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1 F128 - Exercícios Resolvidos - Cap. 2 Exercício 1 A figura representa o gráfico (v × t) do movimento de uma partícula. a) de quanto variou a posição da partícula nos intervalos (0−2, 0)s, (2, 0−4, 0)s, (4, 0−6, 0)s, (5, 0− 8, 0)s? Atenção, calcular a "área abaixo do gráfico" na verdade significa calcular a área entre o gráfico e o eixo que passa por v = 0m/s. Vamos colorir a região cujo valor numérico da área (que é a integral definida) corresponde ao deslocamento realizado no dado intervalo: • 0 ≤ t ≤ 2 Área do triângulo: ∆x = b·h2 = 2s·2m/s 2 = 2m • 2 ≤ t ≤ 4 Área do retângulo: ∆x = b · h = (4− 2) · 2 = 4m • 4 ≤ t ≤ 6 Área de dois triângulos, um em v > 0 e outro em v < 0: ∆x = 1·22 − 1·22 = 0m • 5 ≤ t ≤ 8 Área do trapézio (onde v < 0): ∆x = − (B+b)·h2 = − (3+1)·22 = −4m c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 2 b) supondo-se que x = 0 em t = 0, em que instante a partícula passará de novo pela origem? Inicialmente a partícula se move no sentido positivo de x (velocidade positiva) iniciando um movimento acelerado, depois uniforme e a seguir retardado (ela freia). Apenas em t = 5s a partícula muda de direção e começa a retornar no eixo x. Neste instante (t = 5s) a partícula terá se deslocado: Área do trapézio = ∆x = (B + b) · h2 = (5 + 2) · 2 2 = 7m Após este instante a partícula retrocede em x, inicialmente com um movimento acelerado, depois uniforme e finalmente retardado (ela freia novamente) e para no instante t = 8s. O deslocamento realizado neste intervalo de tempo será: Área do trapézio abaixo do eixo = ∆x = −(B + b) · h2 = − (3 + 1) · 2 2 = −4m A partícula avança 7m e retrocede 4m, chegando em x (8) = 3m. Concluímos que no período de tempo representado a partícula não passará novamente pela origem. c) qual é a velocidade média da partícula nos intervalos (0− 2, 0)s; (2, 0− 4, 0)s; (2, 0− 6, 0)s; (3, 0− 7, 0)s; (5, 0− 8, 0)s? Para calcularmos a velocidade média em um intervalo de tempo onde a velocidade varia pre- cisamos calcular o deslocamento total e dividir pelo tempo1: • 0 ≤ t ≤ 2 v¯ = ∆x∆t = 2m 2s = 1m/s • 2 ≤ t ≤ 4 Neste intervalo a velocidade é constante, ou seja, a velocidade média no intervalo é igual a velocidade instantânea em cada instante dentro do intervalo de tempo, v¯ = 2m/s. • 4 ≤ t ≤ 6 v¯ = ∆x∆t = 4m+1m−1m (6−2)s = 1m/s • 3 ≤ t ≤ 7 Pela simetria do gráfico notamos que a partícula se desloca no sentido positivo e negativo a mesma quantidade, v¯ = ∆x∆t = 0m (7−3)s = 0m/s • 5 ≤ t ≤ 8 v¯ = ∆x∆t = −4m 3s = −43m/s d) qual é a aceleração média da partícula nos intervalos(0 − 2, 0)s; (2, 0 − 4, 0)s; (2, 0 − 6, 0)s; (5, 0− 8, 0)s? Aqui nos importa apenas a velocidade instantânea da partícula no início e no final do intervalo pedido: 1Atenção: velocidade média NÃO é média de velocidades. Por exemplo: considere uma partícula que parte do repouso e volta ao repouso, vi = 0m/s e vf = 0m/s. A média dessas duas velocidades é 0m/s, mas com certeza a velocidade média neste intervalo de tempo não é nula! c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 3 • 0 ≤ t ≤ 2 a¯ = ∆v∆t = v(2)−v(0) 2s = 2m/s 2s = 1m/s 2 • 2 ≤ t ≤ 4 Neste intervalo a velocidade não sofre variação, ou seja, a aceleração é nula: a¯ = ∆v∆t = v(4)−v(2) 2s = (2m/s)−(2m/s) 2s = 0m/s 2 • 2 ≤ t ≤ 6 a¯ = ∆v∆t = v(6)−v(2) 4s = (−2m/s)−(2m/s) 4s = −1m/s2 • 5 ≤ t ≤ 8 a¯ = ∆v∆t = v(8)−v(5) 3s = (0m/s)−(0m/s) 3s = 0m/s 2 e) qual é a aceleração da partícula nos instantes t = 1, 0s; t = 3, 0s; t = 5, 0s; t = 6, 5s? A aceleração instantânea é a inclinação da curva da velocidade em função do tempo, em um dado ponto2. Como o gráfico da velocidade é todo formado por retas sabemos que a aceleração é constante em cada intervalo onde o comportamento da velocidade se mantém (ela só cresce, ou só fica constante, ou só decresce). • t = 1s Entre 0s e 2s a aceleração é constante, assim a aceleração instantânea é igual à aceleração média neste intervalo: a = (2−0)m/s(2−0)s = 1m/s 2 • t = 3s Nesse instante a velocidade é constante, portanto a = 0m/s2 • t = 5s Nesse instante a inclinação da reta é dada por: a = (−2)−(2)6−4 = −2m/s2 • t = 6, 5s Nesse instante novamente a velocidade é constante e a aceleração é nula, a = 0m/s2 Exercício 2 A velocidade de uma partícula que se move ao longo do eixo x varia com o tempo segundo a expressão v = (40− 5t2)m/s, onde t é dado em segundos. a) ache a aceleração média no intervalo de t = 0 a t = 2, 0s; Calculamos a aceleração média quando não estamos preocupados com o comportamento detalhado da velocidade3. Neste item, não importa o que aconteceu com a velocidade no intervalo 0 ≤ t ≤ 2, o que importa é com qual valor ela começou e com qual ela terminou. Essa variação de velocidade dividida pelo intervalo de tempo é o que chamamos aceleração média: 2Esta é a interpretação geométrica da derivada. Se o gráfico é uma reta então a inclinação é o coeficiente angular da reta, a = dvdt = m = tan θ, onde θ é o ângulo que esta reta faz com a horizontal.3Também calculamos velocidade média quando não nos importa o comportamento detalhado da posição. Neste caso o que interessa é apenas o deslocamento realizado e o tempo que passou. c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 4 a¯ = ∆v∆t = v (2)− v (0) 2− 0 = 20− 40 2 = −10m/s 2 b) determine a aceleração em t = 2, 0s; A aceleração instantânea em t = 2s é a taxa com que a velocidade varia naquele instante. Esta taxa de variação é o que chamamos de derivada. Queremos portanto saber quanto é a derivada de v (t) no instante t = 2s: a (2) = dvdt ∣∣∣∣∣ t=2 = (−10t)|t=2 = −20m/s2 c) determine a expressão da posição da partícula em função do tempo, admitindo que ela parte de x = 0 em t = 0? Devemos ter em mente que a velocidade não varia uniformemente (a aceleração não é constante, ou seja, o movimento não é uniformemente acelerado!). Por essa razão não podemos usar nenhuma daquelas fórmulas conhecidas do cursinho. Se dividirmos o eixo t em pequenos intervalos, podemos calcular a posição da partícula so- mando cada pequeno deslocamento ∆xi que é realizado em cada pequeno intervalo ∆ti. Para um ∆ti muito pequeno a velocidade não chega a variar muito e podemos dizer que a velocidade é aproximadamente constante nesse pequeno intervalo. Considerando intervalos iguais de tempo ∆t, o deslocamento neste intervalo é portanto ∆xi = v (ti) ∆t, e o deslocamento total entre t = 0s e um certo t = t′ seria dado por: x (t′)− x (0) = t′ ∆t∑ i=1 ∆x = t′ ∆t∑ i=1 v (ti) ∆t Quando fazemos ∆t infinitamente pequeno (limite ∆t → 0) a aproximação de v constante torna-se exata e o número de intervalos somados torna-se infinito. Na confrontação destes dois infinitos caímos na definição de integral dada por Riemann: lim ∆t→0 t′ ∆t∑ i=1 v (ti) ∆t = ˆ t′ 0 v (t) dt Temos