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1 PHA3308 - Hidrologia Ambiental Bacias Hidrográficas Mario Thadeu Leme de Barros Renato Carlos Zambon Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental exercício da aula anterior: balanço hídrico 2 Pmédia = 1303 mm Qmédia = 580 mm => Emédia = 723 mm Qmédia = 45% da Pmédia 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 1931 1933 1935 1937 1939 1941 1943 1945 Ano P (mm) Q (mm) Q, P e E médios variam muito entre diferentes bacias... Ano P (mm) Q (m³/s) QL (mm) P/Pmed Q/Qmed SP (mm) SQL (mm) 1931 1626 15,1 756 1,25 1,30 1626 756 1932 1648 12,5 626 1,27 1,08 3274 1382 1933 970 7,7 385 0,74 0,66 4244 1767 1934 1424 13,1 656 1,09 1,13 5668 2423 1935 1717 13,3 666 1,32 1,15 7385 3089 1936 1267 10,7 536 0,97 0,92 8652 3624 1937 1406 14,8 741 1,08 1,28 10058 4365 1938 1398 12,9 646 1,07 1,11 11456 5011 1939 1137 8,8 441 0,87 0,76 12593 5451 1940 1243 11,3 566 0,95 0,98 13836 6017 1941 1186 9,1 456 0,91 0,79 15022 6472 1942 1115 13,1 656 0,86 1,13 16137 7128 1943 1031 9,4 471 0,79 0,81 17168 7599 1944 1077 10,4 521 0,83 0,90 18245 8119 1945 1294 11,6 581 0,99 1,00 19539 8700 exercício da aula anterior: balanço hídrico 3 y = 0.367x + 101.9 R² = 0.582 200 300 400 500 600 700 800 800 1200 1600 2000 Q ( m m ) P (mm) y = 0.447x - 121.6 R² = 0.999 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000 0 5000 10000 15000 20000 S Q ( m m ) SP (mm) P EQ S 0 P Q E S P Q E n n n n EP SQ 0 Vamos ver na aula de hoje: O que é uma bacia hidrográfica. Como delimitar sua área. Quais as suas principais características. 4 5 Uma bacia hidrográfica é uma determinada área de terreno que drena água, partículas de solo e material dissolvido para um ponto de saída comum, situado ao longo de um rio, riacho ou ribeirão (Dunne e Leopold, 1978). ... dentro de uma bacia hidrográfica, podem existir inúmeras sub-bacias. 6 cumeada, espigão, crista.... talvegue secundário talvegue principal Exutório da Bacia 7 Delimitação de Bacias: O Divisor de Águas Informações de topografia: • Identificar para onde escoa a água sobre o relevo usando como base as curvas de nível – a água escoa na direção da maior declividade, o escoamento é ortogonal às curvas de nível • Diferenciar as áreas que contribuem para um ponto no curso d’água (seção transversal de referência ou exutório) => divisor (cumeada, espigão, crista) – o divisor não corta a drenagem exceto no exutório e passa pelas regiões mais elevadas da bacia, mas podem existir pontos internos mais altos. 8 Rede de drenagem, cursos d’água ou talvegues: perenes, intermitentes ou efêmeros 9 10 Divisor Topográfico / Superficial x Divisor Geológico / Freático / Subterrâneo => possibilidade de escoamento subterrâneo com origem em bacias vizinhas... Pequenas Bacias ou Lençol Freático Alto Erros Delimitação de Bacias 11 Delimitação de Bacias 12 Delimitação de Bacias Utilizando plantas planialtimétricas 13 Delimitação de Bacias Utilizando imagens de satélite 0 2 4 6 8 10 0 2 4 6 8 10 col r o w 740 760 780 800 820 jen1_ele 14 Exemplo em 3-D e em planta de um DEM (digital elevation model) simples, composto por 12 linhas e 12 colunas 0 2 4 6 8 10 row 0 2 4 6 8 10col 725 750 775 800 825 jen1_ele 740 760 780 800 820 jen1_ele Fonte : Comet2000 Delimitação de Bacias Utilizando modelo digital de terreno (DEM) 15 c. Definir as sub-bacias. a. Definir os rios b. Definir os trechos dos rios Os passos seguintes para definir a bacia são: Delimitação de Bacias Utilizando modelo digital de terreno (DEM) 16 A bacia hidrográfica é adotada como o espaço da Gestão dos Recursos Hídricos (superficiais e subterrâneos) no Brasil: Bacias Federais e Estaduais 17 Características Físicas Importância: • Comparação entre bacias hidrográficas • Transferência de dados entre bacias vizinhas • Projeção do comportamento da bacia no futuro • Fórmulas empíricas (regionalização) 18 Algumas Características Físicas • Área da Bacia • Forma da Bacia • Uso e tipo de solo • Declividade dos terrenos • Declividade dos cursos d’água • Ordem dos cursos d’água • Densidade de drenagem 19 Área da Bacia • medida por planímetro (mecanicamente) • calculada pelas coordenadas do polígono, (equação de Gauss) • aproximação por composição de figuras geométricas • calculada a partir de imagens digitalizadas em softwares como AutoCAD, ArcVIEW, Spring, Idrisi, Grass, Erdas, etc 20 21 xn-1*ynxn*yn-1Coord yCoord xPonto 5.86.60 40.2637.76.16.51 3937.2166.12 37.2135.46.15.93 35.429.8964.94 28.42275.84.55 26.124.365.84.26 23.9423.785.74.17 23.3721.665.73.88 22.4219.955.93.59 19.9518.295.73.110 17.3615.395.62.711 11.615.044.30.912 3.513.443.90.813 2.961.953.70.514 1.51.4830.415 0.962.72.40.916 2.071.922.30.817 1.521.841.90.818 1.282.091.61.119 