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Microbiologia Resumo IV Doenças microbianas do sistema cardiovascular e linfático

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Doenças microbianas do sistema cardiovascular e linfático
Resumo IV - Microbiologia
Tortora
Introdução
O coração, o sangue e os vasos sanguíneos constituem o sistema cardiovascular.
Estrutura e função dos sistemas cardiovascular e linfático
O coração faz circular substâncias de e para as células dos tecidos.
O sangue é uma mistura de plasma e células.
O plasma transporta substâncias dissolvidas. As hemácias transportam oxigênio. Os leucócitos estão envolvidos nas defesas do corpo contra a infecção.
O líquido filtrado dos capilares para os espaços entre as células teciduais é denominado líquido intersticial.
O líquido intersticial penetra nos capilares e é denominado linfa; os vasos denominados linfáticos devolvem a linfa ao sangue.
Os linfonodos contêm macrófagos fixos, células B e células T.
Doenças bacterianas dos sistemas cardiovascular e linfático
 Sepse e choque séptico
O crescimento de microrganismos no sangue é denominado sepse. Os sinais incluem linfangite (vasos linfáticos inflamados).
A sepse geralmente resulta de um foco de infecção no corpo.
A sepse gram-negativa pode levar ao choque séptico, caracterizado por pressão arterial diminuída. Uma endo-toxina causa os sintomas.
Os enterococos e os estreptococos do grupo B resistentes a antibióticos causam a sepse gram-positiva.
A sepse puerperal começa como uma infecção uterina após o parto ou aborto; ela pode progredir para peritonite ou septicemia.
Streptococcus pyogenes é a causa mais frequente de sepse puerperal.
Oliver Wendell Holmes e Ignaz Semmelweiss demonstraram que a sepse puerperal era transmitida pelas mãos e instrumentos das parteiras e médicos.
A sepse puerperal atualmente é incomum, devido ás modernas técnicas de higiene e aos antibióticos.
 
 Infecções bacterianas do coração
A camada interna do coração é o endocárdio.
A endocardite bacteriana sub-aguda geralmente é causada por estreptococos alfa-hemolíticos, estafilococos ou enterococos.
A infecção se origina de um foco, como uma extração dentária.
Anomalias cardíacas pré-existentes são fatores predisponentes.
Os sinais incluem febre, anemia e sopro cardíaco.
A endocardite bacteriana aguda geralmente é causada por Staphylococcus aureus.
As bactérias causam a destruição rápida das válvulas cardíacas.
 Febre reumática
A febre reumática é uma complicação auto-imune das infecções estreptocócicas.
A febre reumática se expressa como artrite ou inflamação do coração. Ela pode resultar em lesão cardíaca permanente.
Anticorpos contra o estreptococo beta-hemolítico do grupo A reagem com os antígenos estreptocócicos depositados nas articulações ou válvulas cardíacas, ou fazem reação cruzada com o músculo cardíaco.
A febre reumática pode se seguir a uma infecção estreptocócica, como a faringite estreptocócica. O estreptococo pode não estar presente no momento da febre reumática.
O tratamento imediato das infecções estreptocócicas pode reduzir a incidência da febre reumática.
A penicilina é administrada como medida preventiva contra as infecções estreptocócicas subsequentes.
 Tularemia
A tularemia é causada por Francisella tularensis. Os reservatórios são pequenos mamíferos silvestres, especialmente os coelhos.
Os sinais incluem uma ulceração no ponto de entrada, seguida por septicemia e pneumonia.
 Brucelose (febre ondulante)
A brucelose pode ser causada por Brucella abortus, Brucella melitensis e Brucella suis.
Nos Estados Unidos, alces e bisões constituem o reservatório para B. abortus.
As bactérias penetram por meio de solução de continuidade diminutas na mucosa ou na pele, reproduzem-se nos macrófagos e disseminam-se pelos vasos linfáticos até o fígado, baço ou medula óssea.
Os sinais incluem mal-estar e febre que atinge um pico todas as noites (febre ondulante).
O diagnóstico é baseado em testes sorológicos.
 Antraz
Bacillus antrhacis causa o antraz. No solo, os endosporos podem sobreviver por até 60 anos.
Os animais que pastam adquirem a infecção após ingerir os endosporos.
Os seres humanos contraem o antraz manejando o couro de animais infectados. Os endosporos penetram pelos cortes na pele, pelo trato respiratório ou pela boca.
A entrada pela pele resulta em uma pústula que pode progredir para sepse. A entrada pelo trato respiratório pode resultar em choque séptico.
O diagnóstico é baseado no isolamento e na identificação das bactérias.
