Buscar

ED 2018 2 Avaliação Alunos Eng Civil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
ESTUDOS DISCIPLINARES 2018/21 
 
Questão 1. Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC): redes sociais e comportamento 
(busca de aprovação social). 
Leia a charge a seguir. 
 
 
Disponível em <http://pensadoranonimo.com.br/artista-russo-cria-desenhos-sarcasticos-que-farao-voce-pensar/>. Acesso em 25 fev. 2016. 
 
Com base na leitura, analise as asserções e a relação proposta entre elas. 
Ao ilustrar a selfie como a ponta do iceberg, a charge metaforiza o fato de que as imagens postadas nas 
redes sociais mais escondem do que revelam. 
PORQUE 
A charge ilustra o comportamento do indivíduo contemporâneo que expõe recortes de situações em busca 
da aprovação dos amigos virtuais. 
Assinale a alternativa correta. 
A. As duas asserções são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. 
B. As duas asserções são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. 
C. A primeira asserção é verdadeira e a segunda é falsa. 
D. A primeira asserção é falsa e a segunda é verdadeira. 
E. As duas asserções são falsas. 
 
Questão 2. Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC): meios de comunicação e redes 
sociais (disseminação de impressões). 
Leia os quadrinhos e um trecho do artigo ―Por quem rosna o Brasil‖, de Eliane Brum. 
 
 
2 
 
Disponível em <http://paraalemdocerebro.blogspot.com.br/2015/04/armandinho-e-raiva-hodrofoba-de.html>. Acesso em 25 jul. 2015. 
 
Inventar inimigos para a população culpar tem se mostrado um grande negócio nesse momento do país. 
Se as pessoas sentem-se acuadas por uma violência de causas complexas, por que não dar a elas um 
culpado fácil de odiar, como ―menores‖ violentos, os pretos e pobres de sempre, e, assim, abrir espaço 
para a construção de presídios ou unidades de internação? Se os ―empreendimentos‖ comprovadamente 
não representam redução de criminalidade, certamente rendem muito dinheiro para aqueles que vão 
construí-los e também para aqueles que vão fazer a engrenagem se mover para lugar nenhum. Depois, o 
passo seguinte pode ser aumentar a pressão sobre o debate da privatização do sistema prisional, que para 
ser lucrativo precisa do crescimento do número já apavorante de encarcerados. 
Se há tantos que se sentem humilhados e diminuídos por uma vida de gado, por que não convencê-los de 
que são melhores do que os outros pelo menos em algum quesito? Que tal dizer a eles que são superiores 
porque têm a família ―certa‖, aquela ―formada por um homem e por uma mulher? (...) Fabricar ―cidadãos 
de bem‖ numa tábua de discriminações e preconceitos tem se mostrado uma fórmula de sucesso no 
mercado da fé. 
A invenção de inimigos dá lucro e mantém tudo como está, porque, para os profetas do ódio, o Brasil está 
ótimo e rendendo dinheiro como nunca. Ou que emprego teriam estes apresentadores, se não tiverem 
mais corpos mortos para ofertar no altar da TV? (...) 
O Brasil do futuro não chegará ao presente sem fazer seu acerto com o passado. Entre tantas realidades 
simultâneas, este é o país que lincha pessoas; que maltrata imigrantes africanos, haitianos e bolivianos; 
que assassina parte da juventude negra sem que a maioria se importe; que massacra povos indígenas para 
liberar suas terras, preferindo mantê-los como gravuras num livro de história a conviver com eles; em que 
as pessoas rosnam umas para as outras nas ruas, nos balcões das padarias, nas repartições públicas; em 
que os discursos de ódio se impõem nas redes sociais sobre todos os outros; em que proclamar a própria 
ignorância é motivo de orgulho na internet; em que a ausência de ―catástrofes naturais‖, sempre vista 
como uma espécie de ―bênção divina‖ para um povo eleito, já deixou de ser um fato há muito; em que as 
paisagens ―paradisíacas‖ são borradas pelo inferno da contaminação ambiental e a Amazônia, ―pulmão do 
mundo‖, vai virando soja, gado e favela – quando não hidrelétricas como Belo Monte, Jirau e Santo 
Antônio. 
Disponível em <http://brasil.elpais.com/brasil/2015/07/20/opinion/1437400644_460041.html>. Acesso em 25 jul. 2015. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas. 
I. A associação do sentimento da raiva com a doença que ataca os animais, nos quadrinhos, indica que 
os focos contagiosos da raiva devem ser exterminados com medidas sanitaristas, isto é, com a 
eliminação dos seus agentes. 
II. De acordo com Brum, a invenção de culpados a serem odiados interessa a um setor socialmente 
privilegiado. 
III. A cultura do ódio, disseminada nas redes sociais, é importante, na visão de Brum, porque contribui 
para a liberdade de expressão. 
IV. Os quadrinhos e o texto colocam os meios de comunicação como disseminadores da cultura do ódio e 
procuram alertar para o caráter maléfico dela. 
Está correto o que se afirma apenas em 
 
