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Muitos de nós escolhemos a carreira
errada. A maioria padece muito por isso e
acha que não há mais tempo hábil para
recomeçar em outra área . Alguns poucos
buscam um meio-termo, simplesmente
aceitam que escolheram mal e aprendem
a conviver com isso sem se desmotivar. 
Há situações em que não foi a escolha da
carreira que não deu certo, mas a
escolha da empresa. Profissionais
apaixonados pela profissão se veem
trabalhando num ambiente de pressão
desmedida, de perseguição, de assédio
moral, de falta de reconhecimento e....
perdem o tesão pela atividade que um
dia juraram defender.
Este e-book é voltado para esses grupos e
também para aqueles que, apesar de
estarem satisfeitos com a profissão e com
as empresas em que atuam, desejam
imprimir mais qualidade em seu dia-dia
profissional. É um e-book breve, com
conteúdo leve e bastante prático, como
são todos os livros desenvolvidos pelo
Carreira +.
Boa leitura. Você vai gostar :)
Agradecimentos
Não sou normal. E tenho pagado um alto
preço por minhas anormalidades. Mas há
gente que consegue ser ainda mais louca
do que eu: aqueles que insistem em
andar comigo.
São verdadeiros guerreiros e guerreiras
(rs). Quero dedicar esse livro a uma
incrível pessoa que faz parte desse
pequeno grupo de loucos. 
Dedico esse livro a você,
Jana. Não mereço sua amizade.
Não aguenta mais seu emprego? Tire
pequenas férias dele. Como? Com pausas
bem pensadas e bem aproveitadas.
É bem verdade que algumas orientações
que citarei aqui não poderão fazer parte
de sua realidade devido às suas condições
de trabalho. Mas, ainda que não sejam
aproveitáveis para você, creio que
poderão servir de modelos para que você
tenha ideias aplicáveis ao seu dia-dia
profissional.
Pausa 01
Pausa para informações. Separe de cinco
a dez minutos de sua manhã
(preferencialmente antes de iniciar as
atividades) para se atualizar quanto às
notícias do dia em algum site
especializado. #Cultura
Pausa 02
Aproveite as interrupções. Sempre há
alguma pessoa (não seja como essa
pessoa) que gosta de puxar conversa
(política, violência, economia, futebol e
novela) no trabalho para quebrar aquele
clima de seriedade e silêncio. Se a
interrupção vier em momento propício,
aproveite. Imprima qualidade na
conversa. Ria. Mas não deixe que a
conversa dure mais do que cinco minutos.
#relacionamentos
Pausa 03
A pausa do café. Você tem direito a uma
pela manhã e uma pela tarde, ok?
Concentre-se no que vai fazer. Não se
levante até entrar na vibe de que você
vai tomar um delicioso café que vai
proporcionar aquela sensação que
somente um bom café pode trazer. Ah....
café  Não o leve para sua mesa. Tome-o
ali mesmo, próximo à mesinha . Quem
sabe alguém não apareça e em dois
minutinhos você teve mais alguma
conversa... #café
Pausa 04
Água e banheiro. Tente fazer os dois na
mesma pausa. Na verdade, o melhor é
que você tenha uma garrafinha de água
em seu local de trabalho para não se
esquecer. Leve seu celular e seu fone ao
banheiro. Faça o que tem que fazer e, se
o banheiro não for repulsivo (hehe),
coloque o fone e ouça uma musiquinha de
uns três minutos. Como funciona....
#música
Pausa 05
Nossa última orientação. Chega, né? Tem
que trabalhar também, uai! Se você
trabalha com computador, procure se
alongar a cada uma hora e meia de
trabalho. Além de ser excelente para sua
saúde , será mais um minutinho para
cuidar da mente.
#alongue-se
Com essas sugestões você poderá ter
cerca de trinta minutos de pausa durante
o dia.
Se você encarar isso como pequenos
momentos de férias, será mais feliz. :)
E aí? Está desmotivado(a)? Lembre-se que
sua vida está lá fora!
Somos uma geração marcada por leituras
que afirmavam e afirmam que temos que
ser realizados no trabalho e essa
inverdade gera uma enorme população de
gente frustrada e estressada que coloca
trabalho na frente de tudo e se ferra
bonito.
Vamos conversar sem rodeios, ok? Sua
vida é infinitamente maior do que seu
trabalho.
