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1 
 
 
2 
 
 
 Índice 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
M
a
n
u
a
l d
e
 D
iscip
u
la
d
o
 
3 
 
 
 
Introdução 
Você já recebeu a Cristo como Salvador? Parabéns, esta foi 
a decisão mais importante de sua vida, significa o início de 
um relacionamento com Deus. Na Bíblia esta decisão é 
chamada de “nascer de novo.” Trata-se de uma nova opor-
tunidade que Deus nos concede para vivermos de acordo 
com a Sua vontade. É o início de uma jornada para o céu. 
Em 2 Coríntios 5.17 lemos: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova 
criatura é, as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." 
 
Veja 7 coisas importantes que ocorreram em sua vida ao tomar esta decisão: 
 
1. Seus pecados foram perdoados 
É o pecado separa o homem de Deus, mas ao confessar a Cristo como 
Salvador, Ele perdoou todos os seus pecados. Na Bíblia está escrito: “Se 
confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os 
pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1 João 1.9). Em Atos 10.43 
lemos sobre Cristo: "A este dão testemunho todos os profetas, de que 
todos os que nele creem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome." 
Paulo, antes de ser apóstolo, havia sido perseguidor da igreja, mas após 
sua conversão ele compreendeu que foi completamente perdoado. Ele 
declarou: "Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo 
Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o 
principal." (1 Timóteo 1.15) Paulo creu na promessa de Cristo, o qual nos 
garantiu: “O Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido." 
(Lucas 19.10) O perdão de Cristo é real e segundo a Palavra de Deus, você 
também foi perdoado e agora está salvo! 
 
2. Você foi justificado 
Não importa os erros cometidos no passado, descanse e aceite a afirma-
ção da Palavra de Deus sobre o seu perdão, isso se chama fé. É através 
da fé, dessa confiança na fidelidade de Deus em nos perdoar que somos 
justificados. Em Romanos 5.1 lemos: “Tendo sido, pois, justificados pela 
fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo.” Em Romanos 
8.1 lemos também: “Portanto, agora nenhuma condenação há para os 
Um Novo Começo em Cristo 
4 
 
que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segun-
do o Espírito.” Não aceite que o seu passado o condene, alegre-se em 
Deus. A justificação em Cristo além de nos livrar da condenação eterna 
nos torna herdeiros de Deus. Em Tito 3.7 lemos: "Para que, sendo justi-
ficados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros segundo a esperança da 
vida eterna." Adiante você aprenderá mais sobre a herança dos salvos. 
 
3. Seu nome tem a garantia de estar escrito no céu 
Em Apocalipse 21.27 lemos sobre a cidade celestial: “E não entrará nela 
coisa alguma que a contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os 
que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro.” Jesus declarou: “Alegrai-
vos antes por estarem seus nomes escritos nos céus.” O céu é o lugar 
reservado aos que vivem separados do pecado e consagrados a Deus – os 
santos. Em Hebreus 12.14 lemos: “Segui a paz com todos, e a santificação, 
sem a qual ninguém verá o Senhor." 
 
4. Agora você é filho de Deus 
Pode parecer estranho, mas para Deus só é considerado filho quem 
recebeu a Cristo como Salvador! No Evangelho de João lemos: “Mas a 
todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de 
Deus, a saber, aos que creem no seu nome” (João 1.12). Os que fizeram 
esta confissão agora procuram obedecer a Deus, sabendo que Ele é 
santo (separado do pecado). Em 1 Pedro 1.14,15 lemos assim: “Como 
filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que 
antes havia em vossa ignorância; mas, como é santo aquele que vos 
chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver.” 
 
A Bíblia nos mostra a diferença entre o nosso antigo modo de vida e a 
nova vida em Cristo: "Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois 
luz no Senhor; andai como filhos da luz" (Efésios 5.8). “Filho da luz” fala 
de nosso testemunho, e de como podemos ajudar outros a saírem do 
caminho de trevas. Em Filipenses 2.15 lemos: "Para que sejais irre-
preensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma 
geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros 
no mundo." 
 
 
 
5 
 
5. O Espírito Santo passou a habitar em você 
Para certificar a sua filiação com Deus, no dia de sua decisão o Espirito 
Santo passou habitar em você! Em Romanos 8.16 lemos: "O mesmo 
Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus." É o 
Espírito Santo que nos dá poder para vencer os desejos da velha nature-
za humana e nos capacita para o conhecimento de Deus. O apóstolo 
Paulo escreveu aos efésios: “Para que, segundo as riquezas da sua glória, 
vos conceda que sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no ho-
mem interior; para que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim 
de, estando arraigados e fundados em amor, poderdes perfeitamente 
compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimen-
to, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede 
todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de 
Deus.” (Ef 3.16-19) Adiante você aprenderá mais sobre a pessoa do 
Espírito Santo e sobre sua filiação com Deus. 
 
6. Você foi (e está sendo) santificado 
Já vimos que a palavra santificação significa ser separado do pecado e 
dedicado a Deus. Este foi o propósito para o qual fomos criados! Ao 
receber a Cristo como Salvador simplesmente voltamos ao propósito 
original de Deus! A nossa separação do pecado deve continuar até o dia 
da volta de Cristo, onde seremos completamente transformados. (1 
Coríntios 15.52), por isso Paulo instruiu os irmãos de Tessalônica: 
“Abstende-vos de toda a aparência do mal. E o mesmo Deus de paz vos 
santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam 
plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor 
Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.” (1 
Tessalonicenses 5.22-24) Então um verdadeiro filho de Deus não vive 
mais propositalmente no pecado. Novamente Paulo disse aos tessa-
lonicenses: “Deus não nos chamou para a imundícia, mas para a 
santificação." (1 Ts 4.7) A santificação não é algo impossível de ser 
alcançado, pois o Espírito Santo nos capacita a compreender a Palavra 
de Deus e esta quando obedecida produz uma progressiva separação do 
pecado. Jesus afirmou: "Santifica-os na verdade; a tua palavra é a 
verdade." (João 17.17) Em 2 Tessalonicenses 2.13 lemos também: "Mas 
devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, 
por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em 
santificação do Espírito, e fé da verdade." 
6 
 
 
 
Salvação é a vida eterna. Já que você está salvo, isto é, já que você tem a 
vida eterna, veja o que Jesus falou sobre este privilégio: "E a vida eterna 
é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus 
Cristo, a quem enviaste." (João 17.3) Este texto nos mostra que temos 
pela frente uma maravilhosa jornada de conhecimento de Deus. Para 
começar, a salvação é como um presente embalado. Precisamos saber 
tudo o que contém em seu interior. Fique certo que você terá muitas 
surpresas agradáveis a cada descoberta. A Bíblia chama este exercício de 
“desenvolvimento da salvação.” Em Filipenses 2.12,13 lemos: “Assim, pois, 
amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, 
porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação 
com temor e tremor, porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer 
como o realizar, segundo a sua boa vontade.” 
 
 
 
A vida segue normal. A diferença é que, de agora em diante,teremos novas 
prioridades. Usaremos o nosso tempo de forma mais prudente escolhendo 
aquilo que nos edifica espiritualmente e rejeitando tudo que não agrada a 
Deus. Talvez alguns de seus antigos companheiros lhe dirão que não há 
mal nenhum em acompanhá-los nos velhos caminhos do pecado, mas a 
Palavra de Deus nos adverte: “Filho meu, se os pecadores querem seduzir-
te, não o consintas” (Provérbios 1.10). O nosso relacionamento com o 
mundo deve ser no sentido de falar sobre a transformação que Deus fez 
em nossa vida, pois Deus deseja que todos os homens se salvem, e venham 
ao pleno conhecimento da verdade. (1 Timóteo 2.4) 
 
1. Confie – Deus é fiel para nos guardar 
Jamais negue a sua fé. O apóstolo Paulo disse em um momento difícil: 
“Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles 
alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna. Fiel é 
esta Palavra: que, se morrermos com ele, também com ele viveremos. 
Se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele 
nos negará. Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si 
mesmo.” (2 Timóteo 2.10-13) Em Mateus 10.32,33 Jesus nos adverte: 
“Aquele que me negar diante dos homens eu o negarei diante de meu 
ATITUDES PARA DESENVOLVER A SALVAÇÃO 
DESENVOLVENDO A SALVAÇÃO 
(1 pé 2.12
7 
 
Pai que está nos céus.” Portanto, lutas virão, mas não há o que temer. 
Confesse a Palavra de Deus como fazia Paulo: "E o Senhor me livrará de 
toda a má obra, e guardar-me-á para o seu reino celestial; a quem seja 
glória para todo o sempre. Amém." (2 Timóteo 4.18) 
 
2. Ore 
Orar é conversar com Deus expressando-se diante dele conforme seu 
entendimento, nada é decorado. Através de seu relacionamento com Deus 
você está habilitado a adorá-lo livremente. Expresse gratidão pelo seu 
perdão, provisão, saúde, emprego, etc. Fale sobre suas necessidades e pro-
blemas. Em Filipenses 4.6 lemos assim: “Não andeis ansiosos por coisa 
alguma, mas em tudo, pela oração e pela súplica, com ações de graças, 
sejam vossas petições conhecidas diante de Deus”. Mais adiante teremos 
um estudo sobre a importância da oração. 
 
