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SENAC / LIMEIRA Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial. PEDRINA VALDIRENE FAVARO BERTANHA UC7 PROJETO INTEGRADOR ASSISTENTE DE PESSOAL LIMEIRA, 11 DE ABRIL DE 2018. PEDRINA VALDIRENE FAVARO BERTANHA APOIAR E EXECUTAR AÇÕES REFERENTES A ROTINAS DE ADMISSÃO E DEMISSÃO DE COLABORADORES; ACOMPANHAR E CONTROLAR A ENTREGA DE BENEFÍCIOS LEGAIS E ESPONTÂNEOS CONCEDIDOS PELA ORGANIZAÇÃO; AUXILIAR NA ELABORAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO. .... LIMEIRA, 11 DE ABRIL DE 2018. Projeto integrador apresentado ao Curso Técnico de Recursos Humanos do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, SENAC Limeira/SP, em cumprimento às exigências legais como requisito parcial à obtenção do título de Técnico de Departamento Pessoal. . Dedicatória A Minha Família, que nos momentos de minha ausência dedicados ao estudo, sempre fizeram entender que o futuro, é feito a partir da constante dedicação no presente. Agradecimentos Agradeço primeiramente a Deus, pela oportunidade de estudar em uma escola qualificada. Aos meus pais, pelos meus princípios e valores. Ao meu esposo Edson, pelo incentivo. A meus professores, por amar a Deus e acreditar que sempre é tempo de aprender e ampliar os horizontes. Epígrafe “Aqueles que dizem que não dá para fazer devem sair da frente daqueles que estão fazendo” (Joel Barker) LISTAS DE TERMOS, ABREVIATURAS E SIGLAS DP – Departamento Pessoal; RH – Recursos Humanos; DHO - Departamento de Desenvolvimento Humano Organizacional; CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas; CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social; ASO - Atestado de Saúde Ocupacional; INSS - Instituto Nacional do Seguro Social IRRF – Imposto de renda retino na fonte FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço; DRS - Descanso Semanal Remunerado ACI - Aplicativo do CAGED Informatizado; CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados CIPA - Comissão interna de prevenção de acidentes; PCMSO - Programa de controle médico de saúde ocupacional; PPP - Perfil profissiográfico previdenciário; LTCAT - Laudo técnico das condições do ambiente de trabalho SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais PGR - Programa de Gerenciamento de Riscos PCMAT - Programa de Condições e meio Ambiente de Trabalho GFIP - Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência SEFIP – Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social ( UM APLICATIVO) GPS - GUIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL STOCK OPTIONS - programa de compra de ações; EVA - valor econômico agregado; PLR - programa de participação nos lucros ou resultados; MOOP - Movimentação de Produtos Perigosos OAB – Ordem dos advogados do Brasil CREA - Conselho Regional de Engenharia e Agronomia TRCT – Termo de rescisão de contrato de trabalho; AP – Aviso Prévio; CD - Comunicação da Dispensa; TURNOVER - é a rotatividade de pessoal de uma organização; ABSENTEÍSMO - Ausência ao trabalho; CARGO DE HEADHUNTER - é um profissional responsável por procurar os melhores profissionais do mercado das mais diversas áreas; MODELO POR MEIO DA 'COLMEIA' – que aplica os cinco subsistemas distintos;. SUBSISTEMAS DISTINTOS - São eles nesta ordem: Provisão de Recursos Humanos; Aplicação; Manutenção; Desenvolvimento e Monitoração de Pessoas; HEADCOUNT - Termo corporativo refere-se ao número de pessoas que trabalham em determinada equipe ou empresa; RESUMO Ter uma empresa é um verdadeiro desafio. Fazer a gestão dos colaboradores, controlar sua frequência, arquivar toda a documentação e garantir que as normas trabalhistas estão sendo cumpridas, não são fáceis. Para cuidar disso tudo, existe o Departamento Pessoal, setor que realiza a administração da mão-de-obra do negócio. Ele é fundamental para garantir a qualidade dos processos e para manter a organização dos registros dos profissionais no empreendimento. O departamento pessoal dentro das medias e grandes empresa, pois o mesmo vai assessorar o departamento de contabilidade, desempenhando os principais papeis burocráticos da organização, como admissão e registros dos empregados, contabilizando suas devidas remuneração, tanto salarial quanto rescisória, entre outros, além de gerenciar todas as documentações devidas do empregado quanto da organização, assim se resguardando de possíveis ações trabalhista ou ate mesmo atuações dor órgãos fiscalizadores. Palavras-chave: Admissão, benefícios, folha de pagamento e Rescisão de contrato. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO......................................................................................10 2. OBJETIVO GERAL...............................................................................11 3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS.................................................................12 4. JUSTIFICATIVA....................................................................................51 5. ESTUDO DE CASO..............................................................................52 6. PESQUISAS APONTAM PARA O AVISO PRÉVIO INDENIZADO......56 7. COMO LIDAR COM COLABORADORES EM AVISO PRÉVIO...........60 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................61 9. ANEXO 1 ..............................................................................................62 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................66 10 1. INTRODUÇÃO O presente estudo teve como objetivo principal mostrar as rotinas de trabalho no D.P, suas respectivas funções, e ainda, evidenciar a as obrigações e relações trabalhistas entre empregado e empregador. Salientou-se também a importância do Aviso Prévio Indenizado, o que vale mais a pena para a empresa. Para tanto, foi necessário analisar toda uma pesquisa, desde as opiniões neutras dos seguintes profissionais da área de Analista contábil, financeiros, DP, RS e Psicólogos, algumas definições das principais atividades desempenhadas dentro do departamento. Como procedimento utilizou-se a pesquisa no assunto, para dar um parecer completo e os benefícios econômicos que trará para empresa. Foi realizado um estudo de caso em quatro empresas, baseado em analises, para colaborar com a pesquisa, sendo que, duasdelas foram descartadas, pois atuam dentro da lei. 11 2. OBJETIVO GERAL Partes das atividades do departamento pessoal atual, data de épocas bem remotas, desde quando a humanidade inventou o trabalho, já se registrava atividades de admissão e demissão de pessoal. A partir da Revolução de 1930, o governo provisório instituiu o decreto nº 19.398, de 11/11/1930, trazendo várias medidas de proteção ao trabalhador: Regularização da Sindicalização; Critérios de concessão de férias; Carteira de trabalho, etc. DEPARTAMENTO PESSOA É CONSTITUÍDO DE TRÊS SETORES: Admissão de Pessoal; Manutenção de Pessoal; Desligamento de pessoal. No departamento de pessoal tem que seguir todas as leis definidas na CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) Os funcionários pertencem a uma classe de categoria que chama-se Sindicato. O sindicato determina o piso salarial dessa categoria, (a data do reajuste salarial dá-se o nome de data-base), para isto tem que haver negociação. Não é só o funcionário que possui sindicato, as empresas também possuem um sindicado de categoria, chamado Sindicato Patronal. O sindicato patronal é que faz acordo com o sindicato da categoria, o que chamamos de acordo coletivo, e na época da data-base vão discutir o reajuste salarial, isso se chama convenção coletiva. Se ambas as partes não chegarem a um acordo, a justiça então decide, sendo nesse caso a sua sentença chamada de dissídio, que é um acordo coletivo dado na lei. 12 3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONCEITO DE ADMISSÃO: ATO DE ADMITIR, RECEBER. Conceito de Admitir: aceitar, dar entrada a, permitir, aprovar, tolerar, consentir e concordar. Para ser formalizada a admissão do empregado a empresa deverá solicitar ao trabalhador a apresentação de alguns documentos que terá como finalidade, além da sua identificação, possibilitar o correto desempenho das obrigações trabalhistas, não só em relação ao próprio trabalhador, mas também nas relações da empresa com a fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. RELAÇÃO DE EMPREGO É o vínculo de obrigações existente entre o trabalhador e o empregador. O que caracteriza a relação de emprego é a dependência em que o trabalhador diante ao empregador. Esse vínculo de dependência ou subordinação distingue a relação de emprego de outras relações de trabalho. Na relação de emprego, é necessário proteger o trabalhador com uma superioridade jurídica a fim de compensar sua inferioridade econômica em relação ao empregador. DOCUMENTOS NECESSÁRIOS À ADMISSÃO Segue, abaixo a relação dos documentos necessários para a admissão do empregado: 1. Xerox da Carteira Profissional. 