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Direito de propriedade - Origem

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ORIGEM DE PROPRIEDADE: PERSPECTIVA HISTÓRICA DE HANS-HERMANN HOPPE E RELIGIOSA EM FAUSTEAL DE CAULONGES
						Henrique Starck Malghosian Cantafaro[1: Estudante – Faculdades Unidas Metropolitanas – Graduando Direito pela Faculdades Unidas Metropolitanas – E-mail: Henriquestarck@live.com – São Paulo - SP]
1 Resumo:
O estudo visa identificar o motivo do surgimento da propriedade privada imóvel (terras), com perspectivas de formação da propriedade privada seguindo duas correntes: hipótese religiosa e econômica. Utilizará métodos comparativos entre pensamentos, pesquisas e investigações em textos jurídicos, históricos e econômicos, com enfoque nos autores Fustel de Coulanges e Hans-Hermann Hoppe. Abordará argumentação subjetiva sobre o assunto discutido.
Palavras-chave: Propriedade privada, origem, religião, econômico, positivismo.
2 Introdução
Um estudo que atente para a origem do direito de propriedade na História da civilização encontra sua importância na medida em que esse direito é, ainda hoje, garantido pelos textos constitucionais. Já dizia a expressão popular que “viver sem conhecer o passado é andar no escuro.” A importância do Direito das Coisas é imensa afinal o principal interesse na vida é o acúmulo de bens, na formação de um patrimônio. Quanto mais se protege a propriedade mais se estimula o trabalho e a produção de riquezas em toda a sociedade. Negar esse direito representaria uma atrofia no desenvolvimento sócio econômico. O direito de propriedade e propriedade privada está presente em todos os momentos de nossas vidas. Já está mais que conceituado e debatido o que é propriedade e suas regras no nosso ordenamento jurídico. Adentrando ao tema histórico desse direito, surgem divergências e dúvidas quanto ao seu momento de origem e formação, quando e qual foram os motivos que levaram o homem primitivo a transformar seu pensamento coletivista sobre as terras para o pensamento individualista.
3 Desenvolvimento 
É difícil delimitarmos o exato momento em que surgiu o direito de propriedade e em qual sociedade este instituto se originou a mudança do pensar em propriedade privada. O texto aborda análises de duas correntes de pensamentos, uma baseada no livro “Cidades Antigas” livro II, capitulo VI de Numa Denis Fustel de Coulanges que aborda a perspectiva onde a religião tem influencia primordial para a origem da propriedade, e o a segunda perspectiva baseada no livro “Uma breve história do homem: progresso e declínio” de Hans-Hermann Hoppe capitulo I, onde dicorre sobre a origem da propriedade em uma interpretação lógica argumentativa dos acontecimentos pré-históricos. [2: Numa Denis Fustel de Coulanges (Paris, 18 de março de 1830 — Massy, 12 de setembro de 1889), foi um historiador francês, positivista e gênio do século XIX. Sua obra mais conhecida é A Cidade Antiga (La Cité Antique), publicado em 1864][3: Hans-Hermann Hoppe (Peine, 2 de setembro de 1949) é um filósofo e economista Libertário alemão-americano da Escola austríaca, da tradição anarco-capitalista.]
3.1 Origem da propriedade de com abordagem religiosa.
Sabemos que há raças que jamais chegaram a instituir entre si a propriedade privada, outras só a admitiram depois de muito tempo e a muito custo. Nas sociedades mais antigas, Fustel de Coulanges nos ensina que os tártaros admitiam o direito de propriedade quando se tratavam de rebanhos, mas não o concebiam quando se tratava de solo. Entre os antigos germanos, a terra não pertencia a ninguém, cada ano a tribo indicava cada um dos seus membros o lote para cultivar, e mudava o lote no ano seguinte. Ainda acontece o mesmo com parte da raça semita e com alguns povos eslavos. 
Richard Pipes conta que, na Antiguidade Clássica, sobretudo na chamada Idade do Ouro, conhecida também como Passado Místico, preponderou à ausência de propriedade privada, existindo, somente, a chamada propriedade comunal, época na qual, portanto, são desconhecidas as palavras meu e seu.
Pelo contrário, as populações da Grécia e da Itália, desde a mais remota antiguidade, sempre reconheceram e praticaram a propriedade privada. Há três coisas que desde os mais antigos tempos encontram-se estabelecidas nestas sociedades: a religião doméstica, a família, o direito de propriedade.
 	A ideia de propriedade privada fazia parte da própria religião. Cada família tinha seu lar e seus antepassados. Os deuses cultuados pelas famílias antigas não podiam ser adorados somente por ela, e protegiam exclusivamente/unicamente a família que o cultuava, eram sua propriedade exclusiva.