portanto: x (t′) = x0 + ˆ t′ 0 v (t) dt = 0 + ˆ t′ 0 [ 40− 5t2 ] dt = [ 40t− 5t 3 3 ] t=t′ x (t) = 40t− 5t 3 3 onde renomeamos a variável t′ → t por conveniência. c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 5 Exercício 3 Chegando atrasado a uma estação ferroviária, um passageiro corre com velocidade constante ao longo da plataforma onde o trem está parado. Quando ele se encontra a 25m do último vagão, o trem arranca com aceleração constante de 0, 5m/s2. a) qual deve ser a velocidade mínima do passageiro para que ele consiga alcançar o trem? Vamos escrever uma função para a posição do trem, xT e uma função para a posição do passageiro, xP . Adotando como origem a posição inicial do passageiro ao ver o trem arrancando temos:xP (t) = vt vT (t) = 25 + 0, 5 2 t 2 onde v é a velocidade do passageiro que precisamos calcular. O trem acelera, ou seja, move-se de vagar no início e depois cada vez mais rápido. Se o passageiro corre com grande velocidade ele irá ultrapassar o trem, mas algum tempo a seguir o trem irá ultrapassá-lo de volta (uma reta cruzando uma parábola em dois pontos). Por outro lado se o passageiro correr com pouca velocidade ele nunca irá ultrapassar o trem (uma reta não cruzando a parábola). O caso em que queremos é intermediário, o passageiro possui velocidade apenas para alcançar o trem e ficar para trás. Os três casos estão representados nas figuras abaixo: Podemos escrever a distância entre eles como sendo: D (t) = xT (t)− xP (t) D (t) = 0, 25t2 − vt + 25 Pela equação notamos que o gráfico de D (t) é uma parábola virada para cima e v é um parâmetro ajustável que determina a posição vertical dessa parábola. Para o primeiro gráfico esta distância torna-se negativa quando o passageiro ultrapassa o trem. Isso implica que ∆ > 0 na fórmula de Bhaskara, ou seja, D (t) possui duas raízes reais e diferentes, cruzando o eixo t em dois pontos distintos. Para o segundo gráfico D (t) nunca se torna negativo, ou seja, a parábola nunca cruza o eixo t. c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 6 No caso em que queremos, v é tal que a parábola D (t) apenas toca o eixo t em um único ponto. Isso implica que ∆ = 0 na fórmula de Bhaskara: ∆ = v2 − 4× 0, 25× 25 = 0 v2 = 25 v = 5m/s O passageiro precisa correr com no mínimo v = 5m/s para poder alcançar o trem. b) na realidade, o passageiro, carregando bagagem, tem uma velocidade de 4, 0m/s, de modo que ele não consegue alcançar o trem. Qual é a distância mínima a que ele chega? Neste item temos a situação do segundo gráfico. Podemos resolver este problema de duas formas distintas: Sem usar o cálculo (forma mais esperta) Notemos que enquanto a velocidade do passageiro for maior que a velocidade do trem o passageiro está se aproximando do trem. No momento em que o trem atinge a velocidade do passageiro é que ocorre a distância mínima entre eles. A partir daí o trem apenas se afasta, por ter uma velocidade maior. Queremos achar portanto o instante t′ em que trem e passageiro têm a mesma velocidade: vT (t′) = vP (t′) A velocidade do passageiro é constante vP = 4m/s e a velocidade do trem é simplesmente vT (t) = 0, 5t. Logo: 0, 5t′ = 4 t′ = 8s Usando o cálculo (forma mais técnica) A função distância é dada por: D (t) = 0, 25t2 − 4t + 25 Para encontrar o mínimo dessa função (o vértice da parábola) nós procuramos o ponto t = t′ em que a reta tangente é horizontal, ou