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Apontamentos de Economia II

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Capitulo I: Intervenção do Estado na economia
Evolução do papel do Estado
O Estado Liberal surge no seculo XVIII em resultado das revoluções liberais ocorridas em França e Inglaterra. Este defende fundamentalmente a não intervenção do Estado na esfera económica, a propriedade privada dos meios de produção, a livre iniciativa e livre concorrência e a liberdade das trocas entre nações. O liberalismo assentava em ideais como a propriedade privada, redução do poder politico, igualdade perante a lei e funcionamento livre do mercado. O Estado deveria apenas garantir a segurança externa, defender a ordem social e as liberdades individuais, criar condições para garantir o bom funcionamento dos mercados e participar apenas pontualmente na satisfação das necessidades colectivas quando a iniciativa privada não o fizesse. 
Este começa a entrar em crise com o início da 1ª guerra mundial, obrigando o Estado a intervir directamente na economia de forma a satisfazer as exigências da guerra. Também a crise económica de 1929, originada nos EUA, contribuiu para o agravamento dos problemas, por isso devido à destruição provocada pela guerra nas infra-estruturas sociais e económicas, o desemprego, a inflação e a escassez de bens essenciais levaram o Estado a chamar a si toda a tarefa de reconstrução, entrando agora noutra fase que se caracteriza pelo seu forte intervencionismo.
O Estado Intervencionista, defendido por John Maynard Keynes que como resposta à crise defendeu que o Estado deveria alargar a sua intervenção a determinadas áreas de cariz social. O Estado passou a assumir a responsabilidade de corrigir as desigualdades, de garantir melhores condições sociais aos indivíduos, em especial aos mais carenciados, atribuindo subsídios e fornecendo serviços, ou sejas bens primários (bens que todos devem consumir independentemente do seu rendimento), como a educação e a saúde. Caracterizando-se esta teoria em 3 áreas: 
Estabilização da economia (combate ao desemprego e inflação);
Redistribuição dos rendimentos (subsídios);
Fornecimento de bens primários a toda a população.
Objectivos da intervenção do Estado na economia
Do ponto de vista económico, são duas as razões que justificam a intervenção do Estado numa economia de mercado:
Promoção de eficiência
Promoção da equidade
Porém, existe uma classificação alternativa das razões que justificam a intervenção do Estado na economia, que é a classificação de Musgrave.[2: Richard Abel Musgrave (14 de Dezembro de 1910- 15 de Janeiro de 2007):economista americano, de ascendência alemã. Seu maior trabalho citado é A Teoria das Finanças Públicas.]
 Para Musgrave, os objectivos da intervenção do Estado são: 
Correcção da afectação de recursos (Promoção de eficiência) 
Redistribuição da riqueza e rendimento (Promoção da equidade) 
Estabilização económica (Promoção de eficiência)
Promoção da equidade
A promoção de equidade tem que ver com a forma como o nível de bem-estar se encontra distribuído nos vários indivíduos na sociedade. 
Para evitar a existência de situações de desigualdades económicas e sociais, o Estado, orientado por princípios de justiça social, deverá garantir uma maior equidade entre os cidadãos, efectuando assim uma redistribuição dos rendimentos. O Estado deve assim assegurar a todos os cidadãos o acesso a bens essências e a condições de vida com dignidade.
Estabilidade
Para evitar situações de instabilidade caracterizadas por forte desemprego, aumento dos preços, encerramento de empresas ou quebras na produção, o Estado deve intervir como estabilizador implementando medidas de combate ao desemprego e à inflação, de criação de emprego ou para equilibrar as contas externas, garantindo assim a estabilidade. Ao Estado compete agir (regular), promover o desenvolvimento económico (dinamizar), verificar como são aplicadas as normas (fiscalizar) e, para que tudo decorra como o previsto planificar as acções futuras.
Promoção de eficiência
Eficiência económica é a ideia de que é impossível melhorar a situação de uma certa parte sem impor um custo sobre outra. A economia quando entregue ao funcionamento espontâneo dos mecanismos de mercado assenta num ponto ineficiente, ou seja, pontos onde não está a ser maximizada a utilidade dos recursos. A acção correctiva do estado tem como intenção colocar a economia na fronteira, isto é todos os pontos que se encontrem na fronteira de possibilidades de utilidade são classificados como pontos eficientes de pareto. Nestes pontos não é possível melhorar o bem-estar de um indivíduo sem diminuir o nível de bem-estar de pelo menos um outro indivíduo.[3: Vilfredo Pareto (15 de Julho de 1848- 19 de Agosto de 1923), cientista político, sociólogo e economista italiano. Em 1906, publicou sua obra mais relevante “Manuale d’Economia Política”]
O Estado deve incentivar a utilização racional e eficiente dos recursos, que permitam um elevado grau de satisfação a um baixo custo, garantindo um desenvolvimento sustentável. Contudo, acabam sempre por gerar-se interferências ou desperdícios, ou seja, falhas de mercado.
Falhas de Mercado.
Poderíamos imaginar que, se o único objectivo fosse atingir a eficiência económica, seria melhor que não houvesse intervenção em um mercado competitivo
Nem sempre é o caso
Falha de mercado é a situação em que o custo marginal social não é igual ao benefício marginal. Ou seja, Situação na qual um mercado competitivo desregulamentado éineficiente porque os preços não fornecem sinais adequados aos consumidores e produtores.
Essas falhas de mercado são em sua maioria situações opostas à da teoria da mão invisível, na qual a busca pelo desejo individual pode acabar prejudicando a sociedade caso não haja um intervencionismo. Bens Públicos, Concorrência imperfeita, externalidades, informação assimétrica são manifestações de falha de mercado.
Existência de mercados de concorrência imperfeita, como é o caso dos monopólios, em que existe um única empresa a oferecer o bem ou serviço que, impedindo a formação do preço de equilíbrio, anulam a concorrência.
Existências de externalidades, ou seja, o impacto que a acção de um agente económico tem sobre o bem-estar de outros que não participem nessa acção. Podem ser positivas como é o caso das descobertas e invenções realizadas por cientistas, das quais vêm a beneficiar muitas pessoas ou negativas como é o caso da poluição ambiental provocada pelas fábricas.
Existência de bens públicos, isto é, bens que devido às suas características não apresentam oferta privada. Os bens públicos apresentam as características de não rivalidade, ou seja, se alguém usufrui do bem não pode impedir outro de usufruir dele também e de não excluisibilidade, ou seja, não se pode impedir o acesso de qualquer pessoa a esse bem (defesa e segurança do pais; iluminação publica; pesquisa cientifica).
