Buscar

Inflação no Brasil: História e Impactos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Inflação – História e impactos na vida do brasileiro
O que é Inflação:
Inflação é um termo utilizado pela área da Economia para representar o índice que mede a variação dos preços de todos os produtos ofertados no mercado. Esse índice refere-se a um aumento contínuo e generalizado dos preços de bens e serviços em um sistema econômico, representado através de uma porcentagem (%).
Exemplo disso, se em um determinado período observarmos que o preço do quilo do feijão aumentou ou diminuiu, então estamos observação a inflação do preço deste produto, ou seja, estamos falando do dia a dia do brasileiro, principalmente quando falamos de alimentos. O brasileiro de baixa renda é o que mais sente a inflação.
A noção de inflação da economia surgiu em 1838, e significa o aumento dos preços que acontece de forma persistente e que resulta na diminuição do poder de aquisição de uma moeda. Veremos ao longo do artigo algumas esforços para controlarmos o poder de aquisição de uma moeda.
Uma das causas da inflação é o aumento da emissão de papel-moeda pelo Governo para cobrir os gastos do Estado. Quando isso acontece, há um maior volume de dinheiro em circulação no mercado mas não houve criação de riqueza ou aumento de produção. Nestes casos, é exigida maior quantidade de dinheiro para adquirir a mesma quantidade de produto, resultando em inflação.
Principais indicadores de inflação do Brasil
No Brasil há diversos índices de inflação. Os diferentes índices utilizam em seus cálculos faixas de renda diferentes, regiões diferentes, itens diferentes e até períodos diferentes. Isso contribui para tornar mais segura a medição da inflação no país.
Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
Índice de inflação oficial, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
Período de coleta: em geral, do dia 1 ao dia 30 do mês de referência.
Abrangência: Nacional, para famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos.
Periodicidade de divulgação: mensal.
Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M)
É uma das versões do Índice Geral de Preços (IGP), calculado pela FGV. 
O IGP é a média ponderada de três índices de preços calculados pela FGV: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação de preços no atacado; o IPC; e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
O IGP-M é usado para a correção de valores contratuais, como os aluguéis imobiliários e as parcelas de certos financiamentos habitacionais. 
Período de coleta: do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês de referência.
Abrangência: Nacional, para famílias com renda mensal de 1 a 33 salários mínimos, no caso do IPC.
Periodicidade de divulgação: mensal.
Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI)
É uma das versões do Índice Geral de Preços (IGP), calculado pela FGV. Também é usado para a correção de valores contratuais, como a dívida dos Estados com a União. 
Período de coleta: entre o primeiro e o último dia do mês de referência.
Abrangência: Nacional, para famílias com renda mensal de 1 a 33 salários mínimos, no caso do IPC.
Periodicidade de divulgação: mensal.
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)
Índice calculado pelo IBGE que costuma ser usado na negociação de reajustes salariais. É mais sensível à alteração dos preços dos serviços e produtos mais básicos, como os alimentos.
Período de coleta: em geral, do dia 1 ao dia 30 do mês de referência.
Abrangência: Nacional, para famílias com renda mensal de 1 a 5 salários mínimos.
Periodicidade de divulgação: mensal.
Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Brasil ou IPC)
Índice calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) que mede a variação de preços de bens e serviços finais. Dados disponíveis na Calculadora do Cidadão desde janeiro de 1990.
Período de coleta: feita diariamente.
Abrangência: Nacional, para famílias com renda mensal de 1 a 33 salários mínimos.
Periodicidade de divulgação: mensal.
	Para o IPCA, o foco do POF são as famílias com rendimentos 1 (um) e 40 (quarenta) salários-mínimos que residem em áreas urbanas. Na tabela abaixo, há a composição do índice:
Composição do IPCA/ Fonte: FIPE
No total, há cerca de 400 produtos e serviços analisados mensalmente. O IBGE acompanha as variações dos preços destes itens correspondentes a todas as marcas, e a partir dos pesos, é calculada a média final do IPCA.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	De acordo com acima tabela vamos perceber que os quatro primeiros itens têm grande influência na vida de todos os brasileiros, mas na vida do brasileiro mais pobre tem um peso maior. 
