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2015 01 apostila teoria geral do direito tributario 1º Bimestre

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TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO
Profa. Mônica Vieira Bortolassi
1º Bimestre
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS 
1. Conceito de tributo
“Tributo é toda a prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada” (Artigo. 3º do Código Tributário Nacional).
O tributo é composto dos seguintes elementos:
prestação pecuniária: deve ser pago em moeda nacional(dinheiro) ou por outro meio que represente a moeda, como é o caso da dação em pagamento prevista no art. 156, inciso IX, do CTN; 
prestação compulsória:o pagamento do tributo é obrigatório, não sendo facultativo nem contratual;
não constitui sanção de ato ilícito: o tributo não se confunde com a multa, pois não tem caráter punitivo;
obrigação ex lege: o dever de pagar o tributo é derivado de lei: Princípio da Legalidade Tributária (art. 150, I da CF) o tributo só pode ser criado ou majorado por lei. 
cobrado mediante atividade administrativa vinculada e obrigatória: o lançamento (art. 142 do CTN) é a atividade administrativa vinculada e obrigatória a que se refere o art. 3º do CTN.
2) Classificação das espécies de tributos
O art. 145 da CF dispõe:
“Art. 145.A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintestributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.”
A interpretação literal do art. 145 da CF leva ao entendimento de que existiriam apenas três espécies de tributos: os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria. Entretanto, a interpretação sistemática dos arts. 145, 148 e 149 da Constituição Federal leva à conclusão de que os tributos se classificam nas seguintes espécies:
- impostos (art. 145, I da CF);
- taxas (art. 145, II da CF);
-contribuições de melhoria (art. 145, III da CF);
- empréstimos compulsórios(art. 148 da CF); 
- Contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico, de interesses de categorias profissionais ou econômicas e contribuições para a Seguridade Social (art. 149 e195 da CF);
- Contribuição de iluminação pública-COSIP (art. 149-A da CF).
2.1- IMPOSTOS:
A definição dos impostos se encontra no art. 16: "Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal.
Como se verifica, a hipótese prevista na lei que gerará a obrigação de pagar o imposto não está vinculada a nenhuma atividade estatal específica relativa ao contribuinte. 
Nesse contexto, o art. 167, IV da Constituição Federal proíbe a vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. 
2.1.1) Competência para instituição de impostos
a) Impostos Federais (art. 153 da CF):
I) Imposto sobre importação (II);
II) Imposto sobre a exportação (IE);
III) Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza (IR);
IV) Imposto sobre produtos industrializados (IPI);
V) Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativo a títulos ou valores mobiliários (IOF).
VI) Imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR);
VII) Imposto sobre grandes fortunas (IGF).
b) Impostos Estaduais e do Distrito Federal (art. 155 da CF):
I) Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doações (ITCMD);
II)Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual ou Intermunicipal e Comunicação (ICMS);
III) Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).
c) Impostos municipais e do Distrito Federal (art. 156 da CF):
I) Imposto sobre a propriedade predial territorial urbano (IPTU).
II) Imposto sobre transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física e de direitos reais sobre imóveis (ITBI).
III) Imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS).
Taxas
O art. 145, II da Constituição Federal dispõe:
“Art. 145. A União Federal, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
II- taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição.
O art. 77 do CTN prevê:
“Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.”
As taxas são tributos cobrados pela União, pelos Estados, pelos Municípios e pelo Distrito Federal que têm como hipótese de incidência o exercício regular do poder de polícia ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
O parágrafo 2º, do art. 145 da CF prevê que as taxas não poderão ter base de cálculo e fato gerador idênticos a dos impostos.
As taxas não se confundem com tarifa. Taxa é tributo, tarifa é preço público não se sujeitando aos princípios constitucionais tributários. 
2.2.1) Taxas de serviço:
De acordo com o art. 145, II da CF apenas os serviços públicos específicos e divisíveis poderão ser remunerado por taxas.
O art. 79, II do Código Tributário Nacional dispõe:
Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:
II- específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de unidade, ou de necessidades públicas;
Segundo Roque Antonio Carrazza, os serviços públicos específicos são singulares porque são utilizados individualmente e podem ser mensurados. A divisibilidade do serviço público a ser tributado pela taxa, por sua vez,está relacionada com a possibilidade de avaliação da sua utilização efetiva ou potencial, individualmente considerada.[2: Curso de Direito Constitucional Tributário. 24ª ed. rev. ampl. atual. Malheiros, São Paulo, 2008, p. 526.]
O Supremo Tribunal Federal, em decisão plenária, no Recurso Extraordinário 233.332-6/RJ, manifestou-se quanto à inconstitucionalidade da taxa de iluminação pública por reconhecer que o fato gerador desta taxa é um serviço público inespecífico e indivisível.
2.2.2. Taxa de polícia
A taxa de polícia tem por hipótese de incidência o exercício do poder de polícia diretamente referido ao contribuinte.
O poder de polícia público pode se manifestar sob várias formas, de acordo com o art. 78 do CTN:
“Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.”
Hugo de Brito Machado demonstra que são exemplos de taxas de polícia, as“(...) taxas nas quais o fato gerador é o exercício do poder, ou da atividade de polícia (...): a taxa de licença para localização e funcionamento, cobrada por diversos municípios brasileiros de quem quer se estabelecer com qualquer atividade empresarial; a taxa de licença para publicidade, cobrada dos que utilizam os denominados outdoors e outras placas ou faixas com anúncios; a taxa de licença para construções ou edificações, entre outras”.[3: Hugo de Brito Machado. Curso deDireito Tributário. 29ª ed. São Paulo, Malheiros, p. 426.]