As coisas mais lindas que você vai viver
nessa vida estarão bem distantes de seu
trabalho. Sua vida é bem maior do que o
que você faz oito horas por dia . (Oito?)
Vamos pensar um pouco sobre a vida,
senhores. 
Pensemos primeiro na espiritualidade, em
sua conexão com o sobrenatural, em sua
fé. Não há coisa mais importante do que
compreender o sentido da vida e buscar
viver conforme suas crenças. Quantas
situações maravilhosas você poderá viver
nessa área! Seja mais disciplinado(a) em
suas orações, rezas ou meditações. Não
comece seu dia de trabalho sem fazê-lo.
Você verá como seu dia começará
diferente. Antes de entrar em sua sala/
loja/balcão/carro, ou qualquer outro
local de trabalho, experimente entrar
num banheiro, respirar e se conectar,
relacionar-se com aquilo em que
acredita. Veja quanta vida há lá fora! :)
Falemos agora sobre família. 
Nossa família é a que mais paga caro por
nossas escolhas profissionais. Se você
compreender isso, passará a dar menos
trela para os problemas que tem em seu
trabalho. Comece a viver o que
realmente importa e o desgosto que
você tem em relação ao seu trabalho
não te afetará tanto. Por isso, imprima
qualidade em suas relações familiares.
Como gostamos de dar soluções práticas,
vamos a algumas dicas que você pode
executar desde já :
Prepare café da manhã especial
(principalmente se você for homem,
hunf!) nos finais de semana. Faça com
que isso vire rotina.
Deixe bilhetinhos pela casa. É uma forma
de se fazer presente, de se fazer
conectado, ainda que distante.
Crie a rotina de ligar , ao menos uma vez
ao dia, para cada filho, para os pais e
para o(a) companheiro(a). Não ligue
somente para saber se tudo está bem.
Conecte-se. Fale sobre saudade, sobre
gratidão, sobre sentimentos.
Invista no fim-de-semana. Passem a
semana programando o que farão. Isso
gera aquela expectativa gostosa que fará
com que você seja menos impactado
pelos problemas de trabalho. Vai por
mim.
Clube da pipoca! Escolha um dia no meio
da semana para aquela série ou filme e
aquele baldão de pipoca. Não há quem
não ame fazer isso em família. Faça com
que isso vire rotina. Faça a vida em
família ser tão colorida quanto deveria
ser.
Almoce com os seus no meio da semana.
Sei que nem todo mundo pode fazer isso.
No entanto, imagine quão especial é sair
daquela manhã de trabalho caótica e ir
almoçar com o maridão ou com a
esposona para esquecer o stress e dar
boas risadas... vale a pena tentar ao
menos uma vez por mês.
Veja quanta vida há lá fora! :)
Falemos agora sobre cultura? Isso mesmo.
Invista em boas leituras em seu horário
de almoço. Quem sabe não dê para
assistir a um episódio de trinta minutos
daquela série que está bombando no
Netflix.
Vale saidinha do trabalho direto para o
cinema. Vale sair por aí fotografando.
Vale investir numa playlist sensacional.
Ôpa! Preciso investir mais palavras aqui.
Que tal blues na segunda? E black music
na terça ? A quarta vai ser pesada? Mande
de rock e chegue ligado no 220. Ah... o
trajeto para o trabalho pode ser
sensacional. Veja quanta vida há lá fora!
:)
Acho que consegui ser claro quanto ao
que pretendia dizer. Quanto mais
qualidade você investir no que está fora
do seu trabalho, menos será afetado
pelos percalços da atividade profissional.
Sua vida não é seu trabalho. Você
jamais deve viver por ele.
Durante três anos da minha vida fiquei
cinco horas por dia dentro de um ônibus
para ir e voltar dotrabalho. Havia dias
em que passava dezenove horas do dia
fora de casa. E essa loucura, além de não
me fazer rico, fez com que eu perdesse a
família. Aprenda com meu erro. Há tanta
vida lá fora... Suas oito horas de trabalho
são ferramentas para te proporcionar a
renda necessária para que você aproveite
bem as outras dezesseis horas. Não
espere mais do que isso. Se vier algo a
mais será lucro.
Não aguenta mais o seu trabalho? Invista
no que gosta. Quanto mais atividades
bacanas fizerem parte de seu cotidiano,
menos você será afetado por seu
trabalho.