Seguindo um pensamento simples, de que o salário do brasileiro fica restrito, em grande parte da população, nesses quatro primeiros itens, que são essenciais na vida de qualquer pessoa. A exemplo disso temos a gasolina que no ano de 2018 sofreu vários aumentos e tem um peso muito grande na renda do cidadão.
Outro ponto que tem uma grande importância, se não a maior, são os alimentos e bebidas, que afetam a mesa e o dia a dia de todos nós, a grande diferença é conforme foi dito acima é quanto ou qual porcentagem da renda do indivíduo é gasto com alimentação. Quanto maior a porcentagem maior é o impacto da inflação.
	
	
	
Tipos de inflação
Existem quatro tipos de inflação:
Inflação de demanda: caracterizada pelo excesso de demanda em um determinado setor, exemplo disso seria a grande procura por feijão.
Inflação de custos: também conhecida como inflação de oferta, que acontece por causa da oferta, por exemplo, quando há uma subida dos custos de produção, exemplo disso é alguma influência do clima na produção do feijão.
Inflação inercial: também é conhecida como inflação psicológica, porque não é causada necessariamente por uma alteração na demanda ou oferta. Muitas vezes acontece porque as pessoas acreditam que a subida dos preços vai continuar;
Inflação estrutural: parecida com a inflação de custos, mas a subida de preço acontece por uma falta de eficiência das infra-estruturas envolvidas no processo de produção.
Deflação
A deflação é o processo contrário à inflação. Há uma redução do nível de preços dos bens e serviços e o valor do dinheiro é aumentado. 
História da inflação no Brasil
Para falarmos de inflação no Brasil é necessário o entendimento histórico de quando e por que tudo começou, além é claro de também falarmos os impactos na economia e na população. A partir de agora falaremos com o intuito de ilustrarmos de maneira clara tudo o que aconteceu. Para muitos, hoje, a discussão sobre a questão inflacionária no Brasil parece um tema distante ou, até mesmo, estranho. Entretanto, a economia do nosso país, ao adentrar os ditames do capitalismo industrial e financeiro, passou a conviver com as contradições de um país economicamente dependente que deveria encontrar soluções para valorizar sua moeda e desenvolver sua economia.
Para o desenvolvimento acontecer era necessário contratar empréstimos para serem empregados na contratação de funcionários e financiamento de obras, deixando o país completamente endividado.
A solução adotada pelo Estado foi fabricar dinheiro para honrar boa parte dos seus compromissos. Essa solução parecia ser prática e viável, mas a circulação de dinheiro em uma economia que não tinha riquezas correspondentes disponíveis e acabou desvalorizando a moeda brasileira. Como consequência, o preço das mercadorias subiu e os trabalhadores tiveram seu poder de compra reduzido.
Percebemos que um dos fatores responsáveis pela crise inflacionária está intimamente ligado à contração de dívidas. A contração de dívidas tem longa data e veio se desenhando desde antigamente, no período colonial, visto que tivemos diversos exploradores requerendo da Coroa Portuguesa empréstimos para financiamento de suas atividades. Na monarquia, o governo de Dom Pedro I foi inaugurado por uma dívida de dois milhões de libras esterlinas, usadas na “compra” efetiva de nossa independência.
Já no período republicano a inflação ganhou mais importância, tendo em vista as novas condições da economiamundial. O Brasil, em pleno desenvolvimento do capitalismo industrial, se viu diante o dilema de manter o agroexportador ou promover a modernização econômica. No governo republicano surgiu a figura de um intelectual chamado Rui Barbosa, ocupando o cargo de Ministro da Fazenda.
