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Elasticidade: Conceitos e Aplicações

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ELASTICIDADE
O QUE É ELASTICIDADE?
 A demanda e a oferta de uma mercadoria dependem de seu preço, do preços de 
outros bens, da renda dos consumidores, etc.
 Quanto varia a demanda e a oferta de uma mercadoria ao ocorrer uma mudança 
em seu preço?
 Quanto varia a demanda por um bem ao ocorrer uma mudança na renda dos 
consumidores?
 Quanto varia a demanda por um bem ao ocorrer uma mudança em outro bem 
(complementar ou substituto)?
 A elasticidade retrata a variação percentual que ocorrerá em uma variável como 
reação a um aumento de um ponto percentual em outra variável
ELASTICIDADE PREÇO DA DEMANDA
 Variação percentual na quantidade demandada de uma mercadoria decorrente de 
um aumento de 1% em seu preço
𝐸𝑝 =
%∆𝑄
%∆𝑃
=
∆𝑄/𝑄
∆𝑃/𝑃
=
𝑃
𝑄
∆𝑄
∆𝑃
 Obs: geralmente elasticidade é negativa
 Quando Ep > |1| demanda é elástica ao preço, pois % da redução da 
quantidade demandada é maior que % de aumento no preço
 Quando Ep < |1| demanda é inelástica ao preço
 Elasticidade preço depende de bens substitutos
Presença de bens substitutos faz demanda ser muito elástica
ELASTICIDADE NA CURVA DE DEMANDA LINEAR
 A elasticidade deve ser medida em um ponto específico, pois, na maioria dos caos, 
ela muda ao longo da curva de demanda
Q = 8 − 2𝑃
∆𝑄
∆𝑃
= −2 = 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
𝑃
𝑄
∆𝑄
∆𝑃
= −2
𝑃
𝑄
Elasticidade varia ao longo da curva
EXTRAPOLAÇÃO PARA GRANDES VARIAÇÕES
 Para pequenas mudanças no preço é possível extrapolar o cálculo da elasticidade 
sem grandes problemas
 Porém, para grandes mudanças no preço esta extrapolação passa a não ser tão 
confiável
 Elasticidade varia em diferentes pontos ao longo da curva de demanda
 Elasticidade arco da demanda – calculada para um intervalo de preço
 Usar a média dos preços e das quantidades
CASOS ESPECIAIS 
Demanda infinitamente elástica Demanda completamente inelástica
ELASTICIDADE E VARIAÇÕES NO PREÇO E NA 
QUANTIDADE
Demanda mais elástica
Maior variação na quantidade e 
menor variação no preço
Demanda mais inelástica
Menor variação na quantidade e 
maior variação no preço
Choque exógeno de oferta
demanda
demanda
ELASTICIDADE RENDA
 Variação percentual na quantidade demandada de uma mercadoria decorrente de 
um aumento de 1% na renda
𝐸𝑚 =
%∆𝑄
%∆𝑀
=
∆𝑄/𝑄
∆𝑀/𝑀
=
𝑀
𝑄
∆𝑄
∆𝑀
 Normalmente é positiva, pois um aumento na renda geralmente leva a um aumento 
no consumo dos bens
ELASTICIDADE PREÇO CRUZADA
 Variação percentual na quantidade demandada de uma mercadoria decorrente de 
um aumento de 1% no preço de outro bem
𝐸𝑞𝑎𝑝𝑏 =
%∆𝑄𝑎
%∆𝑃𝑏
=
∆𝑄𝑎/𝑄𝑎
∆𝑃𝑏/𝑃𝑏
=
𝑃𝑏
𝑄𝑎
∆𝑄𝑎
∆𝑃𝑏
 Elasticidade preço cruzada é positiva para os bens substitutos
 Elasticidade preço cruzada é negativa para os bens complementares
ELASTICIDADE DA OFERTA 
 Variação percentual na quantidade ofertada de uma mercadoria decorrente de um 
aumento de 1% no preço
 A elasticidade da oferta normalmente é positiva – preço mais alto incentiva 
produtores a produzirem mais
 A elasticidade da oferta também poderia ser em relação ao preço dos insumos, 
taxa de juros, salários, etc.