seja, o ponto onde a derivada é nula: dD (t) dt ∣∣∣∣∣ t=t′ = 0 0, 25× 2t′ − 4 = 0 t′ = 8s A distância mínima que o passageiro atinge é D (8) = 9m. c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 7 Exercício 4 Dois automóveis partem simultaneamente de dois marcos A e B, distando 5× 102m, indo um ao encontro do outro. O automóvel A mantém uma aceleração constante de 2, 0m/s2 até atingir a velocidade de 20m/s, continuando em movimento uniforme (velocidade constante). O automóvel B mantém sempre uma aceleração constante de 1, 0m/s2. a) quanto tempo depois da partida os automóveis se encontrarão? Podemos dividir o problema em duas partes e resolver pelas equações de movimento ou resolvê- lo totalmente através da construção de gráficos da velocidade: Carro A Carro B 5 10 15 20 t HsL -20 -10 10 20 v HmsL A área entre os dois gráficos corresponde à redução na distancia entre os dois automóveis. Quado esta área for A = ∆x = 500m os dois carros terão se cruzado. Calculamos: Área do trapézio: (b + B) · h2 = (t− 10 + t) · 20 2 = 20t− 100 Área do triângulo inferior: b · h2 = t · (at) 2 = t2 2 A soma destas duas áreas deve ser: 20t− 100 + t 2 2 = 500 t2 2 + 20t− 600 = 0 Os dois carros se cruzarão no instante t = 20s (o resultado negativo não possui significado físico). b) a que distância do marco A se dará o encontro? Calculando graficamente o deslocamento do carro A temos: d = (B + b) · h2 = (20 + 10) · 20 2 = 300m A distância do marco A ao ponto de cruzamento é d = 300m. c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 8 Exercício 5 Um barco está viajando rio acima no sentido positivo de um eixo x a 14km/h em relação à água do rio. A água flui a uma velocidade de 9, 0km/h em relação às margens. a) quais são o módulo e o sentido da velocidade do barco em relação às margens? Primeiro devemos dar um símbolo para cada quantidade (vetor) que usaremos: • ~vBR = velocidade do barco em relação ao rio; • ~vRM = velocidade do rio em relação às margens; • ~vBM = velocidade do barco em relação às margens. O barco move-se sobre a água e a água move-se em relação às margens, carregando o barco: Tomando o eixo orientado na direção "rio acima", a composição das velocidades é dada por: Quando escolhemos um eixo para representar os vetores podemos reescrever a equação dos vetores usando apenas os seus módulos: vBM = vBR − vRM = 14km/h− 9km/h vBM = 5km/h Isso significa que o barco se desloca a 5km/h, rio acima (sentido positivo do eixo). b) Uma criança caminha no barco da popa (traseira) para a proa (frontal) a 6, 0km/h em relação ao barco. Quais são o módulo e o sentido da velocidade da criança em relação às margens? Temos dois novos vetores para nomear: c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 9 • ~vCB = velocidade da criança em relação ao barco; • ~vCM = velocidade da criança em relação às margens. Fazendo novamente a composição das velocidades temos: Como escolhemos o eixo no sentido rio acima podemos trabalhar apenas com os módulos dos vetores: vCM = vCB + vBM − vRM = 6km/h + 14km/h− 9km/h vCM = 11km/h Isto é, a criança se move a 11km/h em relação à margem do rio. Exercício 6 A figura representa o gráfico (a× t) do movimento de uma partícula. a) de quanto variou a velocidade da partícula nos intervalos (0, 0− 3, 0)s; (0, 0− 4, 0)s; (0, 0− 5, 0)s; (0, 0− 6, 0)s; (1, 0− 7, 0)s? A variação da velocidade em cada intervalo é dada