1.321.921.21.220 1.321.681.11.421 1.121.650.81.522 1.051.360.71.723 1.021.260.61.824 1.261.380.72.325 0.461.750.22.526 1.50.640.63.227 3.841.861.23.128 7.754.22.53.529 8.0510.252.34.130 9.0211.042.24.831 9.6112532 9111.85.533 9.910.261.85.734 12.5410.442.25.835 17.412.9835.936 21.2417.13.65.737 24.5120.524.35.738 27.3625.84.8639 3030.2456.340 34.65325.56.441 37.1236.35.86.642 609.87567.72Soma = 21.075Área = 0 1 2 3 4 5 6 7 0 1 2 3 4 5 6 7 0 1234 5678 9 1011 12 13 14 15 1617 18 19 2021 222324 25 26 27 28 29 30 31 32 3334 35 36 37 38 39 40 41 42 )n"" ponto"0" (ponto 2 1 1 1 1 1 n i ii n i ii YXYXA 22 23 Área da Bacia Influência nas vazões Vazão específica: vazão de contribuição por unidade de área (L/(s.km²)) • Mínimas: bacias maiores tem vazões específicas mínimas normalmente maiores por efeito da complementariedade hidrológica de sub-bacias • Médias: pouco efeito sobre as vazões específicas • Máximas: em bacias maiores as vazões específicas máximas são normalmente atenuadas e os tempos de base maiores 24 Forma da Bacia Índices Empíricos : • Fator de Compacidade (ou índice de Gravelius): relação entre o perímetro da bacia e o perímetro de um círculo de mesma área Kc>1, quanto mais irregular a bacia, maior o Kc e menor a tendência de produção de enchentes rápidas, com vazões de picos elevados A P A P r P Kc 28,0 2 2 25 Forma da Bacia Índices Empíricos : • Fator de Forma: Largura Média / Comprimento Axial Quanto mais alongada a bacia, menor o Kf e menor a tendência de produção de enchentes rápidas com vazão de pico elevada 2 / L A L LA L L Kf 26 27 28 Uso do Solo Influência na infiltração e velocidade do escoamento • Áreas de florestas: maior interceptação, folhas e galhos retardam o escoamento, raízes profundas e maior consumo de água das plantas • Agricultura: redução da quantidade de matéria orgânica no solo,porosidade diminui, infiltração diminui, raízes mais superficiais e menor consumo de água das plantas • Áreas urbanas: impermeabilização, pouca infiltração e grande velocidade do escoamento => grandes picos de cheias 29 Tipo do Solo • Solo arenoso, menor escoamento superficial • Solo argiloso, maior escoamento superficial • Solo raso, maior escoamento superficial • Solo profundo, menor escoamento superficial 30 Forma da rede de Drenagem 31 Exemplo: principais bacias e sub-bacias do SIN 32 Tocantins (Tucuruí) 33 São Francisco (Xingó) 34 Paraná (Itaipu) 35 Exemplo: Itajaí 36 37 Exemplo: Cabuçu de Baixo 38 39 40 41 42 Declividade do Terreno 43 H L H Declividade dos Rios L H S 1 Elevação total / comprimento 44 H L H A Declividade dos Rios 22 2 L A S Considerando a área... 45 H L H 2 3 )( i i i S L L S Li Si Declividade dos Rios “Declividade equivalente constante” 46 Densidade de Drenagem Topografia: • Plana = Rios longos e escassos • Acidentada = Rios pequenos e numerosos Influência no escoamento, maior densidade = • Menor tempo de concentração • Maior vazão de pico de cheia 47 Densidade de Drenagem Índices: • Densidade de cursos d’água = nº de cursos d’água por unidade de área • Densidade de drenagem = comprimento total de cursos d’água por unidade de área 48 1 1 1 1 1 1 1 3 2 2 2 2 3 Densidade de Drenagem Ordem dos Cursos D’Água 49 50 Planta do IBGE Escala 1: 50000 (e outras fontes...) como fazer... 51 Destaque da Rede de Drenagem 52 Localização de Pontos Altos e Cotados 53 Junção dos pontos altos e identificação do divisor 54 Destaque do rio principal e pontos de cruzamento das curvas de nível (20m) com o curso d’água 55 860 960 1060 1160 1260 C o ta ( m ) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Distância ( km) Perfil Longitudinal Ribeirão Santo Antônio - ( Caconde ) 56 D2IntegralD1Cota (m)D (km)D' (cm)D (cm) 86008608608160 86022508608807.77515.550.45 86082508609007.57515.150.85 860557508609206.62513.252.75 860662508609406.47512.953.05 8601022508609606.07512.153.85 8601160008609805.9511.94.1 86014200086010005.7511.54.5 86024325086010205.07510.155.85 86050250086010403.557.18.9 86058800086010603.16.29.8 86069300086010802.65.210.8 86079650086011002.154.311.7 86085275086011201.9253.8512.15 86093375086011401.6253.2512.75 86099900086011601.42.813.2 860111525086011801.0252.0513.95 860123900086012000.651.314.7 860126525086012200.5751.1514.85 860129300086012400.5115 860133200086012600.40.815.2 860141400086012800.20.415.6 860150000086013000016 ( m/km)55.0000i1= ( m/km)46.8750i2= Tabela para cálculo das declividades 57 860 960 1060 1160 1260 C o ta ( m ) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Distância ( km) Perfil Longitudinal Ribeirão Santo Antônio - ( Caconde ) S 1= 55 m/km S 2= 47 m/km 58 próxima aula: prática Características Físicas de uma Bacia
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