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Acordo Internacional Previdencia Brasil Japao

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ACORDO
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Acordo Brasil/Japão Instituto Nacional do Seguro Social
Acordo Brasil/Japão
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Instituto Nacional do Seguro Social
Presidenta da República
Dilma Rousseff
Ministro da Previdência Social
Garibaldi Alves Filho
Presidente do Instituto Nacional do Seguro Social
Mauro Luciano Hauschild
Auditora Geral
Sueli Aparecida Carvalho Romero
Corregedor Geral
Silvio Gonçalves Seixas
Diretora de Atendimento
Cinara Wagner Fredo
Diretor de Benefícios
Benedito Adalberto Brunca
Diretor de Orçamento, Finanças e Logística
Pedro Augusto Sanguinetti Ferreira
Diretor de Recursos Humanos
José Nunes Filho
Diretora de Saude do Trabalhador
Filomena Maria Bastos Gomes
EXPEDIENTE
Equipe Técnica responsável pela elaboração
Coordenadora de Acordos Internacionais/INSS
Maria da Conceição Coelho Aleixo
Analista Previdenciária da APSAISP/INSS
Belara Giraldelo
Técnico Previdenciário da APSAISP/INSS
Anderson da Silva Rocha
Editoração Eletrônica
Eduardo Júnior de Souza Guimarães - ACS/INSS
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Acordo Brasil/Japão Instituto Nacional do Seguro Social
Índice
1- Quem tem direito à utilização do acordo entre Brasil e Japão? ..............5
2- Quais os benefícios previstos no acordo, tratando-se do Brasil? .............5
3- Onde requerer os benefícios previdenciários? ...................................6
4- Benefícios previstos no Acordo Brasil e Japão – no Brasil .......................7
 a- Aposentadoria por Idade ..................................................7
 b- Aposentadoria por invalidez ..............................................8
 b.5- Perícia Médica ............................................................10
 c- Pensão por morte .........................................................14
5. Documentação do segurado necessária para os benefícios 
de modo geral .........................................................................17
6. Cálculo do benefício ...............................................................21
7. Deslocamento ......................................................................24
8. Disposições transitórias ...........................................................25
Acordo Brasil/Japão
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Instituto Nacional do Seguro Social
Acordo Brasil/Japão
Legislação brasileira aplicada:
* Constituição Federal de 1988
* Lei nº 8.213 de 23/07/1991 e alterações
* Emenda Constitucional nº 20 de 16/12/1998
* Decreto nº 3.048 de 06/05/1999 e alterações
* Acordo de Previdência Social entre Brasil e Japão, assinado em 29/07/2010
* Ajuste Administrativo assinado em 27/12/2010
* Instrução Normativa nº 45 INSS/PRES de 06/08/2010 (vigente)
O Acordo Internacional firmado entre o Brasil e o Japão tem por 
objetivo a garantia dos direitos aos trabalhadores brasileiros 
que estão no território estrangeiro e aos trabalhadores 
estrangeiros que estão no território brasileiro quanto aos 
direitos previdenciários.
1- Quem tem direito à utilização do acordo entre 
Brasil e Japão?
A pessoa que esteja ou tenha estado sujeita à legislação previdenciária do 
Brasil ou do Japão, bem como seus dependentes.
2- Quais os benefícios previstos no acordo, tratando-
se do Brasil?
 * Aposentadoria por idade
 * Aposentadoria por invalidez
 * Pensão por morte
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3- Onde requerer os benefícios previdenciários?
Segurados/dependentes residentes no Brasil
A Agência da Previdência Social de Atendimento de Acordos Internacionais São 
Paulo - APSAISP, código: 21.004.120, responsável pelo atendimento ao Acordo 
Internacional Brasil/Japão está localizada na cidade de São Paulo, situada na 
Rua Santa Cruz, nº 747, 1º subsolo, Vila Mariana, CEP: 041.21.000, porém o 
segurado poderá se dirigir a qualquer APS da sua preferência, munido de toda 
a documentação necessária e informar que se trata de benefício de Acordo 
Internacional Brasil/Japão. Esta APS será responsável pela recepção e envio 
desta documentação à APSAISP.
Segurados/dependentes residentes no exterior
O requerente dirigir-se-á a quaisquer das instituições de seguro ou associação 
responsáveis pela implementação dos sistemas previdenciários japoneses.
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4- Benefícios previstos no Acordo Brasil e Japão – no 
Brasil
a- Aposentadoria por Idade
a.1 Quem tem direito?
