco de Lápis
Lá, num fundo de gaveta, dois lápis estavam juntos.
Um era novo, bonito, com ponta muito bem feita. Mas o outro – coitadinho! – era triste de se ver. Sua ponta era rombuda, dele só restava um toco, de tanto ser apontado.
O grandão, novinho em folha, olhou para a triste figura do companheiro e chamou:
– Ô, baixinho! Você, aí embaixo! Está me ouvindo?
– Não precisa gritar – respondeu o toco de lápis. – Eu não sou surdo!
– Não é surdo? Ah, ah, ah! Pensei que alguém já tivesse até cortado as suas orelhas, de tanto apontar sua cabeça!
O toquinho de lápis suspirou:
– É mesmo... Até já perdi a conta de quantas vezes eu tive de enfrentar o apontador...
O lápis novo continuou com a gozação:
– Como você está feio e acabado! Deve estar morrendo de inveja de ficar ao meu lado. Veja como eu sou lindo, novinho em folha!
– Estou vendo, estou vendo... Mas, me diga uma coisa: Você sabe o que é uma poesia?
– Poesia? Que negócio é esse?
– Sabe o que é uma carta de amor?
– Amor? Carta? Você ficou louco, toquinho de lápis?
– Fiquei tudo! Louco, alegre, triste, apaixonado! Velho e gasto também. Se assim fiquei, foi porque muito vivi. Fiquei tudo aquilo que aprendi de tanto escrever durante toda a vida. Romance, conto, poesia, narrativa, descrição, composição, teatro, crônica, aventura, tudo! Ah, valeu a pena ter vivido tanto, ter escrito tanta coisa, mesmo tendo de acabar assim, apenas um toco de lápis. E você, lápis novinho em folha: o que é que você aprendeu?
O grandão, que era um lindo lápis preto, ficou vermelho de vergonha...
Pedro Bandeira
                        Estudando o texto
1) Leia a frase abaixo:
 “Sua ponta era rombuda, dela só restava um toco”
Esta frase quer dizer que o lápis era:
pequeno
2)  Os dois lápis estavam:
       na gaveta
     
3) De acordo com o texto, o grandão novinho em folha, se refere ao:
      lápis novo
4) Leia o trecho:
“Até perdi a conta de quantas vezes eu tive de enfrentar o apontador.”
A expressão em destaque quer dizer que:
        ser apontado várias vezes
       5) Leia a frase:
“O lápis novo continuou a gozação.”
A palavra em destaque pode ser substituída por;
         zombaria
6) Leia o trecho onde o lápis grande fala a seguinte frase:
“ _ Como você está feio e acabado! Deve estar morrendo de inveja de ficar ao meu lado. Veja como eu sou lindo, novinho em folha!”
 O lápis novo, revela uma atitude
arrogante
7) Leia o trecho:
“ Se assim fiquei, foi porque muito vivi.”
O personagem do texto retratado nesta frase é:
O lápis velho e gasto de tanto escrever.
8) Leia o trecho: “Você ficou louco toquinho de lápis?”
 No texto, a frase acima indica:
perder a consciência.
 9) O toquinho de lápis, revelou uma condição de:
alegria e experiência
10) Por que o lápis grandão, novinho em folha  ficou com vergonha?
Porque percebeu que nada aprendeu.
11) O texto que você acabou de ler nos passa uma mensagem muito bonita. Qual das alternativas abaixo define essa mensagem?
O texto mostra que devemos
ter respeito pelos mais velhos, pois eles já viveram várias experiências e possuem grande sabedoria.
12) Qual é o melhor sentido de “lápis novinho em folha”: lápis que já foi apontado diversas vezes ou lápis que nunca foi utilizado?
Lápis que nunca foi utilizado.
13) Releia o trecho do texto:
“_ Não é surdo? Ah, Ah, Ah!”? Pensei que alguém já tivesse até cortado as suas orelhas, de tanto apontar sua cabeça!”
O que representa a expressão? Ah, Ah, Ah!”?
A expressão representa o som de uma risada. No caso, representa a gozação do lápis novo.
14) Observe novamente o trecho a seguir.
“_ Fiquei tudo! Louco, alegre, triste, apaixonado! Velho e gasto também.” 
As palavras destacadas nesse trecho são:
Adjetivos, pois expressam características de um ser.
Atividade de Língua Portuguesa ( texto narrativo) 
CRIANÇA DIZ CADA UMA...
	Aninha já estava com dois anos. Loira, linda. Nunca tinha cortado os cabelos. Eram amarelos-ouro e cacheados. “Parecia um anjinho barroco”, diz a mãe coruja.
Lá um dia, a mãe pega uma enorme tesoura e resolve dar um trato na cabeça da criança, pois as melenas já estavam nos ombros. Chama a menina, que chega ressabiada, olhando a cintilante tesoura.
- Mamãe vai cortar o cabelinho da Aninha.
- Aninha olha para a tesoura, se apavora.
