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Práticas de Leitura, Produção e Interpretação de Textos
Profª. Marília Magri
mmagri@unaerp.br
Texto jornalístico
Gêneros informativos: Nota, notícia, reportagem, entrevista, título, chamada, etc.
Gêneros opinativos: editorial, comentário, artigo, resenha ou crítica, coluna, carta, crônica.
ARGUMENTAÇÃO E PERSUASÃO
	TEXTO:
	-constitutivamente tem orientação argumentativa porque advém de uma prática humana.
	- tipologia argumentativa.
	“toda linguagem é ideológica porque, ao refletir a realidade, ela necessariamente a refrata.”
	(L. Santaella)	
TODO ATO COMUNICATIVO ENVOLVE PERSUASÃO.
“Protestos em resposta ao massacre do Paraná acontecem nesta terça-feira.” (Revista Fórum)
“Professores da UEL aprovam greve de três dias contra o massacre do Centro Cívico.” (Jornal de Londrina)
MASSACRE X CONFRONTO
Argumentar...
	Defender uma ideia com o objetivo de fazer com que o outro aceite a tese apresentada como a mais justa, mais acertada, mais equilibrada e mais pertinente.
	- Gerenciamento de razão e emoção.
	- Argumentar: discutir (luta verbal) → expor pontos de vista acerca das coisas. 
	- Argumentação como atividade dialética: pressupõe ação do interlocutor no confronto de pontos de vista.
	
OUTRO
Argumentação e auditório:
	- individual;
	- particular;
	- geral.
	
	“Auditório é o conjunto de todos aqueles que o orador quer influenciar pela sua argumentação.” (Perelman)
	- qual a importância da noção de auditório para a modulação dos argumentos?
	-gêneros textuais e argumentação.
Argumentação:
	-dirige-se a um auditório;
	- não se assenta em axiomas (tudo está em discussão).
	- depende do contexto comunicativo.
	- objetiva comover e/ou convencer.
Argumentar visa sempre:
						
					 PERSUADIR (comover)
ARGUMENTAR
						
						
					 CONVENCER	
Argumentação Persuasiva:
	“Com” + “movere”
	Objetivo: adesão emocional do auditório às teses propostas.
	Depende das circunstâncias do contexto comunicativo.
	Dirige-se a um auditório particular e pressupõe externalização de ação.
	
Argumentação Convincente:
	“Com” + “movere”
	Objetiva a adesão racional do auditório às teses propostas.
	Previlegia a discussão de ideias e relativiza a importância do contexto comunicativo.
	Dirige-se a um auditório universal: a Razão Humana (enquanto faculdade universal). 
	