3 
A. I, II e IV. B. II, III e IV. C. II e IV. D. I e IV. E. I e II. 
 
Questão 3. Sociodiversidade e multiculturalismo: violência (homicídios na população jovem 
brasileira). 
Leia o texto a seguir. 
O processo de transição demográfica ou transição vital é uma das principais transformações pelas quais 
vem passando a sociedade moderna. Ele caracteriza-se pela passagem de um regime com altas taxas de 
mortalidade e fecundidade/natalidade para outro regime em que ambas as taxas situam-se em níveis 
relativamente mais baixos. Além de alterar as taxas de crescimento da população, a transição demográfica 
acarreta alteração da estrutura etária, quando diminui a proporção de crianças ao mesmo tempo em que 
há elevação no percentual de idosos da população. 
A partir do século XVIII, a revolução industrial e a modernização das sociedades europeias, assim como os 
avanços científicos, urbanísticos e os ganhos em qualidade de vida de um modo geral, dão início ao 
processo de transição. Na América Latina, a transição se dá mais tardiamente, exceção feita ao Uruguai e à 
Argentina, que iniciaram esse processo a partir do início do século XX. No Brasil, seus efeitos passam a ser 
notados de maneira mais marcante a partir de meados do século passado e se deram de forma bastante 
rápida, com as populações sofrendo mudanças bruscas em curtos períodos de tempo. Esse comportamento 
vem provocando mudanças significativas na estrutura etária da população, com importantes implicações 
para indivíduos, famílias e sociedade. 
No processo de transição demográfica brasileira, o Brasil praticamente reduziu pela metade sua taxa de 
mortalidade em apenas 20 anos (de 20,0‰ em 1940 para 12,6‰ em 1960), enquanto os países 
desenvolvidos levaram, para o mesmo feito, aproximadamente 100 anos. O conjunto de causas de morte 
formado pelas doenças infecciosas, respiratórias e parasitárias começa, paulatinamente, a perder 
importância frente a outro conjunto formado por doenças que se relacionam com a degeneração do 
organismo através do envelhecimento, como o câncer, as doenças cardiorrespiratórias, entre outros. Por 
outro lado, a partir de meados dos anos 1980, as mortes associadas às causas externas ou violentas (que 
incluem os homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos, quedas acidentais etc.) passaram a 
desempenhar um papel de destaque, de forma negativa, sobre a estrutura por idade das taxas de 
mortalidade, particularmente dos adultos jovens do sexo masculino. Para ilustrar, a figura abaixo mostra a 
participação dos homicídios no total de mortes de adultos entre 15 e 20 anos nas diferentes regiões 
brasileiras entre 2002 e 2012, em comparação ao número de homicídios na população total. 
 
 
* Mortos entre 15 e 20 anos. 
Disponível em <https://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2015/05/15/estudo-metodologico-sobre-mudanca-demografica-e-projecoes-de-
populacao/>. Acesso em 20 jan. 2016 (com adaptações). 
 
4 
 
Com base na leitura, assinale a alternativa correta. 
A. No Brasil, o número demortes em 1960 foi praticamente a metade do registrado em 1940. 
B. Na região Norte, no período de 2002 a 2012, o número de jovens entre 15 e 20 anos assassinados 
praticamente dobrou. 
C. A região Sudeste é a única região do país na qual foi observada queda contínua no número absoluto de 
homicídios de jovens entre 15 e 20 anos de idade no período de 2002 a 2012. 
D. Em 2012, a taxa de homicídios de jovens entre 15 e 20 anos na região norte foi aproximadamente igual 
à na região sul. 
E. Nos países em processo de transição demográfica, a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade são 
equivalentes. 
 
Questão 4. Sociodiversidade e multiculturalismo: relações de gênero (conquistas das mulheres 
e participação feminina na política). 
Leia o artigo de Mônica Sousa, filha do desenhista Mauricio de Sousa e inspiradora da personagem Mônica 
das histórias em quadrinhos. Em seguida, observe a tirinha. 
Somos todas donas da rua 
08/03/2016 
No começo, a Turminha era formada só de meninos: Franjinha, Cebolinha, Chico Bento. Até que 
começaram a perguntar para o meu pai: "Cadê as meninas?". Mauricio conhecia mais o universo dos 
garotos. Foi aí que ele começou a olhar em volta e percebeu que poderia se inspirar nas filhas. 
Em 1963, Mônica estreou na tirinha do Cebolinha e encantou todo mundo com um jeito que não era 
considerado exatamente feminino para a época. Ela era forte, decidida, dona da rua. Eu era também. 
Meu pai sempre me deixou ser do meu jeito, sem me limitar por ser menina. Para ele, minha autenticidade 
(e de todos nós, seus dez filhos) sempre foi importante. É só ver, nos gibis, as peculiaridades de cada 
personagem baseado em nós. 
Quando uma menina ou mulher é mais, digamos, assertiva, logo leva a fama de mandona. Mas, para mim, 
o que a Mônica sempre teve foi uma autoconfiança enorme, além de um grande sentimento de 
responsabilidade em relação a seus amigos. 
Meninas em todo o Brasil e em vários países do mundo se identificam com a dentucinha, cuja força maior 
não é a física: é a força de quem acredita em seus sonhos e capacidades. 
Na época em que a personagem nasceu, os anos 1960, as mulheres começavam a ganhar mais espaço no 
mercado de trabalho. No ano de publicação da primeira tirinha em que a Mônica aparece, a russa Valentina 
Tereshkova foi a primeira mulher a viajar ao espaço. Mas o caminho foi longo. Fazia pouco menos de três 
décadas que as brasileiras haviam conquistado o direito ao voto. 
Em 1964, foi criada a Magali, mais delicada, conciliadora (além de comilona, claro!). Mais alguns anos e 
chegou a Rosinha e tantas outras. Cada uma com seu jeito. Os meninos e meninas da Turma são 
diferentes? Com certeza. Mas brincam de casinha, de futebol, de viagem espacial, do que quiserem brincar. 
Juntos. 
E, como a Mônica nunca foi limitada pelo fato de ser menina, elas e eles também não são. Têm os mesmos 
direitos e oportunidades. São iguais na diferença. Como são, naturalmente, as crianças. Ou como deveriam 
ser. Mas as crianças, também naturalmente, seguem os exemplos dos adultos, não é? Por isso precisamos 
ser bons exemplos para eles. 
Pois é, em pleno século 21, ainda há muito a conquistar. Como diretora executiva de uma grande empresa, 
sou, do mesmo modo que a Mônica das historinhas, uma exceção. No Brasil, as mulheres ocupam apenas 
5% das vagas nos conselhos das empresas e entre 8% e 16% dos cargos de alta liderança. 
Já temos uma mulher na Presidência, mas, no Congresso, são apenas 13 senadoras para um total de 81 
vagas e 51 deputadas para 513 cadeiras na Câmara Federal. 
 