A ideia é ser tão feliz, tão feliz fora do
trabalho que você realmente não
precisará mais de ser realizado
profissionalmente para se sentir
completo (a). Não acredito em realização
profissional. Acredito em busca por ser
alguém melhor e ser um melhor
profissional faz parte disso. Só se frustra
profissionalmente quem esper a ser
feliz no trabalho. Pronto. Filosofei.
Mergulho. Teatro. Dança. Caminhada.
Corrida. Vinhos. Cervejas artesanais.
Coleções. Filmes franceses (argh).
Aeromodelismo. Treinamento funcional.
Pilates. Artesanato. Voluntariado.
Atividades com os filhos. Culinária.
Decoração. Poesia. Banda de garagem.
Pôquer . Pelada com os amigos. Viagens
curtas de fim-de-semana. Maratona de
séries. Shows alternativos. Mangá.
Games. Ioga. Happy-hour. Se você só se
sente vivendo quando é final-de-
semana, isso significa que você não está
sabendo aproveitar bem a vida.
Mexa-se. Durante algum tempo eu corria
na orla da praia em meu horário de
almoço, tomava uma água de coco e
voltava ao trabalho com a mente leve,
leve. Dava pausa no trampo para ver jogo
do Barcelona. Sei quem nem todo mundo
pode fazer algo assim. Mas coisas
menores podem ser feitas. Busque isso.
Mexa-se. Viva! Tem gente que trabalha de
frente para o mar e nunca parou sua
rotina para pôr os pés na areia! Pare de
jogar copas em seu PC e vá viver,
brother!
Você não aguenta mais seu emprego. Já
deve ter sonhado com infinitas maneiras
de como assassinar seu chef e as
segundas-feiras são deprimentes. Você
chora antes de iniciar o trabalho. Se
pudesse, pediria demissão hoje mesmo.
Mas sabemos que não pode ser assim.
Saída de um emprego tem que ser algo
muito bem pensado, principalmente com
a atual recessão. Até que um novo
horizonte esteja bem definido, você
precisará segurar a onda.
Neste capítulo me proponho à difícil
tarefa de te ajudar a suportar por mais
algum tempo - pelo tempo que for
necessário - até que surja a oportunidade
de continuar a jornada em outro lugar.
Para isso, terei que compartilhar com
você uma terrível experiência profissional
que tive. É bem provável que você se
identifique com o que escreverei nas
próximas linhas.
Meu primeiro emprego com assinatura em
carteira veio quando eu tinha dezenove
anos. Aceitei desesperado. A proposta era
totalmente contrária às leis trabalhistas
no que compete à admissão: eu deveria
trabalhar por três meses numa espécie de
período de experiência e somente depois
desse período minha carteira poderia ser
assinada. Eu tinha consciência dos meus
direitos. Tinha consciência de que se uma
empresa peca feio na admissão, é bem
provável que peque muito mais nos
estágios seguintes. Mas o desespero falou
mais alto e, assim como muitos jovens
desesperados por aí, aceitei .
Foi um festival de ilegalidades:
remuneração diferente da disposta na
carteira de trabalho e no contra-cheque;
jornada de trabalho que excedia em
muito às 44h limítrofes semanais; o
benefício do transporte era pago em
espécie; e o pagamento nunca era
realizado no quinto dia útil. Ficou com
pena de mim? Calma . Tem mais.
Para que você imagine bem a cena,
preciso registrar que o trabalho era como
instrutor de informática em uma rede de
cursos profissionalizantes bastante
conhecida no estado de São Paulo. Havia
pressão para que nenhum aluno desistisse
do curso. Não só nos preocupávamos com
a aula, mas tínhamos que fazer contato
telefônico com os alunos faltosos fora de
nosso horário de trabalho. Um dos
diretores era extremamente arrogante
(daqueles capazes de deixar um ambiente
na cor cinza) e especialista em assédio
moral.
Para deixar a coisa mais dramática, a
estrutura do local estava cada vez pior.
Dois banheiros para trezentos alunos.
Salas com vinte computadores e sem ar-
condicionado. Imagine aqueles
ventiladorezinhos de vinte centímetros
em cima dos gabinetes dos
computadores... Pode imaginar. Era assim
mesmo. Quase sempre não havia material
para os alunos. E todos já haviam pagado
o material no ato de matrícula.
