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310 UtilizaYYo do Kinesio Taping na CondromalYcia Patelar

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1 Graduada em Fisioterapia. 
2 Orientadora. Graduada em Fisioterapia. Especialista em Metodologia do Ensino Superior. 
 
 
Utilização do Kinesio Taping na Condromalácia Patelar 
 
 
Rita de Cássia Abecassis Garcia1 
abecassisrita@yahoo.com.br 
Dayana Priscila Maia Mejia2 
Pós-Graduação em Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia_ Faculdade de Faipe 
 
 
Resumo 
 
A pesquisa refere-se à utilização do Kinesio Taping na Condromalácia Patelar, é um termo 
aplicado à perda de cartilagem envolvendo uma ou mais porções da patela; sua incidência 
na população é muito alta, aumentando conforme a faixa etária, sendo mais comum em 
pacientes do sexo feminino e com excesso de peso. Devido à natureza multifatorial da 
condromalácia, muitas têm sido as propostas de intervenção em fisioterapia para esta 
condição clínica. No entanto, reconhece-se que uma das estratégias mais utilizadas e aceites 
pela comunidade clínica seja o tape patelar. O intuito foi fazer uma análise bibliográfica, 
com o objetivo de evidenciar nesse contexto, a utilização do Kinesio Taping na 
Condromalácia Patelar. O presente estudo caracterizou-se por ser de revisão literária de 
bibliografias. Foram incluídos estudos que demonstrassem a utilização da Kenesio Taping na 
Condromalácia Patelar, ou que contribuíssem para o objetivo do presente estudo, publicados 
entre 2004 a 2014 na língua portuguesa. A presente pesquisa foi realizada desde fevereiro 
até dezembro de 2014. Ficou evidente na presente pesquisa que o Kinesio Taping tem sido 
uma estratégia amplamente estudada pela comunidade científica, pois consiste na aplicação 
de uma fita adesiva, no trajeto do músculo, promove estímulos mecânicos constantes na pele. 
 
Palavras-chave: Kinesio Taping. Condromalácia Patelar. 
 
 
1. Introdução 
A articulação do joelho suporta o peso do corpo e transmite forças provenientes do solo, ao 
mesmo tempo permitindo uma grande quantidade de movimento entre os ossos nele 
envolvidos. Na posição estendida a articulação do joelho fica estável devido ao alinhamento 
vertical, à congruência a superfícies articulares e ao efeito da gravidade sobre a articulação. 
Em qualquer posição fletida a articulação do joelho fica móvel e requer estabilização especial 
da potente cápsula, ligamentos e músculos que a cercam (PONTEL, 2004). 
O autor citado acima relata ainda que os ligamentos que cercam o joelho sustentam a 
articulação passivamente, na medida que são carregados somente em tensão. Os músculos que 
suportam a articulação ativamente são também carregados na tensão e o osso oferece suporte 
e resistência às cargas compressivas. A estabilidade funcional da articulação deriva da 
restrição passiva dos ligamentos, da geometria articular, dos músculos ativos e das forças 
compressivas que empurram um osso contra o outro. 
De acordo com Freire et al., (2006) a condromalácia de patela é um termo aplicado à perda 
de cartilagem envolvendo uma ou mais porções da patela; sua incidência na população é 
muito alta, aumentando conforme a faixa etária, sendo mais comum em pacientes do sexo 
feminino e com excesso de peso. 
As causas de condromalácia incluem instabilidade, trauma direto, fratura, subluxação patelar, 
aumento do ângulo do quadríceps (ângulo Q), músculo vasto medial ineficiente, mau 
alinhamento pós-traumático, síndrome da pressão lateral excessiva e lesão do ligamento 
cruzado posterior (FREIRE et al, 2006). 
 2 
 
 
 
 
Devido à sua natureza multifactorial, muitas têm sido as propostas de intervenção em 
fisioterapia para esta condição clínica. No entanto, reconhece-se que uma das estratégias mais 
utilizadas e aceites pela comunidade clínica seja o tape patelar. De acordo com a autora, os 
objetivos da aplicação do tape baseiam-se em dois pontos essenciais: 1) na correção da patela 
dentro da tróclea femural, promovendo um aumento das áreas de contato e diminuindo o 
stress articular, resultando numa diminuição da intensidade da dor e 2) facilitar a atividade 
(intensidade e recrutamento) do VIO através da sua influência na relação comprimento-tensão 
do tecido muscular (JARDIM, 2008). 
Esse estudo busca subsídios teóricos, para que seja realizada de forma segura e efetiva, 
evidenciando nesse contexto, a utilização do Kinesio Taping na Condromalácia Patelar, haja 
vista que, no contexto social e no processo saúde-doença, é de grande interesse social a busca 
da melhoria da qualidade de vida desses pacientes. 
 