3. Leia a Bíblia 
A Bíblia é a Palavra escrita de Deus e nela nós podemos depositar toda 
confiança. Os ensinamentos de Cristo estão exclusivamente na Bíblia, não 
precisamos recorrer a nenhuma outra fonte para aprendermos sobre 
Deus. A Bíblia possui um elevado padrão de vida para nós e através dela 
conhecemos a vontade de Deus para nossa vida. À medida que você lê a 
Bíblia vai perceber que este mundo vive muito diferente do que Jesus 
ensinou! 
 
Observação: Por onde começar a leitura da Bíblia? Como sugestão 
de leitura, inicie com o Evangelho de João (Novo Testamento). Este livro 
destaca os acontecimentos da vida de Jesus nas duas últimas semanas 
antes de sua crucificação, daí a importância de crer nele para obter a 
vida eterna. Antes da leitura ore pedindo sabedoria a Deus. Você pode 
orar assim: “Senhor abre o meu entendimento para compreender a tua 
Palavra.” O Espírito Santo o ajudará a compreendê-la e você se sentirá 
confortado pela revelação recebida. Em Salmos 19.8-11 temos uma bela 
descrição da Bíblia: “Os preceitos do Senhor são retos e alegram o cora-
ção; o mandamento do Senhor é puro, e ilumina os olhos. O temor do 
Senhor é limpo, e permanece eternamente; os juízos do Senhor são ver-
dadeiros e justos juntamente. Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do 
que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o licor dos favos. 
Também por eles é admoestado o teu servo; e em os guardar há grande 
8 
 
recompensa.” Esforce-se para memorizar versículos da Bíblia. Em 
Salmos 119.9-11 lemos: “Com que purificará o jovem o seu caminho? 
Observando-o conforme a tua palavra. Com todo o meu coração te 
busquei; não me deixes desviar dos teus mandamentos. Escondi a tua 
palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti.” 
 
4. Participe dos cultos 
Durante o culto o pastor ministra o ensino da Palavra de Deus. É mais 
uma oportunidade para aprender de Cristo. O objetivo do ensino está 
em Efésios 4.13: "Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao 
conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da es-
tatura completa de Cristo." Leve seus familiares e amigos para parti-
ciparem do próximo culto. 
 
O culto visa, em primeiro lugar, a adoração a Deus. A igreja se reúne 
para orar, cantar e adorar a Deus com muita alegria. Lá você não verá 
nenhuma imagem de escultura, porque servimos a Deus em espirito e 
em verdade, como Jesus ensinou. (João 4.23) Neste ambiente de 
adoração a nossa fé é fortalecida no único Deus vivo, onde Ele fala 
através das mensagens, cânticos e orações. O culto também proporciona 
um momento especial de comunhão com os irmãos. Ali você estará em 
contato com crentes mais experientes na vida espiritual. 
 
Se tiver alguma dúvida sobre algum assunto particular converse com o 
seu pastor ou líder de sua igreja. Procure integrar-se, informe-se tam-
bém quando deverá ser batizado nas águas conforme o mandamento de 
Jesus expresso em Mateus 28.19 
 
 
Parabéns mais uma vez pela nobre decisão de iniciar um relacio-
namento com Deus. Em continuação à nossa jornada de crescimento 
em Cristo, preparamos 15 estudos bíblicos fundamentais para 
fortalecer sua fé. Estude este e-book com calma procurando ler todas 
as referências bíblicas, fazendo isto o seu progresso será proveitoso. 
Bons estudos! 
 
 
 o (a) abençoe. 
9 
 
 
 
“Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.” (Jo 17.17) 
 
 
 
1.1 O autor da Bíblia 
A Bíblia é a revelação da Verdade à humanidade. Através dela conhecemos 
o caráter de Deus, a realidade do pecado, o plano de Deus para salvar o 
homem e a plena vontade dele para nossa vida. Deus é o autor da Bíblia. 
Sobre Ele está escrito: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, porque todos os 
seus caminhos justos são; Deus é a verdade, e não há nele injustiça; justo e 
reto é.” (Deuteronômio 32.4) 
 
1.2 A Bíblia é a verdade 
O texto acima declara que Deus é a verdade, então não há erros nem 
contradições em sua Palavra. A Bíblia é, portanto, digna de toda confiança. 
No livro de Salmos lemos: “O caminho de Deus é perfeito; a palavra do 
Senhor é provada; é um escudo para todos os que nele confiam.” (Salmos 
18.30); “A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do 
Senhor é fiel, e dá sabedoria aos simples. Os preceitos do Senhor são retos 
e alegram o coração; O mandamento do Senhor é puro, e ilumina os olhos. 
O temor do Senhor é limpo, e permanece eternamente; os juízos do 
Senhor são verdadeiros e justos juntamente." (Salmos 19.7-9) 
 
1.3 A Bíblia é inspirada por Deus 
Como autor da Bíblia, Deus supervisionou todos os seus escritores de 
modo que eles escreveram o que Deus tinha em mente. Embora os escri-
tores da Bíblia tenham vivido em lugares e em épocas diferentes, com 
idiomas e culturas diferentes, todos escreveram sem contradições sobre a 
pessoa de Jesus Cristo. Isto só foi possível mediante a inspiração do 
Espírito Santo. Em 2 Timóteo 3.16 lemos: “Toda a Escritura é divinamente 
inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para 
instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeita-
mente instruído para toda a boa obra.” Não foram homens quaisquer que 
escreveram a Bíblia. Em 2 Pedro 1.21 lemos: “Porque a profecia nunca foi 
produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus 
falaram inspirados pelo Espírito Santo.” 
1. O QUE É A BÍBLIA? 
 A Bíblia - A Infalível Palavra de Deus Estudo 01 
10 
 
1.4 Cristo é o tema central da Bíblia 
O assunto dominante nas Escrituras é a redenção em Cristo. Ao longo da 
Bíblia Deus revela o seu plano para salvar a humanidade. Um resumo 
simples da Bíblia pode ser descrito assim: A Criaçãodo Mundo, a 
Corrupção do Mundo e a Redenção do Mundo. Cristo, como Salvador 
da humanidade ocupa o centro das Escrituras! Ele se expressou desta 
maneira: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida 
eterna, e são elas que de mim testificam.” (João 5.39) Ao ressuscitar 
dentre os mortos Cristo falou novamente: “Porventura não convinha que o 
Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória? E, começando por 
Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em 
todas as Escrituras.” (Lucas 24.26,27) Aos colossenses Paulo escreveu: 
“Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, 
visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, 
sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas 
as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. E ele é a cabeça do corpo, da 
igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo 
tenha a preeminência.” (Colossenses 1.16-18) 
 
 
2.1 Para nos guiar na verdade 
Já vimos que a Bíblia nos mostra o que é certo e o que é errado, o caminho 
do bem e o do mal. No Antigo Testamento os sacerdotes tinham a 
responsabilidade de ensinar a Palavra de Deus ao povo de Israel para que 
conhecessem a verdade e andassem nela. Em Ezequiel 44.23 lemos: “E a 
meu povo ensinarão a distinguir entre o santo e o profano, e o farão 
discernir entre o impuro e o puro.” 
 
Já que a Bíblia nos mostra o caminho da vida e os caminhos da morte, o 
estilo de vida do justo e o do ímpio, daquele que serve a Deus e daquele 
que não o serve, só há duas opções para o homem: escolher o caminho de 
Deus (seguir sua Palavra) ou seguir em seu próprio caminho, (evidente-
mente o caminho do pecado). No Antigo Testamento, Deus disse a Israel: 
“Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho 
proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição. Escolhe, pois a vida, para 
que vivas, tu e a tua descendência.” (Deuteronômio 30.19) Quem quiser 
ser bem sucedido na vida precisa ser guiado pela Palavra de Deus. Em 
Provérbios lemos: “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te 
 2. POR QUE DEUS DEU A BÍBLIA AO HOMEM? 
 
11 
 
estribes no teu próprio entendimento, reconhece-o em todos os teus 
caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas. Não sejas sábio a teus 
próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.” (Pv 3.5-7) 
 
2.2 Para nos libertar do poder do pecado 
A Bíblia diz que o pecado escraviza quem a ele se se entrega. (Romanos 
6.16) Quando estávamos no mundo não sabíamos disso, mas ao ouvir a 
Palavra fomos libertos! Cumpriu-se em nós João 8.32: “E conhecereis a 
verdade, e a verdade vos libertará.” Como lidaremos com o pecado? Em 
Hebreus 12.1 lemos: “Portanto nós também, pois que estamos rodeados 
de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o 
pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira 
que nos está proposta.” Graças a Deus através da Bíblia aprendemos tudo 
sobre o perigo do pecado. A Bíblia é enfática: "Porque o salario do pecado 
é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, em Cristo Jesus 
nosso Senhor." (Romanos 6.23) Somente sob a ótica da Palavra de Deus 
somos capacitados a examinar tudo, extrair somente o que é bom e 
evitamos o mal e a sua aparência (1 Tessalonicenses 5.22). 
 
2.3 Para nos ensinar a amar a Deus 
Amar a Deus é bem diferente do que ouvimos no mundo. Segundo a Bíblia 
amamos a Deus quando obedecemos as Escrituras! Em João 14.21 Jesus 
declarou: "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o 
que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e 
me manifestarei a ele." Em 1 João 2.4 lemos também: "Aquele que diz: Eu 
conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não 
está a verdade." Ainda em Tiago 1.22 diz: “E sede cumpridores da palavra, e 
não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.” 
 
