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DIREITO ADMINISTRATIVO II resumo 1° estágio

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LICITAÇÕES PUBLICAS
É um procedimento vinculado e prévio a contratação da administração pública com terceiros ou a obtenção de trabalhos técnicos, artísticos ou científicos, que assegura competitividade entre os licitantes, com a finalidade de encontrar a proposta mais vantajosa, respeitando os princípios gerais do direito administrativo. 
Princípios Gerais 
Princípio da Legalidade
Estabelece que as atividades administrativas deverão ficar restritos aos limites fixados pela lei. Portanto, significa que o administrador público somente poderá praticar aquilo que estiver expressamente autorizado em lei e nas demais espécies normativas, inexistindo, pois, incidência de sua vontade subjetiva.
Princípio da Impessoalidade/finalidade
Tal princípio impõe limites aos atos praticados pelo Administrador Público, devendo estes atender seus objetivos legais de forma impessoal; nas licitações sobretudo deverá apontar a proposta mais vantajosa para Administração.
Princípio da Moralidade e da Probidade Administrativa 
A moralidade administrativa tem como base padrões étnicos, exigidos do administrador uma conduta honesta, portanto, dentro da lei. Desse modo, a conduta dos licitantes e dos agentes públicos tem de ser, além de lícita, compatível com a moral, a ética, os bons costumes e as regras da boa administração.
Princípio da Publicidade
Todos os atos da Administração Pública são públicos, com exceção dos casos que envolvem privacidade e segurança estatal. A lei 8.666/93 traz em seu texto no art. 3 § 3º que a licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.
Princípio da Eficiência 
É o que impõe à administração pública e a seus agentes uma melhor utilização dos recursos públicos, de maneira a evitarem-se desperdícios e obterem os melhores resultados com o mínimo de recursos.
Princípio da Autotutela
Estabelece que a Administração Pública pode controlar os próprios atos, anulando-os quando ilegais ou revogando-os quando inconvenientes ou inoportunos. Assim, a Administração não precisa recorrer ao Poder Judiciário para corrigir os seus atos, podendo fazê-lo diretamente. 
Princípio da Isonomia/igualdade
Tal princípio determina a igualdade de todos perante a lei, ou seja, não pode ocorrer diferenciação entre os licitantes, deste modo, todos devem ter um tratamento isonômico por parte da Administração Pública.
Princípios Específicos
Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório
Após a publicação do ato convocatório de licitação a Administração Pública encontra-se vinculada ao mesmo, uma vez que nele constam todas as normas e critérios aplicáveis à licitação, bem como as formas de execução do futuro contrato; não podendo ser exigido nada mais do que consta no instrumento, entretanto, o licitante também fica vinculado, desse modo, ocorrendo infringência de qualquer cláusula, pode resultar na inabilitação ou desclassificação da proposta. O instrumento convocatório apresenta-se de duas formas: edital e convite. O primeiro é utilizado nas modalidades concorrência, pregão, concurso, tomada de preços e leilão. Já a segunda é a apenas utilizado na modalidade convite.
Princípio do Sigilo das Propostas 
Dispõe que os envelopes contendo as propostas dos licitantes não podem ser abertos e seus conteúdos divulgados antes do momento processual adequado, que é a sessão pública instaurada com essa finalidade. Visa tornar a licitação a mais competitiva possível, tendo e vista que o licitante que tivesse acesso a proposta dos demais poderá obter certa vantagem. 
Princípio do Julgamento Objetivo
Por esse princípio o julgamento objetivo deve seguir o que foi estipulado no edital, é princípio de toda licitação que seu julgamento se apoie em fatores concretos pedidos pela Administração, em confronto com o ofertado pelos proponentes dentro do permitido no edital ou convite. Visa afastar o discricionaríssimo na escolha das propostas e a possibilidade de o julgador utilizar-se de fatores subjetivos ou de critérios não previstos no ato convocatório, mesmo que em benefício da própria Administração.
Princípio da Adjudicação Compulsória 
Impõe a administração pública o dever de atribuir o objeto da licitação ao vencedor do certame. Di Pietro afirma que a compulsoriedade veda também que se abra nova licitação em enquanto válida a anterior, completa dizendo que o direito do vencedor limita-se a atribuição a ele do objeto da licitação e não a assinatura do contrato.
