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1
MANUAL DE BIOSSEGURANÇA
SUMÁRIO
1. OBJETIVO
2. CAMPO DE APLICAÇÃO
3. DEFINIÇÕES
4. RESPONSABILIDADES
5. SIGLAS
6. PROCEDIMENTOS GERAIS
7. PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS
8. FLUXOGRAMA
9. HISTÓRICO DE REVISÕES
10. IMPLEMENTAÇÃO
11. REVALIDAÇÃO
12. REFERÊNCIAS
13. ANEXOS
Foraleza - 2014
2
1. OBJETIVO
Este manual tem como propósito estabelecer condições e, se possível, evitar 
os acidentes de trabalho em laboratório.
2. CAMPO DE APLICAÇÃO
A aplicação de práticas de segurança requer a correta utilização dos 
equipamentos de proteção individual e coletiva durante a execução de 
trabalhos nos Laboratórios de Análises Clínica São Lucas e Evandro Pessoa. 
Previnem-se, assim acidentes de natureza física, química e biológica. Onde a 
maior parcela decorre de falhas humanas, por falta de prática e uso não 
adequado dos equipamentos de proteção.
As informações são fundamentais e adequadas as condições de trabalho, 
permitindo orientar os funcionários com respeito a importância e 
necessidade do uso de equipamentos de segurança. O fato de conhecer e 
aplicar adequadamente uma pratica de trabalho é essencial para a 
prevenção de acidentes.
Ao entrar em qualquer dependência dos Laboratórios de Análises Clínica São 
Lucas e Evandro Pessoa é importante que se tenha conhecimento prévio dos 
Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs), para execução de 
qualquer atividade com o mínimo de segurança.
Lembrar que todos fazem parte de uma equipe, e que a responsabilidade se 
estende a todos colegas de trabalho. A segurança no local de trabalho 
depende da ação da equipe, e não somente das pessoas encarregadas de 
promove-la.
A leitura e as ações contidas neste manual devem ser colocadas em pratica. 
Tem-se como hábito planejar o trabalho a ser realizado, de modo a executa-
lo com segurança para todos os colegas de trabalho.
Quando houver dúvida quanto ao procedimento correto e seguro sobre a 
realização de um trabalho, consulte o chefe imediato. Não hesite em fazer 
perguntas.
Verifique o funcionamento dos equipamentos a serem utilizados antes de 
iniciar qualquer operação. Conheça as principais características dos produtos 
que vai manipular.
3. CONSIDERAÇÕES
3
Para efeito deste Manual, são adotadas as seguintes considerações:
3.1. Biossegurança
Conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização e eliminação de 
riscos envolvendo atividades de pesquisa, produção, ensino 
desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, riscos que podem 
comprometer a saúde das pessoas, dos animais, ambiente e a qualidade dos 
trabalhos desenvolvidos.
3.2. Risco
A palavra “risco” indica a probabilidade de que um dano, um ferimento e 
uma doença ocorra.
3.3. Agente de Risco
Qualquer componente de natureza física, química, biológica e radioativa que 
possa comprometer a qualidade de vida das pessoas, animais e do ambiente.
3.4. Risco Físico
Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que 
possam estar expostos as pessoas, tais como: ruído, vibrações, pressões, 
temperaturas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, ultras-som, 
materiais cortantes e pontiagudos, etc. São identificados pela cor verde.
3.5. Risco Químico
Consideram-se agentes de risco químico as substancias, compostos e 
produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas 
formas de poeiras, fumos, nevoas, neblinas, gases e vapores, que, pela 
natureza da atividade de exposição, possam ter como contato e ser 
absorvido pelo organismo através da pele e por ingestão. Identificados pela 
cor vermelha.
3.5.1 FISPQ - Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos
E um documento normalizado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas 
(ABNT) conforme norma, ABNT-NBR 14725. A FISPQ fornece informações 
sobre vários aspectos dos produtos químicos (substancias e misturas) quanto 
a segurança, a saúde e ao ambiente; transmitindo conhecimentos sobre 
produtos químicos, recomendações sobre medidas de proteção e ações em 
situação de emergência.
3.6. Risco Biológico
Consideram-se agentes de risco biológicos as bactérias, fungos, parasitas, 
vírus, entre outros. Identificados pela cor marrom.
4
3.7. Risco Ergonômico
Considera-se risco ergonômico qualquer fator que possa interferir nas 
características comportamental das pessoas, não causando conforto e 
afetando a saúde tais como o levantamento de peso, ritmo excessivo de 
trabalho, monotonia, repetitividade, postura não adequada de trabalho, etc. 
Identificados pela cor amarela.
3.8. Riscos de Acidentes
Considera-se risco de acidente qualquer fator que coloque a pessoa em 
situação de perigo e possa afetar sua integridade, bem estar físico e moral. 
Ex: maquinas e equipamentos sem proteção, etc.
3.9. Segurança Biológica
E o termo utilizado para descrever os elementos de confinamento, tais como 
as tecnologias e as práticas que são implementadas para evitar a exposição 
não intencional a agentes patogênicos, toxinas, e o seu escape acidental.
3.10. Proteção Biológica
Refere-se a medidas de proteção estabelecidas e pessoais concebidas para 
evitar perda, roubo, utilização não devida, desvio e escape intencional de 
agentes patogênicos e toxinas.
3.11. Níveis de Biossegurança
E o grau de contenção necessário para permitir o trabalho com materiais 
biológicos de forma segura para pessoas, os animais e o ambiente. Consiste 
na combinação de práticas e técnicas de laboratório, equipamentos de 
segurança e instalações laboratoriais.
3.12. Avaliação de Risco
No contexto dos laboratórios de análises e de microbiologia, a avaliação de 
risco se concentra na prevenção de infecções relacionadas aos laboratórios. 
Ao endereçar atividades laboratoriais que envolvam materiais infecciosos e 
infecciosos, a avaliação de risco é um exercício essencial e produtivo. Ele 
auxilia a designar os níveis de Biossegurança (instalações, equipamentos e 
práticas) que reduzirão para um nível mínimo, a exposição das pessoas e o 
ambiente a um agente perigoso.
O responsável pelo setor laoratorial deverá ser o responsável pela avaliação 
de riscos que implique no estabelecimento de níveis de Biossegurança para o 
trabalho. Uma vez efetuadas, as avaliações dos riscos devem ser reanalisadas 
5
de tempos em tempos e revistas necessárias, considerando novos dados que 
causem impacto. Os fatores de uma avaliação de risco incluem:
1. Patogenicidade do agente e dose infecciosa;
2. Resultado potencial da exposição;
3. Via natural da infecção;
4. Outras vias de infecção, resultantes de manipulações laboratoriais 
(parenteral, via aérea e por ingestão);
5. Estabilidade do agente no ambiente;
6. Concentração do agente e volume do material concentrado a manipular;
7. Presença de um hospedeiro apropriado (humano e animal);
8. Informação disponível de estudos sobre animais e relatórios de infecções 
adquiridas em laboratórios e relatórios clínicos;
9. Atividade laboratorial planejada (geração de ultrassons, produção de 
aerossóis, centrifugação, etc.);
10. Qualquer manipulação genética do organismo que possa aumentar o raio 
de ação do agente e alterar a sensibilidade do agente a regimes de 
tratamento eficientes conhecidos;
11. Disponibilidade local de profilaxia eficiente e intervenções terapêuticas.
4. RESPONSABILIDADES
E de responsabilidade de todas as pessoas que trablham nos Laboratórios de 
Análises Clínica São Lucas e Evandro Pessoa o cumprimento das normas de 
biossegurança descritas neste manual.
5. SIGLAS
CIQB – Comissão Interna da Qualidade e Biossegurança
CEDAPH – Centro de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento do Potencial 
Humano
FISPQ – Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos
PGRSS – Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde
SSOMA – Serviço de Saúde Ocupacional e Meio Ambiente do Laboratórios de 
Análises Clínica São Lucas e Evandro Pessoa 
6. PROCEDIMENTOS GERAIS
- Leia as instruçõesdeste Manual e nunca deixe de obedece-las;
6
- Realize seu trabalho com a máxima atenção e evite praticas que não sejam 
seguras;
- Use sempre seu equipamento de proteção individual e outros dispositivos 
de segurança exigidos para seu trabalho;
- Elimine, se possível, condições não seguras e riscos de incêndio.
- Ao sofrer um acidente em seu trabalho, não importando a natureza deste, 
faça a comunicação a sua chefia e ao SSOMA e procure sempre orientação 
adequada.
OBS: Nenhum trabalho e tão importante e urgente, que não possa ser 
planejado e executado com segurança.
7. PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS
7.1. Regras Básicas para o Trabalho em Laboratório
- Não entrar em locais de risco não conhecido.
- Limitar e restringir o acesso ao laboratório, de acordo com o estabelecido 
pela chefia do laboratório, mantendo sempre a porta fechada.
- Não fumar no laboratório.
- Não se alimentar e nem ingerir líquidos nos laboratórios.
- Não armazenar substancias não compatíveis no mesmo local.
- Não abrir qualquer recipiente antes de reconhecer seu conteúdo pelo 
rotulo.
- Não manuseie reagentes químicos sem antes ler a FISPQ dos mesmos. 
Informe-se sobre os símbolos que nele aparecem.
- Não pipetar líquidos diretamente com a boca; usar pipeta dores adequados.
- Não identificar um produto químico pelo odor nem pelo sabor. Rotular, 
qualquer reagente e solução preparada, utilizando as etiquetas 
padronizadas;
- Não retornar reagentes aos frascos de origem;
- Não executar reações não conhecidas em escala e sem proteção.
- Não dirigir a abertura de frascos na sua direção e na de outras pessoas.
- Não trabalhar de sandálias e chinelos no laboratório. Os pés devem estar 
protegidos com sapatos fechados.
- Não abandonar o experimento, à noite, sem identifica-lo e sem encarregar 
alguém qualificado pelo seu acompanhamento. 
7
- Solicitar permissão e orientação para deixar um ensaio ocorrendo durante a 
noite e final de semana.
- Avisar aos porteiros quando for trabalhar além de seu expediente e nos 
finais de semana, para que o laboratório seja monitorado.
- Não utilizar equipamentos e instrumentos com alguma falha e que estejam 
contaminados; 
- Identificar os equipamentos que estejam “Fora de Uso” com a etiqueta 
padronizada
- Evitar trabalhar sozinho no laboratório.
- Retirar da bancada os materiais, as amostras e os reagentes empregados 
após terminar o trabalho;
- Verificar, ao encerrar as atividades, se não foram esquecidos equipamentos 
ligados (bombas, motores, mantas, chapas, gases, etc.) e reagentes e 
resíduos em condições de risco.
- Usar os EPI`s e EPC’s (Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva) 
adequados aos trabalhos.
- Conhecer o funcionamento dos equipamentos, antes de operó-los. - 
Verifique o POP do equipamento.
- Manter uma lista atualizada de telefones de emergência.
- Acondicionar os resíduos e os materiais perfurocortantes em recipientes 
adequados, seguindo o descrito no PGRSS.
- Manter os cabelos presos ao realizar atividades no laboratório.
- Mantenha as bancadas sempre limpas e livres de materiais estranhos ao 
trabalho (bolsas, agasalhos Etc.). Esses objetos devem ser guardados em 
locais preestabelecidos (armários fora da área de trabalho).
- Comunicar qualquer acidente e incidente, por menor que seja a chefia e ao 
SSOMA.
- Atentar-se a qualquer alteração no seu quadro de saúde e dos funcionários 
sob sua responsabilidade, tais como: gripes, alergias, diarreias, dores de 
cabeça, enxaquecas, tonturas, mal estar em geral, etc. e notifique a chefia do 
laboratório e ao SSOMA.
- Abster-se de trabalhar com patógenos humanos quando apresentar corte 
recente, com lesão na pele e com ferida aberta (mesmo uma extração de 
dente).
8
- Lavar as mãos antes de iniciar o trabalho e após a manipulação de agentes 
químicos, material infeccioso, mesmo que tenha usado luvas de proteção, 
bem como antes de deixar o laboratório.
- E proibido o uso de jalecos e outro tipo de uniforme protetor, fora do 
laboratório.
- Utilizar luvas adequadas ao procedimento que for realizado.
- Não usar joias e outros adornos quando estiver trabalhando.
- Usar agulhas e seringas somente quando não houver métodos alternativos.
- Descartar seringas com agulhas em recipientes rígidos, a prova de 
vazamento e identificados como resíduo biológico.
- Jogar papeis usados e outros materiais dispensáveis e que não ofereçam 
riscos, em recipientes para resíduos comuns;
- Usar pinças e materiais de tamanho adequado e em perfeito estado de 
conservação;
- Localizar o lava olhos, chuveiro de emergência e extintor de incêndio. Saber 
como usa-los.
- Manter preso em local seguro os cilindros de gás, fora da área do 
laboratório e longe do fogo.
- Zelar pela limpeza e manutenção do laboratório, cumprindo o programa de 
limpeza e manutenção estabelecido para cada área, equipamento e 
superfície.
- Observar a vida útil e a especificação dos EPI's e substitui-los sempre que 
necessário.
- Manter livre as saídas e os acessos aos equipamentos de emergências.
- Limpar todo e qualquer derramamento de produtos químicos; protejendo-
se, se necessário, para realizar esta atividade; derivados de petróleo podem 
ser embebidos em estopa, que deve ser descartada em recipiente adequado 
para tal (material inflamável); ácidos e bases fortes devem ser neutralizados 
(com vermiculite 2, calcário, serragem, areia seca, etc.) antes de serem 
removidos;
- Em caso de dúvida quanto a toxicidade do produto, consulte o orientador 
dos trabalhos, a FISPQ do produto e proceda como se fosse de máxima 
toxicidade no seu manuseio;
- Em caso de derramamento de líquidos inflamáveis, produtos tóxicos, 
biológicos, tóxicos e corrosivos, tome as seguintes providencias:
9
 Interrompa o trabalho;
 Advirta as pessoas próximas sobre o ocorrido;
 Solicite e efetue caso tenha sido treinado para tal, a limpeza imediata 
utilizando os EPI necessários;
 Alerte sua chefia;
 Verifique e corrija a causa do problema.
7.2. Descontaminação
- Descontaminar as superfícies de trabalho diariamente e quando houver 
respingos e derramamentos. Observar o processo de desinfecção especifico 
para escolha e utilização do agente desinfetante adequado.
- Colocar o material com contaminação biológica em recipientes com tampa 
e a prova de vazamento, antes de remove-los do laboratório para 
autoclavacao.
- Descontaminar por autoclavacao e por desinfecção química, o material com 
contaminação biológica, como: vidraria, caixas de animais, equipamentos de 
laboratório, etc.,
- Descontaminar o equipamento antes de qualquer serviço de manutenção.
- Colocar vidraria quebrada e pipetas descartáveis, após descontaminação, 
em caixa com paredes rígidas, rotulada “vidro quebrado” e descartada como 
lixo comum.
7.3. Normas de Segurança nas Áreas Administrativas
- E proibido deixar gavetas de mesa e de arquivos abertas;
- E proibido abrir, de uma só vez, mais de uma gaveta superior de um 
arquivo, pois, se estiverem cheias, o peso das gavetas poderá fazer o arquivo 
cair sobre a pessoa; 
- E proibido deixar fios estendidos pelo chão, pois poderão provocar 
acidentes;
- Ao retirar-se de seu local de trabalho, certifique-se de que os equipamentos 
elétricos, inclusive microcomputadores sob sua responsabilidade, estão 
desligados.
7.4. Risco Físico e Risco de Acidentes
A. Uso de Materiais de Vidro
- Sempre que possível substituir vidro por plástico;
- É proibido utilizar materiais de vidro trincados;
- Coloque todo o material de vidro dispensável no local apropriado;
10
- É proibido jogar vidro quebrado em recipiente de lixo comum, descarte em 
recipiente rígido, com boca larga - Descartex;
- Use luvas de amianto sempre que manusear peças de vidro que estejam 
quentes;
- Use luvas e óculos apropriados sempre que:
• Atravessar e remover tubos de vidro e termômetros em rolhas de borracha 
e de cortiça;
• Remover tampas de vidroemperradas;
• Remover cacos de vidro com pá de lixo e escova.
- Use protetor facial e luva quando agitar solventes voláteis em frascos 
fechados;
- E proibido utilizar frascos de vidros do tipo Dewar, sem que estejam 
envolvidos em fitas adesivas e invólucros apropriados;
- E proibido deixar frascos quentes sem proteção e identificação sobre 
bancadas do laboratório, coloque os frascos quentes sobre placas de 
amianto;
- E proibido utilizar vidraria, sem certificar-se de que é adequada ao serviço a 
ser executado;
- Faça inspeção visual, antes de checar o estado do vidro;
- Utilize sempre tela de amianto ao aquecer um recipiente de vidro com 
chama direta.
B. Uso de Equipamentos em Geral
- Leia, com atenção, as instruções de operação do equipamento, antes de 
utiliza-lo;
- Saiba, de antemão, o que fazer em uma situação de emergência como, por 
exemplo, falta de energia;
- É proibido colocar um equipamento sob pressão de forma rápida; faça-o 
gradativamente.
C. Uso de Equipamentos Elétricos
Instruções Gerais
- Opere equipamentos elétricos somente quando:
• Fios, tomadas e “plugs” estiverem em perfeitas condições;
• Ter certeza da voltagem correta entre equipamentos e circuitos;
• Certificar-se de que a tomada tem etiquetas de identificação de voltagem.
11
- É proibido instalar e operar equipamentos elétricos sobre superfícies 
úmidas;
- Verifique, periodicamente, a temperatura do conjunto “pluga” – tomada; 
caso esteja fora do normal, desligue o equipamento e comunique a chefia/ao 
serviço de manutenção;
- Verifique a voltagem correta (110/220V), antes de ligar equipamentos 
elétricos;
- É proibido deixar equipamentos elétricos ligados no laboratório, fora do 
expediente, sem registrar no formulário “Históricos do equipamento”;
- Remova frascos de inflamáveis das proximidades do local onde irá usar 
equipamentos elétricos;
- Combata o fogo em equipamentos elétricos somente com extintor de CO2;
- Enxugue qualquer liquido derramado no chão antes de operar 
equipamentos elétricos;
- Não utilize “T”, ligue cada equipamento separadamente.
Chapas / Mantas de Aquecimento
- É proibido deixar chapas aquecidas, sem aviso “CUIDADO, QUENTE”;
- Use chapas e mantas de aquecimento, para evaporação e refluxo de 
produtos inflamáveis dentro da capela de exaustão;
- É proibido ligar chapas e mantas de aquecimento que apresentem resíduos 
aderidos sobre suas superfícies;
- Use sempre placas de amianto sob chapas e mantas de aquecimento; 
quando a bancada for revestida de formica, este procedimento e 
imprescindível.
Muflas
- É proibido deixar mufla aquecida e em operação sem o aviso “CUIDADO, 
QUENTE”;
- Desligue a mufla e não a coloque em operação se o pirômetro deixar de 
indicar a temperatura e se ultrapassar a temperatura ajustada; comunique 
qualquer alteração a chefia/ao e ao serviço de manutenção;
- É proibido abrir o aparelho de modo brusco, quando a mesma estiver 
aquecida;
- É proibido tentar remover e introduzir cadinhos na mufla sem utilizar:
• Pinças adequadas;
• Protetor facial;
12
• Luvas de amianto;
• Aventais e protetores para os braços, se necessário.
- É proibido colocar material na mufla, sem devida carbonização na capela;
- É proibido evaporar líquidos e queimar óleos em muflas;
- Empregue, para calcinação, somente cadinhos e capsulas de materiais 
resistentes a altas temperaturas.