2. Xerox do Cadastro do PIS . 3. Xerox do R.G. 4. Xerox do C.P.F. (se não tiver providenciar o do responsável ). 5. 1 foto recente 3x4. 6. Xerox da Certidão de Nascimento ou Casamento . 7. Exame médico Admissional ( validade de 1 ano ). 13 8. Xerox do comprovante de residência. 9. Xerox do Título de Eleitor. 10. Xerox da Certidão de Reservista (sexo masculino). 15. Xerox da Certidão de Nascimento dos filhos menores de 14 anos. 16. Xerox da Caderneta de Vacinação para filhos menores de 7 anos (todo ano). 17. Comprovante de escolaridade de seis em seis meses, sendo esses Maio e Novembro para filhos maiores de 07 anos e menores de 14 anos. 18. Quando MOTORISTA xerox da Carteira de Habilitação. 19. Xerox do histórico escolar, para comprovação do grau de instrução. 20. Contrato de experiência, acordo de compensação de horas quando houver, opção de vale transporte, opção de FGTS, ficha de salário família quando houver filhos, declaração de dependentes para IR(caso tenha). 21. Decisão Judicial para desconto pensão alimentícia (quando houver). 22. Carteira de identidade de estrangeiro, em modelo único, instituído pela Portaria MJ nº 559, de 01/12/86, se for o caso. CARTEIRA DE HABILITAÇÃO PROFISSIONAL EXPEDIDA PELOS ÓRGÃOS DE CLASSE, TAIS COMO: MOPP - Movimentação e Operação de Produtos Perigosos - na admissão de motoristas CNH – Carteira Nacional de Habilitação OAB - na admissão de empregado advogado; CREA - na admissão de empregado engenheiro. Ao contratar-se professor para exercer magistério, que é uma profissão regulamentada, este deverá possuir habilitações legais, que é o registro do professor expedido pelo Ministério da Educação e o registro especial no Ministério do Trabalho. Para os artistas, deve ser exigido atestado liberatório. Trata-se de um documento em que o empregador anterior declare que os contratos de trabalho que mantinha com o artista foram extinto regularmente. 14 OBS: TODA A XEROX DEVERÁ SER SIMPLES E NÃO AUTENTICADAS, CONFORME LEI 5553/68. Com toda documentão em mãos e o exame admissional, como a empresa que fiz o estudo de caso, enquanto não chegar o exame toxicológico que exige na admissão e demissão do motorista, não se pode registrar o colaborador. É de suma importância que, além dos documentos obrigatórios, se solicitem ao empregado outros documentos, acessórios, para a sua total identificação, bem como para o preenchimento do livro ou ficha de Registro de Empregado REGISTROS DOS EMPREGADOS Segundo a CLT todos os funcionários devem ser registrados, no prazo máximo de 48 horas após a admissão. A obrigatoriedade do registro deve ser observada em relação a todos os empregados, sejam eles urbanos, rurais, aposentados que retornam à atividade, menores de 18 anos de idade e maiores de 16, estrangeiros etc. Primeiramente precisa-se assinar a carteira do funcionário nas devidas paginas, sendo elas: Contrato de Trabalho: onde se devem preencher todas as linhas, até a assinatura do empregador. E em anotações gerais: onde se seve colocar o período de experiência do funcionário. Caso o funcionário tenha filhos menores de 14 anos devemos preencher a ficha de salário família. Cadastrar devidamente o funcionário no sistema da empresa, para que seja feito as rotinas obrigatórias. 15 CONTRATO DE TRABALHO Um contrato de trabalho é elaborado da seguinte forma: Contrato de experiência É um contrato de trabalho normal, porém com um período de vigência preestabelecido, sendo 90 (noventa) dias o período máximo previsto em lei, podendo haver somente uma prorrogação. 16 No primeiro exemplo, atingimos o máximo em vigência de contrato de experiência 90 (noventa) dias, com uma prorrogação. No segundo exemplo, não atingimos o máximo de vigência de contrato de experiência, mas, como é permitida somente uma prorrogação, o prazo máximo , neste caso, é de 60 (sessenta) dias. Contrato por prazo indeterminado É um contrato normal, em que não existe período de vigência preestabelecido. Normalmente, quando acaba a vigência do contrato de experiência, não havendo a dispensa por parte do empregador, nem o desejo de ser dispensado por parte do empregado, entrasse no período de contrato por tempo indeterminado. Seção IV Das Anotações Art. 29. A Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qualterá o prazo de quarenta e oito horas para nela anotar, especificamente, a d ata de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, sendo facultada a adoção de sistema manual, mecânico 17 ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho. § 1º As anotações concernentes à remuneração devem especificar o salário, qualquer que seja sua forma e pagamento, seja ele em dinheiro ou em utilidades, bem como a estimativa da gorjeta. § 2º As anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social serão feitas: a. Na data-base; b. A qualquer tempo, por solicitação do trabalhador; c. No caso de rescisão contratual; ou d. Necessidade de comprovação perante a Previdência Social. § 3º A falta de cumprimento pelo empregador do disposto neste artigo acarretará a lavratura do auto de infração, pelo Fiscal d o Trabalho, que deverá, de ofício, comunicar a falta de anotação ao órgão competente, para o fim de instaurar o processo de anotação. Depois de contratado, o e passado o período inicial de experiência, o empregado passa a gozar de estabilidade, conforme consta na Legis lação: 18 Capítulo VII DA ESTABILIDADE Art. 492. (Revogado pe la Constituição, art. 7º, III.) Art. 493. Constitui falta grave a prática de qualquer dos fatos a que se refere o art. 482, quando por sua repetição ou natureza representem séria violação dos deveres e obrigações do empregado. Art. 494. O empregado acusado de falta grave poderá ser sus penso de suas funções, mas a sua despedida só se tornará efetiva após o inquérito e que se verifique a procedência da acusação . Parágrafo único. A suspensão, no caso deste artigo, perdurará até a decisão final do processo. Art. 495. Reconhecida a inexistência de falta grave praticada pelo empregado, fica o empregador obrigado a readmiti-lo no serviço e a pagar -lhe os salários a que teria direito no período da suspensão. Art. 496. Quando a reintegração do empregado estável for desaconselhável, dado o grau de incompatibilidade resultante do dissídio, especialmente quando for o empregador pessoa física, o tribunal do trabalho poderá converter aquela obrigação em indenização devida nos termos do artigo seguinte. Art. 497. Extinguindo-se a empresa, sem a ocorrência de motivo de força maior, ao empregado estável despedido é garantida a indenização por rescisão do contrato por prazo indeterminado, paga em dobro. Art. 498. Em caso de fechamento do estabelecimento, filial ou agência, ou supressão necessária de atividade, sem ocorrência de motivo de força maior, é assegurado aos empregados estáveis, que ali exerçam suas funções, direi to à indenização, na forma do artigo anterior. Art. 499. Não ha verá instabilidade no exercício dos cargos de diretoria, gerência ou outros de confiança imediata do empregador, ressalvado o cômputo do te mpo de serviço para todos os efeitos legais. § lº. Ao empregado garantido pela estabilidade e que deixar de exercer cargo de confiança, é assegurada, salvo n o caso de falta grave, a reversão ao cargo efetivo que haja anteriormente ocupado. 