A aposentadoria por idade será devida ao requerente que completar 65 
(sessenta e cinco anos) de idade, se homem, ou 60 (sessenta) anos, se mulher, 
uma vez cumprida a carência exigida, considerando a data da inscrição do 
segurado na Previdência Social.
a.2 Carência
A carência mínima exigida será de 180 (cento e oitenta) contribuições.
 
a.3 Importante
A aposentadoria por idade é irreversível e irrenunciável, portanto depois 
de receber o primeiro pagamento ou sacar o PIS e/ou FGTS (o que ocorrer 
primeiro), o segurado não poderá desistir do benefício. 
O requerente não precisa desligar-se do emprego para requerer a aposentadoria.
Os valores das contribuições realizadas no Pais acordante não interferirão 
no valor do benefício a ser pago pelo Brasil e nem as contribuições do Brasil 
interferirão no valor do benefício a ser pago pelo Pais acordante. Somente o 
tempo de contribuição do País acordante será utilizado para o reconhecimento 
do direito ao benefício requerido.
O tempo de contribuição do Pais acordante será aquele certificado pelo 
Organismo de Ligação deste Pais e encaminhado, por meio de formulário 
próprio à – APSAI SP.
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b- Aposentadoria por invalidez
b.1 Quem tem direito?
Será devida ao segurado considerado incapaz para o trabalho ou atividade que 
lhe garanta a subsistência. A incapacidade será atestada através de exame 
médico pericial a cargo da Previdência Social, observado o disposto no item 
b.4 desta cartilha.
b.2 Carência
A carência exigida é de 12 contribuições, não podendo haver perda da 
qualidade de segurado.
 
b.3 Isenção
* Acidente de qualquer natureza ou causa; ou
* acometido pelas doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, 
neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia 
grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefroparia grave, 
doença de Paget em estágio avançado (osteite deformante), síndrome da 
imunodeficiência adquirida (AIDS), contaminação por radiação ( comprovada 
por laudo médico) ou hepatopatia grave, doenças estas especificadas em lista 
elaborada pelos Ministérios da Previdência Social e Saúde.
b.4 Manutenção e Perda da Qualidade de segurado
(art. 13 do Decreto 3048/1999)
Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:
I – sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício;
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II – até doze meses após a cessação de benefício por incapacidade ou após 
a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade 
remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou 
licenciado sem remuneração;
III – até doze meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença 
de segregação compulsória;
IV – até doze meses após o livramento, o segurado incorporado às Forças 
Armadas para prestar serviço militar; e
VI – até seis meses após cessação das contribuições, no caso de segurado 
facultativo.
b.4.1 Manutenção da qualidade prevista para Acordos Internacionais
I – O requerente que estiver trabalhando no País acordante terá garantida a 
manutenção da qualidade de segurado no Brasil;
II – O requerente que estiver recebendo benefício pago pelo País acordante 
terá garantida a manutenção da qualidade de segurado no Brasil.
 
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b.5- Perícia Médica
O reconhecimentodo direito ao benefício de aposentadoria por invalidez pela 
Previdência Social brasileira está condicionada à realização de exame médico 
pela Perícia Médica do INSS – Instituto Nacional do Seguro Social.
Cabe a qualquer Agência da Previdência Social – APS – providenciar a realização 
de perícia médica nas seguintes situações:
I – para o segurado brasileiro ou estrangeiro, residente no Brasil, vinculado à 
Previdência Social do Brasil e a regime previdenciário do Pais acordante, com 
requerimento de aposentadoria por invalidez sob a legislação brasileira;
II – para segurado brasileiro ou estrangeiro, vinculado à previdência social do 
Pais acordante, mesmo que não seja filiado à Previdência Social Brasileira, que 
esteja em trânsito pelo Brasil e necessite desse tipo de serviço para benefício 
requerido ao Pais acordante.
b.5.1 Roteiro para solicitação de perícia médica para o segurado residente 
no Brasil para fins de requerimento de aposentadoria por invalidez sob a 
legislação brasileira e sob a legislação japonesa.
O segurado, de posse de relatórios médicos e exames, deverá se dirigir a 
uma Agência da Previdência Social – APS – de sua preferência e solicitar a 
realização de perícia médica para fins de requerimento de aposentadoria por 
invalidez e informar que se trata do Acordo Brasil/Japão.
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Instituto Nacional do Seguro Social
Esta APS receptora será responsável pelo agendamento do exame pericial 
e, também, pelo posterior encaminhamento do resultado desta perícia, 
acompanhado de cópias dos relatórios médicos e exames, à APSAI São Paulo.
