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1 MANUAL DE BIOSSEGURANÇA SUMÁRIO 1. OBJETIVO 2. CAMPO DE APLICAÇÃO 3. DEFINIÇÕES 4. RESPONSABILIDADES 5. SIGLAS 6. PROCEDIMENTOS GERAIS 7. PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS 8. FLUXOGRAMA 9. HISTÓRICO DE REVISÕES 10. IMPLEMENTAÇÃO 11. REVALIDAÇÃO 12. REFERÊNCIAS 13. ANEXOS Foraleza - 2014 2 1. OBJETIVO Este manual tem como propósito estabelecer condições e, se possível, evitar os acidentes de trabalho em laboratório. 2. CAMPO DE APLICAÇÃO A aplicação de práticas de segurança requer a correta utilização dos equipamentos de proteção individual e coletiva durante a execução de trabalhos nos Laboratórios de Análises Clínica São Lucas e Evandro Pessoa. Previnem-se, assim acidentes de natureza física, química e biológica. Onde a maior parcela decorre de falhas humanas, por falta de prática e uso não adequado dos equipamentos de proteção. As informações são fundamentais e adequadas as condições de trabalho, permitindo orientar os funcionários com respeito a importância e necessidade do uso de equipamentos de segurança. O fato de conhecer e aplicar adequadamente uma pratica de trabalho é essencial para a prevenção de acidentes. Ao entrar em qualquer dependência dos Laboratórios de Análises Clínica São Lucas e Evandro Pessoa é importante que se tenha conhecimento prévio dos Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs), para execução de qualquer atividade com o mínimo de segurança. Lembrar que todos fazem parte de uma equipe, e que a responsabilidade se estende a todos colegas de trabalho. A segurança no local de trabalho depende da ação da equipe, e não somente das pessoas encarregadas de promove-la. A leitura e as ações contidas neste manual devem ser colocadas em pratica. Tem-se como hábito planejar o trabalho a ser realizado, de modo a executa- lo com segurança para todos os colegas de trabalho. Quando houver dúvida quanto ao procedimento correto e seguro sobre a realização de um trabalho, consulte o chefe imediato. Não hesite em fazer perguntas. Verifique o funcionamento dos equipamentos a serem utilizados antes de iniciar qualquer operação. Conheça as principais características dos produtos que vai manipular. 3. CONSIDERAÇÕES 3 Para efeito deste Manual, são adotadas as seguintes considerações: 3.1. Biossegurança Conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização e eliminação de riscos envolvendo atividades de pesquisa, produção, ensino desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, riscos que podem comprometer a saúde das pessoas, dos animais, ambiente e a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. 3.2. Risco A palavra “risco” indica a probabilidade de que um dano, um ferimento e uma doença ocorra. 3.3. Agente de Risco Qualquer componente de natureza física, química, biológica e radioativa que possa comprometer a qualidade de vida das pessoas, animais e do ambiente. 3.4. Risco Físico Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam estar expostos as pessoas, tais como: ruído, vibrações, pressões, temperaturas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, ultras-som, materiais cortantes e pontiagudos, etc. São identificados pela cor verde. 3.5. Risco Químico Consideram-se agentes de risco químico as substancias, compostos e produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, nevoas, neblinas, gases e vapores, que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter como contato e ser absorvido pelo organismo através da pele e por ingestão. Identificados pela cor vermelha. 3.5.1 FISPQ - Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos E um documento normalizado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) conforme norma, ABNT-NBR 14725. A FISPQ fornece informações sobre vários aspectos dos produtos químicos (substancias e misturas) quanto a segurança, a saúde e ao ambiente; transmitindo conhecimentos sobre produtos químicos, recomendações sobre medidas de proteção e ações em situação de emergência. 3.6. Risco Biológico Consideram-se agentes de risco biológicos as bactérias, fungos, parasitas, vírus, entre outros. Identificados pela cor marrom. 4 3.7. Risco Ergonômico Considera-se risco ergonômico qualquer fator que possa interferir nas características comportamental das pessoas, não causando conforto e afetando a saúde tais como o levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, postura não adequada de trabalho, etc. Identificados pela cor amarela. 3.8. Riscos de Acidentes Considera-se risco de acidente qualquer fator que coloque a pessoa em situação de perigo e possa afetar sua integridade, bem estar físico e moral. Ex: maquinas e equipamentos sem proteção, etc. 3.9. Segurança Biológica E o termo utilizado para descrever os elementos de confinamento, tais como as tecnologias e as práticas que são implementadas para evitar a exposição não intencional a agentes patogênicos, toxinas, e o seu escape acidental. 3.10. Proteção Biológica Refere-se a medidas de proteção estabelecidas e pessoais concebidas para evitar perda, roubo, utilização não devida, desvio e escape intencional de agentes patogênicos e toxinas. 3.11. Níveis de Biossegurança E o grau de contenção necessário para permitir o trabalho com materiais biológicos de forma segura para pessoas, os animais e o ambiente. Consiste na combinação de práticas e técnicas de laboratório, equipamentos de segurança e instalações laboratoriais. 3.12. Avaliação de Risco No contexto dos laboratórios de análises e de microbiologia, a avaliação de risco se concentra na prevenção de infecções relacionadas aos laboratórios. Ao endereçar atividades laboratoriais que envolvam materiais infecciosos e infecciosos, a avaliação de risco é um exercício essencial e produtivo. Ele auxilia a designar os níveis de Biossegurança (instalações, equipamentos e práticas) que reduzirão para um nível mínimo, a exposição das pessoas e o ambiente a um agente perigoso. O responsável pelo setor laoratorial deverá ser o responsável pela avaliação de riscos que implique no estabelecimento de níveis de Biossegurança para o trabalho. Uma vez efetuadas, as avaliações dos riscos devem ser reanalisadas 5 de tempos em tempos e revistas necessárias, considerando novos dados que causem impacto. Os fatores de uma avaliação de risco incluem: 1. Patogenicidade do agente e dose infecciosa; 2. Resultado potencial da exposição; 3. Via natural da infecção; 4. Outras vias de infecção, resultantes de manipulações laboratoriais (parenteral, via aérea e por ingestão); 5. Estabilidade do agente no ambiente; 6. Concentração do agente e volume do material concentrado a manipular; 7. Presença de um hospedeiro apropriado (humano e animal); 8. Informação disponível de estudos sobre animais e relatórios de infecções adquiridas em laboratórios e relatórios clínicos; 9. Atividade laboratorial planejada (geração de ultrassons, produção de aerossóis, centrifugação, etc.); 10. Qualquer manipulação genética do organismo que possa aumentar o raio de ação do agente e alterar a sensibilidade do agente a regimes de tratamento eficientes conhecidos; 11. Disponibilidade local de profilaxia eficiente e intervenções terapêuticas. 4. RESPONSABILIDADES E de responsabilidade de todas as pessoas que trablham nos Laboratórios de Análises Clínica São Lucas e Evandro Pessoa o cumprimento das normas de biossegurança descritas neste manual. 5. SIGLAS CIQB – Comissão Interna da Qualidade e Biossegurança CEDAPH – Centro de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento do Potencial Humano FISPQ – Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos PGRSS – Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde SSOMA – Serviço de Saúde Ocupacional e Meio Ambiente do Laboratórios de Análises Clínica São Lucas e Evandro Pessoa 6. PROCEDIMENTOS GERAIS - Leia as instruçõesdeste Manual e nunca deixe de obedece-las; 6 - Realize seu trabalho com a máxima atenção e evite praticas que não sejam seguras; - Use sempre seu equipamento de proteção individual e outros dispositivos de segurança exigidos para seu trabalho; - Elimine, se possível, condições não seguras e riscos de incêndio. - Ao sofrer um acidente em seu trabalho, não importando a natureza deste, faça a comunicação a sua chefia e ao SSOMA e procure sempre orientação adequada. OBS: Nenhum trabalho e tão importante e urgente, que não possa ser planejado e executado com segurança. 7. PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS 7.1. Regras Básicas para o Trabalho em Laboratório - Não entrar em locais de risco não conhecido. - Limitar e restringir o acesso ao laboratório, de acordo com o estabelecido pela chefia do laboratório, mantendo sempre a porta fechada. - Não fumar no laboratório. - Não se alimentar e nem ingerir líquidos nos laboratórios. - Não armazenar substancias não compatíveis no mesmo local. - Não abrir qualquer recipiente antes de reconhecer seu conteúdo pelo rotulo. - Não manuseie reagentes químicos sem antes ler a FISPQ dos mesmos. Informe-se sobre os símbolos que nele aparecem. - Não pipetar líquidos diretamente com a boca; usar pipeta dores adequados. - Não identificar um produto químico pelo odor nem pelo sabor. Rotular, qualquer reagente e solução preparada, utilizando as etiquetas padronizadas; - Não retornar reagentes aos frascos de origem; - Não executar reações não conhecidas em escala e sem proteção. - Não dirigir a abertura de frascos na sua direção e na de outras pessoas. - Não trabalhar de sandálias e chinelos no laboratório. Os pés devem estar protegidos com sapatos fechados. - Não abandonar o experimento, à noite, sem identifica-lo e sem encarregar alguém qualificado pelo seu acompanhamento. 7 - Solicitar permissão e orientação para deixar um ensaio ocorrendo durante a noite e final de semana. - Avisar aos porteiros quando for trabalhar além de seu expediente e nos finais de semana, para que o laboratório seja monitorado. - Não utilizar equipamentos e instrumentos com alguma falha e que estejam contaminados; - Identificar os equipamentos que estejam “Fora de Uso” com a etiqueta padronizada - Evitar trabalhar sozinho no laboratório. - Retirar da bancada os materiais, as amostras e os reagentes empregados após terminar o trabalho; - Verificar, ao encerrar as atividades, se não foram esquecidos equipamentos ligados (bombas, motores, mantas, chapas, gases, etc.) e reagentes e resíduos em condições de risco. - Usar os EPI`s e EPC’s (Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva) adequados aos trabalhos. - Conhecer o funcionamento dos equipamentos, antes de operó-los. - Verifique o POP do equipamento. - Manter uma lista atualizada de telefones de emergência. - Acondicionar os resíduos e os materiais perfurocortantes em recipientes adequados, seguindo o descrito no PGRSS. - Manter os cabelos presos ao realizar atividades no laboratório. - Mantenha as bancadas sempre limpas e livres de materiais estranhos ao trabalho (bolsas, agasalhos Etc.). Esses objetos devem ser guardados em locais preestabelecidos (armários fora da área de trabalho). - Comunicar qualquer acidente e incidente, por menor que seja a chefia e ao SSOMA. - Atentar-se a qualquer alteração no seu quadro de saúde e dos funcionários sob sua responsabilidade, tais como: gripes, alergias, diarreias, dores de cabeça, enxaquecas, tonturas, mal estar em geral, etc. e notifique a chefia do laboratório e ao SSOMA. - Abster-se de trabalhar com patógenos humanos quando apresentar corte recente, com lesão na pele e com ferida aberta (mesmo uma extração de dente). 8 - Lavar as mãos antes de iniciar o trabalho e após a manipulação de agentes químicos, material infeccioso, mesmo que tenha usado luvas de proteção, bem como antes de deixar o laboratório. - E proibido o uso de jalecos e outro tipo de uniforme protetor, fora do laboratório. - Utilizar luvas adequadas ao procedimento que for realizado. - Não usar joias e outros adornos quando estiver trabalhando. - Usar agulhas e seringas somente quando não houver métodos alternativos. - Descartar seringas com agulhas em recipientes rígidos, a prova de vazamento e identificados como resíduo biológico. - Jogar papeis usados e outros materiais dispensáveis e que não ofereçam riscos, em recipientes para resíduos comuns; - Usar pinças e materiais de tamanho adequado e em perfeito estado de conservação; - Localizar o lava olhos, chuveiro de emergência e extintor de incêndio. Saber como usa-los. - Manter preso em local seguro os cilindros de gás, fora da área do laboratório e longe do fogo. - Zelar pela limpeza e manutenção do laboratório, cumprindo o programa de limpeza e manutenção estabelecido para cada área, equipamento e superfície. - Observar a vida útil e a especificação dos EPI's e substitui-los sempre que necessário. - Manter livre as saídas e os acessos aos equipamentos de emergências. - Limpar todo e qualquer derramamento de produtos químicos; protejendo- se, se necessário, para realizar esta atividade; derivados de petróleo podem ser embebidos em estopa, que deve ser descartada em recipiente adequado para tal (material inflamável); ácidos e bases fortes devem ser neutralizados (com vermiculite 2, calcário, serragem, areia seca, etc.) antes de serem removidos; - Em caso de dúvida quanto a toxicidade do produto, consulte o orientador dos trabalhos, a FISPQ do produto e proceda como se fosse de máxima toxicidade no seu manuseio; - Em caso de derramamento de líquidos inflamáveis, produtos tóxicos, biológicos, tóxicos e corrosivos, tome as seguintes providencias: 9 Interrompa o trabalho; Advirta as pessoas próximas sobre o ocorrido; Solicite e efetue caso tenha sido treinado para tal, a limpeza imediata utilizando os EPI necessários; Alerte sua chefia; Verifique e corrija a causa do problema. 7.2. Descontaminação - Descontaminar as superfícies de trabalho diariamente e quando houver respingos e derramamentos. Observar o processo de desinfecção especifico para escolha e utilização do agente desinfetante adequado. - Colocar o material com contaminação biológica em recipientes com tampa e a prova de vazamento, antes de remove-los do laboratório para autoclavacao. - Descontaminar por autoclavacao e por desinfecção química, o material com contaminação biológica, como: vidraria, caixas de animais, equipamentos de laboratório, etc., - Descontaminar o equipamento antes de qualquer serviço de manutenção. - Colocar vidraria quebrada e pipetas descartáveis, após descontaminação, em caixa com paredes rígidas, rotulada “vidro quebrado” e descartada como lixo comum. 7.3. Normas de Segurança nas Áreas Administrativas - E proibido deixar gavetas de mesa e de arquivos abertas; - E proibido abrir, de uma só vez, mais de uma gaveta superior de um arquivo, pois, se estiverem cheias, o peso das gavetas poderá fazer o arquivo cair sobre a pessoa; - E proibido deixar fios estendidos pelo chão, pois poderão provocar acidentes; - Ao retirar-se de seu local de trabalho, certifique-se de que os equipamentos elétricos, inclusive microcomputadores sob sua responsabilidade, estão desligados. 7.4. Risco Físico e Risco de Acidentes A. Uso de Materiais de Vidro - Sempre que possível substituir vidro por plástico; - É proibido utilizar materiais de vidro trincados; - Coloque todo o material de vidro dispensável no local apropriado; 10 - É proibido jogar vidro quebrado em recipiente de lixo comum, descarte em recipiente rígido, com boca larga - Descartex; - Use luvas de amianto sempre que manusear peças de vidro que estejam quentes; - Use luvas e óculos apropriados sempre que: • Atravessar e remover tubos de vidro e termômetros em rolhas de borracha e de cortiça; • Remover tampas de vidroemperradas; • Remover cacos de vidro com pá de lixo e escova. - Use protetor facial e luva quando agitar solventes voláteis em frascos fechados; - E proibido utilizar frascos de vidros do tipo Dewar, sem que estejam envolvidos em fitas adesivas e invólucros apropriados; - E proibido deixar frascos quentes sem proteção e identificação sobre bancadas do laboratório, coloque os frascos quentes sobre placas de amianto; - E proibido utilizar vidraria, sem certificar-se de que é adequada ao serviço a ser executado; - Faça inspeção visual, antes de checar o estado do vidro; - Utilize sempre tela de amianto ao aquecer um recipiente de vidro com chama direta. B. Uso de Equipamentos em Geral - Leia, com atenção, as instruções de operação do equipamento, antes de utiliza-lo; - Saiba, de antemão, o que fazer em uma situação de emergência como, por exemplo, falta de energia; - É proibido colocar um equipamento sob pressão de forma rápida; faça-o gradativamente. C. Uso de Equipamentos Elétricos Instruções Gerais - Opere equipamentos elétricos somente quando: • Fios, tomadas e “plugs” estiverem em perfeitas condições; • Ter certeza da voltagem correta entre equipamentos e circuitos; • Certificar-se de que a tomada tem etiquetas de identificação de voltagem. 