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Ecologia Geral (IBE-122) 2016_1 Prof. Míriam Pilz Albrecht CCS, IB, Depto. Ecologia Aula: 07/06/2016 Descritores estruturais e funcionais de comunidades Tópicos Sub-grupos dentro de comunidades e “vocabulário” em Ecologia de Comunidades Descritores estruturais Composição, abundância, riqueza, equitabilidade, diversidade Diagramas e Modelos de abundância de espécies Descritores funcionais (+ na aula 3) Aplicações e estudos de caso Etapas do estudo/ levantamento (Prática 1) A comunidade como unidade de estudo – onde começa e onde termina? Limites? Quem é incluído? físicos reais: barreiras para sobrevivência ou dispersão físicos arbitrários: definidos de acordo com a pergunta de trabalho ou as limitações amostrais ? PARNA Restinga de Jurubatiba, RJ Reserva Biológica de Poço das Antas, RJ F o to : L a b . L im n o lo g ia U F R J F o to : L a b e c o P e ix e s U F R J Conjunto de organismos que coocorrem no tempo e no espaço Hierarquia de hábitats F o to : La b e c o P e ix e s U F R J Ex.: rio formado por algas, bactérias, plantas, insetos, crustáceos, peixes → cada grupo formado por muitas espécies!! TODOS?! SIM!! Mas como trabalhamos com isto tudo? Conjunto de organismos que coocorrem no tempo e no espaço A ecologia de comunidades frequentemente lida com grupos restritos de espécies comunidade mais restrita, com espécies que compartilham algum atributo de hábitat ou similaridade taxonômica - rotíferos dos lagos da Nova Zelândia - bromélias do PARNA Jurubatiba - peixes que ocorrem em pequenos riachos “ASSEMBLAGE” (assembleia?) Taxocenose Usam os mesmos recursos Recursos diferentes, mesma funcionalidade Figura: Cain et al. 2011 - Ecology Taxocenose: agrupamento de espécies por afinidade taxonômica. P. ex.: comunidade de bromélias, de felinos, de aves, de peixes, de zooplâncton, etc... GRUPO TRÓFICO Ex.: produtores primários Sub-conjuntos “Comunidade” de peixes (taxocenose) Guilda dos piscívoros Comum trabalhar com sub-conjuntos dentro de comunidades Comunidade de peixes do alto Rio Tocantins (assemblage) Como descrever uma comunidade? Como comparar comunidades? • Em termos estruturais e funcionais Quantas e quais espécies fazem parte dessa comunidade e o quanto cada espécie é representativa? Qual a biomassa do grupo trófico dos consumidores primários? Qual a proporção de abundância de cada guilda? Descritores das comunidades • Descritores estruturais – Riqueza (S) – Equitabilidade – Diversidade (H’) – Diagramas de abundância ( e modelos) • Descritores funcionais – Estrutura/ diversidade funcional (intro) – Grupo trófico – Guilda ou grupo/ tipo funcional S = 4 S = 2 Fotos: MPAlbrecht; Serra dos Carajás, PA. Composição e riqueza de espécies • Riqueza (S) –É o conceito mais simples, mais antigo e mais utilizado de diversidade – Informa o número de espécies presentes Índices de riqueza de espécies • Número de espécies em uma unidade definida de amostragem • Em sub-amostras: número total de indivíduos coletados ou biomassa total, ou densidade de espécies (spp/ área). P.ex.: – 03 espécies de camarão em 100 indivíduos coletados – 20 espécies de árvores por hectare COMPARANDO COMUNIDADES... S E A B Equitabilidade e/ ou dominância • Abundância relativa de espécies • Quanto mais próximas: – Maior equitabilidade – Menor dominância Por que riqueza E equitabilidade? DIVERSIDADE Grande variedade de índices de diversidade Alguns: • Simpson (Dominância) D = ∑ p i 2 • Shannon (H’) Equitabilidade Dois tipos: índices baseados na Teoria da Informação e índices de dominância • Baseiam-se na abundância (ou biomassa) de espécies mais comuns do que na riqueza • Índice de Simpson (D) D = ∑ pi 2 • pi = % de indivíduos da sp. i • Usualmente é demonstrado como 1 / D Índices de dominância • Diversidade pode ser medida em um sistema natural de modo semelhante a uma informação contida em mensagem ou código • Índice de Shannon (H’) – Assume que os indivíduos são amostrados de modo aleatório e que todas as espécies são amostradas Índices baseados na Teoria da Informação Índices baseados na Teoria da Informação • Equitabilidade de Shannon (E ou J) – H’ é máxima quando as espécies possuem a mesma abundância – Neste caso, H’máx = ln S LOCAL A LOCAL B Comunidades de Bromélias S = 5 H’= 1,29 E = 0,804 S = 5 H’= 1,42 E = 