2. Fundamentação Teórica 
2.1 Anatomia do joelho 
A articulação do joelho é a maior e uma das mais complexas articulações do corpo. Ela é uma 
articulação em dobradiça sinovial, que satisfaz os requisitos de uma articulação de sustentação 
de peso, permitindo livre movimento em um plano somente combinado com considerável 
estabilidade, particularmente em extensão (MULLER, 2006). 
O autor citado acima relata ainda que geralmente estabilidade e mobilidade são funções 
incompatíveis na maioria das articulações sacrificando uma pela outra. Entretanto, no joelho 
ambas as funções são executadas pela interação de ligamentos, músculos e movimentos 
complexos de deslizamento e rolamento nas superfícies articulares. 
 
2.1.1 Ossos do joelho 
As partes ósseas da articulação do joelho incluem o fêmur distal, a tíbia proximal e a patela. 
Sua estrutura é complexa, pois consiste em três articulações: uma intermediária entre a patela 
e o fêmur, outra lateral e a terceira medial entre os côndilos femorais e tibiais. As faces 
articulares são os grandes côndilos curvos do fêmur, os côndilos achatados da tíbia e as 
facetas da patela (GUAITANELE, 2004; LIMA e JAYME, 2004; GARRIDO et al, 2011; MASCARENHAS 
et al, 2010). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://cesarmartins.com.br/?area=cartilagem 
Figura 1: Ossos do Joelho 
 3 
 
 
 
 
2.1.2 Ligamentos do joelho 
De acordo com Cirimbelli (2005), os ligamentos unem os ossos que compreendem uma 
articulação. Dão estabilidade e permitem o movimento desta articulação. Não podem resistir 
ao movimento, mas fornecem um controle contra instabilidade na amplitude máxima de 
movimento da articulação. 
 
[...] os ligamentos cruzados (do latim crux, cruz) anterior e posterior 
conferem controle e estabilidade ao joelho durante os movimentos inteiros de 
flexão e de extensão. Estes recebem o seu nome porque formam uma cruz 
quando vistos de lado ou de frente. Os ligamentos cruzados anterior e 
posterior estendem-se do osso adjacente à fossa intercondilar do fêmur até a 
tíbia, na frente e atrás da eminência intercondilar, respectivamente. Os 
ligamentos cruzados são considerados estruturas intra-articulares, embora 
sejam localizados fora da cápsula sinovial, sendo denominados de acordo 
com suas inserções relativas à tíbia. Os ligamentos colaterais medial (tibial) e 
lateral (fibular) impedem movimento passivo do joelho no plano frontal. 
Secundariamente, os ligamentos colaterais restringem desvio anterior e 
posterior da tíbia bem como rotação quando o joelho é estendido 
(CIRIMBELLI, 2005). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.drmarcospaulopires.com.br/Joelho.aspx 
Figura 2: Ligamentos do Joelho 
 
2.1.3 Músculos e tendões 
De acordo com Lima (2007), os quatro extensores do joelho consistem em reto da coxa, vasto 
intermédio, vasto lateral e vasto medial são coletivamente conhecidos como quadríceps 
femoral. O ligamento da patela (também conhecido como ligamentum patellae, tendão patelar 
e tendão infrapatelar) é a extensão do complexo muscular doquadríceps desde o pólo inferior 
da patela até a tuberosidade da tíbia, na parte ântero-posterior [...] 
 
[...] o tendão de inserção destas porções do músculo quadríceps da coxa é o 
mesmo que serve à inserção do músculo reto da coxa. O ligamento patelar, 
que se estende do ápice da patela à tuberosidade da tíbia, é, na verdade, a 
extremidade distal do tendão do quadríceps. Este tendão emite fortes 
expansões fasciais, os retináculos medial e lateral da patela, que unem seus 
lados e o ligamento patelar aos côndilos femorais e tibiais e ajudam a formar 
a cápsula da articulação do joelho. 
 