Na ausência de bens Públicos, de externalidades ou de problemas de ausência de informações, o mercado competiti
vo não regulamentado chega ao 
nível de produção economicamente eficiente.Teorema
Essas falhas, no contexto normativo, podem ser corrigidas por políticas públicas, com legislação, taxação, por exemplo. Outras formas de correcção das falhas que decorrem da função estatal está o controlo dos preços por meio do tabelamento e fixação do preço mínimo.
Eficiência económica, Excedente do Consumidor e do Produtor
Está no cerne da teoria económica a ideia de que a efectivação voluntária de uma transacção entre dois elementos, o vendedor e o comprador, proporciona benefício para ambas as partes. A análise de seus benefícios é frequentemente feita pelo emprego dos conceitos de excedente do consumidor (responsável por medir o benefício obtido pelo consumidor numa determinada transacção) e o de excedente do produtor
Os gráficos de oferta e demanda podem nos ajudar a entender algo mais do que as curvas de oferta e demanda e o equilíbrio. Eles também podem nos ajudar a entender a eficiência económica
Eficiência é uma daquelas palavras que você deve ouvir nas conversas dodia-a-dia, mas que significa algo um pouco diferente para os economistas. Em economia, eficiência significa que é impossível melhorar a situação de uma parte sem impor um custo a uma outra. Da mesma forma, se uma situação é ineficiente, torna-se possível beneficiar pelo menos uma parte sem impor custos a outras.
Entretanto, o significado de eficiência pode se tornar cada vez mais específico que isso! No modelo de oferta e demanda, eficiência significa que a economia está obtendo o maior benefício possível de seus recursos escassos e todos os possíveis ganhos de troca foram alcançados. Em outras palavras, a quantidade óptima de cada produto e serviço está sendo produzida e consumida.
Excedente do Consumidor
O Excedente do Consumidor corresponde à diferença entre o montante que o consumidor estaria disposto (P´) a pagar por determinada quantidade de um bem e o montante que efectivamente paga (P*). Esta situação ocorre porque o consumidor consome até ao momento em que a sua utilidade marginal iguala o preço de mercado. Desta forma, todas as unidades consumidas excepto a última apresentam utilidades marginais superiores ao preço.
Conhecendo a curva da procura do bem em causa e o seu preço de mercado, é possível quantificar o excedente do consumidor para esse bem. O triângulo ABC do gráfico abaixo, correspondente à área limitada pela curva da procura e pela recta do preço (P*) de mercado, representa o Excedente do Consumidor.
Em situações de não concorrência é possível às empresas reduzir este excedente e, teoricamente, é mesmo possível anulá-lo mediante da prática de preços diferenciados e perfeitamente ajustados à curva da procura.
Matematicamente, o excedente do consumidor é medido pela área da figura que o representa. Ou seja, pela área do triângulo rectângulo ABC tendo em conta o gráfico acima. Isto é:
Excedente do Consumidor = área do triângulo rectângulo ABC. Sabe-se que: 
Para o gráfico acima teremos:
Excedente do Produtor
Da mesma forma que acontece com o consumidor, o produtor também tem uma sobra quando é fixado um preço po para a mercadoria que oferece. Se ao preço po o produtor oferece uma quantidade qo, a preços mais baixos ainda estaria interessado em oferecer uma quantidade, embora menor, dessa mercadoria.
A diferença entre o preço ao qual o produtor oferece uma quantidade da mercadoria e aquele ao qual ainda estaria disposto a oferecê-la é também uma sobra ou uma renda econômica chamada Excedente do Produtor.
Se a curva da oferta tiver um comportamento linear, o excedente do será evidenciado por um triangula rectângulo, logo o seu cálculo será efectuado utilizando a fórmula de cálculo da área de um triangulo rectângulo. Ou seja, se curva da oferta for:
Excedente do Produtor = área do triângulo rectângulo ABC. Sabe-se que: 
Para o gráfico acima teremos:
Interferências do Estado no Mercado e Eficiência Económica
No modelo de oferta e demanda, eficiência significa que a economia está obtendo o maior benefício possível de seus recursos escassos e todos os possíveis ganhos de troca foram alcançados. Em outras palavras, a quantidade óptima de cada produto e serviço está sendo produzida e consumida.
No nível eficiente de produção, é impossível gerar maior benefício ao consumidor sem reduzir o benefício do produtor e é impossível gerar maior benefício do produtor sem reduzir o benefício do consumidor. Esse nível de eficiência é o equilíbrio de mercado.
Interferência do Estado no equilíbrio de mercado
O governo intervém na formação de preços de mercado, a nível microeconómico, e quando fixa impostos e subsídios, estabelecem critérios de reajustes do salário mínimo, fixa preços mínimos para alguns produtos, etc.
Preços máximos e mínimos
As vezes, há controvérsia em relação aos preços e quantidades estabelecidos pela demanda e oferta, especialmente para bens que são considerados necessários. Em alguns casos, o descontentamento em relação aos preços se transforma em pressão pública sobre os políticos, que devem então criar legislação para impedir que um determinado preço suba "muito alto" ou caia "muito baixo".
Os economistas podem prever como as pessoas e as empresas reagirão às leis de controlo de preços utilizando o modelo de oferta e demanda. As leis promulgados pelo governo para regular os preços são chamadas de controlos de preços.
Preços máximos (Teto de preços)
Existem duas formas de controlos de preços. O preço máximo, que evita que o preço suba acima de um determinado nível— o "Teto". O preço mínimo, que evita que o preço caia abaixo de um determinado nível— o "piso".
Nós podemos usar a estrutura de demanda e oferta para entender os preços máximos.
Em muitos mercados de bens e serviços, o número de demandantes supera o de ofertantes. Os consumidores, que também são potenciais eleitores, as vezes se unem para convencer o governo a manter um determinado preço.
O Estado que tem poder de regular a actividade económica e os diferentes mercados, pode impor preço máximo em determinados mercados. Exemplos claros são o controlo de preços na gasolina ou a definição de preços máximos em inúmeros produtos.
Os preços máximos (tecto de preços) impedem que um preço aumente acima de um determinado nível.Quando um preço máximo é definido abaixo do preço de equilíbrio, a quantidade demandada excederá a quantidade ofertada e o resultado será ou excesso de demanda ou escassez.
De um modo geral o preço máximo permite disponibilizar o bem a preços mais reduzidos do que seria se o mercado funcionasse normalmente. Este teto de preços deve ser menor que o preço de equilíbrio. Se o preço máximo for igual ou maior que o de equilíbrio será completamente indiferente pois o mercado por si só encontrará o equilíbrio em Pe. Desta forma o preço máximo deverá ser inferior ao de equilíbrio, o que vai originar quantidades procuradas e oferecidas diferentes.