A APSAI São Paulo, após recepcionar os documentos encaminhados pela APS 
escolhida pelo segurado, será a responsável pelo envio desta documentação 
à instituição competente do Japão. Esta instituição japonesa, após receber 
os documentos enviados pela APSAI São Paulo, encaminhará ao requerente o 
formulário específico de perícia médica do Japão, que poderá ser preenchido 
por médico perito do INSS ou por qualquer outro médico da rede pública ou 
privada. 
b.5.2 Roteiro para solicitação de perícia médica para o segurado residente 
no Brasil para fins de requerimento de aposentadoria por invalidez somente 
sob a legislação japonesa.
I – O segurado, de posse de relatórios médicos e exames, deverá se dirigir a 
uma Agência da Previdência Social – APS – de sua preferência informando que 
deseja solicitar o benefício de aposentadoria por invalidez somente ao Japão.
II – A APS escolhida pelo segurado recepcionará a documentação e a enviará à 
APSAI São Paulo.
III - A APSAI São Paulo, após recepcionar os documentos encaminhados pela APS 
escolhida pelo segurado, será a responsável pelo envio desta documentação 
à instituição competente do Japão. Esta instituição japonesa, após receber 
os documentos enviados pela APSAI São Paulo, encaminhará ao requerente o 
formulário específico de perícia médica do Japão, que poderá ser preenchido 
tanto por perito médico do INSS – Instituto Nacional do Seguro Social, como 
pela rede pública ou privada de saúde do Brasil.
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Acordo Brasil/Japão Instituto Nacional do Seguro Social
IV – A APSAI São Paulo informará ao segurado sobre o envio da documentação 
e esclarecerá que a conclusão do pedido de aposentadoria por invalidez ao 
Japão ficará a cargo deste País acordante.
b.5.3 Solicitação de aposentadoria por invalidez para segurado residente 
no Japão.
O segurado residente no Japão, que queira solicitar aposentadoria por invalidez 
ao Brasil, deverá se dirigir a uma instituição de seguro ou associação desta, 
responsável pela implementação dos sistemas previdenciários japoneses, 
e apresentar a documentação necessária que será encaminhada, por meio 
da instituição japonesa, à Agência da Previdência Social de Atendimento ao 
Acordo Internacional – APSAI – no Brasil.
b.6 O benefício de aposentadoria por invalidez brasileiro será pago a partir 
de quando?
Concluindo a perícia médica pela existência de incapacidade total e definitiva 
para o trabalho, a aposentadoria por invalidez será devida:
I – ao segurado empregado a contar do décimo sexto dia do afastamento 
da atividade ou a partir da data de entrada do requerimento, se entre o 
afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de trinta dias;
II – ao contribuinte individual e facultativo, a contar da data do início da 
incapacidade, que será fixada pela perícia médica, ou da data de entrada do 
requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de trinta dias.
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b.7 Observações
A aposentadoria por invalidez concedida sob a legislação brasileira não é 
benefício permanente, sendo o aposentado obrigado, sob pena de suspensão 
do pagamento deste benefício, a submeter-se a exame pericial que será 
realizado bienalmente e com convocação expressa do Instituto Nacional do 
Seguro Social – INSS.
O aposentado por invalidez que se julgar apto a retornar à atividade deverá 
solicitar a realização de nova perícia médica.
Aquele que retornar voluntariamente à atividade terá sua aposentadoria 
automaticamente cessada a partir da data desse retorno.
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c. Pensão por morte 
c.1 Quem tem direito?
O benefício de pensão por morte será devido ao conjunto de dependentes, 
assim qualificados pela legislação brasileira, do segurado que falecer, sendo 
ele aposentado ou não.
c.2 Dependentes segundo a legislação brasileira
Classe 1 - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, 
de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido;
Classe 2 – os pais; 
Classe 3 – o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte 
e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o 
torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente.
c.3 Observação
Os dependentes da classe 1 são considerados preferenciais em relação aos 
demais das classes 2 e 3.
Os dependentes de mesma classe concorrem em igualdade de condições entre 
si. Porém, a existência de dependente de uma classe acima exclui do direito 
às prestações os das classes seguintes (art. 16 do Decreto 3048/1999).
Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, 
mantenha união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o 
§ 3º do art. 226 da Constituição Federal.