Era um caos. E a direção, assim como
deve ser a sua, jamais enxergou assim.
Minaha mente era atacada todos os dias.
No lugar da motivação, a estratégia
adotada para mover as pessoas rumo a
um objetivo era o medo. Com apenas seis
meses de trabalho eu já procurava chegar
junto com a recepcionista que abria o
curso só para ir a uma salinha para
chorar. Isso mesmo. Passava quinze
minutos chorando e pedindo a Deus para
que me desse forças para aguentar mais
um dia naquele lugar, que para mim era
um inferno.
"Por que você não saiu , Rafael?"
Por que você não sai do seu? - pergunto.
Nossos motivos talvez não sejam muito
diferentes. Eu precisava. Ponto. E tive
que segurar a onda. E assim fiquei dois
anos naquele lugar, alcançando, ainda,
uma promoção.
"Como você conseguiu segurar a onda?"
É o que dividirei com você nas próximas
linhas.
Primeira onda
Primeiro precisei conversar comigo
mesmo. Precisei compreender o quanto
precisava continuar naquele emprego,
enquanto não conseguisse algo melhor e
seguro.
Talvez não seja o melhor exemplo que
posso dar, mas foi o que usei. Então lá vai
: pensei nas condições de vida de um
escravo e de tudo aquilo a que ele se
agarrava para não tentar se matar. Sério.
Meio radical, eu sei. Mas foi o que usei.
Amor pela vida; fé de que, ainda que
passasse por percalços, eu não estava
sozinho; a família e a alegria perene e
incomparável de ver seus filhos correndo
em algum lugar. Enfim, comecei a me
apegar as coisas boas da vida, ao que
realmente importava.
Segunda onda
Decidi levantar a cabeça. Enfrentei o
medo que tinha de dizer o que pensava.
Parei de aceitar tudo. Mas não saí
urrando aos quatro ventos sobre o que
achava. Fui ler. Li sobre negociação de
conflitos, sobre a liderança servidora,
sobre inteligência emocional e busquei
construir argumentos sólidos para
defender meus pontos de vista. No início
houve surpresa e revolta por parte da
direção. Mas não recuei. Mantive minha
opinião a defendendo com educação e
com argumentos consistentes. Em pouco
tempo colhi resultados positivos. Não que
a direção houvesse mudado em suas
opiniões intransigentes, mas percebi que
havia respeito. Seus chefes e colegas
precisam saber que não estão lidando
com um imbecil. E isso você não
conquista de cabeça baixa , sendo um
obediente radical, tampouco como um
estouradinho revoltado. Isso é
conquistado com posicionamento firme,
com inteligência e com educação.
Terceira onda
Mostrei que era maior. Isto é, comecei a
conceber outros projetos. Na verdade,
apresentei projetos à direção. Como
resposta fui desafiado a colocá -los em
prática e não recuei. A resistência
diminuiu, mas a desconfiança estava lá
no rosto de todos os funcionários.
Banquei. Fiz. E mostrei que era maior do
que a forma como me tratavam , de que
nãoera dependente daquilo, de que
tinha capacidade para ir além.
Quarta onda
Capacitei-me. Talvez tenha sido minha
melhor surfada. Ainda que muito
cansando (trabalhava de segunda à sexta
de 08:00 às 21:30, sábados de 11:00 às
20:00 e domingos de 09:00 às 16:00),
busquei capacitações que me tirariam
dali. Como aquilo me ajudou.... Cada
aula era um prazer, pois representava um
degrau a menos na escada que me levaria
a outro lugar. E nessas capacitações fui
vendo um mundo novo.
Aprendi técnicas de departamento
pessoal, marketing, Linux, contabilidade,
escrita fiscal (tudo de graça na internet
ou em apostilas) e, em pouco tempo,
estava pronto para sair.
Quinta onda
Aprendi a lidar com as pessoas difíceis.
Eu não poderia mudar o jeito de ser de
meu chefe babaca(rs). Mas poderia mudar
minha forma de lidar com ele. Não
custava tentar.
Aprendi a melhor maneira de me opor às
suas ideias. Aprendi a buscar um melhor
momento para dar más notícias. Aprendi
a reconhecer que nele havia alguns
valores, ainda que escassos, que
poderiam me ensinar alguma coisa.
