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7073_Capitulo Contratos Administrativos

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www.cursocejus.com.br – josearas@ig.com.br – Twitter: @josearas – Facebook: ProfessorJoseAras 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
Capítulo do Livro On Line®: CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
 
1. Generalidades: Contratos da Administração: contratos de direito privado e 
contratos administrativos propriamente ditos 
- Contratos da Administração: contratos de direito privado e contratos 
administrativos propriamente ditos; 
- É o estudo dos contratos administrativos; 
- Contrato Administrativo é uma espécie do gênero chamado de Contrato da 
Administração; 
- A Administração Pública firma dois tipos de contratos: 
i) os contratos de direito privado; 
ii) os contratos administrativos propriamente ditos = contratos administrativos; 
 
OBS: A Administração Pública firma contratos de direito privado, oportunidade em 
que se despe da sua potestade púbica, firmando o ajuste na mesma condição do 
particular; ex: contratos de seguro, contratos de financiamento, contratos de 
locação (quando a Administração Pública é a inquilina ou a locatária); Esses 
contratos têm as cláusulas discutidas com o particular; 
 
OBS: Considerando que a Administração Pública jamais se dissocia totalmente do 
interesse público, mesmo nesses contratos de direito privado, deve se atender e 
respeitar, certas prerrogativas públicas; 
 
- Art. 62, §3º, I da Lei nº 8.666/93, previsão de contrato privado firmado pela 
Administração Pública; 
- Art. 62, §3º, II da Lei nº 8.666/93, 
 
2. Contratos administrativos: 
 
 
www.cursocejus.com.br – josearas@ig.com.br – Twitter: @josearas – Facebook: ProfessorJoseAras 2 
- Esses contratos são regidos pelo direito PÚBLICO; 
- Também conhecidos como contratos administrativos propriamente ditos; 
- A presença das cláusulas exorbitantes; 
 
OBS: Por sua vez, os contratos administrativos são regidos pelo direito PÚBLICO 
atuando a Administração com o seu jus imperium (domínio de império), inclusive 
estabelecendo TODAS as condições contratuais, com base na lei, as quais aderem 
às normas estabelecidas (contrato de adesão) pela administração pública; 
 
OBS: Esses contratos administrativos são marcados pela presença das 
CLÁUSULAS EXORBITANTES. Trata-se de condições que estabelecem uma 
desigualdade entre as partes, com flagrante privilegio da Administração Pública 
sobre o particular. Essas cláusulas exorbitantes seriam nulas em contratos 
privados, mas se justificam nos contratos administrativos em decorrência do 
Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Interesse Privado; 
 
2.1. Alteração unilateral: 
a) Alteração qualitativa: a Administração Pública pode alterar ou modificar, 
independentemente do consentimento do particular, as clausulas contratuais. Essa 
alteração envolve os insumos da obra ou serviço; ex: Art. 65, I,”a” da Lei 8.666/93; 
 
b) Alteração quantitativa: a Administração Pública pode alterar ou modificar, 
independentemente do consentimento do particular, as clausulas contratuais. Essa 
alteração envolve a quantidade da obra ou do serviço; ex: Art. 65, I, “b” da Lei 
8.666/93; 
 
OBS: A Alteração Unilateral NÃO pode incidir sobre a natureza do contrato; ex: A 
administração não pode contratar uma empresa para construir um prédio e depois 
querer mudar seu objeto contratual, e querer que essa empresa construa uma 
ponte; 
 
 
www.cursocejus.com.br – josearas@ig.com.br – Twitter: @josearas – Facebook: ProfessorJoseAras 3 
 
OBS: A Alteração Unilateral NÃO incide sobre as clausulas econômico-financeira 
dos ajustes sendo que o contratado tem o direito subjetivo à manutenção do 
equilíbrio econômico financeiro contratual; 
 