Procedimento
Conforme a Lei 8.666, a licitação deve se desenvolver em uma sequência lógica, tendo início com o planejamento e prosseguindo até a assinatura do respectivo contrato ou a emissão de documento correspondente. Toda licitação adota duas fases, sendo uma interna e outra externa, na qual ocorre os preparativos para que a Administração Pública possa escolher entre as propostas apresentadas, aquela que seja mais vantajosa e atenda às necessidades inerentes ao certame.
Fase interna (anterior a publicação do edital)
É composta por procedimentos formais da própria Administração Pública, sendo preparatória da licitação, é essencial para o restante do processo e para a execução do contrato. A Administração Pública deverá avaliar a oportunidade e conveniência da contratação, fundamentar a finalidade do projeto e seus respectivos benefícios. O planejamento adequado da licitação corresponderá a uma licitação mais bem conduzida e a um contrato mais eficiente. 
Fase externa (posterior a publicação do edital)
Tem início com a divulgação da licitação ao público, ficando aberta aos interessados. Tendo as seguintes subfases:
Abertura (edital): sempre que a licitação envolver valores acima de R$ 150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de reais) o processo licitatório será iniciado obrigatoriamente com uma audiência pública sendo realizada no mínimo 15 dias úteis da data prevista para a publicação do edital, e divulgada com no mínimo 10 dias úteis de sua realização, assim todos os interessados terão acesso as informações pertinentes e oportunidade de se manifestar. A Administração contratante poderá também realizar consulta pública a respeito da documentação da licitação, nessa consulta os documentos do procedimento licitatório serão disponibilizados publicamente, podendo serem analisados e criticados de forma prospectiva e democrática. 
*nos procedimentos de contratações relativas a PPPs e para a prestação de serviços públicos de saneamento básico a realização de consulta pública é obrigatória.
Caso o valor da licitação seja inferior ao montante acima, a fase de abertura se iniciará com a publicação do edital no Diário Oficial da União (se a licitação for promovida por órgão federal, ou se houver financiamento com recursos federais ou garantia por instituições federais), ou no Diário Oficial do Estado ou Distrito Federal (se órgão estadual ou distrital for responsável pela licitação); ainda, o resumo do edital deve ser veiculado em jornal de grande circulação estadual e, se houver, do município em que a licitação será realizada.  O edital tem como propósito convocar os potenciais interessados, identificar o objetivo da licitação, informar o procedimento adotado, critérios de habilitação e julgamento das propostas e cronograma das fases e, por fim, dar publicidade à minuta do contrato administrativo e respectivos anexos. Qualquer cidadão poderá impugnar o edital em decorrência de omissão, discriminação em pontos essenciais, e/ou exigências supérfluas como condição para participar da licitação. O prazo para tal impugnação é de 5 dias úteis antes da abertura das propostas de habilitação, e de 2 dias úteis caso a impugnação seja oferecida por licitante. 
Habilitação: consiste na verificação da idoneidade e capacitação do sujeito que será contratado pela Administração, mediante documentos que comprovem a regularidade fiscal, a habilitação jurídica, e a qualidade técnica e econômico-financeira do licitante, em face das condições de participaçãoexigidas no edital; visa assegurar a adequada execução do contrato da licitante, para tanto é necessário que o vencedor da licitação tenha demonstrado sua capacidade técnica e financeira, caso não o tenha feito, será eliminado do certame. 
*Não existe habilitação no convite e na tomada de preços. 
*Após essa fase não cabe desistência de proposta, salvo por motivo justo decorrente de fato superveniente e aceito pela Comissão.
Julgamento: Aqui a comissão julgadora confrontará as propostas recebidas, levando em consideração os critérios objetivos definidos no edital ou carta-convite, de acordo com o tipo de licitação1, estes não devem contrariar as normas e princípios estabelecidos na Lei; então faz-se uma classificação, colocando as melhores condições em primeiro e depois as piores, o licitante com melhor proposta torna-se o vencedor do certame.
*No caso de concurso o julgamento será feito por uma comissão especial, integrada por pessoas de reputação ilibada, e reconhecido conhecimento da matéria em exame, servidores públicos ou não.
*os licitantes que não obedecerem aos ditames do edital serão considerados inabilitados.
Homologação: aqui acontece a verificação (por autoridade competente e hierarquicamente superior à Comissão de Licitação) de todo o procedimento licitatório, buscando ter certeza que o mesmo ocorreu de acordo com todas as regras legais e com o edital; podendo, assim, ocorrer a aprovação (homologação), ou a reprovação (quando verificar algum vício de ilegalidade) do procedimento (revogação ou anulação). 