11 - É proibido instalar e operar equipamentos elétricos sobre superfícies úmidas; - Verifique, periodicamente, a temperatura do conjunto “pluga” – tomada; caso esteja fora do normal, desligue o equipamento e comunique a chefia/ao serviço de manutenção; - Verifique a voltagem correta (110/220V), antes de ligar equipamentos elétricos; - É proibido deixar equipamentos elétricos ligados no laboratório, fora do expediente, sem registrar no formulário “Históricos do equipamento”; - Remova frascos de inflamáveis das proximidades do local onde irá usar equipamentos elétricos; - Combata o fogo em equipamentos elétricos somente com extintor de CO2; - Enxugue qualquer liquido derramado no chão antes de operar equipamentos elétricos; - Não utilize “T”, ligue cada equipamento separadamente. Chapas / Mantas de Aquecimento - É proibido deixar chapas aquecidas, sem aviso “CUIDADO, QUENTE”; - Use chapas e mantas de aquecimento, para evaporação e refluxo de produtos inflamáveis dentro da capela de exaustão; - É proibido ligar chapas e mantas de aquecimento que apresentem resíduos aderidos sobre suas superfícies; - Use sempre placas de amianto sob chapas e mantas de aquecimento; quando a bancada for revestida de formica, este procedimento e imprescindível. Muflas - É proibido deixar mufla aquecida e em operação sem o aviso “CUIDADO, QUENTE”; - Desligue a mufla e não a coloque em operação se o pirômetro deixar de indicar a temperatura e se ultrapassar a temperatura ajustada; comunique qualquer alteração a chefia/ao e ao serviço de manutenção; - É proibido abrir o aparelho de modo brusco, quando a mesma estiver aquecida; - É proibido tentar remover e introduzir cadinhos na mufla sem utilizar: • Pinças adequadas; • Protetor facial; 12 • Luvas de amianto; • Aventais e protetores para os braços, se necessário. - É proibido colocar material na mufla, sem devida carbonização na capela; - É proibido evaporar líquidos e queimar óleos em muflas; - Empregue, para calcinação, somente cadinhos e capsulas de materiais resistentes a altas temperaturas. D. Uso de Chamas em Laboratório É proibido acender o bico de Bunsen, sem verificar e eliminar os seguintes problemas: • Vazamentos de gás; • Dobra na mangueira de gás; • Ajuste não adequado entre o tubo de gás e suas conexões; • Existência de inflamáveis ao redor. E. Uso de Sistemas a Vácuo - Opere com sistema a vácuo usando uma proteção frontal; - É proibido fazer vácuo rapidamente em equipamentos de vidro; - Recubra, com fita adesiva (fita crepe e esparadrapo), qualquer equipamento de vidro sobre o qual haja dúvida quanto a resistência ao vácuo operacional; - Nunca pressurize um sistema de destilação a vácuo sem que tenha sua temperatura próxima a do ambiente. F. Operação em Capela de Exaustão A capela de exaustão só oferece máxima proteção a seu usuário, se for adequadamente utilizada. - Nunca inicie um serviço, sem que: • Sistema de exaustão esteja operando; • Piso e as janelas das capelas estejam limpos; • As janelas das capelas funcionando perfeitamente. - Remova produtos inflamáveis da capela de exaustão ao iniciar qualquer trabalho que exija aquecimento; - Mantenha, na capela de exaustão, apenas a porção da amostra a ser analisada; remova todo e qualquer material não necessário, principalmente produtos tóxicos, a capela de exaustão não e local de armazenamento de produtos; 13 - Mantenha a janela da capela de exaustão com o mínimo de abertura possível; - Use sempre um anteparo entre você e o equipamento operado, para maior proteção; - Evite colocar o rosto dentro da capela de exaustão; - Observe os seguintes cuidados, ao sinal de paralisação do exaustor das capelas: • Interrompa a analise imediatamente; • Feche ao máximo a janela da capela de exaustão; • Coloque mascara contra gases, quando a toxidade for considerada alta; • Avise a chefia, advirta o pessoal do laboratório e coloque um aviso de identificação sobre qualquer problema na capela; • Só reinicie a análise no mínimo 5 minutos após a normalização do sistema de exaustão; •Procure instalar os equipamentos, vidros, dispositivos que gerem fumaça, a uma distância maior que 20 cm da frente da capela; •Proteja o tampo da capela quando manusear ácido fluorídrico; •Nunca utilize a capela comum para ácido percorrido e substancias radioativas. G. Manipulação de Gelo Seco e Nitrogênio Líquido - Frascos de nitrogênio líquido e gelo seco provocam acidentes graves, tais como queimaduras. O operador, no primeiro caso, deve se proteger com aventais e luvas térmicas, além de sapatos de borrachas de cano alto com isolamento térmico. O transporte desse material deve ser realizado em frascos adequados com fechamento com válvula de escape de gases. No caso do gelo seco manipular com luvas com proteção térmica. Ao manipular com acetona e etanol, antes observar a solubilidade do material térmico em que se encontra acondicionado. São necessários os seguintes cuidados: - Manipule gelo seco e nitrogênio líquido cuidadosamente; - Adicione o gelo seco vagarosamente no liquido refrigerante, para evitar projeções; - É proibido derramar nitrogênio líquido sobre mangueiras de borracha, pois ficarão quebradiças e poderão provocar acidentes. Equipamento de Baixa Temperatura 14 Câmara fria: Determinados experimentos devem ser realizados dentro de camarás frias. Quando o operador tiver que executar tais tarefas recomenda-se utilizar proteção adequada ao frio. Um agasalho térmico e o recomendado. Em congeladores de ultra baixa temperatura de (-70 °C) devem ser utilizados aventais térmicos e mascaras, além da proteção das mãos com luvas térmicas, prender os cabelos, se longos. Evitar manter aberto esses congeladores por muito tempo, pois haverá queda demasiada da temperatura. H. Manipulação de Cilindros de Gás Comprimido - É proibido solicitar a instalação de cilindro de gás comprimido, dentro de laboratório, sem autorização previa da chefia; - Mantenha os cilindros já instalados, presos por corrente; - É proibido permitir que sejam instalados cilindros de gás comprimido sem identificação; - Providencie a remessa dos cilindros vazios para o local adequado; - Certifique-se de que o capacete de proteção esteja bem rosqueado, antes de movimentar um cilindro de gás comprimido; - É proibido transportar cilindros de gás comprimido cheios e vazios, sem o uso de carrinhos apropriados e sem que estejam adequadamente presos; - Conserve os cilindros de gás comprimido, fora de uso, cheios e vazios, com capacete de proteção; - É proibido usar cilindro de gás comprimido que apresentevazamento; - Faça teste de vazamento com solução de sabão, toda vez que for instalada válvulas redutoras em cilindros de gás comprimido; - É proibido usar óleo lubrificante em válvulas redutoras de pressão dos cilindros de gás comprimido; - É proibido abrir a válvula principal, sem antes se certificar de que a válvula redutora esteja fechada; - Abra aos poucos, e nunca totalmente, a válvula principal do cilindro; - Verifique se os manômetros do conjunto de válvulas do cilindro estão funcionando corretamente; caso contrário, comunique ao serviço de manutenção. I. Cuidados ao manusear equipamentos 15 - Antes de começar a operar qualquer equipamento, leia com atenção seu manual de instruções, verifique suas condições e segurança e só opere com conhecimento de seu funcionamento; - Ao constatar defeito em um equipamento, não faça o reparo por sua conta. Identifique “FORA DE USO” e comunique a chefia, que providenciara os reparos necessários; - Nunca faca limpeza em equipamentos em movimento; - Todo equipamento em manutenção deverá conter a etiqueta “FORA DE USO” padronizada; - Desligue o equipamento sob sua responsabilidade ao se ausentar do local de trabalho e no final do expediente. J. Movimentação de Materiais - No transporte de amostras, tenha o máximo de atenção para evitar acidentes; - Empurre carrinhos de modo a enxergar o caminho; - Avalie o peso da carga antes de ergue-la; use as pernas de modo a conservar as costas em posição vertical; - Preste atenção ao se aproximar de cruzamentos entre duas e mais passagens. K. Almoxarifado Observação: EMPILHE DIREITO E ENTRELAÇADO - O armazenamento de qualquer material deve ser criteriosamente observado; - Cavaletes e prateleiras devem estar firmes e em perfeito equilíbrio; - É proibido usar paredes como escora para empilhamento; - É proibido deixar objetos salientes em material empilhado, sem antes marca-los com pano e papel de cor viva. L. Escadas - Habitue-se a verificar as condições de segurança de uma escada, antes de usa-la; - Serviços que requeiram o uso das duas mãos só devem ser feitos em escadas de abrir providas de degraus largos; - Escadas de madeira devem ser envernizadas e tratadas com duas mãos de óleo de linhaça; as laterais devem ser pintadas na altura de 1,80m com faixas em preto e amarelo; 16 - Para trabalhos demorados, as escadas de encosto devem ser amarradas para que não deslizem; - O melhor angulo de colocação de uma escada e aquele em que a distância horizontal entre a base e o plano vertical do suporte seja de 1/4 do comprimento da escada entre os pontos de apoio. Exemplo: uma escada de 4 metros de comprimento deve ser colocada de maneira de que o pé fique a um metro de distância da parede e da estrutura em que o topo da escada estiver apoiado; - As escadas devem ser guardadas em local adequado, penduradas em braçadeiras, contra a parede. M. Trabalhos com Eletricidade - Eletricistas que venham fazer a manutenção, devem usar sapatos com sola de borracha; - Inspecione as luvas de borracha antes de confiar sua vida a proteção esperada da luva; - O grafite e condutor; é proibido fazer demonstrações em circuitos ligados, com instrumentos não adequados, por exemplo: lápis; - Verifique a tensão elétrica com instrumentos adequados; - Nunca deixe condutores, fios, partes de mecanismos e instrumentos sob tensão elétrica sem proteção e ao alcance de pessoas estranhas que possam sofrer choques elétricos se os tocarem; - É proibido trabalhar sozinho sob condições perigosas, avise antes a chefia se tiver que trabalhar só desligue toda a corrente elétrica, mesmo de baixa voltagem, quando: • Remover e montar componentes de equipamentos; • Trabalhar nas imediações de fontes de corrente; • Efetuar inspeções mecânicas em fontes de eletricidade; para trabalhar numa rede elétrica, marcar o interruptor, para não ser ligado, não confie nesta proibição; impeça que pessoas sem conhecimento possam ligar o interruptor; • Antes de iniciar o trabalho, teste de novo o circuito, para ter certeza de que está ligado; - Quando não for dispensável trabalhar em equipamento com circuitos ligados adote as seguintes precauções: 17 • Tenha nas imediações outra pessoa familiarizada com o desligamento da corrente; • É proibido usar anéis, relógios de pulso, correntes e braceletes de metal, etc; • Use óculos de segurança; • Use somente ferramentas isoladas; • Use instrumentos de teste, e esteja certo de que seus comandos e controles estejam ajustados para as capacidades corretas; empregue fios de prova isolados nos pontos que deverão ser manuseados pelo operador; - Mantenha em ordem o local onde estiver fazendo reparos e instalações; - Faca o aterramento do equipamento elétrico, portátil e fixo; Verifique a efetividade dessa ligação; é perigoso ter unidades de equipamentos ligadas a terra e outras não; a verificação deverá ser feita por eletricista competente. Observação: COLABORE COM A SEGURANÇA a) Verificar se os extintores estão carregados e as mangueiras em condições de uso; b) O material e o equipamento de combate ao incêndio devem ser identificáveis; c) As divisões devem ser equipadas com cobertores anti-fogo para casos de emergências; Os incêndios são classificados de acordo com os materiais com eles envolvidos bem com a situação como se encontram, essa classificação e feita para determinar o agente extintor adequado para o tipo de incêndio especifico. Para facilitar a maneira de se combate-los, os incêndios, divide-se eles em quatro classes: CLASSE “A”- Combustíveis sólidos (incêndios envolvendo combustíveis sólidos comuns como papel, madeira, pano, borracha); Os combustíveis da classe “A” são identificados por um triangulo verde com a letra “A” no centro; CLASSE “B”- Combustíveis Líquidos (incêndio envolvendo combustíveis líquidos inflamáveis, graxas e gases combustíveis); Os combustíveis da classe “B” são identificados por um quadrado vermelho com a letra “B” no centro; CLASSE “C”- Equipamentos Energizados (incêndio envolvendo materiais energizados); 18 Os combustíveis da classe “C” são identificados por um círculo azul com a letra “C” no centro; e CLASSE “D”- Materiais Pirofóricos (incêndio envolvendo materiais combustíveis pirofóricos - magnésio, selênio, antimônio, lítio, potássio, alumínio fragmentado, zinco, titânio, sódio, zircônio. E caracterizado pela queima em altas temperaturas e por reagir com agentes extintores comuns, principalmente os que contem agua). Os combustíveis da classe “D” são identificados por uma estrela amarela de cinco pontas com a letra “D” no centro. Agentes Extintores Os agentes extintores são: • Agua: Utilizada para incêndios das classes A e B. Não deve ser utilizada em incêndios das classes C e D. • Espuma: Utilizada para incêndios das classes A e B. Não deve ser utilizada em incêndios das classes C e D. • CO2: Pode ser utilizado em incêndios das classes A, B e C. Não deve ser utilizado para incêndios da classe D. • Pó químico: O pó químico pode ser utilizado para incêndios das classes A, B e C. Nos incêndios da classe D, poderá ser utilizado um pó químico seco, sem umidade, especifico para determinados metais combustíveis. Prevenção de Incêndio - Respeite as proibições de fumar e acender fósforos no laboratório; - Evite o acumulo de lixo em locais não apropriados; - Coloque os materiais de limpeza em recipientes próprios e identificados; - Mantenha livre as áreas de escape e não deixe, mesmo que provisoriamente, materiais nas escadas e nos corredores; - Não deixe os equipamentos elétricos ligados após sua utilização. Desconecte-os da tomada; - Não cubra fios elétricos com o tapete; - Ao utilizar materiais inflamáveis, faça-o em quantidades mínimas, armazenando-os sempre na posição vertical e na embalagem original; - Não utilize chama e aparelho de solda perto de materiais inflamáveis;- Não improvise instalações elétricas, nem efetue consertos em tomadas e interruptores sem que esteja familiarizado com isso; 19 - Não sobrecarregue as instalações elétricas com a utilização do plugue T (benjamim); - Verifique, antes de sair do trabalho, se os equipamentos elétricos estão desligados; - Observe as normas de segurança ao manipular produtos inflamáveis ou explosivos; - Mantenha os materiais inflamáveis em locais resguardados e a prova de fogo. Observação: Em instalações elétricas NUNCA USE extintores de agua, espuma e soda ácido, use somente extintores de CO2 e pó químico. Ocorrência de Incêndio Ao tomar conhecimento da ocorrência de um incêndio, se deve: Manter-se calmo, não deixando o pânico fazer vítimas. Desligue todos os equipamentos. Se o fogo for pequeno, trate de apaga-lo com o extintor adequado a classe de incêndio. Caso não consiga dominar o fogo, feche a porta e avise a direção e ao SSOMA da ocorrência do fogo. Se ouvir explosão, jogue-se no solo e proteja a nuca com os braços. Perante a fumaça, proteja a boca e o nariz com um pano. Caminhe agachado. Junto ao solo onde há menos fumaça. Faça com que as pessoas fechem janelas, gavetas e portas e saiam em ordem, devagar, sem atropelos. Não deixe ferramentas e materiais pelo caminho, o que pode atrapalhar o transito dos colegas. Não volte para apanhar qualquer objeto. Mantenha a calma e siga as orientações para o abandono da área. Evite correria, gritaria e brincadeiras que possam causar e aumentar o pânico. Saia pelas escadas. Não tire as roupas do corpo. Se o fogo se prender as tuas roupas, não corra. Jogue-se ao chão a fim de apagar o fogo por abafamento. Não tente usar saídas não designadas. 20 Se estiver em local cheio de fumaça, procure sair arrastando-se, para evitar ficar asfixiado. O fogo e o calor caminham para cima. Portanto, em caso de incêndio, somente suba para um local se não for possível descer. Não arrisque! Se a fumaça impedir a fuga, anuncie a presença e aguarde socorro. Participe dos treinamentos ministrados para aprender a utilizar os equipamentos de combate a incêndio. 7.5. Risco Químico A. PRODUTOS QUÍMICOS PERIGOSOS São estabelecidos pela OSHA (Occupational Safety and Health Administration – USA) como quaisquer compostos químicos ou misturas de compostos, que oferecem perigo para a integridade física e saúde. 21 22 Manipulação de Produtos Químicos Considera-se manipulação de produtos químicos desde a abertura de sua embalagem, até o descarte da mesma, após o produto ter sido utilizado. Informe-se, se o produto sofre decomposição, peroxidarão e polimerização, pela ação da luz, do calor e de ambos, se e instável e reativo frente a agua e ar; e adote as regras de manipulação recomendadas pelas normas de segurança do laboratório, visando a segurança pessoal e coletiva. Manipulação de Líquidos Inflamáveis Informações Gerais: Líquidos inflamáveis são aqueles que apresentam ponto de fulgor abaixo de 70oC. São divididos em duas classes, de acordo com essa propriedade física: Líquidos combustíveis (Classe III) são aqueles que tem o ponto de fulgor acima de 70oC. Quando aquecidos a temperaturas superiores a seu ponto de fulgor, os líquidos combustíveis comportam-se como líquidos inflamáveis. Cuidados - É proibido manipular líquidos inflamáveis sem se certificar da não existência de fontes de ignição nas proximidades; 23 - Use a capela para trabalhos com líquidos inflamáveis que envolvam aquecimento; - Use protetor facial e luvas de couro quando tiver que agitar frascos fechados contendo líquidos inflamáveis e voláteis; - É proibido jogar na pia líquidos inflamáveis e voláteis; estoque-os em recipientes de descarte adequados e proceda ao descarte de acordo com o tratamento e descarte de resíduos químicos; guarde frascos contendo líquidos inflamáveis e voláteis em geladeira. Manipulação de Produtos Tóxicos. Informações Gerais A manipulação de produtos tóxicos em laboratório não e evitável e tem de ser feita com elevado grau de segurança. Deve-se conhecer a toxidez do produto que vai do produto a ser manipulado. Gases Tóxicos - Teste todas as conexões e válvulas do sistema com solução detergente, para detectar a presença de vazamentos, ao iniciar a operação; - Guarde botijões já testados quanto a vazamentos nos armários das capelas; - Use “traps” absorvedores (lavadores que contem líquidos absorvedores que removem, tratam ou modificam os poluentes); Cuidados - É proibido manipular produtos tóxicos sem certificar da toxidez de cada um deles e dos mecanismos de intoxicação, verificando o tratamento de emergência em caso de acidente (ver FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos) do produto); Como saber as propriedades das substâncias? Merck Index Catálogos Rótulos (Frases de Risco e Segurança, Pictogramas, Código NFPA) FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos) MSDS (Material Safety Data Sheet) http://www.qca.ibilce.unesp.br/prevencao/risco.htm http://www.icb.ufmg.br/~probioseg/codicosderisco.doc http://www.pcarp.usp.br/lrq/lrq1.htm - Manipule produtos tóxicos somente em capela de exaustão; - É proibido jogar qualquer produto toxico nas pias; 24 - Evite o contato de produtos tóxicos com a pele e demais mucosas (olhos, boca, etc.). - Interrompa o trabalho caso tenha qualquer sintoma de intoxicação; avise o chefe imediato e ao SSOMA que o acompanhará a um ambulatório, informe sobre as características do produto envolvido; Várias substâncias reagem perigosamente quando em contato com outras. Esta característica é inerente às substâncias. Ácidos Fortes e Bases Fortes Oxidantes e Inflamáveis Metais Alcalinos e Agua Cianetos e Ácidos http://www.pcarp.usp.br/lrq/Tratamento/protocolos/protocolos.htm Incompatibilidade Química http://www.qca.ibilce.unesp.br/prevencao/incompativeis.htm http://www.pcarp.usp.br/lrq/lrq1.htm http://www.sc.usp.br/residuos/rotulage m/downloads/incompatibilidade.pdf Ácidos: - Ácido Sulfúrico: derramado sobre o chão e bancada pode ser neutralizado com carbonato e bicarbonato de sódio em pó. - Ácido Clorídrico: derramado será neutralizado com amônia, que produz cloreto de amônio, em forma de nevoa branca. - Ácido nítrico: reage violentamente com álcool 25 Manipulação de Produtos Corrosivos Informações Gerais Líquidos corrosivos podem ocasionar queimaduras de alto grau pela ação química sobre os tecidos vivos. Podem ser responsáveis por incêndios, quando postos em contato com matéria orgânica e determinados produtos químicos. Todos os ácidos e bases são corrosivos. Cuidados - Só manipule produtos corrosivos usando óculos de segurança e luvas de PVC; - É proibido jogar produtos corrosivos concentrados na pia. Eles só podem ser descartados depois de diluídos, proceda ao descarte de acordo com o Tratamento e descarte de resíduos químicos; 26 - Tome os seguintes cuidados para diluir produtos corrosivos: • Verta o diluído no diluente e nunca o contrário; • Faca a diluição lentamente em proporção mínima de 1:1000; • Use bastão de vidro para homogeneização; • Em caso de reações exotérmicas usar banho de gelo. B. Manipulação de Produtos Químicos Especiais (peróxidos, cloratos, percloratos, nitratos, etc.) Informações Gerais Peróxidos: pertencem a uma classe especial de compostos químicos, que apresentam problemas especiais de estabilidade e periculosidade potencial. São classificados entre os compostos perigosos utilizados em laboratório. Alguns peróxidos manipulados em laboratório são mais sensíveis do que o TNT (trinitrotolueno). Outras classes de produtos químicos como os cloratos, percloratos e nitratos, apresentam periculosidade devido a sua sensibilidade ao impacto, a luz e a centelha. Produtos Formadores de Peróxidos (PFP) Os produtos quetendem a formar peróxidos (peroxido = grupo de compostos que contem ligação oxigenio-oxigenio) devem ser submetidos a testes a cada 3 meses, para verificar se o teor de peroxido está dentro dos limites informados pelos fabricantes. Desta classe de compostos, os orgânicos são os mais perigosos, e, dentre estes, pode-se destacar o éter etílico, tetrahidrofurano (THF), ciclo-hexano, tetralina, isopropilbenzeno (cumeno), etc. A reação de peroxidarão depende da exposição ao oxigênio e a oxidantes para ocorrer, portanto, os recipientes devem estar bem selados. Se este não estiver cheio, deve-se eliminar o ar do espaço vazio com gás inerte antes de selar o recipiente. Se for necessário destilar algum PFP, devem-se tomar os seguintes cuidados: - Use equipamento de proteção. - Faca o teste de peroxido (papel de teste), antes de destilar Conduza a destilação em atmosfera inerte. - Adicione no balão de destilação um agente redutor adequado. - Deixe, ao final, cerca de 10 % de liquido no balão. - Execute a operação na capela. 