QUESTÕES SOBRE O TEMA (EXTRAÍDAS DO NOSSO LIVRO DE DIREITO 
MATERIAL E QUESTÕES)® 
OAB/CESPE – DIVERSAS REGIOES/ 2008.1 
A administração pública decidiu alterar unilateralmente o contrato firmado com uma 
empreiteira para a construção de um hospital público, com vistas a incluir, na obra, 
a construção de uma unidade de terapia intensiva infantil. As alterações propostas 
representavam um acréscimo de 15% do valor inicial atualizado do contrato, tendo 
a administração assumido o compromisso de restabelecer, por aditamento, o 
equilíbrio econômico-financeiro inicial pactuado. Entretanto, a empreiteira 
contratada recusou-se a aceitar as alterações propostas, demonstrando 
desinteresse em permanecer desenvolvendo a obra. 
– Em face dessa situação hipotética, pode-se dizer que a administração tem o 
direito de exigir que a empreiteira se submeta às alterações impostas? Diante da 
recusa da empresa, que tipo de providência pode administração adotar? Justifique 
as respostas. 
 
– Direito da administração de promover, de forma unilateral, os acréscimos que se 
fizerem necessários no contrato (art. 65, § 1o, da Lei no 8.666/93) 
– Necessidade de obedecer ao limite de até 25% do valor inicial atualizado do 
contrato (também o art. 65, § 1o, da Lei no 8.666/93) 
– Necessidade de a administração restabelecer, por aditamento, o equilíbrio 
econômico-financeiro inicial do contrato (art. 65, § 6o) 
– Direito da administração de rescindir o ajuste, atribuindo à contratada culpa pela 
rescisão (art. 79 da Lei no 8.666/93) 
 
c) Reajuste x revisão: 
- São institutos utilizados para manter o equilíbrio econômico financeiro; 
 
OBS: Nesse contexto o equilíbrio financeiro contratual se realiza tanto através do 
reajuste, quanto através da revisão; 
 
- O reajuste envolve situações previsíveis, como, atualização monetária, cujos 
índices são previstos no próprio contrato; o reajuste se materializa por simples 
 
 
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apostila, dispensando aditivo contratual; Art. 65, §8º da Lei 8.666/93; é um modo de 
se buscar o equilíbrio econômico financeiro contratual; 
 
- A revisão trata de situações imprevisíveis; a revisão necessita de formalização via 
aditivo contratual; Art. 65, §5º e §6º da Lei 8.666/93 
 
d) Teoria da imprevisão: essa Teoria estuda aquela situação que causa prejuízo ao 
contratado, no curso da execução de um contrato administrativo; fatos 
imprevisíveis que dificulta a execução; Art. 65, II, “d” da Lei 8.666/93 concentra 
esses fatos que correspondem a Teoria da Imprevisão; 
 
d.1. Áleas administrativas: riscos provocados pela administração; 
 
i) Fato do príncipe: corresponde a uma determinação geral estatal, que repercute 
na execução do contrato administrativo; ex: sempre envolvendo contrato 
administrativo, que causa prejuízo ao contratado, onde a Administração estabelece 
uma regra que dificulta a execução do contrato; o contratado exige que 
Administração pague por esse prejuízo; alteração de alíquota de imposto (para 
mais ou para menos); Art. 65, §5º da Lei 8.666/93; 
 
ii) Fato da administração: corresponde a uma inexecução contratual; alcança 
unicamente aquele contrato administrativo; 
 
OBS: O fato da administração permite também que, a empresa postule 
judicialmente a rescisão do contrato, conforme Art. 78, XVI da Lei 8.666/93; 
 
QUESTÕES SOBRE O TEMA (EXTRAÍDAS DO NOSSO LIVRO DE DIREITO 
MATERIAL E QUESTÕES)® 
OAB/CESPE – DIVERSAS REGIOES/ 2007.3 
A polêmica criação da “super-receita” acarretou uma série de reflexos jurídicos. Um 
deles foi o fato de que os auditores fiscais da Previdência Social assumiram o 
 
 
www.cursocejus.com.br – josearas@ig.com.br – Twitter: @josearas – Facebook: ProfessorJoseAras 5 
cargo de auditores fiscais da Receita Federal, sem terem prestado concurso 
público para esse novo cargo. É correto afirmarque tenha ocorrido, no caso, o 
chamado fato do príncipe? Justifique a sua resposta. 
 