0,881 O quão comuns, ou raras, são as espécies? Obs.: em alguns tipos de comunidades Fonte; Ricklefs 2003 Índice: apenas um atributo → perda de informação Raridade e dominância Diagramas de ranking (ranques) de espécies por abundância -Plotagem de espécies por abundância -Primeira: mais abundante -Última: mais rara A b u n d â n c ia * espécies+ - * = número de indivíduos ou biomassa ou área ocupada ou... Modelos de abundâncias de espécies • Equações ajustadas aos diagramas (modelos) • Permitem buscar princípios subjacentes à organização de comunidades • Quatro modelos principais: log-normal, geométrico, broken-stick, log-série O quão comuns, ou raras, são as espécies? Diagramas de abundâncias relativas Descrevem padrões de abundância (% da mais comum até a mais rara) Poucas muito dominantes; maioria rara Muitas intermediárias, poucas raras e dominantes Maioria das espécies com distribuição semelhante Modelos de abundância de espécies Quais os conceitos ecológicos por trás desses padrões? Fonte: CEDERJ (vara quebrada) (Ranque das espécies) Modelos de abundância de espécies Pássaros na Grã- Bretanha F o n te : S ti lin g , P . (2 0 1 2 ) E c o lo g y Modelo log-normal • Maioria das comunidades apresenta distribuição log-normal de abundância de espécies (grandes amostras) • Tem origem estatística e falha em prover um mecanismo biológico que a explique Modelos de abundância de espécies •Espécies repartem um dado recurso sequencialmente •Abundância da espécie é proporcional à fração de recursos consumida •Comunidades com poucas espécies e um recurso dominante. Ex: início de colonização, ambientes estressantes Série geométrica: hipótese do nicho pré-ocupado Modelos de abundância de espécies •Espécies repartem recurso simultaneamente •Abundância proporcional ao uso de recursos (competição como mecanismo estruturador) •Alta equitabilidade entre as espécies Broken-stick: Hipótese da partilha de recursos ao acaso “Quebra” ao acaso “Quebra” de qquer pedaço ao acaso “Quebra” de qquer pedaço ao acaso Modelos de abundância de espécies • Série geométrica e broken-stick: processos simples de dividir recursos para um número pequeno de espécies (abundância de espécies é proporcional à quantidade de recursos que elas obtêm. Competição é um mecanismo estruturador da comunidade). Só podem representar comunidades muito simples (pois abundância usualmente reflete o balanço de muitos processos e fatores) • Distribuição log-normal: Estatísticos têm demonstrado que a soma de muitos fatores independentes e com efeitos pequenos tende a assumir uma distribuição normal. Então, poderíamos esperar que as abundâncias das espécies também apresentassemdistribuição normal. É observado em diversas comunidades (esp. com alta riqueza), mas falha ao prover um mecanismo biológico que a explique Estudos de caso Fo n te : B eg o n et a l. (2 0 0 6 ). E co lo g y – fr o m in d iv id u a ls to ec o sy st em s Área de campos de gramíneas em Rothamsted, Inglaterra Fo n te : B eg o n et a l. (2 0 0 6 ). E co lo g y – fr o m in d iv id u a ls to ec o sy st em s Estudos de caso Área de campos de gramíneas em Rothamsted, Inglaterra tempo Uso de medidas de riqueza e índices em avaliação de impactos e conservação • Ferramentas úteis para avaliar efeito de distúrbios nas comunidades, principalmente agudos (vazamentos, aplicação de inseticidas etc.) mas também de mais longo prazo (fertilizantes, poluição, etc.) • Programas de monitoramento ambiental incluem, usualmente, mensuração de riqueza e uso de índices de diversidade Fluxo do rio F o n te : C E D E R J Vazamento de poluente tóxico: a) Qual o trecho do rio onde ocorreu o vazamento? b) Houve recuperação da comunidade bentônica rio abaixo? Exemplo hipotético: (comunidades bentônicas A, B, C e D) Estudos de caso – eutrofização e assoreamento de lagoa Lagoa da Tijuca, RJ Dez/ 2006 Década de 80: 49 espécies de peixes (residentes e marinhas) Cenário em 2006: 10 espécies, sendo 2 exóticas – Aumento de nutrientes (poluição orgânica) – Proliferação de grupos dominantes de algas (melhores competidoras) – Morte de espécies de peixes mais sensíveis, aumento dos mais resistentes – Queda de diversidade, empobrecimento geral da comunidade eutrofização h tt p :/ /d ic a sd e c ie n c ia s. c o m /2 0 1 2 /0 9 /2 3 /e u tr o fi za c a o / Estudos de