D. Uso de Chamas em Laboratório
É proibido acender o bico de Bunsen, sem verificar e eliminar os seguintes 
problemas:
• Vazamentos de gás;
• Dobra na mangueira de gás;
• Ajuste não adequado entre o tubo de gás e suas conexões;
• Existência de inflamáveis ao redor.
E. Uso de Sistemas a Vácuo
- Opere com sistema a vácuo usando uma proteção frontal;
- É proibido fazer vácuo rapidamente em equipamentos de vidro;
- Recubra, com fita adesiva (fita crepe e esparadrapo), qualquer 
equipamento de vidro sobre o qual haja dúvida quanto a resistência ao 
vácuo operacional;
- Nunca pressurize um sistema de destilação a vácuo sem que tenha sua 
temperatura próxima a do ambiente.
F. Operação em Capela de Exaustão
A capela de exaustão só oferece máxima proteção a seu usuário, se for 
adequadamente utilizada.
- Nunca inicie um serviço, sem que:
• Sistema de exaustão esteja operando;
• Piso e as janelas das capelas estejam limpos;
• As janelas das capelas funcionando perfeitamente.
- Remova produtos inflamáveis da capela de exaustão ao iniciar qualquer 
trabalho que exija aquecimento;
- Mantenha, na capela de exaustão, apenas a porção da amostra a ser 
analisada; remova todo e qualquer material não necessário, principalmente 
produtos tóxicos, a capela de exaustão não e local de armazenamento de 
produtos;
13
- Mantenha a janela da capela de exaustão com o mínimo de abertura 
possível;
- Use sempre um anteparo entre você e o equipamento operado, para maior 
proteção;
- Evite colocar o rosto dentro da capela de exaustão;
- Observe os seguintes cuidados, ao sinal de paralisação do exaustor das 
capelas:
• Interrompa a analise imediatamente;
• Feche ao máximo a janela da capela de exaustão;
• Coloque mascara contra gases, quando a toxidade for considerada alta;
• Avise a chefia, advirta o pessoal do laboratório e coloque um aviso de 
identificação sobre qualquer problema na capela;
• Só reinicie a análise no mínimo 5 minutos após a normalização do sistema 
de exaustão;
•Procure instalar os equipamentos, vidros, dispositivos que gerem fumaça, a 
uma distância maior que 20 cm da frente da capela;
•Proteja o tampo da capela quando manusear ácido fluorídrico;
•Nunca utilize a capela comum para ácido percorrido e substancias 
radioativas.
G. Manipulação de Gelo Seco e Nitrogênio Líquido
- Frascos de nitrogênio líquido e gelo seco provocam acidentes graves, tais 
como queimaduras. O operador, no primeiro caso, deve se proteger com 
aventais e luvas térmicas, além de sapatos de borrachas de cano alto com 
isolamento térmico. O transporte desse material deve ser realizado em 
frascos adequados com fechamento com válvula de escape de gases. No caso 
do gelo seco manipular com luvas com proteção térmica. Ao manipular com 
acetona e etanol, antes observar a solubilidade do material térmico em que 
se encontra acondicionado. São necessários os seguintes cuidados:
- Manipule gelo seco e nitrogênio líquido cuidadosamente;
- Adicione o gelo seco vagarosamente no liquido refrigerante, para evitar 
projeções;
- É proibido derramar nitrogênio líquido sobre mangueiras de borracha, pois 
ficarão quebradiças e poderão provocar acidentes.
Equipamento de Baixa Temperatura
14
Câmara fria: Determinados experimentos devem ser realizados dentro de 
camarás frias.
Quando o operador tiver que executar tais tarefas recomenda-se utilizar 
proteção adequada ao frio. Um agasalho térmico e o recomendado.
Em congeladores de ultra baixa temperatura de (-70 °C) devem ser 
utilizados aventais térmicos e mascaras, além da proteção das mãos com 
luvas térmicas, prender os cabelos, se longos. Evitar manter aberto esses 
congeladores por muito tempo, pois haverá queda demasiada da 
temperatura.
H. Manipulação de Cilindros de Gás Comprimido
- É proibido solicitar a instalação de cilindro de gás comprimido, dentro de 
laboratório, sem autorização previa da chefia;
- Mantenha os cilindros já instalados, presos por corrente;
- É proibido permitir que sejam instalados cilindros de gás comprimido sem 
identificação;
- Providencie a remessa dos cilindros vazios para o local adequado;
- Certifique-se de que o capacete de proteção esteja bem rosqueado, antes 
de movimentar um cilindro de gás comprimido;
- É proibido transportar cilindros de gás comprimido cheios e vazios, sem o 
uso de carrinhos apropriados e sem que estejam adequadamente presos;
- Conserve os cilindros de gás comprimido, fora de uso, cheios e vazios, com 
capacete de proteção;
- É proibido usar cilindro de gás comprimido que apresentevazamento;
- Faça teste de vazamento com solução de sabão, toda vez que for instalada 
válvulas redutoras em cilindros de gás comprimido;
- É proibido usar óleo lubrificante em válvulas redutoras de pressão dos 
cilindros de gás comprimido;
- É proibido abrir a válvula principal, sem antes se certificar de que a válvula 
redutora esteja fechada;
- Abra aos poucos, e nunca totalmente, a válvula principal do cilindro;
- Verifique se os manômetros do conjunto de válvulas do cilindro estão 
funcionando corretamente; caso contrário, comunique ao serviço de 
manutenção.
I. Cuidados ao manusear equipamentos
15
- Antes de começar a operar qualquer equipamento, leia com atenção seu 
manual de instruções, verifique suas condições e segurança e só opere com 
conhecimento de seu funcionamento;
- Ao constatar defeito em um equipamento, não faça o reparo por sua conta. 
Identifique “FORA DE USO” e comunique a chefia, que providenciara os 
reparos necessários;
- Nunca faca limpeza em equipamentos em movimento;
- Todo equipamento em manutenção deverá conter a etiqueta “FORA DE 
USO” padronizada;
- Desligue o equipamento sob sua responsabilidade ao se ausentar do local 
de trabalho e no final do expediente.
J. Movimentação de Materiais
- No transporte de amostras, tenha o máximo de atenção para evitar 
acidentes;
- Empurre carrinhos de modo a enxergar o caminho;
- Avalie o peso da carga antes de ergue-la; use as pernas de modo a 
conservar as costas em posição vertical;
- Preste atenção ao se aproximar de cruzamentos entre duas e mais 
passagens.
K. Almoxarifado
Observação: EMPILHE DIREITO E ENTRELAÇADO
- O armazenamento de qualquer material deve ser criteriosamente 
observado;
- Cavaletes e prateleiras devem estar firmes e em perfeito equilíbrio;
- É proibido usar paredes como escora para empilhamento;
- É proibido deixar objetos salientes em material empilhado, sem antes 
marca-los com pano e papel de cor viva.
L. Escadas
- Habitue-se a verificar as condições de segurança de uma escada, antes de 
usa-la;
- Serviços que requeiram o uso das duas mãos só devem ser feitos em 
escadas de abrir providas de degraus largos;
- Escadas de madeira devem ser envernizadas e tratadas com duas mãos de 
óleo de linhaça; as laterais devem ser pintadas na altura de 1,80m com faixas 
em preto e amarelo;
16
- Para trabalhos demorados, as escadas de encosto devem ser amarradas 
para que não deslizem;
- O melhor angulo de colocação de uma escada e aquele em que a distância 
horizontal entre a base e o plano vertical do suporte seja de 1/4 do 
comprimento da escada entre os pontos de apoio. Exemplo: uma escada de 
4 metros de comprimento deve ser colocada de maneira de que o pé fique a 
um metro de distância da parede e da estrutura em que o topo da escada 
estiver apoiado;
- As escadas devem ser guardadas em local adequado, penduradas em 
braçadeiras, contra a parede.
M. Trabalhos com Eletricidade
- Eletricistas que venham fazer a manutenção, devem usar sapatos com sola 
de borracha;
- Inspecione as luvas de borracha antes de confiar sua vida a proteção 
esperada da luva;
- O grafite e condutor; é proibido fazer demonstrações em circuitos ligados, 
com instrumentos não adequados, por exemplo: lápis;
- Verifique a tensão elétrica com instrumentos adequados;
- Nunca deixe condutores, fios, partes de mecanismos e instrumentos sob 
tensão elétrica sem proteção e ao alcance de pessoas estranhas que possam 
sofrer choques elétricos se os tocarem;
- É proibido trabalhar sozinho sob condições perigosas, avise antes a chefia 
se tiver que trabalhar só desligue toda a corrente elétrica, mesmo de baixa 
voltagem, quando:
• Remover e montar componentes de equipamentos;
• Trabalhar nas imediações de fontes de corrente;
• Efetuar inspeções mecânicas em fontes de eletricidade; para trabalhar 
numa rede elétrica, marcar o interruptor, para não ser ligado, não confie 
nesta proibição; impeça que pessoas sem conhecimento possam ligar o 
interruptor;
• Antes de iniciar o trabalho, teste de novo o circuito, para ter certeza de que 
está ligado;
- Quando não for dispensável trabalhar em equipamento com circuitos 
ligados adote as seguintes precauções:
17
• Tenha nas imediações outra pessoa familiarizada com o desligamento da 
corrente;
• É proibido usar anéis, relógios de pulso, correntes e braceletes de metal, 
etc;
• Use óculos de segurança;
• Use somente ferramentas isoladas;
• Use instrumentos de teste, e esteja certo de que seus comandos e 
controles estejam ajustados para as capacidades corretas; empregue fios de 
prova isolados nos pontos que deverão ser manuseados pelo operador;
- Mantenha em ordem o local onde estiver fazendo reparos e instalações;
- Faca o aterramento do equipamento elétrico, portátil e fixo; Verifique a 
efetividade dessa ligação; é perigoso ter unidades de equipamentos ligadas a 
terra e outras não; a verificação deverá ser feita por eletricista competente.
Observação: COLABORE COM A SEGURANÇA
a) Verificar se os extintores estão carregados e as mangueiras em condições 
de uso;
b) O material e o equipamento de combate ao incêndio devem ser 
identificáveis;
c) As divisões devem ser equipadas com cobertores anti-fogo para casos de 
emergências;
Os incêndios são classificados de acordo com os materiais com eles 
envolvidos bem com a situação como se encontram, essa classificação e feita 
para determinar o agente extintor adequado para o tipo de incêndio 
especifico.
Para facilitar a maneira de se combate-los, os incêndios, divide-se eles em 
quatro classes:
CLASSE “A”- Combustíveis sólidos (incêndios envolvendo combustíveis 
sólidos comuns como papel, madeira, pano, borracha); Os combustíveis da 
classe “A” são identificados por um triangulo verde com a letra “A” no 
centro;
CLASSE “B”- Combustíveis Líquidos (incêndio envolvendo combustíveis 
líquidos inflamáveis, graxas e gases combustíveis); Os combustíveis da classe 
“B” são identificados por um quadrado vermelho com a letra “B” no centro;
CLASSE “C”- Equipamentos Energizados (incêndio envolvendo materiais 
energizados);
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Os combustíveis da classe “C” são identificados por um círculo azul com a 
letra “C” no centro; e
CLASSE “D”- Materiais Pirofóricos (incêndio envolvendo materiais 
combustíveis pirofóricos - magnésio, selênio, antimônio, lítio, potássio, 
alumínio fragmentado, zinco, titânio, sódio, zircônio. E caracterizado pela 
queima em altas temperaturas e por reagir com agentes extintores comuns, 
principalmente os que contem agua). Os combustíveis da classe “D” são 
identificados por uma estrela amarela de cinco pontas com a letra “D” no 
centro.
Agentes Extintores
Os agentes extintores são:
• Agua: Utilizada para incêndios das classes A e B. Não deve ser utilizada em 
incêndios das classes C e D.
• Espuma: Utilizada para incêndios das classes A e B. Não deve ser utilizada 
em incêndios das classes C e D.
• CO2: Pode ser utilizado em incêndios das classes A, B e C. Não deve ser 
utilizado para incêndios da classe D.
• Pó químico: O pó químico pode ser utilizado para incêndios das classes A, B 
e C. Nos incêndios da classe D, poderá ser utilizado um pó químico seco, sem 
umidade, especifico para determinados metais combustíveis.
Prevenção de Incêndio
- Respeite as proibições de fumar e acender fósforos no laboratório;
- Evite o acumulo de lixo em locais não apropriados;
- Coloque os materiais de limpeza em recipientes próprios e identificados;
- Mantenha livre as áreas de escape e não deixe, mesmo que 
provisoriamente, materiais nas escadas e nos corredores;
- Não deixe os equipamentos elétricos ligados após sua utilização. 
Desconecte-os da tomada;
- Não cubra fios elétricos com o tapete;
- Ao utilizar materiais inflamáveis, faça-o em quantidades mínimas, 
armazenando-os sempre na posição vertical e na embalagem original;
- Não utilize chama e aparelho de solda perto de materiais inflamáveis;- Não improvise instalações elétricas, nem efetue consertos em tomadas e 
interruptores sem que esteja familiarizado com isso;
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- Não sobrecarregue as instalações elétricas com a utilização do plugue T 
(benjamim);
- Verifique, antes de sair do trabalho, se os equipamentos elétricos estão 
desligados;
- Observe as normas de segurança ao manipular produtos inflamáveis ou 
explosivos;
- Mantenha os materiais inflamáveis em locais resguardados e a prova de 
fogo.
Observação: Em instalações elétricas NUNCA USE extintores de agua, 
espuma e soda ácido, use somente extintores de CO2 e pó químico.
Ocorrência de Incêndio
Ao tomar conhecimento da ocorrência de um incêndio, se deve:
 Manter-se calmo, não deixando o pânico fazer vítimas.
 Desligue todos os equipamentos.
 Se o fogo for pequeno, trate de apaga-lo com o extintor adequado a classe 
de incêndio.
 Caso não consiga dominar o fogo, feche a porta e avise a direção e ao 
SSOMA da ocorrência do fogo.
 Se ouvir explosão, jogue-se no solo e proteja a nuca com os braços.
 Perante a fumaça, proteja a boca e o nariz com um pano. Caminhe 
agachado.
Junto ao solo onde há menos fumaça.
 Faça com que as pessoas fechem janelas, gavetas e portas e saiam em 
ordem, devagar, sem atropelos.
 Não deixe ferramentas e materiais pelo caminho, o que pode atrapalhar o 
transito dos colegas.
 Não volte para apanhar qualquer objeto.
 Mantenha a calma e siga as orientações para o abandono da área.
 Evite correria, gritaria e brincadeiras que possam causar e aumentar o 
pânico.
 Saia pelas escadas.
 Não tire as roupas do corpo. Se o fogo se prender as tuas roupas, não 
corra. Jogue-se ao chão a fim de apagar o fogo por abafamento.
 Não tente usar saídas não designadas.
20
 Se estiver em local cheio de fumaça, procure sair arrastando-se, para evitar 
ficar asfixiado. O fogo e o calor caminham para cima. Portanto, em caso de 
incêndio, somente suba para um local se não for possível descer. Não 
arrisque! Se a fumaça impedir a fuga, anuncie a presença e aguarde socorro.
 Participe dos treinamentos ministrados para aprender a utilizar os 
equipamentos de combate a incêndio.
7.5. Risco Químico
A. PRODUTOS QUÍMICOS PERIGOSOS
São estabelecidos pela OSHA (Occupational Safety and Health Administration 
– USA) como quaisquer compostos químicos ou misturas de compostos, que 
oferecem perigo para a integridade física e saúde.
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22
Manipulação de Produtos Químicos
Considera-se manipulação de produtos químicos desde a abertura de sua 
embalagem, até o descarte da mesma, após o produto ter sido utilizado. 
Informe-se, se o produto sofre decomposição, peroxidarão e polimerização, 
pela ação da luz, do calor e de ambos, se e instável e reativo frente a agua e 
ar; e adote as regras de manipulação recomendadas pelas normas de 
segurança do laboratório, visando a segurança pessoal e coletiva.
Manipulação de Líquidos Inflamáveis
Informações Gerais:
Líquidos inflamáveis são aqueles que apresentam ponto de fulgor abaixo de 
70oC. São divididos em duas classes, de acordo com essa propriedade física:
Líquidos combustíveis (Classe III) são aqueles que tem o ponto de fulgor 
acima de 70oC. Quando aquecidos a temperaturas superiores a seu ponto de 
fulgor, os líquidos combustíveis comportam-se como líquidos inflamáveis.
Cuidados
- É proibido manipular líquidos inflamáveis sem se certificar da não existência 
de fontes de ignição nas proximidades;
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- Use a capela para trabalhos com líquidos inflamáveis que envolvam 
aquecimento;
- Use protetor facial e luvas de couro quando tiver que agitar frascos 
fechados contendo líquidos inflamáveis e voláteis;
- É proibido jogar na pia líquidos inflamáveis e voláteis; estoque-os em 
recipientes de descarte adequados e proceda ao descarte de acordo com o 
tratamento e descarte de resíduos químicos; guarde frascos contendo 
líquidos inflamáveis e voláteis em geladeira.
Manipulação de Produtos Tóxicos.
Informações Gerais
A manipulação de produtos tóxicos em laboratório não e evitável e tem de 
ser feita com elevado grau de segurança. Deve-se conhecer a toxidez do 
produto que vai do produto a ser manipulado.
Gases Tóxicos
- Teste todas as conexões e válvulas do sistema com solução detergente, 
para detectar a presença de vazamentos, ao iniciar a operação;
- Guarde botijões já testados quanto a vazamentos nos armários das capelas;
- Use “traps” absorvedores (lavadores que contem líquidos absorvedores que 
removem, tratam ou modificam os poluentes);
Cuidados
- É proibido manipular produtos tóxicos sem certificar da toxidez de cada um 
deles e dos mecanismos de intoxicação, verificando o tratamento de 
emergência em caso de acidente (ver FISPQ (Ficha de Informações de 
Segurança de Produtos Químicos) do produto);
Como saber as propriedades das substâncias?
 Merck Index
 Catálogos
 Rótulos (Frases de Risco e Segurança, Pictogramas, Código NFPA)
 FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos)
 MSDS (Material Safety Data Sheet)
http://www.qca.ibilce.unesp.br/prevencao/risco.htm
http://www.icb.ufmg.br/~probioseg/codicosderisco.doc
http://www.pcarp.usp.br/lrq/lrq1.htm
- Manipule produtos tóxicos somente em capela de exaustão;
- É proibido jogar qualquer produto toxico nas pias;
24
- Evite o contato de produtos tóxicos com a pele e demais mucosas (olhos, 
boca, etc.).
- Interrompa o trabalho caso tenha qualquer sintoma de intoxicação; avise o 
chefe imediato e ao SSOMA que o acompanhará a um ambulatório, informe 
sobre as características do produto envolvido;
Várias substâncias reagem perigosamente quando em contato com outras. 
Esta característica é inerente às substâncias.
Ácidos Fortes e Bases Fortes
Oxidantes e Inflamáveis
Metais Alcalinos e Agua
Cianetos e Ácidos
http://www.pcarp.usp.br/lrq/Tratamento/protocolos/protocolos.htm
Incompatibilidade Química
http://www.qca.ibilce.unesp.br/prevencao/incompativeis.htm
http://www.pcarp.usp.br/lrq/lrq1.htm
http://www.sc.usp.br/residuos/rotulage 
m/downloads/incompatibilidade.pdf
Ácidos:
- Ácido Sulfúrico: derramado sobre o chão e bancada pode ser neutralizado 
com carbonato e bicarbonato de sódio em pó.
- Ácido Clorídrico: derramado será neutralizado com amônia, que produz 
cloreto de amônio, em forma de nevoa branca.