OAB/CESPE 2010.1 
A empresa Alfa, após o devido procedimento licitatório, celebrou contrato com o 
poder público municipal para a prestação de serviço público de transporte de 
estudantes. 
Devido a posterior aumento da carga tributária, provocado pela elevação, em 10%, 
dos percentuais a serem recolhidos a título de contribuição previdenciária, a 
empresa, para tentar suprir a despesa decorrente do aludido recolhimento, 
postulou à prefeitura a revisão dos valores do contrato. A autoridade administrativa 
encaminhou o pedido a sua assessoria jurídica, para parecer acerca da viabilidade 
da pretensão. 
– Em face da situação hipotética apresentada, responda, de forma fundamentada, 
se a pretensão da empresa encontra amparo no ordenamento jurídico nacional. 
 
Resposta 
Tratando-se de contrato administrativo, o contratado tem o direito de ver 
mantido o denominado equilíbrio econômico-financeiro do ajuste, assim 
considerada a relação que se estabelece, no momento da celebração, entre o 
encargo assumido pelo contratado e a prestação pecuniária assumida pela 
administração. 
Desse modo, quando da apresentação de sua proposta no procedimento 
licitatório, a empresa pautou-se pelo contexto fático então presente. A alteração do 
cenário, decorrente de medida geral (aumento da contribuição) não relacionada 
diretamente ao contrato, mas que nele repercute, provoca o desequilíbrio 
econômico-financeiro em prejuízo do contratado, o que merece a proteção da lei. 
É o que a doutrina denomina de fato do príncipe. 
Nesse sentido, o art. 65, II, d, da Lei nº 8.666/1993 admite que os contratos 
sejam alterados, com as devidas justificativas, no caso de acordo das partes, para 
o restabelecimento da relação pactuada inicialmente entre os encargos do 
contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração do serviço, 
“objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, 
na hipótese de superveniência de fatos imprevisíveis ou previsíveis, porém, de 
consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, 
ou ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, que configura 
álea econômica extraordinária e extracontratual.” 
Ademais, o § 5º do art. 65 da Lei nº 8.666/1993 é expresso ao consignar que 
quaisquer tributos ou encargos legais criados, alterados ou extintos, bem como a 
superveniência de disposições legais, quando ocorridas após a data da 
apresentação da proposta, de comprovada repercussão nos preços contratados, 
implicarão a revisão destes para mais ou para menos, conforme o caso. 
 
 
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O município pode, portanto, com fundamento no referido preceito legal, 
revisar o contrato para recompor o equilíbrio econômico-financeiro, de modo a 
garantir a execução do contrato originário. 
 
d.2. Áleas extraordinárias: situações de natureza macro de ordem internacional, 
nas quais o Estado pouco ou nada pode intervir, e que geram um prejuízo ao 
contratado, quando da execução do contrato administrativo; quem paga a conta é a 
administração público, em virtude do equilíbrio econômico financeiro; gera a 
revisão, mediante aditivo contratual; ex: situação de guerra, grande cries 
financeiras; 
 
OBS: Diferentemente da Álea Extraordinária ou Econômica, tem-se a Álea 
Ordinária ou Empresarial; está corresponde aos riscos previsíveis e inerentes a 
própria atividade empresarial. Nesse sentido os prejuízos são arcados pela própria 
empresa, de modo que não tem direito de postular perante a Administração Pública 
a manutenção do equilíbrio econômico financeiro contratual; ex: batida de veículos, 
perecimento de materiais, enfermidade atingindo um funcionário da empresa; 
 
d.3. Caso fortuito e força maior: 
- Caso fortuito = conduta humana; 
- Força maior = eventos da natureza; 
 
d.4. Fatos imprevisíveis: correspondem a situações que já existiam, mas NÃO eram 
conhecidas, e que oneram a execução do contrato; 
 