27 Em alguns casos, quando o uso do produto permitir, pode-se acrescentar aos produtos formadores de peróxidos, substancias inibidoras, na quantidade de 0,001 a 0,01%. Servem a este proposito os seguintes compostos: benzofenona, hidroquinona, 4-tert butilcatecol ou 2,6-di-tert-butil-p-metilfenol (BHT). Outro modo de remover peroxido e passar o PFP através de uma coluna de resina Dowex-1. Mantenha os PFP's em locais frios. OBSERVAÇÃO: Se houver a possibilidade de formação de precipitados, devido à baixa temperatura, não os armazene na geladeira. Cuidados - É proibido usar espátula de metal para manipular peróxidos; - É proibido retornar, ao frasco original, qualquer quantidade de peroxido e compostos formadores de peróxidos não utilizados; - É proibido jogar peróxidos puros na pia; eles devem ser altamente diluídos; - É proibido resfriar soluções com peróxidos abaixo da temperatura de congelamento desses compostos químicos; na forma cristalina, eles são mais sensíveis ao choque; - Absorva, imediatamente, com vermiculei soluções de peróxidos derramadas. Solventes São os produtos encontrados nos laboratórios e, por serem inflamáveis e tóxicos, precisam ser manipulados com cuidado. Solventes comuns como benzeno, tetracloreto de carbono, clorofórmio, eter etílico, acetona, hexano e pentano devem ser mantidos longe de fontes de ignição e de substancias oxidantes. 28 Dentre os solventes que oferecem riscos, destacam-se: Benzeno - e considerado carcinogênico de Categoria I pela OSHA. Sempre que possível, substitua-o pelo tolueno, que oferece menor risco. - Evite o contato com a pele e a inalação de seus vapores. - Use a capela ao manipula-lo, protegido por luvas, óculos e máscara de proteção. Tetracloreto de carbono - e um solvente perigoso. Sempre que possível, substitua-o por diclorometano, que oferece menor risco. Reduza, ao mínimo, a exposição a seus vapores, pois em altas concentrações no ar ele pode levar à morte por falha respiratória. - Exposição menos severa pode causar danos aos rins e fígado. - Manipule-o na capela, usando os equipamentos de proteção adequados. Clorofórmio - e um solvente similar ao tetracloreto de carbono e apresenta efeitos adversos. Em animais de laboratório, mostrou propriedades carcinogênicas e mutagênicas. Pode ser substituído, com vantagens para a segurança, pelo diclorometano. A manipulação e idêntica ao tetracloreto de carbono. Éter etílico - e um solvente extremamente inflamável, usado para fazer extrações. Seus vapores são mais pesados do que o ar e podem se propagar pela bancada e atingir fontes de ignição. O produto anidro tende a formar peróxidos. Pode afetar o sistema nervoso central, causando alteração e mesmo a morte, se a exposição for severa. Manipule-o sempre na capela. Metanol – e um liquido inflamável, que reage explosivamente com brometos, ácido nítrico, clorofórmio, hipoclorito de sódio, zinco dietilico, soluções de alquilaluminatos, trioxido de fosforo, peroxido de hidrogênio, tert-butoxido de potássio e perclorato de chumbo. Etanol - e um liquido inflamável e seus vapores podem formar misturas explosivas com o ar em temperatura ambiente. O etanol reage vigorosamente com vários agentes oxidantes e com outras substancias químicas, como nitrato de prata, ácido nítrico, perclorato de potássio, peroxido de hidrogênio, permanganato de potássio, entre outros. 29 OBSERVAÇÃO: Sempre que houver a substituição de produto químico mais perigoso por produto químico mais seguro, avalie o impacto sobre os resultados das análises. Aldeídos Formaldeído (formalina) e usado como preservativo de tecido biológico, na forma de solução aquosa 37 %. Esta solução contem cerca de 11 % de metanol. A exposição aos seus vapores causa câncer nos pulmões e no condutor nasofaringe. Pode causar irritação na pele, nos olhos, no trato respiratório e edemas. Deve ser manipulado em capela, usando-se os equipamentos de proteção adequados. Hidrácidos: Hidracidos e haletos de hidrogênio (ácido cloridrico, acido fluorídrico) são ácidos não oxigenados, irritantes ao aparelho respiratório. Devem ser manipulados em capela, para quaisquer propositos, e com o operador usando luvas, mascara contra gases e capa. Ácido Fluorídrico: tanto na forma gasosa, quanto em solução, e capaz de penetrar nos tecidos, através da pele. Em caso de contato com a pele, aplique no local, uma solução de gluconato de cálcio, e procure atendimento de urgência. Após o uso, verificar se o produto escorreu pela embalagem; se for o caso, neutralize com gluconato de cálcio, lave com agua corrente e enxugue com papel toalha. Ácido Clorídrico: possui uma alta ação corrosiva sobre a pele e mucosas produzindo queimaduras cuja gravidade depende da concentração da solução. O contato do ácido com os olhos provoca redução e perda total da visão, se o ácido não for removido, através da irrigação com agua. O ácido clorídrico em si, não e um produto inflamável, mas em contato com certos metais libera hidrogênio, formando uma mistura inflamável com o ar. Oficiados - São ácidos que contem oxigênio, e possuem propriedades que variam de acordo com a composição. Os mais utilizados são: Ácido Sulfúrico é um poderoso agente desidratante. Na forma concentrada, reage explosivamente com potássio e sódio metálicos, permanganatos, cloratos, álcool benzílico, além de provocar queimaduras severas na pele e olhos, mesmo em soluções diluídas. Deve ser manipulado em capela, usando-se equipamento de proteção. Ácido Nítrico e um agente oxidante forte, capaz de destruir estruturas proteicas. O recipiente que o contem deve ser aberto com cuidado, porque 30 se a parte inerte interna da tampa se romper, a parte plástica e atacada, cria pressão no interior, projetando o ácido no ato da abertura. Reage de forma não controlada com anidrido acético, de forma explosiva com flúor e acetonitrila. A amônia se inflama na presença de seus vapores. Quanto a manipulação, oferece riscos iguais aqueles do ácido sulfúrico; portanto, deve ser tratado de modo idêntico. Ácido Perclórico e um poderoso agente oxidante, incolor, capaz de reagir explosivamente com compostos e materiais orgânicos. Forma percloratos explosivos em dutos metálicos do sistema de exaustão de capelas, exigindo, portanto, capela especial para sua manipulação. Devido ao risco de queimaduras severas na pele e olhos, usar óculos de proteção e luvas para a manipulação deste ácido, e no caso de transferência para outro recipiente, faze-lo sobre a pia para coletar os respingos, neutraliza-los e lava-los com agua corrente. Na forma anidra (concentração acima de 85 %), DEVE SER MANIPULADO SOMENTE POR TECNICO EXPERIENTE. Se o produto anidro apresentar coloração, descarte-o de acordo com as normas de segurança. Ácido Acético Glacial e um solvente excelente paradiversos compostos orgânicos, fosforo e enxofre. Seus vapores são extremamente irritantes aos olhos, sistema respiratório, e pode atacar o esmalte dos dentes se a exposição for de longa duração. O contato com a pele provoca severas queimaduras. Deve ser manipulado em capela, exigindo o uso de equipamento de proteção. Os frascos de ácido acético devem ser estocados longe de materiais oxidantes e de preferência entre 20 e 30 oC (quando estocado em temperaturas inferiores pode solidificar provocando ruptura do frasco). Perácidos (Ácido Perbenzóico, Ácido Peracético) - são compostos explosivos e devem ser manipulados conforme as orientações do fabricante e/ou fornecedor. Os demais ácidos devem ser manipulados em capela comum, usando-se luvas, mascara contra gases. No preparo de soluções diluídas destes ácidos, misturar aos poucos o ácido na agua, nunca ao contrário, pois poderá ocorrer ebulição localizada e projeção da solução. Ácido Pícrico - e extremamente explosivo e deve ser adquirido somente quando necessário. E manipulado sob rígida orientação de especialista em segurança de laboratório. Bases 31 As bases encontradas nos laboratórios são o hidróxido de metais alcalinos e alcalinos terrosos e solução aquosa de amônia. As soluções de hidróxidos de metais alcalinos (sódio e potássio) são corrosivas e provocam danos na pele e tecidos dos olhos. Além disso, são extremamente exotérmicas durante a reparação. Ao preparar tais soluções, deve-se usar luvas, óculos de proteção e avental. Quanto a solução de hidróxido de amônia, seus vapores são extremamente irritantes ao sistema respiratório e aos olhos, exigem sempre o uso de capela, luvas e mascara contra gases durante a manipulação. Sais Higroscópicos Deve-se manter as embalagens dos sais higroscopicos bem fechadas, observando se não há rachaduras na tampa. Pequenas quantidades desses produtos, em recipiente apropriado, podem ser mantidas em dessecador, para preservara-lhes a qualidade. Substâncias de Baixa Estabilidade São substancias pouco estáveis, de modo geral, devem ser mantidas na embalagem fornecida pelo fabricante e manipuladas segundo as recomendações do mesmo. C. Manipulação de Produtos Pirofóricos Informações Gerais Produtos pirofóricos são aqueles que em condições ambientais normais (atmosfera, temperatura e umidade), reagem violentamente com o oxigênio do ar e com a umidade existente, gerando calor, gases inflamáveis e fogo. Dentre esses, podem ser citados os metais alcalinos e alguns derivados organometalicos. Cuidados A manipulação desses produtos requer cuidados especiais de acordo com seu estado físico: 32 Cuidados na manipulação de substâncias sólidas inflamáveis Na fricção: Fosforo branco, vermelho, amarelo, perssulfato de fosforo. Na exposição ao ar: Boro, carvão vegetal, ferro pirofosforico, fosforo branco, vermelho e amarelo, hidratos, sódio metálico, nitrito de cálcio, pó de zinco. Na absorção de umidade: Cálcio, carbonato de alumínio, hidratos, magnésio finamente dividido, oxido de cálcio, peroxido de bário, pó de alumínio, pó de zinco, potássio, selênio, sódio, sulfeto de ferro. Na absorção de pequena quantidade de calor: Carvão vegetal, dinitrobenzol, nitrato de celulose, piroxilina, pó de zircônio. Sólidos a) O lítio, o sódio e o potássio (metais alcalinos) são sólidos; devem ser manipulados sob um liquido inerte, geralmente querosene, sob o qual vem imersos; exposição prolongada ao ar provoca ignição espontânea; b) E proibido jogar aparas de metais alcalinos na pia, pois podem provocar incêndio. Conserve-as longe da agua; c) Conserve os produtos piroforicos sólidos longe de solventes inflamáveis, a fim de evitar propagação do fogo; d) Descarte aparas de metais alcalinos, vertendo-as, aos poucos, sob metanol, etanol ou propanol secos. Líquidos a) Os derivados organometalicos citados são líquidos e apresentados como tal. Com exceção do butil-litio, são acondicionados em recipientes metalicos, munidos de válvula. A manipulação desses produtos só deve ser feita sob orientação do químico responsável; b) Nunca abra a válvula para a atmosfera; os recipientes devem ser abertos para a atmosfera de gás inerte (nitrogênio e argônio) seco, e em uma câmara seca, provida de gás inerte; c) Transfira os produtos diretamente sobre o solvente utilizado durante a reação, para diminuir o perigo de incêndio; os mesmos, quando diluídos, tornam-se menos inflamáveis; d) Nunca utilize agua para apagar incêndio em laboratórios químicos; use extintor de pó químico seco e areia. D. Incompatibilidade entre Produtos Químicos 33 Entende-se como Incompatibilidade entre produtos químicos a condição na qual, determinados produtos se tornam perigosos quando manipulados e armazenados próximos a outros, com os quais podem reagir, criando situações perigosas. Os agentes oxidantes são considerados os mais perigosos nesse sentido, pois, durante uma reação química, fornecem oxigênio, um dos elementos necessários a formação de fogo. Algumas vezes, esse suprimento de oxigênio pode ser elevado, com forte desprendimento de calor, o que pode provocar uma explosão. Quando um agente oxidante e guardado próximo a um produto combustível, e, por um motivo qualquer (danificação de embalagens e volatilização), entrar em contato, existe uma probabilidade elevada de que ocorra um início de incêndio e uma explosão. São exemplos de produtos químicos oxidantes perigosos: bromatos, bromo, cloratos, percloratos, cromatos, dicromatos, iodatos, nitratos, percromatos, periodatos, permanganatos e peroxidos. Para armazenar produtos químicos, deve-se observar a seguinte regra geral: É PROIBIDO GUARDAR SUBSTÂNCIAS OXIDANTES PRÓXIMAS À LÍQUIDOS VOLÁTEIS E INFLAMÁVEIS. Armazenamento de Produtos Químicos no Laboratório e em Almoxarifados Químicos - As áreas de armazenamento devem ter boa ventilação, com exaustão de ar para fora do prédio (sem sistema de recirculação); - Bicos de gás, fumaças e unidades de aquecimento não são permitidos nas áreas de armazenamento; - Os corredores das áreas de armazenamento devem estar livres de obstruções; - Quando necessário áreas de armazenamento devem ter ar condicionado e sistema de desumidificacao para promover uma atmosfera de ar frio e seco; - Não armazenar produtos químicos em prateleiras elevadas; frascos grandes devem ser colocadas no máximo a 60 cm do piso; - Produtos químicos não devem ser expostos ao calor e a luz solar direta; - Prateleiras devem ter suportes firmes e espaço suficiente para prevenir deslocamento acidental, bem como, amontoamento de frascos; - Frascos de reagentes não devem ficar salientes para fora das prateleiras; 34 - Preparar documento informativo sobre o uso, manipulação e disposição dos produtos químicos perigosos, e divulga-lo para todas as pessoas que trabalham no laboratório; - Adquirir, sempre, a quantidade mínima necessária as atividades do laboratório. Selar as tampas dos recipientes de produtos voláteis em uso com filme inerte, para evitar odores e a deterioração do mesmo, se estes forem sensíveis ao ar e umidade; - Não armazenar produtos químicos dentro da Capela de Exaustão Química, nem no chão do laboratório; - Se for utilizado armário fechado para armazenamento, que este tenha aberturas laterais e na parte superior, para ventilação, evitando-se acumulo de vapores; - As prateleiras e armários de armazenamento devem ser rotulados de acordo com a classe do produto que contem; - Considerar risco elevado os produtos químicos não conhecidos; - As áreas devem ser limpas e livres de contaminação química; - Observar a incompatibilidade dos produtos (F) e separar: 1. Inflamáveis, oxidantes, ácidos e bases Família de orgânicos e inorgânicos 2. Família em grupos compatíveis NOTA: Produtos químicos faltando rotulo e com a embalagem violada não devem ser aceitos; Transporte Otransporte de produtos químicos entre laboratórios deve ser cuidadoso, para se evitar derramamentos, quedas, vazamentos e choques. E possível transporta-los com segurança, observando-se as recomendações a seguir: - Transportar em recipientes fechados e a prova de vazamentos os frascos com produtos extremamente tóxicos e cancerígenos; - Transportar recipientes de vidro, acondicionados em caixas de material resistente e a prova de vazamento. Usar, carrinhos para o deslocamento; - Utilizar carrinhos apropriados para o transporte de cilindros de gás; Não pegar os frascos pelo gargalo, ao transferi-las para a caixa de transporte; - Usar avental, luvas e óculos de proteção durante o transporte, e, sempre que possível, levar o kit de emergência, para o caso de acidente. 