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Esportes
De acordo Weineck (2005) não é possível, no campo da ciência do esporte, uma delimitação precisa do conceito de esporte devido à sua abrangência na linguagem corrente. A definição deste fenômeno apóia-se menos em análises científicas que no uso diário, assim como nas associações, surgidas historicamente com fatores econômicos, políticos e legais, que levaram a constantes mudanças na compreensão do conceito.
Do ponto de vista teórico, ações esportivas são ações “livres”, não contempladas nas definições objetivas do mundo cotidiano e do trabalho que, no entanto, não são inúteis, não estando sujeitas exclusivamente a considerações tradicionais de utilidade, apresentando como características a realização de atividades motoras e interações sociais.
Segundo o autor em foco, são conhecidas as seguintes formas de manifestações esportivas:
ESPORTE DE MASSA, caracterizado pela oferta de modalidades esportivas relevantes do ponto de vista do lazer, acessível a uma grande parte da população.
Neste, apesar do empenho e da busca pelos objetivos por parte do praticante, não importa o nível de desempenho (entendido como comportamento observável) alcançado. No centro da questão está o interesse pelo movimento, jogo e-ou momentos sociais, e não por exemplo, a saúde.
ESPORTE PARA A SAÚDE, que engloba exercícios físicos no âmbito de um programa de atividades físicas que visam à manutenção da saúde (entendida como ideal, como um estado de amplo bem-estar físico, psíquico e social, e não meramente estar livre de doenças e-ou fraquezas). Contempla interesses preventivos, terapêuticos e-ou de reabilitação.
ESPORTE COMPETITIVO, aquele que objetiva alcançar o melhor desempenho pessoal. Nele, embora a alegria no momento-movimento-jogo ainda esteja em primeiro plano, o desempenho tem um papel decisivo.
ESPORTE COMPETITIVO DE ALTO NÍVEL (ou esporte de alto desempenho, esporte de ponta) sendo o esporte praticado em nível regional, nacional e internacional com o objetivo de desempenho máximo absoluto. Os principais critérios são recordes e sucesso internacional.
É, segundo Schönholzer (1977, citado por WEINECK, 2005), o esporte de sucesso, com perda da liberdade de exercitar-se, sendo realizado por atletas profissionais, sendo que o prazer no movimento e no convívio social aparecem em segundo plano como motivo para a prática.
Do ponto de vista da biologia e medicina do esporte, ações esportivas com caráter esportivo de alto nível representam o trabalho muscular no limite da capacidade de desempenho físico de um indivíduo.
De forma diferenciada, Gonzalez (2004) defende que as atividades motoras em geral, e os esportes, em particular, têm sido objetos de diversas classificações com o propósito de identificar seus elementos universais (modelos operativos que representam as estruturas básicas do funcionamento do jogo esportivo e que contêm sua lógica interna, segundo PARLEBAS, 2001) e entender melhor suas lógicas internas (sistemas das características pertinentes de uma situação motora e as conseqüências que entranha para a realização da ação motora correspondente, de acordo com PARLEBAS, 2001), particularmente no que tange às solicitações colocadas por estas aos praticantes das diferentes atividades. 
Estas classificações são montadas a partir de diversos critérios (entendidos como caráter, norma e-ou modelo que podem vir a servir à apreciação de um objeto, coisa, idéia e-ou acontecimento) que intentam indicar e destacar diferentes aspectos da estrutura (sistema de relações abstratas que formam um todo coerente, que subjaz à variedade e variabilidade dos fenômenos empíricos) e-ou da dinâmica (relações estabelecidas pelos participantes a partir das regras que regulam o esporte, jogo ou atividade motora) dos esportes.
A seguir, será apresentado um sistema de classificação para o esporte desenvolvido na base de critérios bem definidos que objetivam caracterizar de forma específica às exigências que diferentes grupos ou categorias de modalidades impõem aos participantes das mesmas, e que reúne um conjunto de categorias indicadas em estudos realizados por, entre outros, Gonzalez (2004), Parlebas (1988), Schmidt e Wrisberg (2001). 
Sua estruturação objetiva facilitar a compreensão das demandas determinadas para os praticantes dos diferentes esportes-modalidades.
1)Os aspectos inicialmente considerados são: relação com os companheiros e interação direta com o adversário, gerando as seguintes sub-categorias:
=Esportes individuais, sem interação direta com o oponente: representados pelas atividades motoras em que a atuação do sujeito não é condicionada diretamente pela necessidade de colaboração do colega, nem pela ação direta do oponente.
Ex: ginástica artística, atletismo (provas de campo) e natação.
=Esportes individuais em que há interação com o oponente: são aqueles em que os sujeitos se enfrentam diretamente, tentando em cada ato, alcançar os objetivos do jogo evitando, concomitantemente, que o adversário o faça, sem a colaboração de um companheiro.
Ex: judô, tênis, peteca.
=Esportes coletivos em que não há interação com o oponente: são atividades que requerem a colaboração de dois ou mais atletas, mas que não implicam a interferência do adversário na atuação motora.