Ganhei o seu respeito.
Ele não me elogiava. Mas não me
criticava. E assim peguei onda até
conseguir sair.
Se você tem consciência de que não dá
mais para continuar, mas não pode sair
agora, comece a preparar sua mente para
esse período. Esse momento vai passar.
Sua mente precisará ser forte e sábia
até lá. Segure a onda e use sua vontade
de sair como combustível para conversar
consigo, para levantar a cabeça , para
mostrar que é maior, para se capacitar e
para lidar com as pessoas mais
intransigentes que encontrar.
Há tanta vida lá fora...
Em 2007 li um livro chamado Liderança
Radical, de Steve Farber, e dele tirei
uma lição que carrego comigo ainda hoje
- o amor provoca energia. O apaixonado
tem mais força para continuar, para
seguir enfrentando as circunstâncias
negativas, para perseguir seus sonhos.
Tive uma namorada que morava distante
da minha casa. Para namorá-la ia de
bicicleta até sua casa, mas por um bom
período fiquei sem bike e levava meia
hora andando, ainda que estivesse
chovendo ou fazendo intenso frio.
Namorávamos na varanda e sofríamos nas
noites frias (o pai não me deixava
entrar), mas eu estava lá firme e forte
todas as quartas, sábados e domingos. Eu
estava apaixonado. Quando se está
apaixonado, nada pulsa mais forte em
você do que a vontade de se mover pelo
objeto de sua paixão. Você enxerga seus
problemas como situações contornáveis e
escolhe por seguir.
Não aguenta mais seu emprego e precisa
segurar a onda até conseguir algo melhor?
Apaixone-se.
"Apaixonar-se por que coisa, se odeio
cada metro daquele lugar e cada pessoa
daquela selva?" Foi essa a minha reação
quando li Steve Farber. Segundo ele, à
medida em que eu me apaixonasse por
algo dentro do meu trabalho, essa paixão
produziria a energia necessária para
perseguir meu objetivo, ainda que esse
fosse simplesmente aguentar um
pouquinho mais até que aparecesse uma
boa oportunidade de cair fora.
"Vou me apaixonar por que coisa? Pela
direção? Impossível. Por meus alunos que
estão nem aí para a hora do Brasil?
Impossível. Por meu salário? Não e tão
bom assim." - pensei.
Passei duas semanas observando tudo –
pessoas, recursos , estruturas – na ânsia
por encontrar alguma coisa pela qual
valeria a pena me apaixonar e que,
consequentemente, produziria em mim a
energia necessária para continuar.
"Mas paixão acontece, Rafael. Ninguém
escolhe se apaixonar." Discordo. E já pude
colocar isso em prática mais de uma vez.
Creio que quase um mês depois tive meu
insight. "Minhas aulas! Sim. Minhas aulas!
Posso me apaixonar por minhas aulas!" E
assim comecei a me enamorar por
preparar minha aula com capricho, com
criatividade. Criei métodos próprios para
utilizar em sala de aula, como um
sistema de cartazes que os alunos
utilizavam para mostrar como estavam se
sentindo naquele dia. A minha paixão
fazia com que eu esquecesse por alguns
bons momentos o que acontecia ao meu
redor.
A pressão continuava. O ambiente
continuava péssimo. Mas eu parava,
respirava e pensava: "Nada mais importa
agora. Agora é a hora da minha aula.
Preparei-me muito para dar essa aula.
Vou colher sorrisos desses alunos
desinteressados e tudo terá valido a
pena."
Dei excelentes aulas ali e, pela primeira
vez, entendi que estava no caminho
certo. Pela primeira vez senti-me
professor. De todo meu esforço colhi dois
feedbacks positivos de alunos. Pouco, né?
Não. Suficiente. Suficiente para me
emocionar ainda hoje , para me fazer
olhar para trás e perceber o quanto
aguentei e o quanto aprendi.
Você não precisa enxergar isso agora. Mas
há algo em seu trabalho pelo que vale a
pena se apaixonar. E quando você
descobrir esse algo, que só você pode
descobrir, terá a energia necessária para
segurar os pontos até o momento tão
sonhado de ir embora.
Apaixone-se. Há vida lá dentro também.
Se você não aguenta mais o seu trabalho
não dá pra enfrentar isso sozinho.