pela área entre a curva da aceleração e o eixo t: • De 0s a 3s ∆v = b · h = 3 · 2 = 6m/s • De 0s a 4s ∆v = 3 · 2− 3 · (4− 3) = 3m/s c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 10 • De 0s a 5s ∆v = 3 · 2− 3 · (5− 3) = 0m/s • De 0s a 6s ∆v = 3 · 2− 3 · (5− 3) + 1 · (6− 5) = 1m/s • De 1s a 7s ∆v = 2 · (3− 1)− 3 · (5− 3) + 1 · (7− 5) = 0m/s b) supondo-se que v = 0 em t = 0, qual é a velocidade da partícula nos instantes t = 4, 0s e t = 5, 0s? A velocidade em um dado instante é a velocidade inicial mais a variação que a velocidade sofre desde o momento inicial até o dado instante (item anterior): • Em t = 4s v (4) = 0 + 3 · 2− 3 = 3m/s • Em t = 5s v (5) = 0 + 3 · 2− 3 · 2 = 0m/s c) supondo-se que x = 0 e v = 0 em t = 0, qual é a posição da partícula nos instantes t = 3, 0s e t = 5, 0s? • Em t = 3s Perceba que a função a (t′) é contínua no intervalo dado, o que permite escrever e resolver a integral de uma vez só: x (3) = ˆ 3 0 ˆ t 0 a (t′) dt′ = ˆ 3 0 ˆ t 0 2dt′ = ˆ 3 0 2tdt = 2t 2 2 ∣∣∣∣∣ 3 0 = 9m Ainda assim, é mais simples a construção de um gráfico da velocidade e a seguir calcular a área do gráfico para obter o deslocamento: 0 1 2 3 4 5 6 7 t HsL 1 2 3 4 5 6 7 v HmsL x (3) = x0 + b·h2 = 0 + 3·6 2 = 9m • Em t = 5s Utilizando o gráfico acima calculamos facilmente (área do triângulo maior): x (5) = x0 + b·h2 = 0 + 5·6 2 = 15md) supondo-se que v = −3, 0m/s em t = 0, qual é velocidade média da partícula nos intervalos (0, 0− 3, 0)s; (0, 0− 5, 0)s; (3, 0− 7, 0)s? Neste caso, o gráfico da velocidade plotado anteriormente é apenas deslocado para baixo: c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 11 2 4 6 8 t HsL -3 -2 -1 1 2 3 v HmsL Para calcularmos a velocidade média precisamos conhecer o deslocamento da partícula nos intervalos dados: t = 0s a t = 3s t = 0s a t = 5s t = 3s a t = 7s 2 4 6 8 -3 -2 -1 1 2 3 2 4 6 8 -3 -2 -1 1 2 3 2 4 6 8 -3 -2 -1 1 2 3 v¯ = ∆x∆t = 0 3 = 0m/s v¯ = ∆x ∆t = 0 5 = 0m/s v¯ = ∆x ∆t = −4 4 = −1m/s Exercício 7 Duas partículas movem-se ao longo do eixo x. A posição da partícula 1 é dada por x = 6t2 +4t+2, onde x está em metros e t em segundos; a aceleração da partícula 2 é dada por a = −8t, onde a está em metros por segundo ao quadrado. Em t0 = 0, a velocidade da partícula 2 é 20m/s. a) em que instante as duas partículas têm mesma velocidade? Neste problema a aceleração da partícula não é constante, isto nos obriga a realizar uma integração4. Velocidade da partícula 2: v2 (t)− v2 (0) = ˆ t 0 a2 (t′) dt′ v2 (t)− 20 = ˆ t 0 (−8t′) dt′ v2 (t) = 20 + ( −8t ′2 2 )t 0 = 20− 4t2 4A integral definida é a integral calculada dentro de um intervalo bem especificado e corresponde à variação da função primitiva neste intervalo. Uma função primitiva v (t) é a que derivamos para obter outra função a (t). A variação da função primitiva num intervalo [a, b] é a integral definida da função que foi derivada: v (b) − v (a) =´ b a a (t′)dt′. No exercício, perceba que t′ é a variável de integração e percorre o intervalo que vai de 0 até t. c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 12 Velocidade da partícula 15: v1 (t) = dx1 (t) dt = 12t + 4 Plotando estas duas velocidades como funções do tempo temos: 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 t HsL 5 10 15 20 25 30 v HmsL O que queremos saber agora é em qual instante particular t′ temos v1 (t′) = v2 (t′)6, ou seja, onde os gráficos se