Rui Barbosa modernizou a economia permitindo que os bancos fabricassem papel-moeda e facilitando a contração de empréstimos para a criação de empresas. A medida mesmo que bem-intencionada, acabou gerando uma enorme crise especulativa. Com isso, o país não conseguiu remodelar sua política de desenvolvimento econômico e, ainda por cima, causou uma grande crise inflacionária.
Esses episódios de dimensões trágicas, nas primeiras décadas do século XX, fez com que o Brasil tivesse uma considerável reação econômica causada pela crise do mercado europeu. A partir de 1914, o Velho Continente tornou-se palco de uma série de conflitos civis e grandes guerras que desestabilizaram sua própria economia. 
Já nos governos de Vargas e JK, o desenvolvimento foi marcado entre a opção de proteger a economia e promover um desenvolvimento autônomo e gradual, ou permitir que investidores estrangeiros pudessem injetar seus recursos para que o país recuperasse os anos de atraso econômico. 
No entanto, as oscilações do mercado internacional, a corrupção política e o atraso econômico acabavam possibilitando a abertura de diversos processos inflacionários. No governo militar, entre os anos de 1969 e 1973, a economia experimentou uma onda de crescimento propiciado pelo chamado “milagre econômico”. O mesmo teve curto período de vida, principalmente em razão da crise que tivemos sobre a economia mundial e o modelo de desenvolvimento artificial gerado do tal “milagre”.
Na década de 1980, a recessão econômica transformou a inflação em um companheiro presente na mesa de todos os brasileiros. A desvalorização da moeda chegou a tal ponto que os produtos do supermercado, por exemplo, eram reajustados mais de uma vez ao dia. Nessa época, a criação de diferentes moedas era uma tentativa para se conter o caos da inflação e diversos planos econômicos tentavam dar uma solução para a questão.
Em 1994, o “Plano Real” propôs um projeto de reestruturação da economia nacional. A partir de então, os níveis inflacionários de nossa economia, excetuado alguns momentos de crise momentânea, passaram a alcançar níveis suportáveis ao desenvolvimento e o custo de vida de uma considerável parcela dos trabalhadores. Desde então, a economia nacional deu sinais de amadurecimento, a inflação se transformou em uma fera domável.
Hiperinflação e o Brasil.
Hiperinflação ocorre quando a inflação atinge um elevadíssimo ponto e fora de controle. O consumidor perde o poder de compra, a alta generalizada e contínua dos preços provoca recessão e desvalorização acentuada da moeda. No Brasil, a hiperinflação ocorreu entre as décadas de 1980 e 1990, quando a inflação chegou a superar os 80% ao mês.
	As causas da hiperinflação brasileira
A hiperinflação no país costumam ser relacionadas ao aumento dos gastos públicos durante o governo militar e pela elevação do endividamento externo, agravado pela crise mundial derivada do aumento dos preços do petróleo e pela retração na taxa de expansão da economia.

A política de substituição das importações fez crescer os gastos públicos, e o "milagre econômico" entre o final dos anos 1960 e o início da década de 1970 (quando a economia brasileira cresceu à média de 10% ao ano) foi financiado por empréstimos internacionais. Em 1973, a crise internacional do petróleo fez o custo do barril subir 400% em três meses, de US$ 2,90 para US$ 11,65, a economia passou a apresentar taxas de inflação crescentes. O PIB já não crescia tanto, e o Brasil entrou na década de 1980 com o pé esquerdo: inflação, dívida externa elevada e indústria defasada.
Foram cerca de 15 anos de inflação acima de dois dígitos e de correção monetária. Comerciantes remarcavam diariamente os preços dos produtos, que sumiam rapidamente das prateleiras, já que a população estocava alimentos por temer as sucessivas altas. Preços e salários eram reajustados automaticamente assim que era divulgada a inflação do mês anterior, criando o efeito bola de neve, em que a inflação de um mês era imediatamente repassada para o mês seguinte.
Quem mais perdia com a hiperinflação eram os mais pobres, que não podiam se defender das perdas colocando o dinheiro em aplicações que rendessem juros diários e acompanhassem a desvalorização da moeda.