Entre a relação do homem com deus em primeiro lugar vem o lar, é o símbolo da vida sedentária. O lar deve ser estabelecido sobre a terra, e quando construído, a família não o deve mudar mais de lugar. O deus da família deseja possuir morada fixa, por isso não era permitido ao homem abandonar ao lar só quando era incitado pela necessidade, expulso por um inimigo. Quando se constrói o lar, é com o pensamento e a esperança de que continue sempre no mesmo lugar. O deus ali se instala por todo o tempo em que dure essa família. Assim o lar toma posse da terra, essa parte da terra torna-se sua, é sua propriedade. E a família, que por dever e por religião fica sempre agrupada ao redor desse altar, fixa-se ao solo como o próprio altar.
 	A ideia de domicílio surge naturalmente. A família está ligada ao altar, o altar ao solo, fazendo-se uma relação entre a terra e a família. Por isso a ideia de moradia permanente, que não podia abandonar a terra a não ser por força superior. O lar pertence à família, é sua propriedade, não de um homem somente, mas de toda a família, que sucessivamente os membros que constituem ela devem nascer e morrer ali. A propriedade era tão sagrada que a família não poderia renunciar á sua posse, pois a mesma era considerada inalienável e imprescritível. Neste sentido, a família não podia vender ou emprestar sua propriedade.
Os lares foram associados diretamente a entes superiores, deuses, por isso os antigos acreditavam que dois lares significavam duas divindades diferentes, tal fato é verdade porque as famílias antigas quando eram construídas, no momento do casamento, o deus de cada família não se fundia, ou estabelecia alianças, isso nunca ocorria. Como cada família tinha seus deuses e seu culto, devia ter também seu lugar particular sobre a terra, seu domicílio isolado, sua propriedade. O domicílio necessariamente precisava ser separado de outro, isolado de outro, cada lar representava um deus diferente, não podia haver lares contíguos, como prova disso vê-se a lei romana que estabelecia dois pés e meio de separação entre as antigas casas, caso não fosse cumprido o deus doméstico desapareceria, um ato impossível a época.
O lar deve ser isolado, isto é, separado de tudo o que não lhe pertence, os estranhos não devem aproximar-se dele no momento em que se celebram as cerimônias do culto. “Pouco importa que seja uma paliçada, uma sebe ou um muro de pedras. Seja qual for, ela marca a divisa que separa o domínio de um lar. Esse recinto é considerado sagrado. Ultrapassá-lo, é ato de impiedade.” (Fustel de Coulanges, 1864, p.53)
Os gregos diziam que o lar havia ensinado aos homens a construir casas, vislumbra-se a ideia de que a religião fixou o homem ao solo através do culto, do altar, e precisava protege-lo, construir paredes para que o deus se sentisse protegido e o deus cultuado fosse único, apenas da família que ali morava. 
Dessa forma, vislumbra-se que naquela época foi à religião e não as leis que primeiramente garantiram o direito de propriedade, pois não existia direito posto (positivado), as relações eram conduzidas segundo a religião, dogmas e os costumes locais. 
3.2 Origem da propriedade com abordagem econômica, . 
As teses que tentam explicar sobre a origem da propriedade divergem na explicação do motivo do surgimento, porém em todas elas referem-se ao mesmo lapso temporal, na qual é a Pré-História. Período que antecede a data de 3.500 anos A.C e também da escrita. Não importa o quantohistoriadores e cientistas tenham estudado a respeito da pré-história e os quão sofisticados e verossímeis sejam suas assertivas, ainda assim trata-se de mera especulação. A pré-história chama-se "pré-história" justamente porque não há registros históricos confiáveis a seu respeito.
Começamos a análise histórica a partir de 50.000 anos antes de cristo, pois ao estudarmos a evolução humana, antes desta data não estaríamos falando sobre a espécie humana totalmente desenvolvida. Na data de 50 mil anos a.c, os humanos já haviam desenvolvido uma linguagem completa, o que permitiu um aperfeiçoamento em sua capacidade de aprender e inovar, fazendo com que o "homem anatomicamente moderno" evoluísse e se transformasse no "homem de comportamento moderno". Isto é, o homem havia a mesma anatomia e a mesma capacidade de aprender que nós homens modernos. 
O número desses humanos modernos não se passavam de 5 mil e se concentravam no nordeste da África. A vida antiga era boa para nossos ancestrais, apenas algumas horas de trabalho regular permitiam uma vida confortável, com boa nutrição e tempo de lazer abundante. Entretanto, ao decorrer do tempo esta forma de vida baseada na caça e coleta começou a exaurir os bens que pertenciam à natureza. O homem primitivo apenas consumia e não produzia ou criava outros bens, apenas depredavam a natureza e esperava ela a se regenerar para assim conseguir se alimentar e viver tranquilamente.