Cerque-se de gente boa. São raros, eu
sei. Mas existem. Na empresa em que
passei a odisseia que narrei nos capítulos
anteriores tinha duas pessoas com quem
podia contar e descarregar meus medos e
revoltas, Rosivaldo Souza e Indiara Prado.
Na empresa seguinte tive mais uma, a
Vivian Santanai. Na outra, mais uma
amiga de bagunça e de confidências,
Regina Dewing. Depois foi momento de
entrar para o serviço público e lá não foi
diferente. Pude contar com um camarada
que fazia a jornada de trabalho parecer
mais leve, Rodrigo Ramos. E assim tem
sido em cada lugar. Sempre pude contar
com no máximo três pessoas.
Achou pouco? É porque quando se está
desmotivado e precisa desabafar você
não vai em qualquer um, você não vai em
colega, você procura um amigo. Aprenda
essa lição.
(Sei que não era necessário citar os
nomes aqui, mas faço questão de que
eles saibam o quanto foram e são
importantes para mim).
Cerque-se de gente boa não somente
para dividir as cargas, mas também para
se divertirem juntos, fazendo a rotina do
trabalho ser mais suave.
Cerque-se de gente boa que vai te
defender na sua presença ou na sua
ausência .
Cerque-se de gente que colocará o
próprio emprego em risco para defender
o que é correto, o que é ético.
Cerque-se de gente que gosta de gente.
Cerque-se de gente que deseja ver você
crescer, que conversa sobre mudança,
sobre melhorias, sobre projetos e que
não duvida do seu potencial.
Cerque-se de gente que nao só critica,
mas também constrói. Cerque-se de
gente que o(a) admira.
Para segurar a onda enquanto não
consegue sair é fundamental que você
tenha com quem contar, do contrário, irá
pirar.
Atente para o fato de que você
dificilmente atrairá gente boa caso você
não seja gente boa também.
Leia esse capítulo de novo e analise se
você pode ser incluído nesse rol. Tudo o
que você quer do mundo você tem que
dar primeiro.
Por mais que as pessoas sejam
problemáticas, são nos relacionamentos
que encontramos sentido para a palavra
"vida". Não vou me alongar por aqui.
Creio que o recado está dado. Mas se
você gostaria de ler mais sobre o assunto,
sugiro a leitura do meu livro "Gestão
Pessoal: em busca de sua melhor versão",
em que dedico um capítulo bem mais
elaborado sobre o tema
"relacionamentos".
Há tanta vida para tocar lá fora...
Não vou ser inédito aqui. Na verdade, vou
lembrá-lo (a) de algo que você já sabe,
mas que possui dificuldade de pôr em
prática.Se você olhar o trabalho como algo
penoso, ruim e sugador, é exatamente
isso que ele será. Portanto, a forma como
encaramos nossa atividade profissional,
nossos clientes, e nossos superiores ditará
nossa percepção e nossa reação ao que
chamamos de emprego.
Sei que para alguns será bem difícil
colocar para funcionar o que indicarei
aqui, mas é necessário praticar o
exercício de ver as coisas boas que há ali.
Tem coisa boa. Vai por mim. 
E para buscar convencê-lo(a) disso
voltarei a falar da tal escola de cursos
profissionalizantes que foi meu primeiro
emprego com assinatura em carteira.
Acredito que eu tenha deixado péssimas
impressões em você acerca da mesma.
Mas, ainda assim, sou muito grato pelo
tempo que fiquei ali. Escolhi ser grato.
Escolhi enxergar as coisas boas. Gratidão
é escolha.
Havia tanta coisa boa ali.... fiz amizades
ali que me aproximaram de Deus; ali
também, acompanhando a vida difícil de
uma colega de trabalho, pude ter meus
primeiros contatos com o prazer do
trabalho social; tive acessos a livros,
softwares e conhecimentos que não
poderia alcançar por minhas próprias
condições; descobri que por mais que
aquele diretor fosse um mala, ele havia
montado um negócio, era empreendedor
e eu poderia aprender algo com ele; as
duras situações que passei fizeram com
que eu apresentasse uma reação mais
equilibrada diante dos problemas que
vieram nos empregos posteriores; foi ali
também que, apesar de todos revezes,
tive uma promoção e me vi pela primeira
vez num cargo de liderança; nesse
mesmo emprego descobri a carreira em
administração e mudei minha trajetória
profissional.