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Instituto Nacional do Seguro Social
Considera-se união estável aquela configurada na convivência pública, 
contínua e duradoura entre homem e mulher, estabelecida com intenção 
de constituição de família, observado o § 1º do art. 1.723 do Código Civil, 
instituído pela Lei nº 10.406 de 06/01/2002.
O cônjuge divorciado ou separado de fato que recebia pensão de alimentos 
concorrerá em igualdade de condições com os dependentes referidos na classe 
1.
A dependência econômica das pessoas indicadas na classe 1 é presumida e a 
das demais deverá ser comprovada.
A dependência econômica será comprovada de acordo com o previsto no § 3º 
art. 22 do Decreto 3048/1999.
Para o companheiro(a) do mesmo sexo, deverá ser exigida a comprovação de 
vida em comum.
A pensão por morte será rateada entre todos, em partes iguais, caso exista 
mais de um dependente de mesma classe, concorrente entre si. 
c.4 Ocorrerá perda da condição de dependente nas seguintes situações:
I – para o cônjuge, pela separação judicial ou divórcio, enquanto não lhe for 
assegurada a prestação de alimentos, pela anulação do casamento, pelo óbito 
ou por sentença judicial transitada em julgado.
II – Para a companheira ou companheiro, pela cessação da união estável 
com o segurado ou segurada, enquanto não lhe for garantida a prestação de 
alimentos.
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III – Para o filho e o irmão, de qualquer condição, ao completarem vinte e um 
anos de idade, salvo se inválidos, e desde que esta invalidez tenha ocorrido 
antes da maioridade ou emancipação.
IV – Para os dependentes em geral:
a) pela cessação da invalidez; ou
b) pelo falecimento.
c.5 Qual a data de início do pagamento da pensão por morte?
I – a partir do dia do óbito, quando requerida até trinta dias depois deste;
II – do requerimento, quando requerida após o prazo previsto de trinta dias;
III – da decisão judicial, no caso de morte presumida.
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5. Documentação do segurado necessária para os 
benefícios de modo geral
I – Documento de identidade ou Registro Geral (RG) emitido pelas Secretarias 
de Segurança Pública de qualquer Estado do Brasil, ou documento de 
identificação emitido por órgão oficial do Pais acordante, ou passaporte; 
II – CPF (Cadastro da Pessoa Física) ou antigo CIC (Cadastro Individual do 
Contribuinte), obrigatório para manutenção do benefício no Brasil.
III – Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) ou Carteira Profissional 
(CP) – sendo folha da foto, verso e as demais folhas que contenham anotações 
(contribuição sindical, opção ao FGTS, alteração de salário, férias e anotações 
gerais), principalmente para os segurados com vínculos no Brasil com data de 
demissão anterior ao ano de 1976.
IV – Documento de inscrição no Programa de Integração Social (PIS) ou 
Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP);
5.1 Tratando-se de contribuinte individual e facultativo, além dos 
documentos acima, poderão ser apresentados também:
V – Cartão de Inscrição do Contribuinte Individual (CICI) – se for contribuinte 
de carnê; ou
VI – comprovante de inscrição como contribuinte individual ou facultativo;
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Acordo Brasil/Japão Instituto Nacional do Seguro Social
VII – Carnês de recolhimento, principalmente os valores recolhidos até 
dezembro de 1984.
5.2 Para o contribuinte individual – empresário/empregador – se necessário, 
será solicitada a apresentação de cópia autenticada ou cópia acompanhada 
do original dos seguintes documentos:
Registro de Firma Individual e baixa, se for o caso (titular de firma individual).
Contrato Social, alterações e distrato, se for o caso (membro de sociedade 
de cotas por responsabilidade Ltda.), ou documento equivalente emitido por 
órgãos oficiais.
Atas das assembleias gerais (membro de diretoria ou de conselho de 
administração nas Sociedades Anônimas).
Estatuto e ata de eleição ou nomeação, registrados em cartório de títulos 
e documentos (cargo remunerado de direção em cooperativa, condomínio, 
associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade).
5.3 No caso de pensão por morte, além dos documentos acima do segurado 
instituidor (falecido), serão necessários também os documentos dos 
dependentes/requerentes habilitados:
* Certidão de óbito do segurado falecido.
* Cônjuge 
a) Certidão de casamento atualizada;
Acordo Brasil/Japão
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Instituto Nacional do Seguro Social
b) Documento de identidade ou Registro Geral (RG) emitido pelas Secretarias 
de Segurança Pública de qualquer Estado do Brasil; ou documento de 
identificação emitido por órgão oficial de Pais acordante; ou passaporte; 
c) CPF (Cadastro da Pessoa Física) ou antigo CIC (Cadastro Individual 
do Contribuinte) – documento de apresentação obrigatória, no caso do 
dependente, visto que é imprescindível para a manutenção do benefício de 
pensão por morte.