7.6. Risco Biológico A. Agente Biológico 35 Os agentes biológicos apresentam um risco para as pessoas e para o ambiente. Por esse motivo, e fundamental que se prepare uma estrutura adequada para prevenção dos riscos encontrados nos laboratórios. Os agentes se dividem em quatro grupos, segundo estes critérios: a patogenicidade para a pessoa, a virulência, o modo de transmissão, a endemicidade e a existência de profilaxia e de terapêutica eficazes. B. Classificação dos Microrganismos por Classe de Risco Os agentes biológicos humanos e animais são divididos em classes, de acordo com critérios de patogenicidade, alteração genética e recombinação genica; estabilidade; virulência; modo de transmissão; endemicidade; consequências epidemiológicas; e disponibilidade de medidas profiláticas e de tratamento eficaz. Segundo a “Classificação de risco dos agentes biológicos / Ministério da Saúde, 2006”, os agentes biológicos que afetam as pessoas, os animais e as plantas são distribuídos em classes de risco assim estabelecidas: • Classe de risco 1 (baixo risco individual e para a coletividade): inclui os agentes biológicos conhecidos por não causarem doenças em pessoas e animais adultos sadios. Exemplo: Lactobacillus sp. • Classe de risco 2 (moderado risco individual e limitado risco para a comunidade): inclui os agentes biológicos que provocam infecções nas pessoas e nos animais, cujo potencial de propagação na comunidade e de disseminação no ambiente e limitado, e para os quais existem medidas terapêuticas e profiláticas eficazes. Exemplo: Schistosoma mansoni. • Classe de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comunidade): inclui os agentes biológicos que possuem capacidade de transmissão por via respiratória e que causam patologias humanas e animais, letais, para as quais existem medidas de tratamento e de prevenção. Representam risco se disseminados na comunidade e no ambiente, podendo se propagar de pessoa a pessoa. Exemplo: Bacillus anthracis. • Classe de risco 4 (alto risco individual e para a comunidade): inclui os agentes biológicos com poder de transmissibilidade por via respiratória e de transmissão não conhecida. Até o momento não há nenhuma medida 36 profilática e terapêutica eficiente contra infecções ocasionadas por estes. Causam doenças humanas e animais de gravidade, com capacidade de disseminação na comunidade e no ambiente. Esta classe inclui os vírus. Exemplo: Vírus Ebola. • Classe de risco especial (alto risco de causar doença animal grave e de disseminação no ambiente): inclui agentes biológicos de doença animal não existente no País e que, embora não sejam obrigatoriamente patógenos de importância para a pessoa, podem gerar graves perdas econômicas e na produção de alimentos. Observações sobre a classificação dos agentes biológicos: 1. No caso de mais de uma espécie de um determinado gênero ser patogênica, serão assinaladas as importantes, e as demais serão representadas pelo gênero seguido da denominação spp., indicando outras espécies do gênero podem ser patogênicas. 2. A classificação de parasitas e as respectivas medidas de contingenciamento se aplicam somente para os estágios de seu ciclo durante os quais sejam infecciosos para as pessoas e os animais. 3. Os agentes incluídos na classe especial deverão ser manipulados em área NB-4, enquanto ainda não circularem nos pais, devendo ter sua importação restrita, sujeita a previa autorização das autoridades competentes. Caso sejam diagnosticados no território nacional, deverão ser tratados no NB determinado pelos critérios que norteiam a sua avaliação de risco. 4. Nesta classificação reputaram-se apenas os possíveis efeitos dos agentes biológicos aos indivíduos sadios. Os possíveis efeitos aos indivíduos com patologia prévia, em uso de medicação, portador de transtornos imunológicos, gravidez ou em lactação não foram considerados. Classe de Risco 2 AGENTES BACTERIANOS, INCLUINDO CLAMÍDIAS E RICKÉTSIAS Acinetobacter baumannii (anteriormente Acinetobacter calcoaceticus) Actinobacillus spp Actinomadura madurae, A. pelletieri Actinomyces spp, A. gerencseriae, A. israelli, Actinomyces pyogenes (anteriormente Corynebacterium pyogenes) Aeromonas hydrophila Amycolata autotrophica 37 Archanobacterium haemolyticum (anteriormente Corynebacterium haemolyticum) Bacteroides fragilis Bartonella spp (Rochalimea spp), B. bacilliformis, B. henselae, B. quintana, B. vinsonii Bordetella bronchiseptica, B. parapertussis, B. pertussis Borrelia spp, B. anserina, B. burgdorferi, B. duttoni, B. persicus, B. recurrentis,B. theileri, B.vincenti Burkholderia spp (Pseudomonas), exceto aquelas listadas na classe de risco 3 Campylobacter spp, C. coli, C. fetus, C. jejuni, C. septicum Cardiobacterium hominis Chlamydia pneumoniae, C. trachomatis Clostridium spp, C. chauvoei, C. haemolyticum, C. histolyticum, C. novyi, C. perfringens, C. septicum, C. tetani Corynebacterium spp, C. diphtheriae, C. equi, C. haemolyticum, C. minutissimum, C. pseudotuberculosis, C. pyogenes, C. renale Dermatophilus congolensis Edwardsiella tarda Ehrlichia spp (Rickettsia spp), Ehrlichia sennetsu Eikenella corrodens Enterobacter aerogenes, E. cloacae Enterococcus spp Erysipelothrix rhusiopathiae Escherichia coli, todas as cepas enteropatogênicas, enterotoxigênicas, enteroinvasivas e detentoras do antígeno K1 Haemophilus ducreyi, H. infl uenzae Helicobacter pylori Klebsiella spp Legionella spp, L. pneumophila Leptospira interrogans, todos os sorotipos Listeria spp Moraxella spp Mycobacterium asiaticum, M. avium, M. bovis BCG vacinal, M. intracellulare, M. chelonae, M. fortuitum, M. kansasii, M. leprae, M. malmoense, M. 38 marinum, M. paratuberculosis, M. scrofulaceum, M. simiae, M. szulgai, M. xenopi Mycoplasma caviae, M. hominis, M. pneumoniae Neisseria gonorrhoea, N. meningitidis Nocardia asteroides, N. brasiliensis, N. farcinica, N. nova, N. otitidiscaviarum, N. transvalensis Pasteurella spp, P. multocida Peptostreptococcus anaerobius Plesiomonas shigelloides Porphyromonas spp Prevotella spp Proteus mirabilis, P. penneri, P. vulgaris Providencia spp, P. alcalifaciens, P. rettgeri Rhodococcus equi Salmonella ssp, todos os sorotipos Serpulina spp Shigella spp, S. boydii, S. dysenteriae, S. fl exneri, S. sonnei Sphaerophorus necrophorus Staphylococcus aureus Streptobacillus moniliformis Streptococcus spp, S. pneumoniae, S. pyogenes, S. suis Treponema spp, T. carateum, T. pallidum, T. pertenue Vibrio spp, V. cholerae (01 e 0139), V. parahaemolyticus, V. vulnifi cus Yersinia spp, Y. enterocolitica, Y. pseudotuberculosis PARASITAS Acanthamoeba castellani Ancylostoma humano e animal, A. ceylanicum, A. duodenale Angiostrongylus spp, A. cantonensis, A. costaricensis Ascaris spp, A. lumbricoides, A. suum Babesia spp, B. divergens, B. microti Balantidium coli Brugia spp, B malayi, B. pahangi, B. timori Capillaria spp, C. philippinensis Clonorchis sinensis, C. viverrini Coccidia spp 39 Cryptosporidium spp, C. parvum Cyclospora cayetanensis Cysticercus cellulosae (cisto hidático,larva de T. solium) Dactylaria galopava (Ochroconis gallopavum) Dipetalonema streptocerca Diphyllobothrium latum Dracunculus medinensis Echinococcus spp, E. granulosus, E. multilocularis, E. vogeli Emmonsia parva var. crescens, Emmonsia parva var. parva Entamoeba histolytica Enterobius spp Fasciola spp, F. gigantica, F. hepatica Fasciolopsis buski Fonsecaea compacta, F. pedrosoi Giardia spp, Giardia lamblia (Giardia intestinalis) Heterophyes spp Hymenolepis spp, H. diminuta, H. nana Isospora spp Leishmania spp, L. brasiliensis, L. donovani, L. ethiopica, L. major, L. mexicana, L. peruvania, L. tropica Loa loa Madurella grisea, M. mycetomatis Mansonella ozzardi, M. perstans Microsporidium spp Naegleria fowleri, N. gruberi Necator spp, N. americanus Onchocerca spp, O. volvulus Opisthorchis spp, Opisthorchis felineus Paragonimus westermani Plasmodium spp humano e símio, P. cynomolgi, P. falciparum, P. malariae, P. ovale, P. vivax Sarcocystis spp, S. suihominis Scedosporium apiospermum (Pseudallescheria boidii), Scedosporium prolifi cans (infl atum) Schistosoma haematobium, S. intercalatum, S. japonicum, S. mansoni, 40 S. mekongi Strongyloides spp, S. stercoralis Taenia saginata, T. solium Toxocara spp, T. canis Toxoplasma spp, T. gondii Trichinella spiralis FUNGOS Aspergillus fl avus, A. fumigatus Blastomyces dermatitidis Candida albicans, C. tropicalis Cladophialophora bantiana (Xylophora bantiana, Cladosporium bantianum ou C. trichoides), Cladophialophora carrioni (Cladosporium carrioni) Cryptococcus neoformans, Cryptococcus neoformans var. gattii (Filobasidiella bacillispora), Cryptococcus neoformans var. neoformans (Filobasidiella neoformans var. neoformans) Emmonsia parva var. crescens, Emmonsia parva var. parva Epidermophyton spp, E. fl occosum Exophiala (Wangiella) dermatitidis Fonsecaea compacta, F. pedrosoi Madurella spp, M. grisea, M. mycetomatis Microsporum spp, M. aldouinii, M. canis Neotestudina rosatii Paracoccidioides brasiliensis (na fase de esporulação apresenta maior risco de infecção) Penicillium marneffei Pneumocystis carinii Scedosporium apiospermum (Pseudallescheria boidii), Scedosporium prolifi cans (infl atum) Sporothrix schenckii Trichophyton spp, Trichophyton rubrum FUNGOS EMERGENTES E OPORTUNISTAS Acremonium falciforme, A. kiliense, A. potronii, A. recifei, A. roseogriseum Alternaria anamorfo de Pleospora infectoria Aphanoascus fulvescens 41 Aspergillus amstelodami, A. caesiellus, A. candidus, A. carneus, A. glaucus, A. oryzae, A. penicillioides, A. restrictus, A. sydowi, A. terreus, A. unguis, A. versicolor Beauveria bassiana Candida lipolytica, C. pulcherrima, C. ravautii, C. viswanathii Chaetoconidium spp Chaetomium spp Chaetosphaeronema larense Cladosporium cladosporioides Conidiobolus incongruus Coprinus cinereus Cunninghamella geniculata Curvularia pallescens, C. senegalensis Cylindrocarpon tonkinense Drechslera spp Exophiala moniliae Fusarium dimerum, F. nivale Geotrichum candidum Hansenula polymorpha Lasiodiplodia theobromae Microascus desmosporus Mucor rouxianus Mycelia sterilia Mycocentrospora acerina Oidiodendron cerealis Paecilomyces lilacinus, P. variotii, P. viridis Penicillium chrysogenum, P. citrinum, P. commune, P. expansum, P. spinulosum Phialophora hoffmannii, P. parasitica, P. repens Phoma hibernica Phyllosticta spp, P. ovalis Pyrenochaeta unguis-hominis Rhizoctonia spp Rhodotorula pilimanae, R. rubra Schizophyllum commune 42 Scopulariops acremonium, S. brumptii Stenella araguata Taeniolella stilbospora Tetraploa spp Trichosporon capitatum Tritirachium oryzae Volutella cinerescens VÍRUS Adenovirus humanos, caninos e de aves Arenavirus do Novo Mundo (complexo Tacaribe): vírus Amapari, Latino, Paraná, Pichinde, Tamiami, exceto os listados nas classes de risco 3 e 4 Arenavirus do Velho Mundo: vírus Ippy, Mobala, coriomeningite linfocitária (amostras não neurotrópicas) Astrovirus, todos os tipos Birnavirus, todos os tipos, incluindo o vírus Gumboro e vírus relacionados, Picobirnavirus e Picotrinavirus Bunyavirus, todos os tipos, incluindo vírus Belém, Mojuí dos Campos, Pará, Santarém, Turlock, e Grupo Anopheles A (Arumateua, Caraipé, Lukuni, Tacaiuma, Trombetas, Tucurui), Grupo Bunyamwera (Iaco, Kairi, Macauã, Maguari, Sororoca, Taiassuí, Tucunduba, Xingu), Grupo C (Apeu, Caraparu, Itaqui, Marituba, Murutucu, Nepuyo, Oriboca), Grupo Capim (Acara, Benevides, Benfi ca, Capim, Guajará, Moriche), Grupo da encefalite da Califórnia (Inkoo, La Crosse, Lumbo, San Angelo, Snow hare, Tahyna), Grupo Guamá (Ananindeua, Bimiti, Catú, Guamá, Mirim, Moju, Timboteua), Grupo Melão (Guaroa, Jamestown Canyon, Keystone, Serra do Navio, South River, Trivittatus), Grupo Simbu (Jatobal, Oropouche, Utinga) Circovirus, incluindo vírus TT e vírus relacionados Coronavirus, todos os tipos, incluindo vírus humanos, gastroenterite de suínos, hepatite murina, Coronavirus de bovinos, caninos, ratos e coelhos, peritonite infecciosa felina, bronquite infecciosa aviária Flavivirus, todos os tipos, incluindo vírus Bussuquara, Cacipacoré, dengue tipos 1, 2, 3 e 4, Febre Amarela vacinal; encefalite de São Luis, Ilhéus, Kunjin, Nilo Ocidental 43 Hantavirus, incluindo Prospect Hill e Puumala e exceto os listados na classe de risco 3 Hepacivirus, todos os tipos, incluindo o vírus da Hepatite C Herpesvirus, todos os tipos, incluindo Citomegalovirus, Herpes simplex 1 e 2, Herpes vírus tipo 6 (HHV6), Herpes vírus tipo 7 (HHV7), Herpes vírus tipo 8 (HHV8), Varicela-Zoster Nairovirus, incluindo Hazara Norovirus, todos os tipos, incluindo, vírus Norwalk e Saporo Orthohepadnavirus, todos os tipos, incluindo vírus da Hepatite B e vírus da Hepatite D (Delta) Orthomyxovirus, todos os tipos, incluindo vírus da Infl uenza A, B e C, e os tipos transmitidos por carrapatos, vírus Dhori e Thogoto, exceto as amostras aviárias asiáticas de infl uenza A, como H5N1, que deverão ser listadas na classe de risco 4 Papillomavirus, todos os tipos, incluindo os vírus de papilomas humanos Paramyxovirus, todos os tipos, incluindo vírus da Caxumba, doença de NewCastle (amostras não asiáticas), Parainfl uenza 1 a 4, Pneumovírus, Sarampo, Nipah, vírus Respiratório Sincicial, exceto os listados na classe de risco 4 Parvovirus, todos os tipos, incluindo Parvovirus humano B-19 Pestivirus, todos os tipos, incluindo os vírus da diarréia bovina Phlebovirus, todos os tipos, incluindo vírus Alenquer, Ambé, Anhangá, Ariquemes, Belterra, Bujarú, Candiru, Icoarací, Itaituba, Itaporanga, Jacundá, Joa, Morumbi, Munguba, Nápoles, Oriximina, Pacuí, Serra Norte, Tapará, Toscana, Turuna, Uriurana, Urucuri, Uukuvírus Picornavirus, todos os tipos, incluindo vírus Coxsackie, vírus da conjuntivite hemorrágica aguda (AHC), vírus da Hepatite A (enterovírus humano tipo 72), vírus da poliomielite, vírus ECHO, Rhinovirus Polyomavirus, todos os tipos, incluindo vírus BK e JC, e vírus Símio 40 (SV40) Poxvirus, todos os tipos, incluindo Buffalopox, Cotia, Cowpox e vírus relacionados isolados de felinos domésticos e de animais selvagens, nódulo do ordenhador, Molluscum contagiosum1, Myxoma, Parapoxvirus, Poxvirus de caprinos, suínos e aves, Vaccinia, vírus Orf, Yatapox Tana 44 Reovirus gênero Orthoreovirus, todos os tipos, incluindo os 1, 2 e 3, Coltivirus, Orbivirus, Reovirus isolados na Amazônia dos grupos Changuinola e Corriparta, Rotavirus humanos, vírus Ieri, Itupiranga e Tembé Retrovirus (classifi cados na classe de risco 2 apenas para sorologia, para as demais operações de manejo em laboratório estes vírus devem ser considerados na classe de risco 3), vírus da imunodefi ciência humana HIV-1 e HIV-2, vírus linfotrópico da célula T do adulto HTLV-1 e HTLV-2 e vírus de primatas não-humanos Rhabdovirus, incluindo vírus Aruac, Duvenhage, Inhangapi, Xiburema, vírus da Raiva amostras devírus fi xo, Grupo da Estomatite Vesicular (Alagoas VSV-3, Carajás, Cocal VSV-2, Indiana VSV-1, Juruna, Marabá, Marabá VSV-4, Piry), Grupo Hart Park (Hart Park, Mosqueiro), Grupo Mussuril (Cuiabá, Marco), Grupo Timbó (Chaco, Sena Madureira,Timbó) Togavirus, todos os tipos, gênero Alphavirus incluindo vírus Aurá, Bebaru, Bosque Semliki, Chikungunya, encefalomielite eqüina ocidental, encefalomielite eqüina oriental, encefalite eqüina Venezuela amostra TC 83; Mayaro, Mucambo, O’nyong-nyong, Pixuna, Rio Ross, Sindbis, Una, gênero Rubivirus incluindo o vírus da rubéola, Vírus da Hepatite E. VÍRUS ONCOGÊNICOS DE BAIXO RISCO Adenovirus 1 aviário (CELO vírus) Adenovirus 7- Simian vírus 40 (Ad7-SV40) Herpesvirus de cobaias Polyoma vírus Rous sarcoma vírus Shope fi broma vírus Shope papilloma vírus Vírus da Doença de Marek Vírus da Leucemia de Hamsters Vírus da Leucemia de Murinos Vírus da Leucemia de Ratos Vírus da Leucose Aviária Vírus da Leucose Bovina Enzoótica 45 Vírus do Papiloma Bovino Vírus do Sarcoma Canino Vírus do Sarcoma Murino Vírus do Tumor Mamário de Camundongo Vírus Lucke de rãs Vírus Mason-Pfi zer de símios VÍRUS ONCOGÊNICOS DE BAIXO RISCO Adenovirus 1 aviário (CELO vírus) Adenovirus 7- Simian virus 40 (Ad7-SV40) Herpesvirus de cobaias Polyoma vírus Rous sarcoma vírus Shope fi broma vírus Shope papilloma vírus Vírus da Doença de Marek Vírus da Leucemia de Hamsters Vírus da Leucemia de Murinos Vírus da Leucemia de Ratos Vírus da Leucose Aviária Vírus da Leucose Bovina Enzoótica Vírus do Papiloma Bovino Vírus do Sarcoma Canino Vírus do Sarcoma Murino Vírus do Tumor Mamário de Camundongo Vírus Lucke de rãs Vírus Mason-Pfi zer de símios Classe de Risco 3 AGENTES BACTERIANOS INCLUINDO RIQUÉTSIAS Bacillus anthracis Bartonella, exceto os listados na classe de risco 2 Brucella spp, todas as espécies Burkholderia mallei (Pseudomonas mallei), Burkholderia pseudomallei (Pseudomonas pseudomallei) Chlamydia psittaci (cepas aviárias) Clostridium botulinum 46 Coxiella burnetii Escherichia coli, cepas verotoxigênicas como 0157:H7 ou O103 Francisella tularensis (tipo A) Haemophilus equigenitalis Mycobacterium bovis, exceto a cepa BCG, M. tuberculosis Pasteurella multocida tipo B amostra buffalo e outras cepas virulentas Rickettsia akari, R. australis, R. canada, R. conorii, R. montana, R. prowazekii, R. rickettsii, R. siberica, R. tsutsugamushi, R. typhi (R. mooseri) Yersinia pestis PARASITA Nenhum FUNGOS Coccidioides immitis culturas esporuladas; solo contaminado Histoplasma capsulatum, todos os tipos, inclusive a variedade duboisii e variedade capsulatum VÍRUS E PRÍONS Arenavirus do Novo Mundo, incluindo vírus Flexal1, exceto os listados na classe de risco 2 e 4 Arenavirus do Velho Mundo, incluindo vírus da coriomeningite linfocítica (amostras neurotrópicas) Flavivirus, incluindo vírus da encefalite da Austrália (encefalite do Vale Murray), encefalite Japonesa B, Febre Amarela não vacinal, Powassan, Rocio, Sal Vieja, San Perlita, Spondweni, exceto os listados na classe de risco 2 Hantavirus, incluindo vírus Andes, Dobrava (Belgrado), Hantaan (febre hemorrágica da Coréia), Juquitiba, Seoul, Sin Nombre e outras amostras do grupo isoladas recentemente Herpesvirus, incluindo Rhadinovirus (herpesvirus de Ateles e herpesvirus de Saimiri) Oncornavirus C e D Príons, incluindo agentes de encefalopatias espongiformes transmissíveis: encefalopatia espongiforme bovina (BSE), scrapie e outras doençasanimais relacionadas, doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD), insônia familiar fatal, síndrome de Gerstmann-Straussler-Scheinker e Kuru 47 Retrovirus, incluindo os vírus da imunodefi ciência humana (HIV-1 e HIV-2), vírus linfotrópico da célula T humana (HTLV-1 e HTLV-2) e vírus da imunodefi ciência de símios (SIV) Togavirus vírus da encefalite eqüina venezuelana (exceto a amostra vacinal TC-83) Vírus da Raiva amostras de rua (Lyssavirus) Classe de Risco 4 AGENTES BACTERIANOS INCLUINDO RIQUÉTSIAS Cowdria ruminatium (heart water) FUNGOS Nenhum PARASITAS Theileria annulata, T. bovis, T. hirci, T. parva e agentes relacionados VÍRUS E MICOPLASMAS Arenavirus agentes de febres hemorrágicas do Velho Mundo (Lassa) e do Novo Mundo (Guanarito, Junin, Machupo, Sabiá, e outros vírus relacionados) Encefalites transmitidas por carrapatos (vírus da encefalite da Europa Central com suas várias amostras, vírus da encefalite primavera-verão russa, vírus da febre hemorrágica