 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://fernandacristofolini.com.br/ 
Figura 3: Músculos do Joelho 
 
Os principais flexores do joelho consistem em três grandes músculos femorais, coletivamente 
conhecidos como músculos isquiotibiais da coxa: bíceps femoral, semitendíneo e 
semimenbranáceo. Os músculos isquiotibiais atravessam tanto a articulação do joelho como a 
do quadril e, portanto, têm função não apenas como flexores do joelho, mas também 
extensoras do quadril [...] 
 
[...] na flexão da perna ela pode tocar a face posterior da coxa, sendo a 
extensão o retorno do segmento de qualquer grau de flexão. A extensão é, 
obviamente, menos ampla. Outros músculos que compõem a flexão do joelho 
são: gastrocnêmio, poplíteo e o trato iliotibial (Dangelo e Fattini, 2004 apud 
Lima 2007). 
 
2.1.4 Biomecânica femoropatelar 
A articulação femoropatelar é constituída pela face patelar (fêmur) e a face posterior da 
patela, esses dois ossos precisam funcionar em perfeita harmonia para que haja não só um 
bom deslizamento da patela sobre o fêmur, mais também para que os côndilos femorais 
possam rolar, deslizar e rodar sobre o platô tibial [...] 
 
[...] O perfeito funcionamento femoropatelar será influenciado vigorosamente 
pelos estabilizadores estáticos (estruturas não contráteis) e dinâmicos 
(estruturas contráteis) da articulação. A patela se desloca constantemente nos 
movimentos ativos do joelho, movimentando-se, em um padrão com um 
formato de “C”. No plano frontal em extensão do joelho a 0 graus começa 
supero – lateral, a partir dos primeiros 40 graus de flexão a patela tornar-se 
mais inferiorizada e medializada. No plano sagital a patela sofre uma flexão 
de 65 a 75 graus, que ocorre depois da flexão da tíbia. As áreas de contato da 
patela com o fêmur serão estabelecidas de acordo com o ângulo de flexão do 
joelho e pela força de contração excêntrica do quadríceps. Na flexão do 
joelho o quadríceps produz uma força dirigida para cima, enquanto o tendão 
patelar suporta essa força em sentido oposto. A resolução dessas 
forças,origina uma resultante no sentido posterior, que provoca o aumento da 
compressão da patela com o fêmur. Em ângulos inferiores a 30 graus, a 
compressão femoropatelar diminui (VEIGA, 2007). 
 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://fernandacristofolini.com.br/ 
Figura 4: CondrBiomecânica 
 
2.2 Condromalácia 
O termo condromalácia é utilizado para definir uma doença inflamatória e degenerativa que 
acomete a cartilagem da patela. Atinge mais comumente mulheres e adultos jovens e está 
intimamente relacionado ao tipo de atividade física e/ou ao encurtamento muscular dos 
membros inferiores (isquiotibias) (SILVA et al, 2004). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://ozoneoil.blogspot.com.br/2014/01/tratamento-de-joelhos-e-articulacoes.html 
Figura 5: Condromalácia 
 
2.2.1 Classificação 
Segundo MONNERAT et al, (2010), a classificação descrita por Outerbridge (1961), existem 4 
níveis de condromalácia patelar, de acordo com o estágio de deterioração da cartilagem: 
 
- I - amolecimento da cartilagem e edemas 
- II - fragmentação de cartilagem ou fissuras com diâmetro 
- III - fragmentação ou fissuras com diâmetro > 1,3cm 
- IV - erosão ou perda completa da cartilagem articular, com exposição do osso 
subcondral. 
 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://fernandacristofolini.com.br/ 
Figura 6: Condromalácia patelar 
 
2.2.2 Quadro clínico 
De acordo com Ramos (2011), os principais sintomas podem ser: dor na região anterior do 
joelho (atrás da patela) ao subir e descer escadas ou mesmo ladeiras, aos exercícios físicos, ao 
levantar de uma cadeira, ao agachar-se e até mesmo ao manter o joelho flexionado por 
períodos prolongados; crepitação e estalidos atrás da patela ao flexionar e extender o joelho, 
por vezes audíveis; edema e derrame articular que são ocasionados pelo acúmulo excessivo de 
líquido sinovial formado no processo inflamatório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://fernandacristofolini.com.br/ 
Figura 7: Condromalácia patelar 
 7 
 
 
 
 
2.2.3 Etiologia 
As causas da condromalácia envolvem alterações de alinhamento da patela, que excursiona 
fora do local adequado, ocasionando atrito entre sua superfície articular e a superfície articular 
do fêmur, desse modo provocando “desgaste” [...] 
 