* Companheira ou companheiro
a) Documento de identidade ou Registro Geral (RG) emitido pelas Secretarias 
de Segurança Pública de qualquer Estado do Brasil, ou documento de 
identificação emitido por órgão oficial do Pais acordante, ou passaporte, e
 
b) Certidão de casamento com averbação de separação judicial ou divórcio, 
quando um dos companheiros ou ambos já tiverem sido casados, ou de óbito, 
se for o caso.
* Filhos menores de 21 anos, não emancipados
Para os filhos, deverá ser apresentada a certidão de nascimento. Caso o filho 
seja o único dependente e, neste caso, titular do benefício, deverá apresentar 
também o CPF (Cadastro da Pessoa Física).
* Pais – será necessária a apresentação da certidão de nascimento do segurado 
falecido (instituidor) e documento de identidade (RG emitido no Brasil ou 
documento de identidade emitido por órgão oficial do País de residência ou 
passaporte ou Carteira de Trabalho) tanto do instituidor quanto do requerente.
* Irmão do instituidor, deverá ser apresentada a certidão de nascimento.
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Acordo Brasil/Japão Instituto Nacional do Seguro Social
Nota 1. Os pais ou irmãos, além dos documentos citados (certidão de 
nascimento e documento de identificação), deverão apresentar declaração 
firmada perante o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) de inexistência 
de dependentes preferenciais.
Nota 2. A partir de 31 de dezembro de 2008, data de publicação do Decreto 
nº 6.722, de 30 de dezembro de 2008, os dados constantes do CNIS relativos 
a vínculos, remunerações e contribuições valem, a qualquer tempo, como 
prova de filiação à Previdência Social, tempo de contribuição e salários-de-
contribuição.
Não constando do CNIS informações sobre contribuições ou remunerações, ou 
havendo dúvida sobre a regularidade do vínculo, motivada por divergências 
ou insuficiências de dados relativos ao empregador, ao segurado, à natureza 
do vínculo, ou à procedência da informação, esse vínculo ou o período 
respectivo somente será confirmado mediante a apresentação pelo segurado 
da documentação comprobatória solicitada pelo INSS.
5.4 Nos requerimentos de aposentadoria por invalidez, deverão ser 
apresentados também relatórios médicos e exames.
Acordo Brasil/Japão
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Instituto Nacional do Seguro Social
6. Cálculo do benefício
6.1 Conceitos:
I – Valor teórico: refere-se ao primeiro cálculo, realizado conforme determina 
a legislação brasileira, no qual são considerados somente os valores 
contribuídos no Brasil, mas o tempo de cobertura dos dois Países.
II – Pro rata ou valor proporcional: refere-se ao resultado final obtido 
considerando o valor teórico multiplicado pelo tempo de contribuição do 
Brasil e dividido pelo tempo de contribuição total. 
III – Tempo total de contribuição: resultado da soma do tempo do Brasil e do 
tempo do País acordante.
6.2 Cálculo
I – Para o reconhecimento do direito ao benefício será levada em consideração 
a soma do tempo de contribuição do Brasil e do tempo de contribuição do 
Japão. 
II – Mas, para o cálculo do salário de benefício brasileiro, somente serão 
considerados os valores de contribuição do Brasil. 
III – Para os benefícios concedidos por totalização, sobre o valor teórico será 
calculado o pro rata, considerando a razão entre o tempo contribuído no Brasil 
e o tempo total necessário para o reconhecimento do direito ao benefício.
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Acordo Brasil/Japão Instituto Nacional do Seguro Social
Exemplo:
Um segurado, inscrito na Previdência Social brasileira em 07/1997, 
completou 65 anos em 07/2008 e vem solicitar aposentadoria por 
idade em 03/2012, mês previsto para início da vigência do Acordo 
Brasil/Japão.
Contribuiu no Brasil no período de 07/1997 a 06/2008 e no Japão de 
01/1993 a 12/1996. Portanto, o tempo total de contribuição dos dois 
países até 06/2008 foi de 15 anos, sendo 04 anos no Japão e 11 anos 
no Brasil. 
Os 11 anos de contribuição no Brasil referem-se a 132 contribuições 
mensais.
