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A FORMAÇÃO DO EDUCADOR NUMA PERSPECTIVA ATUAL

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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR FRANCISCANO
IÊDA MARIA DE OLIVEIRA SOUZA
A FORMAÇÃO DO EDUCADOR NUMA PERSPECTIVA ATUAL
Ourém/PA
Março/2014
IÊDA MARIA DE OLIVEIRA SOUZA
A FORMAÇÃO DO EDUCADOR NUMA PERSPECTIVA ATUAL
Trabalho requisitado como atividade referente à reoferta da disciplina Didática do Ensino Superior, do curso de Especialização – Pós graduação em Psicopedagogia.
Ourém/PA
março/2014
A FORMAÇÃO DO EDUCADOR NUMA PERSPECTIVA ATUAL
Iêda Maria de Oliveira Souza[2: Aluna do Curso de Especialização em Psicopedagogia do Instituto de Ensino Superior Franciscano.]
RESUMO
O artigo apresenta uma análise acerca da formação do educador, observando pontos de ensino e aprendizagem, imprescindíveis no processo de formação,que devem estar adequados às situações a serem enfrentadas pelo discente, abordadas de acordo com as características da sociedade moderna. Nessa perspectiva, busca a adequação do ensino aos conceitos de cidadania e a adequação ao avanço tecnológico, que exige o manuseio e conhecimento de técnicas necessárias para a utilização adequada de todo o aparato oferecido para a aplicação de uma educação de qualidade. Busca-se mostrarque a formação docente deve se relacionar a novas propostas educacionais, baseadas num planejamento adequado, visandoa formação de cidadãos preparados para o futuro e perfeitamente inseridos num novo modelo de escola, que não ensina somente, mas que aprende e coloca como primordial para a construção de uma sociedade justa e, onde direitos e deveres são reconhecidos e respeitados.
PALAVRAS-CHAVE: educador, formação, aprendizagem, sociedade, avanço tecnológico, planejamento, futuro.
ABSTRACT
The article presents an analysis about teacher education, noting points of teaching and learning, essential in the training process, which should be appropriate to the situations to be faced by the student, addressed according to the characteristics of modern society. In the perspective, seeking the appropriateness of teaching the concepts of citizenship and adaptation to technological advancemen, which requires handling and knowledge of techniques required for proper use of the whole apparatus provided for the implementation of a quality education. Seeks to show that teacher training should relate to new educational proposals based on a proper planning for the training of citizens prepared for the future and perfectly placed in a new school model, which not only teaches, but as he learns and puts crucial to building a just society where rights and duties are recognized and respected.
KEYWORDS: teacher, education, learning, society, technological advancement, planning, future.
A FORMAÇÃO DO EDUCADOR NUMA PERSPECTIVA ATUAL
O início do século XXI representa um momento especial para a humanidade, porque, neste importante momento da história da humanidade, observa-se a inserção de inúmeros avanços em todas as áreas do conhecimento, forçando as civilizações a se adequarem ao avanço tecnológico, imprescindíveis para os meios científicos, sociais e políticos. Progride-se de forma rápida e intensa e observa-se a mudança no comportamento das pessoas e instituições, graças às influências de um novo modelo de vida, que exige a aquisição de equipamentos modernos que facilitam a comunicação entre as pessoas e instituições. Em consequência disso, a sociedade de hoje não é a mesma de outrora. Por isso, é válido concluir que todos os conceitos sociais construídos até então, sejam refletidos, principalmente na escola, com o intuito de permitir que as decisões se baseiem nas facilidades decorrentes do aparato de equipamentos que facilitam o desenvolvimento e contribuem o progresso humano.
Dessa forma, a escola e os educadores devem estar preparados para fornecer ao homem, as ferramentas necessárias para que ele seja sujeito atuante em sua própria história: protagonista e não coadjuvante, autor e responsável pelas decisões que mobilizam as diferentes comunidades. Este fato remete, inevitavelmente, ao conceito de cidadania, que será concebido à luz da realidade em que está inserido. Assim, o conceito de cidadania cobra a participação crítica do individuo e a participação ativa no momento histórico ao qual está relacionado.