19 § 2º. Ao empregado despedido se m justa causa, que só tenha exercido cargo de confiança e que contar mais de 10 (dez) anos de serviço na mesma empresa, é garantida a indenização proporcional ao tempo d e serviço nos termos dos arts. 477 e 478. § 3º. A despedida que se verificar com o fim de obstar ao empregado a aquisição de estabilidade sujeitará o empregador a pagamento em dobro da indenização prescrita nos arts. 477 e 478. Art. 500. O pedido de demissão do empregado estável só será válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato e, se não o houver, perante autoridade local competente do Ministério do Trabalho ou da Justiça do Trabalho. LIVRO OU FICHA DE REGISTRO DE EMPREGADOS Tanto o livro como a ficha têm a finalidade de identificar o empregado, inclusive com foto, constando, ainda, data de admissão, função, salário, forma de pagamento, etc. Deve-se usar o livro quando houver número reduz ido de empregados. EXIGÊNCIAS LEGAIS LIVRO DE INSPEÇÃO DO TRABALHO As empresas suje itas à inspeção do trabalho são obrigadas a possuir livro denominado “Inspeção do Trabalho”, a fim de que nele seja registrada, pelo agente d e inspeção, sua visita ao estabelecimento, declarando a data e a hora do início e término desta, assim como o resultado da inspeção. No livro serão registradas, ainda, se for o caso, todas as irregularidades verificadas e as exigências feitas, com os respectivos praz os para atendimento. Devem ser anotados, também, pelo agente da inspeção, de modo legível, os elementos de sua identificação funcional. Havendo mais de um estabelecimento, filial ou sucursal, as empresas deverão possuir tantos livros quantos forem esses estabelecimentos, devendo permanecer cada livro no estabelecimento respectivo, vedada sua 20 centralização. As empresas atualmente estão dispensadas do registro do livro nas Delegacias Regionais do Trabalho. As microempresas encontram-se desobrigados da manutenção do livro “Inspeção do Trabalho”. QUADRO DE HORÁRIO DE TRABALHO O quadro de horário de trabalho é obrigatório, podendo a empresa optar pelo modelo simplificado, devendo afixá-lo em local bem visível. Com relação aos empregados menores (de 14 a 18 anos), a empresa deve relacioná-los em quadro de horário especial, adquirido em papelarias especializadas (Quadro de Horário de Trabalho de Menores). O Quadro de Horário de Trabalho simplificado foi criado pela Portaria MTB nº 3.088, de 28 de abril de 1980, podendo se r utilizado pelas empresas cujos empregados da mesma seção ou turma obedeçam a horário único. As microempresas estão dispensadas de afixar o Quadro de Horário de Trabalho. LIVRO OU RELÓGIO-PONTO Para estabelecimento com mais de 10 (dez) empregados, é obrigatória a marcação do “Ponto”, com a anotação da hora de entrada e saída, devendo ser assinalados os intervalos para repouso. A marcação do ponto pode ser feita em registros mecânicos ou eletrônicos, isto é, mediante relógio de ponto, ou manuscrita em livro ou cartão-ponto. Tratando-se de empregados que executam seu trabalho externamente, o horário constará de ficha ou papeleta em seu poder. O cartão-ponto é individual, perfeitamente identificado em seu anverso, podendo substituir a obrigatoriedade do Quadro de Horário de Trabalho. Para o registro eletrônico, utiliza-se o próprio crachá (com sistema magnetizado) identificador do empregado. CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS – CAGED Cumprindo as determinações da Lei 4.923-65, os estabelecimentos que registrarem movimento de empregados (admissão e desligamento) deverão informar ao Ministério do Trabalho, até o dia 07 (sete) do mês seguinte, os 21 movimentos havidos. Para cumprir a exigência, envia-se o arquivo com os movimentos, por meio da Internet, utilizando-se o ACI (Aplicativo do CAGED Informatizado), disponível na página www.mte.gov.br. CIPA (COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES) As empresas privadas e públicas e os órgãos governamentais que possuam empregados regidos pela CLT ficam obrigados a organizar e manter em funcionamento, por estabelecimento, uma Comissão Interna d e Prevenção de Acidentes – CIPA. O objetivo daCIPA é observar e relatar condições de risco nos ambientes de trabalho e solicitar medidas para reduzir, até e liminar, os riscos existentes. A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, de forma paritária. Os representantes dos empregados serão eleitos por seus pares , para um mandato de um ano, juntamente com os suplentes. A composição da CIPA segue quadro específico de acordo com o número de empregados da empresa e seu grau d e risco de acidentes. PCMSO (PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL) De acordo com a NR-7 (Norma Regulamentadora número sete) do Ministério do Trabalho, as empresas deverão manter o PCMSO, que deverá ser elaborado e coordenado por médico do trabalho. Durante o seu desenvolvimento, o PCMSO tem por objetivo: “A prevenção e preservação da saúde do conjunto dos trabalhadores da empresa”. Visando a atingir seus objetivos, todos os empregados deverão realizar, obrigatoriamente, os seguintes exames médicos: admissional; revisional; demissional; de retorno ao trabalho; de mudança de função. PPP (PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO) Foi instituído o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), para todas as empresas, independente do número de empregados, que contemplará, 22 inclusive, informações pertinentes à concessão de aposentadoria especial e aos formulários antigos SB-40, Dises 5235, D SS-8030, os quais deixaram de ter eficácia a partir de 1º de julho de 2003, res salvado o disposto a seguir. Os formulários artigos SB-40, Dises 5235, DSS-803 0, emitidos à época em que o segurado exerceu atividade, deverão ser aceitos, exceto no caso de dúvida justificada quanto à sua autenticidade. Portanto, a partir de 1º de novembro de 2003, o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) é obrigatório para todas as empresas. O Perfil Profissiográfico Previdenciário é o documento histórico-laboral do trabalhador que presta serviço à empresa, destinado a prestar ao INSS informações relativas a efetiva exposição a agentes nocivos que, entre outros, registra dado s administrativos, atividades desenvolvidas, registros ambientais com base no LTCAT e resultados de monitorizarão biológica com base no PCMSO (NR-7) e PPRA (NR-9). O PPP respalda ocorrências e movimentações em GFIP, sendo elaborado pela empresa empregadora, pelo Órgão Gestor de Mão-de-obra (OGMO), no caso do Trabalhador Portuário Avulso (TPA) ou pelo respectivo sindicato da categoria, no caso de trabalhado avulso não-portuário. O sindicato de categoria ou Órgão Gestor de Mão-de-Obra estão autorizados a preencher o formulário Dirben-8030 ou o PP somente para trabalhadores avulsos a eles vinculados. O PPP deve ser elaborado pela empresa com base no LTCAT e assinado pelo representante legal da empresa ou seu preposto, indicando o nome d o médico do trabalho e do engenheiro de segurança d o trabalho, em conformidade c om o direcionamento do SESMT. O PPP deve ser mantido atualizado magneticamente ou por meio físico com a seguinte periodicidade: - anualmente, na mesma época em que s e apresentar os resultados da análise global do desenvolvimento do PPRA, do PGR, do PCMAT e do PCMSO; - nos casos de alteração de layout da empresa com alterações de exposições de agentes nocivos, mesmo que o código da GFIP/Sefip não se altere. O PPP deverá ser emitido obrigatoriamente por meio físico nas seguintes situações: 23 - por ocasião do encerramento de contrato de trabalho, em duas vias, com fornecimento de uma das vias para o empregado mediante recibo; - para fins de requerimento de reconhecimento de períodos laborados em condições especiais; - para fins de concessão de benefícios por incapacidade, a partir de 1º-11-200 3, quando solicitado pela Perícia Médica do INSS. A comprovação do exercício de atividade especial será feita pelo PPP emitido pela empresa, com base em laudo técnico de condições ambientais de trabalho, expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança, conforme anexo XV, ou alternativamente, até 30 de junho de 2003. OS BENEFÍCIOS Os benefícios atingem dois objetivos: o da organização e o das pessoas. Os objetivos das organizações são competitivos no mercado de trabalho, melhorar a qualidade de vida dos empregados, melhorar o clima organizacional, reduzir a rotatividade de pessoal e o absenteísmo, facilitar a atração e manutenção dos recursos humanos e aumentar produtividade em geral. Para as pessoas os benefícios atingem principalmente o atendimento de suas necessidades intrínsecas e extrínsecas. Necessidades intrínsecas são as endógenas, que nascem e florescem no interior do indivíduo e são, em geral, de caráter psicológico. Por exemplo: necessidades sociais, de relacionamento, de status etc., e podem ser supridos pela organização graças às políticas sociais, valores culturais, práticas gerenciais e outras formas que privilegiem o atendimento desse tipo de necessidade de acordo com a tipicidade do ambiente, no momento vivido pela empresa e a intensidade das necessidades sentidas. Necessidades extrínsecas são as exógenas, que têm origem no mundo externo do indivíduo e que lhe fornecem, em geral, a satisfação de fatores físicos. Por exemplo: Incentivos financeiros, serviços, seguros etc. Essas necessidades são satisfeitas pelas empresas por meio de “pacotes” (conjunto de benefícios), que, somados ao salário percebido pelo empregado, formam 24 concretamente a sua remuneração. Os benefícios dão um grande suporte para que as pessoas consigam satisfazer também Segundo o Ministério do Trabalho Benefício para o Trabalhador significa: Melhoria de suas condições nutricionais e de qualidade de vida; Aumento de sua capacidade física; Aumento de resistência à fadiga; Aumento de resistência a doenças; Redução de riscos de acidentes de trabalho. Para Empresas: Aumento de produtividade; Maior integração entre trabalhador e empresa; Redução do absenteísmo (atrasos e faltas); Redução da rotatividade; Isenção de encargos sociais sobre o valor da alimentação fornecida; Incentivo fiscal (dedução de até quatro por cento no imposto de renda devido). Para o Governo Redução de despesas e investimentos na área da saúde; Crescimento da atividade econômica; Bem-estar social. Os Benefícios surgiram com a preocupação de reter o pessoal e reduzir a rotatividade, principalmente onde as condições eram adversas. Hoje, eles são discutidos por diversos aspectos quanto aos seus propósitos. Existe uma dificuldade muito grande em classificar os benefícios sociais A. QUANTO À SUA EXIGIBILIDADE LEGAL: - LEGAIS – Legislações trabalhistas ou previdenciárias e convenção coletiva entre sindicatos. Ex: férias, 13° salário, salário-família... - ESPONTÂNEOS – Não são exigidos por lei. Ex: refeições, empréstimos... 