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* Faculdade de Ciências Jurídicas Curso de Direito Disciplina: Psicologia Jurídica TURMA – A Noturno – 2010.1 Profa. Amanda Rana Maio/2010 * * * Psicopata, a rigor designa toda pessoa que sofre de doença mental seja neurose ou psicose ou tem personalidade psicopática. Contudo essa última categoria nosológica em especial, dá o nome ao grupo conhecido como sociopatas. Estes por sua vez, na perspectiva psicanalítica são os portadores de neuroses de caráter ou perversões sexuais. Psicopata * Atualmente, ambos termos se referem ao indivíduo com transtorno de personalidade antissocial. Para alguns especialistas, como Robert Hare, a diferença entre a psicopatia e a sociopatia consiste basicamente na origem do transtorno. Quando o distúrbio é originado a partir do próprio meio social, é denominado como sociopatia. O indivíduo que "aprendeu" a cometer atitudes antissociais no próprio meio em que vivia Já o psicopata consiste na combinação de fatores como biológicos, genéticos e socioambiental. Por exemplo, o indivíduo que aparentemente "nasce" psicopata, independente de ter vivido num ambiente com baixo nível socioeconômico. PSICOPATIA X SOCIOPATIA * Para outros especialistas, a psicopatia e a sociopatia são duas manifestações diferentes do transtorno de personalidade antissocial. Tem como causa uma interação variada entre fatores genéticos/biológicos e fatores ambientais, mas a psicopatia tende para fatores genéticos, enquanto que a sociopatia, para o lado socioambiental. PSICOPATIA & SOCIOPATIA * As crianças podem exibir cedo indícios de que serão adultos psicopatas. Mas, como ainda não têm a personalidade formada, elas recebem outro diagnóstico: TRANSTORNO DE CONDUTA Anjos Malvados * Nem toda criança com transtorno de conduta vai torna – se um psicopata, mas todo psicopata passou pelo transtorno de conduta. IMPORTANTE * Se não for tratado, tal transtorno corre o risco de se tornar um Transtorno da Personalidade Anti - Social. Psicopatia Não pode ser diagnosticado antes dos 18 anos. * Um padrão de comportamento repetitivo que viola regras morais e direitos básicos dos outros. Transtorno de Conduta * Um padrão pervasivo de desrespeito e violação aos direitos dos outros, que ocorre desde a adolescência, como indicado por pelo menos três dos seguintes critérios: Critérios Diagnósticos - Grupo A 301.7 * 1.Fracasso em conformar-se às normas sociais com relação a comportamentos legais, indicado pela execução repetida de atos que constituem motivo de detenção; 2.Impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro; 3.Irritabilidade e agressividade, indicadas por repetidas lutas corporais ou agressões físicas; 4.Desrespeito irresponsável pela segurança própria ou alheia; Critérios Diagnósticos - Grupo A 301.7 * 5.Irresponsabilidade consistente, indicada por um repetido fracasso em manter um comportamento laboral consistente ou honrar obrigações financeiras; 6.Ausência de remorso, indicada por indiferença ou racionalização por ter ferido, maltratado ou roubado outra pessoa; 7.Tendência para enganar, indicada por mentir repetidamente, usar nomes falsos ou ludibriar os outros para obter vantagens pessoais ou prazer Critérios Diagnósticos - Grupo A 301.7 * O comportamento humano é extremamente complicado e o resultado de uma interação de muitos fatores sociais, biológicos e psicológicos. "Existem muitos fatores envolvidos no crime. A função cerebral mais uma delas", diz o Prof. Adrian Raine (foto). Por Prof. Adrian Raine * Psicopatas, pessoas extremamente violentas que podem até matar, mentirosos compulsivos. Para o psicólogo inglês Adrian Raine, professor do Departamento de Psicologia e Psiquiatria da Universidade de Pensilvânia, nos Estados Unidos, 50% dos criminosos apresentam alterações genéticas em sua função cerebral, que podem levar ao crime. Raine, que estuda o tema há 30 anos, passou quatro anos em prisões de segurança máxima na Inglaterra, avaliando imagens em PET do cérebro de pessoas violentas e serial killers. Fundamentos de Raine * Estudos apontam que, comparado a cérebros normais, o de psicopata tem menor atividade nas estruturas ligadas às emoções e maior nas ligadas à razão. Morfologia Cerebral do Psicopata * As áreas em vermelho