Neste contexto estão inseridas todas as instituições sociais, e entre elas a escola, que não deve se afastar de suas atribuições e nem se prender a conceitos ultrapassados, que retardam a assimilação do conhecimento e prendem o educando a modelos ultrapassados. 
A instituição escolar, responsável pela educação formal, deve pontuar seus objetivos de forma mediadora no seio da prática social voltada para a fomentação da cidadania, reorganizando seus conceitos sob todos os aspectos, repensando seus objetivos e reestruturando-se, caso contrário, impedirá o educando de crescer de forma individual e coletiva, prendendo-se aos conceitos arcaicos do passado.
As mudanças a serem implantadas na escola exigem a participação ativa do educador, haja vista,ser ele o indivíduo que atua de forma direta na formação do aluno, independente da localização geográfica e da condição socioeconômica dos alunos. O professor é o elemento que coordena o processo que legitima a escola tal como se encontra configurada no seio da sociedade vigente, sendo o local específico para a consolidação do processo ensino aprendizagem, responsável pela socialização do saber e, consequentemente, o espaço que permite o acesso à cidadania. O papel do professor fundamental na elaboração de novos processos que interfiram positivamente na vida do educando. Daí a importância da renovaçãoda prática docente para que o melhor entendimento do mundo, que caminhou gradativamente para que conceitos e situações específicas de alguns povos assumissem papel global, incentivando para que se implantasse um colonialismo cultural torna mundiais algumas questões que eram próprias de algumas regiões do planeta. Especialmente depois que o capitalismo assume papel fundamental e imprescindível para a construção de um novo modelo de sociedade. Quando o consumo assume papel destacado e, aquilo que era de alguns, passa ser propriedade de todos.
Gadotti aproxima a cidadania do capitalismo, quando afirma que “Existe hoje uma concepção consumista de cidadania sustentada na competitividade capitalista. Ela se restringe ao direito do cidadão de exigir a qualidade anunciada dos produtos que compra. Seria uma cidadania de mercado (GADOTTI, 2000, p. 75).
Se a sociedade atual precisa de uma escola mais precisa, inserida numa sociedade numa problemática dominada pelo mercado. Dessa forma o Estado se desobriga gradativamente de seu compromisso com a Educação, que é relegada a um plano secundário, permitindo que a iniciativa privada assuma o papel de mantenedora do processo de formação do cidadão, estabelecendo novas normas para o ensino, que passa a ser dominado pelas determinações feitas pelo capitalismo. Assim, a escola pública, com todos os seus problemas, passa a ser preterida e perde espaço para o ensino particular, escolhido pela melhor qualidade e melhores perspectivas de aprendizagem e sucesso profissional.
Então, todas as lutas elaboradas e colocadas em prática para a valorização da Escola pública, gratuita e universal, baseadas nas ideias concebidas pela Revolução francesa e pelo iluminismo, pregando a liberdade, igualdade e fraternidade, passam a ser ultrapassados e superados pelos ideais que pregam a preparação para o mercado, o individualismo e a competitividade. 
Prova disso está na maneira como se analisa o ensino médio na escola pública, que não prepara o aluno para o mundo profissional e não oferece formação adequada para competir em igualdade de condições para concorrer às vagas oferecidas pelas universidades. De acordo com esta concepção, as melhores escolas são aquelas que conseguem inserir a maior quantidade de alunos na universidade.
O que se observa no ensino fundamental não é diferente. A necessidade de obterresultados satisfatórios nos índices que analisam a atuação escolar, especialmente nas séries iniciais, dá fim à reprovação e se baseiam em pareceres que não refletem a realidade individual e coletiva das turmas. Um novo discurso pedagógico é dominado por expressões como qualidade total, gerenciamento pedagógico, qualificação para o mercado, estímulo à competitividadee gestão democrática, que não privilegiam a aquisição do conhecimento e tiram do educando o desejo de crescer individualmente, deixando-os incapazes de participarem ativamente de sua própria formação, relegados à simples interpretação do educador acerca de suas potencialidades em cada etapa. A consequência disso são os altos índices de evasão e repetências nas turmas de 5º ao 9º ano e à baixa qualidade do ensino médio.