O gráfico de cima representa um mercado sujeito a controle de preços. Se funcionasse normalmente o equilíbrio seria atingido no ponto E onde seriam transaccionadas Qe unidades ao preço de Pe.
Vamos estudar o que acontece quando definimos um preço máximo inferior ao preço de equilíbrio (P):
A um preço mais baixo os consumidores vão querer consumir mais (Qd).
A um preço mais baixo os produtores vão disponibilizar menos quantidade no mercado (Qs)
Ou seja, ainda que se consiga fornecer o bem a um preço mais baixo, fornece-se menos quantidade. Teremos por isso uma procura superior à oferta: muitos consumidores para a quantidade oferecida. Teremos também um gasto de recursos e uma ineficiente alocação dos bens. Ao mesmo tempo o bem terá a longo prazo uma redução da qualidade (devido à redução do excedente do consumidor). Todos estes factores conjugados levam à existência de uma “dea dweight loss” (ineficiência económica no mercado) correspondente à área verde do gráfico.
Como calcular a ineficiência económica no mercado?
O gráfico anterior ajuda-nos a calcular a ineficiência económica no mercado associada à definição de um preço máximo. Para determinar a ineficiência económica no mercado vamos fazer uma análise de bem-estar do mercado, ou seja comparar os excedentes dos agentes envolvidos antes e depois do preço máximo.
Antes (preço=Pe):
Excedente dos Consumidores: A + D
Excedente dos Produtores: C + B + E
Excedente Social: A + B + C + D + E
Depois (preço=P):
Excedente dos Consumidores: A + B
Excedente dos Produtores: C
Excedente Social: A + B + C
Ineficiência (DWL): D + E
A análise de bem-estar permite-nos verificar que ocorre uma transferência de excedente dos produtores para os consumidores (B) devido à redução do preço. Contudo os triângulos D + E não vão para nenhum dos agentes do mercado. Simplesmente desaparecem. Isto porque a definição de um preço máximo gera procura superior à oferta, ou seja existem transacções que não se vão realizar porque não há oferta suficiente. Por esta razão temos uma ineficiência económica
Política de preços mínimos (Piso dos Preços)A par do preço máximo, o preço mínimo é também um conceito muito simples. Consiste na definição de um preço mínimo. O Estado pode impor preço mínimo em determinados mercados. Exemplos claros são os salários mínimos ou a política agrícola comum.
De um modo geral, o preço mínimo permite disponibilizar o bem a preços mais elevados do que seria se o mercado funcionasse normalmente. Estes mínimos (chão) de preços deve ser maior que o preço de equilíbrio. Se o preço mínimo for igual ou menor que o de equilíbrio será completamente indiferente pois o mercado por si só encontrará o equilíbrio em Pe. Desta forma o preço mínimo deverá ser superior ao de equilíbrio, o que vai originarquantidades procuradas e oferecidas diferentes. É o mecanismo exactamente oposto do preço máximo.
Podemos dar uma olhada no modelo de demanda e oferta abaixo para entender melhor os efeitos de um programa governamental que cria um preço acima do equilíbrio.
Os preços mínimos (piso de preços) impedem que um preço caia abaixo de um determinado nível.Quando um preço mínimo é definido acima do preço de equilíbrio, a quantidade ofertada excederá a quantidade demandada e o resultado será ou excesso de oferta ou excedentes.
O gráfico de cima representa um mercado sujeito a controlo de preços. Se funcionasse normalmente o equilíbrio seria atingido no ponto E onde seriam transaccionadas Qe unidades ao preço de Pe.
Vamos estudar o que acontece quando definimos um preço mínimo superior ao preço de equilíbrio (P):
A um preço mais alto os consumidores vão querer consumir menos(Qd).
A um preço mais alto os produtores vão disponibilizar mais quantidade no mercado (Qs).
Ou seja, ainda que exista muita quantidade, apenas Qd é transaccionada. Teremos por isso uma procura inferior à oferta: poucos consumidores para a quantidade oferecida. Teremos também um gasto de recursos e uma ineficiente alocação dos bens. Estes factores conjugados levam à existência de uma deadweight loss (ineficiência económica no mercado) correspondente à área D + E do gráfico.
Como calcular a ineficiência económica no mercado?
Vamos fazer de novo uma análise de bem-estar como fizemos para o mínimo:
Antes (preço=Pe):
Excedente dos Consumidores: A + B + D
Excedente dos Produtores: C + E
Excedente Social: A + B + C + D + E
Depois (preço=P):
Excedente dos Consumidores: A
Excedente dos Produtores: B + C
Excedente Social: A + B + C
Ineficiência (DWL): D + E
Ao contrário do preço máximo, verifica-se uma transferência de excedente dos consumidores para os produtores (B): devido ao aumento do preço à menos consumidores a quererem comprar e mais produtores a quererem vender. Contudo os triângulos D + E não vão para nenhum dos agentes do mercado. Isto porque a definição de um preço mínimo gera oferta superior à procura. Por esta razão temos de novo uma ineficiência económica.
Política de preços mínimos na agricultura 
Trata-se de uma política que visa dar garantia de preços ao produtor agrícola, com propósito de protegê-lo das flutuações dos preços no mercado, ou seja, ajudá-lo diante de uma possível queda acentuada de preços e consequentemente da renda agrícola. O governo, antes do início do plantio, garante um preço que ele pagará após a colheita do produto. Se o preço de mercado for maior que o preço mínimo, o agricultor vende ao mercado; caso o preço de mercado for inferior ao preço mínimo garantido, o agricultor vende ao governo.
Supondo que o preço mínimo seja maior que o preço do mercado, o governo pode implementar dois tipos de políticas:
Compra o excedente, isto é, a diferença entre a quantidade produzida e a quantidade desejam comprar ao preço mínimo (qs – qd, no gráfico a baixo). A isto dá-se o nome de política de compras.
Deixa os agricultores venderem toda a produção ao mercado o que fará o preço cair para Pc. O governo paga ao produtor a diferença entre o preço mínimo prometido (Pm) e o que o consumidor pagou no mercado (Pc). Esta política é denominada política de subsídios.
Do ponto de vista do governo, escolherá entre as duas políticas, aquela na qual gastará menos. Esta situação pode ser observada nos gráficos a baixo.
A adopção de uma das políticas, dependerá da elasticidade-preço da demanda, como podemos ver na figura a baixo, dois gráficos um com demanda elástica e outro com demanda inelástica.[4: Supondo que a curva da oferta é fixada.]
Os gastos do governo com política de compras são dados pela área ABQdQs (primeiro gráfico) e com a política de subsídios pela área PmBCPc. Logo, podemos notar que quanto mais elástica for a demanda de um bem, o governo tenderá a adoptar política de subsídio, que sairá mais barata aos cofres públicos e quanto mais elástica a demanda, a área ABQdQs, se torna maior que a área PmBCPc.