caso – hidrelétrica de Itaipu ↑ riqueza de espécies de peixes após represamento (quebra de barreira) ↑ abundância em um primeiro momento ↓ declínio de espécies, especialmente migradoras e importantes para a pesca Índices de Diversidade • Simplificação numérica de uma realidade complexa • Qual nível? Espécie! • Formados por dois componentes • Medida comparativa; pouco informativa em termos absolutos • Medida de “saúde” do sistema? “Biodiversidade é, em essência, uma ciência comparativa” (Magurran, 2004) - pg. 22 Descritores das comunidades • Descritores estruturais – Riqueza (S) – Equitabilidade – Diversidade (H’) – Modelos de abundância • Descritores funcionais – Estrutura e diversidade funcional – Grupo trófico – Guilda ou grupo/ tipo funcional (“grupo de espécies que exploram a mesma classe de recursos ambientais de modo semelhante” - Root, 1967) (ocupam o mesmo nível trófico) “Cerrado”, “consumidores primários”, “roedores” e “organismos fixadores de nitrogênio” são, respectivamente, exemplos de: (a) taxocenose, grupo trófico, grupo funcional e comunidade (b) taxocenose, grupo funcional, comunidade e grupo trófico (c) comunidade, taxocenose, grupo trófico e grupo funcional (d) comunidade, grupo trófico, taxocenose e grupo funcional (e) grupo funcional, grupo trófico, comunidade e taxocenose Descritores funcionais • Permitem comparação mesmo se comunidades não compartilham as mesmas espécies (abordagem funcional) • Ex.: estrutura e diversidade funcional, proporção de guildas tróficas (+ na próxima aula: Teias tróficas) Descritores funcionais – estudo de caso Hidrelétrica de Serra da Mesa, alto rio Tocantins (GO) F o to s: M . P . A lb re c h t F o n te : A lb re c h t e t a l., 2 0 1 2 Ordenação (Análise de Correspondência) de 22 espécies em função dos recursos alimentares consumidos (em 5 fases relacionadas ao represamento) (2012) Albrecht, MP; Brazil-Sousa, C; Pereira, JR; Rosa, DC; Iglesias-Rios, R; Caramaschi, EP Respostas funcionais Estrutura trófica - % em abundância de cada guilda trófica 1996 2010 Estrutura trófica - % em biomassa de cada guilda trófica 1996 2010 grandes bagres, traíra, corvina Tucunaré, piranha, corvina Cynodon, Rhaphiodon (facão), corvina (2012) Albrecht, MP; Brazil-Sousa, C; Pereira, JR; Rosa, DC; Iglesias-Rios, R; Caramaschi, EP ESTRUTURA E DIVERSIDADE FUNCIONAL …INCORPORANDO AS DIFERENÇAS ECOLÓGICAS ENTRE AS ESPÉCIES … Faceta da biodiversidade que quantifica o valor e a amplitude dos atributos ecológicos (“traits”) dos organismos na assembleia1 1 Petchey & Gaston, 2002; Villéger et al. 2008; Mouillot et al. 2013; 2 Violle et al. 2007 Trait (atributo, característica) Propriedade mensurável do organismo que influencia sua performance, geralmente medida em nível individual e usada em comparações entre espécies 2 AQUISIÇÃO DE RECURSOS HISTÓRIA DE VIDA/REPRODUÇÃO LOCOMOÇÃO/ USO DO HÁBITAT Cedido pelo Dr. Rafael Leitão (INPA) Estas assembleias são mesmo iguais? Cedido pelo Dr. Rafael Leitão (INPA) O que são Atributos Funcionais? Morfologia e dureza das folhas e sementes Forma e tamanho dos bicos Cuidado parental e tamanho corpóreo Cedido pelo Dr. Rafael Leitão (INPA) Índices (facetas) funcionais indicam o quanto e como o espaço funcional é ocupado pelas espécies de uma assembleia Trait 1 T ra it 2 Sp.A Sp.B Tamanho do olho P o s iç ã o d a b o c a MENSURANDO A ESTRUTURA FUNCIONAL DAS ASSEMBLEIAS Índices baseados nos valores quantitativos dos traits das espécies ESPAÇO FUNCIONAL MULTIDIMENSIONAL Petchey & Gaston, 2002; Villéger et al. 2008; Mouillot et al. 2013 Cedido pelo Dr. Rafael Leitão (INPA) Exemplo de índice: Riqueza funcional - FRic Volume funcional (amplitude de nicho) ocupado pela assembleia 1 Villéger et al. 2008; Mouillot et al. 2013 Trait 1 Tr a it 2 Cedido pelo Dr. Rafael Leitão (INPA) Sumário (“Take-home message”) A ecologia de comunidades frequentemente lida com grupos restritos de espécies; estes grupos podem ser de ordem taxonômica (taxocenoses) ou funcional (grupos tróficos ou guildas, grupos funcionais); Vários parâmetros (estruturais e/ou funcionais) podem ser utilizados para descrever uma comunidade e, especialmente, para comparar comunidades; A escolha dos parâmetros adequados depende de amostragens confiáveis, pois o tamanho da amostra influencia os descritores utilizados ; Para se