Por isso torna-se pertinente indagar sobre a participação do educador num espaço em que se chocam a vertente democrática de cidadania e a vertente consumista imposta pela nova ordem mundial, buscando respostas para as conquistas não alcançadas e permitindo-se modificar para encontrar melhores resultados.
A FORMAÇÃO DO PROFESSOR E A ESCOLA EFICIENTE
O professor, especialmente do ensino fundamental, de acordo com a lei nº 9394/96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), deve possuir diploma de curso superior, é meramente ideológica de cunho crítica, relacionada às tendências progressistas da educação, destacando para isso a necessidade da formação de cidadão críticos e conscientes de seus direitos e deveres. Entretanto, ainda não há, na maioria dos estados brasileiros, profissionais com formação específica para atuarem nas séries iniciais. Vale dizer, porém, que esta formação não implica necessariamente na efetivaçãodos professores, uma vez que a quase totalidade das escolas utiliza pedagogos para ministrarem aulas no ensino fundamental menor. Atitude que interfere negativamente na qualidade do ensino. Uma vez que o currículo do curso de Pedagogia não prepara o profissional para, eficientemente, dominar os conteúdos necessários para o ensino eficiente. O resultado disso é o fracasso nas séries posteriores. Razão pela qual se faz necessária a mudança do perfil do professor das séries iniciais, com a contratação de profissionais habilitados nas disciplinas específicas das séries em questão. 
Busca-se então, a adequação da formação do professor aos objetivos buscados, de tal forma, que o profissional da educação, sinta-se preparado para os desafiospertinentes à profissão que escolheu, permitindo-se atuar de forma consciente e satisfatória, diminuindo assim, o fracasso escolar e formando cidadãos. Esseprofessor deve trazer consigo um referencial pedagógico progressista em que a concepção de cidadão não coincide com as imposições pedagógicas impostas pelo sistema.
A adoção de práticas baseadas na experiência adquirida ao longo do período de atuaçãopermitirá, com a associação ao conhecimento teórico, que o professor não se baseie na aventura, mas em ações inovadoras e coerentes, capazes de organizar suas atividades em busca de propostas coerentes com as exigências previstas para a educação de qualidade. 
Nesta questão surge a convergência da prática docente a um ponto em que, a concepção democrática de formação de cidadão e a concepção crítica de cidadão consumista, sejam superadas e o substrato desta superação seja uma formação de um cidadão capaz de entender o mundo e de se inserir coerentemente no mundo e no mercado de trabalho.
Para isso o educador deve rever sua prática, analisando-se a si mesmo, sendo questionador da atividade que desenvolve. Enquanto sujeito que constantemente está em formação, construindo em uma sociedade dinâmica, deve estar sempre pronto para evitar não só o anacronismo como também os modismos efêmeros e vazios que envolvem a sua atividade teórico-prática. Esta atitude não é fácil, porque exige mudanças e podem provocar insegurança para a atuação diante do educando. Entretanto, se se acha conscientemente preparado, pode esbarrar no conformismo, criando uma barreira difícil de ser ultrapassada, mas que pode ser superada com determinação e vontade de vencer.
Outra questão importante a ser considerada é a forma como a escola encara o trabalho do professor, visto como infalível e dono do saber, sem medir as possibilidades de limitação e as dificuldades para lidar com diferentes alunos, cujas individualidades representam dificuldades e podem interferir no resultado. Por essa razão, o professor deve romper as barreiras impostas pelo sistema educacional, buscando aquilo que está fora dos muros da escola, inserindo-se na realidade socialde cada turma, coletivamente e individualmente, trazendo para a sala de aula a vida e a realidade da comunidade, analisando criticamente cada situação, buscando interpretar a violência, os problemas familiares, as crises conjugais, o consumo de drogas, a fome e o desemprego das famílias de seus alunos . Nestes termos, opera-se um movimento tal que escola e sociedade superam a relação bipolar que as mantém afastadas e alcançam a condição de unidade: uma unidade dialética.