5 
A nova geração tem a oportunidade de mudar esse quadro, com a nossa ajuda. A violência contra 
mulheres e meninas tem raízes na discriminação e na desigualdade e começa cedo, portanto, a prevenção 
precisa acompanhar esse fator desde a educação de meninos e meninas, a fim de promover relações de 
gênero mais respeitosas. 
Desde 2007, a Mônica é embaixadora do Unicef (Fundo das Nações Unidas pela Infância), emprestando 
sua força para defender os direitos das crianças e adolescentes. Neste ano de 2016, a Mauricio de Sousa 
Produções tem o orgulho de se tornar signatária dos princípios do ONU Mulheres. 
Fundamentada na visão de igualdade consagrada na Carta das Nações Unidas, a ONU Mulheres, entre 
outras questões, trabalha para a eliminação da discriminação contra as mulheres e meninas e a realização 
da igualdade entre mulheres e homens como parceiros e beneficiários do desenvolvimento, direitos 
humanos, ação humanitária e paz e segurança. 
Neste dia 8 de março, queremos mais que homenagens. Queremos respeito. Como a Mônica, as meninas 
podem ser as donas da rua e do mundo. 
Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2016/03/1747369-somos-todas-donas-da-rua.shtml>. Acesso em 17 mar. 2016. 
 
 
Disponível em <http://www.jornalopcao.com.br/posts/ultimas-noticias/a-menininha-do-vestido-vermelho-e-do-coelhinho-de-pelucia-conquistou-o-
seu-lugar>. Acesso em 17 mar. 2016. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas. 
I. De acordo com o texto, a personagem Mônica representou, na época da sua criação, uma 
expressão das conquistas das mulheres na nossa sociedade patriarcal. 
II. Segundo o texto, apesar dos avanços em relação à participação das mulheres na política, elas 
ocupam cerca de 11% das vagas do Congresso Nacional. 
III. Os quadrinhos contradizem o que é exposto no texto sobre os papéis e as características dos 
personagens, uma vez que o Cebolinha defende a divisão de tarefas de acordo com o sexo. 
Está correto o que se afirma em 
A. I, II e III. B. I e II, apenas. C. II e III, apenas. D. I e III, apenas. E. I, apenas. 
 
Questão 5. Ética, democracia e cidadania: ética dos princípios e ética contextual (aplicação a uma 
situação concreta). 
Leia o texto a seguir. 
 
Ética de princípios 
Rubem Alves 
As duas éticas: a ética que brota da contemplação das estrelas perfeitas, imutáveis e mortas, a que os filósofos 
dão o nome de ética de princípios, e a ética que brota da contemplação dos jardins imperfeitos e mutáveis, mas 
vivos – a que os filósofos dão o nome de ética contextual. 
 
6 
Os jardineiros não olham para as estrelas. Eles nada sabem sobre as estrelas que alguns dizem já ter visto por 
revelação dos deuses. Como os homens comuns não veem essas estrelas, eles têm de acreditar na palavra dos 
que dizem já as ter visto longe, muito longe... 
Os jardineiros só acreditam no que os seus olhos veem. Pensam a partir da experiência: pegam a terra com as 
mãos e a cheiram... 
Vou aplicar a metáfora a uma situação concreta. A mulher está com câncer em estado avançado. É certo que ela 
morrerá. Ela suspeita disso e tem medo. 
O médico vai visitá-la. Olhando, do fundo do seu medo, no fundo dos olhos do médico ela pergunta: "Doutor, 
será que eu escapo desta?" 
Está configurada uma situação ética. Que é que o médico vai dizer? 
Se o médico for um adepto da ética estelar de princípios, a resposta será simples. Ele não terá que decidir ou 
escolher. O princípio é claro: dizer a verdade sempre. A enferma perguntou. A resposta terá de ser a verdade. E 
ele, então, responderá: "Não, a senhora não escapará desta. A senhora vai morrer..." Respondeu segundo um 
princípio invariável para todas as situações. 
A lealdade a um princípio o livra de um pensamento perturbador: o que a verdade irá fazer com o corpo e a 
alma daquela mulher? O princípio, sendo absoluto, não leva em consideração o potencial destruidor da verdade. 
Mas, se for um jardineiro, ele não se lembrará de nenhum princípio. Ele só pensará nos olhos suplicantes 
daquela mulher. Pensará que a sua palavra terá que produzir a bondade. E ele se perguntará: "Que palavra eu 
posso dizer que, não sendo um engano - "A senhora breve estará curada...'-, cuidará da mulher como se a 
palavra fosse um colo que acolheuma criança?" E ele dirá: 
"Você me faz essa pergunta porque você está com medo de morrer. Também tenho medo de morrer..." Aí, 
então, os dois conversarão longamente - como se estivessem de mãos dadas ...- sobre a morte que os dois 
haverão de enfrentar. Como sugeriu o apóstolo Paulo, a verdade está subordinada à bondade. 
Pela ética de princípios, o uso da camisinha, a pesquisa das células-tronco, o aborto de fetos sem cérebro, o 
divórcio, a eutanásia são questões resolvidas que não requerem decisões: os princípios universais os proíbem. 
Mas a ética contextual nos obriga a fazer perguntas sobre o bem ou o mal que uma ação irá criar. O uso da 
camisinha contribui para diminuir a incidência da Aids? As pesquisas com células-tronco contribuem para trazer a 
cura para uma infinidade de doenças? O aborto de um feto sem cérebro contribuirá para diminuir a dor de uma 
mulher? O divórcio contribuirá para que homens e mulheres possam recomeçar suas vidas afetivas? A eutanásia 
pode ser o único caminho para libertar uma pessoa da dor que não a deixará? 
Duas éticas. A única pergunta a se fazer é: "Qual delas está mais a serviço do amor?‖ 
Disponível em <http://cronicasbrasil.blogspot.com.br/2008/03/tica-de-princpios-rubem-alves.html>. Acesso em 20 jan. 2016. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta. 
I. A ética de princípios julga a ação com base naquilo que está antes, o princípio, a norma, 
independentemente da situação vivenciada. A ética contextual, por sua vez, julga a ação com base 
naquilo que vem depois, isto é, com base nos efeitos da ação. 
II. Segundo o texto, os fundamentos teóricos que embasam os preceitos éticos universais não são 
plenamente compreendidos pelo cidadão comum. Como consequência, cada cidadão é responsável por 
inventar os seus próprios preceitos. 
III. Segundo o autor, a ética de princípios deve ser abolida, pois vai contra o bem-estar da população. 
IV. Por ―estrelas perfeitas, imutáveis e mortas‖, entendem-se os valores dos nossos antepassados. 
A. Apenas as afirmativas I e II estão corretas. 
B. Apenas as afirmativas I e IV estão corretas. 
C. Apenas a afirmativa I está correta. 
D. Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas. 
E. Todas as afirmativas estão corretas. 
 