[...] Tais alterações de alinhamento muitas vezes estão relacionadas à 
desequilíbrios da musculatura do quadríceps como atrofias, hipotrofias e 
encurtamentos musculares; variações anatômicas tanto do fêmur como da 
patela (rotação interna femural, tróclea rasa, patela alta, ...). Também estão 
correlacionados microtraumatismos de repetição, bastante comuns em 
esportes de impacto (futebol, vôlei, basquete, ...). Deve ainda ser citada a 
chamada causa idiopática, quando não são identificadas alterações 
anatômicas que justifiquem o desenvolvimento da doença (MONNERAT et 
al, 2010). 
 
2.2.4 Diagnóstico 
Nos pacientes jovens, as lesões da cartilagem, se não forem diagnosticadas e tratadas, podem 
resultar em osteoartrose prematura. Utilizando-se a radiografia simples e a tomografia 
computadorizada, consegue-se diagnosticar lesões condrais, indiretamente, pela presença de 
osteófitos, cistos e esclerose subcondrais e redução do espaço articular, e injetando-se 
contraste intra-articular é possível, por meio destes dois métodos, demonstrar diretamente 
lesões condrais, notadamente pela tomografia computadorizada. A ressonância magnética, 
com seu excelente contraste de partes moles, é a melhor técnica de imagem disponível para 
estudo das lesões de cartilagem (FREIRE et al, 2006). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://fernandacristofolini.com.br/ 
Figura 8: Ressonância 
2.3 Tratamento 
Devido à natureza multifatorial da condromalácia, muitas têm sido as propostas de 
intervenção em fisioterapia para esta condição clínica. No entanto, reconhece-se que uma das 
estratégias mais utilizadas e aceites pela comunidade clínica seja o tape patelar [...] 
 
[...] os objetivos da aplicação do tape baseiam-se em dois pontos essenciais: 
1) na correção da patela dentro da tróclea femural, promovendo um aumento 
das áreas de contato e diminuindo o stress articular, resultando numa 
diminuição da intensidade da dor e 2) facilitar a atividade (intensidade e 
recrutamento) do vasto interno oblíquo através da sua influência na relação8 
 
 
 
 
comprimento-tensão do tecido muscular. Ao longo dos anos estes 
pressupostos tem suscitado um enorme interesse por parte da comunidade 
científica. Muitos são os estudos que têm procurado justificar o sucesso 
clínico da aplicação do tape patelar ao nível da diminuição da dor e das 
alterações da atividade muscular do vasto interno oblíquo e do vasto externo 
(JARDIM, 2008). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.felipemcampos.com.br/ 
Figura 9: Kinesio Taping 
 
3. Metodologia 
O presente estudo caracterizou-se por ser de revisão literária de bibliografias publicadas nas 
bases de dados Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Literatura Latino-Americana e 
do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs). Foram utilizados os descritores: “Kinesio Taping” e 
“Condromalácia Patelar”. 
Foram incluídos estudos que demonstrassem a utilização da Kenesio Taping na 
Condromalácia Patelar, ou que contribuíssem para o objetivo do presente estudo, publicados 
entre 2004 a 2014 na língua portuguesa. Foram excluídos os estudos que não atendiam ao 
período do estudo e publicações que não tratavam de pesquisa científica. Não foram 
restringidos tipos de estudos, se observacional ou experimental. 
A análise iniciou pela leitura de todos os títulos e resumos dos artigos para excluir aqueles 
que não tratavam do tema em questão e após esta etapa foram obtidos os artigos para a leitura 
completa para a análise dos principais resultados encontrados e conclusões dos autores. A 
presente pesquisa foi realizada desde fevereiro até dezembro de 2014. 
 
4. Resultados e Discussão 
O objetivo deste estudo foi demonstrar a utilização do Kinesio Taping na Condromalácia 
Patelar. Os dados obtidos se configuraram por meio de artigos que respeitavam a metodologia 
proposta referente à Kinesio Taping e condromalácia Patelar. 
De acordo Jaraczewska e Long (2006), o Kinesio Taping, criado por Kenso Kase em 1996, 
consiste na aplicação de uma fita adesiva, no trajeto do músculo, que serve de estímulo tátil. É 
um adesivo fino e elástico, sem odor, resistente a água, e pode ser esticado aproximadamente 
120-140% do seu comprimento original, não provoca nenhum risco à saúde e não apresenta 
contra-indicação. 
 9 
 