- Ácido nítrico: reage violentamente com álcool
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Manipulação de Produtos Corrosivos
Informações Gerais
Líquidos corrosivos podem ocasionar queimaduras de alto grau pela ação 
química sobre os tecidos vivos. Podem ser responsáveis por incêndios, 
quando postos em contato com matéria orgânica e determinados produtos 
químicos. Todos os ácidos e bases são corrosivos.
Cuidados
- Só manipule produtos corrosivos usando óculos de segurança e luvas de 
PVC;
- É proibido jogar produtos corrosivos concentrados na pia. Eles só podem 
ser descartados depois de diluídos, proceda ao descarte de acordo com o 
Tratamento e descarte de resíduos químicos;
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- Tome os seguintes cuidados para diluir produtos corrosivos:
• Verta o diluído no diluente e nunca o contrário;
• Faca a diluição lentamente em proporção mínima de 1:1000;
• Use bastão de vidro para homogeneização;
• Em caso de reações exotérmicas usar banho de gelo.
B. Manipulação de Produtos Químicos Especiais (peróxidos, cloratos, 
percloratos, nitratos, etc.)
Informações Gerais
Peróxidos: pertencem a uma classe especial de compostos químicos, que 
apresentam problemas especiais de estabilidade e periculosidade potencial. 
São classificados entre os compostos perigosos utilizados em laboratório. 
Alguns peróxidos manipulados em laboratório são mais sensíveis do que o 
TNT (trinitrotolueno). Outras classes de produtos químicos como os cloratos, 
percloratos e nitratos, apresentam periculosidade devido a sua sensibilidade 
ao impacto, a luz e a centelha.
Produtos Formadores de Peróxidos (PFP)
Os produtos quetendem a formar peróxidos (peroxido = grupo de 
compostos que contem ligação oxigenio-oxigenio) devem ser submetidos a 
testes a cada 3 meses, para verificar se o teor de peroxido está dentro dos 
limites informados pelos fabricantes. Desta classe de compostos, os 
orgânicos são os mais perigosos, e, dentre estes, pode-se destacar o éter 
etílico, tetrahidrofurano (THF), ciclo-hexano, tetralina, isopropilbenzeno 
(cumeno), etc. A reação de peroxidarão depende da exposição ao oxigênio e 
a oxidantes para ocorrer, portanto, os recipientes devem estar bem selados. 
Se este não estiver cheio, deve-se eliminar o ar do espaço vazio com gás 
inerte antes de selar o recipiente. Se for necessário destilar algum PFP, 
devem-se tomar os seguintes cuidados:
- Use equipamento de proteção.
- Faca o teste de peroxido (papel de teste), antes de destilar Conduza a 
destilação em atmosfera inerte.
- Adicione no balão de destilação um agente redutor adequado.
- Deixe, ao final, cerca de 10 % de liquido no balão.
- Execute a operação na capela.
27
Em alguns casos, quando o uso do produto permitir, pode-se acrescentar aos 
produtos formadores de peróxidos, substancias inibidoras, na quantidade de 
0,001 a 0,01%.
Servem a este proposito os seguintes compostos: benzofenona, 
hidroquinona, 4-tert butilcatecol ou 2,6-di-tert-butil-p-metilfenol (BHT). 
Outro modo de remover peroxido e passar o PFP através de uma coluna de 
resina Dowex-1. Mantenha os PFP's em locais frios.
OBSERVAÇÃO: Se houver a possibilidade de formação de precipitados, 
devido à baixa temperatura, não os armazene na geladeira.
Cuidados
- É proibido usar espátula de metal para manipular peróxidos;
- É proibido retornar, ao frasco original, qualquer quantidade de peroxido e 
compostos formadores de peróxidos não utilizados;
- É proibido jogar peróxidos puros na pia; eles devem ser altamente diluídos;
- É proibido resfriar soluções com peróxidos abaixo da temperatura de 
congelamento desses compostos químicos; na forma cristalina, eles são mais 
sensíveis ao choque;
- Absorva, imediatamente, com vermiculei soluções de peróxidos 
derramadas.
Solventes
São os produtos encontrados nos laboratórios e, por serem inflamáveis e 
tóxicos, precisam ser manipulados com cuidado. Solventes comuns como 
benzeno, tetracloreto de carbono, clorofórmio, eter etílico, acetona, hexano 
e pentano devem ser mantidos longe de fontes de ignição e de substancias 
oxidantes.
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Dentre os solventes que oferecem riscos, destacam-se: Benzeno - e 
considerado carcinogênico de Categoria I pela OSHA. Sempre que possível, 
substitua-o pelo tolueno, que oferece menor risco.
- Evite o contato com a pele e a inalação de seus vapores.
- Use a capela ao manipula-lo, protegido por luvas, óculos e máscara de 
proteção.
Tetracloreto de carbono - e um solvente perigoso. Sempre que possível, 
substitua-o por diclorometano, que oferece menor risco. Reduza, ao mínimo, 
a exposição a seus vapores, pois em altas concentrações no ar ele pode levar 
à morte por falha respiratória.
- Exposição menos severa pode causar danos aos rins e fígado.
- Manipule-o na capela, usando os equipamentos de proteção adequados.
Clorofórmio - e um solvente similar ao tetracloreto de carbono e apresenta 
efeitos adversos. Em animais de laboratório, mostrou propriedades 
carcinogênicas e mutagênicas. Pode ser substituído, com vantagens para a 
segurança, pelo diclorometano.
A manipulação e idêntica ao tetracloreto de carbono.
Éter etílico - e um solvente extremamente inflamável, usado para fazer 
extrações.
Seus vapores são mais pesados do que o ar e podem se propagar pela 
bancada e atingir fontes de ignição. O produto anidro tende a formar 
peróxidos. Pode afetar o sistema nervoso central, causando alteração e 
mesmo a morte, se a exposição for severa.
Manipule-o sempre na capela.
Metanol – e um liquido inflamável, que reage explosivamente com 
brometos, ácido nítrico, clorofórmio, hipoclorito de sódio, zinco dietilico, 
soluções de alquilaluminatos, trioxido de fosforo, peroxido de hidrogênio, 
tert-butoxido de potássio e perclorato de chumbo.
Etanol - e um liquido inflamável e seus vapores podem formar misturas 
explosivas com o ar em temperatura ambiente. O etanol reage 
vigorosamente com vários agentes oxidantes e com outras substancias 
químicas, como nitrato de prata, ácido nítrico, perclorato de potássio, 
peroxido de hidrogênio, permanganato de potássio, entre outros.
29
OBSERVAÇÃO: Sempre que houver a substituição de produto químico mais 
perigoso por produto químico mais seguro, avalie o impacto sobre os 
resultados das análises.
Aldeídos
Formaldeído (formalina) e usado como preservativo de tecido biológico, na 
forma de solução aquosa 37 %. Esta solução contem cerca de 11 % de 
metanol. A exposição aos seus vapores causa câncer nos pulmões e no 
condutor nasofaringe. Pode causar irritação na pele, nos olhos, no trato 
respiratório e edemas. Deve ser manipulado em capela, usando-se os 
equipamentos de proteção adequados.
Hidrácidos: Hidracidos e haletos de hidrogênio (ácido cloridrico, acido 
fluorídrico) são ácidos não oxigenados, irritantes ao aparelho respiratório. 
Devem ser manipulados em capela, para quaisquer propositos, e com o 
operador usando luvas, mascara contra gases e capa.
Ácido Fluorídrico: tanto na forma gasosa, quanto em solução, e capaz de 
penetrar nos tecidos, através da pele. Em caso de contato com a pele, 
aplique no local, uma solução de gluconato de cálcio, e procure atendimento 
de urgência. Após o uso, verificar se o produto escorreu pela embalagem; se 
for o caso, neutralize com gluconato de cálcio, lave com agua corrente e 
enxugue com papel toalha.
Ácido Clorídrico: possui uma alta ação corrosiva sobre a pele e mucosas 
produzindo queimaduras cuja gravidade depende da concentração da 
solução. O contato do ácido com os olhos provoca redução e perda total da 
visão, se o ácido não for removido, através da irrigação com agua. O ácido 
clorídrico em si, não e um produto inflamável, mas em contato com certos 
metais libera hidrogênio, formando uma mistura inflamável com o ar.
Oficiados - São ácidos que contem oxigênio, e possuem propriedades que 
variam de acordo com a composição. Os mais utilizados são:
Ácido Sulfúrico é um poderoso agente desidratante. Na forma concentrada, 
reage explosivamente com potássio e sódio metálicos, permanganatos, 
cloratos, álcool benzílico, além de provocar queimaduras severas na pele e 
olhos, mesmo em soluções diluídas. Deve ser manipulado em capela, 
usando-se equipamento de proteção.
Ácido Nítrico e um agente oxidante forte, capaz de destruir estruturas 
proteicas. O recipiente que o contem deve ser aberto com cuidado, porque 
30
se a parte inerte interna da tampa se romper, a parte plástica e atacada, cria 
pressão no interior, projetando o ácido no ato da abertura. Reage de forma 
não controlada com anidrido acético, de forma explosiva com flúor e 
acetonitrila. A amônia se inflama na presença de seus vapores. Quanto a 
manipulação, oferece riscos iguais aqueles do ácido sulfúrico; portanto, deve 
ser tratado de modo idêntico.
Ácido Perclórico e um poderoso agente oxidante, incolor, capaz de reagir 
explosivamente com compostos e materiais orgânicos. Forma percloratos 
explosivos em dutos metálicos do sistema de exaustão de capelas, exigindo, 
portanto, capela especial para sua manipulação. Devido ao risco de 
queimaduras severas na pele e olhos, usar óculos de proteção e luvas para a 
manipulação deste ácido, e no caso de transferência para outro recipiente, 
faze-lo sobre a pia para coletar os respingos, neutraliza-los e lava-los com 
agua corrente. Na forma anidra (concentração acima de 85 %), DEVE SER 
MANIPULADO SOMENTE POR TECNICO EXPERIENTE. Se o produto anidro 
apresentar coloração, descarte-o de acordo com as normas de segurança.
Ácido Acético Glacial e um solvente excelente paradiversos compostos 
orgânicos, fosforo e enxofre. Seus vapores são extremamente irritantes aos 
olhos, sistema respiratório, e pode atacar o esmalte dos dentes se a 
exposição for de longa duração. O contato com a pele provoca severas 
queimaduras. Deve ser manipulado em capela, exigindo o uso de 
equipamento de proteção. Os frascos de ácido acético devem ser estocados 
longe de materiais oxidantes e de preferência entre 20 e 30 oC (quando 
estocado em temperaturas inferiores pode solidificar provocando ruptura do 
frasco).
Perácidos (Ácido Perbenzóico, Ácido Peracético) - são compostos explosivos 
e devem ser manipulados conforme as orientações do fabricante e/ou 
fornecedor. Os demais ácidos devem ser manipulados em capela comum, 
usando-se luvas, mascara contra gases. No preparo de soluções diluídas 
destes ácidos, misturar aos poucos o ácido na agua, nunca ao contrário, pois 
poderá ocorrer ebulição localizada e projeção da solução.
Ácido Pícrico - e extremamente explosivo e deve ser adquirido somente 
quando necessário. E manipulado sob rígida orientação de especialista em 
segurança de laboratório.
Bases
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As bases encontradas nos laboratórios são o hidróxido de metais alcalinos e 
alcalinos terrosos e solução aquosa de amônia. As soluções de hidróxidos de 
metais alcalinos (sódio e potássio) são corrosivas e provocam danos na pele 
e tecidos dos olhos. Além disso, são extremamente exotérmicas durante a 
reparação. Ao preparar tais soluções, deve-se usar luvas, óculos de proteção 
e avental. Quanto a solução de hidróxido de amônia, seus vapores são 
extremamente irritantes ao sistema respiratório e aos olhos, exigem sempre 
o uso de capela, luvas e mascara contra gases durante a manipulação.
Sais Higroscópicos
Deve-se manter as embalagens dos sais higroscopicos bem fechadas, 
observando se não há rachaduras na tampa. Pequenas quantidades desses 
produtos, em recipiente apropriado, podem ser mantidas em dessecador, 
para preservara-lhes a qualidade.
Substâncias de Baixa Estabilidade
São substancias pouco estáveis, de modo geral, devem ser mantidas na 
embalagem fornecida pelo fabricante e manipuladas segundo as 
recomendações do mesmo.
C. Manipulação de Produtos Pirofóricos
Informações Gerais
Produtos pirofóricos são aqueles que em condições ambientais normais 
(atmosfera, temperatura e umidade), reagem violentamente com o oxigênio 
do ar e com a umidade existente, gerando calor, gases inflamáveis e fogo. 
Dentre esses, podem ser citados os metais alcalinos e alguns derivados 
organometalicos.
Cuidados
A manipulação desses produtos requer cuidados especiais de acordo com 
seu estado físico:
32
Cuidados na manipulação de substâncias sólidas inflamáveis
Na fricção: Fosforo branco, vermelho, amarelo, perssulfato de fosforo.
Na exposição ao ar: Boro, carvão vegetal, ferro pirofosforico, fosforo branco, 
vermelho e amarelo, hidratos, sódio metálico, nitrito de cálcio, pó de zinco.
Na absorção de umidade: Cálcio, carbonato de alumínio, hidratos, magnésio 
finamente dividido, oxido de cálcio, peroxido de bário, pó de alumínio, pó de 
zinco, potássio, selênio, sódio, sulfeto de ferro.
Na absorção de pequena quantidade de calor: Carvão vegetal, 
dinitrobenzol, nitrato de celulose, piroxilina, pó de zircônio.
Sólidos
a) O lítio, o sódio e o potássio (metais alcalinos) são sólidos; devem ser 
manipulados sob um liquido inerte, geralmente querosene, sob o qual vem 
imersos; exposição prolongada ao ar provoca ignição espontânea;
b) E proibido jogar aparas de metais alcalinos na pia, pois podem provocar 
incêndio. 
Conserve-as longe da agua;
c) Conserve os produtos piroforicos sólidos longe de solventes inflamáveis, a 
fim de evitar propagação do fogo;
d) Descarte aparas de metais alcalinos, vertendo-as, aos poucos, sob 
metanol, etanol ou propanol secos.
Líquidos
a) Os derivados organometalicos citados são líquidos e apresentados como 
tal. Com exceção do butil-litio, são acondicionados em recipientes metalicos, 
munidos de válvula. A manipulação desses produtos só deve ser feita sob 
orientação do químico responsável;
b) Nunca abra a válvula para a atmosfera; os recipientes devem ser abertos 
para a atmosfera de gás inerte (nitrogênio e argônio) seco, e em uma câmara 
seca, provida de gás inerte;
c) Transfira os produtos diretamente sobre o solvente utilizado durante a 
reação, para diminuir o perigo de incêndio; os mesmos, quando diluídos, 
tornam-se menos inflamáveis;
d) Nunca utilize agua para apagar incêndio em laboratórios químicos; use 
extintor de pó químico seco e areia.
D. Incompatibilidade entre Produtos Químicos
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Entende-se como Incompatibilidade entre produtos químicos a condição na 
qual, determinados produtos se tornam perigosos quando manipulados e 
armazenados próximos a outros, com os quais podem reagir, criando 
situações perigosas.
Os agentes oxidantes são considerados os mais perigosos nesse sentido, 
pois, durante uma reação química, fornecem oxigênio, um dos elementos 
necessários a formação de fogo. Algumas vezes, esse suprimento de oxigênio 
pode ser elevado, com forte desprendimento de calor, o que pode provocar 
uma explosão.
Quando um agente oxidante e guardado próximo a um produto combustível, 
e, por um motivo qualquer (danificação de embalagens e volatilização), 
entrar em contato, existe uma probabilidade elevada de que ocorra um início 
de incêndio e uma explosão.
São exemplos de produtos químicos oxidantes perigosos: bromatos, bromo, 
cloratos, percloratos, cromatos, dicromatos, iodatos, nitratos, percromatos, 
periodatos, permanganatos e peroxidos.
Para armazenar produtos químicos, deve-se observar a seguinte regra geral:
É PROIBIDO GUARDAR SUBSTÂNCIAS OXIDANTES PRÓXIMAS À LÍQUIDOS 
VOLÁTEIS E INFLAMÁVEIS.
Armazenamento de Produtos Químicos no Laboratório e em Almoxarifados 
Químicos
- As áreas de armazenamento devem ter boa ventilação, com exaustão de ar 
para fora do prédio (sem sistema de recirculação);
- Bicos de gás, fumaças e unidades de aquecimento não são permitidos nas 
áreas de armazenamento;
- Os corredores das áreas de armazenamento devem estar livres de 
obstruções;
- Quando necessário áreas de armazenamento devem ter ar condicionado e 
sistema de desumidificacao para promover uma atmosfera de ar frio e seco;
- Não armazenar produtos químicos em prateleiras elevadas; frascos grandes 
devem ser colocadas no máximo a 60 cm do piso;
- Produtos químicos não devem ser expostos ao calor e a luz solar direta;
- Prateleiras devem ter suportes firmes e espaço suficiente para prevenir 
deslocamento acidental, bem como, amontoamento de frascos;
- Frascos de reagentes não devem ficar salientes para fora das prateleiras;
34
- Preparar documento informativo sobre o uso, manipulação e disposição 
dos produtos químicos perigosos, e divulga-lo para todas as pessoas que 
trabalham no laboratório;
- Adquirir, sempre, a quantidade mínima necessária as atividades do 
laboratório. Selar as tampas dos recipientes de produtos voláteis em uso 
com filme inerte, para evitar odores e a deterioração do mesmo, se estes 
forem sensíveis ao ar e umidade;
- Não armazenar produtos químicos dentro da Capela de Exaustão Química, 
nem no chão do laboratório;
- Se for utilizado armário fechado para armazenamento, que este tenha 
aberturas laterais e na parte superior, para ventilação, evitando-se acumulo 
de vapores;
- As prateleiras e armários de armazenamento devem ser rotulados de 
acordo com a classe do produto que contem;
- Considerar risco elevado os produtos químicos não conhecidos;
- As áreas devem ser limpas e livres de contaminação química;
- Observar a incompatibilidade dos produtos (F) e separar:
1. Inflamáveis, oxidantes, ácidos e bases Família de orgânicos e inorgânicos
2. Família em grupos compatíveis
NOTA: Produtos químicos faltando rotulo e com a embalagem violada não 
devem ser aceitos;
Transporte
Otransporte de produtos químicos entre laboratórios deve ser cuidadoso, 
para se evitar derramamentos, quedas, vazamentos e choques. E possível 
transporta-los com segurança, observando-se as recomendações a seguir:
- Transportar em recipientes fechados e a prova de vazamentos os frascos 
com produtos extremamente tóxicos e cancerígenos;
- Transportar recipientes de vidro, acondicionados em caixas de material 
resistente e a prova de vazamento. Usar, carrinhos para o deslocamento;
- Utilizar carrinhos apropriados para o transporte de cilindros de gás; Não 
pegar os frascos pelo gargalo, ao transferi-las para a caixa de transporte;
- Usar avental, luvas e óculos de proteção durante o transporte, e, sempre 
que possível, levar o kit de emergência, para o caso de acidente.
7.6. Risco Biológico
A. Agente Biológico
35
Os agentes biológicos apresentam um risco para as pessoas e para o 
ambiente. Por esse motivo, e fundamental que se prepare uma estrutura 
adequada para prevenção dos riscos encontrados nos laboratórios.
Os agentes se dividem em quatro grupos, segundo estes critérios: a 
patogenicidade para a pessoa, a virulência, o modo de transmissão, a 
endemicidade e a existência de profilaxia e de terapêutica eficazes.