 
7 
Questão 6. Sociedade e relações de trabalho: distribuição de renda (levantamento da renda 
familiar no Brasil). 
Analise o gráfico, com o levantamento da renda familiar no Brasil em 2013, e as afirmativas a seguir. 
Considere que o salário mínimo na época da pesquisa era de R$678. 
 
 
Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/fernandocanzian/2014/01/1398643-o-role-do-brasil.shtml>. Acesso em 22 mar. 2016. 
 
I. Em 2013, a renda de 66% das famílias era de 3 salários mínimos. 
II. O fato de a soma dos percentuais indicados na pirâmide resultar em 96% mostra que o 
levantamento da renda mensal familiar foi incompleto. 
III. Pouco mais de um terço das famílias, em 2013, tinha renda mensal entre 2 e 5 salários mínimos. 
Está correto o que se afirma em 
A. I e III. B. II e III. C. III. D. I. E. I, II e III. 
 
 
 
Questão 7. Sociodiversidade e multiculturalismo: respeito às diferenças (gêneros, etnias, 
posições políticas e tradições culturais). 
Leia a charge a seguir. 
 
 
8 
 
Disponível em <http://www.otempo.com.br/polopoly_fs/1.750919.1385255548!image/image.jpg_gen/derivatives/main-charges-
resize_620/image.jpg>. Acesso em 11 jan. 2016. 
 
I. O objetivo central da charge é criticar a incapacidade tecnológica de distinguir, mesmo no futuro, as 
características sociais, étnicas e culturais de uma pessoa morta, usando exclusivamente seus ossos. 
II. A charge indica que somente a morte consegue provar que as diferenças de gênero, étnicas, políticas 
e culturais não fazem parte da vida real das pessoas. 
III. A charge sugere que, apesar das diferenças que existem entre as pessoas, todas são essencialmente 
iguais. 
Está correto o que se afirma somente em 
A. I. B. II. C. III. D. I e III. E. II e III. 
 
Questão 8. Responsabilidade social: setor privado (responsabilidade social empresarial e 
diminuição das desigualdades sociais). 
Leia a charge e o texto a seguir. 
 
 
Disponível em <http://mitnoticias.blogspot.com.br/2012/11/a-visao-da-empresa-e-mais-importante.html>. Acesso em 09 jan. 2016. 
 
Responsabilidade social empresarial e diminuição das desigualdades sociais 
 
9 
Anna Flávia Camilli Oliveira 
Torna-se flagrante a mudança de paradigma na forma de atuação empresarial, ampliando seus objetivos 
para além da mera obtenção do lucro, dando espaço à atuação socialmente responsável. Esse novo 
posicionamento é necessário à garantia da continuidade dos negócios e à promoção da sustentabilidade, 
que passa pela diminuição das desigualdades sociais. Carlos Nelson dos Reis e Luiz Edgard Medeiros, a 
esse respeito, ensinam: 
―Em uma realidade mundial caracterizada por vigorosas e profundas transformações societárias, as 
empresas ocupam, inequivocamente, o lugar de agentes especiais de promoção do desenvolvimento 
econômico e social. Para tanto, suas ações devem ser direcionadas para a busca de uma efetiva articulação 
das relações sociais voltadas para o bem-estar da humanidade nos níveis local, regional e internacional. É 
nesta perspectiva que elas podem, e têm força para tanto, consolidar níveis de equidade social tão 
esperados pelas populações que vivem sob o manto da desigualdade. 
A existência de uma consciência empresarial responsável é fundamental para que haja possibilidade de 
engajamento de todos no processo de desenvolvimento, objetivando a preservação do meio ambiente, do 
patrimônio cultural, a promoção dos direitos humanos e a construção de uma sociedade economicamente 
próspera e socialmente justa‖. 
REIS, C. N. dos; MEDEIROS, L. E. Responsabilidade social das empresas e balanço social: meios propulsores do desenvolvimento econômico e 
social. São Paulo: Atlas, 2009. 
Disponível em <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8909>. Acesso em 09 jan. 2016 (com 
adaptações). 
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as asserções e assinale a alternativa correta. 
 
A charge critica a hipocrisia de empresas que adotam discursos que disfarçam seu real objetivo de obter 
lucro. 
PORQUE 
De acordo com o texto, a atuação empresarial socialmente responsável é peça fundamental para o 
desenvolvimento, para a solução de problemas sociais e para a preservação do meio ambiente. 
A. As duas asserções são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. 
B. As duas asserções são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. 
C. A primeira asserção é verdadeira e a segunda é falsa. 
D. A primeira asserção é falsa e a segunda é verdadeira. 
E. As duas asserções são falsas. 
 
Questão 9. Ética, democracia e cidadania: a moral e a ética no desenvolvimento das crianças 
(comportamento). 
Leia a charge e o texto a seguir. 
 
 
Disponível em <http://rizomas.net/charges-sobre-educacao.html>. Acesso em 26 jan. 2016. 
 
