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O paradoxo da política, Marilena Chauí - comentários

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Convite à Filosofia - comentários 
O paradoxo da política - Marilena Chauí 
Ciência Política - P1 
Gabriella Veloso 
● Primeira visão sobre política: atividade específica feita somente por um tipo de 
profissional (ex.: governo é feito pelos políticos) 
● Segunda visão sobre política: interesse e obrigação de todos, atividade em prol da 
coletividade, feita pelos membros da sociedade e dirigida aos governos ou ao Estado. 
● Terceira visão sobre política: maneira com a qual uma instituição (pública ou privada) 
dirige e organiza suas atividades (ex.: política do hospital), geralmente envolvendo 
relações de poder. 
● A expansão das atribuições dos governos possibilitou também a ampliação das 
atividades políticas, que passaram a abranger questões administrativas, 
organizacionais, econômicas e sociais. 
● Palavras-chave: poder, administração e organização 
1. Política é governo: direção e administração do poder público, sob a forma do Estado. 
 
2. Política é atividade exercida por administradores e políticos pertencentes aos partidos, 
de modo a disputar o direito de governar e ocupando cargos e postos no Estado. 
Torna-se algo distante da sociedade, ao passo que é feita por especialistas e 
profissionais do Estado. 
3. Política é conduta definida por interesses particulares, muitas vezes contrários aos 
interesses coletivos e obtidos por meios ilícitos/ilegítimos. Isso caracteriza uma 
perspectiva pejorativa da política, ao passo que é um poder que está acima da 
sociedade e é exercido por pessoas que não a representa. 
● O paradoxo está na divergência entre o primeiro e o terceiro significado, provocada pelo 
segundo (conforme a política se limita a uma ação produzida por uma pequena parcela 
da sociedade). 
● “O paradoxo está no fato de que uma forma essencial da política – a lei – aparece como 
proteção contra a própria política.” 
● À política foi atribuída essa concepção indevida em consequência da veiculação de 
fatos que reforçam tal visão (escândalos de corrupção, fraudes, crimes, etc.). Ademais, 
outro fator agravante é a linguagem utilizada para redigir as leis, de modo a torná-las 
incompreensíveis pela população e a demandar que sejam interpretadas por 
especialistas. 
● O único modo de lutar e derrubar essa percepção da política como algo obscuro é por 
meio da própria política, pois apenas desse modo é possível realizar uma mudança na 
forma e no conteúdo do poder. Até mesmo “a apatia social é uma forma passiva de 
fazer política”.

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