25 B. QUANTO À SUA NATUREZA: - MONETÁRIOS – Concedidos em dinheiro, geralmente na folha de pagamento e que geram encargos sociais. Ex: férias, 13° salário... - NÃO MONETÁRIOS: Serviços, vantagens ou facilidades. Ex: transporte, refeitório, clube... C. QUANTO AOS SEUS OBJETIVOS: - ASSISTENCIAIS – Prover aos funcionários e suas famílias de certas condições em caso de imprevistos ou emergências. Ex: Assistência médica, odontológicas, financeiras, creches.. - RECREATIVOS – Proporcionam condições físicas e psicológicas de repouso, diversão, recreação, higiene mental ou lazer.Ex: clube, música ambiente, passeios... TIPOS DE BENEFÍCIOS Os benefícios oferecidos pelas empresas podem ser subdivididos, segundo Marras (2003, p.139) em: BENEFÍCIOS COMPULSÓRIOS São aqueles que a empresa concede a seus empregados em atendimento às exigências da LEI ou de normas legais como acordos ou convenções coletivas de trabalho. DISSÍDIO OU ACORDO COLETIVO DE TRABALHO Os dissídios ou acordos ocorrem por ocasião das revisões sala riais da categoria a que pertencem os empregados. As revisões parte m da convenção entre empregador (sindicato patronal) e empregado (sindicato da classe). Havendo “acordo” entre as partes, este é formalizado e enviado ao Tribunal Regional do Trabalho, para homologação. Caso haja dissidência entre as partes (empregador e empregado), representadas pelos seus Sindicatos, isso 26 acarretará uma decisão judicial do Tribunal Regional do Trabalho, denominada “dissídio”. 13° salário Instituído pela Lei nº 4.090-62, complementada pela Lei nº 4.749-65, refere-se ao pagamento anual de 1/1 2 avos da remuneração devida em dezembro por mês de serviço do ano correspondente. A fração igual ou superior a quinze dias de trabalho dará direito 1 /12 avos. O pagamento do 13º deve rá ser efetuado da seguinte forma: 50% (cinquenta por cento), quando houver solicitação do empregado por escrito, no mês de janeiro, para ser pago quando da concessão de suas férias ; ou, quando não solicitado, até o dia 30 de novembro, a título de adiantamento da gratificação natalina. Os outros 50% (cinquenta por cento) deverão ser pagos até o dia 20 de dezembro, quando, então, sofrerá todos os descontos devidos, levando-se em consideração o total da gratificação. Quando de sua antecipação, deverá ser recolhido apenas o FGTS. Os descontos de INSS e IRRF deverão ser feitos em separado, quando do pagamento da segunda parcela. Quando o aviso-prévio for indenizado, sobre a p arte do 13º salário que s e refere ao aviso-prévio não haverá incidência do INSS. O 13º salário deverá ser pago proporcionalmente em caso de rescisão de contrato sem justa causa. Salário-família Benefício pago aos trabalhadores com salário mensal de até R$ R$ R$ 877,67, para auxiliar no sustento dos filhos de até 14 anos incompletos ou inválidos. (Observação: São equiparados aos filhos, os enteados e os tutelados que não possuem bens suficientes para o próprio sustento). De acordo com a (Portaria Interministerial MTPS/MF 15/2018), o valor do salário-família será de R$ 45,00, por filho de até 14 anos incompletos ou inválido, para quem ganhar até R$ 877,67. Para o trabalhador que receber de R$ 877,68 a R$ 1.319,18, o valor do salário- família por filho de até 14 anos será R$ 31,71. Os empregados 27 domésticos, contribuintes individuais, segurados especiais e facultativos não recebem salário-família. Para a concessão do salário-família, a Previdência Social não exige tempo mínimo de contribuição. Salário-maternidade É o benefício a que te m direito a segurada da Previdência Social por ocasião do parto. O INSS exige da segurada carência de dez contribuições mensais para conceder o salário-maternidade. Férias Todo empregado adquire o direito a férias após doze meses de vigência do contrato de trabalho (período aquisitivo), sem prejuízo da remuneração, na seguinte proporção: - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) dias; - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 11 (onze) faltas; - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas ; - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas (art. 130, incisos I a IV, da CLT). Observa-se que as faltas a serem consideradas são apenas as injustificadas, pois não acarretam a redução das férias as ausências consideradas legais. Não são considerados, também, para esse efeito, os atrasos e as faltas de meio expediente, nem aquelas ausências que, embora injustificadas, tenham sido abonadas pela empresa. A mudança na lei trabalhista permite que, se houver interesse do empregado, as férias poderão ser divididas em até três períodos, sendo que um deles deve ter pelo menos 14 dias e os demais, no mínimo 5. Quem já tiver direito a férias, mesmo que acumuladas na lei anterior poderão dividi-las. 28 Abono de 1/3 sobre as férias Em seu artigo 7º, inciso XVII, a Constituição de 1988 dá ao trabalhador um adicional de 1/3 (um terço) sobre a remuneração de férias, por ocasião do gozo dessas. Aplica-se o pagamento deste dispositivo também sobre as férias indenizadas, nas rescisões de contrato d e trabalho. DRS - Descanso Semanal Remunerado Uma folga na semana, além de cair bem é também um direito do trabalhador. Esse dia é denominado repouso semanal remunerado (RSR), ou seja, além de descansar, a folga compõe o salário do empregado. Pela lei, alguns trabalhadores podem deixar de terem as suas folgas semanais remuneradas ao não cumprirem integralmente sua jornada de trabalho na semana. Por exemplo, se o funcionário atrasar uma hora, a empresa já tem o direito de descontar uma hora de atraso do salário dele e descontar todo o descanso semanal, mesmo que não tenha sido um dia inteiro. Normalmente, as empresas adotam um limite de tolerância de atrasos de até 10 minutos. Nesse caso, não haveria desconto. A partir do momento que ultrapassa esses 10 minutos, se não houver nada estipulado pelo acordo com o sindicato, a empresa tem direito de descontar. O cálculo do DSR sobre horas extras é definido pelas seguintes leis: Art. 1º a Lei 605/49: “Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de vinte e quatro horas consecutivas, preferentemente aos domingos e, nos limites das exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local”. No inciso XV da CF/88: “Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos”. Na CLT Art. 67: “Será assegurado a todo empregado um descanso semanal remunerado de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte”. 29 Súmula TST Nº 172 – Repouso Remunerado: Computam-se no cálculo do repouso remunerado as horas extras habitualmente prestadas. Auxílio-doença O Auxílio-Doença é um benefício por incapacidade devido ao segurado do INSS que comprove, em perícia médica, estar temporariamente incapaz para o trabalho em decorrência de doença ou acidente. FGTS A criação do FGTS ocorreu com o objetivo de substituir a indenização e eliminar a estabilidade do empregado, que poderá ser demitido a qualquer tempo, pois já tem sua indenização depositada no FGTS . A partir da Constituição de 1988, todo empregado admitido já tem as segurado o direito aos depósitos do FGTS , não havendo mais a necessidade de opção pelo Fundo. Vale transportes De acordo com a Lei nº 7.418, de 16 de dezembro de 19 85, regulamentada pelo Decreto n º 92.180, de 19 de dezembro de 1985, o trabalhador tem o direito do recebimento do vale-transporte para seu deslocamento até o local de trabalho. Adicional de 50% para Horas-Extras A duração normal de trabalho é de 7 (sete) horas e 33 (trinta e três) minutos diários e de 44 (quarenta e quatro) horas semanais,salvo casos especiais previstos em lei. Tal jornada pode ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente a duas, diárias, mediante acordo por escrito entre o empregado e o empregador, ou contrato coletivo de trabalho, sendo que, nesse caso, as horas