Plano Real
Lançado no início de 1994, durante o governo Itamar Franco, o plano baseou-se, num primeiro momento, no equilíbrio das contas do governo, iniciado ainda no ano anterior, com redução de gastos, aumento de impostos e privatizações. O governo também promoveu a desindexação da economia – isto é, a inflação passada deixou de corrigir automaticamente preços e salários.
Para os brasileiros, a medida mais visível foi a nova troca de moeda. Antes do real, a moeda que circulava no país era o cruzeiro real (CR$), vigente de 1º de agosto de 1993 até 30 de junho de 1994. Em fevereiro de 1994, foi criada a Unidade Real de Valor (URV), uma moeda fictícia, cujo valor, em cruzeiros reais, era estabelecido diariamente. Assim, a hiperinflação seguia em cruzeiros reais, mas não em URVs. Em 1º de julho de 1994, uma URV passou a ser igual a R$ 1, o novo dinheiro entrou em circulação no país.
Distribuir as notas e moedas do real pelo país foi uma das maiores operações de logística já vistas.

 Para a equivalência, o valor da nova moeda foi fixado com a cotação da URV do dia anterior, que era de 2.750 cruzeiros reais. Dessa forma, CR$ 5.000 equivaliam a cerca de R$ 2 – o suficiente para comprar, na época, meio quilo de carne, três litros de leite ou duas latas de refrigerante, por exemplo.

 Entre as medidas para controlar os preços, o governo também promoveu uma abertura maior às importações, e adotou as chamadas âncoras cambial e monetária.
A âncora cambial instituiu o regime de bandas cambiais que, na prática, fixava o valor da moeda, e barateava o custo dos importados.

 Já a âncora monetária buscava controlar o volume de dinheiro em circulação, evitando a pressão sobre os preços. Para isso, foram elevadas a taxa de juros e as reservas compulsórias dos bancos (recursos que eles são obrigados a deixar guardado no Banco Central).
Essas âncoras foram substituídas, em 1999, pelo regime de metas de inflação, em que as autoridades monetárias se comprometem a cumprir metas estabelecidas para o ano corrente e próximo – o que ancora as expectativas do mercado. Uma das formas de buscar atingir essa meta é por meio da taxa Selic. Ao elevar os juros, o governo encarece o custo do dinheiro, e faz cair a procura por produtos e serviços à venda.
O controle da inflação pela taxa de juros
	Para manter o nível de inflação esperado, o governo faz uso da política monetária, por meio da taxa de juros, a Selic. Assim, caso o BC observe que a inflação corre risco de superar a meta, a tendência é elevar o juros. A taxa de juros foi o instrumento escolhido pelo governo, pois ela determina o nível de consumo do país, já que a taxa Selic é utilizada nas transações bancárias e, portanto, influência os juros de todas as operações na economia. A Selic é utilizada pelos bancos como um parâmetro. A partir dela, as instituições financeiras definem quanto vão cobrar por empréstimos às pessoas e às empresas.

 Caso os juros do país estejam altos, o consumidor tende a comprar menos, porque a prestação de seu financiamento vai ser mais alta. Isso reflete na queda da inflação. Segundo a lei da oferta e da procura, quanto maior a demanda por um determinado produto, mais elevado é o seu preço. Do contrário, se uma mercadoria ou serviço não forem tão procurados, o preço tende a cair para atrair mais compradores.
A inflação e seu impacto na população
Popularmente, a inflação é entendida como um aumento significativo e persistente dos preços dos bens e serviços. A definição comum não é totalmente errônea:a inflação ocorre quando há um aumento geral nos custos dos produtos, diminuindo o poder aquisitivo da população. Assim, o dinheiro tem cada vez menos valor, e é preciso pagar mais caro pelos mesmos bens e serviços. 