cruzam: 12t′ + 4 = 20− 4t′2 4t′2 + 12t′ − 16 = 0 E resolvendo obtemos t′ = 1s, pois a outra raiz, negativa, não é válida neste problema. b) que velocidade é essa? Podemos calcular v1 (1) ou v2 (1). Calcularemos v1 (1) que é mais simples: v1 (1) = 12 · 1 + 4 = 16m/s v1 (1) = v2 (1) = 16m/s 5A derivada é calculada em um tempo específico t, a ser decidido posteriormente (variável). A notação mais completa seria v (t) = dx(t ′) dt′ ∣∣∣∣ t′=t , representando que a derivada da função x (t′) está sendo calculada no ponto t. Como há pouca chance de confusão, encurtamos a notação para facilitar o entendimento. 6Note que v1 (t) = v2 (t) não é válido para qualquer t. Por esta razão deixamos claro que queremos encontrar um valor único t′ que satisfaz esta igualdade. Aqui t′ é uma incógnita e t é uma variável que representa todo o eixo dos tempos. c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 13 Exercício 8 (extra) Uma partícula move-se ao longo do deixo x. No instante t = 0, sua posição é x = 0. A figura mostra como varia a velocidade v da partícula em função do tempo. a) qual é o valor de x em t = 1, 0s? Em um gráfico da velocidade×tempo, o deslocamento é numericamente igual à área entre a curva e o eixo dos tempos (integral da velocidade no tempo). Esta área está pintada de azul no gráfico abaixo: Portanto, em t = 1s a partícula está localizada em: x (2) = x0 + ∆x = 0 + 6m = 6m b) qual é a aceleração emt = 2, 0s? Como ao redor de t = 2s o gráfico da velocidade é uma reta, a aceleração é constante e é a inclinação dessa reta (derivada = coeficiente angular): a (2) = ∆v∆t = v (3)− v (1) (3)− (1) = (−6)− (6) 3− 1 = −6m/s 2 c) qual é o valor de x em t = 4, 0s? O deslocamento total entre t = 0s e t = 4s é nulo, pois a partícula avança e retrocede ao mesmo ponto. Notamos isso pelo gráfico da velocidade: O trapézio acima do eixo t tem a mesma área que o trapézio abaixo do eixo t. A posição da partícula neste instante é x (4) = 0m. d) qual é a velocidade escalar média entre t = 0 e t = 3, 0s? c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 14 Para calcular a velocidade escalar média precisamos considerar cada centímetro percorrido pela partícula. Entre t = 0s e t = 2s a partícula avança 9m e entre t = 2s e t = 3s a partícula retrocede 3m. O deslocamento total foi apenas 6m mas o espaço total percorrido foi 12m. Para o cálculo da velocidade escalar média usamos o espaço total percorrido: v¯escalar = 12m 3s = 4m/s e) qual é a velocidade média entre t = 0 e t = 3, 0s? Para o cálculo da velocidade média usamos apenas o deslocamento total: v¯ = 6m3s = 2m/s Exercício 9 (extra) A velocidade de uma partícula é dada por v(t) = 8t − 7, onde v está em metros por segundo e t em segundos. a) calcule a aceleração média no intervalo 3 ≤ t ≤ 4s; A aceleração média é obtida a partir da velocidade calculada nos dois extremos do intervalo, não importando o que ocorre no meio tempo: a¯ = v (4)− v (3)4− 3 = 25− 17 1 = 8m/s 2 b) determine a expressão para a(t) e faça os gráficos de v(t) e a(t); A aceleração instantânea a (t) é a taxa de variação de v no instante t, ou seja, é a derivada de v calculada em t: a (t) = dv (t)dt = 8m/s 2 Gráfico da aceleração Gráfico da velocidade 0 1 2 3 4 5 6 t HsL 2 4 6 8 10 a Hms2L 78 1 2 3 4 5 6 t HsL 10 20 30 40 v HmsL c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 15 c) calcule x(t) (posição da partícula