*nos casos de revogação o vencedor é indenizado.
Adjudicação: é o ato declaratório final do procedimento administrativo de licitação, nessa fase a mesma autoridade pública competente para homologar convoca o licitante vencedor para assinar o contrato administrativo e dar início à execução contratual, atribuindo-o o objeto da licitação.
*É ato vinculado, pois a Administração fica impedida de contratar com terceiro que não seja o vencedor do certame. 
1Tipos de Licitação 
Menor preço: critério de seleção em que a proposta mais vantajosa para a Administração é a de menor preço. É utilizado para compras e serviços de modo geral e também para a contratação e bens e serviços de informática quando realizada na modalidade convite. 
Melhor técnica: critério de seleção em que a proposta mais vantajosa para a Administração é escolhida com base em fatores de ordem técnica. É usado exclusivamente para serviços de natureza predominantemente intelectual, em especial na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e gerenciamento de engenharia consultiva em geral, e em particular, para elaboração de estudos técnicos 
preliminares e projetos básicos e executivos.
Técnica e preço: critério de seleção em que a proposta mais vantajosa para a Administração é escolhida com base na maior média ponderada, considerando-se as notas obtidas nas propostas de preços e de técnica. É obrigatório na contratação de bens e serviços de informática, nas modalidades tomada de preços e concorrência. 
Modalidades
O art. 22, da Lei 8.666/93 traz em seu caput cinco modalidades de licitação, quais sejam: concorrência, tomada de preços, convite, concurso e leilão. Porém a lei 10.520/02 criou uma nova modalidade chamada de pregão, e o art. 54 da lei 9.472/97 criou outra, denominada consulta.
Concorrência 
A concorrência é a modalidade mais ampla de licitação existente, ocorre quando se trata de concessão de direito real de uso, de obras ou serviços públicos – de engenharia ou não -, na compra e venda de imóveis (bens públicos), ou de licitações internacionais. Possui ampla publicidade, isto para assegurar a participação de qualquer licitante interessado na realização de obras e serviços e na aquisição de qualquer tipo de produto, basta que preencha os requisitos previstos no edital convocatório. Justamente por permitir a participação de qualquer licitante interessado essa também é a modalidade que apresenta exigências mais rígidas para a fase de habilitação; a Lei 8666/93 define em seu art. 23 os limites de valores para esta modalidade: Acima de R$ 1.500.000,00 para obras e serviços de engenharia; e acima de R$ 650.000,00 para compras e serviços de outras naturezas. Ademais, para participar desta modalidade de licitação o fornecedor deverá estar com a habilitação parcial atualizada no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (SICAF).
Tomada de Preços
É a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. Se subdivide em dois processos de seleção: 
1°- os concorrentes são previamente cadastrados após verificação de habilitação jurídica, de regularidade fiscal, de qualificação econômico-financeira e de qualificação técnica; também é preciso estar com a habilitação parcial atualizada no SICAF. 
2°- aqui o licitante fornece sua proposta de preço, normalmente é usada para compras/contratações cujo valor estimado varie entre R$ 150 mil a R$ 1,5 milhão para execução de obras e serviços de engenharia, e entre R$ 80 mil a R$ 650 mil para aquisição de materiais e outros serviços.
Convite
Este tipo de modalidade não requer publicação de edital, por conta disso ela deixa brechas para fraldes e corrupções nos contratos, além de poderem ser escolhidos pessoas ligadas ao licitante ou a quem está na administração pública. Os interessados sejam cadastrados ou não, são escolhidos e convidados em número mínimo de três licitantes. Os demais interessados que não forem convidados, poderão comparecer e demonstrar interesse com vinte e quatro horas de antecedência à apresentação das propostas. O instrumento convocatório enviado a cada convidado é a “carta convite”. Enquanto todas as outras modalidades utilizam o edital como instrumento convocatório, o convite usa a carta convite. Os contratos serão de menor valor (até R$ 150.000,00 para obras e serviços de engenharia, e até R$ 80.000,00 para os demais casos de contratação).