A forma de vida de parasitismo como dito no paragrafo anterior restou como consequência o crescimento populacional, estima-se que 2,6 quilômetros quadrados de território era o mínimo necessário para sustentar confortavelmente uma ou duas pessoas, fazendo assim a densidade demográfica permanecer baixa.
A alta densidade demográfica levou as sociedades primitivas/homem primitivo a problemas sociais (Fome/Luta por território), consequentemente surgindo três possibilidades de solução deste conflito: migrar, encontrar uma nova forma de organização social, lutar por território. Analisando as características do homem, que sempre procura a solução mais fácil e menos custosa, sobra-se a migração. Então foi assim, que do ponto de partida que era o nordeste da Africa, o homem foi conquistando parte a parte da Terra, separando-se de seus familiares e formavam novas sociedades em áreas até então nunca ocupadas por humanos.
Por volta de 10.000 anos a.c o homem desenvolveu a capacidade de criar pequenas embarcações, canoas, e por volta do mesmo período houve a decadência de temperaturas em todo o globo fazendo com que os homens da época conseguissem ocupar e povoar todo o planeta terra.[4: O Último período glacial é a designação dada ao último episódio de glaciação da Terra registado durante a presente idade geológica. Teve lugar durante a última parte do Pleistoceno, de aproximadamente 110 000 a 10 000 antes do presente e é a mais conhecida das glaciações antropológicas.]
Tal processo de imigração sempre desencadeava a mesma consequência: um grupo invadia um território qualquer, a pressão populacional começava a incomodar, algumas pessoas permaneciam ali, e outras se mudavam para outros lugares, geração após geração. Vale ressaltar que as sociedades ainda utilizavam o modelo econômico de ‘caça e coleta’ e uma vez separadas pela migração dificilmente tinham contato uma entre as outras.
Com a ocupação total do planeta entende-se que em um determinado momento houve um problema malthusiano, ou seja, a terra começou a não atender as necessidades daqueles que nela existiam. Aumento no tamanho da população para uma delimitada quantidade de terra e que não é acompanhado de um aumento proporcional da riqueza. Quando as riquezas começam a cair a qualidade de vida também, como dito anteriormente a qualidade de vida era boa, agora não mais.[5: O malthusianismo é uma teoria demográfica criada pelo economista inglês Thomas Robert Malthus, no final do século XVIII. De acordo com esta teoria, a população mundial cresce em progressão geométrica, enquanto a produção de alimentos em progressão aritmética. Esta teoria foi definida por Malthus no livro Ensaio sobre o princípio da população, escrito em 1798.]
Novamente a humanidade entra novamente na mesma ‘encruzilhada’ já explicada: as sociedades podiam guerrear entre sí pelas riquezas existentes; podiam migrar, o que já não era mais lógico porque o globo todo estava habitado, como explicado, por fim restou a encontrar um novo modo de organização social.
Para conseguirmos resolver a armadilha malthusiana, devemos entender 3 premissas: A existência de bens privados, bens coletivos e elementos que propiciavam as condições gerais da ação humana. 
Deve-se entender que a propriedade privada para coisas móveis e estruturas mínimas sempre existiu. A propriedade privada existia para coisas como vestimentas pessoais, ferramentas, utensílios. Quando tais itens eram produzidos por indivíduos específicos e identificáveis, ou eram adquiridos de seus fabricantes originais por meio de trocas ou mesmo como presentes, eles eram considerados propriedade individual. 
Por outro lado, quando os bens eram o resultado de algum esforço conjunto, eles eram considerados bens coletivos. Isso se aplicava de maneira mais definitiva para os meios de subsistência: aos alimentos coletados e aos animais selvagens caçados em decorrência de alguma divisão tribal do trabalho.[6: Sem dúvida, a propriedade coletiva, desta forma, teve um papel muito proeminente nas sociedades de caça e coleta, e é por causa disso que o termo "comunismo primitivo" tem sido frequentemente empregado para descrever as economias tribais primitivas: cada indivíduo contribuía para a "renda" familiar de acordo com suas capacidades, e cada indivíduo recebia sua fatia de renda de acordo com suas necessidades.)]
As terras em que todas as atividades tribais ocorriam não eram propriedade coletiva nem propriedade privada, mas sim apenas parte do ambiente, a terra possibilitava as condições gerais da ação humana.
Classifiquemos o mundo em duas partes: os elementos que são meios, bens econômicos, e os elementos que fazem parte do ambiente, que são possibilitadores das condições gerais da ação humana. Existem três requisitos para classificarmos os elementos do mundo externo entre bens e ambiente: Primeiro deve existir alguma necessidade humana ligada ao bem, segundo o humano precisa entender que tal elemento tem propriedades que supram sua necessidade, terceiro o ser humano precisa controlar o elemento do mundo externo para que consiga satisfazer as suas necessidades.