Será difícil obedecer a Deus através de sua Palavra? Em 1 João 5.3 le-
mos: "Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamen-
tos; e os seus mandamentos não são pesados." Jesus disse: “Tomai sobre 
vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; 
e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave 
e o meu fardo é leve.” (Mateus 11.29,30) Se tentarmos viver sem depender 
da Palavra de Deus vamos achar a vida cristã muito difícil. 
 
 
12 
 
 
 
A Bíblia se divide em duas partes: O Antigo e o Novo Testamento 
(AT/NT) A palavra testamento significa “aliança”, “pacto”. O Antigo 
Testamento ou Antiga Aliança foi celebrado entre Deus e o povo de Israel 
(os judeus). O Novo Testamento ou Nova Aliança foi celebrado entre Deus 
e a igreja pelo sacrifício de Jesus na cruz do calvário. No Antigo Testa-
mento Deus instituiu a páscoa que incluía o sacrifício de um cordeiro 
como símbolo do sacrifício perfeito o qual se cumpriu na morte de Jesus. 
 
Jesus celebrou a última páscoa na terra instituindo a “Ceia do Senhor.” Em 
Lucas 22.20 lemos: “Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, 
dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado 
por vós.” Em Efésios 1.7 também lemos sobre Jesus: "Em quem temos a 
redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da 
sua graça." 
 
O Antigo Testamento trata da promessa de Deus em enviar o Salvador 
(Messias) ao mundo através de Israel. O Novo Testamento trata do cumpri-
mento desta promessa. Então podemos afirmar que no Antigo Testamento 
o “Messias virá” (Daniel 9.24-27). No Novo Testamento o “Messias já veio” 
(Atos 1.2; Lucas 24.26,27). 
 
 
 
4.1 Porque Ela sonda o nosso coração 
A Palavra de Deus nos examina! Em Salmos 139.23,24 lemos assim: 
“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os 
meus pensamentos e vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me 
pelo caminho eterno.” 
 
O Espírito Santo inspira os pregadores a citar versículos que atendem à 
necessidade dos ouvintes, seja para consolar, edificar, corrigir ou repreen-
der, pois Deus em sua onisciência, conhece a todos. Está escrito: “Porque a 
palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma 
de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e 
medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.” 
 
4. OUTROS MOTIVOS PARA LER A BÍBLIA 
 
3. A DIVISÃO DA BÍBLIA 
 
13 
 
4.2 Porque na Palavra encontramos conforto e paz 
Paulo disse aos irmãos de Roma: “Porque tudo o que dantes foi escrito, 
para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das 
Escrituras tenhamos esperança. Ora, o Deus de paciência e consolação vos 
conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo 
Jesus.” (Romanos 15.4,5) O profeta Jeremias disse: “Achadas as tuas 
palavras logo as comi, as tua palavras me foram gozo e alegria para o 
coração; pois pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos. 
(Jeremias 15.16). O rei Davi declarou: "Tu és o meu refúgio e o meu 
escudo; espero na tua palavra." (Salmos 119.114) O Salmo 119 é o maior 
Salmo da Bíblia e trata exatamente da excelência da Palavra de Deus. Este 
Salmo destaca diversos atributos de Deus: amor, juízo, onipresença, 
onipotência, onisciência, misericórdia, bondade, fidelidade, etc. 
 
4.3 A Bíblia dirige os nossos passos 
Em Provérbios 6.22-23 lemos assim: “Quando caminhares, te guiará; 
quando te deitares, te guardará; quando acordares, falará contigo. Porque 
o mandamento é lâmpada, e a lei é luz; e as repreensões da correção são o 
caminho da vida.” Vejamos alguns Salmos e Provérbios sobre isto: “Bem-
aventurados os retos em seus caminhos, que andam na lei do Senhor.” (Sl 
119.1); "Pelos teus mandamentos alcancei entendimento, por isso odeio 
todo falso caminho. Lâmpada paraos meus pés é tua palavra, e luz para o 
meu caminho.” (Sl 119.104,105); “Ouve, filho meu, e aceita as minhas 
palavras, e se multiplicarão os anos da tua vida. No caminho da sabedoria 
te ensinei, e por veredas de retidão te fiz andar. Por elas andando, não se 
embaraçarão os teus passos; e se correres não tropeçarás. Apega-te à 
instrução e não a largues; guarda-a, porque ela é a tua vida.” (Pv 4.10-13) 
 
4.4 A Bíblia é arma de defesa e ataque contra o mal 
Em Mateus 4 Jesus venceu o diabo pela Palavra de Deus. Em Efésios 6.7 
somos instruídos a fazer o mesmo: “Tomai também o capacete da salva-
ção, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.” A Palavra de Deus só 
opera em defesa daqueles que creem. Deus obviamente conhece os que 
confiam nele. Em Provérbios 30.5 lemos: “Toda a Palavra de Deus é pura; 
escudo é para os que confiam nele.” Em Naum 1.7 lemos também: "O 
Senhor é bom, ele serve de fortaleza no dia da angústia, e conhece os que 
confiam nele." E se alguém não convertido se atrever a usar a Palavra de 
Deus para sua defesa? Em Salmos 50.16-20 lemos: “Mas ao ímpio diz 
14 
 
Deus: Que fazes tu em recitar os meus estatutos, e em tomar a minha 
aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, e lanças as minhas 
palavras para detrás de ti. Quando vês o ladrão, consentes com ele, e tens 
a tua parte com adúlteros. Soltas a tua boca para o mal, e a tua língua 
compõe o engano. Assentas-te a falar contra teu irmão; falas mal contra o 
filho de tua mãe.” Então para vencermos o mal temos que estar em 
obediência à Palavra. Em 2 Coríntios 10.4-6 está escrito: “Porque as armas 
da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para 
destruição das fortalezas; destruindo os conselhos, e toda a altivez que se 
levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o 
entendimento à obediência de Cristo; e estando prontos para punir toda a 
desobediência, quando for cumprida a vossa obediência.” 
 
4.5 Para crescer na graça e conhecimento de Deus 
Em 2 Pedro 3.18a lemos assim: "Crescei na graça e conhecimento de nosso 
Senhor e Salvador, Jesus Cristo.” Para crescer na fé é necessário um desejo 
sincero pela Palavra. Em 1 Pedro 2.2,3 lemos: “Desejai afetuosamente, 
como meninos recém-nascidos, o leite racional, não falsificado, para que 
por ele vades crescendo. Se é que já provastes que o Senhor é bom.” Deus 
tem preciosas revelações para nós. Em Oseias 6.3 lemos: “Então conhe-
çamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é 
certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.” 
 
4.6 Para saber responder com sabedoria 
A Obediência nos capacita a responder sabiamente. Em Salmos 111.10 
lemos: "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; bom entendimento 
têm todos os que cumprem os seus mandamentos; o seu louvor permane-
ce para sempre.” Falemos da esperança que há em Cristo. Em 1 Pedro 3.15 
lemos: “Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai 
sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer 
que vos pedir a razão da esperança que há em vós.” 
 
 
 
Os textos bíblicos podem ser citados por extenso ou abreviados: Mt 
(Mateus) Gn (Gênesis ); Lc (Lucas); Sl (Salmos); Js (Josué), Dt 
(Deuteronômio); Jz (juízes); 1 Pe (1 Pedro), etc. Veja como se lê uma 
referência bíblica: 
5. MANUSEANDO A BÍBLIA 
 
15 
 
 
Jo 1.10 João capítulo primeiro, 
versículo dez. 
Ap 3.4,5 Apocalipse capítulo três, 
versículos quatro e cinco. 
Fp 3.4-7 Filipenses capítulo três, 
versículos quatro a sete. 
Mc 8.15, 20,38 Marcos capítulo oito 
versículo quinze, vinte e trinta e oito. 
Mc 8.15, 20-38 Marcos capítulo oito 
versículo quinze, e versículos vinte 
ao trinta e oito. 
Jo 2.7; 8.10 João capítulo dois verso 
sete e capítulo oito versículo dez 
(ponto e vírgula separam os 
capítulos) 
Jó 42.5 Jó capítulo quarenta e dois 
versículo cinco. 
Jo 10.10a João capítulo 10 versículo 
10 parte a 
Jo 10.10b João capítulo 10 versículo 
10 parte b 
Fm 9 Filemom versículo nove 
OBS: Há livros que só possuem um 
capítulo, neste caso só citamos só os 
versículos. São eles: 2 João, 3 João e 
Judas. A leitura é feita assim: 
3 Jo 3-5 Terceira de João versículos 
três a cinco. 
Judas 4 Judas versículo quatro. 
 
OBS: Também se usa dois pontos (:) para separar o capítulo dos 
versículos: Ex: Lc 1:8 
 
 
 
1. Inicie com o Evangelho de João o qual trata sobre a divindade de 
Jesus. 
2. Leia o Evangelho de Mateus o qual traz diversos eventos que provam 
que Jesus é o Messias prometido no Antigo Testamento. 
3. Leia o Evangelho de Marcos o qual registra os eventos sobre Jesus em 
ordem cronológica. 
4. Leia o Evangelho de Lucas e depois Atos. Estes dois livros foram 
escritos por Lucas, companheiro do apostolo Paulo em suas viagens 
missionárias. Lucas retrata a humanidade de Cristo. Atos é a 
continuação de Lucas e aborda a origem e desenvolvimento da igreja 
primitiva através do Espírito Santo. Atos relata de muitas conversões. 
5. Leia as Cartas de Paulo a quais interpretam o ensino de Cristo. 
6. Leia o Antigo Testamento. Inicie com Provérbios, Salmos e siga 
com Gênesis, Êxodo, Deuteronômio e demais livros. 
 