B. Classificação dos Microrganismos por Classe de Risco
Os agentes biológicos humanos e animais são divididos em classes, de 
acordo com critérios de patogenicidade, alteração genética e recombinação 
genica; estabilidade; virulência; modo de transmissão; endemicidade; 
consequências epidemiológicas; e disponibilidade de medidas profiláticas e 
de tratamento eficaz. Segundo a “Classificação de risco dos agentes 
biológicos / Ministério da Saúde, 2006”, os agentes biológicos que afetam as 
pessoas, os animais e as plantas são distribuídos em classes de risco assim 
estabelecidas:
• Classe de risco 1 (baixo risco individual e para a coletividade): inclui os 
agentes biológicos conhecidos por não causarem doenças em pessoas e 
animais adultos sadios.
Exemplo: Lactobacillus sp.
• Classe de risco 2 (moderado risco individual e limitado risco para a 
comunidade):
inclui os agentes biológicos que provocam infecções nas pessoas e nos 
animais, cujo potencial de propagação na comunidade e de disseminação no 
ambiente e limitado, e para os quais existem medidas terapêuticas e 
profiláticas eficazes.
Exemplo: Schistosoma mansoni.
• Classe de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a 
comunidade): inclui os agentes biológicos que possuem capacidade de 
transmissão por via respiratória e que causam patologias humanas e animais, 
letais, para as quais existem medidas de tratamento e de prevenção. 
Representam risco se disseminados na comunidade e no ambiente, podendo 
se propagar de pessoa a pessoa. Exemplo: Bacillus anthracis.
• Classe de risco 4 (alto risco individual e para a comunidade): inclui os 
agentes biológicos com poder de transmissibilidade por via respiratória e de 
transmissão não conhecida. Até o momento não há nenhuma medida 
36
profilática e terapêutica eficiente contra infecções ocasionadas por estes. 
Causam doenças humanas e animais de gravidade, com capacidade de 
disseminação na comunidade e no ambiente. Esta classe inclui os vírus. 
Exemplo: Vírus Ebola.
• Classe de risco especial (alto risco de causar doença animal grave e de 
disseminação no ambiente): inclui agentes biológicos de doença animal não 
existente no País e que, embora não sejam obrigatoriamente patógenos de 
importância para a pessoa, podem gerar graves perdas econômicas e na 
produção de alimentos.
Observações sobre a classificação dos agentes biológicos:
1. No caso de mais de uma espécie de um determinado gênero ser 
patogênica, serão assinaladas as importantes, e as demais serão 
representadas pelo gênero seguido da denominação spp., indicando outras 
espécies do gênero podem ser patogênicas.
2. A classificação de parasitas e as respectivas medidas de 
contingenciamento se aplicam somente para os estágios de seu ciclo durante 
os quais sejam infecciosos para as pessoas e os animais.
3. Os agentes incluídos na classe especial deverão ser manipulados em área 
NB-4, enquanto ainda não circularem nos pais, devendo ter sua importação 
restrita, sujeita a previa autorização das autoridades competentes. Caso 
sejam diagnosticados no território nacional, deverão ser tratados no NB 
determinado pelos critérios que norteiam a sua avaliação de risco.
4. Nesta classificação reputaram-se apenas os possíveis efeitos dos agentes 
biológicos aos indivíduos sadios. Os possíveis efeitos aos indivíduos com 
patologia prévia, em uso de medicação, portador de transtornos 
imunológicos, gravidez ou em lactação não foram considerados.
Classe de Risco 2
AGENTES BACTERIANOS, INCLUINDO CLAMÍDIAS E RICKÉTSIAS
Acinetobacter baumannii (anteriormente Acinetobacter calcoaceticus)
Actinobacillus spp
Actinomadura madurae, A. pelletieri
Actinomyces spp, A. gerencseriae, A. israelli, Actinomyces pyogenes 
(anteriormente Corynebacterium pyogenes)
Aeromonas hydrophila
Amycolata autotrophica
37
Archanobacterium haemolyticum (anteriormente Corynebacterium 
haemolyticum)
Bacteroides fragilis
Bartonella spp (Rochalimea spp), B. bacilliformis, B. henselae, B. quintana,
B. vinsonii
Bordetella bronchiseptica, B. parapertussis, B. pertussis
Borrelia spp, B. anserina, B. burgdorferi, B. duttoni, B. persicus, B. 
recurrentis,B. theileri, B.vincenti
Burkholderia spp (Pseudomonas), exceto aquelas listadas na classe de risco 3
Campylobacter spp, C. coli, C. fetus, C. jejuni, C. septicum
Cardiobacterium hominis
Chlamydia pneumoniae, C. trachomatis
Clostridium spp, C. chauvoei, C. haemolyticum, C. histolyticum, C. novyi,
C. perfringens, C. septicum, C. tetani
Corynebacterium spp, C. diphtheriae, C. equi, C. haemolyticum, C. 
minutissimum, C. pseudotuberculosis, C. pyogenes, C. renale
Dermatophilus congolensis
Edwardsiella tarda
Ehrlichia spp (Rickettsia spp), Ehrlichia sennetsu
Eikenella corrodens
Enterobacter aerogenes, E. cloacae
Enterococcus spp
Erysipelothrix rhusiopathiae
Escherichia coli, todas as cepas enteropatogênicas, enterotoxigênicas, 
enteroinvasivas e detentoras do antígeno K1
Haemophilus ducreyi, H. infl uenzae
Helicobacter pylori
Klebsiella spp
Legionella spp, L. pneumophila
Leptospira interrogans, todos os sorotipos
Listeria spp
Moraxella spp
Mycobacterium asiaticum, M. avium, M. bovis BCG vacinal, M. intracellulare, 
M. chelonae, M. fortuitum, M. kansasii, M. leprae, M. malmoense, M. 
38
marinum, M. paratuberculosis, M. scrofulaceum, M. simiae, M. szulgai, M. 
xenopi
Mycoplasma caviae, M. hominis, M. pneumoniae
Neisseria gonorrhoea, N. meningitidis
Nocardia asteroides, N. brasiliensis, N. farcinica, N. nova, N. otitidiscaviarum, 
N. transvalensis
Pasteurella spp, P. multocida
Peptostreptococcus anaerobius
Plesiomonas shigelloides
Porphyromonas spp
Prevotella spp
Proteus mirabilis, P. penneri, P. vulgaris
Providencia spp, P. alcalifaciens, P. rettgeri
Rhodococcus equi
Salmonella ssp, todos os sorotipos
Serpulina spp
Shigella spp, S. boydii, S. dysenteriae, S. fl exneri, S. sonnei
Sphaerophorus necrophorus
Staphylococcus aureus
Streptobacillus moniliformis
Streptococcus spp, S. pneumoniae, S. pyogenes, S. suis
Treponema spp, T. carateum, T. pallidum, T. pertenue
Vibrio spp, V. cholerae (01 e 0139), V. parahaemolyticus, V. vulnifi cus
Yersinia spp, Y. enterocolitica, Y. pseudotuberculosis
PARASITAS
Acanthamoeba castellani
Ancylostoma humano e animal, A. ceylanicum, A. duodenale
Angiostrongylus spp, A. cantonensis, A. costaricensis
Ascaris spp, A. lumbricoides, A. suum
Babesia spp, B. divergens, B. microti
Balantidium coli
Brugia spp, B malayi, B. pahangi, B. timori
Capillaria spp, C. philippinensis
Clonorchis sinensis, C. viverrini
Coccidia spp
39
Cryptosporidium spp, C. parvum
Cyclospora cayetanensis
Cysticercus cellulosae (cisto hidático,larva de T. solium)
Dactylaria galopava (Ochroconis gallopavum)
Dipetalonema streptocerca
Diphyllobothrium latum
Dracunculus medinensis
Echinococcus spp, E. granulosus, E. multilocularis, E. vogeli
Emmonsia parva var. crescens, Emmonsia parva var. parva
Entamoeba histolytica
Enterobius spp
Fasciola spp, F. gigantica, F. hepatica
Fasciolopsis buski
Fonsecaea compacta, F. pedrosoi
Giardia spp, Giardia lamblia (Giardia intestinalis)
Heterophyes spp
Hymenolepis spp, H. diminuta, H. nana
Isospora spp
Leishmania spp, L. brasiliensis, L. donovani, L. ethiopica, L. major, L. 
mexicana, L. peruvania, L. tropica
Loa loa
Madurella grisea, M. mycetomatis
Mansonella ozzardi, M. perstans
Microsporidium spp
Naegleria fowleri, N. gruberi
Necator spp, N. americanus
Onchocerca spp, O. volvulus
Opisthorchis spp, Opisthorchis felineus
Paragonimus westermani
Plasmodium spp humano e símio, P. cynomolgi, P. falciparum, P. malariae,
P. ovale, P. vivax
Sarcocystis spp, S. suihominis
Scedosporium apiospermum (Pseudallescheria boidii), Scedosporium prolifi 
cans (infl atum)
Schistosoma haematobium, S. intercalatum, S. japonicum, S. mansoni,
40
S. mekongi
Strongyloides spp, S. stercoralis
Taenia saginata, T. solium
Toxocara spp, T. canis
Toxoplasma spp, T. gondii
Trichinella spiralis
FUNGOS
Aspergillus fl avus, A. fumigatus
Blastomyces dermatitidis
Candida albicans, C. tropicalis
Cladophialophora bantiana (Xylophora bantiana, Cladosporium bantianum 
ou C. trichoides), Cladophialophora carrioni (Cladosporium carrioni)
Cryptococcus neoformans, Cryptococcus neoformans var. gattii (Filobasidiella 
bacillispora), Cryptococcus neoformans var. neoformans (Filobasidiella 
neoformans var. neoformans)
Emmonsia parva var. crescens, Emmonsia parva var. parva
Epidermophyton spp, E. fl occosum
Exophiala (Wangiella) dermatitidis
Fonsecaea compacta, F. pedrosoi
Madurella spp, M. grisea, M. mycetomatis
Microsporum spp, M. aldouinii, M. canis
Neotestudina rosatii
Paracoccidioides brasiliensis (na fase de esporulação apresenta maior risco 
de infecção)
Penicillium marneffei
Pneumocystis carinii
Scedosporium apiospermum (Pseudallescheria boidii), Scedosporium prolifi 
cans (infl atum)
Sporothrix schenckii
Trichophyton spp, Trichophyton rubrum
FUNGOS EMERGENTES E OPORTUNISTAS
Acremonium falciforme, A. kiliense, A. potronii, A. recifei, A. roseogriseum
Alternaria anamorfo de Pleospora infectoria
Aphanoascus fulvescens
41
Aspergillus amstelodami, A. caesiellus, A. candidus, A. carneus, A. glaucus, A. 
oryzae, A. penicillioides, A. restrictus, A. sydowi, A. terreus, A. unguis, A. 
versicolor
Beauveria bassiana
Candida lipolytica, C. pulcherrima, C. ravautii, C. viswanathii
Chaetoconidium spp
Chaetomium spp
Chaetosphaeronema larense
Cladosporium cladosporioides
Conidiobolus incongruus
Coprinus cinereus
Cunninghamella geniculata
Curvularia pallescens, C. senegalensis
Cylindrocarpon tonkinense
Drechslera spp
Exophiala moniliae
Fusarium dimerum, F. nivale
Geotrichum candidum
Hansenula polymorpha
Lasiodiplodia theobromae
Microascus desmosporus
Mucor rouxianus
Mycelia sterilia
Mycocentrospora acerina
Oidiodendron cerealis
Paecilomyces lilacinus, P. variotii, P. viridis
Penicillium chrysogenum, P. citrinum, P. commune, P. expansum, P. 
spinulosum
Phialophora hoffmannii, P. parasitica, P. repens
Phoma hibernica
Phyllosticta spp, P. ovalis
Pyrenochaeta unguis-hominis
Rhizoctonia spp
Rhodotorula pilimanae, R. rubra
Schizophyllum commune
42
Scopulariops acremonium, S. brumptii
Stenella araguata
Taeniolella stilbospora
Tetraploa spp
Trichosporon capitatum
Tritirachium oryzae
Volutella cinerescens
VÍRUS
Adenovirus humanos, caninos e de aves
Arenavirus do Novo Mundo (complexo Tacaribe): vírus Amapari, Latino, 
Paraná, Pichinde,
Tamiami, exceto os listados nas classes de risco 3 e 4
Arenavirus do Velho Mundo: vírus Ippy, Mobala, coriomeningite linfocitária 
(amostras não neurotrópicas)
Astrovirus, todos os tipos
Birnavirus, todos os tipos, incluindo o vírus Gumboro e vírus relacionados, 
Picobirnavirus e Picotrinavirus
Bunyavirus, todos os tipos, incluindo vírus Belém, Mojuí dos Campos, Pará, 
Santarém, Turlock, e Grupo Anopheles A (Arumateua, Caraipé, Lukuni, 
Tacaiuma, Trombetas, Tucurui), Grupo Bunyamwera (Iaco, Kairi, Macauã, 
Maguari, Sororoca, Taiassuí, Tucunduba, Xingu), Grupo C (Apeu, Caraparu, 
Itaqui, Marituba, Murutucu, Nepuyo, Oriboca), Grupo Capim (Acara, 
Benevides, Benfi ca, Capim, Guajará, Moriche), Grupo da encefalite da 
Califórnia (Inkoo, La Crosse, Lumbo, San Angelo, Snow hare, Tahyna), Grupo 
Guamá (Ananindeua, Bimiti, Catú, Guamá, Mirim, Moju, Timboteua), Grupo 
Melão (Guaroa, Jamestown Canyon, Keystone, Serra do Navio, South River, 
Trivittatus), Grupo Simbu (Jatobal, Oropouche, Utinga)
Circovirus, incluindo vírus TT e vírus relacionados
Coronavirus, todos os tipos, incluindo vírus humanos, gastroenterite de 
suínos, hepatite murina, Coronavirus de bovinos, caninos, ratos e coelhos, 
peritonite infecciosa felina, bronquite infecciosa aviária
Flavivirus, todos os tipos, incluindo vírus Bussuquara, Cacipacoré, dengue 
tipos 1, 2, 3 e 4, Febre Amarela vacinal; encefalite de São Luis, Ilhéus, Kunjin, 
Nilo Ocidental
43
Hantavirus, incluindo Prospect Hill e Puumala e exceto os listados na classe 
de risco 3
Hepacivirus, todos os tipos, incluindo o vírus da Hepatite C
Herpesvirus, todos os tipos, incluindo Citomegalovirus, Herpes simplex 1 e 2, 
Herpes vírus tipo 6 (HHV6), Herpes vírus tipo 7 (HHV7), Herpes vírus tipo 8 
(HHV8), Varicela-Zoster
Nairovirus, incluindo Hazara
Norovirus, todos os tipos, incluindo, vírus Norwalk e Saporo
Orthohepadnavirus, todos os tipos, incluindo vírus da Hepatite B e vírus da 
Hepatite D (Delta)
Orthomyxovirus, todos os tipos, incluindo vírus da Infl uenza A, B e C, e os 
tipos transmitidos por carrapatos, vírus Dhori e Thogoto, exceto as amostras 
aviárias asiáticas de infl uenza A, como H5N1, que deverão ser listadas na 
classe de risco 4
Papillomavirus, todos os tipos, incluindo os vírus de papilomas humanos
Paramyxovirus, todos os tipos, incluindo vírus da Caxumba, doença de 
NewCastle (amostras não asiáticas), Parainfl uenza 1 a 4, Pneumovírus, 
Sarampo, Nipah, vírus Respiratório Sincicial, exceto os listados na classe de 
risco 4
Parvovirus, todos os tipos, incluindo Parvovirus humano B-19
Pestivirus, todos os tipos, incluindo os vírus da diarréia bovina
Phlebovirus, todos os tipos, incluindo vírus Alenquer, Ambé, Anhangá, 
Ariquemes, Belterra, Bujarú, Candiru, Icoarací, Itaituba, Itaporanga, Jacundá, 
Joa, Morumbi, Munguba, Nápoles, Oriximina, Pacuí, Serra Norte, Tapará, 
Toscana, Turuna, Uriurana, Urucuri, Uukuvírus
Picornavirus, todos os tipos, incluindo vírus Coxsackie, vírus da conjuntivite 
hemorrágica aguda (AHC), vírus da Hepatite A (enterovírus humano tipo 72), 
vírus da poliomielite, vírus ECHO, Rhinovirus
Polyomavirus, todos os tipos, incluindo vírus BK e JC, e vírus Símio 40 (SV40)
Poxvirus, todos os tipos, incluindo Buffalopox, Cotia, Cowpox e vírus 
relacionados isolados de felinos domésticos e de animais selvagens, nódulo 
do ordenhador, Molluscum contagiosum1, Myxoma, Parapoxvirus, Poxvirus 
de caprinos, suínos e aves, Vaccinia, vírus Orf, Yatapox Tana
44
Reovirus gênero Orthoreovirus, todos os tipos, incluindo os 1, 2 e 3, Coltivirus, 
Orbivirus, Reovirus isolados na Amazônia dos grupos Changuinola e 
Corriparta, Rotavirus humanos, vírus Ieri, Itupiranga e Tembé
Retrovirus (classifi cados na classe de risco 2 apenas para sorologia, para as 
demais operações de manejo em laboratório estes vírus devem ser 
considerados na classe de risco 3), vírus da imunodefi ciência humana HIV-1 e 
HIV-2, vírus linfotrópico da célula T do adulto HTLV-1 e HTLV-2 e vírus de 
primatas não-humanos
Rhabdovirus, incluindo vírus Aruac, Duvenhage, Inhangapi, Xiburema, vírus 
da Raiva amostras devírus fi xo, Grupo da Estomatite Vesicular (Alagoas 
VSV-3, Carajás, Cocal
VSV-2, Indiana VSV-1, Juruna, Marabá, Marabá VSV-4, Piry), Grupo Hart Park 
(Hart Park,
Mosqueiro), Grupo Mussuril (Cuiabá, Marco), Grupo Timbó (Chaco, Sena 
Madureira,Timbó)
Togavirus, todos os tipos, gênero Alphavirus incluindo vírus Aurá, Bebaru, 
Bosque Semliki, Chikungunya, encefalomielite eqüina ocidental, 
encefalomielite eqüina oriental, encefalite eqüina Venezuela amostra TC 83; 
Mayaro, Mucambo, O’nyong-nyong, Pixuna, Rio Ross, Sindbis, Una, gênero 
Rubivirus incluindo o vírus da rubéola,
Vírus da Hepatite E.