10 
 
A moral e a ética no desenvolvimento das crianças 
A imposição moral e ética 
Assis Ribeiro 
Yves de La Taille, psicólogo especializado em desenvolvimento moral, fala sobre como, apesar da crise por 
que passam, sobretudo na família e na escola, a moral e a ética continuam a ser pontos fundamentais na 
educação e desenvolvimento das crianças. Educar. Palavra de apenas seis letras que traz consigo um 
amplo leque de responsabilidades que deixa qualquer pai ou educador que se proponha à árdua tarefa de 
ensinar uma criança a trilhar os caminhos do mundo inseguro. A violência, a falta de respeitoe o 
individualismo — algumas das marcas registradas dos dias atuais — levantam questões sobre como andam 
e como transmitir dois conceitos fundamentais da boa educação e do convívio social: a moral e a ética. 
Para La Taille, a situação do mundo hoje é paradoxal. ―De um lado, verificamos um avanço da democracia 
e do respeito aos direitos humanos. Mas, de outro, tem-se a impressão de que as relações interpessoais 
estão mais violentas, instrumentais, pautadas num individualismo primário, num hedonismo também 
primário, numa busca desesperada de emoções fortes, mesmo que provenham da desgraça alheia‖, 
afirma... Segundo ele, a crise moral e ética atinge tanto a escola quanto as famílias, e uma empurra a 
responsabilidade da educação das crianças para a outra. ―Muitos professores acusam os pais de não 
darem, por exemplo, limites a seus filhos, e muitos pais acusam a escola de não ter autoridade e de não 
impor a disciplina‖, diz. Mas completa que tanto uma quanto a outra têm grande responsabilidade no 
desenvolvimento moral e ético das crianças. 
Em sua entrevista, coloca que a definição de moral e ética é muito discutida atualmente... moral é o 
conjunto de deveres derivados da necessidade de respeitar as pessoas, nos seus direitos e na sua 
dignidade. Logo, a moral pertence à dimensão da obrigatoriedade, da restrição de liberdade, e a pergunta 
que a resume é: ―Como devo agir?‖. Ética é a reflexão sobre a felicidade e sua busca, a procura de viver 
uma vida significativa, uma ―boa vida‖. Assim definida, a pergunta que a resume é: ―Que vida quero 
viver?‖. É importante atentar para o fato de essa pergunta implicar outra: ―Quem eu quero ser?‖. Do ponto 
de vista psicológico, moral e ética, assim definidas, são complementares. É possível vivermos sem moral e 
ética? A situação parece-me de certa forma paradoxal. De um lado, pelo menos no mundo ocidental, 
verificamos um avanço da democracia e do respeito aos direitos humanos. Logo, desse ponto de vista, 
saudosismo é perigoso. Assim, penso que, neste clima pós-moderno, há avanços e crise. É como se as 
dimensões política e jurídica estivessem cada vez melhores, e a dimensão interpessoal, cada vez pior. 
Agora, como não podemos viver sem respostas morais e éticas, urge nos debruçarmos sobre esses temas. 
De modo geral, penso que as pessoas estão em crise ética (que vida vale a pena viver?), e essa crise tem 
reflexos nos comportamentos morais. A imoralidade não deixa de ser tradução de falta de projetos, de 
desespero existencial ou de mediocridade dos sentidos dados à vida.... 
Disponível em <http://http://jornalggn.com.br/noticia/a-moral-e-a-etica-no-desenvolvimento-das-criancas>. Acesso em 26 jan. 2016. 
 
Com base na leitura, analise as asserções e assinale a alternativa correta. 
Ao mostrar que os estudantes chegam à escola sem noções de ética e de moral, a charge opõe-se ao 
texto, que afirma que tanto pais quanto professores são responsáveis pela formação da criança. 
PORQUE 
Segundo o texto, a moral refere-se a comportamentos socialmente preconizados e a ética relaciona-se à 
reflexão sobre o modo de viver. 
A. As duas asserções são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. 
B. As duas asserções são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. 
C. A primeira asserção é verdadeira e a segunda é falsa. 
D. A primeira asserção é falsa e a segunda é verdadeira. 
E. As duas asserções são falsas. 
 