Incidência de um imposto sobre as vendas [5: Imposto: Tradicionalmente, costuma definir-se o imposto como uma prestação coactiva, definitiva, unilateral, estabelecida pela lei, a favor de uma entidade incumbida da prossecução de uma função pública, para a realização de fins públicos, sem carácter de sanção.]
O conhecimento da incidência de um imposto é importante para determinar os aspectos económicos e sociais da tributação.
Os impostos sobre vendas são impostos indirectos, pois incidem sobre o preço das mercadorias, enquanto os impostos directos incidem directamente sobre a renda das pessoas. Os impostos indirectos são regressivos em relação a renda, pois representam uma maior parcela da renda dos mais pobres. Exemplo, na compra de uma TV INOVIA, se o imposto de consumo for de 5%, esta taxa, representa maior parcela do rendimento do indivíduo pobre do que o do indivíduo pobre. Já o imposto directo é progressivo, ou seja, quem tem maior rendimento, paga mais imposto.
O imposto sobre vendas pode ser classificado em:
Imposto específico: aqueles que representam uma parcela fixa por cada unidade vendida, independentemente do valor da mercadoria ou seja, são impostos aplicados por quantidades, tal como o cigarro (exemplo: 50 kz por maço de cigarro, independentemente do preço).
Imposto ad valorem: aplica-se uma alíquota (percentual) fixa sobre o valor da transacção ou seja, é aquele cuja base de cálculo é o valor do bem tributado. Assim, o valor do imposto aumenta com o aumento do preço do bem em causa. O imposto de consumo (IC) é um exemplo deste tipo de impostos.[6: Expressão latina que significa "conforme o valor” ]
Incidência de um imposto de vendas sobre o equilíbrio do mercado
Imposto específico
Com a introdução de um imposto num mercado, passa-se a ter uma curva da oferta diferente da inicial: uma com imposto Qs´ = f (P´) e outra sem imposto Qs = f (P). Sendo P o preço do mercado, pago pelo comprador e P´ o preço para o produtor (Preço de mercado menos o imposto), isto é: 
O preço P´ é o que resta ao produtor após receber do mercado o preço P e retirar o imposto T dos cofres do estado. Para fornecer a mesma quantidade que fornecia anteriormente, o produtor tem que aumentar o preço e se pretende manter o preço, deve diminuir a quantidade pois, o imposto funciona como custo para o produtor.
O imposto aumenta o valor pago pelo comprador ao vendedor, porque o preço de equilíbrio do mercado é o preço pago pelo comprador e é maior que o preço antes do imposto. 
O gráfico acima mostra que, com a existência do imposto específico, o preço de equilíbrio no mercado aumenta, excepto na situação em que a curva da demanda der totalmente elástica.
Imposto ad valorem
Considerando P o preço do mercado, pago pelo comprador e P´ o preço para o produtor e t uma alíquota ou percentagem do imposto, no caso do imposto ad valorem passa-se a ter duas curvas da oferta: uma com imposto Qs´ = f (P´) e outra sem imposto Qs = f (P), teremos:
Neste caso, o que altera é o declive da curva da oferta e não o intercepto. E graficamente teremos:
O gráfico acima mostra que a distância entre Qs´ e Qs éo imposto T, que aumenta a medida que opreço aumenta para o imposto ad valorem.
Incidência do Imposto
Vamos agora analisar para quem realmente incide o imposto, supondo o imposto específico e consideraremos que a análise também é valida para o imposto ad valorem. 
Considerando:
P0 = Preço de equilíbrio sem imposto
P1 = Preço pago pelo consumidor em T
P´ = Preço recebido pelo produtor (vendedor) após T, q0 e q1 são as quantidades antes e depois do equilíbrio respectivamente, teremos: P´ = P1 – T. Segue-se então:
A parcela em u.m do imposto paga pelo consumidor é a diferença entre o que paga com imposto (P1) menos o que pagaria sem imposto (P0): (P1-P0).q1
A parcela em u.m do imposto paga pelo vendedor é a diferença entre o que receberia sem imposto (P0) menos o que recebe com imposto (P1): (P0-P1).q1 
A arrecadação neste mercado é a soma das duas parcelas anteriores ou o valor do imposto multiplicado com a quantidade vendida. Isto é: A = T.q1
Peso Morto do Imposto
Do ponto de vista da sociedade, a aplicação de imposto num mercado de concorrência causa distorção na alocação de recursos. Isto pode ser visto a partir da análise do excedente do consumidor e do produtor. Melhor percepção do peso morto, pode ser feita analisando o gráfico abaixo.
Analisando o gráfico acima, podemos ver que o aumento do preço, (de P0 para P1 por exemplo) diminui a excedente do consumidor como pode ser visto no gráfico acima pela área da figura A-B. Por outro lado, um menor preço líquido recebido pelo produtor, provoca uma redução do seu bem-estar que é medido pela área da figura C-D. Supondo que a arrecadação fiscal é utilizada para o benefício tanto dos consumidores como dos produtores, poderíamos dizer que as perdas ficariam parcialmente compensadas pela devolução da área de arrecadação A-C.
Assim, podemos ver que o efeito líquido dos impostos sobre a sociedade é a geração de uma perda líquida irrecuperável, um “peso morto” como normalmente é chamada. Esta perda corresponde a área B-D, que reflecte a má alocação dos recursos que é gerada quando o estado impõe ao aplicar um imposto, que a quantidade transaccionada seja q1. 
Incidência dos Impostos e Elasticidade-Preço da Procura e da Oferta 
A incidência do imposto, depende muito da elasticidade-preço das curvas da demanda e oferta do bem em causa.[7: Quem realmente paga o imposto.]
Se a demanda for bastante elástica, dada a curva da oferta (gráfico 1), a maior parcela do imposto e do “peso morto” incidirá sobre as vendedores ou produtores, pois os consumidores conseguem diminuir bastante o consumo do bem, dada uma elevação de preços provocada pelo imposto. Se a demanda for inelástica dada a curva da oferta (gráfico 2), quem deve arcar com a maior parcela dos impostos e do “peso morto” é o consumidor, que nesse caso, não tem muitas possibilidade de fugir do aumento do preço.
Questões para revisão:
Qual é o efeito de um preço máximo na quantidade demandada de um produto? Qual é o efeito de um preço máximo na quantidade ofertada? Por que exactamente um preço máximo causa uma escassez?
Um preço máximo modifica o preço de equilíbrio?
Qual poderia ser o impacto de impor um preço mínimo abaixo do preço de equilíbrio?
A intenção do preço máximo é tornar um preço maior ou menor?
Como um preço máximo determinado abaixo do nível de equilíbrio afecta a quantidade demandada e a quantidade ofertada?
A intenção do preço mínimo é tornar um preço maior ou menor?
Como um preço mínimo determinado acima do nível de equilíbrio afecta a quantidade demandada e a quantidade ofertada?
Um preço máximo aumenta ou diminui a quantidade de transacções no mercado? Por que? E quanto a um preço mínimo?
Se o preço mínimo beneficia os produtores, por que um preço mínimo reduz o excedente social?
O que é o excedente do consumidor? Como isso é apresentado em um diagrama de oferta e demanda?
O que é o excedente do produtor? Como isso é apresentado em um diagrama de oferta e demanda?
O que é o excedente total? Como isso é apresentado em um diagrama de oferta e demanda?
Qual é a relação entre o excedente total e a eficiência económica?
O que é a carga excedente?
Problemas
Um país de baixa renda decide estabelecer um teto no preço do pão para que se possa ter certeza de que o pão seja acessível às pessoas mais pobres.
As condições de demanda (d) e oferta (o) estão listadas na tabela abaixo.
	Preço (u.m)
	Qd
	Qs
	 1,60 
	9000
	5000
	 2,00 
	8500
	5500
	 2,40 
	8000
	6400
	 2,80 
	7500
	7500
	 3,20 
	7000
	9000
	 3,60 
	6500
	11000
	 4,00 
	6000
	15000
Quais são o preço de equilíbrio e a quantidade de equilíbrio antes do preço máximo? Qual será o excesso de demanda ou escassez— quantidade demandada menos a quantidade ofertada se o preço máximo é definido em 2,40 u.m? E em 2,00 u.m? Ou 3,60 u.m?
Bens Públicos e Externalidades 
Ainda na análise das razões de intervenção do estado na economia, existem alguns bens essências para uma sociedade, que pelas suas características(Bens Públicos), nenhum agente económico estaria desposto a produzi-los chegando assim ao mercado em quantidades ineficientes. Por outro lado, as acções dos agentes económicos pode afectar de forma positiva ou negativa o bem-estar dos outros agentes na economia (Externalidades), exige que o Estado intervém na economia para tentar melhorar a eficiência do mesmo sempre que é necessário. 
Definição de bem público
São bens que podem beneficiar todos os consumidores, mas cuja oferta nomercado ou ´e insuficiente ou ´e totalmente inexistente
Um bem público tem duas características:
Não rivalidade: isso significa que quando um bem é consumido, não reduz o valor disponível para outros.
- Por exemplo. Beneficiar de uma luz de rua não reduz a luz disponível para os outros, mas comer uma maçã.
Não-exclusão: Isso ocorre quando não é possível fornecer um bom sem que seja possível para outros. Por exemplo, se você erguer uma barragem para parar a inundação - você protege todos na área (se eles contribuíram para as defesas de inundação ou não).
Um bem público é muitas vezes (embora não sempre) subavaliado em um mercado livre porque suas características de não rivalidade e não-exclusão significam que há um incentivo para não pagar. Em um mercado livre, as empresas podem não fornecer o bem, pois eles têm dificuldade em carregar as pessoas para seu uso.
Problema de andar a boleia
O problema com os bens públicos é que eles têm um problema de cavaleiro gratuito. Isso significa que não é possível impedir que ninguém aproveite um bom, uma vez que foi fornecido. Portanto, não há incentivo para que as pessoas paguem o bem porque podem consumi-lo sem pagar por isso.
No entanto, isso levará a não haver boas acções.
Portanto, haverá ineficiência social.
Por conseguinte, haverá necessidade de o governo fornecer-lhe directamente da tributação geral.
Exemplos de bens públicos
Defesa Nacional. Se você protege o país da invasão, beneficia todos no país.
Iluminação pública. Se você fornecer luz à noite, não pode impedir que ninguém consome o bem. Andar sob uma luz de rua não reduz a quantidade de luz para outros.
Serviço policial. Se você fornecer lei e ordem, todos na comunidade se beneficiarão de uma melhor segurança e redução da criminalidade.
Defesas contra inundações - Proteger o litoral contra inundações proporciona benefícios para toda a comunidade.
Bens quase públicos
Estes são bens que têm um elemento de não exclusão e não rivalidade. As estradas são um bom exemplo. Uma vez que a maioria das pessoas pode usá-los, por exemplo, aqueles que possuem uma carta de condução. No entanto, quando você usa uma estrada, o valor que outras pessoas podem beneficiar é reduzido até certo ponto, porque haverá maior congestionamento.
Provisão de mercado de bens públicos
Embora a teoria económica clássica sugira que os bens públicos não serão fornecidos por um mercadolivre, há casos em que grupos de indivíduos podem se unir para fornecer bens públicos voluntariamente.
A economia comportamental sugere que os indivíduos podem ter motivações além do dinheiro. As pessoas podem se voluntariar para contribuir com as defesas locais contra inundações, por um senso de orgulho cívico, pressão de pares ou altruísmo genuíno. Portanto, no mundo real, pessoas suficientes podem contribuir para pagar um bem público, mesmo que - de um ponto de vista limitado de interesse próprio - pode ser racional evitar o pagamento.
Diferença entre gastos públicos e bens públicos
Uma possível área de confusão. Falamos sobre gastos públicos. Isso é gasto pelo governo. Por exemplo. Despesas públicas num dado País.
No entanto, nem todas as despesas governamentais (públicas) estão em "bens públicos", p. O governo também gastará em outros bens e serviços. Exemplos: Bens de mérito, como educação e saúde.
Definição um bem de mérito 
Um mérito bom tem duas características:
As pessoas não percebem o verdadeiro benefício pessoal. Por exemplo, as pessoas subestimam o benefício da educação ou recebem uma vacinação.
Normalmente, esses bens também têm uma externalidade positiva.
Portanto, em um mercado livre, haverá sob consumo de bens de mérito.
Exemplos de Mercados de Mérito
Cuidados de saúde - as pessoas subestimam os benefícios de obter uma vacinação. Se as pessoas recebem uma vacinação, haverá um benefício pessoal na protecção contra doenças. Além disso, haverá benefícios externos para o resto da sociedade porque ajudará a reduzir a prevalência de doenças no resto da sociedade.
Museus - o benefício educacional dos museus.
Educação - As pessoas podem subestimar os benefícios do estudo e decidir deixar a escola cedo ou não obter boas notas.
Bem de demérito
Um bem de demérito é definido como um bem que pode ter um impacto negativo no consumidor - mas esses efeitos prejudiciais podem ser desconhecidos ou ignorados pelo consumidor. Os produtos Demérito também geralmente têm externalidades negativas - onde o consumo causa um efeito prejudicial para um terceiro.