 A elasticidade em relação aos insumos normalmente é negativa
ELASTICIDADE E VARIAÇÕES NO PREÇO E NA 
QUANTIDADE
Oferta mais elástica
Maior variação na quantidade e 
menor variação no preço
Oferta mais inelástica
Menor variação na quantidade e 
maior variação no preço
Choque exógeno de demanda
ELASTICIDADE DE CURTO PRAZO E DE LONGO 
PRAZO
 Longo prazo: tempo suficiente para que consumidores e produtores possam se 
ajustar completamente à mudança de preços 
 Demanda da maioria dos bens costuma ser mais elástica no longo prazo
Mudanças nos hábitos demoram
Mudanças relacionadas ao estoque de outros bens
 Demanda de bens duráveis tende a ser mais elásticas no curto prazo
Com um aumento no preço, primeiramente, consumidores deixam de comprar, mas com o tempo 
haverá necessidade de substituir seus produtos antigos
 O mesmo ocorre para a elasticidade renda
ELASTICIDADE DE CURTO PRAZO E DE LONGO 
PRAZO
Bens comuns Bens duráveis
ELASTICIDADE E A INDÚSTRIA
 Indústrias cíclicas
Bens que respondem rapidamente a variações de curto prazo (bens duráveis)
 Indústria muito vulneráveis ás variações de demanda
Vendas tendem a refletir de forma acentuada as variações no PIB
PIB E INVESTIMENTO EM EQUIPAMENTOS 
DURÁVEIS
PIB, CONSUMO DE BENS DURÁVEIS E NÃO 
DURÁVEIS
ELASTICIDADE DE OFERTA DE CURTO PRAZO E DE 
LONGO PRAZO
 Maior parte dos produtos 
oferta de longo prazo é mais 
elástica
Restrições de capacidade produtiva 
no curto prazo
Oferta de alguns produtos é 
mais elástica no curto prazo
Produtos com oferta secundária
PREÇO DO CAFÉ AO LONGO DO TEMPO
OFERTA E DEMANDA NO CURTO PRAZO, MÉDIO 
PRAZO E LONGO PRAZO
Curto Prazo
Oferta e demanda 
inelásticas
Intermediário
Oferta e demanda um 
pouco mais elástica
Longo Prazo
Oferta totalmente 
elástica
EFEITOS DE CURTO PRAZO E LONGO PRAZO DOS 
CHOQUES DO PETRÓLEO
1974: 1º choque do petróleo
1979/1980: 2º choque
2002/2003: greve na Venezuela + 
guerra EUA e Iraque
EFEITOS DE CURTO PRAZO E LONGO PRAZO DOS 
CHOQUES DO PETRÓLEO
Preço em 1997 = $18 barril
Demanda mundial e oferta total = 23 bilhões de barris (ano)
Oferta dos países membros da OPEP = 10 bilhões de barris (ano)
Oferta competitiva (países não OPEP) = 13 bilhões de barris (ano)
Elasticidade Demanda CP: -0,05
Elasticidade Demanda LP: -0,40
Elasticidade Oferta CP: 0,10
Elasticidade Oferta LP: 0,40
EFEITOS DE CURTO PRAZO E LONGO PRAZO DOS 
CHOQUES DO PETRÓLEO
Demanda no CP: D = 24,08 – 0,06P
Oferta competitiva no CP: Sc = 11,74 + 0,07P
Oferta total no CP: St = 21,74 + 0,07P
Demanda no LP: D = 32,18 – 0,51P
Oferta competitiva no LP: Sc = 7,78 + 0,29P
Oferta total no LP: St = 17,78 + 0,29P
EFEITOS DE CURTO PRAZO E LONGO PRAZO DOS 
CHOQUES DO PETRÓLEO
O que aconteceria com fim de produção da Arábia Saudita de 3bilhões de barris 
por ano?
Demanda no CP: D = 24,08 – 0,06P
Oferta total no CP: St = 18,74 + 0,07P  P = 41,08 (aumento de $23,08)
Demanda no LP: D = 32,18 – 0,51P
Oferta total no LP: St = 14,78 + 0,29P  P = 21,75 (aumento de $3,75)
EFEITOS DE CURTO PRAZO E LONGO PRAZO DOS 
CHOQUES DO PETRÓLEO
Curto prazo Longo prazo
EFEITOS DA INTERVENÇÃO GOVERNAMENTAL –
CONTROLE DE PREÇOS
Maioria dos mercados tem algum tipo de intervenção governamental: impostos, 
subsídios, regulações, etc.
Estabelecimento de preço máximo: queda na oferta, 
escassez de produtos, excesso de demanda

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