VÍRUS ONCOGÊNICOS DE BAIXO RISCO
Adenovirus 1 aviário (CELO vírus)
Adenovirus 7- Simian vírus 40 (Ad7-SV40)
Herpesvirus de cobaias
Polyoma vírus
Rous sarcoma vírus
Shope fi broma vírus
Shope papilloma vírus
Vírus da Doença de Marek
Vírus da Leucemia de Hamsters
Vírus da Leucemia de Murinos
Vírus da Leucemia de Ratos
Vírus da Leucose Aviária
Vírus da Leucose Bovina Enzoótica
45
Vírus do Papiloma Bovino
Vírus do Sarcoma Canino
Vírus do Sarcoma Murino
Vírus do Tumor Mamário de Camundongo
Vírus Lucke de rãs
Vírus Mason-Pfi zer de símios
VÍRUS ONCOGÊNICOS DE BAIXO RISCO
Adenovirus 1 aviário (CELO vírus)
Adenovirus 7- Simian virus 40 (Ad7-SV40)
Herpesvirus de cobaias
Polyoma vírus
Rous sarcoma vírus
Shope fi broma vírus
Shope papilloma vírus
Vírus da Doença de Marek
Vírus da Leucemia de Hamsters
Vírus da Leucemia de Murinos
Vírus da Leucemia de Ratos
Vírus da Leucose Aviária
Vírus da Leucose Bovina Enzoótica
Vírus do Papiloma Bovino
Vírus do Sarcoma Canino
Vírus do Sarcoma Murino
Vírus do Tumor Mamário de Camundongo
Vírus Lucke de rãs
Vírus Mason-Pfi zer de símios
Classe de Risco 3
AGENTES BACTERIANOS INCLUINDO RIQUÉTSIAS
Bacillus anthracis
Bartonella, exceto os listados na classe de risco 2
Brucella spp, todas as espécies
Burkholderia mallei (Pseudomonas mallei), Burkholderia pseudomallei 
(Pseudomonas pseudomallei)
Chlamydia psittaci (cepas aviárias)
Clostridium botulinum
46
Coxiella burnetii
Escherichia coli, cepas verotoxigênicas como 0157:H7 ou O103
Francisella tularensis (tipo A)
Haemophilus equigenitalis
Mycobacterium bovis, exceto a cepa BCG, M. tuberculosis
Pasteurella multocida tipo B amostra buffalo e outras cepas virulentas
Rickettsia akari, R. australis, R. canada, R. conorii, R. montana, R. prowazekii, 
R. rickettsii, R. siberica, R. tsutsugamushi, R. typhi (R. mooseri) Yersinia pestis
PARASITA
Nenhum
FUNGOS
Coccidioides immitis culturas esporuladas; solo contaminado Histoplasma 
capsulatum, todos os tipos, inclusive a variedade duboisii e variedade 
capsulatum
VÍRUS E PRÍONS
Arenavirus do Novo Mundo, incluindo vírus Flexal1, exceto os listados na 
classe de risco 2 e 4
Arenavirus do Velho Mundo, incluindo vírus da coriomeningite linfocítica 
(amostras neurotrópicas)
Flavivirus, incluindo vírus da encefalite da Austrália (encefalite do Vale 
Murray), encefalite
Japonesa B, Febre Amarela não vacinal, Powassan, Rocio, Sal Vieja, San 
Perlita,
Spondweni, exceto os listados na classe de risco 2
Hantavirus, incluindo vírus Andes, Dobrava (Belgrado), Hantaan (febre 
hemorrágica da Coréia), Juquitiba, Seoul, Sin Nombre e outras amostras do 
grupo isoladas recentemente Herpesvirus, incluindo Rhadinovirus 
(herpesvirus de Ateles e herpesvirus de Saimiri)
Oncornavirus C e D
Príons, incluindo agentes de encefalopatias espongiformes transmissíveis: 
encefalopatia espongiforme bovina (BSE), scrapie e outras doençasanimais 
relacionadas, doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD), insônia familiar fatal, 
síndrome de Gerstmann-Straussler-Scheinker e Kuru 
47
Retrovirus, incluindo os vírus da imunodefi ciência humana (HIV-1 e HIV-2), 
vírus linfotrópico da célula T humana (HTLV-1 e HTLV-2) e vírus da imunodefi 
ciência de símios (SIV)
Togavirus vírus da encefalite eqüina venezuelana (exceto a amostra vacinal
TC-83)
Vírus da Raiva amostras de rua (Lyssavirus)
Classe de Risco 4
AGENTES BACTERIANOS INCLUINDO RIQUÉTSIAS
Cowdria ruminatium (heart water)
FUNGOS
Nenhum
PARASITAS
Theileria annulata, T. bovis, T. hirci, T. parva e agentes relacionados
VÍRUS E MICOPLASMAS
Arenavirus agentes de febres hemorrágicas do Velho Mundo (Lassa) e do 
Novo Mundo
(Guanarito, Junin, Machupo, Sabiá, e outros vírus relacionados)
Encefalites transmitidas por carrapatos (vírus da encefalite da Europa Central 
com suas várias amostras, vírus da encefalite primavera-verão russa, vírus da 
febre hemorrágica de Omsk, vírus da fl oresta de Kyasanur)
Filovirus, incluindo vírus Marburg, Ebola e outros vírus relacionados
Herpesvirus do macaco (vírus B)
Nairovirus agente de febre hemorrágica (Criméia-Congo)
Varíola do camelo (camel-pox)
Varíola do macaco (monkey-pox)*/1
Varíola major e alastrim*
Vírus da aftosa com seus diversos tipos e variantes
Vírus da cólera suína*
Vírus da doença de Borna*
Vírus da doença de NewCastle (amostras asiáticas)*
Vírus da doença de Teschen*
Vírus da doença de Wesselbron*
Vírus da doença hemorrágica de coelhos
Vírus da doença Nairobi do carneiro e vírus relacionados como Ganjam e 
Dugbe*
48
Vírus da doença vesicular do suíno*
Vírus da enterite viral de patos, gansos e cisnes
Vírus da febre catarral maligna de bovinos e cervos
Vírus da febre do vale do Rift*
Vírus da febre efêmera de bovinos*
Vírus da febre petequial infecciosa bovina*
Vírus da hepatite viral do pato tipos 1, 2 e 3
Vírus da infl uenza A aviária (amostras de epizootias)*
Vírus da língua azul (bluetongue)
Vírus da lumpy skin
Vírus da peste aviária*
Vírus da peste bovina*
Vírus da peste dos pequenos ruminantes*
Vírus da peste eqüina africana*
Vírus da peste suína africana*
Vírus da peste suína clássica (amostra selvagem)*
Vírus do louping ill de ovinos*
Mycoplasma agalactiae (caprinos e ovinos)*
Mycoplasma mycoides mycoides (pleuropneumonia bovina)*
C. Níveis de Biossegurança
Existem quatro níveis de biossegurança. Denominados NB-1, NB-2, NB-3 e 
NB-4, tais níveis estão relacionados aos requisitos crescentes de segurança 
para o manuseio dos agentes biológicos, terminando no maior grau de 
contenção e de complexidade do nível de proteção.
O NB exigido para um ensaio será determinado pelo agente biológico de 
maior classe de risco envolvido no ensaio.
Quando não se conhece o potencial patogênico do agente biológico, deverá 
ser realizada uma análise de risco prévia para estimar o nível de contenção.
Para trabalhos em grande escala, o NB deve ser o superior ao recomendado 
para a manipulação do agente biológico envolvido.
C.1. Nível de Biossegurança 1 (NB-1)
E o NB necessário ao trabalho que envolva agente biológico que contenha 
agentes biológicos da classe de risco 1. Representa um nível básico de 
contenção, que se fundamenta na aplicação das boas práticas de laboratório 
(BPLs), na utilização de equipamentos de proteção e na adequação das 
49
instalações com ênfase em indicadores de Biossegurança. O trabalho e 
conduzido, em geral, em bancada. Os equipamentos de contenção 
específicos não são exigidos. Os profissionais do laboratório deverão ter 
treinamento em Biossegurança e na atividade especifica do laboratório. 
Recomenda-se a supervisão por um profissional especialista.
Procedimentos Padrão de Laboratório para o NB-1
– O acesso ao laboratório deve ser controlado e permitido mediante 
autorização;
– O laboratório deve apresentar as áreas de circulação livre de equipamentos 
e estoques de materiais;
– Na porta de acesso ao laboratório onde houver o manuseio de agente 
biológico devem ser afixados o símbolo internacional de risco biológico, a 
advertência de área restrita, além da identificação e do número de telefone 
do profissional responsável;
– No laboratório, todos os procedimentos, sejam técnicos e administrativos, 
devem estar descritos e devem ser de fácil acesso e do conhecimento dos 
técnicos envolvidos em sua execução;
– Osprofissionais devem lavar as mãos antes e após a manipulação de 
agentes biológicos de risco e antes de saírem do laboratório;
– São proibidas as atividades de comer, beber, fumar e aplicar cosméticos 
(maquiagem, cremes) nas áreas de trabalho do laboratório;
– Recomenda-se a não utilização de cosméticos e adereços (brincos, 
pulseiras, relógios) no laboratório;
– E proibido levar qualquer objeto a boca no laboratório; a pipetagem deverá 
ser realizada com dispositivos apropriados, nunca com a boca;
– No laboratório, os materiais perfurocortantes devem ser manuseados 
cuidadosamente.
O descarte desse material deve ser realizado em recipientes de paredes 
rígidas, resistentes a punctura, a ruptura e ao vazamento, com tampa, 
devidamente identificados, segundo as normas vigentes, e localizados 
próximo a área de trabalho, sendo expressamente proibido o esvaziamento 
desses recipientes para o seu reaproveitamento;
– No descarte, as agulhas usadas não devem ser dobradas, quebradas, 
reutilizadas, recapeadas, removidas das seringas e manipuladas antes de 
desprezadas;
50
– A bancada de trabalho deve ser descontaminada ao final de cada turno de 
trabalho e sempre que ocorrer derramamento de agente biológico;
– A limpeza e a organização do laboratório devem ser mantidas;
– E proibido manter alimentos e plantas que não sejam objetos de analise 
dentro do laboratório;
– Materiais e reagentes devem ser estocados em instalações apropriadas no 
laboratório; além disso, deve haver sempre disponível no local um kit de 
primeiros socorros;
– Todos os resíduos devem ser descartados segundo as normas vigentes e 
em cumprimento ao Plano de Gerenciamento de Resíduos da instituição;
– No descarte, as vidrarias quebradas não devem ser manipuladas 
diretamente com a mão, devendo ser removidas por meios mecânicos 
(vassoura e pá de lixo e pinças) e descartadas em recipientes adequados;
– E necessário que haja a descrição e a organização de um plano de 
contingencia e emergência, além de um programa de vigilância em saúde 
(epidemiológica, sanitária, ambiental e em saúde do trabalhador);
– Deve ser descrita e mantida uma rotina de controle de artrópodes e 
roedores.
Práticas Especiais para o NB-1
Não se aplicam.
Equipamentos de Contenção para o NB-1
– Equipamentos especiais de contenção, tais como as CDBs, não são exigidos 
para manipulações de agentes biológicos da classe de risco 1;
– Os EPIs, tais como luvas e vestuário de proteção, avental, uniforme e 
jaleco, são requeridos durante o trabalho;
– O vestuário de proteção deverá ter mangas compridas ajustadas nos 
punhos e não deve ser usado fora da área laboratorial;
– E obrigatório o uso de calcados fechados que possam proteger os pês 
contra acidentes;
– Óculos de segurança e protetores faciais devem ser usados sempre que os 
procedimentos assim o exigirem;
– O laboratório deve possuir dispositivo de emergência para lavagem dos 
olhos, além de chuveiros de emergência localizados no laboratório ou em 
local de fácil acesso.
51
Instalações Laboratoriais de NB-1
– As instalações laboratoriais devem ser compatíveis com as 
regulamentações municipais, estaduais e federais;
– O laboratório deve ser projetado de modo a permitir fácil limpeza e 
descontaminação;
– E proibido o uso de cortinas, persianas e similares. Recomenda-se, quando 
necessária, a utilização de películas protetoras e outras formas para controle 
da incidência de raios solares;
– A iluminação artificial deve ser adequada para as atividades, de maneira 
que se evitem os reflexos não desejáveis e a luz ofuscante, de acordo com os 
níveis estabelecidos pelas normas vigentes;
– Deve ser realizada a adequação das instalações físicas no que se refere a 
segurança laboratorial de acordo com as normas vigentes, bem como as 
normas de proteção contra incêndio de acordo com as regulamentações de 
segurança do Corpo de Bombeiros local;
– As rotas de fuga e as saídas de emergência devem estar identificadas e, 
localizadas nas áreas de circulação pública e nos laboratórios na direção 
oposta as portas de acesso, com saída direta para a área externa da 
edificação. As portas de saída de emergência devem ser dotadas de barra 
antipanico, que permita a abertura com um pequeno toque, conforme as 
normas vigentes. As instalações elétricas dos laboratórios e o controle de 
sistemas de climatização devem ser projetados, executados, testados e 
mantidos em conformidade com as normas vigentes;
– A edificação deve possuir sistema de proteção contra descargas 
atmosféricas;
– Os equipamentos eletroeletrônicos devem estar conectados a uma rede 
elétrica estabilizada e aterrada. Todas as tomadas e os disjuntores devem ser 
identificados conforme o estabelecido nas normas vigentes;
– Todas as tubulações das instalações prediais devem ser adequadas, 
identificadas e mantidas em condições de perfeito funcionamento, conforme 
as normas vigentes. O sistema de abastecimento de agua deve possuir 
reservatório suficiente para as atividades laboratoriais e para a reserva de 
combate a incêndio, conforme as normas vigentes;
52
– As circulações horizontais e verticais tais como corredores, elevadores, 
monta-cargas, escadas e rampas devem estar de acordo com as normas 
vigentes;
– As paredes, o teto e os pisos devem ser lisos, não porosos, sem 
reentrâncias, com acabamentos impermeáveis e resistentes a produtos 
químicos, para facilitar a limpeza e a descontaminação da área. Além disso, 
os pisos e o teto devem ser nivelados;
– O laboratório deve possuir portas para o controle do acesso ao público;
– As portas devem ser mantidas fechadas e possuir visores, exceto quando 
haja recomendação contraria;
– As portas para passagem de equipamentos devem possuir dimensões com 
largura mínima de 1,10m, podendo ter duas folhas, uma de 0,80m e outra de 
0,30m;
– As janelas e as portas devem ser de materiais e acabamentos que retardem 
o fogo e facilitem a limpeza e a manutenção;
– Não e necessário requisito especial de ventilação além dos estabelecidos 
pelas normas vigentes;
– As janelas com abertura para a área externa ao laboratório devem conter 
telas de proteção contra insetos;
– Deve haver espaço suficiente entre as bancadas, as cabines e os 
equipamentos de modo a permitir acesso fácil para a realização da limpeza;
– A superfície das bancadas deve ser revestida por materiais impermeáveis, 
lisos, sem emenda e ranhura e deve ser resistente ao calor moderado e a 
ação dos solventes orgânicos, ácidos, álcalis e solventes químicos utilizados 
na descontaminação das superfícies;
– O mobiliário do laboratório deve evitar detalhes não necessários como 
reentrâncias, saliências, quebras, cantos, frisos e tipos de puxadores que 
dificultem a limpeza e a manutenção, e deve atender aos critérios de 
ergonomia, conforme as normas vigentes;
– As cadeiras e os outros moveis utilizados no trabalho laboratorial devem 
ser revestidos com um material que não seja absorvente e que possa ser 
facilmente descontaminado;
– O laboratório deve possuir: (a) pelo menos um lavatório, exclusivo para a 
lavagem das mãos, localizado próximo aos locais de entrada e saída do 
ambiente; (b) chuveiro de emergência e lava-olhos próximos as áreas 
53
laboratoriais; (c) um local, dentro do laboratório, próximo ao acesso, para 
guardar jalecos e outros EPIs utilizados no laboratório; (d) um local, fora da 
área laboratorial, para guardar pertences pessoais e possibilitar a troca de 
roupas; (e) um local, dentro do laboratório, como armários e prateleiras, 
para armazenar substancias e materiais de uso frequente;
– Para a estocagem de grandes volumes dessas substancias e materiais, deve 
haver um local em condições adequadas, ventilado, fora da área laboratorial 
e em concordância com as normas vigentes;
– Cada laboratório deve possuir, ainda, um local especifico, externo, coberto, 
ventilado e em condições de segurançapara armazenamento de cilindros de 
gases, conforme as normas vigentes;
– Os cilindros de gases devem ser mantidos na posição vertical e devem 
possuir dispositivos de segurança, de forma a evitar quedas e tombamentos;
– Não e permitida a presença de cilindros pressurizados, de quaisquer 
dimensões, para alimentação das redes, na área interna do laboratório;
– A edificação laboratorial deve possuir um local isolado, identificado, para 
armazenamento temporário dos resíduos, separados por tipo, para 
higienização de contêineres, provido de ponto de agua, no pavimento térreo 
e em área externa a edificação, com saída para o exterior, de fácil acesso aos 
carros coletores. Essas áreas devem ser cobertas, ventiladas, devem conter 
piso, paredes e tetos revestidos de materiais lisos, impermeáveis e 
resistentes a substancias químicas, conforme as normas vigentes, e seu 
acesso deve ser restrito ao pessoal autorizado;
– Caso o sistema público não disponha de tratamento de efluente sanitário, 
devem ser previstos tratamentos primário e secundário tais como tanque 
séptico e filtro biológico, a fim de se evitar a contaminação da rede pública.
C.2. Nível de Biossegurança 2 (NB-2)
E o NB exigido para o trabalho com agentes biológicos da classe de risco 2, 
que considera os critérios estabelecidos na análise de risco.
Procedimentos Padrão de Laboratório para o NB-2
Os procedimentos padrão exigidos são os mesmos já descritos para o NB-1.
Práticas Especiais para o NB-2
54
– As equipes do laboratório e de apoio devem receber treinamentos anuais 
sobre os riscos potenciais associados aos trabalhos desenvolvidos. 
Treinamentos adicionais serão necessários em caso de mudanças de normas 
e de procedimentos;
– O trabalho em laboratório deve ser supervisionado por profissional de nível 
superior com conhecimento e experiência comprovada na área de 
Biossegurança;
– O profissional responsável deve implementar políticas e procedimentos, 
com ampla informação a todos que trabalhem no laboratório, sobre o 
potencial de risco relacionado ao trabalho. O acesso ao laboratório deve ser 
restrito aos profissionais da área, mediante autorização do profissional 
responsável;
– Pessoas susceptíveis as infecções, tais como as imunocomprometidas e 
imunodeprimidas, não devem ser permitidas no laboratório. São 
prerrogativas do profissional responsável a análise de cada circunstancia e a 
decisão final na determinação de quem deve entrar e trabalhar no 
laboratório;
– Todos os profissionais devem ser orientados sobre os possíveis riscos, 
sobre a necessidade de seguir as BPLs, as especificações de cada rotina de 
trabalho, os procedimentos de Biossegurança e as práticas estabelecidas no 
manual de Biossegurança do laboratório, que deve estar acessível a todos os 
funcionários;
– As portas do laboratório devem permanecer fechadas enquanto os ensaios 
estiverem sendo realizados e devem ser trancadas ao final das atividades;
– O emblema internacional com indicação do risco biológico deve ser afixado 
nas portas dos recintos onde há manipulação dos agentes biológicos 
pertencentes a classe de risco 2, a fim de identificar qual(is) e(são) o(s) 
agente(s) manipulado(s), o NB, as imunizações necessárias, o tipo de EPI que 
deverá ser usado no laboratório e o nome do profissional responsável, com 
endereço completo e as diversas possibilidades para a sua localização;
– Os EPIs devem ser retirados antes de cada profissional sair do ambiente de 
trabalho, devem ser depositados em recipiente exclusivo para esse fim, em 
local apropriado, e devem ser descontaminados antes de reutilizados e 
descartados;
55
– Mãos enluvadas não devem tocar “superfícies limpas”, tais como teclados, 
telefones e maçanetas;
– Dependendo do(s) agente(s) biológico(s) manipulado(s), devem ser 
mantidas amostras sorológicas da equipe do laboratório e de outras pessoas 
possivelmente expostas aos riscos, inclusive do pessoal de limpeza e 
manutenção, para referência futura;
– Todos os procedimentos devem ser realizados a fim de minimizar a criação 
de aerossóis e respingos. Deve-se sempre tomar precauções especiais em 
relação a qualquer objeto perfurocortante, incluindo seringas e agulhas, 
laminas, pipetas, tubos capilares e bisturis. Agulhas e seringas hipodérmicas 
ou outros instrumentos perfurocortantes devem ficar restritos ao laboratório 
e ser usados somente quando indicados;
– Devem ser usadas seringas com agulha fixa e agulha e seringa em uma 
única unidade descartável usada para injeção e aspiração de materiais 
biológicos, quando necessárias, seringas que possuam um envoltório para a 
agulha, ainda, sistemas sem agulha e outros dispositivos de segurança;
– Deve ser mantido um registro da utilização do sistema de luz ultravioleta 
das CSBs com contagem do tempo de uso (vida útil de 7.500 horas);
– Deve-se assegurar um sistema de manutenção, calibração e de certificação 
dos equipamentos de contenção. A cada seis meses, as CSBs e os demais 
equipamentos essenciais de segurança devem ser testados, calibrados e 
certificados;
– Os filtros Hepa (high efficiency particulated air) da área de bi contenção 
devem ser testados e certificados de acordo com a especificação do 
fabricante ou no mínimo uma vez por ano;
– Acidentes e incidentes que resultem em exposição a agentes biológicos 
patogênicos devem ser notificados ao profissional responsável, com 
providencias de avaliação, vigilância e tratamento, devendo ser mantido 
registro por escrito desses episódios e das providencias adotadas;
– Todos os materiais e resíduos devem ser descontaminados, esterilizados, 
antes de reutilizados e descartados.