de Omsk, vírus da fl oresta de Kyasanur) Filovirus, incluindo vírus Marburg, Ebola e outros vírus relacionados Herpesvirus do macaco (vírus B) Nairovirus agente de febre hemorrágica (Criméia-Congo) Varíola do camelo (camel-pox) Varíola do macaco (monkey-pox)*/1 Varíola major e alastrim* Vírus da aftosa com seus diversos tipos e variantes Vírus da cólera suína* Vírus da doença de Borna* Vírus da doença de NewCastle (amostras asiáticas)* Vírus da doença de Teschen* Vírus da doença de Wesselbron* Vírus da doença hemorrágica de coelhos Vírus da doença Nairobi do carneiro e vírus relacionados como Ganjam e Dugbe* 48 Vírus da doença vesicular do suíno* Vírus da enterite viral de patos, gansos e cisnes Vírus da febre catarral maligna de bovinos e cervos Vírus da febre do vale do Rift* Vírus da febre efêmera de bovinos* Vírus da febre petequial infecciosa bovina* Vírus da hepatite viral do pato tipos 1, 2 e 3 Vírus da infl uenza A aviária (amostras de epizootias)* Vírus da língua azul (bluetongue) Vírus da lumpy skin Vírus da peste aviária* Vírus da peste bovina* Vírus da peste dos pequenos ruminantes* Vírus da peste eqüina africana* Vírus da peste suína africana* Vírus da peste suína clássica (amostra selvagem)* Vírus do louping ill de ovinos* Mycoplasma agalactiae (caprinos e ovinos)* Mycoplasma mycoides mycoides (pleuropneumonia bovina)* C. Níveis de Biossegurança Existem quatro níveis de biossegurança. Denominados NB-1, NB-2, NB-3 e NB-4, tais níveis estão relacionados aos requisitos crescentes de segurança para o manuseio dos agentes biológicos, terminando no maior grau de contenção e de complexidade do nível de proteção. O NB exigido para um ensaio será determinado pelo agente biológico de maior classe de risco envolvido no ensaio. Quando não se conhece o potencial patogênico do agente biológico, deverá ser realizada uma análise de risco prévia para estimar o nível de contenção. Para trabalhos em grande escala, o NB deve ser o superior ao recomendado para a manipulação do agente biológico envolvido. C.1. Nível de Biossegurança 1 (NB-1) E o NB necessário ao trabalho que envolva agente biológico que contenha agentes biológicos da classe de risco 1. Representa um nível básico de contenção, que se fundamenta na aplicação das boas práticas de laboratório (BPLs), na utilização de equipamentos de proteção e na adequação das 49 instalações com ênfase em indicadores de Biossegurança. O trabalho e conduzido, em geral, em bancada. Os equipamentos de contenção específicos não são exigidos. Os profissionais do laboratório deverão ter treinamento em Biossegurança e na atividade especifica do laboratório. Recomenda-se a supervisão por um profissional especialista. Procedimentos Padrão de Laboratório para o NB-1 – O acesso ao laboratório deve ser controlado e permitido mediante autorização; – O laboratório deve apresentar as áreas de circulação livre de equipamentos e estoques de materiais; – Na porta de acesso ao laboratório onde houver o manuseio de agente biológico devem ser afixados o símbolo internacional de risco biológico, a advertência de área restrita, além da identificação e do número de telefone do profissional responsável; – No laboratório, todos os procedimentos, sejam técnicos e administrativos, devem estar descritos e devem ser de fácil acesso e do conhecimento dos técnicos envolvidos em sua execução; – Osprofissionais devem lavar as mãos antes e após a manipulação de agentes biológicos de risco e antes de saírem do laboratório; – São proibidas as atividades de comer, beber, fumar e aplicar cosméticos (maquiagem, cremes) nas áreas de trabalho do laboratório; – Recomenda-se a não utilização de cosméticos e adereços (brincos, pulseiras, relógios) no laboratório; – E proibido levar qualquer objeto a boca no laboratório; a pipetagem deverá ser realizada com dispositivos apropriados, nunca com a boca; – No laboratório, os materiais perfurocortantes devem ser manuseados cuidadosamente. O descarte desse material deve ser realizado em recipientes de paredes rígidas, resistentes a punctura, a ruptura e ao vazamento, com tampa, devidamente identificados, segundo as normas vigentes, e localizados próximo a área de trabalho, sendo expressamente proibido o esvaziamento desses recipientes para o seu reaproveitamento; – No descarte, as agulhas usadas não devem ser dobradas, quebradas, reutilizadas, recapeadas, removidas das seringas e manipuladas antes de desprezadas; 50 – A bancada de trabalho deve ser descontaminada ao final de cada turno de trabalho e sempre que ocorrer derramamento de agente biológico; – A limpeza e a organização do laboratório devem ser mantidas; – E proibido manter alimentos e plantas que não sejam objetos de analise dentro do laboratório; – Materiais e reagentes devem ser estocados em instalações apropriadas no laboratório; além disso, deve haver sempre disponível no local um kit de primeiros socorros; – Todos os resíduos devem ser descartados segundo as normas vigentes e em cumprimento ao Plano de Gerenciamento de Resíduos da instituição; – No descarte, as vidrarias quebradas não devem ser manipuladas diretamente com a mão, devendo ser removidas por meios mecânicos (vassoura e pá de lixo e pinças) e descartadas em recipientes adequados; – E necessário que haja a descrição e a organização de um plano de contingencia e emergência, além de um programa de vigilância em saúde (epidemiológica, sanitária, ambiental e em saúde do trabalhador); – Deve ser descrita e mantida uma rotina de controle de artrópodes e roedores. Práticas Especiais para o NB-1 Não se aplicam. Equipamentos de Contenção para o NB-1 – Equipamentos especiais de contenção, tais como as CDBs, não são exigidos para manipulações de agentes biológicos da classe de risco 1; – Os EPIs, tais como luvas e vestuário de proteção, avental, uniforme e jaleco, são requeridos durante o trabalho; – O vestuário de proteção deverá ter mangas compridas ajustadas nos punhos e não deve ser usado fora da área laboratorial; – E obrigatório o uso de calcados fechados que possam proteger os pês contra acidentes; – Óculos de segurança e protetores faciais devem ser usados sempre que os procedimentos assim o exigirem; – O laboratório deve possuir dispositivo de emergência para lavagem dos olhos, além de chuveiros de emergência localizados no laboratório ou em local de fácil acesso. 51 Instalações Laboratoriais de NB-1 – As instalações laboratoriais devem ser compatíveis com as regulamentações municipais, estaduais e federais; – O laboratório deve ser projetado de modo a permitir fácil limpeza e descontaminação; – E proibido o uso de cortinas, persianas e similares. Recomenda-se, quando necessária, a utilização de películas protetoras e outras formas para controle da incidência de raios solares; – A iluminação artificial deve ser adequada para as atividades, de maneira que se evitem os reflexos não desejáveis e a luz ofuscante, de acordo com os níveis estabelecidos pelas normas vigentes; – Deve ser realizada a adequação das instalações físicas no que se refere a segurança laboratorial de acordo com as normas vigentes, bem como as normas de proteção contra incêndio de acordo com as regulamentações de segurança do Corpo de Bombeiros local; – As rotas de fuga e as saídas de emergência devem estar identificadas e, localizadas nas áreas de circulação pública e nos laboratórios na direção oposta as portas de acesso, com saída direta para a área externa da edificação. As portas de saída de emergência devem ser dotadas de barra antipanico, que permita a abertura com um pequeno toque, conforme as normas vigentes. As instalações elétricas dos laboratórios e o controle de sistemas de climatização devem ser projetados, executados, testados e mantidos em conformidade com as normas vigentes; – A edificação deve possuir sistema de proteção contra descargas atmosféricas; – Os equipamentos eletroeletrônicos devem estar conectados a uma rede elétrica estabilizada e aterrada. Todas as tomadas e os disjuntores devem ser identificados conforme o estabelecido nas normas vigentes; – Todas as tubulações das instalações prediais devem ser adequadas, identificadas e mantidas em condições de perfeito funcionamento, conforme as normas vigentes. O sistema de abastecimento de agua deve possuir reservatório suficiente para as atividades laboratoriais e para a reserva de combate a incêndio, conforme as normas vigentes; 52 – As circulações horizontais e verticais tais como corredores, elevadores, monta-cargas, escadas e rampas devem estar de acordo com as normas vigentes; – As paredes, o teto e os pisos devem ser lisos, não porosos, sem reentrâncias, com acabamentos impermeáveis e resistentes a produtos químicos, para facilitar a limpeza e a descontaminação da área. Além disso, os pisos e o teto devem ser nivelados; – O laboratório deve possuir portas para o controle do acesso ao público; – As portas devem ser mantidas fechadas e possuir visores, exceto quando haja recomendação contraria; – As portas para passagem de equipamentos devem possuir dimensões com largura mínima de 1,10m, podendo ter duas folhas, uma de 0,80m e outra de 0,30m; – As janelas e as portas devem ser de materiais e acabamentos que retardem o fogo e facilitem a limpeza e a manutenção; – Não e necessário requisito especial de ventilação além dos estabelecidos pelas normas vigentes; – As janelas com abertura para a área externa ao laboratório devem conter telas de proteção contra insetos; – Deve haver espaço suficiente entre as bancadas, as cabines e os equipamentos de modo a permitir acesso fácil para a realização da limpeza; – A superfície das bancadas deve ser revestida por materiais impermeáveis, lisos, sem emenda e ranhura e deve ser resistente ao calor moderado e a ação dos solventes orgânicos, ácidos, álcalis e solventes químicos utilizados na descontaminação das superfícies; – O mobiliário do laboratório deve evitar detalhes não necessários como reentrâncias, saliências, quebras, cantos, frisos e tipos de puxadores que dificultem a limpeza e a manutenção, e deve atender aos critérios de ergonomia, conforme as normas vigentes; – As cadeiras e os outros moveis utilizados no trabalho laboratorial devem ser revestidos com um material que não seja absorvente e que possa ser facilmente descontaminado; – O laboratório deve possuir: (a) pelo menos um lavatório, exclusivo para a lavagem das mãos, localizado próximo aos locais de entrada e saída do ambiente; (b) chuveiro de emergência e lava-olhos próximos as áreas 53 laboratoriais; (c) um local, dentro do laboratório, próximo ao acesso, para guardar jalecos e outros EPIs utilizados no laboratório; (d) um local, fora da área laboratorial, para guardar pertences pessoais e possibilitar a troca de roupas; (e) um local, dentro do laboratório, como armários e prateleiras, para armazenar substancias e materiais de uso frequente; – Para a estocagem de grandes volumes dessas substancias e materiais, deve haver um local em condições adequadas, ventilado, fora da área laboratorial e em concordância com as normas vigentes; – Cada laboratório deve possuir, ainda, um local especifico, externo, coberto, ventilado e em condições de segurançapara armazenamento de cilindros de gases, conforme as normas vigentes; – Os cilindros de gases devem ser mantidos na posição vertical e devem possuir dispositivos de segurança, de forma a evitar quedas e tombamentos; – Não e permitida a presença de cilindros pressurizados, de quaisquer dimensões, para alimentação das redes, na área interna do laboratório; – A edificação laboratorial deve possuir um local isolado, identificado, para armazenamento temporário dos resíduos, separados por tipo, para higienização de contêineres, provido de ponto de agua, no pavimento térreo e em área externa a edificação, com saída para o exterior, de fácil acesso aos carros coletores. Essas áreas devem ser cobertas, ventiladas, devem conter piso, paredes e tetos revestidos de materiais lisos, impermeáveis e resistentes a substancias químicas, conforme as normas vigentes, e seu acesso deve ser restrito ao pessoal autorizado; – Caso o sistema público não disponha de tratamento de efluente sanitário, devem ser previstos tratamentos primário e secundário tais como tanque séptico e filtro biológico, a fim de se evitar a contaminação da rede pública. C.2. Nível de Biossegurança 2 (NB-2) E o NB exigido para o trabalho com agentes biológicos da classe de risco 2, que considera os critérios estabelecidos na análise de risco. Procedimentos Padrão de Laboratório para o NB-2 Os procedimentos padrão exigidos são os mesmos já descritos para o NB-1. Práticas Especiais para o NB-2 54 – As equipes do laboratório e de apoio devem receber treinamentos anuais sobre os riscos potenciais associados aos trabalhos desenvolvidos. Treinamentos adicionais serão necessários em caso de mudanças de normas e de procedimentos; – O trabalho em laboratório deve ser supervisionado por profissional de nível superior com conhecimento e experiência comprovada na área de Biossegurança; – O profissional responsável deve implementar políticas e procedimentos, com ampla informação a todos que trabalhem no laboratório, sobre o potencial de risco relacionado ao trabalho. O acesso ao laboratório deve ser restrito aos profissionais da área, mediante autorização do profissional responsável; – Pessoas susceptíveis as infecções, tais como as imunocomprometidas e imunodeprimidas, não devem ser permitidas no laboratório. São prerrogativas do profissional responsável a análise de cada circunstancia e a decisão final na determinação de quem deve entrar e trabalhar no laboratório; – Todos os profissionais devem ser orientados sobre os possíveis riscos, sobre a necessidade de seguir as BPLs, as especificações de cada rotina de trabalho, os procedimentos de Biossegurança e as práticas estabelecidas no manual de Biossegurança do laboratório, que deve estar acessível a todos os funcionários; – As portas do laboratório devem permanecer fechadas enquanto os ensaios estiverem sendo realizados e devem ser trancadas ao final das atividades; – O emblema internacional com indicação do risco biológico deve ser afixado nas portas dos recintos onde há manipulação dos agentes biológicos pertencentes a classe de risco 2, a fim de identificar qual(is) e(são) o(s) agente(s) manipulado(s), o NB, as imunizações necessárias, o tipo de EPI que deverá ser usado no laboratório e o nome do profissional responsável, com endereço completo e as diversas possibilidades para a sua localização; – Os EPIs devem ser retirados antes de cada profissional sair do ambiente de trabalho, devem ser depositados em recipiente exclusivo para esse fim, em local apropriado, e devem ser descontaminados antes de reutilizados e descartados; 55 – Mãos enluvadas não devem tocar “superfícies limpas”, tais como teclados, telefones e maçanetas; – Dependendo do(s) agente(s) biológico(s) manipulado(s), devem ser mantidas amostras sorológicas da equipe do laboratório e de outras pessoas possivelmente expostas aos riscos, inclusive do pessoal de limpeza e manutenção, para referência futura; – Todos os procedimentos devem ser realizados a fim de minimizar a criação de aerossóis e respingos. Deve-se sempre tomar precauções especiais em relação a qualquer objeto perfurocortante, incluindo seringas e agulhas, laminas, pipetas, tubos capilares e bisturis. Agulhas e seringas hipodérmicas ou outros instrumentos perfurocortantes devem ficar restritos ao laboratório e ser usados somente quando indicados; – Devem ser usadas seringas com agulha fixa e agulha e seringa em uma única unidade descartável usada para injeção e aspiração de materiais biológicos, quando necessárias, seringas que possuam um envoltório para a agulha, ainda, sistemas sem agulha e outros dispositivos de segurança; – Deve ser mantido um registro da utilização do sistema de luz ultravioleta das CSBs com contagem do tempo de uso (vida útil de 7.500 horas); – Deve-se assegurar um sistema de manutenção, calibração e de certificação dos equipamentos de contenção. A cada seis meses, as CSBs e os demais equipamentos essenciais de segurança devem ser testados, calibrados e certificados; – Os filtros Hepa (high efficiency particulated air) da área de bi contenção devem ser testados e certificados de acordo com a especificação do fabricante ou no mínimo uma vez por ano; – Acidentes e incidentes que resultem em exposição a agentes biológicos patogênicos devem ser notificados ao profissional responsável, com providencias de avaliação, vigilância e tratamento, devendo ser mantido registro por escrito desses episódios e das providencias adotadas; – Todos os materiais e resíduos devem ser descontaminados, esterilizados, antes de reutilizados e descartados. Equipamentos de Contenção para o NB-2 – A equipe deve utilizar no interior do laboratório os EPIs adequados, conforme descritos no NB-1; 56 – Luvas devem ser usadas segundo suas indicações, e seu uso e restrito ao laboratório. Luvas de latex descartáveis não poderão ser lavadas, nem reutilizadas; – Devem ser utilizadas CSBs, classe I e II, sempre que sejam realizadas culturas de tecidos infectados e de ovos embrionados, bem como procedimentos com potencial de criação de aerossóis, tais como trituração, homogeneização, agitação vigorosa, ruptura por sonegação, abertura de recipientes que contenham agente biológico onde a pressão interna possa ser maior que a pressão ambiental e cultivo de tecidos, fluidos e ovos de animais infectados; – Sempre que o procedimento for potencialmente gerador de aerossóis e respingos, provenientes de materiais biológicos, deverá ser utilizada proteção para o rosto (mascaras, protetor facial e óculos de proteção); – A centrifugação, fora da CSB, só poderá ser efetuada em centrifuga de segurança e com frascos lacrados. Esses só deverão ser abertos no interior da cabine; – Uma autoclave deve estar disponível, no interior e próximo ao laboratório, dentro da edificação, de modo a permitir a descontaminação de todos os materiais utilizados e resíduos gerados previamente a sua reutilização e descarte. Instalações Laboratoriais de NB-2 – As instalações laboratoriais de NB-2 devem atender aos critérios estabelecidos para o NB-1, acrescidos dos critérios que seguem. Quando os critérios para o NB-2 forem incompatíveis com os itens estabelecidos para o NB-1, prevalecera a exigência para o NB-2, ou seja, a solução de maior contenção; – As instalações laboratoriais devem estar afastadas das áreas de circulação do público; – E exigido um sistema de portas com trancas para acesso ao laboratório; – Recomenda-se a instalação de lavatórios, com acionamento