Assistência de enfermagem a afecções respiratórias 1 saude do adulto

Prévia do material em texto

Web aula- saúde do adulto 
Unidade ensino 2 
Seção1 
Assistência de enfermagem a afecções respiratórias 1 
Os pacientes com distúrbios do trato respiratório inferior necessitam de cuidados 
prestados com habilidade e de avaliação criteriosa e cuidadosa que compreenda o 
impacto do distúrbio em questão sobre a qualidade de vida e a sua capacidade de 
realizar as atividades habituais de vida diária. 
Pneumonia : 
É uma inflamação do parênquima pulmonar causada por diversos 
microrganismos, incluindo bactérias, microbactérias, fungos e vírus. As 
pneumonias são classificadas em pneumonia adquirida na comunidade (PAC), 
pneumonia adquirida no hospital (PAH), pneumonia no hospedeiro 
imunocomprometido e pneumonia por aspiração. 
O termo broncopneumonia é utilizado para descrever a pneumonia distribuída de 
maneira focal, que tem sua origem em uma ou mais áreas localizadas dentro dos 
brônquios e que se estende para o parênquima pulmonar circundante. Quando uma 
parte substancial dos lobos é comprometida, a doença é designada como 
pneumonia lobar. 
fatores de risco: 
Os fatores de risco para desenvolvimento de pneumonia são insuficiência 
cardíaca, diabetes, alcoolismo, câncer, doenças neurológicas, distúrbios renais, 
hepáticos, em resumo, doenças crônicas, e quando o paciente se apresenta 
imunocomprometido. 
sinais e sintomas: 
Os sinais e sintomas mais comuns são calafrios, febre, dor torácica (pleurítica), 
dispneia, taquidispneia, utilização de músculos acessórios, tosse, expectoração, 
ansiedade e confusão mental. No exame físico, pode-se destacar a expansibilidade 
diminuída, murmúrios vesiculares diminuídos e presença de ruídos adventícios, 
como estertores e roncos. 
 
Diagnósticos: 
Os métodos diagnósticos utilizados neste caso seriam raio-X de tórax, exames 
laboratoriais (hemograma), hemocultura, cultura de escarro ou secreção traqueal, 
gasometria arterial, proteína C reativa. 
Tratamento: 
O tratamento consiste em hidratação, antibioticoterapia, oxigenoterapia. A vacina 
proporciona uma prevenção específica contra pneumonia pneumocócica e outras 
infecções causadas por S. pneumoniae. 
Complicações: 
As complicações da pneumonia podem ser derrame pleural, síndrome da angústia 
respiratória, atelectasia, choque séptico, abscesso pulmonar. 
 
 
 
Derrame pleural: 
O derrame pleural é uma coleção de líquido no espaço pleural, e raramente 
constitui um processo patológico primário, é habitualmente secundário a outras 
doenças. Pode ser proveniente de: 
 
Os tipos de líquido pleural podem ser: transudato ou exsudato. Explore a galeria 
e saiba mais sobre o derrame pleural: 
As manifestações clínicas apresentadas no derrame pleural são dor torácica 
ventilatório-dependente; tosse, dispneia, sinais de choque; ao exame físico, 
atentamos para a diminuição da expansibilidade, diminuição de frêmito 
toracovocal, macicez à percussão, diminuição ou abolição do murmúrio vesicular 
(MV), atrito pleural, desvio de traqueia. 
Os achados diagnósticos podem ser pelo raio-X de tórax, tomografia de tórax, 
ultrassonografia de tórax toracocentese. 
O tratamento é baseado na causa primária para evitar o reacúmulo de líquido, 
aliviar o desconforto respiratório e a dispneia. A toracocentese guiada por 
ultrassonografia pode ser utilizada para remoção do líquido em pequenas 
quantidades, para volume elevado é indicado drenagem de tórax. A pleurodese 
química por substância esclerosante (talcagem) é utilizada em derrame 
neoplásico, o que evita o reacúmulo de líquido, facilitando a obliteração do espaço 
pleural pela formação de aderências entre as pleuras visceral e parietal (sínfise 
pleural). Outro tratamento para derrame pleural pode ser a pleurectomia cirúrgica 
(retirada da pleura). 
Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) 
A doença pulmonar obstrutiva crônica é passível de prevenção e tratamento, 
mas tem alguns efeitos extrapulmonares significativos, que podem contribuir para 
a gravidade em cada paciente. Seu componente pulmonar caracteriza-se por uma 
limitação do fluxo de ar, ela é habitualmente progressiva e está associada à 
resposta inflamatória do pulmão a partículas ou gases nocivos. 
É uma doença de interação genética e ambiental (fumo, poluição do ar, exposição 
ocupacional). O tabagismo é a principal causa do desenvolvimento da doença, e 
são muito relevantes a atuação do enfermeiro no processo de prevenção e a 
aderência ao programa nacional de controle ao tabagismo. 
 
As condições que afetam o trato respiratório inferior incluem desde problemas 
agudos até distúrbios crônicos; muitos desses distúrbios são graves e, com 
frequência, potencialmente fatais. Por isso a importância de cuidados prestados 
com habilidades e avaliação criteriosa.