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Quem esquece o passado não tem visão de futuro

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1 
 
Quem esquece o passado não tem visão de futuro! 
*José Ananias Duarte Frota 
Preliminares 
Do Claudio Humberto, 08 de dezembro de 2010 
JOBIM CRITICA MÉDICI. 
 Nelson Jobim (Defesa) provocou mal-estar sábado, na Academia Militar das 
Agulhas Negras, durante a formatura da “Turma General Emílio Garrastazu 
Médici”, ao criticar indiretamente o patrono – elogiado antes pelo comandante do 
Exército pela “honradez, dignidade e patriotismo” 
. ...E O FILHO SE RETIRA. No discurso, que, aliás, não estava previsto, Jobim 
deixou claro que não aprovou a escolha do patrono, dizendo que o Exército “deve 
esquecer o passado”. Os generais nem o aplaudiram. E o convidado Roberto 
Médici, filho do ex-presidente, desceu do palanque e foi embora. 
Considerações. 
Civilidade, inteligência emocional, modéstia e autocrítica vigilante devem ser 
algumas das virtudes do administrador do século XX! 
O passado pode ser um enriquecedor aprendizado desde que possamos 
aprender a lição que ele nos ensinou. Quando aprendemos de fato a lição, a vida 
continua de forma harmoniosa. Quando, porém, não a compreendemos, novas 
situações idênticas se apresentam e acabamos repetindo experiências, algumas 
vezes dolorosas. 
Nelson Jobim escorregou no presente! 
Transcrevo abaixo um excelente texto do Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca 
Azevedo Pereira para acolitar a matéria acima exposta. 
 
2 
 
O EXÉRCITO BRASILEIRO – Bastião Moral da Nação 
Ternuma Regional Brasília 
O Exército Brasileiro é Instituição apartidária e ferramenta do Estado, que possui 
identidade própria e fundamenta-se no cumprimento de suas missões 
constitucionais e, portanto, incorporou parâmetros de procedimentos e condutas 
que são norteados por valores morais que transcendem aos fatores conjunturais. 
 A Política Militar Terrestre engloba uma Concepção Política Básica e dez 
Políticas Específicas, que nomeiam cada, seus objetivos gerais. A Concepção é 
definida pelo Objetivo-Síntese:“capacitar o Exército em forma permanentemente 
ajustada à estatura Político-Estratégica da Nação para atuar eficazmente no 
cumprimento de suas missões”. 
 Ressaltamos no Objetivo-Síntese, o compromisso de cumprir suas missões; de 
idêntica forma, ao analisarmos as Ações Políticas contidas nos demais objetivos 
gerais, seja no concernente ao “capacitar a Força Terrestre para atuar com eficaz 
instrumento de combate nos âmbitos externo e interno”, onde nos deparamos 
entre outras, com as Ações Políticas de “desenvolver... motivar a tropa para o 
cumprimento da missão”, e “desenvolver a disciplina, a união, a coesão e o 
espírito da Força”, aquele compromisso é, ainda, enfatizado, noutro dos Objetivos 
Gerais, como o de “capacitar e valorizar os recursos humanos” e, ainda, no 
“preservar as tradições, a memória e os valores culturais e históricos”. 
A cada momento, verificamos que em diversas Ações Políticas, aqueles objetivos 
são detalhados, estabelecendo como imposição a busca de padrões éticos, 
visando assegurar aos seus soldados atributos morais compatíveis com as 
peculiaridades do Exército, assim como, por meio da reverência aos Heróis e aos 
Símbolos Nacionais, de cultivar as tradições e os valores morais. 
O Exército Brasileiro foi instituído por ofício em 1824, através da Constituição 
Imperial, que assentou seus fundamentos jurídicos e desenhou suas feições 
nitidamente nacionais, contudo, suas raízes remontam aos períodos coloniais, 
germinou lado a lado dos colonizadores que foram sendo impregnados pelo 
sentimento nativista que floresceu no coração daqueles que pouco a pouco foram 
3 
 
se apegando ao solo e aspirando um forte desejo de liberdade, aspirações que 
forjaram em simultâneo, a formação do território e do nacionalismo. A lida árdua 
dos pioneiros no desbravamento da terra virgem, na difícil sobrevivência, nas 
lutas contra as adversidades, nas rebeliões contra os invasores e nas lutas 
internas, foram os sacrifícios herdados por gerações de miscigenados que 
amalgamaram o povo brasileiro. 
 Neste ambiente, de extremadas agruras foi nascente uma estrutura voltada à 
defesa do solo, precária de início, e constituída por portugueses e, a posteriori, 
mesclada com mercenários. Após as primeiras gerações engrossaram as fileiras 
das incipientes tropas do território, os primeiros nativos, autênticos nacionais, 
mais comprometidos com a terra e com suas aspirações. 
 Guararapes, pela magnífica demonstração de sentimento nativista, pelo 
heroísmo, pela coragem e pelas belas vitórias militares, embora nossa história 
seja plena de inúmeros outros exemplos, tornou-se lídima referência de amor à 
pátria e desprendimento, sentimentos demonstrados pelos seus líderes, e pelos 
anônimos que compartilharam com eles o espírito de sacrifício, o fervor no 
combate, animados pelo estímulo maior de defender a qualquer custo o torrão 
natal. 
 Em 1994, o dia 19 de abril de 1648, que marca a grande vitória brasileira sobre 
os holandeses, foi escolhido como a data magna do Exército, por reunir em único 
feito, o exemplo dos nativos que lutaram ombro a ombro, bravamente, negros, 
brancos e índios irmanados pelos ideais comuns. 
 Ao escolher aquela data como representativa de tudo aquilo que ela sintetiza em 
termos de entidade presente na história da formação do território e do nativismo, 
o Exército constituiu sua identidade, sublinhando sua importância no histórico 
Nacional e criando uma base de Instituição autenticamente brasileira. 
 Quando procuramos construir a partir do histórico nacional um marco para a 
formação da identidade do povo brasileiro, a análise de nossa evolução 
demonstra que o acompanhamento histórico da força terrestre é excelente 
parâmetro. O estudo, orientado para esmiuçar a evolução de valores castrenses 
4 
 
na nossa história, confunde-se com a própria evolução daqueles valores na 
sociedade brasileira. 
 Buscamos na obra “Nosso Exército”, do General A. Lyra Tavares, este pequeno 
texto que espelha a união indissolúvel da História da Pátria com a História do 
Exército, destacando que os valores do soldado originam-se nas bases morais do 
homem brasileiro: 
 - “Todos nós, que estudamos a história do Exército Brasileiro, além de a termos 
vivido, no curso da nossa geração, bem sabemos que o seu valor sempre 
dependeu, essencialmente, do valor do homem brasileiro. Daí ser a missão 
básica do Exército a educação do homem como soldado e, basicamente como 
cidadão.” 
 Por conclusivo, extraímos do “Guia do Oficial”, EGGCF, 1990, a seguinte 
transcrição: 
 - “Instituição Permanente, o Exército Brasileiro consagrou sua presença ao longo 
de todo o nosso processo histórico, projetando-se no presente e no futuro, em 
uma trajetória de dedicação, desprendimento, não raro de sacrifício”. 
 Brasília, DF, 17 de abril de 2010 
 Fonte: http://www.ternuma.com.br/bsb1035.htm 
Conclusão 
Sem visão, o povo perece. Provérbios 29:18, parafraseado. 
 
 * Cel BM RR, CAEPE 98, Presidente da Liga Nacional dos Corpos de Bombeiros 
Militares do Brasil (2005 a 2006) é professor universitário e consultor.

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