2.2. Rescisão unilateral: 
- Art. 58, II da Lei 8.666/93; 
- Art. 79, I da Lei 8.666/93; 
- Art. 78, I a XII e XVII da Lei 8.666/93; do inciso I ao XI = rescisão por culpa do 
contratado (intuito persona / não tem direito a indenização / tem direito de receber 
pelo que executou); inciso XII = rescisão por motivo de interesse público 
 
 
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(pagamento de indenização ao contratado); inciso XVII = rescisão por impedimento 
da execução; 
 
2.3. Fiscalização 
- Art. 58, III da Lei 8.666/93; 
- Art. 67 da Lei 8.666/93; 
 
2.4. Aplicação de sanções 
- Inexecução parcial ou total do ajuste; 
- Art. 58, IV da Lei 8.666/93; 
- Art. 86 até 88 da Lei 8.666/93; 
- Multa em contrato administrativo tem natureza autoexecutória; 
 
QUESTÕES SOBRE O TEMA (EXTRAÍDAS DO NOSSO LIVRO DE DIREITO 
MATERIAL E QUESTÕES)® 
OAB 2009.3 – Cespe 
Determinada pessoa jurídica, prestadora de serviços de limpeza em diversos 
órgãos públicos da União, foi declarada inidônea para licitar e contratar com a 
administração pública pelo ministro de estado competente, com fundamento no art. 
88 da Lei nº. 8.666/1993, após o trâmite de regular processo administrativo, no qual 
lhe foram assegurados a ampla defesa e o contraditório. 
Em razão de tal decisão, a União rescindiu unilateralmente alguns dos contratos 
vigentes celebrados com tal pessoa jurídica, também com fundamento nas normas 
da Lei de Licitações. Contra tal ato, a empresa impetrou o mandado de segurança 
cabível, sustentando, em suma, que a declaração de inidoneidade depende de 
decisão judicial, não podendo ser imposta pelo ministro. Consigna, além disso, a 
impossibilidade de rescisão dos contratos em curso, sob o argumento de que, 
ainda que se admita a validade da decisão que declarou sua inidoneidade para 
contratar com o poder público, tal decisão não tem eficácia ex nunc, devendo ser 
aplicada apenas para contratos futuros. 
– Em face dessa situação hipotética, esclareça, com base na Lei nº 8.666/1993, se 
a declaração de inidoneidade para contratar com a administração somente pode 
ser imposta por meio de demanda judicial e se existe alguma possibilidade de 
rescisão, pela União, dos contratos vigentes. 
 
Argumentos para desenvolvimento da resposta 
 
 
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- Art. 87, § 3º, da Lei de Licitações, que atribui a ministro de Estado ou secretário 
estadual ou municipal competência para a declaração de inidoneidade para licitar 
ou contratar com a administração pública. 
- Possibilidade de rescisão dos contratos em curso, com fundamento em uma das 
causas previstas no art. 78 da referida lei, mormente em seu inciso XII. 
- Assim, conforme a gravidade dos motivos que levaram o ministro a declarar a 
inidoneidade da empresa, poderia a administração invocar, por exemplo, relevante 
interesse público para rescindir os contratos vigentes, com fundamento no art. 78, 
XII, da Lei nº 8.666/93. 
 