A desvalorização afeta diretamente as finanças das famílias brasileiras, que se veem obrigadas a consumir menos, a procurar sempre por ofertas melhores e até a fazer empréstimos pouco vantajosos. Por essa razão, é comum em períodos de crise ver os jornais relatando muita inadimplência por parte da população. 
Um desses impactos negativos é o aumento nas taxas de desemprego, que normalmente acontece porque o setor produtivo recebe pouco investimento em tempos de crise. A população é quem sente a dificuldade para conseguir um trabalho. 
A inflação nunca atinge apenas um produto isolado. De tempos em tempos ocorre a alta excessiva do tomate, do leite, do feijão, etc. nos supermercados, por exemplo. Ela faz o dinheiro perder valor num período de tempo. Ou seja, cinquenta reais compram hoje bem menos do que compravam 4 anos atrás, devido à alta de preços. Assim, quando há inflação, mesmo que baixa, o valor da moeda hoje é maior do que será no futuro.
Não é correto dizer que a inflação aumentou “tantos por cento”, porque a palavra inflação já implica um aumento. É melhor dizer que “a inflação foi de tantos por cento”. 
Ao fazer o dinheiro perder valor no tempo, a inflação leva a uma perda de poder de compra. Assim, se a remuneração não acompanha a inflação, ocorre instantaneamente uma descapitalização do indivíduo. Um dos grandes riscos nesse contexto é guardar o dinheiro em casa, em vez de aplicá-lo. Com o tempo, aquelas notas vão perdendo o valor, pois não há nenhuma rentabilidade. 
Como o setor alimentício está extremamente ligado às despesas do dia a dia, no geral todas as classes sociais são afetadas pelo seu encarecimento. No entanto, a inflação alta tem um efeito bastante nocivo para os mais pobres. Itens muito utilizados pelo brasileiro, como o tomate, feijão, cebola, leite e outros sofrem altas frequentes. E a inflação relacionada aos alimentos está diretamente ligada à safras deficientes, períodos de seca ou chuva excessiva. 
Quem tem mais renda em tese tem “um extra” no orçamento que pode ser cortado, tem sobras para acomodar as altas dos preços e tem capacidade de poupar em aplicações financeiras que reponham a inflação. Quem tem renda baixa, contudo, vive com o orçamento apertado e gasta a maior parte do que ganha em alimentos e outros itens básicos. Para elas, a inflação leva a uma considerável queda no padrão de vida. Entre os itens de consumo, a pobreza é mais sensível às variações dos grupos habitação e alimentação.
Assim, podemos afirmar sim que inflação gera empobrecimento. As famílias têm de comprometer uma parcela maior dos seus ganhos com gastos essenciais e têm reduzida a escolha de como gastar. O ritmo de reposição de gastos é mais lento do que o ritmo da inflação. A título de exemplo, para um comerciante é possível repassar o aumento dos custos a frente e repor suas perdas com a inflação, na medida que os reajustes salariais só acontecem uma vez ao ano. Ou seja, ao consumidor final é quase sempre destinada essa “conta que não fecha”, esse prejuízo. Seu salário passa a valer menos, nada é capaz de proteger seu rendimento dessa desvalorização.
Salário e inflação
Relacionando desemprego e salários, obtêm-se a relação de que quanto maior a taxa de desemprego, menor é o salário. Em relação à taxa de inflação e à taxa de inflação esperada, obtêm-se a relação de que um aumento da inflação esperada leva a um aumento da inflação efetiva. 
Quando a taxa de desemprego é alta, os empregos tornam-se difíceis de serem encontrados e as firmas podem preencher suas vagas sem que seja necessário aumentar os salários. Pode até acontecer de os salários caírem, uma vez que os trabalhadores estejam em competição pelos empregos escassos. 
Outro estrago ocasionado pela alta dos preços, ou seja, devido à alta inflação, é no valor real dos contracheques salariais. Se um aumento salarial é anunciado no início de um ano, ele é calculado pela inflação acumulada do ano anterior. O mesmo ocorre com o salário mínimo, que apesar de ter um pouco de ganho, depende do PIB dos dois anos anteriores.
A cada mês, a inflação pode subir. Caso aumente, o salário vale o acertado menos a inflação do mês. Se, em janeiro, um determinado salário aumentou 4%,-- a inflação acumulada no ano anterior --, e, em dezembro, a inflação acumulada seja de 10%, o salário perde 6% para inflação. Ou seja, se o valor era R$ 1 mil, na verdade, está valendo R$ 940.
João Paulo Caldeira relata que no período FHC, “pôde-se observar que toda vez que houve significativo aumento real do salário mínimo, notadamente acima de 5%, houve aceleração da inflação no período seguinte, ou seja, o aumento dado aos salários foi repassado aos preços, como era de se esperar.
No período Lula o governo logrou maior sucesso pois houve anos (2005, 2006) que implicou em aumento real significativo sem repique inflacionário no período seguinte. Ou seja, nos anos Lula observa-se claramente uma maior valorização do salário sem a contrapartida de aumento de preços, indicando que o mercado absorveu mais o impacto sem repassá-lo totalmente.” 
Conclusão
Conforme constatamos no presente estudo a inflação e generalização dos preços diz respeito a variação média dos preços juntamente com a diminuição de poder aquisitivo da população provocando desvalorização do dinheiro. 
A inflação nunca atinge apenas um produto isolado, de tempo em tempo ocorre a alta excessiva do tomate, feijão, gasolina, etc. Ou seja, cinquenta reais compra hoje bem mesmo do que comprava 4 anos atrás, devido à alta de preços. Nos faz pensar que um país como o nosso com tal extensão territorial, diversidade climática e capacidade produtiva, os itens básicos da alimentação da população tenham uma variação de preços tão grande de um ano para outro. 
Trata-se de uma ameaça na vida dos brasileiros, um problema estrutural, a inflação é muito nociva para a economia do país e quem geralmente perde mais são os trabalhadores mais pobres. 
Por tudo isso, a inflação funciona como uma grande chantagem coletiva, uma espécie de vale tudo na economia para ''controlar a inflação''. Mostra maior é a manutenção no Brasil da maior taxa de juros do mundo, que supostamente serviria para controlar tal inflação.
Para manter o nível de inflação esperada, o governo faz uso da política monetária por meio da taxa básica de juros. 
A inflação não se combate com aumento de juros, mas com planejamento e controle de preços numa política programada de desenvolvimento nacional.
Fontes:
QUADROS, Salomão Muito além dos índices: crônicas, história e entrelinhas da inflação 1ª Edição Rio de Janeiro Editora FGV 2008
https://br.advfn.com/economia/inflacao/brasil/historia
http://www.sindipublicos.com.br/artigo-a-inflacao-na-atual-crise-brasileira-desvendando-mitos/
https://brasilescola.uol.com.br/historia/inflacao-no-brasil.htm
https://www.empiricus.com.br/artigos/o-que-e-ipca-acumulado/
https://blog.genialinvestimentos.com.br/dica-genial-como-calcular-a-inflacao-acumulada/
http://estaticog1.globo.com/2013/05/inflacao/page1/images/001GraficoHistoricoInflacao.jpg
https://www.oeconomista.com.br/inflacao-o-que-e-e-como-se-forma/
http://www.ebc.com.br/noticias/economia/2015/08/entenda-inflacao-e-o-impacto-dela-no-seu-bolso (visitado em 20/04/2018)
https://jornalggn.com.br/noticia/analisando-a-relacao-entre-aumento-dos-salarios-e-a-inflacao
 https://www.suapesquisa.com/o_que_e/inflacao.htm
https://www.webartigos.com/artigos/a-inflacao-e-seus-efeitos-na-renda-da-populacao/95969/ 
https://www.webartigos.com/artigos/a-inflacao-e-seus-efeitos-na-renda-da-populacao/95969/

Continue navegando