A renda mensal inicial teórica será calculado através da média aritmética 
simples dos maiores salários de contribuição, correspondentes a no 
mínimo 80% de todo o período contributivo desde 07/1994 (§ 18 do art. 
32 do Decreto 3048/1999).
Neste caso serão utilizados 80% de 132 que equivalem a 106contribuições.
Por se tratar de aposentadoria por idade, sobre a média calculada, 
aplicar-se-á 85%, ou seja, 70% mais 1% para cada grupo de 12 contribuições 
até o limite máximo de 30% (inciso III do art. 39 do Decreto 3048/1999). 
Supondo-se que as 106 contribuições, corrigidas mês a mês até o 
momento do cálculo, ou seja, até o mês anterior ao do requerimento, 
somaram R$371.056,10.
Acordo Brasil/Japão
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Instituto Nacional do Seguro Social
Portanto, o valor teórico será alcançado através da seguinte fórmula:
Prestação teórica – RMI (2)= 371.056,10 *0,85 = 2.975,45
 106
 
Prestação proporcional RMI (1) = RMI (2) x TS = 2.975,45 * 11 = 2.181,99
(valor do benefício a ser pago) TT 15 
Onde:
RMI (1) = prestação proporcional
RMI (2) = prestação teórica
TS = tempo de serviço no Brasil
TT = totalidade dos períodos de seguro cumpridos em ambos os países (observado o limite máximo, 
conforme legislação vigente).
IV - Portanto, a prestação proporcional – RMI (1) – ou “valor inicial do benefício” 
a ser pago pelo Brasil será de R$2.181,99.
 
Nota. Cabe observar que o valor do benefício concedido por totalização 
poderá ser inferior ao salário mínimo vigente no Brasil conforme § 1º do art. 
35 do Decreto 3048/1999.
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Acordo Brasil/Japão Instituto Nacional do Seguro Social
7. Deslocamento
O Certificado de Deslocamento Temporário será fornecido ao trabalhador da 
empresa pública, vinculada ao Regime de Previdência do País acordante, ou 
privada, quando deslocado a serviço, mediante solicitação do empregador, 
visando à dispensa de filiação e/ou isenção de contribuição deste segurado 
no País acordante de destino, a fim de que o mesmo permaneça sujeito à 
legislação previdenciária do País acordante de origem.
7.1. Onde requerer?
Diretamente na APSAI São Paulo, situada na Rua Santa Cruz, nº 747, 1º 
subsolo, Vila Mariana, São Paulo – SP, ou na Agência da Previdência Social de 
sua jurisdição, caso se encontre em outra localidade.
7.2. Quem tem direito?
O empregado;
O trabalhador por conta própria;
O servidor público.
7.3. Qual o prazo para o deslocamento inicial?
O prazo inicial será de até 5 (cinco) anos.
7.4. Há previsão para prorrogação?
Sim, há previsão, desde que acordado entre as autoridades competentes ou 
instituições competentes de ambos os Estados contratantes, em circunstâncias 
especiais, por um período não superior a até 3 (três) anos. 
Acordo Brasil/Japão
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Instituto Nacional do Seguro Social
7.5. Após o deslocamento inicial acrescido da prorrogação, desde que 
acordada entre as partes, há fixação de período obrigatório de “interstício” 
para solicitação de novo deslocamento?
Sim, há fixação do período mínimo de 1 (um) ano decorrido desde o término 
do deslocamento anterior.
8. Disposições transitórias
I – Na implementação do Acordo Internacional Brasil/Japão serão também 
levados em consideração os períodos de cobertura completados sob a 
legislação previdenciária dos dois Países acordantes, bem como outros 
eventos legalmente pertinentes, ocorridos antes de sua entrada em vigor, 
conforme disposto no artigo 26, inciso 2 do texto deste Acordo.
Exemplo. O segurado que possui tempo de contribuição no Brasil e/ou no 
Japão, anterior à entrada em vigor do Acordo, poderá utilizar esse período 
de cobertura para fins de solicitação de benefícios nos dois Países acordantes.
II – Os deslocamentos de segurados em andamento, ocorridos antes da entrada 
em vigor do Acordo Internacional Brasil/Japão, poderão ser solicitados 
diretamente na Agência da Previdência Social de Atendimento ao Acordo 
Internacional – APSAI São Paulo ou na APS da jurisdição do empregador ou 
segurado, caso estejam em outras localidades. Neste caso, a APS escolhida 
encaminhará o requerimento à APSAI São Paulo.
Acordo Brasil/Japão
2012

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