VII Exame da Ordem Unificado 
 
A Secretaria estadual de Esportes do Estado ABC realiza certame licitatório para a 
seleção de prestadora de serviço de limpeza predial na sua sede. A vencedora do 
processo licitatório foi a empresa XYZ. Decorridos 10 (dez) meses, diante do que a 
Secretaria reputou como infrações por parte da empresa, foi instaurada comissão 
de instrução e julgamento composta por três servidores de carreira e, após 
processo administrativo, em que foram garantidos ocontraditório e a ampla defesa, 
a empresa XYZ foi punida pela Comissão com a declaração de inidoneidade para 
contratar com a Administração Pública. 
A empresa, então, ajuizou ação ordinária por meio da qual pretende anular o ato 
administrativo que aplicou aquela sanção, arguindo a ausência de tipificação da 
conduta como ato infracional, a não observância da aplicação de uma penalidade 
mais leve antes de uma mais grave e a não observância de todas as formalidades 
legais para a incidência da punição. 
Considerando o fato apresentado acima, responda, de forma justificada, aos itens a 
seguir. 
A) É possível a anulação do ato administrativo que aplicou a penalidade, tendo em 
vista a não observância da aplicação de uma penalidade mais leve antes de uma 
mais grave? 
B) É possível ao Judiciário anular o ato administrativo por algum dos fundamentos 
apontados pela empresa? Em caso afirmativo, indique-o. 
 
 
 
Comentários do Autor: 
 
- Não há gradação/ordem legal de penalidades, de modo que não se faz 
necessária a aplicação de uma penalidade mais leve antes da mais grave 
 
- A penalidade aplicada (declaração de inidoneidade) é de competência exclusiva 
do secretário estadual de esportes (art. 87, §3º, da Lei n. 8.666/93). 
 
2.5. Encampação 
 
 
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- Art.58, V da Lei 8.666/93; 
- É a ocupação da empresa para não paralisar o contrato; 
- Art. 80, II da Lei 8.666/93; 
- Continuidade do serviço público; não pode parar; 
 
2.6. Restrição ao uso da exceção dos contratos não cumprido 
- O contratado é obrigado a manter a execução do ajuste por um prazo de até 90 
dias, mesmo sem receber o pagamento pela Administração Pública; 
- Isso corresponde a uma mitigação (fragilização) da EXCEÇÃO DO CONTRATO 
NÃO CUMPRIDO; 
- Art. 78, XV da Lei 8.666/93; restrição temporal; 
 
2.7. Exigência de garantia 
- Alguns autores incluem como clausulas exorbitantes; 
- Art.56 da Lei 8.666/93; 
- Modalidade de garantia: 
a) caução; 
b) fiança bancaria; 
c) seguro garantia; 
 
3. Outras regras importantes acerca dos contratos administrativos 
- Art. 57 da Lei 8.666/93; 
- Art. 58 da Lei 8.666/93= concentra as clausulas exorbitantes; 
- Art. 59 da Lei 8.666/93 = grifar todo; § único = previsão da anulação de um 
contrato (opera efeito retroativo / não exonera a Administração do dever de 
indenizar o contratado pelo que este executou, em qualquer situação); 
- Art.60 da Lei 8.666/93; da formalização dos contratos; § único = grifar todo; 
- Art.61 da Lei 8.666/93; § único = grifar todo; 
- Art. 62 da Lei 8.666/93; fala quando é obrigatório ou facultativo o contrato; 
 