Como você pode perceber, o pior
emprego que tive também me ensinou
preciosas lições. As lições estão lá. Basta
que você escolha enxergá-las. Se isso
acontecer, você passará a ver seu
emprego não apenas como trabalho, mas,
principalmente, como aprendizado. E
essa mudança de posicionamento, esse
enxergar diferente vai produzir em você
a calma necessária para contar até dez
diante das pressões, das arbitrariedades
e do veneno de algumas pessoas.
Entenda que não escrevo esse livro para
encorajá-lo(a) a ficar em seu emprego
mais tempo do que deve. Escrevo para
aqueles que estão desesperados para sair,
mas que sabem que ainda precisam
esperar, seja por estarem aguardando
uma proposta, aguardando uma
aprovação, devido à situação financeira
ou qualquer outro motivo.
Se você conseguir colocar em prática o
que defendo nesse curto capítulo (que
julgo o mais difícil) não passará a ver seu
emprego como a sétima maravilha do
mundo, mas terá força suficiente para a
levantar às seis da manhã e dizer para si
mesmo: "Eu posso aguentar".
Admiro muito uma amiga que "vive para
viajar", conforme suas próprias palavras.
Ela se move por isso. No primeiro mês do
ano ela já está programando com seu
esposo o que farão em dezembro.
Decidem sobre como vão economizar.
Programam com inteligência o uso das
pontuações dos cartões de crédito. E
tiram férias de verdade.
Conheço gente que há mais de vinte anos
não tira férias - uma afronta às leis
trabalhistas. Conheço gente que,
pasmem, sente saudades de trabalhar
quando estão no meio das férias.
Conheço gente que leva a família para
viajar nas férias e que passa o tempo
todo dentro do hotel respondendo e-mails
de trabalho.
Um dia, e não será muito distante de
agora, o direito às férias trabalhistas nos
será tirado, e essas pessoas lamentarão
bastante. Tire férias de verdade!
Não cometa o erro, que eu insistia em
cometer, de deixar um monte de reparos
domésticos para realizar quando estiver
de férias. Você acabará trabalhando
muito mais do que se tivesse ido ao
emprego.
Programe suas férias com expectativas.
Passeie. Mostre para sua família que ela é
prioridade. Não venda suas férias. Junte
dinheiro durante o ano para que não seja
necessário fazer isso. Férias de verdade
são aquelas em que você não tem
contato algum com seu trabalho. A
empresa pode funcionar sem você. Seu
setor pode funcionar sem você. Só a sua
família que não pode funcionar sem você.
Pense nisso.
Crie essa expectativa em seus familiares.
Pergunte a eles que lugar gostariam de
conhecer. Faça-os sonharem, pois isso é
saudável, e lute para conseguir levá-los
ao menos a conhecer alguma cidade
dentro de seu estado. Seja criativo.
Se a hospedagem pesar, alugue uma casa
para um temporada mensal. Alugue um
carro no local para economizar com táxi.
Programem juntos a viagem durante um
bom tempo e perceberão que os
momentos da preparação e da
expectativa é que são os melhores.
Inseri este capítulo aqui porque constatei
que a maioria dos desmotivados não
conseguem ter férias trabalhistas de
verdade. As férias são um direito seu.
Aproveite. Utilize-as para recarregar as
energias de que você precisará diante dos
tempos difíceis que virão.
Há tanto lugar para conhecer lá fora.. :)
Não aguenta mais seu emprego? Então
não fique nele no horário de almoço,
oras! Tem gente que almoça em cima da
mesa de trabalho, meu. Não rola, né?
Tenho algumas dicas boas para seu
horário de almoço e todas são possíveis
de serem realizadas em uma hora.
Portanto sem mimimi, por fa vor.
Almoço 1
Faça piquenique. Combine com alguns
colegas de trabalho. Cacem um parque
ou pracinha mais próxima e vão ser
felizes. Você verá como a volta ao
trampo à tarde será bem mais leve .
Almoço 2
Ainda que você tenha que almoçar na
empresa , programe-se para almoçar em
quarenta minutos e invista os outros vinte
em uma volta pelo quarteirão
acompanhado(a) de um sorvetinho.
