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1º TRABALHO- SISTEMAS OPERACIONAIS RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO: VIRTUALIZAÇÃO- PROBLEMAS E DESAFIOS Diego Ribeiro Matos RA: 5120875 O termo virtualização surgiu em 1960 e foi definido como um método facilitador da divisão de recursos de um computador entre vários ambientes de execução. Atualmente, a virtualização conta com um software host, chamado de Virtual Machine Monitor (VMM) ou Hypervisor, que é executado na máquina física e cria ambientes simulados de computação, as VMs. A maior vantagem desse sistema é a possibilidade da execução de sistemas operacionais inteiros em máquinas virtuais. Hypervisor é um termo que se originou em 1972, no sistema IBM, como uma interface de paravirtualização, sendo dividido no momento em: tipo 1 (bare-metal) que executam de forma direta no hardware do sistema host e atua como controlador de hardware e monitor de sistemas operacionais guest; tipo 2 (hosted) que executam um sistema operacional comum permitindo a execução de sistemas operacionais guest. Mesmo com a criação da virtualização em 1960, somente nos anos 2000 que o mercado focou nas vendas desses sistemas devido à evolução dos sistemas de hardware, que passaram por um processo de aumento nas suas capacidades de processamento, memória e disco, e, também, à necessidade em executar diversas tarefas computacionais simultâneas com redução dos custos. Dessa forma, são descritas várias vantagens no uso da virtualização, entre elas podemos citar a consolidação de carga de diversos servidores subutilizados em poucos ou apenas um servidor, a possibilidade de executar legacy software que não funcionam em hardware recente em VMs que simulem hardware compatível, VMs permitem a criação de ambientes seguros e isolados para execução de aplicações não-confiáveis, permite monitoramento de aplicações sem interferir no ambiente de produção, facilita a migração de aplicações e servidores e, por fim, permite simulação de hardware que o usuário não tem disponível. Entretanto, para que a virtualização ocorra de forma ampla e benéfica é necessário a superação de desafios desse processo, mostrado por estudos nessa área. A consolidação dos servidores é sempre associada à virtualização, mas essa consolidação apresenta um sério problema para o desempenho das VMs que pode sofrer interferência das diversas suas cargas. Observou-se em um trabalho realizado que qualquer aplicação, tanto executada em ambiente isolado, quanto em servidor com múltipla carga, sofrem influência no desempenho na consolidação. Todavia, ainda é necessário mais pesquisas e trabalhos na área para analisar e superar esse problema. Uma das consequências da virtualização é a migração dos custos de manutenção e gerenciamento de datacenters por meio de Cloud Computing possibilitando o deployment das VMs de acordo com o interesse dos clientes. No entanto, esse processo não é ágil, o que estimulou estudos para a melhoria do deployment, como a criação do SnowFlock que possibilita o desenvolvimento das máquinas em menos de 1 segundo baseado na técnica de lazy state replication. O trabalho mostrou bons resultados,mas ainda é necessário o desenvolvimento de mais estudos para melhorar o desempenho do deployment. Outra questão a ser resolvida com o uso da virtualização é o gasto de energia, minimizar esses gastos é de extrema importância para isso foi criado um mecanismo de gerenciamento de energia, o VirtualPower Management (VPM), que gerencia a energia consumida sem impactar no desempenho do sistema, conforme mostrado nos testes. Além disso, é percebido uma sobrecarga ao analisar os programas no tempo de execução que influencia de forma significante no desempenho de produção, fator que foi pesquisado e analisado para propor soluções, como a criação da Aftersight, que apresenta-se como uma técnica promissora mas limitada por impactar no desempenho das cargas, o que evidência a necessidade de mais trabalhos para analisar esse fator e melhorar o desempenho da virtualização. A virtualização em supercomputadores é um plano ainda muito inicial quando se trata de virtualização, a IBM possui um projeto em andamento sobre o assunto, o Project Kittyhawk que mostra que os modelos de virtualização existentes até o momento não são adequados para o uso em supercomputadores. Para que ocorra essa virtualização é necessário que haja um sistema bem específico com características próprias como um processo de fabricação em larga escala bem consolidado, entre outros. Dessa forma, a plataforma Blue Gene/P é ideal para essa finalidade, sendo testada e mostrada sua possível utilização. Entretanto, ainda é necessário mais estudos e pesquisas para a implementação da virtualização em supercomputadores. É necessário abordar também sobre o gerenciamento de memória em VMs. Estudos apontam a possibilidade da melhoria do consumo de memória por meio de compartilhamento de páginas, além de patching de páginas e compressão de páginas. Baseado nisso, houva a implementação do Difference Engine, que proporciona o melhor uso da memória compartilhada entre diversas VMs. Com a técnica do compartilhamento é possível compartilhar apenas páginas idênticas, diferente da técnica de panching que possibilita o compartilhamento de páginas quase idênticas também. A técnica de compressão é utilizada quando as páginas não serão usadas em futuro próximo. Todas as técnicas maximizam a eficiência do gerenciamento de memória, principalmente quando são associadas entre si. Por fim, a paravirtualização é uma alternativa interessante para usuários de aplicações de computação intensiva, nela há modificação dos sistemas operacionais afim de melhorar o desempenho ao se utilizar a virtualização. Estudos mostram que a paravirtualização oferece pouco impacto no desempenho de aplicações de HPC, o que surpreendeu de forma positiva os pesquisadores e possibilita a utilização dessa técnica pelos usuários. Dessa forma, observa-se que a virtualização é uma técnica antiga, entretanto, começou a ser utilizada recentemente, fazendo com que vários estudos tenham sido desenvolvidos para avaliar seu desempenho e gerar melhorias nessa metodologia, que ainda necessita de vários estudos para ampliar cada vez mais sua utilização de forma plena.
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