 
11 
Questão 10. Relações de consumo: descartabilidade de mercadorias e das pessoas 
(consumismo desenfreado). 
Leia o texto a seguir. 
A descartabilidade das mercadorias e pessoas: consumo, obsolescência e relacionamentos 
humanos 
 Rita Alves 
Recentemente, circulou pelas redes sociais digitais uma pequena história na qual um casal de idosos, 
juntos há décadas, é interrogado sobre o segredo de se manter um relacionamento tão longo; respondem 
que na época em que se casaram não se costumava jogar fora um aparelho quebrado, mas se buscava 
consertá-lo e, assim, seguia-se a vida por muitos anos com os mesmos equipamentos. O casal estava 
dizendo, em outras palavras, que a longevidade de seu relacionamento se baseava na capacidade de 
―consertar‖ as fissuras da relação em vez de descartá-la quando os problemas aparecem. 
Os relacionamentos, assim como as mercadorias, passam por um período de intensa descartabilidade. O 
cientista social polonês Zygmunt Bauman já apontou a íntima relação entre as práticas de consumo 
contemporâneas e a fragilidade dos laços humanos na atualidade. 
O consumo é pautado pela obsolescência planejada e pelo desejo intenso por novidades, mudanças e, 
principalmente, novos desejos. Para ele, a satisfação dos desejos é angustiante na medida em que nos 
obriga a eleger um novo objeto de desejo; aponta que atualmente ―o desejo não deseja a satisfação; o 
desejo deseja o desejo‖. Daí a sensação constante de angústia e a incessante busca por novos desejos e 
realizações. O mesmo acontece com os relacionamentos atuais. As relações amorosas, as amizades, os 
contratos de trabalho e até mesmo os laços familiares são afetados por essa lógica da descartabilidade e 
da efemeridade do consumo, ou melhor, do consumismo. 
Segundo o antropólogo David Harvey, trata-se da lógica do capitalismo implementada após a Segunda 
Guerra Mundial, que trouxe a alteração das nossas noções de tempo e espaço a partir da aceleração do 
tempo de giro das mercadorias. Os bens materiais passaram a ser produzidos, distribuídos, consumidos e 
descartados com maior velocidade. Com essa compressão do tempo, passamos a valorizar a velocidade e a 
aceleração, que se transformaram em valores inquestionáveis, como se o veloz fosse, necessariamente, o 
bom e o desejável. 
A partir daí, nosso cotidiano passou a ser pautado pela efemeridade, pela volatilidade, pela 
instantaneidade, pela simultaneidade e, no limite, pela descartabilidade. Para Bauman, neste mundo 
líquido, flexível e mutável em que vivemos, a única coisa sólida e perene que nos sobra é o lixo, que se 
amplia, acumula e permanece como um dos maiores problemas do planeta. 
O desejo de mudança já está interiorizado e presente nas nossas ações. Desejamos mudar os cabelos, a 
cor das paredes das nossas casas, nossos corpos, automóveis. ―Mude a sua sala de estar mudando apenas 
a mesinha de centro‖, dizia o anúncio de uma revista de decoração. 
―Mude, seja outra pessoa‖, sugere a cultura contemporânea. Os reality shows de intervenção trocam todo 
o guarda-roupa dos participantes e jogam no lixo toda sua história, todas as suas lembranças e memórias 
impregnadas nas roupas; trocam todos os móveis da casa por outros novos e alinhados com as tendências 
contemporâneas, mas que, sabe-se, não durarão mais que cinco ou seis anos em boas condições, posto 
que são feitos apenas para atender à moda do momento. Essas práticas de consumo envolvem não só a 
qualidade das mercadorias adquiridas, mas também a quantidade, nunca tivemos tantos objetos. 
É esse o cenário que envolve também os relacionamentos humanos, dos matrimônios às amizades, da 
sexualidade aos circuitos familiares. As relações amorosas, por exemplo, entram na mesma lógica 
quantitativa e efêmera que desenvolvemos com os objetos, especialmente entre os jovens, que não 
escondem a valorização dos ―ficantes‖ nas suas baladas noturnas; numa mesma noite ―fica-se‖ com vários 
parceiros efêmeros e passageiros, às vezes nem mesmo perguntam-se os nomes e já partem para outra 
conquista rápida; ao final da noite, uma contabilidade geral indica o status de cada um. Mesmo quando a 
relação é duradoura, o tempo entre o namoro, o casamento e a separação pode ser de alguns anos, às 
vezes meses. A angústia do compromisso duradouro está na base dessa volatilidade amorosa; ―será que 
estou perdendo algo melhor?‖; o medo da descartabilidade aflige as duas partes: ou seremos descartados 
ou descartaremos nossopar. Entre as amizades juvenis, acontece quase o mesmo; troca-se de turma, 
incorporam-se novos amigos; as redes sociais digitais registram a intensidade do relacionamento, ―adorei 
te conhecer!‖, e, depois de alguns dias de exposição das afinidades e afetos, deixa-se que a nova amizade 
esfrie até que seja substituída por outra mais nova ainda. No âmbito de trabalho, antigamente dedicava-se 
 
12 
à mesma empresa por 30 ou 40 anos; hoje em dia, dizem os especialistas em gestão de carreiras que não 
se deve permanecer num mesmo emprego por mais de cinco anos, que isso pode parecer acomodação e 
falta de ousadia profissional. Busca-se descartar o emprego antes de ser descartado pelo patrão. 
De certa forma, as redes sociais digitais vieram contribuir para essa situação, provocando o aumento dos 
relacionamentos superficiais e passageiros, as conversas fragmentadas e teatralizadas, o excesso de 
―amigos‖ e convites para eventos aos quais não conseguimos dar muita atenção. 
As vozes pessimistas consideram que as tecnologias digitais estão contribuindo para o isolamento, a 
separação e a superficialidade das relações humanas. Isso pode ser verdadeiro em muitas situações, mas 
existem outros lados dessa questão. As redes online também resgatam antigas amizades e recuperam, 
mesmo que pontualmente, relações deixadas no passado; recuperam-se fotografias antigas, marcam-se 
encontros de turmas do colégio, apresentam-se os filhos e maridos ou esposas. Com a recente entrada dos 
idosos nas redes sociais, temos presenciado interessantes alterações nas dinâmicas familiares, com a 
criação de novos canais de comunicação entre avós e netos, por exemplo, ou ainda entre parentes há 
muito separados pela distância ou dificuldades de locomoção; as separações geográficas e geracionais no 
âmbito familiar estão sendo reconfiguradas de forma interessante e contribuindo positivamente para o 
resgate da socialização dos idosos. 
Apesar do quadro desalentador que envolve o consumo exacerbado e os relacionamentos humanos, temos 
observado práticas alternativas que vão na contramão dessa situação. Espalha-se pelo mundo o Movimento 
Slow, que questiona a velocidade e a descartabilidade das mercadorias e relações, propondo um retorno às 
práticas desaceleradas de tempos atrás. A vertente mais conhecida desse movimento é o slow food, que 
propõe que voltemos a preparar a comida lentamente, que conversemos com o açougueiro, o padeiro e o 
verdureiro; que convivamos com nossos amigos na beira do fogão enquanto preparamos a comida 
lentamente. Na contramão do fast food, o slow food busca resgatar os rituais de alimentação que sempre 
estruturaram as relações familiares e de amizades. Vemos ainda a emergência de grupos que questionam 
o consumo excessivo e inconsequente, propondo o consumo consciente no qual se buscam informações 
sobre as práticas sociais das empresas produtoras, questionam-se as embalagens, aponta-se a 
possibilidade de reutilizar e reciclar embalagens e objetos. 
Existe ainda o recente consumo colaborativo, no qual os sujeitos partilham equipamentos como máquinas 
de cortar grama, furadeiras elétricas e até automóveis, considerando que individualmente estão 
subutilizados e que com os usos partilhados e coletivos pode-se otimizar os recursos. Do ponto de vista das 
relações humanas, temos observado nas grandes cidades o surgimento de grupos que propõem o resgate 
das relações de vizinhança, a ocupação e revitalização das praças públicas, a produção de hortas urbanas 
comunitárias, piqueniques coletivos e o resgate da convivência comunitária nos bairros. Na base desses 
movimentos está uma consciência ecológica renovada, que vai além dos discursos de preservação da 
natureza e que se volta à transformação dos cotidianos e das relações interpessoais. Para além da 
descartabilidade das mercadorias e pessoas, continuamos com a certeza de que a base da humanidade 
não está no avanço da tecnologia ou no acúmulo de riquezas, mas na força dos relacionamentos humanos; 
foram eles que ergueram o edifício da sociedade e da cultura e, seguramente, não serão descartados com 
tanta facilidade. 
Disponível em <http://www.sescsp.org.br/online/artigo/6687_OBSOLESCENCIA+PROGRAMADA#/tagcloud=lista>. Acesso em 15 dez. 2015. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta. 
I. O foco do texto é valorizar o mundo atual, em que os produtos são efêmeros e o consumo é possível, 
pois há liberdade de mercado. 
II. Segundo o texto, apesar do consumismo desenfreado da sociedade atual, surgiram movimentos 
contrários a essa tendência, que propõem a desaceleração das atividades cotidianas e questionam a 
descartabilidade de objetos e relacionamentos. 
III. Para o sociólogo Bauman, vivemos na época das relações líquidas e qualquer mudança é negativa. 
IV. A autora posiciona-se contra o fim dos matrimônios, que deveriam ser indissolúveis como 
antigamente. 
A. Apenas as afirmativas I e II são corretas. 
 
13 
B. Apenas a afirmativa II é correta. 
C. Apenas as afirmativas II e III são corretas. 
D. Apenas as afirmativas I, II e IV são corretas. 
E. Nenhuma afirmativa é correta. 
 
 
Questão 11. Sociedade, violência e educação: cidadania, direito à educação e combate à 
criminalidade (criança e escola). 
Leia o trecho a seguir, do poeta e produtor cultural Sérgio Vaz, um dos idealizadores da Cooperifa, que 
semanalmente reúne centenas de pessoas na periferia da zona sul da capital paulista para a leitura de 
poemas. 
 
Lugar de criança é presa na escola 
Sou a favor do aumento da maioridade escolar. 
Isso mesmo, lugar de criança é presa na escola (das 8h às 17h) e sendo torturada por aulas de 
Matemática, Português, Ciência, Música, Teatro, Geografia, Química, Física… Ou tomando banho de sol 
enquanto fazem Educação Física. 
Quando elas começarem a criar asas, trancá-las na biblioteca para aprenderem a lapidar sonhos. 
Nessa cadeia, os professores com super salários, super treinamento, super motivados não deixarão nada, 
nem ninguém escapar do castigo da sabedoria. Serão tempos difíceis para a ignorância. 
Depois de cumprirem pena e se tornarem cidadãos, terão liberdade assistida… Pelos pais orgulhosos. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas. 
I. O poeta opõe a expressão ―aumento da maioridade escolar‖ à redução da maioridade penal e 
propõe a educação como base para a construção da cidadania. 
II. O autor considera a escola um lugar de tortura, em que os alunos ficam presos e não aprendem 
verdadeiramente a viver. 
III. De acordo com o texto, as crianças não podem almejar a liberdade, e o conhecimento aprisiona as 
mentes. 
Está correto o que se afirma somente em 
A. I. B. II. C. III. D. I e II. E. II e III. 
 
Questão 12. Sociodiversidade e multiculturalismo: violência e relações étnico-raciais 
(assassinatos de afrodescendentes em relato da ONU). 
Leia o texto e a charge a seguir. 
ONU diz que polícia brasileira mata 5 por dia; maioria é afrodescendente 
Genebra (10/03/2016) 
Segundo a ONU, a polícia brasileira matou 2.000 pessoas em 2015 
A Organização das Nações Unidas (ONU) acusa a polícia brasileira de ser a responsável por cinco mortes a 
cada dia no país, totalizando apenas em 2015 cerca de 2.000 casos. O alerta foi feito nesta quinta-feira 
(10) pelo Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, Zeid Bin Hussein. 
Essa é a segunda denúncia que as Nações Unidas apresentam sobre a violência policial no Brasil em 
apenas uma semana. 
 
14 
Nesta quinta-feira, Zeid fez seu balanço anual sobre a situação dos direitos humanos no mundo. Entre os 
cerca de 30 países citados pelo alto comissário, a situação brasileira teve seu destaque ao tratar do 
racismo contra pessoas afrodescendentes. 
"No Brasil, o governo tomou ações para lidar comos direitos sociais de pessoas afrodescendentes, 
especialmente no campo da educação", reconheceu Zeid. 
"Apesar disso, foi amplamente informado sobre a insegurança que muitos jovens afro-brasileiros sentem 
diante da violência policial e da impunidade", disse. 
"Mais de 2.000 pessoas foram mortas pela polícia no Brasil no ano passado e eles eram, de forma 
desproporcional, de afrodescendência", acusou Zeid. 
Segundo o relator, outra constatação preocupante também é a morte de jovens afro-americanos nos 
Estados Unidos, com 300 casos em 2015. 
"Mais ações são necessárias em países onde esses casos são registrados, incluindo medidas para levar os 
autores à Justiça e garantir um remédio para as vítimas", defendeu Zeid. 
Na última terça-feira (8), o relator da ONU para a prevenção da Tortura, Juan Mendez, também atacou o 
Brasil por não dar respostas à violência policial. Para ele, os homicídios cometidos por policiais não são a 
exceção, mas, sim, "a regra". 
Rogério Sottili, secretário de Direitos Humanos, viajou até Genebra, na Suíça, nesta semana para dar uma 
resposta ao informe. "Existe um problema de impunidade muito grave no país", admitiu. 
"Há tortura no Brasil. Somos um país formado por violações de direitos humanos. Temos uma cultura de 
violência. Como mudar? Com um novo processo histórico com formação em direitos humanos", disse. 
Para ele, parte da explicação é a construção histórica do Brasil. "É evidente que não mudaremos uma 
cultura de violência de pelo menos 500 anos de uma hora para outra. Mas tenho a convicção de que 
recentemente começamos a transformar essa cultura de discriminação e de violência em favor de uma 
cultura de direitos", disse. 
Como tem feito nos últimos dez anos em reuniões da ONU, o governo listou os diversos programas e 
iniciativas que adotou, "indicando o caminho para a ruptura do ciclo de impunidade e violência no país". 
Entre os programas e instituições citadas estão o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura e a 
criação de um Mecanismo Nacional de Combate à Tortura. 
Disponível em <http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2016/03/10/policia-brasileira-mata-5-pessoas-por-dia-diz-onu.htm>. 
Acesso em 22 mar. 2016. 
 