- Não quero, não quero, não quero!!!
- Não dói nada...
- Não quero!, já disse.
	E sai correndo. A mãe sai correndo atrás. Com a tesoura na mão. A muito custo, consegue tirar a filha que estava debaixo da cama, chorando temendo o pior. Consola a filha.
Sentam-se na cama. Dá um tempo. A menina pára de chorar. Mas não tira o olho da tesoura.
- Olha, meu amor, a mamãe promete cortar só dois dedinhos.
Aninha abre as duas mãos, já submissa, desata o choro, perguntando, olhando para a
enorme tesoura e para a própria mãozinha:
- Quais deles, mãe?
(PRATA, Mário. 100 crônicas de Mário Prata. São Paulo: Cartaz editorial, 1997)
interpretacao de texto;
Respondas as questoes abaixo;
1. A ação da narrativa começa quando
a mãe pega uma enorme tesoura.
2. As palavras "menina", "que" e "filha" referem-se a Aninha e são utilizadas com a intenção de:
dar continuidade ao texto, evitando a repetição do nome de Aninha.
3. Aninha não quer cortar os cabelos porque
fica apavorada ao olhar para a enorme tesoura.
4. A história ganha ritmo mais acelerado pelo uso das seguintes palavras:
correndo, chorando, temendo.
5. “a mãe pega uma enorme tesoura e resolve dar um trato na cabeça da criança, pois as
melenas já estavam nos ombros.” Desse trecho compreende-se que
para a mãe, os cabelos já estavam compridos e era hora de cortá-los.
6. “- Não quero, não quero, não quero!!!.” A repetição de não quero e as três exclamações seguidas indicam que;
Aninha está praticamente gritando.
Atividade de Língua Portuguesa ( texto narrativo) 
O médico-fantasma
Esta história tem sido contada de pai para filho na cidade de Belém do Pará. Tudo começou numa noite de lua cheia de um sábado de verão. Dois garotos conversavam sentados na varanda da casa de um deles.
- Você acredita em fantasma?- perguntou o mais novo.
- Eu não!- disse o outro.
- Acredita sim!- insistiu o mais novo.
- Pode apostar que não - replicou o outro.
- Tudo bem. Aposto minha bola de futebol que você não tem coragem de entrar no cemitério à noite.
- Ah, é?- disse o garoto que fora desafiado. - Pois então vamos já para o cemitério, que vou provar minha coragem.
Assim, os dois garotos foram até a rua do cemitério. O portão estava fechado. O silêncio era profundo. Estava tão escuro... Eles começaram a sentir medo.
Para ganhar a aposta, era preciso atravessar a rua e bater a mão no portão do cemitério. O garoto que tinha topado o desafio correu. Parou na frente do portão e começou a fazer caretas para o amigo. Depois se encostou no portão e tentou bater a mão nele. Foi quando percebeu que a camiseta estava presa.
- Socorro! Alguém me ajude!- ele gritou, desmaiando em seguida.
Nisso, apareceu um velhinho vindo do fundo do cemitério, abriu o portão e chamou o outro menino.
- Seu amigo prendeu a manga da camisa no portão e desmaiou de medo. Coitadinho pensou que algum fantasma o estivesse segurando.
O garoto reparou que o velhinho era muito magro, quase transparente.
- Obrigado. Como é que o senhor se chama?
- Eu sou o médico daqui. Vou acordar seu amigo.
O velhinho passou a mão na cabeça do menino desmaiado e ele despertou no mesmo instante.
- Vão para casa meus filhos - ele disse. - Já passou da hora de dormir.
No dia seguinte, os meninos foram procurar o velhinho para agradecer-lhe a ajuda. Mas não o encontraram, nem no cemitério, nem em lugar nenhum. E foi assim que ambos perderam o medo de fantasma,quando perceberam que nem todos os seres misteriosos fazem o mal. Pelo contrário, podem até ajudar. Como aquele médico, que nunca mais apareceu.
PRIETO, Heloisa. Lá vem história outra vez - Contos do folclore mundial. São Paulo: Companhia das letrinhas, 1997.
Interpretação de texto
RESPONDAS AS QUESTOES ABAIXO; 
1- Qual é o título do texto? E qual é o tema?
R.: O título do texto é “O médico fantasma”, o tema principal do texto é o medo de fantasmas.
2- Esse é um texto narrativo, informativo, ou descritivo?
R.: Este é um texto narrativo.
3- Quantos e quais são os personagens do texto?
R.: São três os personagens, o menino mais novo, o menino mais velho e o médico fantasma.
4- Quem é o autor do texto?
R.: Heloísa Prieto
5- Quantos parágrafos tem o texto?
R.: O texto contém 18 parágrafos.
6- Se algum amigo seu te desafiasse assim como no texto, você aceitaria? Justifique sua resposta.
R.: Resposta pessoal
7- Reescreva o ultimo parágrafo do texto, criando um final diferente.
R.: Resposta pessoal
atividade mês de maio

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