 Gangrena
A morte dos tecidos moles por isquemia (falta de suprimento de sangue) é denominada gangrena.
Os microrganismos crescem nos nutrientes liberados pelas células gangrenosas.
A gangrena é especialmente susceptível ao crescimento de bactérias anaeróbicas como Clostridium perfringes, o agente causal da gangrena gasosa.
 Clostridium perfringens pode invadir a parede uterina durante abortos realizados incorretamente.
A remoção cirúrgica do tecido necrótico, a câmera hiper-bárica e a amputação são usados para tratar a gangrena gasosa.
 Doenças sistêmicas causadas por mordidas e arranhaduras
Pasteurella multocida, introduzida pela mordida de um cão ou gato, pode causar septicemia.
As bactérias anaeróbicas como Clostridium, Bacteroides e Fusobacterium infetam as mordidas de animal profundas.
A doença da arranhadura do gato é causada por Bartonella henselae.
 Doenças transmitidas por vetor
 Peste
A peste é causada pela Yersinia pestis. O vetor geralmente é a pulga do rato (Xenpsylla cheopis).
Os reservatórios da peste incluem os ratos europeus e os roedores norte-americanos.
Os sinais da peste bubônica incluem hematomas e linfonodos aumentados (bubões).
As bactérias podem penetrar nos pulmões e causar peste pneumônica.
O diagnóstico laboratorial é baseado no isolamento e identificação da bactéria.
Os antibióticos são efetivos em tratar a peste, mas devem ser administrados imediatamente após a exposição á doença.
 Febre recorrente
A febre recorrente é causada por espécies de Borrelia e transmitida por carrapatos.
O reservatório da doença são os roedores.
Os sinais incluem febre, icterícia e manchas rosadas. Os sinais recidivam três ou quatro vezes após a recuperação aparente.
O diagnóstico laboratorial é baseado na presença de espiroquetas no sangue do paciente.
 Doença de Lyme (Borreliose de Lyme)
A doença de Lyme é causada por Borrelia burgdorferi e é transmitida por um carrapato (Ixodes).
Os camundongos do campo são o reservatório animal.
O diagnóstico é baseado em testes sorológicos e sintomas clínicos.
 Erliquiose
As erliquioses humanos (EGH e EMH) são causadas por espécies de Ehrlichia e transmitidas por carrapatos Ixodes.
 Tifo
O tifo é causado por riquétsias, parasitas intra-celulares obrigatórios das células eucarióticas.
 Tifo epidêmico
O piolho corporal humano Pediculus humanus corporis transmite a Rickettsia prowazekii em suas fezes, que são depositadas enquanto o piolho está se alimentando.
O tifo epidêmico é prevalente em condições de aglomeração e má higiene, que permitem a proliferação do piolho.
Os sinais de tifo são erupção cutânea, febre alta prolongada e estupor.
As tetraciclinas e o cloranfenicol são usados no tratamento.
 Tifo murino endêmico
O tifo murino endêmico é uma doença menos grave causada por Rickettsia typhi e transmitida dos roedores aos seres humanos pela pulga do rato.
 Febre maculosa das montanhas rochosas
Rickettsia ricketsii é um parasita dos carrapatos (Dermacentor spp.) no sudoeste dos Estados Unidos, nos Montes Apalaches e nas Montanhas Rochosas.
A riquétsia pode ser transmitida aos seres humanos, causando a febre maculosa das Montanhas Rochosas.
O cloranfenicol e as tetraciclinas tratam efetivamente a febre maculosa das Montanhas Rochosas ou tifo transmitido por carrapatos.
Testes sorológicos são usados no diagnósticolaboratorial.
 Doenças virais do sistema cardiovascular e linfático
 Linfoma de Burkitt
O vírus Epstein-Barr (VEB) causa o linfoma de Burkitt e o carcinoma de naso-faringe.
O linfoma de Burkitt tende a ocorre em pacientes cujo sistema imunológico foi enfraquecido, por exemplo, por malária ou AIDS.
 Mononuclose infecciosa
A mononucleose infecciosa e causada pelo vírus Epstein-Barr (VEB).
O vírus se multiplica nas glândulas parótidas e está presente na saliva. Ele causa a proliferação de linfócitos atípicos.
A doença é transmitida pela ingestão de saliva de indivíduos infectados.
O diagnóstico é feito utilizando uma técnica de anticorpos fluorescentes indiretos.
 Doenças de inclusão citomegálica por citomegalovírus (CMV)
O CMV (HHV-5) causa corpos de inclusão intra-nucleares e citomegalia das células do hospedeiro.
O CMV é transmitido pela saliva e outros líquidos corporais.