Equipamentos de Contenção para o NB-2
– A equipe deve utilizar no interior do laboratório os EPIs adequados, 
conforme descritos no NB-1;
56
– Luvas devem ser usadas segundo suas indicações, e seu uso e restrito ao 
laboratório.
Luvas de latex descartáveis não poderão ser lavadas, nem reutilizadas;
– Devem ser utilizadas CSBs, classe I e II, sempre que sejam realizadas 
culturas de tecidos infectados e de ovos embrionados, bem como 
procedimentos com potencial de criação de aerossóis, tais como trituração, 
homogeneização, agitação vigorosa, ruptura por sonegação, abertura de 
recipientes que contenham agente biológico onde a pressão interna possa 
ser maior que a pressão ambiental e cultivo de tecidos, fluidos e ovos de 
animais infectados;
– Sempre que o procedimento for potencialmente gerador de aerossóis e 
respingos, provenientes de materiais biológicos, deverá ser utilizada 
proteção para o rosto (mascaras, protetor facial e óculos de proteção);
– A centrifugação, fora da CSB, só poderá ser efetuada em centrifuga de 
segurança e com frascos lacrados. Esses só deverão ser abertos no interior 
da cabine;
– Uma autoclave deve estar disponível, no interior e próximo ao laboratório, 
dentro da edificação, de modo a permitir a descontaminação de todos os 
materiais utilizados e resíduos gerados previamente a sua reutilização e 
descarte.
Instalações Laboratoriais de NB-2
– As instalações laboratoriais de NB-2 devem atender aos critérios 
estabelecidos para o NB-1, acrescidos dos critérios que seguem. Quando os 
critérios para o NB-2 forem incompatíveis com os itens estabelecidos para o 
NB-1, prevalecera a exigência para o NB-2, ou seja, a solução de maior 
contenção;
– As instalações laboratoriais devem estar afastadas das áreas de circulação 
do público;
– E exigido um sistema de portas com trancas para acesso ao laboratório;
– Recomenda-se a instalação de lavatórios, com acionamento automático e 
acionados com cotovelo e pé, em cada laboratório;
– As CSBs devem ser instaladas longe das passagens de circulação e fora das 
correntes de ar procedentes de portas e janelas e de sistemas de ventilação;
– Deve haver espaço de 0,30m atrás e em cada lado das CSBs, para permitir 
acesso fácil para a realização da limpeza eda manutenção;
57
– O ar de exaustão das CSBs, classe II, filtrado através de filtros Hepa, e o ar 
das capelas químicas devem ser lançados acima da edificação laboratorial e 
das edificações vizinhas, longe de prédios habitados e de correntes de ar do 
sistema de climatização. O ar de exaustão das CSBs pode recircular no 
interior do laboratório se a cabine for testada e certificada anualmente;
– No planejamento de novas instalações devem ser considerados sistemas de 
ventilação que proporcionem um fluxo direcional de ar sem que haja uma 
recirculação para outras áreas internas da edificação;
– A área de escritório deve ser localizada fora da área laboratorial.
C.3. Nível de Biossegurança 3 (NB-3)
Este NB e aplicável aos locais onde forem desenvolvidos trabalhos com 
agentes biológicos da classe de risco 3.
O pessoal do laboratório deve receber treinamento especifico no manejo dos 
agentes biológicos, devendo ser supervisionados pelo profissional 
responsável.
Todos os procedimentos que envolverem a manipulação de agente biológico 
devem ser conduzidos dentro de CSBs e de outro dispositivo de contenção 
física. O profissional do laboratório deve usar EPIs específicos.
Os laboratórios pertencentes a este grupo devem ser registrados junto a 
autoridades sanitárias nacionais.
Procedimentos Padrão de Laboratório para o NB-3
– Este nível de contenção exige a intensificação dos programas de utilização 
das práticas microbiológicas e de segurança estabelecidas para o NB-2, além 
da existência obrigatória de dispositivos de segurança e do uso, igualmente 
obrigatório, de CSB classe II e III;
– Todos os procedimentos, técnicos ou administrativos, devem estar 
descritos e devem ser de fácil acesso e do conhecimento dos técnicos 
envolvidos em sua execução.
Estes devem previamente demonstrar ter o domínio dos procedimentos 
técnicos para a execução das atividades laboratoriais;
– O acesso ao laboratório deve ser restrito.
Práticas Especiais para o NB-3
– Além das práticas estabelecidas para o NB-2, devem ser obedecidas as 
práticas a seguir:
58
– Somente as pessoas necessárias para que o ensaio seja executado e o 
pessoal de apoio devem ser admitidos no local. As pessoas que 
apresentarem risco aumentado de contrair infecções não são permitidas no 
laboratório;
– As equipes do laboratório e de apoio devem receber treinamento sobre os 
riscos associados ao trabalho desenvolvido, os cuidados necessários para 
evitar e minimizar a exposição ao agente biológico e sobre os procedimentos 
de avaliação da exposição. A equipe do laboratório devera frequentar cursos 
periódicos de atualização e treinamento adicional e também em caso de 
mudanças de normas e procedimentos;
– Jamais uma pessoa deve trabalhar sozinha dentro do laboratório de NB-3. 
O profissional responsável deve estabelecer normas e procedimentos pelos 
quais só serão admitidas para o trabalho no laboratório pessoas que tenham 
recebido informações sobre o potencial de risco e demonstrem estar aptas 
para as práticas e as técnicas padrão de microbiologia. Além disso, as 
pessoas devem demonstrar habilidade nas práticas e nas operações do 
laboratório, obedecendo as regras para a entrada e a saída do laboratório;
– Os procedimentos de Biossegurança devem ser incorporados aos 
procedimentos operacionais tipo padrão;
– Recomenda-se a mudança frequente das luvas, acompanhada de lavagem 
das mãos;
– E proibido o uso de EPIs fora do laboratório. Estes devem ser 
descontaminados antes de reutilizados e descartados. Os exames clinicos 
periódicos são obrigatórios. O pessoal do laboratório deve ser imunizado e 
examinado quanto aos agentes biológicos manipulados e presentes no 
laboratório (por exemplo, vacina para hepatite B e teste cutâneo para 
tuberculose);
– Devem ser coletadas amostras sorológicas da equipe e pessoas expostas ao 
risco e armazenadas para futura referência. Amostras adicionais podem ser 
periodicamente coletadas, dependendo dos agentes biológicos manipulados 
e do funcionamento do laboratório;
– Todas as manipulações que envolvam agentes biológicos devem ser 
conduzidas no interior de CSBs e de outros dispositivos de contenção física 
dentro de um modulo de contenção;
59
– Todos os resíduos devem ser obrigatoriamente esterilizados antes de 
descartados e removidos do laboratório. Todos os materiais utilizados no 
laboratório devem ser descontaminados antes de reutilizados;
– Os filtros Hepa e os pré-filtro das CSBs e dos sistemas de ar retirados 
devem ser acondicionados em recipientes fechados para que sejam 
descontaminados por esterilização;
– Acidentes e incidentes que resultem em exposições a agentes biológicos 
patogênicos deverão ser relatados ao profissional responsável;
– Nesses casos, devem ser tomadas medidas necessárias para mitigar e 
remediar a situação, como procedimentos de avaliação clinica, vigilância e 
tratamento, devendo ser mantidos os registros por escrito desses episódios e 
das providencias adotadas;
– O profissional responsável deve garantir: (1) que o projeto da instalação e 
os procedimentos operacionais do NB-3 estejam documentados; (2) que os 
parâmetros operacionais e as instalações tenham sido verificados, quanto ao 
funcionamento exigido, antes que o laboratório inicie as suas atividades; e 
(3) que as instalações sejam inspecionadas no mínimo uma vez por ano e os 
equipamentos verificados, inclusive os sistemas de segurança, quanto ao seu 
funcionamento, sua calibração e eficiência, de acordo com as especificações 
do fabricante e de acordo com as BPLs.
Equipamentos de Contenção para o NB-3
– E obrigatório o uso de roupas de proteção apropriadas, bem como o uso de 
mascaras, gorros, luvas, e sapatilhas. As pessoas que usarem lentes de 
contato em laboratórios deverão usar óculos de proteção e protetores 
faciais;
– Devem ser utilizadas CSBs (classe II, B 2 e III) em quaisquer operações com 
agentes biológicos que incluam manipulação de culturas e de material clinico 
e ambiental.
Quando um procedimento e um processo não puder ser conduzido dentro 
de uma CSB, devem ser utilizadas combinações apropriadas de EPIs, como 
por exemplo, respiradores e protetores faciais associados a dispositivos de 
contenção física como: centrifugas de segurança e frascos selados;
– A autoclave, preferivelmente a de dupla porta, deve estar localizada no 
laboratório e dentro da área de apoio da instalação de bi contenção.
60
Instalações Laboratoriais de NB-3
– As instalações laboratoriais de NB-3 devem atender aos critérios 
estabelecidos para o NB-2, acrescidos dos critérios que seguem. Quando os 
critérios para o NB-3 não forem compatíveis com os itens estabelecidos para 
o NB-2, prevalecera a exigência para o NB-3, e seja, a solução de maior 
contenção;
– O laboratório deve estar separado das áreas de transito irrestrito do prédio 
e possuir acesso restrito;
– A entrada e a saída dos técnicos devem ser feitas através de câmara 
pressurizada e de vestiário de barreira adjacente a área de contenção do 
laboratório, com pressão diferenciada, para colocação e retirada de EPIs;
– A câmara e o vestiário devem ser dotados de sistema de bloqueio de dupla 
porta e providos de dispositivos de fechamento automático e de 
intertravamento;
– A entrada de materiais de consumo e materiais biológicos (humanas e 
animais) deve ser feita através de câmara pressurizada e de outro sistema de 
barreira equivalente;
– Deve ser feita a instalação de uma autoclave na área de bi contenção, para 
a descontaminação de resíduos;
– Quando as tubulações das instalações prediais atravessarem pisos, paredes 
e o teto da área de contenção, os orifícios de entrada e saída devem ser 
vedados com materiais que garantam o isolamento;
– O piso deve ser revestido de materiais contínuos e impermeáveis. 
Recomenda-se que o mobiliário seja modulado, com uso flexível e com 
mobilidade;
– Deve haver pelomenos um lavatório, para lavagem das mãos com 
acionamento automático e acionado com cotovelo e pé, próximo a porta de 
saída de cada laboratório;
– Todas as esquadrias devem ser de material de fácil limpeza e manutenção;
– São recomendados visores nas paredes divisórias e nas portas entre salas e 
áreas de circulação. As janelas e os visores devem ter vidro de segurança e 
devem ser devidamente vedados;
– Devem existir CSBs em todos os laboratórios;
– Quando forem utilizadas, as CSBs da classe III devem estar conectadas 
diretamente ao sistema de exaustão, de maneira que se evite qualquer 
61
interferência no equilíbrio do ar delas próprias e do edifício. Se elas 
estiverem conectadas ao sistema de insuflação do ar, isso deverá ser feito de 
tal maneira que se previna uma pressurização positiva das cabines;
– Devem ser instaladas coifas sobre equipamentos que realizam 
procedimentos que possam produzir aerossóis. Essas coifas devem estar 
interligadas ao sistema de tratamento de ar com filtragem absoluta;
– Deve haver um sistema de comunicação ligando as áreas de contenção as 
áreas de suporte do laboratório e de apoio técnico da edificação;
– Deve haver chuveiro, lava-olhos de emergência e lavatório, com 
dispositivos de acionamento por controles automáticos em área em 
contenção, adjacentes a área do laboratório;
– O laboratório deve ter um sistema de ar não dependente, com ventilação 
unidirecional, a fim de garantir que o fluxo de ar seja direcionado das áreas 
de menor risco potencial para as áreas de maior risco de contaminação;
– O ar de exaustão não deve recircular para qualquer outra área da 
edificação, devendo ser filtrado por meio de filtro Hepa antes de ser 
eliminado para o exterior do laboratório, longe de áreas ocupadas e de 
entradas de ar;
– Os filtros Hepa devem ser instalados no ponto de descarga do sistema de 
exaustão;
– Deve haver monitoração do fluxo de ar no laboratório. Recomenda-se que 
um monitor visual seja instalado para indicar e confirmar a entrada 
direcionada do ar para o laboratório. Deve-se considerar a instalação de um 
sistema de automação para monitoramento do sistema de ar;
– Os registros devem estar localizados fora da área de contenção do 
laboratório, para interrupção do fluxo de agua pela equipe de manutenção 
quando necessário;
– Deve haver sifões nas cubas e nos lavatórios. Não devem ser utilizados 
ralos nas áreas laboratoriais;
– As linhas de suprimento de gases comprimidos devem ser dotadas de 
filtros de eficiência, de sistema equivalente, para proteção de inversão do 
fluxo (dispositivo anti-refluxo);
– As tubulações devem estar nos espaços de fácil acesso a equipe de 
manutenção;
62
– Todos os orifícios para a passagem de tubulação nos pisos, nas paredes e 
no teto da área de contenção devem ser vedados com produto adequado;
– As linhas de vácuo devem ser protegidas por filtros de eficiência, sistema 
equivalente, para proteção de inversão do fluxo. Uma alternativa e o uso de 
bombas de vácuo portáteis, não conectadas ao exterior da instalação e 
também dotadas de filtro de eficiência;
– Os disjuntores e os quadros de comando devem estar localizados fora da 
área de contenção do laboratório;
– Todos os circuitos de alimentação de energia elétrica devem ser 
independentes das demais áreas da edificação;
– O perímetro de contenção do laboratório deve ser dotado de sistema que 
permita sua vedação para procedimentos de descontaminação dos 
ambientes;
– Deve haver saída de emergência do laboratório de acordo com as normas 
vigentes;
– O laboratório deve possuir sistema de emergência constituído de um grupo 
motor gerador e chave automática de transferência, para alimentar os 
circuitos da iluminação de emergência, dos alarmes de incêndio e de 
segurança predial, dos equipamentos essenciais, tais como CSBs, freezers, 
refrigeradores e incubadoras, e do ar condicionado de ambientes, que 
necessitam de temperatura e fluxo unidirecional constante do ar.
C.4. Nível de Biossegurança 4 (NB-4)
– Este nível de contenção deve ser usado sempre que o trabalho envolver 
agentes biológicos da classe de risco 4 e com potencial patogênico 
desconhecido;
– Para esses agentes não há nenhuma vacina e terapia disponível;
– Os agentes biológicos que possuem uma relação antigênica próxima e 
idêntica as dos agentes da classe de risco 4 também devem ser manuseados 
neste NB, até que se consigam dados suficientes para confirmação se o 
trabalho deve ser realizado neste nível de contenção e em um nível inferior;
– A aplicação de todos os procedimentos necessários para a operação segura 
do laboratório e de responsabilidade da equipe, incluindo do pessoal de 
apoio e de manutenção;
– A equipe do laboratório, supervisionada pelo profissional responsável, 
deve possuir treinamento especifico, direcionado para a manipulação de 
63
agentes patogênicos extremamente perigosos e deve ser capaz de 
compreender, executar e operar as funções de contenção primaria e 
secundaria, as práticas tipo padrão especificas e gerais de segurança, os 
equipamentos de contenção e as características das instalações do 
laboratório;
– O isolamento dos trabalhadores de laboratórios em relação aos agentes 
biológicos patogênicos aerossolizados e realizado primariamente em uma 
CSB da classe III e da classe II, B2, associado a utilização de roupas de 
proteção com pressão positiva, ventiladas por sistema de suporte a vida;
– O laboratório de NB-4 deve ser uma edificação construída separadamente 
de outras edificações e localizada em uma zona isolada, devendo possuir 
características especificas quanto ao projeto e aos sistemas de engenharia, 
para prevenção da disseminação de agentes no meio ambiente;
– Os laboratórios de contenção máxima só devem funcionar com autorização 
e fiscalização das respectivas autoridades sanitárias.
Procedimentos Padrão de Laboratório para o NB-4
Este nível de contenção exige a intensificação dos programas de utilização 
das práticas microbiológicas e de segurança estabelecidas para o NB-3, além 
de prever a existência obrigatória de dispositivos de segurança específicos e 
do uso, igualmente obrigatório, de CSB classe II, B2, associados a utilização 
de roupas de proteção com pressão positiva ventiladas por sistema de 
suporte a vida e de CSB classe III;
Práticas Especiais para o NB-4
– Devem ser obedecidas as práticas especiais estabelecidas para o NB-3 
acrescidas das exigências a seguir;
– Nenhum material deverá ser removido do laboratório de contenção 
máxima (NB-4), a menos que tenha sido esterilizado, exceto os agentes 
biológicos que tenham de ser retirados na forma viável;
– O agente biológico viável, a ser removido da CSB classe III e do laboratório 
de contenção máxima, deve ser acondicionado em recipiente de contenção 
primaria e selado. Este, por sua vez, deve ser acondicionado dentro de um 
segundo recipiente também inquebrável e selado, que deverá passar por um 
tanque de imersão contendo desinfetante ou por uma câmara de fumigação 
e por um sistema de barreira de ar planejada com tal proposito;
64
– Deve ser implantado um sistema eficiente de registro de entrada e saída de 
agente biológico com os dados necessários para a sua perfeita identificação e 
seu rastreamento;
– Somente as pessoas envolvidas na programação e no suporte ao programa 
a ser desenvolvido, cujas presenças forem solicitadas nos ambientes do 
laboratório, devem possuir permissão para a entrada no local;
– O profissional responsável tem a responsabilidade final pelo controle do 
acesso ao laboratório. Antes de entrar no laboratório, as pessoas deverão ser 
avisadas sobre o risco potencial e deverão ser instruídas sobre as medidas 
apropriadas de segurança;
– O profissional responsável tem a responsabilidade de assegurar que, antes 
de iniciar o trabalho, toda a equipe apresente alta competência em relação 
as práticas e as técnicasmicrobiológicas, em práticas e operações especiais, 
especificas do laboratório, além de conhecimento das precauções 
necessárias para a avaliação das exposições e dos procedimentos de 
prevenção a exposição;
– As pessoas autorizadas devem cumprir com rigor as instruções e os 
procedimentos para a entrada e a saída do laboratório. Deve haver um 
registro de entrada e saída de pessoal, com data, horário e assinaturas;
– Deve existir um plano de contingencia e de emergência com descrição clara 
dos procedimentos necessários em tais situações;
– Além das amostras sorológicas colhidas rotineiramente, amostras 
adicionais devem ser periodicamente coletadas, dependendo dos agentes 
biológicos manipulados ou das atividades do laboratório. Ao se estabelecer 
um programa de vigilância sorológica, deve-se considerar a disponibilidade 
dos métodos para a avaliação de anticorpos do(s) agente(s) biológico(s) em 
questão;
– Deve existir uma área de observação e isolamento para os primeiros 
Previamente a realização de trabalhos em contenção utilizando-se CSB da 
classe III, os profissionais devem trocar suas roupas na entrada do 
laboratório, nos vestiários internos, também em contenção, adjacentes ao 
laboratório, por roupa protetora completa e descartável.