 
www.cursocejus.com.br – josearas@ig.com.br – Twitter: @josearas – Facebook: ProfessorJoseAras 10 
- O simples fato de a Administração participar como parte de um contrato NÃO quer 
dizer que esse contrato é de direito público; 
- Art. 63 da Lei 8.666/93; 
- Art. 64 da Lei 8.666/93 = “convocação” = prazo para assinar o termo de contrato, 
aceitar ou retirar; 
- Art. 72 da Lei 8.666/93 = admite a subcontratação; 
- Art. 73 da Lei 8.666/93 = trata do recebimento do contrato; provisório e definitivo; 
- Art. 69 da Lei 8.666/93= responsabilidade da execução da obra; 
- Art. 74 da Lei 8.666/93 = trata dos recebimentos provisórios que podem ser 
dispensados; 
- Art. 79 da Lei 8.666/93 rescisão pode ser unilateral, amigável ou judicial (quando 
a culpa é da Administração Pública); 
- Art. 80 da Lei 8.666/93 = fala da rescisão unilateral e suas consequências; § 3º 
deste artigo = super importante = grifar todo! 
- Art. 81 da Lei 8.666/93 = trata de sanções meramente administrativas; grifar todo; 
§ único = grifar todo; 
- Art. 83 da Lei 8.666/93 = grifar todo; 
- Art. 86 a 88 da Lei 8.666/93 = trata das sanções administrativas; 
- Art. 89 a 99 da Lei 8.666/93 = trata das sanções penais; 
 
QUESTÕES SOBRE O TEMA (EXTRAÍDAS DO NOSSO LIVRO DE DIREITO 
MATERIAL E QUESTÕES)® 
OAB/UNIFICADO 2010.2 – PROVA FGV 
A empresa W.Z.Z. Construções Ltda. vem a se sagrar vencedora de licitação, na 
modalidade tomada de preço. Passado um mês, a referida empresa vem a celebrar 
o contrato de obra, a que visava a licitação. 
Iniciada a execução, que se faria em quatro etapas, e quando já se estava na 
terceira etapa da obra, a Administração constata erro na escolha da modalidade 
licitatória, pois, diante do valor, esta deveria seguir o tipo concorrência. 
Assim, com base no art. 49, da Lei nº 8666/93, e no art. 53, da Lei nº 9784/98, 
declara a nulidade da licitação e do contrato, notificando a empresa contratada 
para restituir os valores recebidos, ciente de que a decisão invalidatória produz 
efeitos ex tunc. Agiu corretamente a Administração? Teria a empresa algum 
direito? 
 
 
 
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Resposta 
A anulação do procedimento licitatório é correta, já que os atos nulos, em 
regra, não geram efeitos jurídicos válidos. 
Todavia não exclui o dever da Administração pagar à empresa por aquilo 
que foi realizado. 
É o que se vê do art. 49 da Lei nº 8.666/93, que remete ao art. 59 da mesma 
lei, garantindo o direito de recebimento pelo que foi executado até a data em que a 
nulidade foi declarada, “in verbis”: 
“Art. 49. A autoridade competente para a aprovação do 
procedimento somente poderá revogar a licitação por razões de 
interesse público decorrente de fato superveniente 
devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar 
tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por 
provocação de terceiros, mediante parecer escrito e 
devidamente fundamentado. 
§ 1º A anulação do procedimento licitatório por motivo de 
ilegalidade não gera obrigação de indenizar, ressalvado o 
disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei. 
... 
Art. 59. A declaração de nulidade do contrato administrativo 
opera retroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, 
ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já 
produzidos. 
Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração do 
dever de indenizar o contratado pelo que este houver 
executado até a data em que ela for declarada e por outros 
prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe 
seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe 
deu causa.” 
Daí se vê que agiu corretamente a Administração, tendo a empresa direito 
ao recebimento do que foi executado. 
 
4. As responsabilidades do contratado 
- Art. 69 a 71 da Lei 8.666/93 = execução dos contratos; 
. Vícios, defeitos ou incorreções na execução é obrigação do contratado reparar; 
. O contratado é responsável por sua culpa ou dolo (responsabilidade subjetiva), 
tanto perante a Administração Pública como a terceiros. 
. Com relação a terceiros a Administração Pública responde de forma 
SUBSIDIÁRIA; isso porque a Administração é a “dona” da obra; é a 
responsabilidade envolvendo a execução da obra; 
 