 
6. ALGUMAS DICAS PARA LER A BÍBLIA 
 
16 
 
Antes da leitura da Bíblia não se esqueça de orar pedindo sabedoria a 
Deus. Em Salmos 119.34,35 Davi orava assim: “Dá-me entendimento, e 
guardarei a tua lei, e observá-la-ei de todo o meu coração. Faze-me andar 
na vereda dos teus mandamentos, porque nela tenho prazer.” Igualmente 
ao terminar a leitura ore agradecendo a Deus pelas revelações que 
recebeu. 
 
Outras dicas: 
1. Separe a melhor hora para ler a Bíblia; 
2. Escolha um ambiente bem iluminado; 
3. Não deixe para ler quando estiver cansado; 
4. Anote o que achar necessário; use um pincel marca texto para 
destacar os versículos que mais falaram ao seu coração. 
5. Para uma melhor aprendizagem faça perguntas sobre o texto que 
acabou de ler. Exemplo de algumas perguntas: 
 
 Há neste texto alguma ordem que devo obedecer? 
 Há algum exemplo que devo seguir ou imitar? 
 Há algum pecado que devo abandonar ou evitar? 
 Há alguma promessa que se aplica a mim? 
Observação: A leitura da Bíblia não visa acumular conhecimento, mas 
acima de tudo a transformação de nosso caráter à semelhança do cará-
ter de Cristo. Permita que a palavra de Deus sonde o seu coração e 
receba-a com humildade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
“Porque a graça de Deus se manifestou trazendo salvação a todos os 
homens." (Tt 2.11) 
 
Deus tem uma boa notícia para a humanidade: Salvação. Esta palavra 
significa basicamente livramento, preservação, segurança. A Bíblia 
declara que morrer perdido é a pior tragédia que existe. Significa sofrer 
eternamente no inferno longe da presença de Deus. Cristo veio ao mundo 
para nos livrar deste estado de perdição. (Lc 19.10) Então o evangelho é 
chamado de Boa Nova porque a má notícia da condenação pelo pecado é 
anulada quando recebemos a Cristo como Senhor e Salvador. Em 
Hebreus 2.3 somos exortados a considerar a preciosidade da salvação: 
“Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande 
salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois 
confirmada pelos que a ouviram?” A salvação é exclusivamente na pessoa 
de Jesus. (At 4.12) 
 
1.1 Compreendendo mais sobre necessidade de salvação 
No primeiro livro da Bíblia (Gênesis) lemos que Deus criou o mundo em 
perfeita harmonia. O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus e 
foi lhe dado um espírito a fim de que pudesse ter comunhão com Deus, 
porque Deus é espírito. (João 4.24) Deus pôs o homem em um jardim para 
lavrá-lo e guardá-lo. Adão e Eva poderiam comer de todo fruto que havia 
no jardim, exceto da árvore do conhecimento do bem e do mal,e caso a 
comessem morreriam espiritualmente, isto é, seu relacionamento com 
Deus terminaria. A obediência do casal provaria lealdade a Deus. Como 
seres morais com capacidade de escolha, enquanto obedecessem vive-
riam. Um dia, porém, cederam à tentação de Satanás e ocorreu a morte 
espiritual, daí eles perderam imediatamente a comunhão com Deus e 
fugiram de sua presença (veja os passos da queda em Tiago 1.15) A partir 
de então Adão e Eva ficaram contaminados pelo pecado e a morte 
espiritual foi transmitida a toda a humanidade (1 Co 15.21; Rm 5.12). 
Então a nascemos espiritualmente mortos, embora fisicamente vivos! 
Graças a Deus você teve contato com a pregação da Palavra de Deus e se 
converteu, isto significa que você passou da morte espiritual para a vida. 
1. O PLANO DE DEUS PARA SALVAR A HUMANIDADE 
 
 A Salvação em Cristo 02 Estudo 
18 
 
Em João 5.24 Jesus se expressou assim: "Na verdade, na verdade vos digo 
que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida 
eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida." A 
Bíblia diz que o pecado leva à morte em três sentidos: Morte Espiritual, 
Física e Eterna. Primeiramente Deus nos criou para existir eternamente. 
(a nossa existência não cessa com a morte física, e por isso Deus enviou 
Cristo para nos livrar da perdição eterna). Em João 3.36 lemos: "Aquele 
que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não 
verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece." Durante a nossa 
existência na terra temos a oportunidade de receber a Cristo como 
Salvador ou rejeitá-lo! Como você já confessou a Cristo como Salvador, 
você está salvo! Em Tito 3.5 lemos: “Mas quando apareceu a benignidade e 
amor de Deus, nosso Salvador, para com os homens, não pelas obras de 
justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos 
salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo.” 
Veja abaixo a diferença entre os três tipos mortes existentes: A palavra 
morte vem do grego “thanatos” que significa separação. 
Morte 
espiritual 
(Gn 2.17) 
Ocorreu com Adão e Eva ainda no jardim do Éden. Pela 
desobediência eles ficaram separados da comunhão com 
Deus, daí toda a humanidade se encontra neste estado! (Gn 
2.16,17; Rm 6.23; 1 Jo 3.14; Jo 5.25, 1Tm 5.6; Tg 1.15 etc.) 
Morte 
Física 
(Gn 3.19) 
Separação das partes materiais e imateriais do ser 
humano. A matéria (corpo) volta ao pó. Equivale a “expirar”. 
(Gn 3.19; Jó 34.14,15; Gn 25.7-9; Sl 146.4; Tg 2.26, etc). 
Morte 
Eterna 
(2ª morte) 
(Ap 21.8) 
É falecer sem ter recebido a Cristo como Salvador, daí a pessoa 
aguardará o Juízo Final onde será julgado, condenado e 
lançado no Lago de fogo. E a separação definitiva da 
presença de Deus na “vida” do ser humano. (Hb 9.27; 2 Ts 
1.8,9; Ap 20.11-15; 21.8, etc.) 
Então a morte espiritual é viver na prática do pecado sem levar em conta 
a vontade de Deus. (Lc 15.32; Ef 2.1-3). Significa amar o mundo e seus 
prazeres. (Tg 4.4; 1 Jo 2.15-17; 5.19) Em Romanos 8.13 lemos: "Porque, 
se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortifi-
cardes as obras do corpo, vivereis." Esse tipo de morte é temporária se a 
pessoa se converter para viver para Cristo. Porém se passar pela morte 
física sem ter recebido a Cristo como salvador, vai para o Hades (inferno) 
onde aguardará o Juízo Final (Veja: Lc 16.23; Jo 12.48; Sl 9.17) 
 
19 
 
 
A salvação vem com a convicção de nosso estado de perdição. Mediante a 
pregação da Palavra o Espírito Santo nos convence do pecado, justiça e 
juízo divino. (Jo 16.8-11) Ele mostra que precisamos confessar a Cristo 
como Salvador (Rm 10.8-11). De forma simples, os passos para a salvação 
são estes: arrependimento, fé e confissão. 
 
a) Arrependimento: Mudança de mente que é refletida diretamente em 
nossa maneira de viver. Quem se arrepende sente profunda tristeza por 
ter ofendido a Deus e decide relacionar-se com Ele com sinceridade 
abandonando definitivamente a vida de pecado. Veja na bíblia a atitude 
de pessoas arrependidas: “Que, quanto ao trato passado, vos despojeis 
do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; e 
vos renoveis no espírito da vossa mente; e vos revistais do novo homem, 
que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade. Por isso 
deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque 
somos membros uns dos outros. Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o 
sol sobre a vossa ira. Não deis lugar ao diabo. Aquele que furtava, não 
furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que 
tenha o que repartir com o que tiver necessidade. Não saia da vossa 
boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a 
edificação, para que dê graça aos que a ouvem.” (Ef 4.22-29) 
 
b) Fé: É a convicção de que Cristo nos ama, nos aceita e nos perdoa 
apesar dos erros cometidos. O resultado desta convicção é uma profun-
da paz e certeza de salvação. A parábola do filho pródigo contada por 
Jesus ilustra muito bem isto. O filho arrependido está convicto que seu 
pai o ama, e o perdoará aceitando-o de volta. Em Lucas 15. 17,18 lemos: 
“E, tornando em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm 
abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter 
com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti.” (Veja a 
parábola completa em Lucas 15.11-32) Deus é compassivo! Observe 
outros textos sobre o caráter de Deus: Miquéias 7.18,19 e Isaias 1.18. 
 
c) Confissão: Declarar e assumir o senhorio de Cristo mediante a dispo-
sição para obedecer a Palavra de Deus. Uma confissão autêntica envolve 
arrependimento e a fé em Jesus. Em Romanos 10.9,10 lemos: “Se com a 
2. PASSOS PARA A SALVAÇÃO 
descrição de arrependimento
ef 1.13
20 
 
tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus 
o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se 
crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.” Jesus 
declarou: “Qualquer que me confessar diante dos homens, eu o 
confessarei diante de meu Pai, que esta nos ce us. Mas qualquer que 
me negar diante dos homens, eu o negarei tambe m diante de meu Pai, 
que esta nos ce us.” (Mt 10.32,33) 
 
Podemos ser salvos por boas obras? Absolutamente não. Em Efésios 
2.8,9 lemos: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem 
de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.” A 
gloria da salvação é exclusivamente de Cristo. Em Gálatas 1.3-5 lemos: 
“Graça e paz da parte de Deus Pai e do nosso Senhor Jesus Cristo, o qual se 
deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século 
mau, segundo a vontade de Deus nosso Pai, ao qual seja dada glória para 
todo o sempre. Amém.“ 
 
 
A única fonte da salvação é a Bíblia. Através dela conhecemos o plano de 
Deus para a salvação. Em Atos 4.12 referindo-se a Cristo, o apóstolo 
Pedro declarou: “E em nenhum outro há salvação, porque também 
debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual 
devamos ser salvos.” 
 
No Antigo Testamento há muitos registros sobre a salvação em Cristo. Em 
Isaias 43.11 lemos: "Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há Salvador." 
Em Oséias 13.4 lemos: "Todavia, eu sou o Senhor teu Deus desde a terra 
do Egito; portanto não reconhecerás outro deus além de mim, porque não 
há Salvador senão eu." Estes textos estão na Bíblia para que ninguém se 
iluda buscando salvação em outras fontes. Quando Israel caiu no pecado 
da idolatria Deus falou: “Houve alguma nação que trocasse os seus deuses, 
ainda que não fossem deuses? Todavia o meu povo trocou a sua glória por 
aquilo que é de nenhum proveito. Espantai-vos disto, ó céus, e horrorizai-
vos! Ficai verdadeiramente desolados, diz o Senhor. Porque o meu povo 
fezduas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e 
cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” (Jr 2.11-13) 
 
3. A FONTE DA SALVAÇÃO 
 
21 
 
 
4.1 justificação: É um ato da Graça de Deus onde Ele declara justo 
quem receber pela fé a Cristo como Salvador. É um termo judicial que 
lembra um tribunal onde Deus absolve o pecador (réu) de suas trans-
gressões para com a Sua santa Lei e o declara justo e inocente. (Rm 5.1; 
1 Co 6.11) A pessoa obtém a condição de estar alinhado à Lei de Deus 
em todos os seus aspectos e por essa razão não precisa temer as 
punições prescritas nela. (Rm 3.24; 8.1) 
 
4.2 Regeneração: É a natureza de Deus implantada em nós operando o 
novo nascimento. (Tg 1.18; 1 Jo 5.1; Tt 3.5) Também é uma mudança de 
condição: Um pecador que servia ao diabo e era por natureza inimigo de 
Deus, agora em Cristo se torna filho de Deus. (Jo 1.12) 
 
4.3 Santificação: É um ato da Graça de Deus onde o pecador abandona 
suas práticas pecaminosas e é restaurado à comunhão com Deus 
separando-se (santificando-se) para o serviço de Deus. (Lv 20.26; 1 Pe 
2.9,10) Então passa a “andar na luz” (1 Jo 1.7), e “agradar a Deus” (1Ts 
4.1) “vivendo de modo digno do Senhor.” (Cl 1.10) Já vimos que a Bíblia 
afirma que sem a santificação ninguém verá o Senhor. (Hb 12.14).d 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. ASPECTOS DA SALVAÇÃO 
22 
 
 
"Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor.” (Os 6.3a) 
 
 
 
Em Salmos 19 Deus se revela de duas maneiras: através de sua criação 
(versículos 1 a 6) e através de sua Palavra escrita (versículos 7 a 11). 
Observe que a Bíblia não tenta provar a existência de Deus! Todas as 
afirmações contidas na Bíblia sobre Deus são definitivas. Crer ou não 
crer é uma escolha individual, pois provas de Sua existência encontra-
mos em todo lugar. Em Romanos 1.20 lemos assim: “Pois desde a cria-
ção do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua 
natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por 
meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis.” 
A beleza do universo e toda sua diversidade em perfeito funcionamento 
através de leis perfeitas denotam a existência de um criador. O Salmo 14.1 
denomina de louco (néscio) aquele que não crê na existência de Deus. 
 
O mais importante de tudo é que Deus anseia ter um relacionamento com 
suas criaturas. Esta é a razão pela qual fomos criados à imagem e seme-
lhança de Deus. (Gn 1.26) E então? É possível o homem desenvolver um 
relacionamento com Deus mesmo depois de se envolver com o pecado 
no início do mundo? 
 
 
Com a entrada do pecado no mundo, Deus não pode ser plenamente 
conhecido pelo homem, por causa de sua natureza pecaminosa (Leia Êx 
33.20; Jo 1.18; 1 Tm 6.16), mas Deus em seu amor tomou a iniciativa e 
veio ao mundo em forma humana para que creiamos nele. Jesus Cristo é a 
imagem expressa Deus e nele habita toda a divindade (Leia Cl 2.9; Hb 1.3). 
 
Jesus se dirigia a Deus chamando-lhe de pai. Filipe, um dos apóstolos de 
Cristo desejou ver o Pai e disse a Jesus: “Senhor, mostra-nos o Pai, o que 
nos basta.” Mas Jesus lhe disse: “Estou há tanto tempo convosco, e não me 
tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: 
Mostra-nos o Pai? Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em 
mim?” (Veja João 14.8,) 
1. É POSSÍVEL CONHECER A DEUS? 
 
 Conhecendo o Caráter de Deus 03 Estudo 
2. DEUS VEIO AO MUNDO! 
 
23 
 
 
A palavra amor define Deus. Em 1 João 4.8 lemos: "Aquele que não ama 
não conhece a Deus; porque Deus é amor." É Deus quem nos capacita a 
amar. No verso 19 lemos: “Nós o amamos porque ele nos amou primeiro.” 
Se Deus nos amou quando ainda éramos inimigos dele (vivendo em peca-
do), imagine depois de reconciliados com Ele através de Cristo! Em Roma-
nos 8.32 lemos: “Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, 
antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas 
as coisas?” Agora como filhos de Deus podemos desfrutar deste grande 
privilégio. Deus em sua bondade ainda nos garante uma herança nos céus. 
Em Romanos 8.15-17 lemos: “Porque não recebestes o espírito de 
escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito 
de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. O mesmo Espírito 
testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. E, se nós somos 
filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e co-herdeiros 
de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele 
sejamos glorificados.” Vale a pena servir a Deus. 
 
 
 Em Provérbios 1.7 lemos: "O temor do Senhor é o princípio da sabe-
doria..." O temor a Deus consiste em amá-lo e obedecê-lo com alegria, 
considerando as consequências eternas do pecado das quais Deus nos 
livrou. Em Hebreus 12.28-29 lemos assim: “Por isso, recebendo nós um 
reino inabalável, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus de 
modo agradável, com reverência e santo temor; porque o nosso Deus é 
fogo consumidor." Este texto expressa a santidade de Deus. Portanto 
conhecer o caráter de Deus (quem ele é) é fundamental para sabermos o 
quanto Ele nos ama e deseja o nosso crescimento. Deus não deseja que 
saibamos apenas informações sobre a sua pessoa, mas que tenhamos uma 
comunhão íntima com Ele. Conhecer a Deus pela experiência é o maior 
privilégio que existe. Em Jeremias 9.23,24 lemos: “Assim diz o Senhor: Não 
se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, 
nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e 
saber que eu sou o Senhor e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; 
porque destas coisas me agrado, diz o Senhor.” 
Você já experimentou o amor de Deus, a sua misericórdia, bondade, 
fidelidade, paciência etc, Que tal descobrirmos outros aspectos de sua 
3. DEUS É AMOR! 
4. O TEMOR DE DEUS – O PRINCÍPIO DA SABEDORIA 
 
psragrafo
24 
 
pessoa? Em Oseias 6.3 lemos: “Então conheçamos, e prossigamos em 
conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como 
a chuva, como chuva serôdia que rega a terra." 
 
 
São qualidades que definem a Deus como ele é, a sua natureza. Eviden-
temente não podemos conhecê-lo em sua totalidade, mas somente o que 
ele permite. (Dt 29.29) Compreender os atributos de Deus é essencial 
para que o adoremos de forma sábia e agradável, por isso a verdadeira 
adoração envolve o conhecimento da natureza de Deus. Quem busca a 
Deus para conhecê-lo é cheio de gratidão, primeiramente, por tudo que 
Ele é, por tudo que Ele fez, faz e fará por nós. Vale a pena conhecer a Deus, 
deleitando-se em sua Palavra a fim de conhecer o seu amor, bondade, 
fidelidade, paciência, misericórdia, etc. Em Salmos há muitas declarações 
sobre a natureza de Deus. Aproveitemos a leitura se Salmos para adorar a 
Deus expressando-lhe gratidão como fez Davi, Asafe, e outros adoradores. 
 
 
Vejamos de forma breve alguns dos atributos de Deus e como eles se 
relacionam à nossa nova vida em Cristo: 
 
Amor: A Bíblia diz que Deus é amor. (1 Jo 4.8) O amor de Deus é sacrificial 
(Veja Ef 2.4,5; 1 Jo 3.14,16) Em 1 Jo 4.10 lemos: “Nisto consiste o amor, 
não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e 
enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.” 
 
Misericórdia: O pecado é algo odioso aos olhos de Deus. Se não fosse sua 
misericórdia já teríamos sido consumidos. (Lm 3.22,23) Deus espera que 
os pecadores se arrependam e reconheçam sua compaixão enquanto é 
tempo. (Ef 2.4-5; Tt 3.5) Graças a Deus já fomos alcançados por sua 
compaixão. Ele espera que sejamos também compassivos para com o 
nosso próximo (1 Pe 3.8,9; Jd 1.21,22) 
 
Verdade: Deus é a verdade absoluta. É impossível que Ele minta. (Tt 1.2; 
Nm 23.19) SuaPalavra é a verdade. (Jo 17.17) Como novas criaturas em 
Cristo devemos viver na verdade (Cl 3.9; Ef 4.25; 3 Jo 1.4) 
 
6. ALGUNS ATRIBUTOS DE DEUS 
5. O QUE SÃO OS ATRIBUTOS DE DEUS? 
25 
 
Bondade: Deus é bom, logo tudo o que ele faz é bom (Gn 1.12,31). Ele 
concede bênçãos às suas criaturas. (At 14.17; Sl 145.9; 34.8; Na 1.7; Tg 
1,17) A bondade e a misericórdia de Deus aparecem juntas muitas vezes. 
(Sl 100.5; 106.1; 118.29; 103.10-14; 136.1). À semelhança de Deus 
devemos ser bons para com todos. (Rm 15.14; 2 Ts 1.11). 
 
Fidelidade: Deus é fiel e, portanto digno de toda confiança. Sua Palavra 
nunca falhará daí podemos descansar em suas promessas. (1 Co 1.9; Js 
21.45; Mt 24.35; Is 34.16) Não devemos temer o fracasso e nem as ciladas 
do diabo. (2 Ts 3.3; 1 jo 5.18) Temos que ser fiéis em tudo. (Lc 16.10; Hb 
3.12; 1 Co 4.2; Ap 2.10) 
 
Retidão: Deus é reto. É impossível Ele errar. (Sl 111.7,8; 92.15; Dt 32.4; Jó 
34.10-12); Ele odeia o pecado (Hb 1.9; 1 Jo 1.5; Sl 5.4-6; Mq 6.11; 1 Jo 3.8). 
Retidão é sua meta para nós (Gn 17.1,2; Sl 89.14-17) e é o melhor caminho 
(Sl 84.11; 125.4; Pv 2.7). O bem e o mal estão diante de nós. A nossa 
escolha define nosso caráter. (Dt 30.19,20) Em sua retidão Deus dará a 
cada um segundo sua obra (Rm 2.7-10) 
 
Santidade: Deus é santo: Ele é moralmente perfeito. Por natureza Ele é 
separado do pecado (1 Sm 2.2; Is 6.3; Sl 77.13) por isso Deus exige 
santidade dos que irão habitar com ele. (1Pe 1.15,16; Hb 12.14). Santidade 
em relação ao homem significa ser “separado do pecado e consagrado a 
Deus” (Lv 20.7,8,26); O meio que Deus nos santifica é através de Sua 
Palavra. (Jo 17.17) 
 
Justiça: É a santidade de Deus em ação para punir toda injustiça. (Sl 98.9; 
119.137; 145.17; Ap 16.5,6) Deus é imparcial (2 Cr 19.7), e portanto não 
faz acepção de pessoas. (Rm 2.11; 1 Pe 1.17). Temos mandamentos para 
sermos justos e imparciais. (Lv 19.35-37; 1 Pe 3.12) 
 
Soberania: Deus é dono de tudo (Sl 24.1; 1 Cr 29.11,12) e governa sobre 
todos. Nada está fora de seu controle. Seus planos são realizados em seu 
tempo segundo sua soberana vontade. (Sl 103.19; Jó 42.2; Is 46.10,11) 
 
Ira: Deus se opõe a tudo que fere o seu caráter. O pecado atrai a ira de 
Deus (Ef 2.1-4; 5.3-6; Cl 3.5,6) Deus castiga os ímpios com tribulação, 
1o43 110 colocar no começo
MT 25.21
26 
 
angústia e sofrimento eterno (Rm 2.7,8; 2 Pe 2.9; Sl 9.17) Todavia quem 
está em Cristo está livre da ira de Deus. (1 Ts 5.8,9) 
 
Longanimidade: É o mesmo que paciência. É um dos aspectos do amor 
de Deus. (1 Co 13.4; Ex 34.6,7; Na 1.3) Paulo reconheceu que Deus foi 
longânimo para com ele. (1 Tm 1.16) Deus dá tempo para o arrepen-
dimento mas o homem não deve abusar da longanimidade de Deus, como 
fizeram os que morreram pelo dilúvio. (1 Pe 3.18-20) Muitos igualmente 
estão abusando da longanimidade de Deus em relação à segunda vinda de 
Jesus. (2 Pe 3.3-90) 
 
Onipotência: Somente Deus tem todo poder para realizar tudo o que 
deseja e nada ou ninguém pode impedi-lo. (Mt 19.26; Jó 42.2; Sl 33.10.11) 
Obviamente Deus só fará o que estiver de acordo com sua natureza santa 
expressa em outros de seus atributos. 
 
Onipresença: Deus é infinito e se faz presente em qualquer lugar. (Jr 
23.24; Sl 139.7-12) Então não há necessidade de se deslocar para locais 
“santos” para tem um encontro com Deus (Jo 4.23). Em Cristo usufruímos 
da presença de Deus onde estivermos. Sua presença é real e Ele jamais nos 
desampara. (Hb 13.5,6; Mt 28.20). 
 
Onisciência: Deus conhece todas as coisas, mesmo antes que aconteçam. 
(Sl 139.1-4; 1 Cr 28.9) e ninguém pode enganá-lo. (Is 29.15) Os que 
confiam nele, devem descansar, pois Ele conhece e sabe tudo sobre nossas 
necessidades, ansiedades, temores, etc. (Sl 103.13,14; 1 Pe 5.7) 
 
Imutabilidade: Deus é perfeito e, portanto não muda. (Ml 3.6; Tg 1.17; Hb 
6.17-19; 13.8) Nenhum de seus atributos muda: a sua justiça, bondade, 
fidelidade, permanece eternamente. Ao lermos a Bíblia podemos ter a 
certeza que servimos ao mesmo Deus que operou grandes as maravilhas 
no passado, na época do Antigo e do Novo Testamento. 
 
Eternidade: Deus não tem início nem terá fim. Ele transcende o tempo. (Sl 
90.4) Sua eternidade está ligada à sua imutabilidade. Deus se revelou a 
Moisés como o “Eu sou” Essa linguagem pode ser compreendida assim: 
“Eu continuarei sendo o que fui e o que sempre serei” Jesus usou este 
27 
 
mesmo verbo em relação a si mesmo. Ele disse aos judeus: “antes de 
Abraão nascer, Eu Sou!" (Jo 8.58) Em Apocalipse 1.8 lemos que o Deus 
Eterno Jesus Cristo virá ao nosso encontro no arrebatamento. Ele mesmo 
declarou: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, 
e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso. 
 
Sabedoria: A sabedoria de Deus é perfeita e inesgotável. (Rm 11.33) Ele 
governa tudo com inteligência, segurança e ordem. Obedecê-lo é 
prudência, pois a sua vontade é o melhor para nós. (Rm 12.1,2) Ele 
compartilha parte de sua sabedoria com seus filhos! (At 6.10; Lc 12.11,12) 
 
 
A doutrina da trindade é uma das mais difíceis de ser explicada. Embora 
esta palavra não apareça na Bíblia, Deus se revela em sua Palavra de três 
formas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo, porém há um só Deus (Dt 6.4) 
 
A Bíblia declara que o Pai é Deus, (Jo 6.27; Rm 1.7; 1 Pe 1.2) O Filho é Deus 
([Jo 1.1; 1.14]; Cl 2.8,9; Hb 1.8) e o Espírito Santo é Deus. (Atos 5.3-4) Não 
há motivo para ficarmos confusos. Um dia na eternidade com Cristo 
compreenderemos tudo sobre a natureza de Deus. Em 1 João 3.2 lemos: 
“Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que 
havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos 
semelhantes a ele; porque assim como é o veremos.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. A TRINDADE DE DEUS 
28 
 
 
"Buscai ao Senhor e a sua força; buscai a sua face continuamente.”(Sl 105.4) 
 
 
 
É o meio de cultivar a comunhão com Deus. A sua primeira oração foi de 
confissão, ao receber a Cristo como Salvador. A partir dai você tem o 
privilégio de aprofundar o seu relacionamento com Ele. Deus tem 
infinitas formas de responder nossas orações, e geralmente o faz através 
de sua Palavra escrita. Seguramente quanto mais tempo passamos com 
Deus em oração mais aprendemos a ouvir a Sua voz. (Jo 10.14) Em 
Mateus 6.5-13 Jesus ensinou seus discípulos a orar. Neste texto 
aprendemos que a oração não deve ser decorada e não há necessidade 
de repetição de frases. Na oração podemos agradecer a Deus pela salva-
ção, saúde, emprego, livramentos, etc. Podemos comunicar nossas 
necessidades, problemas e dificuldades a Deus. Ele nos ouve quando 
oramos de acordo com Sua vontade. Em 1 João 5.14 lemos: "E esta é a 
confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua 
vontade, ele nos ouve." Inclusive por isso aprendemos um pouco sobre o 
caráter de Deus para descobrirmos a sua vontade e assim aprender a orar 
com eficiência. A oração deve ser em nome de Jesus (Jo 14.13,14; 15.16). É 
importante saber que antes de recebermos a Cristo como Salvador o 
pecado nos separava de Deus. Não podemos nos relacionar com Deus 
vivendo em pecado. (Is 59.2; Pv 15.29; 21.27; Sl 66.18; Is 1.15). Agora 
perdoados e salvos, temos livre acesso a Deus pelo sacrifício de Cristo e 
mesmo se falharmos, mediante o arrependimento, Jesus está pronto a 
nos perdoar. (1 Jo 1.9; Tg 5.16) 
 
 
2.1 Para cultivar o nosso relacionamento com Deus 
A oração nos proporciona discernimento para identificarmos qualquer 
coisa prejudicial à nossa vida espiritual como também somos capacitados a 
escolher tudo o que agrada a Deus. Devemos submeter tudo à Sua vontade. 
Este é o segredo para viver com propósito e poder. 
 