automático e acionados com cotovelo e pé, em cada laboratório; – As CSBs devem ser instaladas longe das passagens de circulação e fora das correntes de ar procedentes de portas e janelas e de sistemas de ventilação; – Deve haver espaço de 0,30m atrás e em cada lado das CSBs, para permitir acesso fácil para a realização da limpeza eda manutenção; 57 – O ar de exaustão das CSBs, classe II, filtrado através de filtros Hepa, e o ar das capelas químicas devem ser lançados acima da edificação laboratorial e das edificações vizinhas, longe de prédios habitados e de correntes de ar do sistema de climatização. O ar de exaustão das CSBs pode recircular no interior do laboratório se a cabine for testada e certificada anualmente; – No planejamento de novas instalações devem ser considerados sistemas de ventilação que proporcionem um fluxo direcional de ar sem que haja uma recirculação para outras áreas internas da edificação; – A área de escritório deve ser localizada fora da área laboratorial. C.3. Nível de Biossegurança 3 (NB-3) Este NB e aplicável aos locais onde forem desenvolvidos trabalhos com agentes biológicos da classe de risco 3. O pessoal do laboratório deve receber treinamento especifico no manejo dos agentes biológicos, devendo ser supervisionados pelo profissional responsável. Todos os procedimentos que envolverem a manipulação de agente biológico devem ser conduzidos dentro de CSBs e de outro dispositivo de contenção física. O profissional do laboratório deve usar EPIs específicos. Os laboratórios pertencentes a este grupo devem ser registrados junto a autoridades sanitárias nacionais. Procedimentos Padrão de Laboratório para o NB-3 – Este nível de contenção exige a intensificação dos programas de utilização das práticas microbiológicas e de segurança estabelecidas para o NB-2, além da existência obrigatória de dispositivos de segurança e do uso, igualmente obrigatório, de CSB classe II e III; – Todos os procedimentos, técnicos ou administrativos, devem estar descritos e devem ser de fácil acesso e do conhecimento dos técnicos envolvidos em sua execução. Estes devem previamente demonstrar ter o domínio dos procedimentos técnicos para a execução das atividades laboratoriais; – O acesso ao laboratório deve ser restrito. Práticas Especiais para o NB-3 – Além das práticas estabelecidas para o NB-2, devem ser obedecidas as práticas a seguir: 58 – Somente as pessoas necessárias para que o ensaio seja executado e o pessoal de apoio devem ser admitidos no local. As pessoas que apresentarem risco aumentado de contrair infecções não são permitidas no laboratório; – As equipes do laboratório e de apoio devem receber treinamento sobre os riscos associados ao trabalho desenvolvido, os cuidados necessários para evitar e minimizar a exposição ao agente biológico e sobre os procedimentos de avaliação da exposição. A equipe do laboratório devera frequentar cursos periódicos de atualização e treinamento adicional e também em caso de mudanças de normas e procedimentos; – Jamais uma pessoa deve trabalhar sozinha dentro do laboratório de NB-3. O profissional responsável deve estabelecer normas e procedimentos pelos quais só serão admitidas para o trabalho no laboratório pessoas que tenham recebido informações sobre o potencial de risco e demonstrem estar aptas para as práticas e as técnicas padrão de microbiologia. Além disso, as pessoas devem demonstrar habilidade nas práticas e nas operações do laboratório, obedecendo as regras para a entrada e a saída do laboratório; – Os procedimentos de Biossegurança devem ser incorporados aos procedimentos operacionais tipo padrão; – Recomenda-se a mudança frequente das luvas, acompanhada de lavagem das mãos; – E proibido o uso de EPIs fora do laboratório. Estes devem ser descontaminados antes de reutilizados e descartados. Os exames clinicos periódicos são obrigatórios. O pessoal do laboratório deve ser imunizado e examinado quanto aos agentes biológicos manipulados e presentes no laboratório (por exemplo, vacina para hepatite B e teste cutâneo para tuberculose); – Devem ser coletadas amostras sorológicas da equipe e pessoas expostas ao risco e armazenadas para futura referência. Amostras adicionais podem ser periodicamente coletadas, dependendo dos agentes biológicos manipulados e do funcionamento do laboratório; – Todas as manipulações que envolvam agentes biológicos devem ser conduzidas no interior de CSBs e de outros dispositivos de contenção física dentro de um modulo de contenção; 59 – Todos os resíduos devem ser obrigatoriamente esterilizados antes de descartados e removidos do laboratório. Todos os materiais utilizados no laboratório devem ser descontaminados antes de reutilizados; – Os filtros Hepa e os pré-filtro das CSBs e dos sistemas de ar retirados devem ser acondicionados em recipientes fechados para que sejam descontaminados por esterilização; – Acidentes e incidentes que resultem em exposições a agentes biológicos patogênicos deverão ser relatados ao profissional responsável; – Nesses casos, devem ser tomadas medidas necessárias para mitigar e remediar a situação, como procedimentos de avaliação clinica, vigilância e tratamento, devendo ser mantidos os registros por escrito desses episódios e das providencias adotadas; – O profissional responsável deve garantir: (1) que o projeto da instalação e os procedimentos operacionais do NB-3 estejam documentados; (2) que os parâmetros operacionais e as instalações tenham sido verificados, quanto ao funcionamento exigido, antes que o laboratório inicie as suas atividades; e (3) que as instalações sejam inspecionadas no mínimo uma vez por ano e os equipamentos verificados, inclusive os sistemas de segurança, quanto ao seu funcionamento, sua calibração e eficiência, de acordo com as especificações do fabricante e de acordo com as BPLs. Equipamentos de Contenção para o NB-3 – E obrigatório o uso de roupas de proteção apropriadas, bem como o uso de mascaras, gorros, luvas, e sapatilhas. As pessoas que usarem lentes de contato em laboratórios deverão usar óculos de proteção e protetores faciais; – Devem ser utilizadas CSBs (classe II, B 2 e III) em quaisquer operações com agentes biológicos que incluam manipulação de culturas e de material clinico e ambiental. Quando um procedimento e um processo não puder ser conduzido dentro de uma CSB, devem ser utilizadas combinações apropriadas de EPIs, como por exemplo, respiradores e protetores faciais associados a dispositivos de contenção física como: centrifugas de segurança e frascos selados; – A autoclave, preferivelmente a de dupla porta, deve estar localizada no laboratório e dentro da área de apoio da instalação de bi contenção. 60 Instalações Laboratoriais de NB-3 – As instalações laboratoriais de NB-3 devem atender aos critérios estabelecidos para o NB-2, acrescidos dos critérios que seguem. Quando os critérios para o NB-3 não forem compatíveis com os itens estabelecidos para o NB-2, prevalecera a exigência para o NB-3, e seja, a solução de maior contenção; – O laboratório deve estar separado das áreas de transito irrestrito do prédio e possuir acesso restrito; – A entrada e a saída dos técnicos devem ser feitas através de câmara pressurizada e de vestiário de barreira adjacente a área de contenção do laboratório, com pressão diferenciada, para colocação e retirada de EPIs; – A câmara e o vestiário devem ser dotados de sistema de bloqueio de dupla porta e providos de dispositivos de fechamento automático e de intertravamento; – A entrada de materiais de consumo e materiais biológicos (humanas e animais) deve ser feita através de câmara pressurizada e de outro sistema de barreira equivalente; – Deve ser feita a instalação de uma autoclave na área de bi contenção, para a descontaminação de resíduos; – Quando as tubulações das instalações prediais atravessarem pisos, paredes e o teto da área de contenção, os orifícios de entrada e saída devem ser vedados com materiais que garantam o isolamento; – O piso deve ser revestido de materiais contínuos e impermeáveis. Recomenda-se que o mobiliário seja modulado, com uso flexível e com mobilidade; – Deve haver pelomenos um lavatório, para lavagem das mãos com acionamento automático e acionado com cotovelo e pé, próximo a porta de saída de cada laboratório; – Todas as esquadrias devem ser de material de fácil limpeza e manutenção; – São recomendados visores nas paredes divisórias e nas portas entre salas e áreas de circulação. As janelas e os visores devem ter vidro de segurança e devem ser devidamente vedados; – Devem existir CSBs em todos os laboratórios; – Quando forem utilizadas, as CSBs da classe III devem estar conectadas diretamente ao sistema de exaustão, de maneira que se evite qualquer 61 interferência no equilíbrio do ar delas próprias e do edifício. Se elas estiverem conectadas ao sistema de insuflação do ar, isso deverá ser feito de tal maneira que se previna uma pressurização positiva das cabines; – Devem ser instaladas coifas sobre equipamentos que realizam procedimentos que possam produzir aerossóis. Essas coifas devem estar interligadas ao sistema de tratamento de ar com filtragem absoluta; – Deve haver um sistema de comunicação ligando as áreas de contenção as áreas de suporte do laboratório e de apoio técnico da edificação; – Deve haver chuveiro, lava-olhos de emergência e lavatório, com dispositivos de acionamento por controles automáticos em área em contenção, adjacentes a área do laboratório; – O laboratório deve ter um sistema de ar não dependente, com ventilação unidirecional, a fim de garantir que o fluxo de ar seja direcionado das áreas de menor risco potencial para as áreas de maior risco de contaminação; – O ar de exaustão não deve recircular para qualquer outra área da edificação, devendo ser filtrado por meio de filtro Hepa antes de ser eliminado para o exterior do laboratório, longe de áreas ocupadas e de entradas de ar; – Os filtros Hepa devem ser instalados no ponto de descarga do sistema de exaustão; – Deve haver monitoração do fluxo de ar no laboratório. Recomenda-se que um monitor visual seja instalado para indicar e confirmar a entrada direcionada do ar para o laboratório. Deve-se considerar a instalação de um sistema de automação para monitoramento do sistema de ar; – Os registros devem estar localizados fora da área de contenção do laboratório, para interrupção do fluxo de agua pela equipe de manutenção quando necessário; – Deve haver sifões nas cubas e nos lavatórios. Não devem ser utilizados ralos nas áreas laboratoriais; – As linhas de suprimento de gases comprimidos devem ser dotadas de filtros de eficiência, de sistema equivalente, para proteção de inversão do fluxo (dispositivo anti-refluxo); – As tubulações devem estar nos espaços de fácil acesso a equipe de manutenção; 62 – Todos os orifícios para a passagem de tubulação nos pisos, nas paredes e no teto da área de contenção devem ser vedados com produto adequado; – As linhas de vácuo devem ser protegidas por filtros de eficiência, sistema equivalente, para proteção de inversão do fluxo. Uma alternativa e o uso de bombas de vácuo portáteis, não conectadas ao exterior da instalação e também dotadas de filtro de eficiência; – Os disjuntores e os quadros de comando devem estar localizados fora da área de contenção do laboratório; – Todos os circuitos de alimentação de energia elétrica devem ser independentes das demais áreas da edificação; – O perímetro de contenção do laboratório deve ser dotado de sistema que permita sua vedação para procedimentos de descontaminação dos ambientes; – Deve haver saída de emergência do laboratório de acordo com as normas vigentes; – O laboratório deve possuir sistema de emergência constituído de um grupo motor gerador e chave automática de transferência, para alimentar os circuitos da iluminação de emergência, dos alarmes de incêndio e de segurança predial, dos equipamentos essenciais, tais como CSBs, freezers, refrigeradores e incubadoras, e do ar condicionado de ambientes, que necessitam de temperatura e fluxo unidirecional constante do ar. C.4. Nível de Biossegurança 4 (NB-4) – Este nível de contenção deve ser usado sempre que o trabalho envolver agentes biológicos da classe de risco 4 e com potencial patogênico desconhecido; – Para esses agentes não há nenhuma vacina e terapia disponível; – Os agentes biológicos que possuem uma relação antigênica próxima e idêntica as dos agentes da classe de risco 4 também devem ser manuseados neste NB, até que se consigam dados suficientes para confirmação se o trabalho deve ser realizado neste nível de contenção e em um nível inferior; – A aplicação de todos os procedimentos necessários para a operação segura do laboratório e de responsabilidade da equipe, incluindo do pessoal de apoio e de manutenção; – A equipe do laboratório, supervisionada pelo profissional responsável, deve possuir treinamento especifico, direcionado para a manipulação de 63 agentes patogênicos extremamente perigosos e deve ser capaz de compreender, executar e operar as funções de contenção primaria e secundaria, as práticas tipo padrão especificas e gerais de segurança, os equipamentos de contenção e as características das instalações do laboratório; – O isolamento dos trabalhadores de laboratórios em relação aos agentes biológicos patogênicos aerossolizados e realizado primariamente em uma CSB da classe III e da classe II, B2, associado a utilização de roupas de proteção com pressão positiva, ventiladas por sistema de suporte a vida; – O laboratório de NB-4 deve ser uma edificação construída separadamente de outras edificações e localizada em uma zona isolada, devendo possuir características especificas quanto ao projeto e aos sistemas de engenharia, para prevenção da disseminação de agentes no meio ambiente; – Os laboratórios de contenção máxima só devem funcionar com autorização e fiscalização das respectivas autoridades sanitárias. Procedimentos Padrão de Laboratório para o NB-4 Este nível de contenção exige a intensificação dos programas de utilização das práticas microbiológicas e de segurança estabelecidas para o NB-3, além de prever a existência obrigatória de dispositivos de segurança específicos e do uso, igualmente obrigatório, de CSB classe II, B2, associados a utilização de roupas de proteção com pressão positiva ventiladas por sistema de suporte a vida e de CSB classe III; Práticas Especiais para o NB-4 – Devem ser obedecidas as práticas especiais estabelecidas para o NB-3 acrescidas das exigências a seguir; – Nenhum material deverá ser removido do laboratório de contenção máxima (NB-4), a menos que tenha sido esterilizado, exceto os agentes biológicos que tenham de ser retirados na forma viável; – O agente biológico viável, a ser removido da CSB classe III e do laboratório de contenção máxima, deve ser acondicionado em recipiente de contenção primaria e selado. Este, por sua vez, deve ser acondicionado dentro de um segundo recipiente também inquebrável e selado, que deverá passar por um tanque de imersão contendo desinfetante ou por uma câmara de fumigação e por um sistema de barreira de ar planejada com tal proposito; 64 – Deve ser implantado um sistema eficiente de registro de entrada e saída de agente biológico com os dados necessários para a sua perfeita identificação e seu rastreamento; – Somente as pessoas envolvidas na programação e no suporte ao programa a ser desenvolvido, cujas presenças forem solicitadas nos ambientes do laboratório, devem possuir permissão para a entrada no local; – O profissional responsável tem a responsabilidade final pelo controle do acesso ao laboratório. Antes de entrar no laboratório, as pessoas deverão ser avisadas sobre o risco potencial e deverão ser instruídas sobre as medidas apropriadas de segurança; – O profissional responsável tem a responsabilidade de assegurar que, antes de iniciar o trabalho, toda a equipe apresente alta competência em relação as práticas e as técnicasmicrobiológicas, em práticas e operações especiais, especificas do laboratório, além de conhecimento das precauções necessárias para a avaliação das exposições e dos procedimentos de prevenção a exposição; – As pessoas autorizadas devem cumprir com rigor as instruções e os procedimentos para a entrada e a saída do laboratório. Deve haver um registro de entrada e saída de pessoal, com data, horário e assinaturas; – Deve existir um plano de contingencia e de emergência com descrição clara dos procedimentos necessários em tais situações; – Além das amostras sorológicas colhidas rotineiramente, amostras adicionais devem ser periodicamente coletadas, dependendo dos agentes biológicos manipulados ou das atividades do laboratório. Ao se estabelecer um programa de vigilância sorológica, deve-se considerar a disponibilidade dos métodos para a avaliação de anticorpos do(s) agente(s) biológico(s) em questão; – Deve existir uma área de observação e isolamento para os primeiros Previamente a realização de trabalhos em contenção utilizando-se CSB da classe III, os profissionais devem trocar suas roupas na entrada do laboratório, nos vestiários internos, também em contenção, adjacentes ao laboratório, por roupa protetora completa e descartável. Antes de sair do laboratório para a área de banho, devem retirar as roupas usadas no laboratório, deposita-las em recipiente exclusivo para esse fim m e encaminha-las para a esterilização antes que sejam descartadas. Na entrada 65 ao laboratório de contenção máxima, onde são utilizadas roupas protetoras com pressão positiva, os profissionais devem retirar suas roupas nos vestiários internos, também em contenção, adjacentes ao laboratório, e vestir os macacões. Na saída, os profissionais, ainda vestindo o macacão de pressão positiva com sistema de suporte a vida, devem passar por um banho de descontaminação química; – A entrada e a saída de pessoal por antecâmara pressurizada somente devem ocorrer em situações de emergência; – Não são permitidos no laboratório materiais não relacionados ao ensaio que estiver sendo realizado no momento; – Os filtros Hepa e os pré-filtro das CSBs e dos sistemas de ar devem ser removidos e acondicionados em recipientes hermeticamente fechados, para subsequente descontaminação e destruição adequadas; – Todos os materiais provenientes da área de bi contenção devem ser esterilizados; – Todos os resíduos, após a esterilização, devem receber o tratamento previsto nas normas vigentes. Equipamentos de Contenção para o NB-4 – Existem dois modelos de laboratório de contenção máxima para manipulações de agentes biológicos da classe de risco 4: (1) laboratórios para manipulações conduzidas em CSB de classe