 
 
 
Santos et al (2010), expões que os mecanismos propostos para o uso da Kinesio Taping 
incluem corrigir a função muscular fortalecendo os músculos debilitados, melhorar a 
circulação sanguínea e linfática, diminuir a dor por supressão neurológica e reposicionamento 
de articulações subluxadas aliviando a tensão dos músculos anormais, ajudando a devolver a 
função muscular e da fáscia. Outro mecanismo pouco conhecido da Kinesio Taping é que a 
sua aplicação causa um aumento da propriocepção por aumentar a excitação dos 
mecanorreceptores cutâneos. 
O kinesio Taping promove estímulos mecânicos constantes na pele. Esta técnica mantém a 
comunicação com os tecidos mais profundos através de mecanoreceptores encontrados na 
epiderme e derme. Estes receptores fornecem informações exclusivamente sobre eventos 
externos que afetam o nosso organismo e dão ao sistema musculoesquelético a habilidade 
para detectar estímulos aplicados à pele sobre pequenas e grandes áreas. Estas informações 
produzem vários efeitos, tais como: diminuição da dor e da sensação de desconforto; promove 
suporte durante a contração muscular; auxilia nas correções dos desvios articulares; promove 
auxílio na contração muscular; promove estímulos e aumento da propriocepção. As fibras de 
algodão 100% permitem a evaporação e secagem mais rápida. Isso permite que o Knesio 
Taping possa ser usado no chuveiro ou piscina sem ter que ser reaplicado. Por fim, o desgaste 
do tempo prescrito para uma aplicação é mais longo, geralmente de 3 a 4 dias (PAULINO, 
2010). 
O método de Kinesio Taping tem sido cada vez mais utilizado em diversas áreas de atuação 
da Fisioterapia, no entanto nesta altura não se tem verificado uma análise científica 
específica e os supostos benefícios fisiológicos das bandas de Kinesio Taping estão 
ainda a ser analisados e explorados (NUNO et al, 2012). 
De acordo com Ramos (2011), os principais sintomas da condromalácia podem ser: DOR na 
região anterior do joelho; crepitação e estalidos atrás da patela; edema e derrame articular. 
Diante de tais sintomas pode-se observar algumas pesquisas voltadas para aplicação da 
Kinesio Taping para o tratamento de tais sintomas supracitados. 
Segundo Jardim (2008), a utilização do tape patelar considerando-o como um dos recursos 
efetivos na redução da dor em utentes com condromalácia. Desde então, tem sido uma 
estratégia amplamente estudada pela comunidade científica. Enquanto os seus pressupostos de 
aplicação na redução da dor permanecem inconclusivos, apesar da baixa qualidade 
metodológica dos estudos, a maioria apresenta resultados positivos do efeito do tape na 
diminuição da intensidade da dor em atividades que produzem um agravamento dos sintomas. 
O autor supracitado relata que a aplicação do Kinesio Taping especialmente na condromalácia 
patelar baseia-se em dois pontos essenciais: 1) na correção da patela dentro da tróclea 
femural, promovendo um aumento das áreas de contato e diminuindo o stress articular, 
resultando numa diminuição da intensidade da dor e 2) facilitar a atividade (intensidade e 
recrutamento) do vasto interno oblíquo através da sua influência na relação comprimento-
tensão do tecido muscular. Ao longo dos anos estes pressupostos tem suscitado um enorme 
interesse por parte da comunidade científica. Muitos são os estudos que têm procurado 
justificar o sucesso clínico da aplicação do tape patelar ao nível da diminuição da dor e das 
alterações da atividade muscular do vasto interno oblíquo e do vasto externo. 
Monnerat et al (2010), relata em seu estudo que normalmente o tratamento para 
condromalácia é conservador e dificilmente reverterá o quadro de lesão da cartilagem. No 
entanto, ocorrerá melhora nos sintomas dolorosos e funcionais do joelho. O tratamento 
conservador consiste na correção do “mal alinhamento” da patela através de programas de 
fortalecimento para os estabilizadores dinâmicos da patela. Muitos pesquisadores buscam o 
recrutamento seletivo do Vasto Medial Oblíquo, com o intuito de otimizar o tratamento. Com 
relação aokinesio Taping, os autores relataram em seu estudo que a bandagem funcional na 
patela pela técnica elaborada por McConnel (bandagem fascial, kinesio Taping e outras 
 10 
 
 
 
 
técnicas na área esportiva), é capaz de aumentar a relação da atividade motora do vasto 
medial oblíquo e aliviar a dor, pois a aplicabilidade clínica da bandagem é muito ampla, 
porém, deve-se ter me mente que a bandagem faz parte de uma programa geral de 
reabilitação, não o substituindo. 
No estudo de Osterhues, (2004), as bandas de Kinesio Taping tiveram resultados benéficos no 
tratamento do desalinhamento da patela. O estudo suporta a sua utilização para promover a 
diminuição de dor, aumentar a atividade do quadríceps e estabilidade do joelho durante 
atividades funcionais. 
Por fim, Thompson (2004), relatou em seu estudo que e bem sabido que McConnell (1986) 
primeiro descreveu a bandagem funcional patelar como parte de um programa de tratamento 
para a síndrome de dor patelo-femoral e teorizou que isto pudesse alterar a posição da patela, 
aumentar a ativação do vasto medial oblíquo, e consequentemente diminuir a dor. Não 
obstante está ficando claro da literatura que os estudos até agora em pacientes com síndrome 
de dor patelo-femoralforam inconclusivos no que tange a melhora da ativação do vasto 
medial oblíquo e realinhamento da posição patelar pela bandagem. Porém muitos estudos 
mostraram que a bandagem patelar ajuda a diminuir a dor em pacientes com sindrome patelo-
femoral. 
 
5. Conclusão 
A condromalácia é caracterizada por dor na região anterior do joelho, crepitação e estalidos 
atrás da patela, edema e derrame articular que são ocasionados pelo acúmulo excessivo de 
líquido sinovial formado no processo inflamatório. O conhecimento anatômico, cinesiológico 
e biomecânico do joelho são fundamentais para compreensão desta disfunção. 
A condromalácia é das condições mais frequentes na prática clínica dos fisioterapeutas, apesar 
da elevada prevalência, os seus mecanismos fisiopatológicos encontram-se por explicar e a 
utilização do tape patelar como estratégia de intervenção, promovendo um aumento das áreas 
de contato e diminuindo o stress articular, resultando numa diminuição da intensidade da dor, 
quer ao nível da atividade muscular (intensidade e recrutamento) através da sua influência na 
relação comprimento-tensão do tecido muscular. 
Ficou evidente na presente pesquisa que o Kinesio Taping tem sido uma estratégia 
amplamente estudada pela comunidade científica, pois consiste na aplicação de uma fita 
adesiva, no trajeto do músculo, promove estímulos mecânicos constantes na pele. Apesar dos 
benefícios, poucas pesquisas têm sido direcionadas para o tratamento de pacientes com 
condromalácia, entretanto os autores entram em consenso quanto aos seus benefícios na 
diminuição da dor e com relação à melhora da atividade muscular, no que tange a melhora da 
ativação do vasto medial oblíquo e realinhamento da posição patelar pela bandagem há certa 
divergência. Sugere-se que novos estudos sejam realizados a partir da temática do presente 
estudo com o objetivo de fornecer tratamento individualizado aos pacientes com 
condromalácia. 
 
6. Referências 
 
CIRIMBELLI, Luigi Olivo. Tratamento hidroterapêutico na artrose de joelho: estudo de caso. 85p. 
Monografia apresentada ao Curso de Fisioterapia como requisito parcial para a obtenção de título de bacharel em 
Fisioterapia. Tubarão, 2005. 
 
FREIRE, Maxime Figueiredo de Oliveira. et al. Condromalácia de patela: comparação entre os achados em 
aparelhos de ressonância magnética de alto e baixo campo magnético. Radiol Bras, 39(3):167–174, 2006. 
 11 
 
 
 
 
GARRIDO, Carlos Antônio. et al. Estudo comparativo entre a classificação radiológica e análise macro e 
microscópica das lesões na osteoartrose do joelho. Rev Bras Ortop. 2011;46(2):155-9. 
 
GUAITANELE, Tais Giseli. A eficácia da aplicação de laser asalga 830nm em pacientes portadores de 
osteoartrite de joelho. 132 P. Monografia apresentada ao corpo docente da Universidade Estadual do Oeste do 
Paraná, como requisito parcial à obtenção do título de fisioterapeuta, Cascavel, 2004. 
 
JARACZEWSKA, Ewa; LONG, Carol. Kinesio taping in stroke: improving functional use of the upper 
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