Ou seja, somente se um elemento apresentar uma conexão causal com uma necessidade humana e esse elemento estiver sob o controle humano, pode-se então dizer que esse elemento foi apropriado, tornou-se bem, portanto virou propriedade de alguém. Porém, se existisse o nexo causal entre a necessidade e o controle de um humano para supri-la, e ninguém se apropriar da coisa, ela não vira propriedade de ninguém e continua com seu ‘status’ de possibilitador das condições gerais da ação humana, ambiente. 
Vale dizer que o meio de controle humano sobre o elemento ambiente se deu através do trabalho. Hans-Hermann Hoppe usa como exemplo: Quando um homem coleta um fruto em uma arvore, o fruto é sua propriedade, e o arbusto apenas faz parte do ambiente (Possibilitador das condições gerais da ação humana), o arbusto tornará sua propriedade quando tiver sido apropriado, quando o homem tiver propositadamente interferido no processo causal e natural que interliga o arbusto aos frutos por ele produzidos, aplicando-lhe o seu trabalho. O homem pode fazer isso ao, por exemplo, regar o arbusto ou aparar seus galhos com o intuito de produzir um resultado específico: no caso, um aumento da colheita de frutos acima daquele nível que, em outros contextos, seria o obtido naturalmente.
Falando sobre terra, ela só se tornará propriedade no instante que algum humano reconheça a capacidade da terra de suprir alguma necessidade sua, e a controle a fim de satisfazer tal necessidade. Porexemplo, pastores de rebanhos de ovelha, esses pastores possuem a propriedade privada das ovelhas, pois ele as maneja pelas terras (que não é sua propriedade) afim de utilizar esse meio para uma finalidade (que as ovelhas se alimentem de pasto), não interferem na terra para controlar o rebanho, agora se os pastores começarem a interferir na terra, colocando grades e cercas, afim de controlar por onde o rebanho anda, a terra vira a sua propriedade. Em vez de ser meramente um fator que contribui para a produção de rebanhos, a terra passa assim a ser um genuíno fator de produção.
Para a resolução final da armadilha malthusiana enfrentada pelo crescente número de sociedades baseadas na caça e na coleta foi precisamente o estabelecimento da propriedade sobre a terra. A apropriação de terra teve um motivo na qual a constatação de que a terra possui uma conexão causal com a satisfação das necessidades humanas e que, mais ainda, ela pode ser controlada, e por isso mais bens começaram a ser produzidos e mais necessidades satisfeitas. Foi ao controlar a terra que o homem de fato começou a produzir mais bens ao invés de apenas consumi-los. Com a apropriação de terra e a correspondente mudança de uma existência baseada na caça e na coleta para uma existência baseada na agricultura e na criação de animais possibilitou que uma população de dez a cem vezes maior do que a população anterior pudesse ser sustentada com a mesma quantidade de terra.
3 Considerações finais
	As visões supra nos ajudam a entender como surgiu a ideia do direito a terra, do porque a sociedade atualmente se organiza baseada no conceito de propriedade privada, nos faz refletir sobre diferentes hipóteses de motivos do surgimento da propriedade privada. Podemos concluir a importância de estudar diferentes formas de pensamento, nas quais nos ajudam a entender o surgimento do instituto mais antigo e mais estudado, que é a propriedade.
Referências:
DE COULANGES, Numa-Denys Fustel. O direito de propriedade. In: DE COULANGES, Numa-Denys Fustel. Cidades Antigas . [S.l.]: Américas S.A., 2006. cap. IV, p. 51-60. Disponível em: <http://bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br/services/e-books/Fustel%20de%20Coulanges-1.pdf>. Acesso em: 24 out. 2018.
HOPPE, Hans-Hermann. Uma breve história do homem: progresso e declínio. In: HOPPE, Hans-Hermann. Uma breve história do homem: progresso e declínio . [S.l.: s.n.], 2015. cap. 1, p. 21-73. Disponível em: <https://mises.org/sites/default/files/A%20Short%20History%20of%20Man%20%E2%80%94%20Progress%20and%20Decline.pdf>. Acesso em: 24 set. 2018.
HOPPE, Hans-Hermann. A origem da propriedade privada e da família . 2012. Disponível em: <https://mises.org.br/Article.aspx?id=1037>. Acesso em: 24 out. 2018.
???, ???. MANUAL BÁSICO PARA ELABORAÇÃO DE ARTIGO CIENTÍFICO . 2012. 1/10 p. Artigo científico (MANUAL BÁSICO PARA ELABORAÇÃO DE ARTIGO CIENTÍFICO)- Universidade federal do Rio Grande do Sul, Universidade federal do Rio Grande do Sul, [S.l.], 2011. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/deds/copy_of_imagens/Manual%20Artigo%20Cientifico.pdf>. Acesso em: 24 out. 2018.

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