extras deverão sofrer um acréscimo de, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da hora normal. No caso de haver horas extraordinárias em domingos e feriados, o acréscimo será de 100% (cem por cento) sobre a hora normal. Ressalvamos que, em determinadas categorias 30 profissionais, os empregados logram maiores percentuais sobre as horas, mediante acordo s ou dissídios coletivos. Adicional noturno Considera-se noturno o trabalho realizado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte; isso para o trabalhador urbano. Já para o trabalhador rural que trabalha na lavoura, o trabalho noturno é das 21 (vinte e uma) horas de um dia às 5 (cinco) horas do dia seguinte; e para o rural que trabalha na pecuária, é das 20 (vinte) horas de um dia às 4 (quatro) horas do outro. Para o trabalhador urbano, a hora noturna tem a duração normal de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. Para o trabalhador rural, a hora tem a mesma que a diurna, ou seja, 60 (sessenta) minutos. Para o trabalhador urbano, além d a redução da hora normal, incide o adicional noturno de pelo menos 20% (vinte por cento) sobre o valor da hora normal diurna. Para o trabalhador rural, não existe a vantagem da redução da hora; em contrapartida, o adicional noturno é de, pelo menos, 25% (vinte e cinco por c ento) sobre o valor da hora normal diurna. No caso de o empregado fazer horas extras noturnas, deve-se aplicar o adicional de horas extras sobre o valor da hora noturna. Adicional periculosidade São consideradas atividades ou operações perigosas aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos, em condições de risco acentuado. O empregado que trabalha e m condições de periculosidade faz jus a um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário que percebe. Se o empregado já recebe o adicional de insalubridade, poderá optar em receber este ou aquele. Insalubridade São consideradas insalubres as atividades que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, expõem o empregado a agentes nocivos à saúde, acima dos limites e tolerância fixados em razão da 31 natureza e da intensidade do agente e o tempo de exposição aos seus efeitos. A insalubridade será caracterizada e classificada em consonância com as normas baixadas pelo Ministério do Trabalho. O exercício de trabalho em condições insalubres assegura ao empregado um adicional equivalente a (conforme Súmula 17 do TST): x 40% (quarenta por cento) sobre o salário mínimo, para a insalubridade de grau máximo; x 20% (vinte p or cento) sobre o salário mínimo, para a insalubridade de grau médio; x 10% (dez por cento) sobre o salário mínimo, par a a insalubridade de grau mínimo . Nota: se a categoria profissional tiver piso normativo, a base de cálculo do adicional de insalubridade será este , de acordo c om o enunciado da Súmula 228 do TST BENEFÍCIOS ESPONTÂNEOS São aqueles que a empresa oferece aos seus empregados por vontade própria, onde geralmente o objetivo é atender às necessidades dos empregados ou de tornar o perfil da remuneração atraente e competitiva no mercado de trabalho, tanto para atrair novos recursos humanos quanto para manter os atuais. Conforme quadro 1 ao lado, demonstram os seguintes benefícios espontâneos mais encontrados no mercado: Funcionários motivados são sinônimos de maior produtividade, novas ideias e, portanto, mais crescimento e lucro para a empresa. 32 Altos salários e benefícios, porém, não bastam para manter a motivação dos profissionais. Para estimular a paixão pelo trabalho, os departamentos de Recursos Humanos das grandes empresas estimulam desafios, projetam planos de carreira, investem em comunicação interna e capacitam gestores. Existem quatro tipos de remuneração variável que estão sendo muito utilizadas atualmente, estas formas estão presentes em diversos artigos sobre remuneração. Estas formas de remuneração são: “Stock options” (programa de compra de ações); “EVA” (valor econômico agregado); “PLR” (programa de participação nos lucros ou resultados) e Benefícios flexíveis. CONHECIMENTOS TÉCNICOS SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO E CÁLCULOS TRABALHISTAS. Na folha de pagamento devem ser registrados mensalmente todos os valores referentes à remuneração dos empregados, sendo divido em duas partes, sendo elas: Proventos: são todos os valores de ganho do funcionário, sendo composto pelo salário, horas extras, adicional de insalubridade, adicional de periculosidade, adicional noturno, salário-família, entre outros. Descontos: são os valores deduzidos do trabalhador referentes ao INSS, contribuição sindical, faltas e atrasos, vale transporte, convênio farmacêutico ou médico, entre outros. PASSO A PASSO DO CÁLCULO DA FOLHA DE PAGAMENTO Fazer o cálculo da folha de pagamento corretamente é algo de suma importância para qualquer empresa, independente do porte ou do número de funcionários. Afinal, o holerite é o documento usado pelo funcionário para 33 comprovar a sua renda, sendo usado em financiamentos e até na solicitação da aposentadoria. Além disso, caso o cálculo seja feito de maneira errada, o empresário poderá estar sujeito a multas e sanções trabalhistas ou ainda acabar perdendo dinheiro, pagando por funcionários que não trabalharam no período em questão, por exemplo. Se você também tem dúvidas sobre como fazer o cálculo da folha de pagamento, continue a leitura! O QUE É E PARA QUE SERVE A FOLHA DE PAGAMENTO? Se você não tem nenhuma familiaridade com esse termo, saiba que, basicamente, podemos entender a folha de pagamento como a soma de todos os registros financeiros da sua empresa no que tange o setor de RH, como salários, bônus, vencimentos, descontos e outros. Para realizar uma boa folha de pagamento, você deverá ter alguns conhecimentos mais técnicos em áreas distintas, como recursos humanos, leis trabalhistas e matemática financeira. Caso você nunca tenha feito uma folha de pagamento antes ou não se sinta confortável com esses pontos, vale à pena contratar uma assessoria especializada. Isso porque a folha de pagamento é extremamente importante em qualquer empresa, sendo o espelho da remuneração de cada funcionário que você possui. Uma folha de pagamento mal feita pode incorrer em prejuízos financeiros para a sua empresa e até penalidades com a justiça trabalhista. QUAL O PASSO A PASSO PARA FAZER O CÁLCULO DA FOLHA DE PAGAMENTO? Agora que você já viu como o cálculo da folha de pagamento é algo importante, veja os principais passos para seguir. 1. Defina o sistema que será usado 34 Empresas menores ou que estão começando a lidar com o cálculo da folha de pagamento podem preferir o uso do Excel, que ajuda a separar os pagamentos por mês. Mas, para aquelas empresas com um volume maior de dados ou um grande número de funcionários, pode ser necessário optar por sistemas especializados ou até mesmo pela terceirização. 2. Atente-se ao registro de ponto dos funcionáriosO registro de ponto é um item essencial quando falamos no cálculo da folha de pagamento, pois é ele que mostra seu os seus funcionários possuem horas extras a serem pagas, se tiveram faltas não justificadas no período, se devem receber adicionais como por trabalho noturno ou insalubridade, entre outros pontos. Por isso, antes de pensar em calcular o pagamento dos seus colaboradores é muito importante que você tenha um modo de registrar o horário trabalhado por cada um deles. 3. Analise as faltas e os descontos A partir do registro de ponto, você ainda poderá entender se existem descontos a serem lançados no valor do salário a ser pago, como no caso das faltas sem justificativa (como os atestados médicos). Aqui, também devem estar incluídas taxas como do INSS, do imposto de renda, além dos benefícios, como vale-refeição, vale-transporte e outros. Depois desses cálculos, você terá como resultado o salário líquido do seu funcionário, ou seja, que já conta com os descontos, taxas, impostos e ainda os adicionais. 4. Quais são os principais descontos que incidem sobre a folha de pagamento? Outro ponto muito importante que você deve considerar quando falamos em cálculo da folha de pagamento está relacionado aos descontos obrigatórios, relativo aos impostos cobrados pelo governo. 