	A Retórica e o desprestígio da argumentação:
	Utilizada pelos sofistas para persuadir, muitas vezes com base em argumentos não válidos.
	Argumentar = manipular.
	Argumentação ≠ Oratória:
	Método para falar bem em público.
	- componente da arte retórica.
	Como a oratória pode também ser considerada procedimento de ordem argumentativa?
	Argumentos podem ser manifestos nas mais diversas linguagens:
Argumentos X Falácias
	“conjunto de afirmações encadeadas de tal forma que se permita uma conclusão de ordem lógica.”
	Ex: o aborto não pode ser considerado ato de liberdade da mulher porque a liberdade individual existe até o limite da liberdade do outro.
	“Chamamos falácia qualquer argumento logicamente inconsistente, sem fundamento, inválido ou falho na capacidade de provar eficazmente o que alega.”
	Ex: o produto X é bom porque é usado pela maioria.
	Relações lógicas equivocadas.
Tipos de argumentos
	1. por autoridade: argumentação se sustenta na citação de uma fonte confiável.
	- fala de especialista;
	- dado de instituição de pesquisa;
	- frase célebre de líder, pensador, artista, etc.
	Transpõe a credibilidade do outro ao meu discurso.
	2. por prova concreta ou princípio:
	 informações extraídas da realidades, tais quais dados estatísticos ou fatos notórios (de domínio público).
	“Segundo estimativas da ONU, cerca de 60% dos empregos dos países em desenvolvimento está enquadrado no chamado setor informal da economia.” (Portal Terra, 18/04/2011)
	“São expedientes bem eficientes, pois, diante de fatos, não há o que questionar...
	No caso do Brasil, homicídios estão assumindo uma dimensão terrivelmente grave. De acordo com os mais recentes dados divulgados pelo IBGE, sua taxa mais que dobrou ao longo dos últimos 20 anos, tendo chegado à absurda cifra anual de 27 por mil habitantes. Entre homens jovens (de 15 a 24 anos), o índice sobe a incríveis 95,6 por mil habitantes.” (Folha de S. Paulo. 14/04/2004)
	3. por exemplificação ou ilustração:
	- relato de um fato (real ou fictício)
	- muito utilizado quando argumenta-se em favor de teses de caráter teórico e que carecem de esclarecimentos com dados mais concretos.
		“A condescendência com que os brasileiros têm convivido com a corrupção não é propriamente algo que fale bem de nosso caráter. Conviver e condescender com a corrupção não é, contudo, praticá-la, como queria um líder empresarial que assegurava sermos todos corruptos.
		Somos mesmo?
		Um rápido olhar sobre nossas práticas cotidianas registra a amplitude e a profundidade da corrupção, em várias intensidades.
		Há a pequena corrupção, cotidiana e muito difundida. É, por exemplo, a da secretária da repartição pública que engorda seu salário datilografando trabalhos “para fora”, utilizando máquina, papel e tempo que deveriam servir à instituição. Os chefes justificam esses pequenos desvios com a alegação de que os salários públicos são baixos. Assim, estabelece-se um pacto: o chefe não luta por melhores salários de seus funcionários, enquanto estes, por sua vez, não “funcionam”. O outro exemplo é o do policial que entra na padaria do bairro em que faz ronda e toma de graça um café com coxinha. Em troca, garante proteção extra ao estabelecimento comercial, o que inclui, eventualmente, a liquidação física de algum ladrão pé-de-chinelo.” 
	
	(Pinksky, J.; Eluf. N. L. Brasileiro(a) é Assim Mesmo)
	4. argumentação por causa e consequência:
	- exposição de motivos e seus respectivos efeitos.
	- fundamentação de pontos de vista na produção de textos dissertativos.
	
	5. por analogia:
	- busca-se a comparação por meio de semelhanças entre duas entidades.
	-dois elementos possuem uma propriedade comum X pois sabemos que estas partilham outras propriedades.
	1. X é F.
	2. Uma entidade X tem semelhanças a, b, c... com a entidade Y.
	3. Y é F.
	"Tal como os canários são essenciais para detectar situações de perigo na exploração das minas, a diminuição do gelo no ártico é fundamental para detectar situações de perigo em relação ao clima.“
	(http://www.pensamentocritico.com/index.php?option=com_content&task=view&id=62&Itemid=34)
	“Ontem, em Roma, Adam Nordwell, o chefe índio da tribo Chippewa, protagonizou uma reviravolta interessante. Ao descer do avião, proveniente da Califórnia, vestido com todo o esplendor tribal, Nordwell anunciou, em nome do povo índio americano, que tomava posse da Itália "por direito de descoberta", tal como Cristóvão Colombo fizera quando chegara à América. "Proclamo este o dia da descoberta da Itália.", disse Nordwell. "Que direito tinha Colombo de descobrir a América quando esta já era habitada pelo seu povo há milhares de anos? O mesmo direito tenho eu agora de vir à Itália proclamar a descoberta do vosso país.”
	Miami News, 1973.
Para pensarmos juntos...
Silogismos???
	Todo homem é mortal. 		P Maior
	João é homem. P Menor
	Logo, João é mortal. Conclusão
	Teoria básica de inferência: silogismo aristotélico
	P Maior generalizante.
	P Menor individualizante.
Inferência...
‘
	Consideramos que todos os atos reprimidos socialmente devem ser criminalizados como forma de contenção da liberdade individual em detrimento da vida em sociedade. O uso de drogas como o cigarro ou o álcool são expressões de liberdade individual, mas prejudicam ao outro. Tais práticas devem, portanto, ser criminalizadas.
	Todo metal conduz eletricidade e, sendo o ferro um metal, funciona como bom elemento condutor.
	Todo silogismo conduz a conclusões válidas?
Umapartamento barato é raro.
Tudo o que é raro é caro.
Um apartamento barato é caro.

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