 
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. A responsabilidade pelo fato da obra a empresa NÃO responde; pelo fato da obra 
quem responde UNICAMENTE é a Administração Pública; 
. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e 
comerciais da execução do contrato; 
. § 2º = A Administração Pública responde solidariamente pelos encargos de 
natureza PREVIDENCIÁRIOS; 
§ 1º = os demais encargos (trabalhistas, fiscais e comerciais) NÃO transfere, nem 
subsidiariamente para a AdministraçãoPública; 
 
OBS: A Administração Pública, portanto, é responsável subsidiariamente quando, 
comprovadamente NÃO fiscalizou a empresa interposta, de modo que responde 
pelos encargos trabalhistas nessas condições; 
 
QUESTÕES SOBRE O TEMA (EXTRAÍDAS DO NOSSO LIVRO DE DIREITO 
MATERIAL E QUESTÕES)® 
OAB/CESPE – DIVERSAS REGIOES/ 2008.2 
Determinada prefeitura assinou, com um empreiteiro, contrato administrativo que 
visava à execução de uma obra de implantação de rede de saneamento em bairros 
da cidade. 
No curso da obra, ocorreram problemas que provocaram danos a diversas 
residências, por culpa exclusiva do empreiteiro, em razão da não-adoção de 
providências e medidas previstas no contrato. 
– Nessa situação, a responsabilidade pelo ressarcimento dos danos é apenas do 
contratado, ou o município também tem responsabilidade primária e solidária? 
Fundamente sua resposta. 
 
Padrão para resposta 
Padrão para: 
- A responsabilidade pelos danos é do empreiteiro, na medida em que eles foram 
provocados exclusivamente por sua culpa. Responsabilidade pela execução da 
obra. 
 
- Inexistência da responsabilidade primária e solidária da administração; a 
responsabilidade da administração é subsidiária, isto é, só estará configurada se o 
executor não lograr reparar os prejuízos que causou ao prejudicado. 
 
4.1. A previsão da Súmula 331/TST 
 
 
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CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE 
I – A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo 
diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei no 6.019, de 
03.01.1974). 
 
II – A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo 
de emprego com os órgãos da administração pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, 
da CF/1988). 
 
III – Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei 
no 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados 
ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação 
direta. 
IV – O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a 
responsabilidade subsidiária do tomador de serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja 
participado da relação processual e conste também do título executivo judicial. 
(acrescenta os itens V e VI) 
V – Os entes integrantes da administração pública direta e indireta respondem 
subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no 
cumprimento das obrigações da Lei n. 8.666/93, especialmente na fiscalização do cumprimento 
das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida 
responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas 
pela empresa regularmente contratada. 
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes 
da condenação. 
 
5. Correlação entre as normas e dispositivos legais pertinentes ao tema 
ASSUNTO NORMAS 
CONSTITUCIONAIS 
NORMAS 
INFRACONSTITUCIONAIS 
CONTRATOS 
ADMINISTRATIVOS 
Art. 37, XXI Lei 8666/93 (arts. 54 a 88) 
 
 
 
 
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6. Aspectos jurisprudenciais 
- Súmula 331/TST 
 
7. Questões extras sobre o tema 
 
. Nos contratos firmados pela Administração Pública, cabe a aplicação da teoria da 
imprevisão? 
 
. Como se dá a oposição, pelo contratado pela administração pública, da exceptio 
non adimplenti contractus? 
 
. Distinga reajuste de revisão. 
 
. Um órgão administrativo tomou serviços de uma empresa de limpeza. Encerrada 
a prestação dos serviços, a empresa contratante faliu, deixando um grande passivo 
trabalhista. Os trabalhadores, assim, moveram ação judicial contra o referido órgão 
público, afirmando sua responsabilidade solidária. Comente a possibilidade de 
propositura da ação, notadamente sob os aspectos de direito material e processual 
pertinentes. 
 
. Em que consiste equilíbrio econômico financeiro contratual. Aponte três 
dispositivos legais acerca desse tema. 
 
. É possível a subcontratação de contratos administrativos?

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