Antes de sair do laboratório para a área de banho, devem retirar as roupas 
usadas no laboratório, deposita-las em recipiente exclusivo para esse fim m e 
encaminha-las para a esterilização antes que sejam descartadas. Na entrada 
65
ao laboratório de contenção máxima, onde são utilizadas roupas protetoras 
com pressão positiva, os profissionais devem retirar suas roupas nos 
vestiários internos, também em contenção, adjacentes ao laboratório, e 
vestir os macacões. Na saída, os profissionais, ainda vestindo o macacão de 
pressão positiva com sistema de suporte a vida, devem passar por um banho 
de descontaminação química;
– A entrada e a saída de pessoal por antecâmara pressurizada somente 
devem ocorrer em situações de emergência;
– Não são permitidos no laboratório materiais não relacionados ao ensaio 
que estiver sendo realizado no momento;
– Os filtros Hepa e os pré-filtro das CSBs e dos sistemas de ar devem ser 
removidos e acondicionados em recipientes hermeticamente fechados, para 
subsequente descontaminação e destruição adequadas;
– Todos os materiais provenientes da área de bi contenção devem ser 
esterilizados;
– Todos os resíduos, após a esterilização, devem receber o tratamento 
previsto nas normas vigentes.
Equipamentos de Contenção para o NB-4
– Existem dois modelos de laboratório de contenção máxima para 
manipulações de agentes biológicos da classe de risco 4:
(1) laboratórios para manipulações conduzidas em CSB de classe III; e (2) 
laboratórios para manipulações conduzidas em CSB de classe II, B2; neste 
caso, realizadas em associação a roupa de proteção pessoal, peca única, 
ventilada, de pressão positiva, que possua um sistema de suporte a vida 
protegido por fim ltros Hepa.
– O sistema de suporte de vida deve incluir compressores de respiração de 
ar, alarmes e tanques de ar de reforço de emergência.
Instalações Laboratoriais de NB-4
– As instalações laboratoriais de NB-4 devem atender aos critérios 
estabelecidos para o NB-3, acrescidos dos critérios que seguem. Quando os 
critérios para o NB-4 não forem compatíveis com itens estabelecidos para o 
NB-3, prevalecera a exigência para o NB-4, a solução de maior contenção;
– A construção do laboratório de contenção máxima pode se basear em um 
dos tipos de laboratório e em uma combinação dos dois tipos. Se for 
66
utilizada a combinação, a construção deve atender a todos os requisitos de 
cada tipo;
– O acesso dos profissionais deve ser controlado por sistemas de 
identificação acionados por leitor de íris e leitor de digitais e de cartão 
magnético por outro tipo de sistema de segurança rigoroso;
– A entrada e a saída dos técnicos devem ser feitas por meio de vestiários de 
barreira, com diferencial de pressão entre os ambientes, dotados de sistema 
de bloqueio de dupla porta, providos de dispositivos de fechamento 
automático e de Inter travamento;
– A entrada de materiais de consumo e de materiais biológicos deve ocorrer 
por meio de câmara pressurizada (passthrough);
– A saída de resíduos deve ocorrer após a autoclavacao;
– Diariamente, antes que o trabalho se inicie, devem ser feitas inspeções de 
todos os sistemas de contenção e de suporte a vida, a fim m de assegurar o 
funcionamento de acordo com os parâmetros de operação;
– Devem existir visores adequados localizados nas paredes divisórias e nas 
portas, entre a área de contenção e as áreas de suporte do laboratório;
– As portas devem permitir vedação total com sistema de acionamento de 
abertura automático e com acionamento interno de emergência após 
identificação;
– As paredes, os pisos e o teto das áreas de contenção devem ser 
construídos de maneira que formem uma concha interna selada e permitam 
os procedimentos de fumigação;
– Todas as áreas de contenção deverão ter um sistema de tratamento de ar, 
sem recirculação, que assegure o fluxo do ar das áreas de menor risco para 
as áreas de maior risco potencial, mantendo uma pressão diferencial;
– Esse sistema deverá ser monitorado e existir um alarme para acusar 
qualquer não regularidade no funcionamento do sistema de tratamento de 
ar;
– Todo o ar de exaustão deverá passar por dois filtros Hepa, em série, antes 
de ser lançado acima da edificação, longe de outros edifícios e de correntes 
de ar;
– Todos os filtros Hepa deverão ser testados e certificados conforme 
indicação do fabricante. O abrigo para os filtros Hepa deverá ser projetado 
67
de maneira que permita procedimentos locais de descontaminação e 
substituição;
– Todos os efluentes líquidos tais como a agua do chuveiro, os efluentes da 
condensação da autoclave (conduzida por meio de um sistema fechado) e de 
outros pontos da instalação, devem estar conectados a um sistema de 
tratamento térmico (caldeira) e biologicamente monitorado, para que sejam 
esterilizados antes de descartados no sistema de esgoto sanitário;
– Os sistemas de emergência devem ser testados de acordo com a 
especificação do fabricante. Após a realização de uma análise completa dos 
riscos, poderá ser adotada uma frequência de teste diferente da 
especificada;
– As linhas de suprimento de gases comprimidos devem ser dotadas de 
filtros e de sistema equivalente para proteção de inversão do fluxo 
(dispositivo anti-refluxo uxo);
– O laboratório deve possuir: (1) um sistema de comunicação de circuito 
interno de imagem e outro dispositivo de comunicação de emergência entre 
as áreas de contenção e as áreas de suporte do laboratório e de apoio 
técnico da edificação; (2) um sistema de abastecimento de energia elétrica 
de emergência ligada aos sistemas de suporte a vida, para também alimentar 
os circuitos da iluminação, os alarmes, os controles de entrada e saída, os 
sistemas de comunicação, as CSBs e os outros equipamentos; e (3) um 
sistema de tratamento adequado de eliminação de resíduos localizado em 
área contigua ao laboratório, para eliminação dos resíduos gerados, 
obedecendo as normas vigentes. Deverão ser previstas, para todos os 
laboratórios, autoclaves de duas portas, para a descontaminação dos 
resíduos. As juntas entre as paredes de contenção e as portas das autoclaves 
deverão ser vedadas com material adequado.
Laboratório NB-4 com CSB de Classe III
– O sistema de vácuo deve possuir um sistema de filtração em série, por 
meio de filtros Hepa, em cada ponto onde cera___2 utilizado e próximo da 
válvula de serviço. Outras linhas utilitárias devem ser providas de 
dispositivos anti-refl uxo;
– O ar de exaustão das CSBs de classe III deve ser tratado por sistema de 
dupla filtragem por filtros Hepa em serie;
68
– A autoclave de porta dupla deve ser acoplada a CSB de classeIII para a 
descontaminação de materiais e de resíduos.
Laboratório NB-4 com CSB de Classe II Associada à Utilização de Roupas de 
Proteção Individual com Pressão Positiva, Ventiladas por Sistema de 
Suporte de Vida
– As circulações só podem ser desenvolvidas no mesmo pavimento, entre as 
áreas de contenção e de suporte do laboratório, com dimensões que 
permitam a passagem dos técnicos com macacões ventilados, minimizando o 
risco de acidentes;
– As bancadas devem possuir superfícies monolíticas, fixas, seladas, sem 
reentrâncias e saliências, impermeáveis e resistentes ao calor moderado e 
aos solventes orgânicos, ácidos, álcalis e solventes químicos utilizados na 
descontaminação das superfícies de trabalho e dos equipamentos;
– O mobiliário deve ter uma construção simples, de modo a minimizar a 
necessidade de manutenção, e deve ser resistente a gases, a substancias 
químicas e ao calor moderado;
– O sistema de insuflamento de ar pode estar equipado com filtro absoluto, 
de alta eficiência tipo Hepa, independente das outras instalações contiguas, 
caso a atividade a ser desenvolvida o exija;
– Os dutos de exaustão devem ser equipados com pelo menos dois filtros 
Hepa, montados em serie, antes que sejam direcionados para fora do 
laboratório;
– A exaustão das CSBs deve ser feita por meio de um sistema de dupla 
filtragem por filtros Hepa;
– Deverá ser instalada no laboratório uma autoclave de dupla porta que 
possua controle automático, para a descontaminação de quaisquer materiais 
utilizados na área de bi contenção.
D. Formação dos Aerossóis
Aerossóis são micropartículas solidas e liquidas com dimensão aproximada 
de 0,1μ e 50μ, que podem permanecer em suspensão, em condições viáveis, 
por várias horas. Os aerossóis se formam geralmente pelo uso de alguns 
equipamentos, tais como: as centrifugas, os homogeneizadores, os 
misturadores e os agitadores. As centrifugas, em particular, são geradoras de 
aerossóis infecciosos, quando não possuem dispositivos de segurança.
69
Além do uso desses equipamentos, alguns procedimentos técnicos podem 
gerar riscos potenciais, tais como: a agitação em alta velocidade de materiais 
biológicos infecciosos; a remoção de meio de cultura liquido com seringa e 
agulha de um frasco contendo material infeccioso; a flambagem de alcas de 
platina nas técnicas bacteriológicas; o ato de destampar um frasco de cultivo 
e de suspensão de líquidos após agita-lo; e o rompimento de células com 
ultra-som. O quadro a seguir mostra a relação de diferentes tipos de 
manipulação em cultura microbiana e o possível número de microrganismos 
presentes nos aerossóis 
A tabela a seguir mostra uma listagem de equipamentos e de operações 
capazes de gerar perigo, sugerindo ainda meios de elimina-los e minimiza-lo.
70
Tabela VIII – Listagem de Equipamentos e Operações de Risco
71
E. Vias de Penetração dos Microrganismos Via Aérea
Os laboratórios de pesquisa, em sua maioria, produzem aerossóis por ato de 
pipetagem, centrifugação (abertura da centrifuga com o rotor em 
funcionamento), maceração de tecidos, sonegação, agitação, flambagem de 
alça de platina, abertura de ampolas liofilizadas, manipulação de fluidos 
orgânicos, abertura de frascos com cultura de células infectadas e por outras 
práticas.
As partículas que circulam no ar dos ambientes laboratoriais carreiam mais 
agentes infecciosos e vapores químicos do que em qualquer outro local.
72
O aerossol pode ficar em suspensão, propagar-se a distância e contaminar 
um grupo de profissionais, dependendo da concentração do agente 
infeccioso, da capacidade de patogenicidade e de sua virulência.
Via Cutânea
Uma das formas frequentes de transmissão por esta via e, sem dúvida, a 
picada com agulhas contaminadas, inclusive durante a pratica de recapeá-
las.
O corte e a perfuração por vidraria quebrada, trincada e por instrumentos 
perfuro cortantes contaminados constituem meios de contaminação 
relevantes.
Via Ocular
A contaminação da mucosa conjuntival ocorre, por lançamento de gotículas 
e aerossóis de material infectante nos olhos.
Outra forma de contaminação e através do contato dos olhos com as lentes 
oculares de microscópio, de aparelhos óticos.
Via Oral
O ato de pipetar com a boca representa uma das frequentes formas de 
infecção nos laboratórios.
Porém, a contaminação oral não ocorre, por esta pratica, sendo o habito de 
fumar, fazer refeições no laboratório e a falta de procedimentos higiênicos 
(não lavar as mãos após manusear materiais contaminados) importantes 
formas de transmissão por esta via. Por isso tais procedimentos são 
proibidos dentro dos laboratórios.
F. Equipamentos de Proteção
F.1. Proteção Individual
Para os fins de aplicação da Norma Regulamentadora – NR – 6 do Ministério 
do Trabalho, considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo 
dispositivo e produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado 
a proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no 
trabalho. O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional e 
importado, só poderá ser posto à venda e utilizado com a indicação do 
Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em 
matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e 
Emprego. A empresa e obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, 
73
EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, 
nas seguintes circunstancias: Cabe ao empregador.
- Cabe ao empregador quanto ao EPI:
a) Adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) Exigir seu uso;
c) Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional 
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
d) Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso, guarda e conservação;
e) Substituir, quando danificado e extraviado;
f) Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
g) Comunicar ao MTE qualquer não regularidade observada.
- Cabe ao empregado quanto ao EPI:
a) Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
b) Responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) Comunicar ao empregador qualquer alteração que não o torne proprio 
para uso;
d) Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
Os equipamentos de proteção individual são utilizados para minimizar 
exposição aos riscos ocupacionais e evitar possíveis acidentes nos 
laboratórios de pesquisa.
E importante salientar que, na aquisição destes equipamentos, torna-se 
fundamental a presença do profissional exposto ao risco, pois e este 
trabalhador que conhece de forma aprofundada o seu processo de trabalho 
e a exposição que lhe e colocada em sua rotina.
Os equipamentos de proteção a seguir (Figura 1), não devem ser inseridos de 
forma autoritária na rotina de trabalho; e fundamental que o profissional 
tenha um prazo para se adaptar a esta rotina, senão, em vez de proteger, 
estes equipamentos tornar-se-ão elementos geradores de acidentes. 
Devemos levar em consideração o conforto proporcionado por estes 
equipamentos e a qualidade do produto e, ainda, exigir o Certificado de 
Aprovação (CA) no Ministério do Trabalho.
Figura 1 – Principais Equipamentos de Proteção Individual (EPI) utilizados em 
Laboratórios
74
Óculos
a) óculos de segurança para proteção dos olhos contra impactos de 
partículas volantes;
b) óculos de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;
c) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação ultravioleta;
d) óculos de segurança para proteção dos olhos contra respingos de 
produtos químicos.
Protetor Facial
a) protetor facial de segurança para proteção da face contra impactos de 
partículas volantes;
b) protetor facial de segurança para proteção da face contra respingos de 
produtos químicos;
c) protetor facial de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade 
intensa.EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
75
Respirador purificador de ar
a) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra 
poeiras e nevoas;
b) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra 
poeiras, nevoas e fumos;
c) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra 
poeiras, nevoas, fumos e radionuclideos;
d) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra 
vapores orgânicos ou gases ácidos em ambientes com concentração inferior 
a 50 ppm (parte por milhão);
e) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra 
gases emanados de produtos químicos;
f) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra 
partículas e gases emanados de produtos químicos;
g) respirador purificador de ar motorizado para proteção das vias 
respiratórias contra poeiras, nevoas, fumos e radionuclideos.
Respirador de adução de ar
76
a) respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido para proteção das 
vias respiratórias em atmosferas com concentração Imediatamente Perigosa 
a Vida e a Saúde e em ambientes confinados;
b) mascara autônoma de circuito aberto ou fechado para proteção das vias 
respiratórias em atmosferas com concentração Imediatamente Perigosa a 
Vida e a Saúde e em ambientes confinados.
Respirador de fuga
a) Respirador de fuga para proteção das vias respiratórias contra agentes 
químicos em condições de escape de atmosferas Imediatamente Perigosa a 
Vida e a Saúde e com concentração de oxigênio menor que 18 % em volume.
Luvas
a) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes abrasivos e 
escoriantes;
b) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes cortantes e 
perfurantes;
c) luva de segurança para proteção das mãos contra choques elétricos;
d) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes térmicos;
e) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes biológicos;
f) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes químicos;
g) luva de segurança para proteção das mãos contra vibrações;
h) luva de segurança para proteção das mãos contra radiações ionizantes.
Creme protetor
77
a) Creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores 
contra agentes químicos, de acordo com a Portaria SSST no 26, de 
29/12/1994.
Calçados
a) calcado de segurança para proteção contra impactos de quedas de objetos 
sobre os artelhos;
b) calcado de segurança para proteção dos pês e pernas contra respingos de 
produtos químicos.
Calças
a) calca para proteção das pernas contra contra respingos biológicos;
b) calca de segurança para proteção das pernas contra respingos de produtos 
químicos.
EPI PARA PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO
Vestimenta de Corpo Inteiro
a) vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra respingos 
de produtos químicos.
EPI PARA PROTECAO DO TRONCO
78
a) jaleco de mangas compridas com elástico nos punhos;
b) vestimentas de segurança que ofereçam proteção ao tronco contra riscos 
de origem térmica, mecânica, química e radioativa
F.2. Proteção Coletiva
Os Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC (Figura 2) são utilizados para 
minimizar a exposição dos trabalhadores aos riscos e, em caso de acidentes, 
reduzir suas consequências. Como exemplo, podemos citar o uso de cabines 
de segurança biológica, que protegem os profissionais e o meio ambiente do 
risco de contaminação.
FIGURA 2 - Exemplos de Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC)
Fluxo Laminar de Ar
79
E entendido como uma massa de ar dentro de uma área confinada, 
movendo-se com velocidade uniforme ao longo de linhas paralelas. A 
velocidade do fluxo de ar através da abertura frontal para dentro da câmara 
e de 0,45m/s. A esta velocidade a integridade do fluxo e frágil e pode ser 
desintegradas por correntes de ar.
Filtro Hepa
HEPA “High Efficiency Particulate Air”. Estes filtros foram desenvolvidos na 
década de 40.
São feitos de papel de vidro com 60μ de espessura, sustentadas por laminas 
de alumínio.
As fibras do filtro são feitas de uma trama tridimensional que remove as 
partículas de ar que flui através dele, por inercia, intercepção e difusão. O 
filtro HEPA tem capacidade de filtração com eficiência de 99,97% para 
partículas de 0,3μm de diâmetro e 99,99% das partículas maiores e menores. 
Cuidados especiais com o ambiente e a troca do pre-filtro aumentam a 
expectativa de vida do filtro HEPA.
Cabine de Segurança Biológica
As cabines de Segurança Biológica (CBS) constituem o principal meio de 
contenção. O primeiro modelo de CSB foi concebido em 1909 por uma 
indústria farmacêutica americana para prevenir infecção com M. 
tuberculosis, durante a preparação de tuberculina.
As CBS são usadas como barreiras primarias para evitar fuga de aerossóis 
para o ambiente. Ha três tipos de cabines de segurança biológica:
- Classe I
- Classe II – A, B1, B2, B3.
- Classe III
Procedimentos corretos para uso da Cabine de Segurança Biológica
 Fechar as portas do laboratório;
 Evitar circulação de pessoas no laboratório durante o uso da cabine;
 Ligar a cabine e a luz UV 10 a 15 minutos antes de seu uso;
 Descontaminar a superfície interior com gaze estéril embebida em álcool 
etílico e isopropilico a 70%;
 Lavar as mãos e antebraços com agua e sabão e secar com papel toalha 
descartável;
 Passar álcool etílico e isopropilico a 70% nas mãos e antebraços;
80
 Usar jaleco de manga longa, luvas, mascara, gorro e pro-pe (este, quando 
necessário);
 Colocar equipamentos, meios de cultura, vidraria, etc, no plano de 
atividade da área de trabalho;
 Limpar todos os objetos antes de introduzi-los na cabine;
 Organizar os materiais de modo que os itens limpos e contaminados não se 
misturem;
 Minimizar os movimentos dentro da cabine;
 Colocar os recipientes para descarte de material no fundo da área de 
trabalho e lateralmente (camarás laterais também são usadas);
 Usar incinerador elétrico e micro queimador automático (o uso de chama 
do bico de Bunsen pode acarretar danos ao filtro HEPA e interromper o fluxo 
laminar de ar, causando turbulência);
 Usar pipetador automático;
 Conduzir as manipulações no centro da área de trabalho;
 Interromper as atividades dentro da cabine enquanto centrifugas, 
misturadores e outros equipamentos estiverem sendo operados;
 Limpar a cabine, ao termino do trabalho, com gaze estéril embebida em 
álcool etílico ou isopropilico a 70%;
 Descontaminar a cabine (a descontaminação poderá ser feita com 
formalina fervente), aquecimento de paraformaldeido (10,5g/m3) e mistura 
de formalina paraformaldeido e agua com permaganato de potássio (35 mL 
de formalina e 7,5g de permaganato de potássio).