Um bem de demérito tem duas características:
Um bem que prejudica o consumidor. Por exemplo, as pessoas não percebem ou ignoram os custos de fazer algo, e fumantes, drogas.
Normalmente, esses produtos também têm externalidades negativas. Se você fuma, você se machuca, mas também a fumaça afecta negativamente outras pessoas.
Portanto, em um mercado livre, haverá um consumo excessivo desses bens.
Exemplos de bens de demérito incluem:
Fumar - As pessoas subestimam os custos de saúde ou os riscos de serem viciados.
Beber - Custos de saúde para bebedores. Os custos para a sociedade incluem mais gastos com cuidados de saúde e policiamento.
Consumir drogas - Custos de saúde para usuários de drogas - as pessoas subestimam os riscos de adicto. Custos externos de mais crime.
Externalidades
As externalidades são actividades que envolvem a imposição involuntária de custos (externalidades negativas) ou de benefícios (externalidades positivas) sobre terceiros, sem que estes tenham oportunidade de impedir, sem que tenham a obrigação de pagar ou que tenham o direito de serem indemnizados
Externalidades positivas
Definição de Eternidade Positiva: Isso ocorre quando o consumo ou a produção de um bem provoca um benefício para um terceiro. Por exemplo:
Quando você consome educação, você recebe um benefício privado. Mas também há benefícios para o resto da sociedade. Por exemplo, você é capaz de educar outras pessoas e, portanto, elas se beneficiam como resultado de sua educação. (externalidade de consumo positivo)
Um fazendeiro que desenvolve macieiras fornece um benefício para um apicultor. O apicultor recebe uma boa fonte de néctar para ajudar a fazer mais mel. (externalidade de produção positiva)
Se você caminhar para o trabalho, reduzirá o congestionamento e a poluição; Isso irá beneficiar todos os outros na cidade.
Benefício social
Com externalidades positivas, o benefício para a sociedade é maior do que seu benefício pessoal.
Portanto, com uma externalidade positiva, o Benefício Social> Benefício Privado
Lembre-se de Benefício Social = benefício privado + benefício externo.
Neste caso, o benefício social marginal do consumo é maior do que o benefício marginal privado. Por exemplo, se você pegar um trem, reduz o congestionamento para outros viajantes.
Em um mercado livre, o consumo será no primeiro trimestre porque demanda = fornecimento (benefício privado = custo privado)
No entanto, isso é socialmente ineficiente, porque no primeiro trimestre, o custo marginal social <benefício marginal social. Portanto, há um subconsumo da externalidade positiva.
A eficiência social ocorreria no segundo trimestre, onde o custo social = benefício social
Lidar com externalidades positivas
As externalidades positivas levam ao baixo consumo e à falha do mercado. As políticas governamentais para aumentar a demanda por bens com externalidades positivas incluem
Regras e regulamentos - idade mínima de saída da escola
Aumento da oferta - construção do governo de habitação do conselho para aumentar o estoque de habitação de boa qualidade.
Subsídio para reduzir o preço e estimular o consumo, p. subsídio governamental para serviços de trem rural.
Externalidades negativas
As externalidades negativas ocorrem quando o consumo ou a produção de uma boa causa um efeito nocivo para um terceiro.
Exemplos de externalidades negativas
Música alta. Se você tocar música alta à noite, seu vizinho talvez não consiga dormir.
Poluição. Se você produzir produtos químicos e causar poluição como efeito colateral, os pescadores locais não poderão pegar peixe. Essa perda de renda será a externalidade negativa.
Congestionamento. Se você conduz um carro, ele cria poluição do ar e contribui para o congestionamento. Estes são custos externos impostos a outras pessoas que vivem na cidade.
Construindo uma nova estrada. Se você construir uma nova estrada, o custo externo é a perda de uma bela paisagem que as pessoas não podem mais aproveitar.
Custo social
O custo social é o custo total para a sociedade; inclui custos tanto privados como externos.
Com uma externalidade negativa, o Custo Social> Custo Privado
Produção externalidade negativa
Ao produzir uma boa causa um efeito nocivo para um terceiro. Por exemplo. A queima de carvão cria poluição.
Implicações de externalidades negativas
Se bens ou serviços tiverem externalidades negativas, então obteremos uma falha no mercado. Isso ocorre porque os indivíduos não conseguem levar em conta os custos para outras pessoas.
Para alcançar um resultado mais socialmente eficiente, o governo poderia tentar o imposto o bem com externalidades negativas. Isso significa que os consumidores pagam o custo social total.
Capitulo II: Fundamentos da Macroeconomia.
A Macroeconomia: é o ramo da teoria económica que trata da evolução da economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento dos grandes agregados, como renda e produto nacionais, investimento, poupança e consumo agregados, nível geral de preços, emprego e desemprego, estoque de moeda e taxas de juros, balanço de pagamentos e taxa de câmbio.
Ao estudar e procurar relacionar os grandes agregados, a Macroeconomia não analisa em profundidade o comportamento das unidades económicas indi­viduais, tais como famílias e firmas, a fixação de preços nos mercados específi­cos, os efeitos de oligopólios em mercados individuais etc. Essas são preocupa­ções da Microeconomia.
A teoria macroeconómica, propriamente dita, preocupa-se mais com ques­tões conjunturais, de curto prazo. São considerados como questões de curto pra­zo o desemprego (entendido como a diferença entre a produção efectivamente realizada e a produção potencial da economia, quando todos os recursos este­jam totalmente empregados) e a inflação (aumento contínuo do nível geral de preços).
São consideradas questões estruturais problemas como desenvolvimento económico, distribuição de renda, globalização,progresso tecnológico, as quais, em geral, extrapolam a análise meramente económica, envolvendo questões políticas, históricas etc., que não são equacionadas no curto prazo.
A parte da teoria económica que estuda o comportamento dos grandes agregados ao longo do tempo (longo prazo), é denominada teoria do crescimento e desenvolvimento económico. 
Metas de política macroeconómica
São as seguintes as metas de política macroeconómica:
Alto nível de emprego;
Estabilidade de preços;
Distribuição de renda socialmente justa;
Crescimento económico.
As questões relativas ao emprego e à inflação são consideradas como conjunturais, de curto prazo, constituindo-se nas chamadas políticas de estabilização.
Estrutura da análise macroeconómica
A Macroeconomia enfoca a Economia como se ela fosse constituída por uma parte real e uma parte monetária, divididas em quatro mercados: o merca­do de bens e serviços, o mercado de trabalho, o mercado financeiro (monetário e de títulos) e o mercado cambial.
