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1 POLÍMEROS EM SOLUÇÃO Importância dos Polímeros em Solução � Definição das condições de solubilização para polímeros em contato com solventes; � Obtenção de valores de massa molar média; � Estabelecimento de geometrias e tamanhos de macromoléculas. Importância do Estudo das Interações Polímero- Solvente em Solução Solubilização de um Polímero Polímero sólido Gel inchado Solução verdadeira Solvente 1º Estágio 2º Estágio 5 CONFORMAÇÃO EM SOLUÇÃO: NOVELO ALEATÓRIO Sujeita a variações dependendo da temperatura e/ou do poder do solvente. Representação do volume ocupado por uma cadeia polimérica (volume hidrodinâmico). Solubilização de um Polímero Polímero sólido Gel inchado Solução verdadeira Solvente 1º Estágio 2º Estágio Regras básicas (empíricas) de solubilização de um polímero: • Semelhança química e estrutural entre polímero e solvente => “semelhante dissolve semelhante”. • Para um dado par polímero/solvente, semelhança é acrescida com aumento de temperatura e/ou redução da massa molar da cadeia polimérica. • Polímeros termoplásticos altamente cristalinos => solubilidade a temperaturas próximas a temperatura de fusão cristalina (Tm) Parâmetro de solubilidade ( ) 2 13 2 2121 )/( cmcal V HDEC H v m ∆ == −=∆ δ δδφφ Aproximação de Hildebrand ENERGIA COESIVA (Ecoh) Estimativa do parâmetro de solubilidade (δ) meroMM G∑ = ρδ i) Constante de atração molar ρ = densidade do polímero G = constante de atração molar MMmero = massa molar da unidade de repetição Estimativa do parâmetro de solubilidade (δ) ii) Inchamento Curva de inchamento do polímero em vários solventes. δpolímero ≡ δsolvente que causa o maior grau de inchamento (ponto máximo da curva) Parâmetro de solubilidade generalizado 222 phd δδδδ ++= Representação geométrica espacial do parâmetro de solubilidade generalizado e do volume de solubilidade 222 phd δδδδ ++= ( ) ( ) ( )2224 hhtpptddtR δδδδδδ −+−+−≥ Parâmetro de solubilidade generalizado (Hansen) Representação geométrica espacial do parâmetro de solubilidade generalizado e do volume de solubilidade O CENTRO DA ESFERA É DEFINIDO PELO PARÂMETRO DE SOLUBILIDADE GENERALIZADO: PONTO (δδδδd, δδδδh,δδδδp). Parâmetro de solubilidade de uma mistura de líquidos (tiner) 222 )()()( mpmhmdm δδδδ ++= Sendo: 1... ... ... .. 321 3 3 2 2 1 1 3 3 2 2 1 1 3 3 2 2 1 1 =+++ +++= +++= +++= φφφ δφδφδφδ δφδφδφδ δφδφδφδ hhh m h ppp m p ddd m d Círculo de solubilidade bidimensional após simplificação da esfera tridimensional original. 15 CONFORMAÇÃO EM SOLUÇÃO: NOVELO ALEATÓRIO Sujeita a variações dependendo da temperatura e/ou do poder do solvente. Representação do volume ocupado por uma cadeia polimérica (volume hidrodinâmico). COMO CARACTERIZAR AS DIMENSÕES MOLECULARES? CONFORMAÇÃO EM SOLUÇÃO � Macromoléculas com mesma constituição química, configuração e grau de polimerização apresentam muitas macroconformações! DIMENSÕES MACROMOLECULARES � Considerando uma cadeia linear com Nc átomos e comprimento de ligação l: Comprimento de contorno (L) = nl l = comprimento da ligação n = no. de ligações ao longo do esqueleto da cadeia polimérica = Nc -1 l DIMENSÕES MACROMOLECULARES DIMENSÕES MACROMOLECULARES Distância extremo a extremo quadrática média: 2 12 >< r 1. Modelo da cadeia livremente ligada Modelos Teóricos para Cálculo do Comprimento da Cadeia nlr f =>< 2 12 l = comprimento da ligação n = no. de ligações ao longo do esqueleto da cadeia polimérica Comprimento de contorno (L) = nl 2. Modelo da cadeia com rotação tetraédrica livre 2 1 2 12 cos1 cos1 + − =>< θ θ nlr fa nlr fa 22 12 =>< Polímeros derivados de monômeros etilênicos, θ = 109,5° l = comprimento da ligação n = no. de ligações ao longo do esqueleto da cadeia polimérica Θ = ângulo de ligação do esqueleto polimérico 2. Modelo da cadeia com rotação tetraédrica livre 1. Modelo da cadeia livremente ligada Modelos Teóricos para Cálculo do Comprimento da Cadeia 3. Modelo