A doença de inclusão do CMV pode ser assintomática e leve, ou progressiva e fatal. Os pacientes imuno-deprimidos podem desenvolver pneumonia.
Se o vírus atravessa a placenta, pode causar infecção congênita do feto, resultando em retardo do desenvolvimento mental, lesão neurológica e nati-mortos.
 Febres hemorrágicas virais clássicas
A febre amarela é causada por um vírus (vírus da febre amarela). O vetor é o mosquito Aedes aegypti.
Os sinais e os sintomas incluem febre, calafrios, cefaleia, náuseas e icterícia.
O diagnóstico é baseado na presença de anticorpos neutralizadores do vírus no hospedeiro.
Não há tratamento disponível, mas existe uma vacina de vírus atenuado.
A dengue é causada por um vírus (vírus da dengue) e é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
Os sinais são febre, dor muscular e articular e erupção cutânea.
O extermínio dos mosquitos é necessário para o controle da doença.
A dengue hemorrágica (DH) ocorre quando uma pessoa é re-infectada com o mesmo vírus da dengue.
 Febres hemorrágicas virais emergentes
As doenças humanas causadas pelos vírus Marburg, Ebola e Lassa foram notadas pela primeira vez no fim da década de 60.
O vírus Marburg é encontrado em primatas não-humanos; o vírus da febre Lassa é encontrado em roedores.
Os roedores são os reservatórios das febres hemorrágicas na Argentina e na Bolívia.
A síndrome pulmonar do Hantavirus e a febre hemorrágica com síndrome renal são causadas por Hantavirus. O vírus é contraído por inalação de urina seca de roedores.
 Doenças do sistema cardiovascular e linfático causadas por protozoários
 Tripanossomíase Americana (doença de Chagas)
Trypanosoma cruzi causa a doença de Chagas. O reservatório inclui muitos animais silvestres. O vetor é um reduvídeo, o “barbeiro”.
O xeno-diagnóstico permite a identificação de tripanossomos no trato intestinal do reduvídeo, o que confirma o diagnóstico.
 Toxoplasmose
A toxoplasmose é causada pelo esporozoário Toxoplasma gondii.
Toxoplasma gondii sofre reprodução sexuada no trato intestinal de gatos domésticos, e os oocistos são eliminados nas fezes dos gatos.
Na célula do hospedeiro, os esporozoítos se reproduzem para formar taquizoítos invasores de tecidos ou bradizoítos.
Os seres humanos contraem a infecção ingerindo taquizoítos ou cistos teciduais em carne mal-cozida de um animal infectado ou pelo contato com fezes de gato.
As infecções congênitas podem ocorre. Os sinais e os sintomas incluem lesão cerebral grave ou distúrbios da visão.
A toxoplasmose pode ser identificada por testes sorológicos, mas a interpretação dos resultados é incerta.
 Malária
Os sinais e sintomas da malárias são calafrios, febre, vômitos e cefaleia, que ocorrem em intervalos de 2 a 3 dias.
A malária é transmitida pelo mosquito Anopheles. O agente causal é uma das quatro espécies de Plasmodium.
Os esporozoítos se reproduzem no fígado e liberam merozoítos na corrente sanguínea, onde eles infectam as hemácias e produzem mais merozoítos.
Novas drogas estão sendo desenvolvidas á medida que o protozoário apresenta resistência ás drogas como a cloroquina.
 Leishmaniose
Leishmania spp., que são transmitidas pelos mosquitos-pólvora, causam a leishmaniose.
Os protozoários se reproduzem no fígado, no baço e nos rins.
Componentes antimônios são usados no tratamento.
 Babesiose
A babesiose é causada pelo protozoário Babesia microtii, e transmitida aos seres humanos por carrapatos.
Doenças helmínticas dos sistemas cardiovascular e linfático
 Esquistossomose
Espécies do verme Schistosoma causam a esquistossomose.
Os ovos eliminados nas fezes eclodem em larvas que infectam o hospedeiro intermediário, um caramujo. As cercárias de vida livre são liberadas pelo caramujo e penetram na pele do ser humano.
O verme trematódeo adulto vive nas veias do fígado ou da bexiga urinária em seres humanos.
Os granulomas são a defesa do hospedeiro contra os ovos que permanecem no corpo.
A observação dos ovos ou vermes nas fezes, exames de pele ou testes sorológicos indiretos podem ser usados no diagnóstico.
A químio-terapia é usada para tratar a doença; o saneamento e a erradicação do molusco são usados para a prevenção.
 Dermatite do nadador
A dermatite do nadador é uma reação alérgica cutânea ás cercárias que penetram na pele. Os hospedeiros definitivos desse verme trematódeo são aves selvagens.

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