em função do tempo) por integração e use este resultado para determinar seu deslocamento durante o intervalo t = 2s até t = 6s. Qual a velocidade média neste intervalo de tempo? Esboce o gráfico de x(t). Somando cada pequeno deslocamento v (t′) dt′ dado em cada minúsculo intervalo de tempo dt′ obtemos o deslocamento total no intervalo dado. Esta soma de infinitos termos infinitesimais é o que chamamos de integral definida em um intervalo: x (t)− x (0) = ˆ t 0 v (t′) dt′ = ˆ t 0 (8t′ − 7) dt′ = 8t 2 2 − 7t x (t) = x0 − 7t + 4t2 Como a posição inicial x0 não é informada no problema vamos adotar x0 = 0 para plotarmos um gráfico da posição da partícula7: D es lo ca m en to D x = 10 0m 1 2 3 4 5 6 t HsL 20 40 60 80 100 x HmL x (t) = −7t + 4t2 Cálculo do Deslocamento Entre t = 2s e t = 6s temos: 7Perceba que não é necessário adotar um valor para x0. Quando calculamos o deslocamento, automaticamente x0 se cancela e desaparece das contas. c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 16 ∆x = x (6)− x (2) = −7 · (6) + 4 · (6)2 − [ −7 · (2) + 4 (2)2 ] = 100m Velocidade Média no intervalo Valores médios são calculados usando apenas os extremos do intervalo: v¯ = ∆x∆t = x (6)− x (2) 6− 2 = 100 4 = 25m/s d) qual a distância d percorrida no intervalo 0 ≤ t ≤ 2s? A distância percorrida no intervalo deve ser calculada com cuidado pois a partícula vai e volta. Quando v = 0 a partícula inverte o seu movimento, isto ocorre no instante: v (t′) = 0 8t′ − 7 = 0 t′ = 78s Somando o espaço percorrido pela partícula tanto na hora em que ela retrocede quanto na hora em que ela avança (SOMA das duas áreas) temos: d = b1 · h12 + b2 · h2 2 = 1 2 (9 8 · 9 ) + 12 (7 8 · 7 ) = 6516 = 8, 125m Exercício 10 (extra) Um trem de 350m de comprimento começa a mover-se em linhareta com aceleração constante a = 3 × 10−2m/s2. Trinta segundos (t1 = 30s) após a partida, a luz dianteira do trem é acesa (evento 1) e 60s (t2 = 60s) após o evento 1 a luz traseira do trem é ligada (evento 2). a) encontre a distância entre estes dois eventos vistos por um observador: i) dentro do trem; Para um observador que se move junto com o trem a distancia entre os eventos é o próprio comprimento do trem, d = 350m. ii) parado do lado de fora, junto aos trilhos. O gráfico da velocidade do trem como função do tempo seria: 20 40 60 80 100 t HsL 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 v HmsL c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 17 E o valor numérico da área pintada corresponde à distância percorrida pelo trem entre os instantes 30s e 90s. O valor desta área é a área do trapézio: D = A = (B + b)h2 = (2, 7 + 0, 9) (90− 30) 2 = 108m b) qual deve ser a velocidade (constante), em relação ao solo, de um carro viajando paralela- mente ao trem, para que o motorista veja as duas lâmpadas acenderem exatamente ao seu lado (numa linha perpendicular ao trem)? Para que o motorista veja as duas lâmpadas se acenderem ao seu lado, o carro precisa sair do ponto onde a luz dianteira acendeu e percorrer a distância marcada por um ponto de interrogação até onde a luz traseira do trem se acende, isto em exatamente 60s. A distância a ser percorrida é x = 350m− 108m = 242m e o deslocamento deve ser no sentido negativo do eixo, ou seja: vcarro = −242 60 = −4, 03m/s c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com
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