Concurso
É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, segundo critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial. É comumente utilizado na seleção de projetos, onde se busca a melhor técnica, e não o menor preço. Nessa modalidade não existe a fase competitiva de disputa por preço, pois o valor a ser pago pela Administração já está definido previamente no ato convocatório. Para Hely Lopes Meirelles, o concurso é uma modalidade de licitação de natureza especial, pois, apesar de se reger pelos princípios da publicidade e da igualdade entre os participantes objetivando a escolha do melhor trabalho, dispensa as formalidades específicas da concorrência. O concurso deve ser anunciado com ampla divulgação pela imprensa oficial e particular, através de edital, publicado com uma antecedência mínima legal de 45 dias para a realização do evento. A qualificação exigida aos participantes será estabelecida por um regulamento próprio do concurso, que conterá também as diretrizes e a forma de apresentação do trabalho, bem como as condições de realização e os prêmios a serem concedidos. O julgamento é feito por uma comissão especial, integrada por pessoas de reputação ilibada e reconhecido conhecimento da matéria, sejam ou não servidores públicos. Esse julgamento será realizado com base nos critérios fixados pelo regulamento do concurso. O pagamento do prêmio ou da remuneração é condicionado à cessão, por parte do autor do projeto, dos direitos a ele relativos, a fim de que a Administração possa utilizá-lo de acordo com o prescrito no regulamento ou no ajuste para sua elaboração.
Leilão
É a modalidade usada para a venda de bens que não são mais úteis para a administração pública, de mercadorias legalmente apreendidas, de bens penhorados (dados em penhor – direito realconstituído ao bem) e de imóveis adquiridos pela Administração por dação em pagamento ou por medida judicial; ressalta-se que só pode ser utilizada para a venda de bens no valor de R$ 650 mil, segundo avaliações prévias de mercado. Para o leilão, não se exige qualquer tipo de habilitação prévia dos licitantes, desse modo qualquer pessoa pode participar do processo, tendo em vista que a venda é feita à vista ou em curto prazo. Admite-se, entretanto, a exigência, quando o pagamento não for todo à vista, de um depósito percentual do preço, servindo como garantia; no leilão os interessados deverão apresentar seus lances e ofertas em local e horário predefinidos em edital, o objeto licitado é entregue a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor de avaliação. Ademais, não se confunde com o leilão mencionado no Código de Processo Civil. 
Dispensa e Inexigibilidade
Dispensa de licitação é a possibilidade de celebrar um contrato entre a Administração e o particular diretamente, sem o processo de licitação. Em tese, poderia o procedimento ser realizado, mas pela particularidade do caso o legislador decidiu não torná-lo obrigatório; nesses casos o administrador tem a faculdade de licitar ou não, levando sempre em consideração o interesse público. A lei 8666/93 apresenta em seu art. 24, um rol taxativo (hipóteses restritas) em que se permite a dispensa de licitação. Nele podemos observar que as principais hipóteses são relacionadas às aquisições de baixo custo, às situações emergências e calamidade pública, e à aquisição ou aluguel de imóvel. Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, o inciso II da referida Lei determina que, para outros serviços e compras de valor até R$ 8.000 a licitação é dispensável. 
Já no que tange às hipóteses de inexigibilidade a licitação é inviável, tendo em vista fatores que impedem a competitividade (inviabilidade lógica) em relação ao objeto a ser contratado, faltando, portanto, uma condição imprescindível para um procedimento licitatório, nesses casos a licitação é materialmente impossível. A Lei 8.666/93 determina em seu art. 25 quais situações em que o administrador será obrigado a utilizar o instituto da inexigibilidade, contratando diretamente com o particular. O rol apresentado nesse artigo é meramente exemplificativo.
A diferença básica entre as duas hipóteses está no fato de que, na dispensa, há possibilidade de competição que justifique a licitação; de modo que a lei faculta a dispensa, que fica inserida na competência discricionária da Administração. Já nos casos de inexigibilidade, não há possibilidade de competição, isso porque só existe um objeto ou uma pessoa que atenda às necessidades da Administração; a licitação é portanto, inviável. 
Sanções
Caso haja alguma irregularidade, comprovação da prática de atos ilícitos pela parte que causou o dano, além das responsabilidades civis, caberá também aplicação das responsabilidades administrativas e judiciais.
A recusa injustificada do adjudicatário em assinar o contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro do prazo estabelecido pela Administração, caracteriza o descumprimento total da obrigação assumida, sujeitando-o às penalidades legalmente estabelecidas. Isto não se aplica aos licitantes convocados, que não aceitarem a contratação, nas mesmas condições propostas pelo primeiro adjudicatário, inclusive quanto ao prazo e preço.