descrever uma comunidade, em termos estruturais, precisamos ser capazes de identificar as espécies ou morfo-espécies da(s) taxocenose(s) envolvida(s); Dentre os descritores, podemos usar números simples (riqueza); podemos confrontar nossa amostra com modelos matemáticos de abundância de espécies (expressos em curvas), ou aplicar índices de diversidade; Modelos de abundância descrevem padrões de abundância de espécies. Para alguns modelos, há mecanismo biológico, especialmente relacionado à partilha de recursos, que explicaria o padrão observado (ver slides 27 e 32); Índices de diversidade têm se mostrado ferramentas úteis para avaliar o efeito de distúrbios ambientais na estrutura das comunidades. No entanto, devem ser utilizados e interpretados com cautela. São essencialmente comparativos, e são simplificações numéricas de uma realidade complexa. Nem sempre são medidas da “saúde” do sistema; deve-se conhecer as características do sistema/ comunidade de estudo para correta interpretação; Podemos calcular a diversidade em diferentes escalas espaciais. A diversidade local é denominadadiversidade alfa (α) e a regional, diversidade gama (γ). A diversidade beta (β) é uma medida da diferença entre a diversidade local e a regional, ou seja, representa a extensão com que as diversidades de duas ou mais unidades espaciais diferem entre si, podendo refletir alteração biótica ou substituição de espécies. Neste caso, “diversidade” pode se referir ao índice ou ao número de espécies (riqueza); Descritores funcionais permitem comparações mesmo se comunidades não compartilham espécies em comum. Permitem inferir indiretamente sobre o funcionamento do ecossistema, pois lidam com o agrupamento de espécies pelo uso de recursos (guildas) ou nível trófico (grupo trófico); A estrutura funcional de comunidades é uma abordagem bastante nova, que leva em conta não somente a faceta taxonômica, mas as características ecológicas das espécies (história natural, morfologia, uso de recursos). Um dos objetivos é aumentar o poder de distinguir se comunidades possuem alta redundância funcional ou espécies funcionalmente complementares; Etapas do estudo de comunidades devem envolver amostragens padronizadas, listas de espécies, morfo- espécies (UTOs) ou descritores funcionais, e devem ser utilizadas técnicas para avaliar a suficiência amostral. Onde encontrar (esta aula) • Ricklefs - Cap. 18 (335-336) e Cap. 20 (368-369) • Begon et al. - Cap. 16 Prática Etapas do estudo/ levantamento • Amostragem • Composição de espécies • Identificação (taxonomistas!!) • Listas taxonômicas Espécies ou Morfo-espécies (UTO) padronizada EXPLORAÇÃO DE MADEIRA SEM COM Espécie de ave N Pi Pi ln Pi N Pi Pi ln Pi Nectarinia jugularis 410 910 Ducula bicolor 230 220 Philemon subcorniculatus 210 240 Nectarinia aspasia 190 120 Dicaeum vulneratum 185 280 Ducula perspicillata 170 180 Phylloscopus boralis 160 140 Eos bornea 88 73 Ixos affinis 76 31 Geoffroyus geoffroyi 44 54 Rhyticerus plicatus 24 27 Cacatua molluccensis 12 1 Tanygnathus megalorynchos 9 11 Electus rotatus 7 0 Macropygia amboinensis 6 7 Cacomantis sepulcralis 3 0 Trichoglossus haematodus 0 64 Abundância total de indivíduos Riqueza Índice de Diversidade de Shannon Equitabilidade Exemplo: aves em região da Indonésia A QUESTÃO DAS AMOSTRAS • Quantas amostragens fazer para concluir que conhecemos a riqueza de espécies? • Suficiência amostral? – Curva do coletor, rarefação... • Índices de diversidade Ou não! (Agrupamentos, ordenações, outros...) DEPENDE DOS OBJETIVOS! Amostragem Quando parar? - A “curva do coletor” F o n te : C E D E R J ; P ro f. E .P .C a ra m a sc h i Curva do coletor ou Curva cumulativa de espécies Adaptado de: http://www.nature.com/scitable/knowledge/library/sampling- biological-communities-23676556 Comunidades de macroinvertebrados em córregos de Vermont, EUA CADA NOVO INDIVÍDUO COLETADO PODE ADICIONAR UMA NOVA ESPÉCIE NOVOS INDIVÍDUOS NÃO REVELAM MAIS NOVAS ESPÉCIES Técnicas de rarefação Quantas famílias (UTOs) de invertebrados seriam amostrados se somente 454 indivíduos fossem amostrados em cada córrego Adaptado de: http://www.nature.com/scitable/knowledge/library/sampling-biological-communities-23676556 Comunidades de macroinvertebrados em córregos de Vermont, EUA
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