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Filme Mar Adentro - Eutanásia

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Eutanásia 
 
O filme proposto é espetacular, pois sabemos o quanto é complexo o tema que gira 
em torna do direito de morrer e de matar. Acredito que os casos relacionados ao tema 
deveriam ser analisados separadamente e intensamente. Se temos o direito sob nosso 
corpo e o suposto “livre arbítrio”, porque não haveria de existir direitos legais 
“individuais” para casos específicos como o do tetraplégico Ramón Sampedro que 
lutou judicialmente pelo direito de “morrer dignamente”, como ele mesmo dizia?! 
Atualmente grandes avanços científicos na área de saúde no sentido de salvar vidas, 
estão prolongando o tempo de vida de pacientes terminais. Mesmo com esses 
adventos, a questão é: quem é o possuidor do direito de decidir por alguém o direito 
de morrer com dignidade. 
Eu acredito que um dia a ciência encontrará a chave para a imortalidade. Quando esse 
dia chegar, vários temas relacionados à morte e inclusive esse em questão será 
solucionado em parte, pois neste mundo monopolizado e capitalista, a tecnologia de 
cura não estará disponível para todos os cidadãos. Ficção ou não, podemos ter uma 
ideia deste conceito futurista de cura versos desigualdade no filme Elysium. 
Minha analise, como futuro profissional de enfermagem, relacionado ao tema 
proposto é que devo honrar o juramento que farei em preservação da vida 
respeitando todos os princípios contidos no código de Ética desta categoria, inclusive o 
do artigo 29 que proíbe o profissional promover a eutanásia ou participar em prática 
destinada a antecipar a morte do cliente. 
Afirmo então, que ao me tornar um profissional de Enfermagem, qualquer que seja a 
minha crença ou convicção por aquilo que acredito, não vai sobrepor aos princípios 
éticos do meu compromisso moral onde respeitarei as normas da profissão que 
abracei. 
Não compactuarei com a Eutanásia enquanto profissional de saúde. Enquanto cidadão 
comum, sem vínculo empregatício, estando eu numa situação igual ao do Ramón, 
também lutaria judicialmente pelo mesmo direito. O meu lado humano pensante, 
estaria sendo hipócrita se fosse de encontro aos meus direitos individuais relacionados 
à dignidade. Eu já passei por uma situação crítica de pós-morte e nesse exato 
momento, meu eu interior afirma que não toleraria viver em situação parecida com a 
do filme. 
Acredito que ninguém tem poder de decisão sobre a vida alheia. Cada caso 
relacionado ao valor da vida deve ser analisado separadamente e cuidadosamente sem 
egoísmo. 
 
 
 
Disciplina: Ética e Legislação em Enfermagem 
Prof.: Geison Valença 
Aluno: Edwallace Apolinário de Amorim 
Data: 28.10.13

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