Ex: nado sincronizado, remo.
=Esportes coletivos em que não há interação com o oponente: são atividades nas quais os sujeitos, colaborando com seus companheiros de equipe de forma combinada, se enfrentam diretamente com a equipe adversária, tentando em cada ato atingir os objetivos do jogo, evitando ao mesmo tempo em que os adversários o façam.
Nos esportes sem interação com o adversário têm-se diferentes tipos de resultados como elementos de comparação de desempenho, permitindo classificar as modalidades em:
-Esportes de marca: aquele onde o resultado da ação motora obtida é um registro quantitativo de tempo, distância, altura ou peso.
Ex: corridas.
-Esportes estéticos: aqueles onde os resultados da ação motora são obtidos de acordo com a qualidade do movimento segundo padrões técnico-combinatórios.
Ex: ginástica artística.
-Esportes de precisão: aqueles cujo resultado da ação motora diz respeito à eficiência e à eficácia de aprimorar um objeto ou atingir um alvo.
Ex: tiro ao alvo.
Já nos esportes com interação com o adversário, adaptando a classificação de Almond (in: DEVIS & PEIRÓ, 1992) e enfatizando os princípios táticos do jogo, podem ser divididos em quatro categorias:
=Esportes de combate ou de luta: aqueles caracterizados como disputas em que o(s) oponente(s) deve(m) ser subjugado(s) por meio de técnicas, táticas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão de um determinado espaço ou combinação de ações de ataque e defesa.
=Campo e taco: compreendem aqueles que têm como objetivo colocar a bola longe dos jogadores do campo a fim de recorrer espaços determinados para conseguir mais corridas que os adversários.
Ex: Taco.
=Esportes de rede-quadra dividida ou muro: são os que têm como objetivo colocar-arremessar-lançar um implemento em setores onde o(s) adversário(s) seja(m) incapaz(es) de alcançá-lo para que o(s) adversário(s) cometa(m) um erro, servindo o tempo que o objeto está em movimento.
Ex: voleibol.
=Esportes de invasão territoriais: constituem aqueles que têm como objetivo invadir o setor definido pelo adversário, procurando-se atingir a meta contrária para pontuar, protegendo simultaneamente a sua própria meta.
Ex: futebol.
2)Aspectos considerados: padronização ou não dos espaços-ambientes em que são realizados os esportes.
=Esportes praticados em espaços não padronizados: são aqueles realizados em espaços mutáveis e que, por conseqüência, apresentam incertezas para o praticante, exigindo dele a permanente adaptação de sua ação motora perante estas variações.
Ex: natação em mar aberto, corrida de orientação.
=Esportes padronizados: são aqueles realizados em espaços estandardizados,conhecidos pelos praticantes.
Ex: natação na piscina, corrida de atletismo indoor.
Observações: em um espaço padronizado –quadra de handebol- as habilidades necessárias para a prática desse esporte são, predominantemente, abertas, ou seja, o executante deve utilizar os processos de percepção, reconhecimento de padrão de movimento e tomada de decisão para ajustar o movimento, geralmente em uma pequena quantidade de tempo, em resposta às condições que estão continuamente mudando no ambiente.
Por outro lado, em um também espaço padronizado –uma pista de boliche- as habilidades necessárias para a prática desse esporte são fechadas, ou seja, o executante pode avaliar as demandas ambientais com antecedência, organizar o movimento sem pressão de tempo e desempenhar a ação sem qualquer necessidade de ajustes repentinos.
Necessário ressaltar que o sistema de classificação apresentado não é completo, pois existem esportes que nele não estão contemplados. Essa estrutura, contudo, possibilita a classificação da maioria das modalidades esportivas conhecidas, habilitando uma análise criteriosa dos elementos particulares do universo esportivo e permitindo mapear os elementos comuns entre diversas modalidades.
As características da lógica interna dos esportes condicionam decisivamente os procedimentos de ensino e treinamento. Dessa forma, este conhecimento é fundamental para o profissional que pretenda mediar as manifestações esportivas e os sujeitos, tendo em vista que o reconhecimento das especificidades da modalidade permitirá hierarquizar os conteúdos (o que ensinamos) e selecionar de forma adequada os procedimentos de ensino (como ensinamos).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DEVIS, J. D.; PEIRÓ, C. V. Nuevas perspectivas curriculares en educación física: la salud y los juegos modificados. Barcelona: Inde, 1992.
GONZÁLES, F. J. Influência do nível de desenvolvimento cognitivo na tomada de decisão durante jogos motores de situação. Revista Movimento: Porto Alegre, v. 10, n.1, 1999. pp.3-14.
PARLEBAS, P. Juego de porty sociedad. Léxico de praxiología motriz. Barcelona: Pai do tribo, 2001.
SCHMIDT, R. A.; WRISBERG, C. A. Aprendizagem e performance motora. Trad. de Ricardo D. S. Petersen (org.) 2ª. ed. Porto Alegre: Artmed, 2001.
WEINECK, j. Biologia do esporte. Trad. de Luciano Prado. Barueri:Manole, 2005.

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