35 Os principais descontos previstos em lei são: Faltas ou atrasos: os dias das faltas serão computados para efeito de férias e 13° salário, e poderá ser descontado na folha de pagamento, o dia de ausência do empregado. Contribuição sindical: corresponde a um dia trabalhado sobre a remuneração do empregado, normalmente este desconto ocorre no mês de março de cada ano. Mas com a nova reforma, em artigo especial, afirma que a reforma trabalhista (Lei n. 13.467/17) não tem capacidade de extinguir a contribuição sindical. Segundo o articulista, o legislador impôs ao empregador a obrigação de só proceder ao desconto da contribuição quando prévia e expressamente autorizado pelo trabalhador. Vale transporte: o empregador pode descontar até 6% da folha do empregado que optar em utilizar o vale transporte. INSS: esta é uma contribuição devida a Previdência Social. Os percentuais variam de acordo com o salário de contribuição, podendo ser de 8%, 9% e 11%, limitado a um teto máximo. IRRF: é a tributação devida sobre os rendimentos do assalariado, como, por exemplo, salário, horas extras, adicionais, entre outros. FGTS: criado pelo governo federal, para assegurar o empregado que for demitido sem justa causa. O empregador devera depositar em conta vinculada ao contrato de trabalho, um valor correspondente a 8% da remuneração de cada empregado. Além desses itens, você ainda terá de incluir o salário-família para os trabalhadores de baixa renda com filhos de até 14 anos, as férias e o décimo terceiro. 36 DEMONSTRATIVO DE FOLHA DE PAGAMENTO Período do fechamento da folha: 16/02 à 15/03 Aniversario da cidade 28/02 Nome do colaborador: Richard Gere Mês: março/ 2018 C.H.: 220h Cargo: motorista Salario: R$ 1854,78 Periculosidade 30% Adicional Noturno 2H40 H.E 100% 13H58 H.E 50% - 59h27 Hora em espera: (0,50) INSS R$ IRRF R$ VALE TRANSFPORTE 6% R$ 111,29 CESTA BASICA R$ 1,00 ADIANTAMENTO SALARIAL R$ 964,48 PLANO DE SAUDE R$ 18,11 1ª passo salario com periculosidade R$ 1854,78 x 1.30 = R$ 2.411,21 (R$ 556,43) 2º passo 16/2 a 15/03 = 25 dias uteis e 5 (domingos e feriados) inúteis 3º passo adicional noturno 2h40 = 2411,21/220 = 10,96 2h 40= 10,96 x 0,20 = 2,19 x 2 = R$4,38 40/60 = 0,66% | 10,96x 0.066 = R$ 0,72 (do jeito do professor) 10,96/60 = 0,18 x 40 = R$ 0,72 (do jeito antigo ;- ) ) Valor do adicional noturno R$ 4,38 + 0,72 = R$ 5,10 4º passo - H.E 100% (13h58) 10,96 x 2 = R$ 21,92 x 13 = R$ 284,96 58/60 = 0,97 | R$ 21,92 x 0.097 = R$ 2,13 37 Valor da H.E 100% = R$ 287,09 DSR – 287,09/25 = R$ 11,48 X 5 = R$ 57, 40 5º passo - H.E 50% - (59h27) 10,96 x 1,50 = R$ 16,44 x 59 = R$ 969,96 27/60 = 0,45 | 16,44 x 0,45 = R$ 0,75 Valor da H.E 50% = R$ 969,96 + 0,75 = R$ 970,71 DSR – 970,71/25 = R$ 38,83 x 5 = R$ 194,15 6º passo – Hora em Espera 30% (LEI. N. 13.103/2015) – (50minutos) 50/60 = 0,83 | 10,96 x 1,30 = R$ 14,25 x 0,083 = R$ 1,18 7º passo – SALARIO BRUTO = 1854,78 + 556,43 + 5,10 + 287,09 + 57, 40 + 970,71 + 194,15 + 1,18 = R$ 3923,84. 8º passo – INSS 11% (SALARIO R$ 3.923,84 X0,11 = R$431,62 9º passo – IRRF Salario R$ 3 923,84 INSS (-) 431,62 DEPENDENTES (-) 379,18 SALARIO BASE R$ 3 111,04 3 111,04 X 0,15 = 466,96 (15% na tabela na IRRF) (-) alíquota 354,80 Valor o IR R$ 112,16 IR 2018: QUEM PODE SER DECLARADO COMO DEPENDENTE Filhos ou enteados podem entrar como dependentes na declaração de IR dos pais até completarem 21 anos, ou 24 anos, se estiverem cursando ensino superior ou escola técnica. Filhos incapacitado física ou mentalmente para o trabalho podem ser incluídos como dependentes em qualquer idade. Mas atenção: quem tiver 8 anos (completados até 31/12/2017) ou mais precisa possuir CPF para ser incluído. Até o ano passado, o documento só era necessário para maiores de 12 anos. Mas lembre-se: os filhos podem ser incluídos como dependentes na declaração de IR do pai ou da mãe — nunca na dos dois. 38 Irmãos, netos e bisnetos são possíveis incluir esses parentes como dependentes, desde que o contribuinte detenha sua guarda judicial. Nesse caso, valem as mesmas regras dos filhos: eles podem ser considerados dependentes até os 21 anos, ou até 24 anos, se estiverem cursando ensino superior ou técnico. Se a pessoa for física ou mentalmente incapacitada para o trabalho, poderá ser declarada como dependente em qualquer idade. Cônjuge quem é casado oficialmente está em união estável há mais de cinco anos ou casais que têm filhos em comum podem optar pela declaração conjunta. Vale lembrar, contudo, que os rendimentos de ambos precisam ser incluídos. Por essa razão, é preciso avaliar com cuidado se vale a pena. Isso porque, ao somar os rendimentos, o casal pode se enquadrar em uma alíquota maior de imposto. Se os dois trabalham, normalmente vale a pena fazer a declaração em separado - a não ser que um dos dois tenha despesas dedutíveis maiores do que o rendimento. Se o casal optar pela declaração conjunta, a sogra ou sogro poderão ser incluídos também como dependentes. Pais, avós e bisavós essas pessoas podem ser incluídas como dependentes, se tiverem recebido rendimentos, tributáveis ou não, de até R$ 22.847,76 em 2017. Normalmente é vantajoso colocar esses parentes como dependentes se as despesas dedutíveis forem superiores aos rendimentos - que incluem aposentadoria, por exemplo. Outros casos se o contribuinte tiver a guarda judicial de um menor pobre de até 21 anos que crie e eduque, poderá declarar essa pessoa como dependente. Outro caso em que é possível incluir como dependente é o de pessoa absolutamente incapaz, desde que o contribuinte seja seu tutor ou curador. 10º passo – SALARIO BRUTO = 1854,78 + 556,43 + 5,10 + 287,09 + 57, 40 + 970,71 + 194,15 + 1,18 = R$ 3923,84 39 DEDUÇÕES = 431,62 - 379,18 - 12,16 – 1,00 – 964,48 – 18,11 - 111,29 = R$1638,66 SALARIO LIQUIDO = R$ 2285,18 11ª passo FGTS SALARIO 3923,84 X 0,08 = R$ 313,9140 PROCEDIMENTOS PARA HOMOLOGAÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL Demissão pode ocorrer a pedido do trabalhador, ou por iniciativa do empregador, sem justa causa. Há duas maneiras de se encerrar um contrato de trabalho. A chamada demissão pode ocorrer por iniciativa do empregado (a pedido), ou por iniciativa do empregador. Neste segundo caso, ela pode acontecer por justa causa, ou seja, quando o empregador tem um motivo previsto em lei para efetuar o desligamento do funcionário; ou sem justa causa, quando o motivo não está previsto em lei. Se um trabalhador pedir demissão, ele terá direito às seguintes verbas rescisórias: · saldo de salários, ou seja, os dias que trabalhou e que tem a receber; · décimo terceiro salário proporcional aos meses que trabalhou; · férias proporcionais aos meses que trabalhou; · 1/3 de férias calculado sobre o valor das férias proporcionais; · aviso prévio, caso ele trabalhe o mês do aviso. O empregado deverá avisar seu empregador com antecedência mínima de 30 dias. Ele não precisa trabalhar estes 30 dias, mas, se optar por não trabalhar, poderá ter seu salário descontado. Importante ressaltar que ao pedir demissão o trabalhador perde o direito sacar seu FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Os valores depositados na conta vinculada do trabalhador continuam rendendo juros e correção monetária, mas só poderão ser sacados quando a situação se enquadrar às regras do fundo. Os valores depositados na conta vinculada do trabalhador continuam rendendo juros e correção monetária, mas só poderão ser sacados quando a situação se enquadrar às regras do FGTS. OBRIGATORIEDADE DA HOMOLOGAÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL A obrigatoriedade da homologação se faz no caso do desligamento do empregado com mais de um ano de serviço na empresa. Os empregados com menos de um ano de empresa estão dispensados desta obrigatoriedade. 41 A homologação é o ato de efetuar o pagamento das verbas rescisórias a que o empregado tem direito perante as entidades competentes, as quais prestarão toda a assistência às partes quanto ao cumprimento da legislação. A instrução normativa SRT nº 3, de junho de 2002 estabelece procedimentos para assistência ao empregado na rescisão de contrato de trabalho, no âmbito do Ministério do Trabalho e Emprego. Assistência Gratuita É vedada a cobrança de qualquer taxa ou encargo no ato da assistência na rescisão contratual tanto para o trabalhador quanto para o empregador. Instituições competentes para efetuar a homologação São competentes para prestar a assistência ao empregado na rescisão do contrato de trabalho: I – o sindicato profissional da categoria; e II – a autoridade local do Ministério do Trabalho e Emprego. Em caso de categoria inorganizada em sindicato, a assistência será prestada pela federação respectiva. Na falta das entidades sindicais ou da autoridade prevista no inciso II, são competentes: 1. a) O representante do Ministério Público ou, onde houver, o Defensor Público; e 2. b) O Juiz de Paz, na falta ou impedimento das autoridades referidas na alínea anterior. Das Partes O ato de assistência à rescisão contratual somente será praticado na presença do empregado e do empregador. O empregador poderá ser representado por preposto, assim designado em carta de preposição na qual haja referência à rescisão a ser homologada . O empregado poderá ser representado pelo seu procurador legalmente constituído ou pelo representante legal, que comprovará esta qualidade. No caso de empregado analfabeto, a procuração será pública. 