 2.2 Para não cair em tentação 
Em Mateus 26.41 Jesus nos adverte sobre a fraqueza da carne. Oque é 
tentação? É a vontade de fazer algo errado; vontade de voltar ao pecado. 
 Falando com Deus através da oração Estudo 04 
1. O QUE É A ORAÇÃO 
2. POR QUE DEVEMOS ORAR 
 
29 
 
Isso acontece se descuidarmos da oração e dermos lugar à velha natu-
reza, que a Bíblia chama de “carne” (Rm 13.14). Precisamos orar sempre 
para vencermos estes desejos. (Hb 12.1; Gl 5.16). A tentação sempre será 
vencida se alimentarmos a nossa nova natureza em Cristo. (Cl 3.2,3) 
 
2.3 Para que outros possam ser salvos 
No capítulo 17 do evangelho de João Jesus orou por nós! Quando nos 
colocamos no lugar de outra pessoa orando por ela, estamos interce-
dendo. Jesus intercedeu por nós deixando-nos o exemplo. Com base em 1 
Timóteo 2.1,2 podemos interceder pela família, amigos, nossos líderes 
espirituais, autoridades, e inclusive por quem nos persegue. (Mt 5.44; At 
12.5). O plano de Deus para nós inclui a intercessão! Deus nos constituiu 
intercessores à semelhança dos sacerdotes do Antigo Testamento (1 Pedro 
2.9) Paulo via a intercessão como um combate: "E rogo-vos, irmãos, por 
nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que combatais comigo 
nas vossas orações por mim a Deus" (Rm 15.30). 
 
2.4. Para aprender a se humilhar diante de Deus 
O menor versículo da Bíblia diz: “Jesus chorou." (Jo 11.35). Inúmeros 
personagens da Bíblia tiveram seus corações quebrantados. Exceto 
Jesus, todos sentiram e choraram seus pecados, suas culpas. Pedro 
chorou, (Lc 22.62) Paulo chorou (Rm 9.2), Esdras chorou, Jeremias ficou 
conhecido como o “profeta chorão” e neste estado ele escreveu o livro 
“Lamentações.” Tiago escreveu: "Senti as vossas misérias, e lamentai e 
chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza." 
(Tg 4.9) A Bíblia chama isto de “coração quebrantado.” Em Salmos 51.17 
lemos: “Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um 
coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.” 
 
Após orar intensamente Deus disse ao profeta Daniel: “Não temas, 
Daniel, porque desde o primeiro dia em que aplicaste o teu coração a 
compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, são ouvidas as tuas 
palavras; e eu vim por causa das tuas palavras.” (Dn 10.12) Em Salmos 
34.17,18 lemos: “Os justos clamam, e o Senhor os ouve, e os livra de 
todas as suas angustias. Perto está o Senhor dos que têm o coração 
quebrantado e salva os contritos de espírito.” Não nos preocupemos 
com que outros pensem. O choro diante de Deus é saudável para a nossa 
30 
 
alma. Em 1 Pedro 5.6 está escrito: "Humilhai-vos, pois, debaixo da 
potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte." 
 
Evidentemente há muitos momentos de alegria na vida cristã, mas o 
quebrantamento não pode ser excluído. Podemos estar aflitos e até sem 
palavras diante de Deus, mas Ele nos compreende. Em Romanos 8.25,26 
lemos: “E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraque-
zas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o 
mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.” 
 
 
3.1 Ao levantar-se: Inicie o dia conversando com Deus agradecendo-
lhe pela noite que passou. Davi se expressou assim: “Pela manhã ouvirás 
a minha voz, ó Senhor; pela manhã apresentarei a ti a minha oração, e 
vigiarei. (Sl 5.3) Em Provérbios 8.17 Deus nos diz: “Eu amo aos que me 
amam, e os que cedo me buscarem, me acharão.” Ore pedindo sabedoria 
a Deus para agir corretamente de acordo com a sua Palavra e peça 
ousadia para compartilhar a Palavra de Deus. (2 Tm 4.2) 
 
3.2 Ao deitar-se: Agradeça a Deus por tudo: pelo dia, livramentos, 
proteção contra assaltos, batidas de veículos, atropelamentos, em fim, por 
todos os benefícios recebidos. Davi orava assim: “Bendize, ó minha alma, 
ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios.” (Sl 103.2) Em 
Efésios 5.20 lemos também: “Dando sempre graças por tudo a nosso Deus 
e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.” Em fim, devemos orar 
sempre: ao levantar-se, deitar-se, ao viajar, quando chegar de viagem, ao 
fazer um empreendimento, etc. Em Salmos 105.3,4 lemos: “Gloriai-vos no 
seu santo nome; alegre-se o coração daqueles que buscam ao Senhor. 
Buscai ao Senhor e a sua força; buscai a sua face continuamente.” 
 
 
4.1 Em casa: A família é um núcleo de adoração a Deus, uma espécie de 
mini-igreja. Deus tem que ter prioridade e ser exaltado nela. Separe 
momentos especiais para um culto doméstico. Dessa forma estaremos 
blindando a nossa família contra ataques satânicos. Além do mais, bus-
car a Deus é a chave de toda prosperidade espiritual. Josué, general das 
3. QUANDO ORAR 
 
4. ONDE ORAR 
31 
 
guerras do Senhor em Israel, cedo tomou esta decisão. Ele disse: “Eu e a 
minha casa serviremos ao Senhor.” (Js 24.15b) 
 
4.2 Na igreja: Melhor dizendo, no prédio onde se chama igreja (porque 
a igreja somos nós, o corpo de Cristo). Ali os crentes se reúnem para 
orar. Além dos cultos normais de oração, há consagração, vigília, círculo 
de oração, etc.(o nome da reunião depende de sua denominação) Deus 
sempre se manifesta com batismo no Espírito Santo, cura divina e 
solução de muitos problemas. Em Atos 4.31 vemos uma notável reunião 
de oração da igreja primitiva: “E, tendo orado, moveu-se o lugar em que 
estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam 
com ousadia a palavra de Deus.” 
 
4.3 Em qualquer lugar: Em João 4.20 lemos sobre mulher samaritana a 
qual se mostrou preocupada com o lugar certo para buscar a Deus! Jesus 
esclareceu que podemos buscar a Deus em qualquer lugar, desde que o 
adoremos em Espírito e em verdade. (Veja João 4.5-29). Paulo instruiu o 
jovem Timóteo assim: “Quero, pois, que os homens orem em todo o 
lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda.” (1 Tm 2.8) O 
profeta Jeremias estava preso quando o Senhor lhe disse: “Clama a mim, 
e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não 
sabes.” (Jr 33.3) O profeta Jonas orou no ventre de um grande peixe: “Na 
minha angústia clamei ao Senhor e ele me respondeu; do ventre do 
abismo gritei, e tu ouviste a minha voz. (Jn2.2) 
 
 
Qualquer posição é aceita por Deus. Já vimos que o que importa é a nossa 
atitude em busca-lo com um coração limpo e sincero. É conveniente uma 
posição que indique submissão e reverência a Deus. Veja alguns exemplos 
bíblicos: Gn 17.3; 2 Cr 20.5,6,18; Lc 5.12; 22.41,42; Ef 3.14,15 
 
 
Sim, evidentemente o pecado! Em Isaias 59.1,2 lemos: “Eis que a mão do 
Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o 
seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem 
separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o 
5. EM QUAL POSIÇÃO ORAR 
 
6. ALGO PODE IMPEDIR NOSSAS ORAÇÕES? 
 
32 
 
seu rosto de vós, para que não vos ouça.” Outros textos: Sl 66.18, 15.29, 
etc Daí é essencial estar sempre em comunhão com Deus. (Mt 5.23-25) 
 
Na Bíblia há diversos textos específicos que falam a causa do impedi-
mento de orações. Vejamos alguns: 
 Falta de comunhão com o próximo (Mt 5.23,24). 
 Não valorizar a Palavra de Deus (Pv 28.9); 
 Pedidos mundanos (Tg 4.2-4); 
 Mau tratamento para com o cônjuge (1 Pe 3.7); 
 Suposta superioridade moral (Lc 18.10-14); 
 Descrença (Tg 1.6,7); 
 Não permanecer em Cristo e em Sua Palavra (Jo 15.7); 
 Não dar prioridade ao Reino de Deus (Mt 6.33); 
 