Outro exemplo de taxa de polícia é a taxa de inspeção sanitária cobrada por alguns municípios em contraprestação à fiscalização executada nas instalações sanitárias de bares e restaurantes.
A segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça já se manifestou quanto a legalidade da cobrança da taxa de afixação de placas e luminosos:
A base de cálculo das taxas deve corresponder à quantificação do seu fato imponível. 
Contribuição de melhoria:
Tributo cobrado pela União, pelos Estados, pelos Municípios e pelo Distrito Federal que tem como finalidade de instituição o custeio de obra pública, da qual decorra valorização imobiliária, tendo como limite total à despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado (art. 81 do CTN).
O art. 81 do CTN determina que a contribuição de melhoria deve respeitar um limite global, que corresponde ao total da despesa realizada e um limite individual, ou seja, a cobrança deverá ser proporcional ao acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado;
Em caso de guerra externa, a União Federal poderá instituir simultaneamente, o empréstimo compulsório e o imposto extraordinário (compreendidos ou não em sua competência tributária, o qual será suprimido, gradativamente, cessadas as causas de sua criação) previsto no inciso II, do art. 154 da CF.
Empréstimo Compulsório:
O art. 148 da CF dispõe:
“Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição”.
O empréstimo compulsório é um tributo que, exclusivamente, só pode ser instituído por lei complementar, pela União Federal e que tem por finalidade (i) atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, e (ii) no caso de interesse público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.
O parágrafo único, do art. 148 da CF, prevê que a receita advinda da arrecadação do empréstimo compulsório deve estar vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
Trata-se de um tributo restituível. O parágrafo único, do art. 15 do CTN prevê:
“Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos compulsórios:
.......................................................................................................
Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as condições de seu resgate, observando, no que for aplicável, o disposto nesta Lei.”
Roque Antonio Carrazza, explica que “se a lei que instituir o empréstimo compulsório não previr a devolução integral do produto de sua arrecadação, será inconstitucional, por ensejar um confisco vedado pelo art. 150, IV do Texto Supremo”.[4: Roque Antonio Carrazza.Curso de Direito Constitucional Tributário.24ª ed. rev. ampl. atual. São Paulo,Malheiros, 2008, p. 562.]
O empréstimo compulsório instituído com fundamento no inciso II, do art. 148 da CF deve atender o princípio da anterioridade anual (art. 150, III, b da CF).
2.5. Contribuições
As contribuições são tributos vinculados “(...) cuja hipótese de incidência consiste numa atuação estatal indireta e mediatamente (mediante uma circunstância intermediária) referida ao obrigado”. [5: Geraldo Ataliba apud José Eduardo Soares de Melo, Curso de Direito Tributário, 8ª ed., São Paulo, Dialética, 2008, p. 87.]
Segundo o art. 149 da Constituição Federal:
“Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.”
Da interpretação do art. 149 da Constituição Federal as contribuições podem ser classificadas em: a) contribuições sociais; a.1) contribuições para a Seguridade Social; b) contribuições de intervenção no domínio econômico; c) contribuições corporativas; d) contribuição sobre a iluminação pública.
As contribuições do art. 149 da Constituição Federal sujeitam-se ao Princípio da Legalidade e às normas gerais de Direito Tributário, tendo este dispositivo ressalvado que às contribuições para a Seguridade Social será aplicada regra própria.
A Constituição Federal fixou as finalidades a serem atendidas pelas contribuições, quais sejam: a) a intervenção no domínio econômico; b) o atendimento de categorias profissionais ou econômicas; c) o custeio da seguridade social.
A receita destes tributos deverá destinar à viabilização ou ao custeio de uma das atividades do art. 149 da CF. Esta vinculação é o que as diferencia dos impostos.
A destinação da receita resultante da arrecadação das contribuições deve estar prevista na lei que instituir este tributo. À respeito, Roque Antonio Carrazza ensina que “o eventual desvio desta destinação acarretará a injuridicidade da própria cobrança”.[6: Roque Antonio Carrazza. Curso de Direito Constitucional Tributário, 24ª ed. rev. ampl.atual., São Paulo, Malheiros, p. 581.]
Uma contribuição poderá ter a mesma hipótese de incidência de um imposto. É o caso da contribuição social sobre o lucro (CSLL), cuja hipótese incidência coincide com a do Imposto de renda. Roque Antonio Carrazza ensina que se a receita desta contribuição for destinada a sua finalidade (custeio da seguridade social) não há que se falar em bis in idem, nem em bitributação.[7: Roque Antonio Carrazza. Curso de Direito Constitucional Tributário, 24ª ed. rev. ampl.atual., São Paulo, Malheiros, p. 582.]
No bis idem o mesmo fato jurídico é tributado duas ou mais vezes pelo mesmo ente político.
Na bitributação o mesmo fato jurídico é tributado duas ou mais vezes por entes políticos distintos. 
*************************************************************************
BIBLIOGRAFIA
CARRAZZA,Roque Antonio.Curso de Direito Constitucional Tributário. 24ª ed. rev. ampl. atual. São Paulo, Malheiros, 2008.
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 29ª ed. São Paulo,Malheiros, 2008.
MELO. José Eduardo Soares de Melo. Curso de Direito Tributário. 8ª ed., São Paulo, Dialética, 2008.
Lembrete:
ESTUDAR AINDA OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS DA ANTERIORIDADE E DA LEGALIDADE
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