42 Documentos necessários Os documentos necessários para a homologação são os seguintes: 1) TRCT – Termo de rescisão de contrato de trabalho em 4 (quatro) vias; 2) CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social devidamente atualizada; 3) AP – Aviso Prévio dado pelo empregador ou o pedido de demissão do empregado; 4) Cópia do acordo ou convenção coletiva de trabalho ou sentença normativa aplicáveis; 5) Extrato FGTS – Extrato devidamente atualizado da conta vinculada ao empregado no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e guias de recolhimento dos meses que não constem no extrato; 6) Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, e do art. 1º da Lei Complementar nº 110, de 29 de junho de 2001; 7) Comunicação da Dispensa – CD e Requerimento do Seguro Desemprego, para fins de habilitação, quando devido; 8) Atestado de Saúde Ocupacional Demissional, ou Periódico, quando no prazo de validade, atendidas as formalidades especificadas na Norma Regulamentadora – NR 7, aprovada pela Portaria no 3.214, de 8 de junho de 1978, e alterações; 9) ato constitutivo do empregador com alterações ou documento de representação; 10) demonstrativo de parcelas variáveis consideradas para fins de cálculo dos valores devidos na rescisão contratual; e 11) prova bancária de quitação, quando for o caso. GRRF – Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS referente à multa sobre o montante de todos os depósitos efetuados durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados monetariamente, acrescidos dos respectivos juros além dos valores originados do próprio cálculo rescisório. Prova do depósito, na conta vinculada do empregado, da indenização referente ao seu tempo de serviço anterior à opção, se for o caso. 43 Nota: – Para fins de comprovação de saldo de FGTS o empregador poderá utilizar-se do extrato da Caixa Econômica Federal que pode ser impresso através da Conectividade Social. – A CD – Comunicação de Dispensa deverá ser fornecida somente aos empregados dispensados sem justa causa, indiretamente ou por motivos de extinção da empresa; – Quando a rescisão decorrer de adesão a Plano de Demissão Voluntária ou quando se tratar de empregado aposentado é dispensado a apresentação de CD ou Requerimento de Seguro-Desemprego. PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário O Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP é o documento histórico- laboral, individual do trabalhador que presta serviço à empresa, destinado a prestar informações ao INSS relativas a efetiva exposição a agentes nocivos que, entre outras informações, registra dados administrativos, atividades desenvolvidas, registros ambientais com base no Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho – LTCAT e resultados de monitorização biológica com base no PCMSO (NR – 7) e PPRA (NR – 9). O PPP deverá ser emitido, além de outras situações previstas em lei, por ocasião da rescisão do contrato de trabalho ou da desfiliação da cooperativa, sindicato ou OGMO, em duas vias com fornecimento de uma das vias para o trabalhador, mediante recibo. Deve ser elaborado pela empresa com base no LTCAT e assinado pelo representante legal da empresa ou seu preposto, indicando o nome do médico do trabalho e do engenheiro de segurança do trabalho, em conformidade com o dimensionamento do SESMT. Recomenda-se que a empresa comprove a entrega do PPP ao trabalhador, por ocasião da rescisão do contrato de trabalho, mediante recibo específico, o qual deverá ser mantido na empresa por 20 (vinte) anos. A não manutenção de Perfil Profissiográfico Previdenciário atualizado ou o não fornecimento do mesmo ao empregado, por ocasião do encerramento do contrato de trabalho ensejará aplicação de multa prevista na alínea “o”, inciso II, art. 283 do RPS (Decreto 3048 de 1999). 44 DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA É considerada justa causa para demissão quando o empregadocomete algum ato faltoso que faz desaparecer a confiança e a boa-fé entre as partes, tornando necessário o encerramento da relação empregatícia. Estes atos faltosos que justificam a demissão por justa causa podem se referir às obrigações contratuais ou à conduta pessoal do empregado e estão previstos no artigo 482 da CLT. Na demissão por justa causa o empregador deverá discriminar qual a falta cometida pelo empregado. Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: a) ato de improbidade; b) incontinência de conduta ou mau procedimento; c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço; d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; e) desídia no desempenho das respectivas funções; f) embriaguez habitual ou em serviço; g) violação de segredo da empresa; h) ato de indisciplina ou de insubordinação; i) abandono de emprego; j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; l) prática constante de jogos de azar. 45 Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios à segurança nacional. (Incluído pelo Decreto-lei nº 3, de 27.1.1966) Na demissão por justa causa, o empregado deve receber o saldo de salário e as férias vencidas com acréscimo de 1/3 referente ao abono constitucional, caso tenha mais de um ano de empresa. Perde, portanto, o direito ao saque do FGTS e ao décimo terceiro salário proporcional, além de não ter acesso ao benefício do seguro desemprego. O prazo para pagamento das verbas é de até o décimo dia contado da data da notificação da dispensa. OBSERVAÇÃO IMPORTANTE O Empregador, não pode anotar ou fazer qualquer referência na carteira de trabalho do seu funcionário do motivo da dispensa, mesmo que ele tenha cometido uma falta grave. Qualquer anotação que seja considerada constrangedora poderá ser utilizada para mover uma ação trabalhista com pedido de indenização contra sua empresa (dano moral). Atenção: O rol acima é meramente exemplificativo, podendo existir outros hipóteses de justa causa. DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA HOMOLOGAÇÃO As homologações são realizadas por ordem de chegada das duas partes (empregado e empregador), de segunda a sexta das 08h30 às 11h30 e das 13h15 às 16h30. É imprescindível a apresentação de todos os documentos abaixo e a presença das duas partes (empregado e empregador) para o atendimento no setor de homologação. Conforme Instrução Normativa da SRT/MTE nº 15/2010 Art. 22 os DOCUMENTOS A SEREM APRESENTADOS NA HOMOLOGAÇÃO conforme tipos. 46 PEDIDO DE DEMISSÃO 1. Rescisão 5 cinco vias; 2. Carta de preposição; 3. Carteira de trabalho atualizada; 4. Ficha atualização da CTPS; 5. Pedido demissão (3vias); 6. Extrato do FGTS Analitico 7. Comprovante de depósito da rescisão – GRF; 8. REPIS – comprovante de pagamento; 9. Livro de inspeção 10. ASO – PORTARIA 3214 11. Cópia exame médico demissional ou periódico (a cada 135 dias quando for fazer o exame periódico) 12. PPP - Perfil Profissiográfico Previdenciário; 13. Relatório das médias variáveis. 14. Carteira atualizada – art 29 CTPS RESCISÃO POR FALECIMENTO 1. Rescisão 5 cinco vias; 2. Carta de preposição; 3. Carteira de trabalho atualizada; 4. Ficha atualização da CTPS; 5. Extrato do FGTS; 6. Certidão dos dependentes habilitados ao INSS; 7. Cópia do Óbito; 8. Comprovante de depósito da rescisão. RESCISÃO POR TÉRMINO DE CONTRATO 1. Rescisão 5 cinco vias; 2. Carteira de trabalho; 3. Ficha atualização da CTPS; 4. Extrato do FGTS; 47 5. Recolhimento do mês da rescisão; 6. Chave da Conectividade Social; 7. Comprovante de depósito da rescisão; 8. Exame médico demissional; 9. PPP - Perfil Profissiográfico Previdenciário; 10. Relatório de médias e variáveis. Obs: Em se tratando de rescisão menor aprendiz o mesmo deverá ir acompanhado pai ou mãe no Sindicato ou responsável tutor legal, através de documento comprobatório. RESCISÃO POR JUSTA CAUSA 1. Rescisão 5 cinco vias; 2. Carteira de trabalho; 3. Ficha atualização da CTPS; 4. Relatório das médias e variáveis; 5. Extrato do FGTS; 6. Comprovante de depósito da rescisão; 7. Carta motivo da JUSTA CAUSA; PPP - Perfil Profissiográfico Previdenciário. DEMISSÃO SEM JUSTA CAUSA 1. Rescisão 5 cinco vias; 2. Carta de preposição; 3. Aviso prévio (3 vias): 4. Carteira de trabalho atualizada; 5. Ficha de atualização da CTPS; 6. Extrato do FGTS; 7. GRRF - quitada; 8. Chave conectividade social; 9. Comprovante de depósito da rescisão; 10. Atestado médico demissional; 11. PPP - Perfil Profissiográfico Previdênciario; 48 12. Relatório de médias e variáveis; 13. Guias do Seguro Desemprego. SIMULAÇÃO DE CALCULO RESCISORIO Empresa – restrista 1 Abre uma vaga para motorista carreteiro. Vaga preenchida por josé das flores de holambra. Pedidos de toda documentação. Deu inicio a sua admissão no dia 01/02/2012. Com contrato de experiência de 90 dias. Sua dispensa por parte do empregador foi sem justa causa no dia 01/03/2017 49 PORTARIA No 1621 DE 14 DE JULHO DE 2010 Aprova modelos de Termos de Rescisão de Contrato de Trabalho e Termos de Homologação. O MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO E EMPREGO, no uso das atribuições que lhe conferem o art. 87, parágrafo único, inc. II, da Constituição Federal, e tendo em vista o disposto no art. 913 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, resolve: Art. 1o Aprovar os modelos de Termos de Rescisão de Contrato de Trabalho – TRCT e Termos de Homologação, que devem ser utilizados como instrumentos de quitação das verbas devidas nas rescisões de contrato de trabalho. Art. 2o Nas rescisões contratuais sem necessidade de assistência e homologação, bem como naquelas em que não for utilizado o Homolognet, será utilizado o TRCT previsto no Anexo I desta Portaria. Art. 3o Serão gerados pelo Homolognet, os seguintes documentos anexos a esta Portaria: 50 I - Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho - Anexo II; II - Termo de Homologação sem ressalvas - Anexo III; e III - Termo de Homologação com ressalvas - Anexo IV. Art. 4o É facultada a confecção do Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho previsto no Anexo I em formulário contínuo e o acréscimo de rubricas nos campos em branco, de acordo com as necessidades das empresas, desde que respeitada a seqüência das rubricas estabelecidas no modelo e nas instruções de preenchimento e a distinção dos quadros de pagamentos e deduções. Art. 5o Os documentos previstos nesta Portaria poderão ser impressos em verso e anverso. Art. 6o Esta Portariaentra em vigor na data de sua publicação. Art. 7o Revoga-se a Portaria no 302, de 26 de junho de 2002, sendo permitida a utilização, até o dia 31 de dezembro de 2010, do TRCT por ela aprovado. CARLOS ROBERTO LUPI OS TERNOS SE ENCONTRAM NO ANEXO 1 51 4. JUSTIFICATIVA O setor do Recurso Humano é responsável por preencher as vagas que são solicitadas na organização. Após o processo de recrutamento e seleção o setor de RH solicita todas as documentações necessárias para realização do cadastro de tais empregados selecionados. Com as documentações em mãos o D.P fica responsável por fazer o registro dos empregados selecionados, para ocorrer a integração de tais empregado na empresa e assinaturas e firmamento do contrato de trabalho. Com um mês trabalhado o empregado que já esta registrado recebe o salario, que é calculado pelo departamento pessoal, onde consta todas as seus proventos devidos, porem para o pagamento do salario a empresa realiza o procedimento de entre de recibo, em duas vias de mesmo teor, para comprovação do pagamento. Caso o funcionário continuar registrado em um prazo de um ano, o mesmo tem direito de gozar de férias, que é calculado e pago pelo D.P, além do pagamento do 13° salario, que é efetuado todo final de ano. Quando houver vontade do empregado ou do empregador em se extinguir o contrato de trabalho firmado entre as partes, os mesmo tem por opção em encerrar tal vinculo, porem caso for por parte do empregado o mesmo tem por opção pedir demissão ou solicitar uma rescisão indireta. Quando houver vontade por parte do empregador o mesmo tem opção cessar o contrato por dispensa com justa causa, ou sem justa causa. 52 5. ESTUDO DE CASO TEMA: “O que vale mais a pena para a empresa, aviso prévio trabalhado ou indenizado”? Foi realizado um estudo de caso em duas grandes empresas, situadas na cidade de Paulínia/SP, onde foi observado, o aviso prévio. O aviso prévio sempre é trabalhado, quando o empregado já tem outro emprego, a empresa desconta o aviso que por lei teria que ser indenizado conforme a Súmula nº 276 do TST AVISO PRÉVIO. RENÚNCIA PELO EMPREGADO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 - O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego. Quando a dispensa é por parte do empregador, o aviso prévio é trabalhado, sendo assim, após o aviso, toda a equipe do setor, são ministrados cursos de automotivação, pois o empregado que estava de aviso, desmotivou toda a equipe. 53 Evitar Gastos Desnecessários Com Treinamentos Equivocados: É muito comum nas empresas, equipes inteiras receberem treinamentos por causa de colaboradores que cumprem o aviso prévio e influência a equipe toda. Mas, isso é correto? Não seria bem mais assertivo gastar com um colaborador a ter gastos com uma equipe inteira, só para exercer melhor a sua função? Evitar que “Uma maçã podre estrague o cesto de frutas”: Um colaborador revoltado causa grandes danos a uma equipe. Fora o próprio desempenho ruim, pode instigar seus colegas a também fazerem corpo mole ou sabotar a empresa por algum motivo. O que vale mais a pena para a empresa? Aviso prévio trabalhado ou indenizado? Essa não é uma resposta fácil. Mas sugerir alguns caminhos de análise para o dono de empresa. Os empreendedores, em geral, dispensam colaboradores por cinco motivos: Baixo desempenho Falta de adequação à cultura da empresa Relacionamento ruim com a equipe Relacionamento ruim com o superior Atrasos e faltas. Mas, muitas vezes, o gatilho de um desligamento não é necessariamente a quebra de confiança. Muitos são os motivos que levam o desligamento de um funcionário, o não cumprimento de suas demandas é um deles. Pode ser a oportunidade de mudar algumas peças em momentos de reestruturação organizacional ou de cortes de despesas. Por isso, o empreendedor precisa avaliar, em cada caso, qual é o impacto da permanência de um colaborador na empresa no período de aviso prévio. 54 Em muitos casos, o próprio colaborador se oferece para trabalhar e auxiliar a empresa na transferência de conhecimento e no treinamento de um novo funcionário. Já em outras situações, onde o desgaste do demissionário com colegas e/ou superiores já ultrapassou o limite do razoável, é melhor dispensar o colaborador, pelo bem do clima organizacional. O importante, em qualquer um dos casos, é preservar os interesses da empresa. Na dúvida, consulte os profissionais da área, se acreditar não ter dúvidas, consulte da mesma forma. Eles vão orientar a sua empresa a avaliar as relações humanas e as trabalhistas envolvidas. Com esse apoio, será possível fazer as melhores escolhas sem desrespeitar a CLT. E isso si gnifica beneficiar o colaborador se for possível e proteger seu negócio de problemas no futuro. Instrução Normativa (IN) RFB nº 1730/2017 esclarece que a contribuição previdenciária não incide sobre o aviso prévio Foi publicada no Diário Oficial da União a IN RFB nº 1730/2017, que altera regras sobre as informações a serem declaradas em Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP). O Superior Tribunal de Justiça (STJ), no Recurso Especial (REsp) sob nº 1.230.957/RS, entendeu que não é possível a incidência de contribuição previdenciária sobre o aviso prévio indenizado. Esse posicionamento foi reconhecido pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) na Nota PGFN/CRJ nº 485, de 2 de junho de 2016, vinculando o entendimento no âmbito da Receita Federal. Assim, os arts. 6º e 7º da Instrução Normativa RFB nº 925, de 2009, foram alterados para definir que: 55 a) até a competência de maio de 2016, período anterior ao reconhecimento efetuado pela PGFN, o valor do aviso prévio indenizado deverá ser somado às outras verbas rescisórias, para fins de cálculo das contribuições previdenciárias; e b) a partir da competência de junho de 2016, o valor do aviso prévio indenizado não deverá ser computado na base de cálculo das contribuições previdenciárias, exceto seu reflexo no 13º (décimo terceiro) salário. Apesar de a alteração envolver período já declarado, as GFIP entregues não precisarão ser retificadas, pois o inciso I do art. 6º Instrução Normativa RFB nº 925, de 2009, que não está sendo objeto de alteração, previa a dispensa de informar o valor do aviso prévio indenizado na declaração. Altera- se, no entanto, a forma de geração e preenchimento da Guia da Previdência Social (GPS) a partir da competência de junho de 2016, visto que não há necessidade de inclusão do aviso prévio para cálculo dos valores devidos de contribuições previdenciárias. 56 6. PESQUISAS APONTAM PARA O AVISO PRÉVIO INDENIZADO OPINIÕES DE ALGUNS PROFISSIONAIS “O aviso prévio somente deve ser pago quando a empresa realmente quer demitir o colaborador! Jamais ser cumprido nesse caso! Desmotiva sim a equipe uma pessoa dispensada pelo empregador sem justa causa. Agora quando é feito o famoso "acordo” aquele que o colaborador quer sair para receber seu FGTS e o seguro
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