Recomendações
- Não introduzir na cabine objetos que causem turbulência;
- Não colocar na cabine materiais poluentes como madeira, papelão, papel, 
lápis, borracha;
- Evite espirrar e tossir na direção da zona estéril (usar mascara);
- Evite guardar equipamentos e qualquer outro objeto no interior da cabine, 
mantendo - grelhas anteriores e posteriores não obstruídas. A cabine não e 
um deposito;
- Não efetue movimentos rápidos e gestos bruscos na área de trabalho;
- Evite fontes de calor no interior da cabine, utilize micro queimadores 
elétricos. O emprego de chama de bico de Bunsen só e permitido quando, 
absolutamente necessário;
81
- Jamais introduza a cabeça na zona estéril;
- Evite a projeção de líquidos e sólidos contra o filtro;
- As lâmpadas UV não devem ser usadas enquanto a cabine de segurança 
estiver sendo utilizada. Seu uso prolongado não e necessário para uma boa 
esterilização e provoca deterioração do material e da estrutura da cabine. 
Deve-se fazer o controle da contagem de tempo de uso das lâmpadas UV;
- Não coloque papeis presos no painel de vidro e acrílico da cabine, pois eles 
limitarão o campo de visãodo usuário e diminuirão a intensidade de luz, 
podendo causar acidentes;
- Fazer o controle da contagem de tempo de utilização da cabine de 
segurança biológica, para fim de manutenção e troca de pre-filtro.
Cabine de Segurança Biológica Classe I
E uma modificação da capela usada no laboratório químico. E uma cabine 
ventilada com fluxo de ar ambiente, podendo ter a frente totalmente aberta 
e com painel frontal fechado com luvas de borracha, possui duto de exaustão 
com filtro HEPA. Não há proteção para o experimento, somente para o 
operador e o meio ambiente. Dentro da cabine são colocadas lâmpadas UV. 
E recomendada para trabalho com agentes de risco biológico das classes 1, 2 
e 3, e dos grupos I e II.
Cabine de Segurança Biológica Classe II
A cabine classe II e conhecida com o nome de Cabine de Segurança Biológica 
de Fluxo Laminar de Ar. O princípio fundamental e a proteção do operador, 
do ambiente e do experimento e produto. Possui uma abertura frontal que 
permite o acesso a superfície de trabalho a altura de segurança da abertura 
do painel frontal e de 20 cm, podendo ter um alarme que previne contra a 
abertura excessiva do mesmo. Possui filtro HEPA de suprimento e exaustão 
de ar.
Cabine de Segurança Biológica Classe II A
Tem o fluxo laminar de ar vertical com tiro frontal de ar 75 pé/min. O ar 
contaminado, após filtragem pelo filtro HEPA do exaustor, passa para o 
ambiente onde a cabine está instalada (a cabine deve ter, pelo menos, 20 cm 
de afastamento do teto). Não se deve usar este tipo de cabine com 
substancias toxicas, explosivas, inflamáveis e radioativas, pela elevada 
percentagem de recirculação do ar (a recirculação e de 70%). E recomendada 
82
para o trabalho com agentes de risco biológico das classes 1 e 2, e dos 
grupos I e II.
Cabine de Segurança Biológica Classe II B1
Esta cabine possui filtro HEPA de suprimento de ar abaixo da área de 
trabalho, 30% do ar recircula enquanto que 70% sai através do filtro HEPA do 
exaustor, através de duto para o exterior. O tiro de ar no seu interior e de 
100 pês/min. Usada para agentes biológicos tratados com mínimas 
quantidades de produtos químicos tóxicos e traços de
radio nucleotídeos. E recomendada para trabalho com agentes de risco 
biológico das classes 1, 2 e 3, e dos grupos I e II.
Cabine de Segurança Biológica Classe II B2
E uma cabine de total esgotamento de ar. O ar entra pelo topo da cabine, 
atravessando o pre-filtro e o filtro HEPA de suprimento de ar, sobre a área de 
trabalho. O tiro frontal de ar no seu interior e de 100 pês/min. O ar filtrado 
atravessa somente uma vez a área de trabalho. O esgotamento do ar e feito 
através de outro filtro HEPA, que o leva por um duto para o exterior. Pode 
ser usado para agentes biológicos tratados com produtos químicos tóxicos e 
radiativos em baixos níveis. E recomendada para trabalho com agentes de 
risco biológico das classes 1, 2 3, e dos grupos I e II.
Cabine de Segurança Biológica Classe II B3
E igual a cabine de segurança biológica classe II A. A velocidade do fluxo de ar 
no seu interior e de 75 a 100 pês/min. O ar e esgotado totalmente através de 
um filtro HEPA por um duto para o exterior. E recomendada para o trabalho 
com os agentes de risco biológico da classes 1, 2 e 3, e dos grupos I e II.
83
Cabine de Segurança Biológica Classe III
E uma cabine de contenção máxima. E totalmente fechada, com ventilação 
própria, construída em acho inox a prova de escape de ar e opera com 
pressão negativa. O trabalho se efetua com luvas de borracha presas a 
cabine. Para purificar o ar contaminado que sai da cabine são instalados 2 
filtros HEPA em serie e um filtro HEPA e um incinerador. A introdução e 
retirada de materiais se efetua por meio de autoclaves de porta dupla, 
comporta de ar de porta dupla e recipiente de imersão com desinfetante.
Pode conter todos os serviços como: refrigeradores, incubadoras, freezers, 
centrifugas, banho-maria, microscópio e sistema de manuseio de animais. 
NAO PODE CONTER GAS. Os dejetos líquidos são recolhidos em um deposito 
para serem descontaminados antes de serem lançados ao sistema de esgoto. 
Máxima proteção do pessoal, meio ambiente e produto. Exemplos de 
microrganismos de risco biológico classe 4 manipulados neste tipo de cabine: 
Arbovírus (Machupo, Lassa, Marburg, vírus de febres hemorrágicas), material 
de pesquisa de DNA de alto risco.
84
G. Sinalização
Dentro de uma política de segurança, a sinalização e um dos itens principais. 
E importante a etiquetagem de todos os produtos, principalmente produtos 
que oferecem risco. Como medida educacional e pedagógica, a sinalização 
das áreas de risco de um laboratório de pesquisa pode aumentar o nível de 
percepção do risco a que estão expostos os profissionais de saúde, servindo 
como medida de segurança ao evitar acidentes. Devem-se afixar cartazes em 
todas as portas de acesso aos laboratórios de pesquisa, visando a 
identificação do técnico responsável e do grupo de risco do microrganismo. 
Cada cartaz deve, ainda, conter o símbolo internacional do risco biológico.
As embalagens que contém material biológico também devem ser sinalizadas 
com um adesivo indicando a presença do risco biológico.
Além disso, torna-se importante a identificação dos principais riscos 
presentes nos laboratórios de pesquisa, os quais estão associados a símbolos 
internacionais, como demonstrados nas figuras abaixo.
Quadro dos Principais Símbolos associados aos Riscos
85
H. Transporte
O transporte de microrganismos e de demais insumos de laboratório deverá 
seguir os procedimentos recomendados pelo Regulamento Técnico 
MERCOSUL para Transporte de Substancias Infecciosas e Amostras Biológicas 
entre os Estados Partes do MERCOSUL e pelas Normas da International Air 
Transport Association (IATA). E obrigatório constar, na embalagem, o 
símbolo do risco biológico e, na etiqueta, o nível de risco do microrganismo. 
Embalagem recomendada para o transporte de material biológico.
I. Práticas Seguras em Laboratórios
Consistem em um conjunto de normas e procedimentos de segurança, que 
visam minimizar os acidentes e aumentar o nível da consciência dos 
profissionais que trabalham em laboratório de controle de qualidade. A 
seguir, encontram-se listadas algumas das principais normas de 
Biossegurança:
- Lave as mãos antes e após a jornada de trabalho;
- Nunca pipete com a boca; sempre use pipetadores automáticos e peras de 
borracha;
- E proibido, no laboratório, fazer refeições e preparar alimentos, beber, 
maquiar-se barbear-se, fumar e roer as unhas;
- Guarde os artigos de uso pessoal em locais apropriados, nunca no 
laboratório;
- E proibido trabalhar com calcados abertos, use sapatos que protejam os 
pês; enfocando os riscos a que está exposta sua equipe;
86
- Tenha cuidado com a formação de aerossóis e respingos; e importante ter 
um protocolo com procedimentos de segurança para estes casos;
- E proibido trabalhar com material patogênico se houver ferida na mão e no 
pulso;
- E proibido, quando usar luvas, abrir portas, atender telefone, interfone, 
etc.;
- Quando for tirar as luvas, devemos puxa-las pelo punho de modo que ela 
saia pelo avesso. Com a mão descoberta, pegar a outra luva pelo lado de 
dentro do punho e retira-la, envolvendo a primeira luva;
- Durante a rotina de trabalho, o profissional deve utilizar roupas apropriadas 
como, por exemplo, aventais, jalecos e outros uniformes afins;
- O responsável pelo laboratório deve criar uma rotina de procedimentos de 
biossegurança;
- As bancadas de trabalho devem ser lavadas e desinfetadas antes e depois 
da rotina de trabalho;
- Evite trabalhar sozinho no laboratório;
- Todo material deve ser descontaminados antes de ser descartado e lavado.
J. Prevenção e Treinamento
A prevenção e um fenômeno que deve ser analisado do ponto de vista 
coletivo, pois a estrutura de prevenção deve sempreestar ligada 
diretamente ao treinamento.
7.7. Gerenciamento de Resíduos
O gerenciamento de RSS e o planejamento e a execução de ações que visam 
ao correto manejo dos resíduos gerados em estabelecimentos de assistência 
a saúde, conforme determinado na RDC ANVISA no. 306/2004 e na 
Resolução CONAMA no. 358/2005. A etapa de planejamento consiste na 
elaboração de um Plano de Gerenciamento de
Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS.
O PGRSS e um documento elaborado com base nas características dos 
resíduos gerados, conforme a legislação vigente, e deve contemplar as 
etapas de:
– manejo dos RSS;
– planejamento dos recursos físicos e materiais necessários ao 
gerenciamento de RSS;
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– ações de segurança e saúde ocupacional para os funcionários envolvidos 
no gerenciamento de RSS.
A classificação dos Resíduos de Serviços de Saúde, com base na composição 
e características biológicas, físicas, químicas e inertes, tem como finalidade 
propiciar o adequado gerenciamento desses resíduos no âmbito interno e 
externo dos estabelecimentos de saúde. O princípio dominante e que o 
material infeccioso deve ser descontaminado, esterilizado em autoclave e 
incinerado no laboratório. Antes do descarte deve-se assegurar:
- Que os materiais foram desinfetados e descontaminados segundo as 
normas em vigor;
- Na negativa, se foram embalados segundo as normas para incineração 
imediata in loco e transferência para outras instalações com capacidade de 
incineração;
- Se a eliminação do material implica, para as pessoas que precedem a sua 
eliminação e que possam entrar em contato com eles, qualquer outro perigo 
potencial, biológico e outro, fora das instalações.
Os RSS estão classificados em quatro grupos distintos:
 GRUPO A – Resíduos com Risco Biológico: resíduos que apresentam risco a 
saúde e ao ambiente devido a presença de agentes biológicos. E identificado 
pelo símbolo de substancia infectante constante na NBR-7500 da ABNT, com 
rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos.
Ex: material perfurocortante (laminas de barbear, bisturis, agulhas, escalpes, 
ampolas de vidro e outros assemelhados); materiais descartáveis (algodao, 
gaze, luvas).
 GRUPO B – Resíduos com Risco Químico: resíduos que apresentam risco 
potencial a saúde pública e ao meio ambiente devido as suas características 
próprias, tais como, corrosividade, reatividade, inflamabilidade, toxicidade, 
citogenicidade e explosividade. E identificado através do símbolo de risco 
associado, de acordo com a NBR 7500 da ABNT e com discriminação de 
substancia química e frases de risco.
Ex: medicamentos vencidos, contaminados, interditados, parcialmente 
utilizados e demais medicamentos impróprios para o consumo; objetos 
perfuro cortantes contaminados com quimioterápico ou outro produto 
químico perigoso; mercúrio e outros resíduos de metais pesados 
88
(amalgamas, lâmpadas, termômetros, pilhas e baterias) e quaisquer resíduos 
comuns com risco de estarem contaminados por agente químico.
 GRUPO C – Rejeitos Radioativos: quaisquer materiais resultantes de 
atividades humanas que contenham radionuclideos em quantidades 
superiores aos limites de eliminação especificados na norma da Comissão 
Nacional de Energia Nuclear. E representado pelo símbolo internacional de 
presença de radiação ionizante (trifólio de cor magenta) em rótulos de fundo 
amarelo e contornos pretos, acrescidos da expressão REJEITO RADIOATIVO.
Ex: resíduos dos grupos A, B e D contaminados com radionuclídeos.
GRUPO D – Resíduos Comuns: materiais similares às dos resíduos 
domésticos comuns.
GRUPO E – Resíduos perfuro cortante: Materiais perfuro cortantes e 
escarificantes. E identificado pelo símbolo de substancia infectante 
constante na NBR 7500 da ABNT, com rótulos de fundo branco, desenho e 
contornos pretos, acrescido da inscrição RESIDUO PERFUROCORANTE.
Ex: agulhas, escalpes, ampolas de vidro, lancetas; tubos capilares; 
micropipetas; laminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro 
quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de 
Petri) e outros similares.
 
89
ESTERILIZAÇÃO: tem por objetivo suprimir microrganismo suscetível de se 
reproduzir (formas vegetativas e esporuladas). Existem diferentes processos 
de esterilização, podendo agrupa-los em:
 Meios físicos, que compreendem o calor e as radiações ionizantes;
 Meios químicos, que empregam gases (oxido de etileno e formaldeído) e 
líquidos microbicidas, notadamente o glutaraldeido.
Qualquer que seja o procedimento utilizado, a esterilização só pode ser 
obtida se existir um contato efetivo entre o agente microbicida (físico ou 
químico) e os microrganismos.
AUTOCLAVAÇÃO: consiste em submeter os resíduos biológicos a um 
tratamento térmico, sob condições de pressão, em uma câmara selada 
(autoclave), por um tempo determinado e com previa extração do ar 
presente.
A autoclave a vapor e um método apropriado de tratamento de resíduos de 
laboratórios de microbiologia, de resíduos de sangue, de líquidos orgânicos 
90
humanos, de objetos perfuro cortantes e de resíduos animais, que não 
podem ser triturados. Por outro lado, esse método não convém para tratar 
resíduos anatômicos humanos e animais.
TRATAMENTO QUÍMICO: pode ser um método apropriado para tratar os 
resíduos de laboratório de microbiologia, de sangue e de líquidos orgânicos 
humanos, assim como os objetos perfuro cortantes. Este método não deve 
ser usado para tratar resíduos anatômicos.
A descontaminação química utilizada para tratar resíduos líquidos antes de 
sua eliminação. Ela e útil para descontaminar os lugares onde os resíduos 
foram deixados (desinfecção de superfície clássica).
A eficiência de uma desinfecção química depende de três fatores:
 Tipo de desinfetante utilizado;
 Sua concentração;
 Tempo de contato.
São vantagens na desinfecção química
 Baixo custo;
 Pode ser realizada na fonte de geração.
Entre as desvantagens estão:
 Pode não ser eficiente contra patogênicos resistentes a determinados 
químicos;
 As oportunidades de desinfetar quimicamente o interior de uma agulha e 
de uma seringa são baixas;
 Pode aumentar os riscos, porque ha tendência a se considerar que os 
resíduos tratados com desinfetantes são seguros;
 Não reduz o volume dos resíduos tratados;
A disposição do desinfetante utilizado no sistema de esgotamento sanitário 
pode afetar o funcionamento do tratamento de aguas residuais, intervindo 
no processo de degradação biológica.
7.8. Segurança e Saúde Ocupacional
São programas e ações adotados no sentido de se garantir as condições de 
segurança no trabalho e a preservação da saúde do trabalhador. Entre essas 
medidas, incluem-se o Programa de Controle Medico de Saúde Ocupacional 
(PCMSO) e as Capacitações e Educação Permanente para os trabalhadores. O 
91
PCMSO deve ser elaborado e implementado conforme a Portaria no. 3.214 
do MTE/1978 e suas Normas
Regulamentadoras.
8. REFERÊNCIAS
BRASIL. Portaria n.o 32/4-NR-6 do Ministério do Trabalho de 8 jun. 1978.
GRIST, N.R. Manual de Biossegurança para o Laboratório. 2 ed. [s.l.] Ed. 
Santos, 1995.
Cardoso et al., Biossegurança no Manejo de Animais de Laboratório. Caderno 
Técnico
Escola de Veterinária UFMG, no 20, p. 43-58, 1997.
BRASIL. Instrução Normativa no 7, Comissão Técnica Nacional de 
Biossegurança. Diário Brasília, 9 jun. 1997.
Simons, 1991 & Brun, 1993 Risco Biológico.
MANUAL de Segurança. Rio de Janeiro: PETROBRAS/CENPES, [s.d.].
Oda, L. M.; Avila, S. M.; Biossegurança em Laboratórios de Saúde Publica. 
Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas Estratégicas. Assessoria de 
Ciência e Tecnologia. Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz. Vice - Presidência de 
Ambiente, Comunicação e Informação. Núcleo de Biossegurança. p.37 – 44, 
1998.
MANUAL de Segurança biológica em laboratórios. Genebra: Organização 
Mundial de Saúde, 3a Edição.Biossegurança em unidades hemoterapias e laboratórios de saúde pública. – 
Brasília Ministério da Saúde, Coordenação Nacional de Doenças Sexualmente 
Transmissíveis e AIDS, 1999. 74p.:il. (Serie TELELAB).
TEIXEIRA, P.; VALLE, S.; Biossegurança uma abordagem multidisciplinar. – Rio 
de Janeiro: Fiocruz, 1996, 362p.
BRASIL,2006 - Classificação de riscos dos agentes biológicos/Ministério da 
Saúde,
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de 
Ciência e Tecnologia – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2006. 36p. - 
(Série A. Normas e Manuais Técnicos).
BRASIL,2006 - Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e 
Insumos Estratégicos. Diretrizes gerais para o trabalho em contenção com 
agentes biológicos /Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e 
92
Insumos Estratégicos, Departamento de Ciência e Tecnologia – 2. ed. – 
Brasília : Editora do Ministério da Saúde,
2006. 52 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos). APPROVED List of 
Biological Agents. Cardiff University. Disponivel em:
<http://www.cf.ac.uk/safety/policy/newbiol/bioagent.html>. Acesso em: 
jun. 2006.
BRASIL,1997 - Comissão Técnica Nacional de Biossegurança. Instrução 
Normativa n.o 7, de 06 de junho de 1997. Estabelece normas para o trabalho 
em contenção com Organismos Geneticamente Modifi cados - OGMs. Diário 
Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 9 jun. 1997. Seção 3, n.133, p. 
11827-11833.
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos 
Estratégicos.
Diretrizes gerais para o trabalho em contenção com material biológico. 
Brasília: Ministério da Saúde, 2004. 60 p.
______. Ministério do Trabalho e do Emprego. Portaria n.o 485, de 11 de 
novembro de 2005. Aprova a Norma Regulamentadora n.o 32 – segurança e 
saúde no trabalho em estabelecimentos de assistência a saúde. Diário Oficial 
da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 16 nov. 2005.

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