 
Disponível em <http://profwladimir.blogspot.com.br/2015/09/charge-triste-duas-realidades.html>. Acesso em 22 mar. 2016. 
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas. 
I. A reportagem indica que as preocupações da mãe do segundo quadrinho não são infundadas. 
II. De acordo com a matéria, o racismo é menor nos Estados Unidos do que no Brasil. 
 
15 
III. Segundo o relator da ONU, a falta de políticas públicas inclusivas é a principal causa do racismo na 
corporação policial. 
IV. A charge e a reportagem mostram que o assassinato de afrodescendentes no Brasil ocorre porque 
eles reagem à abordagem policial. 
Está correto o que se afirma somente em 
A. I, II e III. B. II e III. C. I e IV. D. I. E. II e IV. 
 
Questão 13. Cultura e arte: arte de rua e crítica social (comportamento). 
Leia o trecho da reportagem a seguir. 
Banksy tornou-se o anônimo mais famoso dos últimos anos. Seu trabalho mudou o olhar sobre a arte de 
rua. Com spray, faz críticas políticas, à sociedade e à guerra, mas sempre com um humor sombrio e uma 
sacada. Também se especializou em ações espetaculares, como na vez em que pôs um boneco vestido de 
prisioneiro de Guantánamo dentro da Disneylândia. Com prováveis 40 anos, ele segue experimentando: é o 
diretor de Exit Through the Gift Shop ("Saída pela Loja de Presentes"), documentário sobre um francês que 
o persegue, indicado ao Oscar. 
Hoje, suas obras espalham-se por Londres, Los Angeles, Nova York, até no muro que separa Israel e 
Palestina. Mas tudo começou em Bristol, no interior da Inglaterra, onde Banksy já dava sinais de que iria 
longe. 
Disponível em <http://super.abril.com.br/cultura/banksy-o-anonimo-mais-famoso-do-mundo>. Acesso em 23 mar. 2016. 
 
A imagem a seguir é um trabalho de Bansky. 
 
 
Disponível em <http://i.imgur.com/f9DxYSd.jpg>. Acesso em 04 mar. 2016. 
 
Com base nas informações, na imagem e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas. 
I. A imagem apresenta uma crítica ao uso de redes sociais e celulares por menores de idade, pois isso 
pode estimular a pedofilia. 
II. A imagem satiriza o comportamento infantil de pessoas que necessitam da aprovação de amigos 
virtuais em redes sociais. 
III. A imagem contradiz as características do artista apontadas no texto, uma vez que não explora o 
humor e não tem conteúdo político. 
 
16 
Está correto o que se afirma somente em 
A. I. B. II e III. C. III. D. I e II. E. II. 
 
Questão 14. Tecnologias da informação e comunicação (TIC)/cultura e arte: redes sociais e 
narcisismo (comportamento). 
A ilustração da esquerda foi construída com base no mito de Narciso, cuja imagem mais conhecida é a 
representada no quadro de Caravaggio (à direita). De acordo com a mitologia grega, Narciso era um jovem 
extremamente belo e, embora muito assediado, preferia ficar só. Um dia, ele debruçou-se à beira de um 
lago e viu sua imagem na água. Sem saber que era ele a figura refletida, apaixonou-se pela sua beleza. Em 
uma versão, Narciso, ao tentar alcançar a ―pessoa‖ no lago, acabou morrendo afogado. Em outra, Narciso 
ficou tão enfeitiçado pela imagem que não saiu mais de lá e definhou, morrendo de fome e de sede. 
O termo narcisista é, então, usado para se referir às pessoas que idolatram a própria imagem. 
 
Disponível em 
<https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1627324970849655&
set=a.1489160314666122.1073741828.100007165034998&type=3
&theater>. Acesso em 15 nov. 2015. 
 
Disponível em 
<http://www.amigodaalma.com.br/2009/12/29/espelho-
portal-para-o-si-mesmo/caravaggio-1573-1610-narciso-na-
fonte/>. Acesso em 15 nov. 2015. 
 
Com base nas informações e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas. 
I. A ilustração, ao colocar uma tela do celular com uma rede social no lugar do lago, altera o conceito de 
narcisismo, uma vez que a imagem do dispositivo é compartilhada socialmente. 
II. A ilustração tem como objetivo alertar sobre o perigo de morte que a moda das selfies vem 
provocando no mundo. 
III. A ilustração critica o modo narcisista como algumas pessoas utilizam as redes sociais. 
IV. A ilustração tem por objetivo mostrar os aspectos positivos das redes sociais, que melhoram a 
autoestima. 
Está correto o que se afirma apenas em 
A. I e IV. B. II e III. C. I e III. D. III. E. III e IV. 
 
 
17 
Questão 15. Tecnologias de informação e comunicação: redes sociais e construção da 
autoestima (comportamento). 
Analise a ilustração e as afirmativas a seguir. 
 
 
Disponível em 
<https://www.facebook.com/137459689780175/photos/a.409068539285954.1073741892.137459689780175/409068882619253/?type=3&theater
>. Acesso em 15 out. 2015. 
 
I. A ilustração aponta o aspecto positivo das redes sociais na construção da autoestima. 
II. Segundo a ilustração, as curtidas recebidas na página da rede social representam a aprovação do 
outro, o que alimenta o ego do indivíduo e o torna mais sensível à coletividade. 
III. O foco da crítica da ilustração é o uso das redes sociais como forma de exposição da intimidade das 
pessoas. 
Assinale a alternativa correta. 
A. Nenhuma afirmativa está correta. B. Apenas a afirmativa I está correta. 
C. Apenas a afirmativa II está correta. D. Apenas a afirmativa III está correta. 
E. Apenas as afirmativas II e III estão corretas.

Continue navegando