III; e (2) laboratórios para manipulações conduzidas em CSB de classe II, B2; neste caso, realizadas em associação a roupa de proteção pessoal, peca única, ventilada, de pressão positiva, que possua um sistema de suporte a vida protegido por fim ltros Hepa. – O sistema de suporte de vida deve incluir compressores de respiração de ar, alarmes e tanques de ar de reforço de emergência. Instalações Laboratoriais de NB-4 – As instalações laboratoriais de NB-4 devem atender aos critérios estabelecidos para o NB-3, acrescidos dos critérios que seguem. Quando os critérios para o NB-4 não forem compatíveis com itens estabelecidos para o NB-3, prevalecera a exigência para o NB-4, a solução de maior contenção; – A construção do laboratório de contenção máxima pode se basear em um dos tipos de laboratório e em uma combinação dos dois tipos. Se for 66 utilizada a combinação, a construção deve atender a todos os requisitos de cada tipo; – O acesso dos profissionais deve ser controlado por sistemas de identificação acionados por leitor de íris e leitor de digitais e de cartão magnético por outro tipo de sistema de segurança rigoroso; – A entrada e a saída dos técnicos devem ser feitas por meio de vestiários de barreira, com diferencial de pressão entre os ambientes, dotados de sistema de bloqueio de dupla porta, providos de dispositivos de fechamento automático e de Inter travamento; – A entrada de materiais de consumo e de materiais biológicos deve ocorrer por meio de câmara pressurizada (passthrough); – A saída de resíduos deve ocorrer após a autoclavacao; – Diariamente, antes que o trabalho se inicie, devem ser feitas inspeções de todos os sistemas de contenção e de suporte a vida, a fim m de assegurar o funcionamento de acordo com os parâmetros de operação; – Devem existir visores adequados localizados nas paredes divisórias e nas portas, entre a área de contenção e as áreas de suporte do laboratório; – As portas devem permitir vedação total com sistema de acionamento de abertura automático e com acionamento interno de emergência após identificação; – As paredes, os pisos e o teto das áreas de contenção devem ser construídos de maneira que formem uma concha interna selada e permitam os procedimentos de fumigação; – Todas as áreas de contenção deverão ter um sistema de tratamento de ar, sem recirculação, que assegure o fluxo do ar das áreas de menor risco para as áreas de maior risco potencial, mantendo uma pressão diferencial; – Esse sistema deverá ser monitorado e existir um alarme para acusar qualquer não regularidade no funcionamento do sistema de tratamento de ar; – Todo o ar de exaustão deverá passar por dois filtros Hepa, em série, antes de ser lançado acima da edificação, longe de outros edifícios e de correntes de ar; – Todos os filtros Hepa deverão ser testados e certificados conforme indicação do fabricante. O abrigo para os filtros Hepa deverá ser projetado 67 de maneira que permita procedimentos locais de descontaminação e substituição; – Todos os efluentes líquidos tais como a agua do chuveiro, os efluentes da condensação da autoclave (conduzida por meio de um sistema fechado) e de outros pontos da instalação, devem estar conectados a um sistema de tratamento térmico (caldeira) e biologicamente monitorado, para que sejam esterilizados antes de descartados no sistema de esgoto sanitário; – Os sistemas de emergência devem ser testados de acordo com a especificação do fabricante. Após a realização de uma análise completa dos riscos, poderá ser adotada uma frequência de teste diferente da especificada; – As linhas de suprimento de gases comprimidos devem ser dotadas de filtros e de sistema equivalente para proteção de inversão do fluxo (dispositivo anti-refluxo uxo); – O laboratório deve possuir: (1) um sistema de comunicação de circuito interno de imagem e outro dispositivo de comunicação de emergência entre as áreas de contenção e as áreas de suporte do laboratório e de apoio técnico da edificação; (2) um sistema de abastecimento de energia elétrica de emergência ligada aos sistemas de suporte a vida, para também alimentar os circuitos da iluminação, os alarmes, os controles de entrada e saída, os sistemas de comunicação, as CSBs e os outros equipamentos; e (3) um sistema de tratamento adequado de eliminação de resíduos localizado em área contigua ao laboratório, para eliminação dos resíduos gerados, obedecendo as normas vigentes. Deverão ser previstas, para todos os laboratórios, autoclaves de duas portas, para a descontaminação dos resíduos. As juntas entre as paredes de contenção e as portas das autoclaves deverão ser vedadas com material adequado. Laboratório NB-4 com CSB de Classe III – O sistema de vácuo deve possuir um sistema de filtração em série, por meio de filtros Hepa, em cada ponto onde cera___2 utilizado e próximo da válvula de serviço. Outras linhas utilitárias devem ser providas de dispositivos anti-refl uxo; – O ar de exaustão das CSBs de classe III deve ser tratado por sistema de dupla filtragem por filtros Hepa em serie; 68 – A autoclave de porta dupla deve ser acoplada a CSB de classeIII para a descontaminação de materiais e de resíduos. Laboratório NB-4 com CSB de Classe II Associada à Utilização de Roupas de Proteção Individual com Pressão Positiva, Ventiladas por Sistema de Suporte de Vida – As circulações só podem ser desenvolvidas no mesmo pavimento, entre as áreas de contenção e de suporte do laboratório, com dimensões que permitam a passagem dos técnicos com macacões ventilados, minimizando o risco de acidentes; – As bancadas devem possuir superfícies monolíticas, fixas, seladas, sem reentrâncias e saliências, impermeáveis e resistentes ao calor moderado e aos solventes orgânicos, ácidos, álcalis e solventes químicos utilizados na descontaminação das superfícies de trabalho e dos equipamentos; – O mobiliário deve ter uma construção simples, de modo a minimizar a necessidade de manutenção, e deve ser resistente a gases, a substancias químicas e ao calor moderado; – O sistema de insuflamento de ar pode estar equipado com filtro absoluto, de alta eficiência tipo Hepa, independente das outras instalações contiguas, caso a atividade a ser desenvolvida o exija; – Os dutos de exaustão devem ser equipados com pelo menos dois filtros Hepa, montados em serie, antes que sejam direcionados para fora do laboratório; – A exaustão das CSBs deve ser feita por meio de um sistema de dupla filtragem por filtros Hepa; – Deverá ser instalada no laboratório uma autoclave de dupla porta que possua controle automático, para a descontaminação de quaisquer materiais utilizados na área de bi contenção. D. Formação dos Aerossóis Aerossóis são micropartículas solidas e liquidas com dimensão aproximada de 0,1μ e 50μ, que podem permanecer em suspensão, em condições viáveis, por várias horas. Os aerossóis se formam geralmente pelo uso de alguns equipamentos, tais como: as centrifugas, os homogeneizadores, os misturadores e os agitadores. As centrifugas, em particular, são geradoras de aerossóis infecciosos, quando não possuem dispositivos de segurança. 69 Além do uso desses equipamentos, alguns procedimentos técnicos podem gerar riscos potenciais, tais como: a agitação em alta velocidade de materiais biológicos infecciosos; a remoção de meio de cultura liquido com seringa e agulha de um frasco contendo material infeccioso; a flambagem de alcas de platina nas técnicas bacteriológicas; o ato de destampar um frasco de cultivo e de suspensão de líquidos após agita-lo; e o rompimento de células com ultra-som. O quadro a seguir mostra a relação de diferentes tipos de manipulação em cultura microbiana e o possível número de microrganismos presentes nos aerossóis A tabela a seguir mostra uma listagem de equipamentos e de operações capazes de gerar perigo, sugerindo ainda meios de elimina-los e minimiza-lo. 70 Tabela VIII – Listagem de Equipamentos e Operações de Risco 71 E. Vias de Penetração dos Microrganismos Via Aérea Os laboratórios de pesquisa, em sua maioria, produzem aerossóis por ato de pipetagem, centrifugação (abertura da centrifuga com o rotor em funcionamento), maceração de tecidos, sonegação, agitação, flambagem de alça de platina, abertura de ampolas liofilizadas, manipulação de fluidos orgânicos, abertura de frascos com cultura de células infectadas e por outras práticas. As partículas que circulam no ar dos ambientes laboratoriais carreiam mais agentes infecciosos e vapores químicos do que em qualquer outro local. 72 O aerossol pode ficar em suspensão, propagar-se a distância e contaminar um grupo de profissionais, dependendo da concentração do agente infeccioso, da capacidade de patogenicidade e de sua virulência. Via Cutânea Uma das formas frequentes de transmissão por esta via e, sem dúvida, a picada com agulhas contaminadas, inclusive durante a pratica de recapeá- las. O corte e a perfuração por vidraria quebrada, trincada e por instrumentos perfuro cortantes contaminados constituem meios de contaminação relevantes. Via Ocular A contaminação da mucosa conjuntival ocorre, por lançamento de gotículas e aerossóis de material infectante nos olhos. Outra forma de contaminação e através do contato dos olhos com as lentes oculares de microscópio, de aparelhos óticos. Via Oral O ato de pipetar com a boca representa uma das frequentes formas de infecção nos laboratórios. Porém, a contaminação oral não ocorre, por esta pratica, sendo o habito de fumar, fazer refeições no laboratório e a falta de procedimentos higiênicos (não lavar as mãos após manusear materiais contaminados) importantes formas de transmissão por esta via. Por isso tais procedimentos são proibidos dentro dos laboratórios. F. Equipamentos de Proteção F.1. Proteção Individual Para os fins de aplicação da Norma Regulamentadora – NR – 6 do Ministério do Trabalho, considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo e produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional e importado, só poderá ser posto à venda e utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. A empresa e obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, 73 EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstancias: Cabe ao empregador. - Cabe ao empregador quanto ao EPI: a) Adquirir o adequado ao risco de cada atividade; b) Exigir seu uso; c) Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; d) Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso, guarda e conservação; e) Substituir, quando danificado e extraviado; f) Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e, g) Comunicar ao MTE qualquer não regularidade observada. - Cabe ao empregado quanto ao EPI: a) Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; b) Responsabilizar-se pela guarda e conservação; c) Comunicar ao empregador qualquer alteração que não o torne proprio para uso; d) Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. Os equipamentos de proteção individual são utilizados para minimizar exposição aos riscos ocupacionais e evitar possíveis acidentes nos laboratórios de pesquisa. E importante salientar que, na aquisição destes equipamentos, torna-se fundamental a presença do profissional exposto ao risco, pois e este trabalhador que conhece de forma aprofundada o seu processo de trabalho e a exposição que lhe e colocada em sua rotina. Os equipamentos de proteção a seguir (Figura 1), não devem ser inseridos de forma autoritária na rotina de trabalho; e fundamental que o profissional tenha um prazo para se adaptar a esta rotina, senão, em vez de proteger, estes equipamentos tornar-se-ão elementos geradores de acidentes. Devemos levar em consideração o conforto proporcionado por estes equipamentos e a qualidade do produto e, ainda, exigir o Certificado de Aprovação (CA) no Ministério do Trabalho. Figura 1 – Principais Equipamentos de Proteção Individual (EPI) utilizados em Laboratórios 74 Óculos a) óculos de segurança para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes; b) óculos de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa; c) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação ultravioleta; d) óculos de segurança para proteção dos olhos contra respingos de produtos químicos. Protetor Facial a) protetor facial de segurança para proteção da face contra impactos de partículas volantes; b) protetor facial de segurança para proteção da face contra respingos de produtos químicos; c) protetor facial de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa.EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA 75 Respirador purificador de ar a) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras e nevoas; b) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras, nevoas e fumos; c) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras, nevoas, fumos e radionuclideos; d) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra vapores orgânicos ou gases ácidos em ambientes com concentração inferior a 50 ppm (parte por milhão); e) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra gases emanados de produtos químicos; f) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra partículas e gases emanados de produtos químicos; g) respirador purificador de ar motorizado para proteção das vias respiratórias contra poeiras, nevoas, fumos e radionuclideos. Respirador de adução de ar 76 a) respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração Imediatamente Perigosa a Vida e a Saúde e em ambientes confinados; b) mascara autônoma de circuito aberto ou fechado para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração Imediatamente Perigosa a Vida e a Saúde e em ambientes confinados. Respirador de fuga a) Respirador de fuga para proteção das vias respiratórias contra agentes químicos em condições de escape de atmosferas Imediatamente Perigosa a Vida e a Saúde e com concentração de oxigênio menor que 18 % em volume. Luvas a) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes; b) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes; c) luva de segurança para proteção das mãos contra choques elétricos; d) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes térmicos; e) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes biológicos; f) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes químicos; g) luva de segurança para proteção das mãos contra vibrações; h) luva de segurança para proteção das mãos contra radiações ionizantes. Creme protetor 77 a) Creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes químicos, de acordo com a Portaria SSST no 26, de 29/12/1994. Calçados a) calcado de segurança para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos; b) calcado de segurança para proteção dos pês e pernas contra respingos de produtos químicos. Calças a) calca para proteção das pernas contra contra respingos biológicos; b) calca de segurança para proteção das pernas contra respingos de produtos químicos. EPI PARA PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO Vestimenta de Corpo Inteiro a) vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra respingos de produtos químicos. EPI PARA PROTECAO DO TRONCO 78 a) jaleco de mangas compridas com elástico nos punhos; b) vestimentas de segurança que ofereçam proteção ao tronco contra riscos de origem térmica, mecânica, química e radioativa F.2. Proteção Coletiva Os Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC (Figura 2) são utilizados para minimizar a exposição dos trabalhadores aos riscos e, em caso de acidentes, reduzir suas consequências. Como exemplo, podemos citar o uso de cabines de segurança biológica, que protegem os profissionais e o meio ambiente do risco de contaminação. FIGURA 2 - Exemplos de Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) Fluxo Laminar de Ar 79 E entendido como uma massa de ar dentro de uma área confinada, movendo-se com velocidade uniforme ao longo de linhas paralelas. A velocidade do fluxo de ar através da abertura frontal para dentro da câmara e de 0,45m/s. A esta velocidade a integridade do fluxo e frágil e pode ser desintegradas por correntes de ar. Filtro Hepa HEPA “High Efficiency Particulate Air”. Estes filtros foram desenvolvidos na década de 40. São feitos de papel de vidro com 60μ de espessura, sustentadas por laminas de alumínio. As fibras do filtro são feitas de uma trama tridimensional que remove as partículas de ar que flui através dele, por inercia, intercepção e difusão. O filtro HEPA tem capacidade de filtração com eficiência de 99,97% para partículas de 0,3μm de diâmetro e 99,99% das partículas maiores e menores. Cuidados especiais com o ambiente e a troca do pre-filtro aumentam a expectativa de vida do filtro HEPA. Cabine de Segurança Biológica As cabines de Segurança Biológica (CBS) constituem o principal meio de contenção. O primeiro modelo de CSB foi concebido em 1909 por uma indústria farmacêutica americana para prevenir infecção com M. tuberculosis, durante a preparação de tuberculina. As CBS são usadas como barreiras primarias para evitar fuga de aerossóis para o ambiente. Ha três tipos de cabines de segurança biológica: - Classe I - Classe II – A, B1, B2, B3. - Classe III Procedimentos corretos para uso da Cabine de Segurança Biológica Fechar as portas do laboratório; Evitar circulação de pessoas no laboratório durante o uso da cabine; Ligar a cabine e a luz UV 10 a 15 minutos antes de seu uso; Descontaminar a superfície interior com gaze estéril embebida em álcool etílico e isopropilico a 70%; Lavar as mãos e antebraços com agua e sabão e secar com papel toalha descartável; Passar álcool etílico e isopropilico a 70% nas mãos e antebraços; 80 Usar jaleco de manga longa, luvas, mascara, gorro e pro-pe (este, quando necessário); Colocar equipamentos, meios de cultura, vidraria, etc, no plano de atividade da área de trabalho; Limpar todos os objetos antes de introduzi-los na cabine; Organizar os materiais de modo que os itens limpos e contaminados não se misturem; Minimizar os movimentos dentro da cabine; Colocar os recipientes para descarte de material no fundo da área de trabalho e lateralmente (camarás laterais também são usadas); Usar incinerador elétrico e micro queimador automático (o uso de chama do bico de Bunsen pode acarretar danos ao filtro HEPA e interromper o fluxo laminar de ar, causando turbulência); Usar pipetador automático; Conduzir as manipulações no centro da área de trabalho; Interromper as atividades dentro da cabine enquanto centrifugas, misturadores e outros equipamentos estiverem sendo operados; Limpar a cabine, ao termino do trabalho, com gaze estéril embebida em álcool etílico ou isopropilico a 70%; Descontaminar a cabine (a descontaminação poderá