Os agentes administrativos que praticarem atos em desacordo com os preceitos definidos pela Lei de Licitações e Contratos Administrativos ou visando a frustrar os objetivos da licitação sujeitam-se às sanções previstas na lei licitatória e nos regulamentos próprios, sem prejuízo das responsabilidades civil e criminal que seu ato ensejar.
Sanções Administrativas
Caso ocorra a inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:
a) advertência; 
b) multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato; 
c) suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 anos; 
d) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo de 2 anos no caso da suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração.
Se a multa aplicada for superior ao valor da garantia prestada, além da perda desta, responderá o contratado pela sua diferença, que será descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela Administração ou cobrada judicialmente.
As sanções aplicadas nos caos de ocorrer à inexecução total ou parcial do contrato poderão ser aplicadas em cumulativamente, facultada a defesa prévia do interessado, no respectivo processo, no prazo de 5 dias úteis.
No caso da sanção em relação à declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração é de competência exclusiva do Ministro de Estado, do Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso, facultada a defesa do interessado no respectivo processo, no prazo de 10 dias da abertura de vista, podendo a reabilitação ser requerida após 2 anos de sua aplicação. 
Sanções aplicadas às empresas e aos profissionais em relação aos contratos administrativos
No caso das sanções de suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 anos, e de declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, poderão também ser aplicadas às empresas ou aos profissionais que, em razão dos contratos regidos ela Lei de Licitações nas seguintes situações:
a) tenham sofrido condenação definitiva por praticarem, por meios dolosos, fraude fiscal no recolhimento de quaisquer tributos; 
b) tenham praticado atos ilícitos visando a frustrar os objetivos da licitação; 
c) demonstrem não possuir idoneidade para contratar com a Administração em virtude de atos ilícitos praticados.
Regime Diferenciado de Contratação
Instituído pela lei nº 12.462/2011, o RDC tinha por objeto, tão somente, as licitações e contratos necessários à realização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, da Copa do Mundo de 2014 e da Copa das Confederações de 2013, bem assim obras de infraestrutura e serviços nos aeroportos das capitais dos Estados situados a uma distância de até 350 km das cidades sede das competições acima referidas. Posteriormente, o rol de hipóteses nas quais o RDC passou a ser aplicável foi largamente acrescido, de modo que atualmente há dez incisos (enquanto na origem haviam apenas três); Logo, a vigência do regime diferenciado de contratações públicas não terminou com o fim das obras necessárias para os Jogos Olímpicos de 2016.
Da leitura do art. 1º, verifica-se que inexiste previsão de aplicabilidade do regime ali disposto em relação a todos os “grandes eventos”, vale dizer, em qualquer evento que possa ser considerado de grande porte. Embora até haja alguns “grandes eventos” ali elencados (como os Jogos Olímpicos de 2016 e a Copa do Mundo de 2014), não há que se pretender estender a aplicabilidade do diploma em tela a outros eventos de semelhante magnitude, à míngua de expressa autorização legal para tanto. Seus objetivos são:
I – ampliar a eficiência nas contratações públicas e a competitividade entre os licitantes;
II – promover a troca de experiências e tecnologias em busca da melhor relação entre custos e benefícios para o setor público;
III – incentivar a inovação tecnológica; 
IV – assegurar tratamento isonômico entre os licitantes e a seleção da proposta mais vantajosa paraa administração pública.
RDC X Lei 8.666
O art. 41 do RDC prevê a contratação direta de remanescente de obras e serviços, tal hipótese de contratação sem modalidade de licitação é prevista no inc. XI do art. 24 da Lei 8.666, de 1993, porém há uma importante distinção: no RDC, a empresa é convocada segundo as condições por esta ofertadas. Já na Lei 8.666 a empresa convocada deve observar os preços e condições da empresa que teve o contrato rescindido.
*Enquanto procedimento de licitação o RDC é composto por etapas, quais sejam: (1) preparatória (fase interna), (2) publicação, (3) apresentação das propostas ou lances, (4) julgamento, (5) habilitação, (6) recursal, (7) encerramento.
Princípios do RDC
São princípios previstos expressamente no RDC:
Art. 3o As licitações e contratações realizadas em conformidade com o RDC deverão observar os princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da eficiência, da probidade administrativa, da economicidade, do desenvolvimento nacional sustentável, da vinculação ao instrumento convocatório e do julgamento objetivo.