da cadeia tetraédrica com movimento restrito 3. Modelo da cadeia tetraédrica com movimento restrito Considera os efeitos de repulsão presentes em uma dada posição (interações de curto alcance). Φ = ângulo de rotação da cadeia. Ângulo que o próximo C faz com o plano formado pelos 3 átomos de C anteriores a ele. 2 1 2 12 cos1 cos1 cos1 cos1 − + + − =>< φ φ θ θ nlr Flory – Condição na qual, durante o resfriamento de uma solução polimérica, as cadeias do polímero com massa molar infinita estão na iminência da precipitação. Condição instável em que a cadeia polimérica em solução ocupa o menor volume hidrodinâmico, estando na iminência de precipitação. Condição não-perturbada. Na temperatura θ, volume excluído (µ) é zero. Condição Teta (θ) – par solvente/temperatura Determinação do ponto de névoa por turbidimetria Ex.: solução de PHB em clorofórmio a 10% (a) (b) Antes do início da turvação Turvação da solução a -25ºC - Ponto de névoa (Tc) += M b Tc 2111 φ θ Em geral, uma molécula em solução tende a excluir todas as outras do volume que ela ocupa. Consequência: expansão da cadeia. Na temperatura θ, volume excluído (µ) é zero - uma molécula não sente mais a presença de nenhuma outra. T < θ => µ <0 ( atração entre as moléculas poliméricas) Teoria do volume excluído (µ) −= T cte θµ 1 Define quão longe está a condição Teta da condição real. Considera as interações de longo alcance. α = 1 => Condição θ (solvente pobre) α > 1 => Condição perturbada Fator de expansão (α) 2 1 0 2 2 1 2 r r =α Fator de expansão (α) S = raio de giração r = distância extremo a extremo 6 2 12 2 12 >< =>< r s Para cadeias lineares: Termodinâmica de Misturas A mistura de 2 componentes pode originar uma mistura imiscível ou uma solução dependendo da Energia de Gibbs de mistura. Solução 1-2 Mistura imiscível Componente 1 Componente 2 ∆Gm (J/g) pode ser definida pela equação padrão da Termodinâmica: ∆Gm = ∆Hm -T ∆Sm ∆Gm < 0 ∆Gm > 0 ∆Gm = G12 – (G1 + G2) 1 = solvente puro; 2 = soluto puro Soluções ideais: • Todas as moléculas possuem o mesmo tamanho. • Todos os arranjos possíveis possuem a mesma energia ≡ interações entre todos os componentes são equivalentes (mistura atérmica). ∆Hm = 0 ∆Sm > 0 ∆Gm = -T ∆Sm , ∆Gm < 0 Termodinâmica de Soluções Ideais ○ = solvente; ● = soluto Ω = número total de arranjos espaciais distintos, mas de igual energia. K = constante de Boltzmann = 1,38 x 10-23 J/K Termodinâmica de Soluções Ideais Soluto: moléculas de baixo peso molecular Termodinâmica de Soluções Ideais Para solução ideal: Moléculas de substâncias puras idênticas => Ω� = 1,Ω� = 1 Para uma mistura ideal de N1 moléculas de solvente com N2 moléculas de soluto na rede com (N1 + N2) células: Substituindo em (1) e assumindo: ln N! = N ln N – N (Aproximação de Sterling): ∆� = � Ω�� − � Ω� + � Ω� ∆� = � Ω�� 1 Ω�� = �� + �� ! ��! ��! Δ� = � � �� + �� ! ��! ��! Δ� = −� ��� �� (��+��) + ��� �� (��+��) Termodinâmica de Soluções Ideais Considere: Assim: Para a formação de uma solução ideal: ∆� = −� � � �� + � ln �� ;� = ��� � = �� �� ; � = �� �� ; �� = � �! � ; �� = � �! � ∆Gm = -T ∆Sm ∆" = �# � � �� + � ln �� Termodinâmica de Soluções Poliméricas – Teoria de Flory-Huggins Apresentam desvios do comportamento ideal: � Existência de um calor de mistura finito; � Grande diferença de tamanho entre as moléculas; � Efeito da conectividade da cadeia polimérica Teoria de Flory-Huggins = teoria de rede modificada � Diferença de tamanho entre as moléculas; � Interações moleculares. ○ = solvente; ● = soluto • Cadeia polimérica = série de segmentos de igual tamanho da molécula de solvente. • $. &' (')*' +$( &, -,&'., (�) = /� /� (razão entre os volumes molares do polímero e do solvente) •Aproximando: x ~ grau de polimerização Termodinâmica de Soluções Poliméricas – Teoria de Flory-Huggins Soluto: moléculas de baixo peso molecular Soluto: cadeias polméricas Teoria de Flory Huggins – 1o. Estágio DERIVAÇÃO DA EXPRESSÃO DE ∆Sm PARA ∆Hm = 0 (ENTROPIA DE MISTURA COMBINATORIAL) Para solução ideal: Para soluções poliméricas => Ω� = 1,Ω� > 1 Substituindo: Rede contendo N células, onde : N = N1 + xN2 (N2 = no. de moléculas de polímero; x = no. de sítios da rede ocupados por cada molécula de polímero; xN2 = no. de sítios totais da rede ocupada pelo polímero) Simplificando (2): ∆� = � Ω�� − � Ω� + � Ω� ∆� = ln Ω�� Ω� 2 ∆� = ln � �� �� � ��� �� Teoria de Flory Huggins – 1o. Estágio DERIVAÇÃO DA EXPRESSÃO DE ∆Sm PARA ∆Hm = 0 (ENTROPIA DE MISTURA COMBINATORIAL) Considerando: Φ1, Φ2 = Fração volumétrica do solvente e do polímero na rede. Φ� = �� �� + ��� ; Φ� = ��� �� + ��� ∆� = ln � �� �� � ��� �� � = �� �� ; � = �� �� ∆� = ln � �� �� + � � ��� �� ∆� = −� � � 3� + � ln3� (3) � = ��� Teoria de Flory Huggins – 2o. Estágio DERIVAÇÃO DO TERMO QUE CONSIDERA AS INTERAÇÕES INTERMOLECULARES (ENTROPIA DE MISTURA NÃO-COMBINATORIAL + ENTALPIA DE MISTURA ) As interações intermoleculares serão tratadas em termos da energia livre de Gibbs de contato (∆"* 56 7). Para soluções poliméricas , há 3 tipos de contato => solvente-solvente: g11; segmento-segmento: g22 (interações entre diferentes setores da cadeia); solvente-segmento: g12 Para cada 2 contatos solvente-segmento formados na mistura, são perdidos um contato solvente- solvente e um contato segmento-segmento. Assim, a variaação da energia livre de Gibbs de interação para formação de um contato solvente-segmento é: ∆)��= )�� − 1 2 )�� + )�� Considerando p12 = nº total de contatos solvente-segmento em solução: ∆"* 56 7 = 8��∆)�� (4) Teoria de Flory Huggins – 2o. Estágio DERIVAÇÃO DO TERMO QUE CONSIDERA AS INTERAÇÕES INTERMOLECULARES (ENTROPIA DE MISTURA NÃO-COMBINATORIAL + ENTALPIA DE MISTURA ) Cada molécula polimérica possui 2 segmentos vizinhos conectados com exceção dos 2 terminais de cadeia. Z = nº de coordenação, nº de vizinhos mais próximos para um sítio da rede. Assim: (Z-2)x + 2 sítios de rede adjacentes por molécula x é grande => (Z-2)x >>>> 2 (despreza-se os terminais de cadeia) � Nº total de sítios adjacentes para todas as moléculas poliméricas da solução = N2 (Z-2)x Assumindo que a fração ϕ1 destes sítios serão ocupados pelo solvente: � Nº total de interações moleculares solvente-polímero: p12 = N2 (Z-2)x ϕ1 Teoria de Flory Huggins – 2o. Estágio DERIVAÇÃO DO TERMO QUE CONSIDERA AS INTERAÇÕES INTERMOLECULARES (ENTROPIA DE MISTURA NÃO-COMBINATORIAL + ENTALPIA DE MISTURA ) 8�� = �2 : − 2 �∅1 Como: Substituindo: 8�� = : − 2 �1∅2 Substituindo em (4): ∆"* 56 7 = : − 2 �1∅2∆)�� (5) Φ� = �� �� + ��� ; Φ� = ��� �� + ��� → ��Φ� = ���Φ� Teoria de Flory Huggins – 2o. Estágio DERIVAÇÃO DO TERMO QUE CONSIDERA AS INTERAÇÕES INTERMOLECULARES (ENTROPIA DE MISTURA NÃO-COMBINATORIAL + ENTALPIA DE MISTURA ) Pode ser definido o parâmetro de interação polímero –solvente de Flory-Huggins (=): = = : − 2 ∆)�� �# Este parâmetro é admensional dependente da temperatura e caracteriza a interação polímero- solvente: = < 0,5 => bom solvente; = > 0,5 => mau solvente; = = 0,5 => condição Teta. Substituindo em (5): ∆"* 56 7 = �# 1∅2= Teoria de Flory Huggins Finalizando a teoria de Flory-Huggins: ∆Gm = ∆"* 56 7- T ∆Sm ∆Gm = �# [ 1 � 31+ 2 ln32+ 132=] Esta teoria é utilizada para avaliar as propriedades termodinâmicas de equilíbrio de uma solução polimérica, assim como separação de fase, depressão de ponto de fusão de polímeros cristalinos e inchamento de redes. Φ� = �� �� + ��� ; Φ� = ��� �� + ��� � = �� �� ; � = �� �� Φ1, Φ2 = Fração volumétrica do solvente e do polímero na rede. R = constante dos gases ideais = 8,48 x 104 g.cm/mol.k = 0,08207 atm.L/mol.K T = temperatura absoluta (k) = = parâmetro de interação polímero –solvente de Flory-Huggins Determine a entropia de mistura para uma mistura de 500g tolueno e 500g de monômero de estireno. Resposta: 14,09 cal/mol.K Dados: R = 1,99 cal/mol.K; Na = 6,02 x 1023 mol-1
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