Buscar

Trabalho sobre títulos de credito.

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

UNIFOR 
CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS - CCJ 
CURSO: DIREITO 
DISCIPLINA: EMPRESARIAL II 
ATIVIDADE 01 DA AV1 
1. Apresente um breve relato dos fatos analisados no acórdão, indicando: Que espécie de título de crédito foi emitido pela parte recorrente; Qual o negócio jurídico que originou a emissão do(s) título(s); Qual o valor do crédito representado; O(s) título(s) foi(ram) objeto de endosso? De que forma? Explique!
	As partes recorrentes (Edson Marcos Ananias - M.E. e Edson Marcos Ananias) ajuizaram ação declaratória de inexigibilidade de débito cumulada com indenização por danos morais, em face do Banco do Brasil S.A, uma vez que realizaram uma negociação com a Impérius Birigui Livros e Papeis Ltda. Os recorrentes adquiriram inúmeras mercadorias e emitiram 11 cheques pela pessoa jurídica autora e 9 cheques pelo autor pessoa natural, estampando as cártulas um total de R$ 21.804,00 (vinte e um mil oitocentos e quatro reais).	A sociedade empresária credora originária (Impérius Birigui Livros e Papeis Ltda.), não cumpriu com sua obrigação originaria e não devolveu os referidos cheques, pois havia dado em garantia para o Banco do Brasil S.A, através de um contrato de desconto bancário para adquirir capital de giro. Como o negócio não foi completado e os cheques não foram devolvidos, os emitentes efetuaram a contra ordem por desacordo comercial (não cumprimento da entrega das mercadorias)", todavia, foram surpreendidos pelo apontamento a protesto dos cheques. Assim os emitentes ingressaram na justiça requerendo a declaração de inexistência dos títulos com danos morais.
	O título de crédito emitido foi cheque.
	O negócio jurídico que originou foi a compra de inúmeras mercadorias, cujo pedido foi efetuado com bastante antecedência para assegurar a reposição do estoque.
	