Todavia, a relação escola x sociedade só será eficiente se as questões apresentadas no dia a dia forem discutidas com aprofundamento teórico de cada situação. Vistas sob um olhar crítico, buscando teorias que suscitem práticas capazes de aproveitar aquilo que é proveitoso e consertar aquilo que coletivamente é considerado incorreto. Dessa forma a escola assume seu papel social e prepara o educador para entender o mundo que existe fora da sala de aula. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O papel do educador e sua importância para a sociedade exigem reformas consistentes e necessárias para que a escola não se limite a ser mera transmissora de saberes, sem comprovar a assimilação de conteúdos e o prazer de educando em ser discípulo e instrumento participativo do processo educacional. Uma reforma baseada nas ideias aqui apresentadas permitiria a adoção de medidas eficazes para que a educação se tornasse algo prazeroso para todos os integrantes do sistema educacional, de tal forma que as inovações partissem do individual e ganhassem espaço, gradativamente, até que a escola percebesse que não sobrevive se todos forem solitários. O ideal coletivo converte-se num pensar da escola a partir de um olhar crítico e criativo daqueles que a compõe. 
A educação atual está recheada por inovações que exigem mudanças. É necessário trazer para dentro da escola tudo aquilo que a cerca, envolvendo a comunidade na atuação do educador, fazendo-o entender que o seu mundo se engrandece à medida que penetra no mundo de todos os envolvidos em sua ação educativa. Ensinar aprendendo e aprender ensinando, envolver-se pelo educando, vivenciar sua vida, elaborar a partir de cada nova situação é o principal caminho para que a escola seja responsável, satisfazendo a todos os membros de uma estrutura que se renova em todos os momentos.
É importante destacar que os momentos de crise são os mais fecundos, uma vez que apresentam possibilidades para o surgimento de novas ideias, para a busca de respostas, para recuperar o perdido, para alcançar o verdadeiro da educação. Crescer sempre, acreditar que não está totalmente pronto. Deliciar-se com o prazer de ensinar e sorrir depois de cada conquista é o que deve envolver cada educador. 
Amar aquilo que faz é o principal instrumento para a força de vontade incentive cada professor, vendo no educando a consequência prazerosa de sua atuação, buscando inserir em cada lição um pedaço de sorriso, uma parcela de esperança, uma gota de prazer que será promissora, permitindo que cada amanhã da escola seja esperado com alegria e satisfação, e que a sala de aula seja o melhor espaço do mundo. 
REFERÊNCIAS
BRASIL.Lei 9394/1996 Lei de Diretrizes e Bases da Educação. 1996
GADOTTI, Moacir. Concepção dialética da educação. 9ª ed., São Paulo: Cortez, 1995.
________, Moacir. Perspectivas atuais em educação. Porto Alegre: Artmed, 2002.
IMBERNÓN, Francisco (org.). A educação no século XXI:os desafios do futuro imediato. Porto Alegre: Artmed, 2000.
SANTOS, Laymert Garcia dos. O século XXI: como poderá ser. Folha de São Paulo, 22.11.99, Caderno mais, p. 6. 
MARTHI; Álvaro.O bom estar dos professores: competência, emoções e valores.Porto Alegre:ARTMED,2008/PATIL,ano XII nº47 ago/out.2008.p.63.
REVISTA NOVA ESCOLA. Nº 657 – Agosto 2008. São Paulo – Editora Abril– 2008.
REVISTA PÁTIO: EDUCAÇÃO INFANTIL. Nº 23 – Abri/Junho 2010. São Paulo: Artmed Editora S.A., 2010.

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