e amarelo mostram uma atividade metabólica mais alta, e em preto e azul, uma atividade metabólica mais baixa. O cérebro de um sociopata (direita) tem uma atividade muito baixa em muitas áreas, mas que é fortemente ausente na área frontal (parte superior das imagens). Imagens de Adrian Raine, University of Southern California, Los Angeles, USA. Morfologia Cerebral do Psicopata * Do ponto de vista jurídico, os Psicopatas são totalmente responsáveis pelos seus atos? Questionamento... * Imputabilidade ou semi - imputabilidade aos agentes de transtorno anti-social? Código de Processo Penal - CPP - L-003.689-1941. Livro I. Do Processo em Geral. Capítulo VIII Da Insanidade Mental do Acusado Art. 149 - Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz ordenará, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, do ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja este submetido a exame médico-legal. * Segundo o Psicólogo Rorbert Hare Os sociopatas são incapazes de aprender com a punição, e de modificar seus comportamentos. Quando eles descobrem que seu comportamento não é tolerado pela sociedade, eles reagem escondendo-o, mas nunca o suprimindo, e disfarçando de forma inteligente as suas características de personalidade. * Segundo Hare, existem duas correntes, : Uma corrente defende que o psicopata não entende as conseqüências de seus atos, logo não deveria responder criminalmente de forma absoluta; A outra corrente, da perspectiva jurídica, entende que o sociopata sabe o que a sociedade considera uma conduta errada e mesmo assim ele decide fazer, então deve ser responsabilizado pelo crime Especialistas em Distúrbios Mentais X Profissionais de Justiça * Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Redução de pena Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Código Penal Brasileiro DECRETO-LEI N.º 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940 * Art. 98 - Na hipótese do parágrafo único do art. 26 deste Código e necessitando o condenado de especial tratamento curativo, a pena privativa de liberdade pode ser substituída pela internação, ou tratamento ambulatorial, pelo prazo mínimo de 1 (um) a 3 (três) anos, nos termos do artigo anterior e respectivos §§ 1º a 4º. Direitos do internado Art. 99 - O internado será recolhido a estabelecimento dotado de características hospitalares e será submetido a tratamento. DECRETO-LEI N.º 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940 Código Penal Brasileiro * A Aplicação da Norma no Brasil http://www.uj.com.br/ Atualmente, pelo sistema vicariante de aplicação da pena, conforme disposição do artigo 98 do Código Penal, ao agente semi-responsável, quando comete fato típico e antijurídico, poderá o juiz ou aplicar pena reduzida, ou medida se segurança, nos termos do artigo 26 do mesmo diploma. * É facultativa e não obrigatória a redução da pena autorizada pelo art. 22, parágrafo único do CP (atual art. 26, parágrafo único). A Aplicação da Norma no Brasil http://www.uj.com.br/ * Face à periculosidade do agente, por umaquestão de paz social, dentre outros fatores, entende-se ser mais conveniente ao agente portador de personalidade psicopática a imposição de medida de segurança em substituição à redução da pena privativa de liberdade, pois a simples redução da pena cumprida em cadeia pública fugiria totalmente ao caráter de ressocialização da pena, pois de nada serviria o tempo que passasse recluso nas penitenciárias devido a sua característica de não aprendizagem com a punição. A Aplicação da Norma no Brasil http://www.uj.com.br/ * “realizar uma análise da etiologia, dos fatores endógenos e exógenos que o levam ao cometimento do homicídio, fazendo uma abordagem do ponto de vista jurídico, psiquiátrico e psicológico”. Dalila Wagner Ficou claro para o grupo que só a discussão e o debate pode possibilitar um entendimento melhor sobre cada caso, onde cabe: * Hermenêutica Como a hermenêutica pode está sendo utilizada em tais circunstâncias? * O homem é o único ser capaz de fazer mal a seu semelhante pelo simples prazer de fazê-lo. Schopenhauer * CASOS * * * * * * * * * * . EQUIPE Aldo Nonato Borges Junior Aline Peixoto Leite Thais Wagner Takayoshi Ogata Victor Bahia
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