	O valor do negócio foi R$ 21.804,00 (vinte e um mil oitocentos e quatro reais).	
	Os títulos de crédito foram endossados a ordem ao portador.
2. Segundo o acórdão, após a emissão do(s) título(s), um problema atingiu o negócio jurídico que lhe(s) deu origem. Que problema seria este? Por que a parte recorrente, em primeira instância, solicitou a declaração de inexigibilidade do título e a condenação da ré ao pagamento de indenização por danos morais? O pedido foi deferido ou indeferido pelo juízo de primeira instância? Explique!
	O não cumprimento do contrato por parte o credor originário, este não entregou as mercadorias.
	Como a sociedade empresária credora originária (Impérius Birigui Livros e Papeis Ltda.) não cumpriu com sua obrigação originaria e não devolveu os referidos cheques, os emitentes solicitaram a declaração de inexigibilidade do título, haja vista, que o negócio não foi cumprido, quanto ao pedido de danos morais é decorrente do protesto efetuado pelo Banco do Brasil S.A. O pedido foi deferido pelo juízo de primeira instância, com a declaração da inexigibilidade dos títulos e condenação do réu ao pagamento de R$ 10.000,00 (dez mil reais), a título de compensação por danos morais.
3. Na pág. 06 do acórdão, na seção do relatório, consta a seguinte afirmação: “o cheque é um título absolutamente autônomo, diferenciando-se da duplicata, que é um título causal”. Com base na classificação dos títulos de crédito, explique o significado desta afirmativa.
	O Recorrente queria a aplicação nos cheques emitidos o mesmo entendimento aplicado às duplicatas. Ocorre que o cheque é autônomo, ou seja, independe da conclusão ou de exceções do negócio originário, diferente das duplicatas que são título de crédito eminentemente causal e, como tal, deve corresponder a uma compra e venda mercantil ou à efetiva prestação de um serviço. No caso, uma vez comprovada a causa de emissão dos títulos, bem como a efetiva entrega da mercadoria, possível a cobrança do débito, nos termos do art. 15, inciso ll, da lei das duplicatas (LEI 5.474 /68). 
4. O acórdão contém trechos de decisão proferida em sede de apelação pelo Tribunal de Justiça do Paraná. Em um destes trechos, é citado o art. 25 da Lei do Cheque (Lei n. 7.357/85), segundo o qual não pode o emitente opor exceções pessoais fundadas na relação jurídica originária contra terceiro que age de boa-fé. A que princípio, norteador do direito cambiário, faz referência o citado dispositivo? Explique! Segundo o acórdão, o referido princípio não é absoluto, admitindo exceção. Explique que exceção seria esta e se ela restou demonstrada no caso em análise.
	Trata-se do princípio da Autonomia, o título de crédito se caracteriza pela independência das obrigações assumidas, ou seja, a obrigação que o devedor criou ao assinar o título de crédito independente da obrigação que deu causa à sua existência. 
	Existem exceções ao princípio da autonomia, como o subprincípio da inoponibilidade das exceções aos terceiros de boa-fé, o qual diz que o princípio da abstração e o princípio da autonomia só será aplicada ao terceiro que não tem ciência da nulidade do negócio jurídico, ou seja, que está de boa fé realizando o negócio sem o conhecimento dos vícios. Se estiver de má fé poderá haver responsabilidade do terceiro quanto ao negócio realizado e tornando inválido o título de crédito. 
5. O acórdão do STJ, na pág. 13, faz referência ao artigo 22 da Lei do Cheque, segundo o qual o detentor de cheque à ordem é considerado portador legitimado, se provar seu direito por uma série ininterrupta de endossos, mesmo que o último seja em branco. Este artigo ilustra a aplicação de qual princípio do direito cambiário? Explique!
	O princípio da autonomia e abstração diz que cada obrigação representada pelo título de crédito é autônomo e o vício de uma obrigação não gera invalidade do título e nem contamina as demais obrigações. Assim, o portador do título de crédito poderá cobrar o devedor principal (aquele que emitiu o título) para cumprir o negócio jurídico ajustado que gerou o título.
6. Na página 14 do acórdão, consta o pensamento de Cesare Vivante sobre a natureza jurídica da obrigação cambiária. Destaque o trecho exato em que este pensamento foi descrito e explique qual a teoria desenvolvida pelo jurista italiano para explicar a diferença entre a relação firmada entre o emitente e o credor original do título e o emitente e os endossatários.
	O trecho é: “ABSTRAÇÃO Vivante ainda explica que os títulos de crédito podem circular como documentos abstratos, sem ligação com a causa a que devem sua origem.”
	A relação entre o emitente e o credor originário, Vivante explica que em relação ao seu credor, o devedor do título se obriga por uma relação contratual, motivo por que contra ele mantém intatas as defesas pessoais que o direito comum lhe assegura;
	Quanto o emitente e os endossatários, Vivante explica que o fundamento da obrigação está na sua firma (do emissor), que expressa sua vontade unilateral de obrigar-se a essa manifestação não deve defraudar as esperanças que desperta em sua circulação.
7. Na pág. 15 do acórdão , consta ementa de julgado referente a contrato de factoring. De acordo com a ementa, neste caso, o que alegava o emitente em sede de recusa de pagamento do título endossado em favor da sociedade factoring? O argumento do emitente prosperou no caso em análise? Explique!
	Alegava que já havia quitado o título ao endossante, através da ação de consignação em pagamento, contudo, este não lhe devolveu o título.
	Não prosperou pois o endossante já havia endossado o título para terceiros de boa-fé.
8. O STJ deu ou negou provimento ao recurso especial n. 1.231.856/PR? Justifique!
	Negou provimento ao recurso, uma vez que ficou reconhecido que o protesto das cártulas é legítimo e constituiu exercício regular de direito do banco endossatário, pois diz respeito a valores estampados em título de crédito - crédito próprio e autônomo -, que, com o endosso, no interesse do endossatário, desvincula-se do negócio jurídico subjacente.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando