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DIREITOS HUMANOS E FUNDAMENTAIS

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 Lucas Amaral Magalhães Viotti
 Ivanésio José Alves
 DIREITOS HUMANOS E FUNDAMENTAIS
1 – Consulte a respeito das seguintes classificações:
– Em relação às gerações ou dimensões.
R. Primeira Geração ou Dimensão Dos Direitos Humanos
 Direitos – Civis e Políticos
 Lema da Revolução – Liberdade
 Segunda Geração ou Dimensão Dos Direitos Humanos
 Direitos – Sociais, Culturais e econômicos
 Lema da Revolução – Igualdade
 Terceira Geração ou Dimensão Dos Direitos Humanos
 Direitos – Direitos Difusos e Coletivos
 Lema da Revolução – Fraternidade
– Em relação aos status.
 Status de Submissão (Passivo) – Pessoa encontra-se em estado de sujeição ao Estado.
 Status Ativo – Pessoa poderá participar na formação da vontade do Estado.
 Status Negativo (1º geração) – Pessoa detém tão somente a prerrogativa de exigir uma abstenção do Estado.
 Status Positivo (2º geração) – Pessoa tem a possibilidade de exigir prestações do Estado.
– Em relação ao local de positivação.
 Declaração de Virgínia. A primeira Declaração de direitos em sentido moderno do termo surge na Virgínia, uma das treze colônias inglesas na América, em 12.01.1776, portanto anterior à Declaração de Independência dos EUA.
 Declaração Norte-Americana. A Constituição americana de 1787 não continha inicialmente uma declaração de direitos fundamentais.
 Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Embora posterior às Declarações americana e inglesa, configura-se como a Declaração de maior repercussão, sobretudo devido a seu caráter universal.
 Declaração dos Direitos do Povo Trabalhador e Explorado. O Terceiro Congresso Panrusso dos Sovietes aprova em 1918 uma Declaração que buscava mais do que reconhecer direitos econômicos e sociais.
  Declaração Universal dos Direitos do Homem. Em 10 de dezembro de 1948 foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos do Homem, não por um país como até este momento foi a praxe jurídico-política, mas pela Assembléia Geral das Nações Unidas.
– Em relação aos Direitos Fundamentais.
 Declaração de direitos nas constituições brasileiras – Direitos de proteção à dignidade positivados internamente na Constituição da República de 1988. Os direitos fundamentais colocam-se como elementos imprescindíveis para todas as Constituições, em três aspectos: consagrar o respeito à dignidade humana; garantir a limitação de poder; e visar o pleno desenvolvimento da personalidade humana.
– Em relação a Positivação Internacional.
 Declaração Universal dos Direitos do Homem. Em 10 de dezembro de 1948 foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos do Homem, não por um país como até este momento foi a praxe jurídico-política, mas pela Assembléia Geral das Nações Unidas. Trata-se de uma declaração de direitos com trinta artigos, precedidos de um preâmbulo com sete considerandos.
 Apresente a classificação da terceira geração. Comente cada um.
Os Direitos dos Povos ou os Direitos da Solidariedade (A Terceira Geração dos Direitos Humanos) Depois da Segunda Guerra Mundial desenvolvem-se os direitos dos povos, também chamados de "direitos da solidariedade", a partir de uma classificação que distingue entre os "direitos da liberdade" (os direitos individuais da Primeira Geração), os "direitos da igualdade" (os direitos sociais, econômicos e culturais da Segunda Geração) e os "direitos da solidariedade" (novos direitos, ou direitos da "Terceira Geração"). Assim, os direitos dos povos são ao mesmo tempo "direitos individuais" e "direitos coletivos", e interessam a toda a humanidade. Uma nova e complexa realidade colocou na ordem do dia uma série de novos anseios e interesses reivindicados por novos movimentos sociais. São direitos a serem garantidos com o esforço conjunto do Estado, dos indivíduos, dos diferentes setores da sociedade e das diferentes nações. Entre eles estão o direito à paz, ao desenvolvimento, à autodeterminação e soberania dos povos, a um meio ambiente saudável e ecologicamente equilibrado e à utilização do patrimônio comum da humanidade.
- Discorra sobre a relação existente entre a cláusula de abertura e a federalização de crimes.
A federalização dos crimes contra os direitos humanos veio com a Emenda Constitucional 45/2004, amplamente conhecida como a Reforma do Poder Judiciário, é também conhecida como IDC (incidente de deslocamento de competência), e consiste na possibilidade de deslocamento de competência da Justiça comum para a Justiça Federal, nas hipóteses em que ficar configurada grave violação de direitos humanos. A finalidade da federalização dos crimes contra os direitos humanos é a de assegurar uma proteção efetiva aos direitos humanos e o cumprimento das obrigações assumidas pelo Brasil em tratados internacionais.
– Discorra em relação a força normativa dos tratados de direitos humanos.
R. Os direitos humanos apresentam uma característica marcante: Possuem estrutura normativa aberta. Compreendem regras e princípios. 
As regras – São enunciados jurídicos tradicionais, que prevêem uma situação fática e, se essa ocorrer, haverá uma conseqüência jurídica. Por exemplo, se alguém violar o direito à imagem de outrem (fato), ficará responsável pela reparação por eventuais danos materiais e morais causados à pessoa cujas imagens foram divulgadas indevidamente (conseqüência jurídica).
Os Princípios – Por sua vez, segundo ensinamentos de Robert Alexy, são denominados de “mandamentos de otimização”, porque constituem espécie de normas que deverão ser observadas na maior medida do possível.
Parece difícil, mas não é! Prevê o art. 5º, LXXVIII, da Constituição Federal de 1988, que a todos será assegurada a razoável duração do processo. Esse é um princípio! Não há aqui definição de até quanto tempo será considerado como duração razoável para, se ultrapassado esse prazo, aplicar a conseqüência jurídica diretamente.
No campo do Direito, a globalização, ou internacionalização das normas, assume características próprias que traduzem o grau de integração verificado em determinado país. Em que pese a acepção, certas vezes pejorativa, que a expressão globalização assume, mostra-se fundamental que os ordenamentos jurídicos nacionais se coloquem em posição alinhada com os tratados internacionais firmados pelo país, para garantir a credibilidade jurídica do país, perante a ordem internacional. O presente artigo, atento à necessidade de os Estados respeitarem os tratados aos quais se vincularam, visa a analisar como o ordenamento jurídico brasileiro, em particular, vem lidando com essa questão de hierarquia dos tratados internacionais. O foco dado é especificamente a problemática dos tratados internacionais sobre direitos humanos, haja vista existir uma visão diferenciada do Supremo Tribunal Federal a respeito deles, com base na interpretação dos parágrafos 1º e 3º do art. 5º da Constituição Federal. Tratar-se-á, neste estudo, da visão que a doutrina e a jurisprudência pátria vêm adotando no tocante à hierarquia dos tratados internacionais, especialmente os de direitos humanos. Para tanto, faz uso do método de pesquisa bibliográfica e jurisprudencial, bem como de uma análise histórico-descritiva da doutrina sobre o tema. Ao fim e ao cabo, buscar-se-á definir se o Brasil é ou não um país respeitador dos tratados que firma junto à comunidade internacional, com ênfase na análise dos tratados sobre direitos humanos, dada a sensibilidade e diferenciação que o tema possui.
– Qual é a posição do STF? Corrente majoritária e minoritária.
Apesar dos entendimentos contrários, a hierarquia dos tratados internacionais de direitos humanos regularmente incorporados pelo Brasil é a de constitucionalidade material, visto que seu objeto se inclui dentre as matérias cujo conteúdo é indispensável à manutenção das estruturas basilares do Estado e da sociedade. Essa força constitucional, inclusive, independe da adoção do procedimentodiferenciado do § 3º do artigo 5º da Constituição Federal de 1988, cuja utilidade se restringe a distinguir os direitos materialmente constitucionais dos formal e materialmente constitucionais – distinção essa de pouca utilidade prática no tema em questão. Dessarte, merece revisão o posicionamento do Supremo Tribunal Federal, que, levando em decisiva consideração o § 3º do artigo 5º da Carta Magna, confere aos tratados em questão status de mera supralegalidade (que sequer possui previsão normativa), exigindo a adoção do procedimento especial em referência para o reconhecimento de sua constitucionalidade.
– E a da Doutrina?
Há uma divergência doutrinária sobrre a natureza jurídica da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH):
Primeiro - Parte da doutrina entende que, por não ser tratados, convenção, acordo, pacto, ela não gera obrigação. Isso significa dizer que ela não tem força vinculante, mas sim de uma declaração, recomendação, resolução da ONU. Assim, é importante entender que essa resolução não gera obrigações para os Estados. Trata-se de um instrumento meramente de orientação aos Estados. Essa parte da doutrina entende a DUDH como uma "Soft Law", ou seja, uma norlma de direito internacional flexível. Assim, como se trata de uma norlma que não pode ser vinculada, caso algum país a viole. esse não poder[á ser punido por esso motivo.
Segundo - Por outro lado há doutrinadores que defendem o caráter vinculante da DUDH. A exemplo da professora Flávia Piovesan, que assim se posiciona: "a Declaração Universal de 1948, ainda que não assuma a forma de tratados internacional, apresenta força jurídica obrigatória e vinculante, na medida em que constitui a interpretação autorizada da expressão "direitos humanos" constante dos arts 1º (3) e 55 da Carta das Nações Univdas. Resolte-se que, á luz da Carta, os Estados assumem o compromisso de assegurar o respeito universal e efetivo aos direitos humanos". No entento, a professora chega a esse argumento ao atrela r a DUDH à Carta da ONU, essa sim um tratado e, portanto, vinculante. A doutrina que adota essa tese dispões que as normas de Direitos Humanos previstas na DUDH são normas jus cogens, ou seja, norma que não podem ser desreispeitadas e, portanto, vinculam os países. Logo, se alguma nação as desrespeita, essa será punida por esse motivo.
– O que significa nos direitos humanos os princípios da norma mais favorável e indúbio pro hamine? 
Guardadas as devidas diferenças, o princípio “pro homine” impõe, seja no confronto entre normas, seja na fixação da extensão interpretativa da norma, a observância da norma mais favorável à dignidade da pessoa, objeto dos direitos humanos. Impõe a aplicação da norma que amplie o exercício do direito ou que produza maiores garantias ao direito humano que tutela.O referido princípio torna-se importante no contexto atual dos Direitos Humanos, em especial, em razão da disciplina trazida pela Emenda Constitucional nº 45/2004, que conferiu especial importância aos Direitos Humanos. Caso o tratado internacional seja equivalente à emenda constitucional – conforme dispõe o art. 5º, §3º, da CF – poderá prevalecer no confronto com as demais normas constitucionais que compreendem a CF, se for considerado “pro homine”, vale dizer, mais favorável à dignidade da pessoa.
– Qual é o papel do congresso na conclusão dos tratados? Ele ratifica tratados? 
A atuação do Congresso Nacional referente aos Tratados Internacionais é secundária e cabendo a este somente referendar um ato previamente executado pelo Chefe do Executivo Nacional ou de um Delegatário seu. Mas o artigo 49, I da Constituição Federal cria dúvidas a respeito do real papel do Parlamento Brasileiro nas negociações de Tratados Internacionais, ou seja, se realmente o texto do citado artigo é digno de sua literalidade, onde o Congresso Nacional possui competência exclusiva para resolver definitivamente sobre Tratados ou outros Acordos internacionais aos quais o Brasil é parte.
– O que significa para o direito brasileiro a teoria trapeizodal? Qual é a sua estrutura frente aos tratados de direitos humanos?
Os tratados sobre direitos humanos podem ser introduzidos no ordenamento jurídico brasileiro sob a forma de Emenda Constitucional ou como os demais tratados internacionais. Inicialmente, com relação aos direitos e garantias fundamentais, um problema de demarcação surgiu por conta da estipulação contida no art. 5o , § 2o , da CF: “os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte” (BRASIL, 1988). Esse dispositivo levou à interpretação de que havia uma abertura formal para inclusão de novos direitos e garantias fundamentais, sem a via da Emenda Constitucional e, por consequência, de novas cláusulas pétreas, além das fixadas pelo Poder Constituinte Originário. Seria uma forma flexível de alterar o sistema constitucional quanto aos direitos e garantias fundamentais. Essa corrente exegética passou a reputar como normas constitucionais os tratados internacionais sobre direitos humanos ratificados pelo Brasil.
 
– Como se estruturou o sistema internacional de direitos humanos?
Segundo André de Carvalho Ramos, cada um desses consectários impõe obrigações ao Estado:
Direito-Pretensão – Confere-se ao titular o direito a ter alguma coisa que é devido pelo Estado ou até mesmo por outro particular. Assim, o Estado (ou esse outro particular) devem agir no sentido de realizar uma conduta para conferir o direito. Exemplo: o direito à educação, que deve ser prestado pelo Estado.
Direito-Liberdade – Impõe a abstenção ao Estado ou a terceiros, no sentido de se ausentarem, de não atuarem, de não atuarem como agentes limitadores. Abstenção – Liberdade de Credo.
Direito-Poder – Possibilidade à pessoa exigir a sujeição do Estado ou de outra pessoa para que esses direitos sejam observados. Exigir a sujeição – Direito à assistência jurídica.
Direito-imunidade – Impede que uma pessoa ou o Estado hajam no sentido de interferir nesse direito. Impede – Vedação à prisão, salvo flagrante.
– A Comissão como órgão do CIDH, é obrigatória? E a Corte?
Sim. Porque é ela que recebe as denúncias de violações de Direitos Humanos, apresentadas pelas vítimas que não tenham encontrado reconhecimento ou proteção por parte dos mesmos Estados. Ela pode julgar o caso, mas somente em caso de medidas extremas e se faz necessário a maioria absoluta dos sete membros. A Corte também, através dos sete membros, essa maioria absoluta é que caracteriza o caráter judicial, quando decide impor uma pena, além de suas recomendações que tem quase caráter jurisdicional.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos - constitui o órgão executivo, no âmbito da OEA, responsável pela promoção, observância e defesa dos direitos hamanos no Sistema Americano. 
O papel da Comissão – Órgão da OEA, responsável por zelar pelos direitos humanos, em epecial pelo processamento das petições individuais.
Órgão da Convenção Americana, responsável por analisar as petições individuais, interpondo ação de responsabilidade internacional.
A Corte Interamericana de Direito Humanos – Representa o órgão jurisdicional do sistema interamericano de direitos humanos e constitui excelente alternativa para a reparação da violação de direitos humanos. A Corte é composta de 7 Juízes, nacionais dos Estados que compõem a OEA, não sendo possível que haja dois juízes de mesma nacionalidade. Os julgadores são eleitos através de Assembleia-Geral da OEA, pelo voto da maioria absoluta dos membros, entre pessoas de alta autoridade moral e reconhecida competência em matéria de direitos humanos, para mandato de 6 anos, admitindo-se uma reeleição.
A Corte possui competência para resolver os litígios que lhes são submetidos (competência contenciosa), bem como para responder questionamento sobre a interpretação de determinada regra do sistema interamericano e sobre a compatibilidade dasleis internas com o Pacto de San José da Costa Rica (competência Consultiva).
– O que significa para os direitos humanos e fundamentais, de que os direitos são indivisíveis e interdependentes?
Indivisibilidade: sob este prima podemos afirmar que tais direitos compõem um único conjunto de direitos, uma vez que não podem ser analisados de maneira isolada, separada. Afirma-se que o desrespeito a um deles constitui a violação de todos ao mesmo tempo, ou seja, caso seja descumprido seria com relação a todos.
Interdependência: os direitos fundamentais estão vinculados uns aos outros, não podendo ser vistos como elementos isolados, mas sim como um todo, um bloco que apresenta interpenetrações; as várias previsões constitucionais, apesar de autônomas, possuem diversas intersecções para atingirem suas principais finalidades. No intuito de exemplificarmos a característica relacionada neste comando, podemos dizer que a liberdade de locomoção está relacionada à garantia do habeas

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