Assim, ao tentar responder como tem se comportado o mercado de bens e serviços, efectua-se uma agregação de todos os bens produzidos pela economia durante certo período de tempo e define-se o chamado produto nacional. Esse produto representa a agregação de todos os bens produzidos pela economia. Seu preço, que representa uma média de todos os preços, é chamado nível geral de preços.
De maneira semelhante, o mercado de trabalho também representa uma agregação de todos os tipos de trabalhos existentes na economia. Nesse merca­do, determinamos a taxa salarial e o nível de emprego.
Adicionalmente, discute-se o mercado monetário, pois a análise será de­senvolvida numa economia cujas trocas são efectuadas utilizando-se sempre um elemento comum. Esse elemento comum é que se conhece por moeda. No mer­cado monetário, determinam-se as taxas de juros e a quantidade de moeda ne­cessária para efectuar as transacções económicas.
Numa economia, existem agentes económicos superavitários e agentes de­ficitários. Agentes superavitários são aqueles que possuem um nível dc renda superior a seus gastos e deficitários aqueles que possuem um nível de gastos su­perior ao de renda. Existe um mercado no qual os agentes superavitários em­prestam para os deficitários. Em qualquer economia, há uma série de títulos que fazem essa função (títulos do governo, acções, debêntures, duplicatas etc.). A Macroeconomia, mais uma vez, agrega todos esses títulos e define um título (tradicionalmente é representado por algum título do governo), e no mercado de títulos procura-se determinar o preço e a quantidade de títulos.
Como a taxa de juros é determinada na realidade tanto no mercado mone­tário como no mercado de títulos, é bastante frequente analisar esses dois mercados conjuntamente, constituindo o mercado financeiro.
Finalmente, um país realiza uma série de transacções com o resto do mun­do, que se constituem em mercadorias, serviços e transacções financeiras. Para torná-las viáveis, os preços dos diferentes países devem ser comparados e sua moeda deve ser convertida na moeda dos outros. A taxa de câmbio permite calcular a relação de troca, ou seja, o preço relativo entre diferentes moedas. Incorpora-se, então, no estudo macroeconómico o mercado cambial.
Os gastos do governo e a oferta da moeda, na análise macroeconómica, não são determinados nesses mercados, mas sim de forma autónoma pelas au­toridades. Dizemos que são variáveis determinadas institucionalmente. Ou seja, os gastos públicos e a oferta de moeda não são determinadas, e sim deter­minam o comportamento das demais variáveis, de acordo com os objectivos do governo. Assim, o objectivo da análise macroeconómica é estudar como são de­terminados os agregados económicos, e como actuar sobre o seu comportamen­to, através do manejo dos instrumentos de política macroeconómica.
Instrumentos de política macroeconómica
A política macroeconómica envolve a actuação do governo sobre a capaci­dade produtiva (produção agregada) e despesas planejadas (demanda agre­gada), com o objectivo de permitir à economia operar a pleno emprego, com baixas taxas de inflação e distribuição justa de renda. Os principais instrumentos são:
Política fiscal;
Política monetária;
Política cambial e comercial;
Política de rendas (controle de preços e salários).
Política fiscal
Refere-se a todos os instrumentos de que o governo dispõe para a arreca­dação de tributos (política tributária) e controle de suas despesas (política de gastos). Além da questão do nível de tributação, a política tributária, por meio da manipulação da estrutura e alíquotas de impostos, é utilizada para estimular (ou inibir) os gastos do sector privado em consumo e em investimento.
Se o objectivo da política for redução da inflação, as medidas fiscais normal­mente utilizadas são a diminuição de gastos públicos e/ou o aumento da carga tributária (o que inibe o consumo e o investimento), ou seja, visam diminuir os gastos da colectividade.
Se o objectivo for maior crescimento e emprego, as medidas fiscais seriam no sentido inverso, para elevar a demanda agregada.
Para uma política que visa melhorar a distribuição de renda, esses instru­mentos devem ser utilizados de forma selectiva, em benefício dos grupos menos favorecidos. Por exemplo, impostos progressivos, gastos do governo em regiões e sectores mais atrasados etc.
Política monetária
Refere-se à actuação do governo sobre a quantidade de moeda, de crédito e das taxas de juros. Os instrumentos disponíveis para tal são:
Emissões;
Reservas compulsórias (percentual sobre os depósitos que os ban­cos comerciais devem reter junto ao Banco Central);
Open market (compra e venda de títulos públicos);
Redescontos (empréstimos do Banco Central aos bancos comerciais);
Regulamentação sobre crédito e taxa de juros.
Por exemplo, se o objectivo for o controlo da inflação, a medida de política monetária seria diminuir (enxugar) o estoque monetário da Economia (por exemplo, aumento da taxa de reserva compulsória, ou venda de títulos no open market). Se a meta é o crescimento económico, seria o inverso.
As políticas monetárias e fiscal representam meios alternativos diferentes para as mesmas finalidades. A política económica deve ser executada mediante uma combinação adequada de instrumentos fiscais e monetários.
Política cambial e comercial
São políticas que actuam sobre as variáveis relacionadas ao sector externo da economia.
A política cambial refere-se ao controle do Governo sobre a taxa de câm­bio (câmbio fixo, flutuante etc.). A política comercial diz respeito aos instru­mentos de incentivo às exportações e/ou estímulo/desestimulo às importações, sejam fiscais, creditícios, seja estabelecimento de cotas etc.
Política de rendas (controle de preços e salários)
Alguns tipos de controlo exercidos pelas autoridades económicas podem ser considerados dentro do âmbito das políticas monetárias, fiscal ou cambial (por exemplo, o controlo das taxas de juros e da taxa de câmbio).
No entanto, os controlos sobre preços e salários situam-se em categoria própria de política económica. A característica especial é a de que, nesses con­troles, os agentes económicos ficam proibidos de levar a cabo o que fariam, em resposta a influências económicas normais do mercado.
Normalmente, esses controlos são utilizados como política de combate à inflação. Esses controlos também são denominados “políticas de rendas” no sentido de que influem directamente sobre as rendas (salários, lucros, juros, aluguel).
Desenvolvimento da macroeconomia: breve retrospectiva
Por uma série de crenças, como “mão invisível”, flexibilidade de preços e salários, bem como a Lei de Say, pela qual “a oferta cria sua própria procura”, os economistas clássicos (assim rotulados por Keynes) acreditavam que o pleno emprego da economia estivesse garantido automaticamente.2 Era a filosofia do liberalismo económico, que acreditava que o mercado sozinho, sem intervenção do Estado, levaria ao pleno emprego.[8: Um dos maiores pilaresda teoria clássica, criada pelo francês Jean Baptiste Say, essa lei preconizava que tudo que fosse produzido seria automaticamente demandado.]