Almoço 3
Encurte seu almoço novamente, mas
agora cace um lugar isolado. Ouça um
bom blues e garanta a ótima sensação de
ter aproveitado bem o tempo e a vida.
Almoço 4
Caminhada. Dá pra fazer, mas será
preciso almoçar algo bem leve ,de rápida
absorção pelo organismo. Eu costumava
às 11:30 comer uma tapioca com carne
seca  e água de coco. Era rápido. Só
pedia, pagava e comia. Cinco minutos
depois já estava de boné e tênis. Não sei
se já te disse isso, mas há tanta vida lá
fora... :) rs
Almoço 5
Cafezinho depois do almoço!  Chame
aquela companhia especial e invista em
um capuccino, um café com leite...
café...   
Almoço 6
Aproveite seu almoço para estudar
também. Se você está se preparando
para um importante exame não pode dar
o mole de perder um tempo tão precioso.
Mas aconselho a não estudar matérias
difíceis nesse momento. O melhor é
apenas aproveitá-lo para dar uma lida nos
resumos acompanhado(a) de um
chocolate  
(Aproveito para indicar a leitura do meu
livro “Concursos Públicos: não tenho
tempo para estudar”, em que abordo
diversas estratégias de estudo em
momentos diversos do seu dia).
Almoço 7
Almoce com pessoas diferentes. Você não
enjoa de almoçar todo dia com os colegas
de seu setor? Mesmas reclamações,
mesmas manias, mesmas sobremesas...
Mude. Busque almoçar com pessoas de
outros setores também. Além de quebrar
a rotina você ainda fará networking.
E se você for almoçar com colegas que
trabalham em outras empresas, quem
sabe não surge um papo sobre uma vaga
em aberto e...
A vida está nos detalhes.
Criei o Carreira + para oferecer suporte a
alguns ex-alunos meus. Reuni-me com
eles algumas vezes para promover rodas
de conversas sobre assuntos ligados ao
mercado de trabalhao visando a torná-los
melhores seres humanos e melhores
profissionais.
Começamos a encontrardificuldades para
nos encontrar e passei a orientá-los via
web.
Alguns sumiram depois disso. Tem gente
que só consegue funcionar no ao vivo,
com a presença física. Não os julgo. 
Ao realizar o suporte on-line descobri que
tinha criado um método e que poderia
estendê-lo a um grupo maior de pessoas.
Foi aí que começou o movimento, que
gosto de chamar carinhosamente de
'revolução': sete livros publicados,
centenas de currículos analisados,
encaminhamento a empregos, realização
de palestras, aprovações em concursos,
consultoria para jovens do Brasil, Angola,
Moçambique, Portugal e Cabo Verde .
Tudo gratuito.
Gosto de pensar que estamos apenas
começando.
Podemos ajudar você também. Algumas
pessoas nos contatam simplesmente para
desabafar, para falar de suas frustrações
no trabalho atual e , apesar de não
termos formação em psicologia, temos
procurado ajudá -las a enxergar situações
positivas que poderão servir de motor
para que segurem a onda até conseguir
em outro emprego.
Dessas demandas surgiu esse pequeno e-
book. Deixe-nos ajudá -l (a). Deixe-nos ao
menos tentar.
Entre em contato conosco. Você não
precisa encarar essa barra sozinho(a).
Obrigado por embarcar comigo nessa
pequena viagem.
Não suma :)
Espero seu e-mail.
carreiramais@gmail.com
Rafael de Freitas é servidor 
público lotado na 
Universidade Federal do Rio 
de Janeiro e professor em 
redes privadas de ensino, em 
que leciona 
empreendedorismo, 
marketing e gestão de 
pessoas. 
Como escritor , recebeu onze 
premiações literárias de 
âmbito nacional e publicou 
os livros “Sucesso 
Profissional: aprenda com as 
mancadas dos outros”, 
“Concursos Públicos: não 
tenho tempo para estudar”, 
“Enem. Não estudei. E 
agora?” ,”A melhor versão do 
seu currículo”, “Gestão 
Pessoal: em busca de sua 
melhor versão” e“ A carreira 
em Administração”.
É fundador do Carreira +, 
projeto social que oferece 
suporte profissional a jovens 
em início de carreira, a 
partir de consultorias on-
line, livros, treinamentos e 
palestras.
Entre em contato com o 
autor a partir do 
carreiramais@gmail.com

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