ser feita com formalina fervente), aquecimento de paraformaldeido (10,5g/m3) e mistura de formalina paraformaldeido e agua com permaganato de potássio (35 mL de formalina e 7,5g de permaganato de potássio). Recomendações - Não introduzir na cabine objetos que causem turbulência; - Não colocar na cabine materiais poluentes como madeira, papelão, papel, lápis, borracha; - Evite espirrar e tossir na direção da zona estéril (usar mascara); - Evite guardar equipamentos e qualquer outro objeto no interior da cabine, mantendo - grelhas anteriores e posteriores não obstruídas. A cabine não e um deposito; - Não efetue movimentos rápidos e gestos bruscos na área de trabalho; - Evite fontes de calor no interior da cabine, utilize micro queimadores elétricos. O emprego de chama de bico de Bunsen só e permitido quando, absolutamente necessário; 81 - Jamais introduza a cabeça na zona estéril; - Evite a projeção de líquidos e sólidos contra o filtro; - As lâmpadas UV não devem ser usadas enquanto a cabine de segurança estiver sendo utilizada. Seu uso prolongado não e necessário para uma boa esterilização e provoca deterioração do material e da estrutura da cabine. Deve-se fazer o controle da contagem de tempo de uso das lâmpadas UV; - Não coloque papeis presos no painel de vidro e acrílico da cabine, pois eles limitarão o campo de visãodo usuário e diminuirão a intensidade de luz, podendo causar acidentes; - Fazer o controle da contagem de tempo de utilização da cabine de segurança biológica, para fim de manutenção e troca de pre-filtro. Cabine de Segurança Biológica Classe I E uma modificação da capela usada no laboratório químico. E uma cabine ventilada com fluxo de ar ambiente, podendo ter a frente totalmente aberta e com painel frontal fechado com luvas de borracha, possui duto de exaustão com filtro HEPA. Não há proteção para o experimento, somente para o operador e o meio ambiente. Dentro da cabine são colocadas lâmpadas UV. E recomendada para trabalho com agentes de risco biológico das classes 1, 2 e 3, e dos grupos I e II. Cabine de Segurança Biológica Classe II A cabine classe II e conhecida com o nome de Cabine de Segurança Biológica de Fluxo Laminar de Ar. O princípio fundamental e a proteção do operador, do ambiente e do experimento e produto. Possui uma abertura frontal que permite o acesso a superfície de trabalho a altura de segurança da abertura do painel frontal e de 20 cm, podendo ter um alarme que previne contra a abertura excessiva do mesmo. Possui filtro HEPA de suprimento e exaustão de ar. Cabine de Segurança Biológica Classe II A Tem o fluxo laminar de ar vertical com tiro frontal de ar 75 pé/min. O ar contaminado, após filtragem pelo filtro HEPA do exaustor, passa para o ambiente onde a cabine está instalada (a cabine deve ter, pelo menos, 20 cm de afastamento do teto). Não se deve usar este tipo de cabine com substancias toxicas, explosivas, inflamáveis e radioativas, pela elevada percentagem de recirculação do ar (a recirculação e de 70%). E recomendada 82 para o trabalho com agentes de risco biológico das classes 1 e 2, e dos grupos I e II. Cabine de Segurança Biológica Classe II B1 Esta cabine possui filtro HEPA de suprimento de ar abaixo da área de trabalho, 30% do ar recircula enquanto que 70% sai através do filtro HEPA do exaustor, através de duto para o exterior. O tiro de ar no seu interior e de 100 pês/min. Usada para agentes biológicos tratados com mínimas quantidades de produtos químicos tóxicos e traços de radio nucleotídeos. E recomendada para trabalho com agentes de risco biológico das classes 1, 2 e 3, e dos grupos I e II. Cabine de Segurança Biológica Classe II B2 E uma cabine de total esgotamento de ar. O ar entra pelo topo da cabine, atravessando o pre-filtro e o filtro HEPA de suprimento de ar, sobre a área de trabalho. O tiro frontal de ar no seu interior e de 100 pês/min. O ar filtrado atravessa somente uma vez a área de trabalho. O esgotamento do ar e feito através de outro filtro HEPA, que o leva por um duto para o exterior. Pode ser usado para agentes biológicos tratados com produtos químicos tóxicos e radiativos em baixos níveis. E recomendada para trabalho com agentes de risco biológico das classes 1, 2 3, e dos grupos I e II. Cabine de Segurança Biológica Classe II B3 E igual a cabine de segurança biológica classe II A. A velocidade do fluxo de ar no seu interior e de 75 a 100 pês/min. O ar e esgotado totalmente através de um filtro HEPA por um duto para o exterior. E recomendada para o trabalho com os agentes de risco biológico da classes 1, 2 e 3, e dos grupos I e II. 83 Cabine de Segurança Biológica Classe III E uma cabine de contenção máxima. E totalmente fechada, com ventilação própria, construída em acho inox a prova de escape de ar e opera com pressão negativa. O trabalho se efetua com luvas de borracha presas a cabine. Para purificar o ar contaminado que sai da cabine são instalados 2 filtros HEPA em serie e um filtro HEPA e um incinerador. A introdução e retirada de materiais se efetua por meio de autoclaves de porta dupla, comporta de ar de porta dupla e recipiente de imersão com desinfetante. Pode conter todos os serviços como: refrigeradores, incubadoras, freezers, centrifugas, banho-maria, microscópio e sistema de manuseio de animais. NAO PODE CONTER GAS. Os dejetos líquidos são recolhidos em um deposito para serem descontaminados antes de serem lançados ao sistema de esgoto. Máxima proteção do pessoal, meio ambiente e produto. Exemplos de microrganismos de risco biológico classe 4 manipulados neste tipo de cabine: Arbovírus (Machupo, Lassa, Marburg, vírus de febres hemorrágicas), material de pesquisa de DNA de alto risco. 84 G. Sinalização Dentro de uma política de segurança, a sinalização e um dos itens principais. E importante a etiquetagem de todos os produtos, principalmente produtos que oferecem risco. Como medida educacional e pedagógica, a sinalização das áreas de risco de um laboratório de pesquisa pode aumentar o nível de percepção do risco a que estão expostos os profissionais de saúde, servindo como medida de segurança ao evitar acidentes. Devem-se afixar cartazes em todas as portas de acesso aos laboratórios de pesquisa, visando a identificação do técnico responsável e do grupo de risco do microrganismo. Cada cartaz deve, ainda, conter o símbolo internacional do risco biológico. As embalagens que contém material biológico também devem ser sinalizadas com um adesivo indicando a presença do risco biológico. Além disso, torna-se importante a identificação dos principais riscos presentes nos laboratórios de pesquisa, os quais estão associados a símbolos internacionais, como demonstrados nas figuras abaixo. Quadro dos Principais Símbolos associados aos Riscos 85 H. Transporte O transporte de microrganismos e de demais insumos de laboratório deverá seguir os procedimentos recomendados pelo Regulamento Técnico MERCOSUL para Transporte de Substancias Infecciosas e Amostras Biológicas entre os Estados Partes do MERCOSUL e pelas Normas da International Air Transport Association (IATA). E obrigatório constar, na embalagem, o símbolo do risco biológico e, na etiqueta, o nível de risco do microrganismo. Embalagem recomendada para o transporte de material biológico. I. Práticas Seguras em Laboratórios Consistem em um conjunto de normas e procedimentos de segurança, que visam minimizar os acidentes e aumentar o nível da consciência dos profissionais que trabalham em laboratório de controle de qualidade. A seguir, encontram-se listadas algumas das principais normas de Biossegurança: - Lave as mãos antes e após a jornada de trabalho; - Nunca pipete com a boca; sempre use pipetadores automáticos e peras de borracha; - E proibido, no laboratório, fazer refeições e preparar alimentos, beber, maquiar-se barbear-se, fumar e roer as unhas; - Guarde os artigos de uso pessoal em locais apropriados, nunca no laboratório; - E proibido trabalhar com calcados abertos, use sapatos que protejam os pês; enfocando os riscos a que está exposta sua equipe; 86 - Tenha cuidado com a formação de aerossóis e respingos; e importante ter um protocolo com procedimentos de segurança para estes casos; - E proibido trabalhar com material patogênico se houver ferida na mão e no pulso; - E proibido, quando usar luvas, abrir portas, atender telefone, interfone, etc.; - Quando for tirar as luvas, devemos puxa-las pelo punho de modo que ela saia pelo avesso. Com a mão descoberta, pegar a outra luva pelo lado de dentro do punho e retira-la, envolvendo a primeira luva; - Durante a rotina de trabalho, o profissional deve utilizar roupas apropriadas como, por exemplo, aventais, jalecos e outros uniformes afins; - O responsável pelo laboratório deve criar uma rotina de procedimentos de biossegurança; - As bancadas de trabalho devem ser lavadas e desinfetadas antes e depois da rotina de trabalho; - Evite trabalhar sozinho no laboratório; - Todo material deve ser descontaminados antes de ser descartado e lavado. J. Prevenção e Treinamento A prevenção e um fenômeno que deve ser analisado do ponto de vista coletivo, pois a estrutura de prevenção deve sempreestar ligada diretamente ao treinamento. 7.7. Gerenciamento de Resíduos O gerenciamento de RSS e o planejamento e a execução de ações que visam ao correto manejo dos resíduos gerados em estabelecimentos de assistência a saúde, conforme determinado na RDC ANVISA no. 306/2004 e na Resolução CONAMA no. 358/2005. A etapa de planejamento consiste na elaboração de um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS. O PGRSS e um documento elaborado com base nas características dos resíduos gerados, conforme a legislação vigente, e deve contemplar as etapas de: – manejo dos RSS; – planejamento dos recursos físicos e materiais necessários ao gerenciamento de RSS; 87 – ações de segurança e saúde ocupacional para os funcionários envolvidos no gerenciamento de RSS. A classificação dos Resíduos de Serviços de Saúde, com base na composição e características biológicas, físicas, químicas e inertes, tem como finalidade propiciar o adequado gerenciamento desses resíduos no âmbito interno e externo dos estabelecimentos de saúde. O princípio dominante e que o material infeccioso deve ser descontaminado, esterilizado em autoclave e incinerado no laboratório. Antes do descarte deve-se assegurar: - Que os materiais foram desinfetados e descontaminados segundo as normas em vigor; - Na negativa, se foram embalados segundo as normas para incineração imediata in loco e transferência para outras instalações com capacidade de incineração; - Se a eliminação do material implica, para as pessoas que precedem a sua eliminação e que possam entrar em contato com eles, qualquer outro perigo potencial, biológico e outro, fora das instalações. Os RSS estão classificados em quatro grupos distintos: GRUPO A – Resíduos com Risco Biológico: resíduos que apresentam risco a saúde e ao ambiente devido a presença de agentes biológicos. E identificado pelo símbolo de substancia infectante constante na NBR-7500 da ABNT, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos. Ex: material perfurocortante (laminas de barbear, bisturis, agulhas, escalpes, ampolas de vidro e outros assemelhados); materiais descartáveis (algodao, gaze, luvas). GRUPO B – Resíduos com Risco Químico: resíduos que apresentam risco potencial a saúde pública e ao meio ambiente devido as suas características próprias, tais como, corrosividade, reatividade, inflamabilidade, toxicidade, citogenicidade e explosividade. E identificado através do símbolo de risco associado, de acordo com a NBR 7500 da ABNT e com discriminação de substancia química e frases de risco. Ex: medicamentos vencidos, contaminados, interditados, parcialmente utilizados e demais medicamentos impróprios para o consumo; objetos perfuro cortantes contaminados com quimioterápico ou outro produto químico perigoso; mercúrio e outros resíduos de metais pesados 88 (amalgamas, lâmpadas, termômetros, pilhas e baterias) e quaisquer resíduos comuns com risco de estarem contaminados por agente químico. GRUPO C – Rejeitos Radioativos: quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclideos em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados na norma da Comissão Nacional de Energia Nuclear. E representado pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante (trifólio de cor magenta) em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescidos da expressão REJEITO RADIOATIVO. Ex: resíduos dos grupos A, B e D contaminados com radionuclídeos. GRUPO D – Resíduos Comuns: materiais similares às dos resíduos domésticos comuns. GRUPO E – Resíduos perfuro cortante: Materiais perfuro cortantes e escarificantes. E identificado pelo símbolo de substancia infectante constante na NBR 7500 da ABNT, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescido da inscrição RESIDUO PERFUROCORANTE. Ex: agulhas, escalpes, ampolas de vidro, lancetas; tubos capilares; micropipetas; laminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares. 89 ESTERILIZAÇÃO: tem por objetivo suprimir microrganismo suscetível de se reproduzir (formas vegetativas e esporuladas). Existem diferentes processos de esterilização, podendo agrupa-los em: Meios físicos, que compreendem o calor e as radiações ionizantes; Meios químicos, que empregam gases (oxido de etileno e formaldeído) e líquidos microbicidas, notadamente o glutaraldeido. Qualquer que seja o procedimento utilizado, a esterilização só pode ser obtida se existir um contato efetivo entre o agente microbicida (físico ou químico) e os microrganismos. AUTOCLAVAÇÃO: consiste em submeter os resíduos biológicos a um tratamento térmico, sob condições de pressão, em uma câmara selada (autoclave), por um tempo determinado e com previa extração do ar presente. A autoclave a vapor e um método apropriado de tratamento de resíduos de laboratórios de microbiologia, de resíduos de sangue, de líquidos orgânicos 90 humanos, de objetos perfuro cortantes e de resíduos animais, que não podem ser triturados. Por outro lado, esse método não convém para tratar resíduos anatômicos humanos e animais. TRATAMENTO QUÍMICO: pode ser um método apropriado para tratar os resíduos de laboratório de microbiologia, de sangue e de líquidos orgânicos humanos, assim como os objetos perfuro cortantes. Este método não deve ser usado para tratar resíduos anatômicos. A descontaminação química utilizada para tratar resíduos líquidos antes de sua eliminação. Ela e útil para descontaminar os lugares onde os resíduos foram deixados (desinfecção de superfície clássica). A eficiência de uma desinfecção química depende de três fatores: Tipo de desinfetante utilizado; Sua concentração; Tempo de contato. São vantagens na desinfecção química Baixo custo; Pode ser realizada na fonte de geração. Entre as desvantagens estão: Pode não ser eficiente contra patogênicos resistentes a determinados químicos; As oportunidades de desinfetar quimicamente o interior de uma agulha e de uma seringa são baixas; Pode aumentar os riscos, porque ha tendência a se considerar que os resíduos tratados com desinfetantes são seguros; Não reduz o volume dos resíduos tratados; A disposição do desinfetante utilizado no sistema de esgotamento sanitário pode afetar o funcionamento do tratamento de aguas residuais, intervindo no processo de degradação biológica. 7.8. Segurança e Saúde Ocupacional São programas e ações adotados no sentido de se garantir as condições de segurança no trabalho e a preservação da saúde do trabalhador. Entre essas medidas, incluem-se o Programa de Controle Medico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e as Capacitações e Educação Permanente para os trabalhadores. O 91 PCMSO deve ser elaborado e implementado conforme a Portaria no. 3.214 do MTE/1978 e suas Normas Regulamentadoras. 8. REFERÊNCIAS BRASIL. Portaria n.o 32/4-NR-6 do Ministério do Trabalho de 8 jun. 1978. GRIST, N.R. Manual de Biossegurança para o Laboratório. 2 ed. [s.l.] Ed. Santos, 1995. Cardoso et al., Biossegurança no Manejo de Animais de Laboratório. Caderno Técnico Escola de Veterinária UFMG, no 20, p. 43-58, 1997. BRASIL. Instrução Normativa no 7, Comissão Técnica Nacional de Biossegurança. Diário Brasília, 9 jun. 1997. Simons, 1991 & Brun, 1993 Risco Biológico. MANUAL de Segurança. Rio de Janeiro: PETROBRAS/CENPES, [s.d.]. Oda, L. M.; Avila, S. M.; Biossegurança em Laboratórios de Saúde Publica. Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas Estratégicas. Assessoria de Ciência e Tecnologia. Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz. Vice - Presidência de Ambiente, Comunicação e Informação. Núcleo de Biossegurança. p.37 – 44, 1998. MANUAL de Segurança biológica em laboratórios. Genebra: Organização Mundial de Saúde, 3a Edição.Biossegurança em unidades hemoterapias e laboratórios de saúde pública. – Brasília Ministério da Saúde, Coordenação Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e AIDS, 1999. 74p.:il. (Serie TELELAB). TEIXEIRA, P.; VALLE, S.; Biossegurança uma abordagem multidisciplinar. – Rio de Janeiro: Fiocruz, 1996, 362p. BRASIL,2006 - Classificação de riscos dos agentes biológicos/Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Ciência e Tecnologia – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2006. 36p. - (Série A. Normas e Manuais Técnicos). BRASIL,2006 - Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Diretrizes gerais para o trabalho em contenção com agentes biológicos /Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e 92 Insumos Estratégicos, Departamento de Ciência e Tecnologia – 2. ed. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2006. 52 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos). APPROVED List of Biological Agents. Cardiff University. Disponivel em: <http://www.cf.ac.uk/safety/policy/newbiol/bioagent.html>. Acesso em: jun. 2006. BRASIL,1997 - Comissão Técnica Nacional de Biossegurança. Instrução Normativa n.o 7, de 06 de junho de 1997. Estabelece normas para o trabalho em contenção com Organismos Geneticamente Modifi cados - OGMs. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 9 jun. 1997. Seção 3, n.133, p. 11827-11833. ______. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Diretrizes gerais para o trabalho em contenção com material biológico. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. 60 p. ______. Ministério do Trabalho e do Emprego. Portaria n.o 485, de 11 de novembro de 2005. Aprova a Norma Regulamentadora n.o 32 – segurança e saúde no trabalho em estabelecimentos de assistência a saúde. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 16 nov. 2005.