Entretanto, com a grande depressão, que sucedeu ao crack da Bolsa de New York, em 1929, houve como que uma perplexidade dos economistas da época, que não dispunham de uma teoria que explicasse o fenómeno e pro­pusesse soluções. Afinal, de acordo com a teoria que prevalecia na época, não deveria existir desemprego, a não ser a chamada taxa natural de de­semprego que se prende à rotatividade da mão-de-obra, isto é, indivíduos que estão mudando de cidade ou sector, e passam um pequeno período de­sempregados.
Justamente nesse ambiente surge o livro de Keynes e as bases da moderna análise macroeconómica, que passam a incorporar uma actuação mais efectiva do Estado, na busca de soluções para os problemas de flutuações do nível de renda e emprego a curto prazo.
O desenvolvimento teórico da macroeconomia desde então tornou possível que tais situações fossem prevenidas e forneceu instrumentos para colocar a economia perto do pleno emprego, bem como controlar a inflação.
Principais agregados macroeconómicos: o fluxo circular de renda
O objectivo do estudo da Macroeconomia é a formação e a distribuição de produto e renda gerados pela actividade económica. É o chamado fluxo circular de renda. A partir do fluxo circular de renda, estabelecemos os conceitos dos principais agregados macroeconómicos. 
Começaremos supondo uma economia simplificada, fechada e sem governo: Economia a dois sectores sem formação de capital
Nessa economia simplificada, supõe-se que os únicos agentes são:
As empresas (que produzem bens e serviços) 
As famílias (que auferem rendimentos pela prestação de serviços). 
Todas as decisões partem das famílias. As empresas, que são de propriedade de seus accionistas (que pertencem ao sector família) são abstracções jurídicas, representando o local onde se organiza a produção.
Os bens intermediários, como matérias-primas, componentes, energia, são insumos que entram no processamento de outros bens, ou seja, são transacções de empresas a empresas, que se compensam na agregação das unidades produtoras. Assim, só se consideram os bens finais, e os custos de produção das empresas, no sistema agregado, não incluem o custo dos insumos intermediários. O fluxo circular da renda, para uma economia a dois sectores, pode ser ilustrado como na Figura abaixo.
Figura: Fluxo circular de renda
O fluxo monetário representa a contrapartida pelo fluxo real, pelo fornecimento de bens e serviços e serviços dos factores de produção.
A remuneração dos fatores de produção constitui-se em quatro itens: salários (w, do inglês wages), juros (j), aluguéis (a) e lucros (l).
Salário = remuneração dos serviços do factor trabalho.
Aluguel = remuneração dos serviços do factor terra (ou Recursos Naturais), também chamado simplesmente renda.
Lucro = remuneração dos serviços do factor capital físico (prédio e instalações)[9: O lucro também pode ser entendido como remuneração da capacidade regencial, ou seja, seria a rentabilidade dos empresários pela organização produtiva da empresa.]
Juro = remuneração dos serviços do factor capital monetário[10: Mais precisamente, juros são a renda do capital monetário aplicado na produção, pagos pelas empresas aos capitalistas privados. Os juros pagos pelas empresas aos bancos não são considerados remuneração a factor de produção, mas pagamentos de um serviço intermediário, semelhante à luz, água etc. Ou seja, eles anulam-se na consolidação das contas agregadas das empresas]
Pelo ângulo das famílias, proprietárias dos fatores de produção, são vistos como rendimentos; 
Pelo ângulo das empresas, representam custos de produção.
Fica claro que, na Contabilidade Nacional, os custos de produção são o pagamento aos fatores de produção, na forma de salários, juros, aluguéis e lucros, e não incluem o pagamento a insumos intermediários como matérias-primas, peças, energia eléctrica etc., que são pagamentos de empresas a empresas, que acabam se anulando no agregado.
Tem-se então um fluxo circular, no sentido de que a moeda gira pelo circuito, criando renda: firmas recebem das famílias pela venda de bens e serviços produtivos; firmas remuneram as famílias; famílias compram das firmas etc.; ou seja, o produto gera renda, que gera consumo, que gera produto, que gera renda etc.
Papel do lucro
Notamos que o lucro também é considerado como custo de produção (remuneração aos “donos das empresas”, que fazem parte do sector “família”). Assim, o economista vê o lucro como um custo de produção para as empresas, como já foi mostrado na parte de microeconomia. Isso estabelece uma diferença entre lucro contábil e lucro económico. Como o lucro económico também é um custo, ele é incluído na “parte inferior” do fluxo (fluxo de rendimentos). Portanto, a parte superior toma-se igual à parte inferior do fluxo, significando que:
Três ópticas de mensuração: produto, despesa e renda
O fluxo do produto e o fluxo de rendimentos propiciam três ópticas pelas quais pode ser medida a actividadeeconómica e que chegam ao mesmo resultado numérico. A partir delas, podemos definir os conceitos de Produto Nacional, Despesa Nacional e Renda Nacional.
Conceito de Produto Nacional (PN)
O Produto Nacional é o valor de todos os bens e serviços finais produzidos em determinado período de tempo.
Valor: os preços permitem agregar bens diferentes (produção de maçãs, com fogões, com serviços de transporte etc.). Assim, o PN é avaliado em termos monetários, e a moeda é a unidade-padrão de agregação.
Bens e serviços finais: não se consideram os bens e serviços intermediários, como matérias-primas e componentes, que entraram na elaboração de outros produtos[11: Os conceitos de bens intermediários e bens finais dependem da utilização que se faz do bem ou serviço, mais do que de uma característica física. Tudo que é vendido directamente a famílias, governo e sector externo é considerado um bem final. Nesse sentido, a reposição de peças ou a exportação de matérias-primas também são consideradas como bens finais. Também são bens finais as matérias-primas que permaneceram em estoque, já que não foram utilizadas na elaboração de outros produtos no período.]
Isso evita dupla contagem, como, por exemplo, somar como produto nacional o trigo, a farinha e o pão ao mesmo tempo.
Período de tempo: é um fluxo, definido em dado período de tempo (mês, ano).
Conceito de Despesa Nacional (D N)
O Produto Nacional é uma medida do fluxo de produção, ou seja, pela óptica da produção de bens e serviços das empresas. Mas o Produto Nacional também pode ser medido pela óptica das despesas realizadas pelos agentes de despesa, ou seja, consumidores, empresas, governo e estrangeiros. Nesse caso, é também chamado Despesa Nacional (DN), que é a despesa com o produto nacional.
Assim, a DN é o valor das despesas dos vários agentes na compra de bens e serviços finais. Neste modelo simplificado

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