Inversão de fases
É uma das novidades inseridas no diploma. Com a inversão, a fase de julgamento precederá a de habilitação, conferindo à licitação maior celeridade. A regra é, portanto, inversão de fases. Somente se houver previsão expressa no instrumento convocatório, é que a habilitação poderá anteceder o julgamento e a apresentação das propostas.
Regime de Concessões de Serviço Público
A concessão é o acordo de vontades entre a Administração Pública e um particular, pelo qual a primeira transfere ao segundo a execução de um serviço público, para que este o exerça em seu próprio nome e por sua conta e risco, mediante tarifa paga pelo usuário.
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
É todo e qualquer ajuste entre a Administração Pública e o particular, em que há um acordo de vontade para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas objetivando satisfazer o interesse público.
Características Gerais dos Contratos Administrativos
Formalismo: porque devem ser formulados por escrito e nos termos previstos em lei;
Onerosidade: porque há remuneração relativa contraprestação do objeto do contrato;
Comutatividade: porque são as partes do contrato compensadas reciprocamente;
Intuitu personae: porque deve ser executado pelo próprio contratado.
Finalidade pública: porque visam atender ao interesse público;
Bilateralidade: porque, realizado o acordo, surgem direitos e obrigações recíprocas para ambos os contratantes;
De adesão: tem natureza de contrato de adesão (contrato redigido somente pelo fornecedor, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo) porque todas as cláusulas dos contratos administrativos são fixadas unilateralmente pela Administração;
Mutabilidade: diz respeito a adequação do contrato, em termos temporais, às mudanças do interesse público;
Posição de preponderância da A.P.: 
Anualidade: 
Clausulas Exorbitantes
Estão dispostas no art. 58 da Lei 8.666/93, são imposições que garantem a administração contratante poderes excessivos em face do particular contratado. Podemos enumerá-las do seguinte modo: 
Mutabilidade contratual: tem como alicerce o interesse público este, inclusive, é responsável por definir o seu real limite. As alterações contratuais decorrentes de tal clausula podem ser quantitativas (quando se pode modificar a dimensão do objeto, dentro dos limites previstos legalmente) e qualitativas (quando modificam, por necessidade ou conveniência, obras ou serviços sem, entretanto, implicarem mudanças no objeto contratual. Ressalta-se no entanto, que tais alterações implicam, via de regra, oscilações no valor original do contrato).
Rescisão unilateral: ocorre quando a administração pública, devido ilegalidade, inadimplemento contratual por parte do contratado, relevante interesse público, ou caso fortuito ou de força maior, decidir cessar o contrato firmado, antes que seu prazo de vigência tenha acabado.
Fiscalização do contrato: a administração não pode ocupar o polo passivo da relação contratual, uma vez que, tem o poder-dever de fiscalizar a execução do contrato, visando sempre satisfazer o interesse público; já os particulares, quando sujeitos da relação jurídica, tem apenas o direito de fazer tal ato, sendo facultativo. 
Aplicação de penalidades: quando constata-se a inexecução das obrigações assumidas pelo contratado, cabe a administração aplicar, sem intervenção judicial, sanções a este, como previsto no art. 58, IV. 
Exigência de garantias: traduz a supremacia da administração face ao contratado, pois cabe ela decidir se vai ou não exigir a prestação de garantia; já ao contratado cabe a escolha da modalidade de garantia a ser prestada. Nota-se que é muito vantajoso para a administração a apresentação de garantias pelos contratados, esta serve como precaução, pois, havendo qualquer inadimplemento do contratado, a administração poderá facilmente reembolsar-se.
Exceção do contrato não cumprido: diz respeito a defesa da boa-fé, através da justiça privada, fazendo com que um contratante não possa reclamar a execução do que lhe é devido pelo outro contratante, sem antes pagar o que deve, o ‘problema’ está no fato da administração ocupar um patamar diferenciado em relação ao contratado, tendo de certo modo, privilegio sobre este.*ocupação e reversão são passíveis de indenização;
Ocupação temporária de bens: se a Administração vai rescindir o contrato, precisando manter o serviço ou a obra, pode o Estado ocupar os bens, para a finalização. Ao término, pode a Administração devolver os bens ao contratado, ou adquiri-los (reversão);

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