Devemos pedir a Deus que sonde o nosso coração para sabermos o que 
precisa ser corrigido. Davi orava assim: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o 
meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. E vê se há em 
mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno.” (Sl 139.23,24) 
 
 
A oração é vital e por ela exercitamos a nossa comunhão com Deus. Logo 
desprezar uma oportunidade de orar significa desprezar um encontro 
com Deus. É o EspíritoSanto que nos leva a orar e não ser sensível à Sua 
voz é equivale a “extinguir o Espírito” (1 Ts 5.19). A falta de sensibili-
dade para orar tem levado muitos crentes ao fracasso espiritual. Jesus 
nos advertiu: "Orai, para que não entreis em tentação." (Lucas 22.40) A 
tentação é o primeiro passo para a queda. Veja como o profeta Samuel 
via a falta de oração: “E quanto a mim, longe de mim que eu peque 
contra o Senhor, deixando de orar por vós; antes vos ensinarei o 
caminho bom e direito.” Em vez de desanimar em relação à oração, 
imitemos Davi, o qual disse no Salmo 42.1,2: “Assim como o cervo brama 
pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! A 
minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me 
apresentarei ante a face de Deus?” No Salmo 84 ele disse também: “Quão 
amáveis são os teus tabernáculos, Senhor dos Exércitos! A minha alma 
está desejosa, e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a 
minha carne clamam pelo Deus vivo.” (Sl 84.1,2) 
 
7. DEIXAR DE ORAR O QUE SIGNIFICA 
 
33 
 
 
No dia em que nos convertemos entramos em guerra contínua contra o 
reino das trevas e orar significa batalhar espiritualmente. Satanás não quer 
que oremos, porque ele conhece o poder da oração. Ele sabe que quando 
oramos somos fortalecidos contra as tentações; ele sabe que podemos 
interceder por alguém e resultar em libertação; ele sabe que até nações são 
impactadas quando oramos; ele sabe que Jesus fará maravilhas, etc. Em fim 
ele sabe que terá sérios prejuízos no seu império por isso fará tudo para 
nos desviar do propósito da oração. Cientes disto, devemos estar atentos às 
suas armadilhas. Muitas vezes ele insinua que estamos cansados, que orar 
não é importante, que não temos tempo, que não vai adiantar..., etc. Não 
desanime. Ao sentir-se desanimado, e desafiado você pode estar sob ata-
que. Em Efésios 6.18 lemos assim: "Orando em todo o tempo com toda a 
oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e 
súplica por todos os santos." Ao jovem Timóteo Paulo aconselhou: "Tu, 
pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus." (2 Tm 2.1) 
 
 
Como interpretar: “Orai sem cessar”? (1 Ts 5.17) A oração deve ser vista 
como um privilégio, um estilo de vida. Significa estar continuamente em 
atitude de oração! Quando vemos algo de bom, podemos dar graças a Deus 
por isso. Quando somos tentados pedimos ajuda por livramento, quando 
vemos alguém precisando de Cristo podemos pedir a Deus que nos use 
como instrumento para conduzi-lo a Cristo, e assim por diante. Vivendo 
assim estaremos em constante contato com Deus. Oração contínua é uma 
entrega completa de nosso coração ao Senhor. Em Salmos 19.14 Davi orava 
assim: “Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu 
coração perante a tua face, Senhor, Rocha minha e Redentor meu!” Qual-
quer cristão salvo pode desfrutar da comunhão com Deus 24 por dia! 
 
 
 
 
 
 
 
 
9. “ORAI SEM CESSAR” – O QUE SIGNIFICA? 
8. VENCENDO OS OBSTÁCULOS DA ORAÇÃO 
 
34 
 
 
"Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas." (Ap 2.29) 
 
 
A palavra igreja vem do grego ekklesia, que significa “uma assembleia de 
chamados para fora” (At 11.22; 13.1), ou seja, é uma referencia àqueles 
que saíram do mundo e se converteram a Cristo. Mundo, se refere à 
multidão perdida, separada de Deus por causa do pecado. O mundo está 
envolvido em muitos prazeres, diversões, busca de glória, desonestidades, 
imoralidades e tudo que se opõe ao reino de Deus. Por isso a Bíblia diz que 
o mundo jaz no maligno, isto é, o mundo está sob influência direta de 
satanás, a quem Jesus chama de “o príncipe deste mundo.” (Jo 14.30) Foi 
deste mundo que fomos resgatados, como igreja, para servir a Deus. Então 
a igreja é formada de pessoas os quais foram perdoadas e transformadas. 
 
Em Tito 2.14 lemos sobre Jesus: "o qual se deu a si mesmo por nós para 
nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, 
zeloso de boas obras." Paulo ao se despedir da igreja de Éfeso chamou 
seus líderes e lhes disse: “Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre 
que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de 
Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.” (At 20.28). Ainda em 
Efésios 2.2-5 lemos: “Em que noutro tempo andastes segundo o curso 
deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que 
agora opera nos filhos da desobediência, entre os quais todos nós também 
antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne 
e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros 
também. Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito 
amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, 
nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos).” 
 
 
Pela leitura dos textos acima podemos ver que a igreja não é invenção 
humana, foi fundada pelo próprio Cristo mediante o seu sacrifício na cruz. 
Antes de ir para a cruz, Jesus fez uma pergunta a seus discípulos: “Quem 
dizem os homens ser o Filho do homem?” Pedro foi enfático: “Tu és o 
Cristo, o Filho do Deus vivo.” (Mt 16.16) Jesus comentou a confissão de 
Pedro: “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra 
 A Igreja - O meio de alcançar o mundo Estudo 05 
2. A FUNDAÇÃO E INVENCIBILIDADE DA IGREJA 
1. A COMPOSIÇÃO DA IGREJA 
35 
 
edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra 
ela. E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra 
será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos 
céus.” (Mt 16.18,19) Essa foi a primeira vez que Jesus usou a palavra 
igreja. Portanto ela é invencível e o próprio Cristo é a pedra principal, que 
Pedro havia confessado! 
 
 
O termo ekklesia é aplicado somente a pessoas e nunca a um prédio. Em 1 
Pedro 2.5 lemos: “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa 
espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agra-
dáveis a Deus por Jesus Cristo.” Em Atos 4.11 Pedro mesmo explica aos 
judeus sobre Cristo: "Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edifica-
dores, a qual foi posta por cabeça de esquina." Em Efésios 2.20-22 lemos: 
“Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus 
Cristo é a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício, bem ajus-
tado, cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós junta-
mente sois edificados para morada de Deus em Espírito.” E que chave 
seria essa que Cristo prometeu a Pedro? É simples: Pedro em sua primeira 
pregação conduziu 3.000 almas a Cristo! A partir daí a igreja se expandiu. 
O sermão completo de Pedro encontra-se em Atos 2.14-41. A igreja segue 
pregando a Palavra até a volta de Cristo onde você e eu somos parte dela! 
 
 
4.1 Adoração: Em João 4.23 lemos: “Mas a hora vem, e agora é, em que os 
verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque 
o Pai procura a tais que assim o adorem.” Vejamos apenas dois ensinos 
neste texto: 
 
a) Os verdadeiros adoradores: Certamente há adoradores enganados, 
cuja adoração não se fundamenta na verdade da Palavra. O verdadeiro 
adorador adora somente a Deus. Já vimos em João 17.3 onde Jesus disse: 
“E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verda-
deiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” Em Efésios 3.21 lemos: “A esse 
glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sem-
pre. Amém.” Em 1 Tessalonicenses 1.8-10 também lemos: “Porque por vós 
soou a palavra do Senhor, não somente na Macedônia e Acaia, mas tam-
4. FINALIDADES DA IGREJA 
 
3. CRISTO: O ALICERCE DA IGREJA 
 
36 
 
bém em todos os lugares a vossa fé para com Deus se espalhou, de tal 
maneira que já delanão temos necessidade de falar coisa alguma; porque 
eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos para convosco, 
e como dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir o Deus vivo e 
verdadeiro, e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dentre os 
mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura.” 
 
b) Em Espírito: Ao nascer de novo (espiritualmente) a nossa comunhão 
com Deus foi restabelecida. Agora podemos adorar a Deus de forma 
agradável. Adorar em espírito fala de uma adoração sincera que parte de 
um coração purificado do pecado (santo). Em Salmos 96.9 lemos: “Adorai 
ao Senhor na beleza da santidade; tremei diante dele toda a terra.” Maria, a 
mulher escolhida por Deus para ser a mãe de Jesus se expressou assim: “A 
minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus meu 
Salvador.” (Veja Lucas 1.46,47) 
 
4.2 Evangelização do mundo: Vimos que Deus está em busca de verda-
deiros adoradores. Jesus morreu por todos, mas nem todos sabem disso. 
Há outros que pensam que, se Cristo morreu por todos, eles podem ser 
salvos sem se converterem! Há também os desesperados, que acham que 
não há mais solução para eles. Então, a todos, temos que falar-lhes sobre o 
amor de Deus, do perigo de viver no pecado e da justiça de Deus. Em fim, 
precisamos ensinar-lhes toda a verdade. Esta é a missão da igreja. Em 
Mateus 28.19-20 Jesus nos comissionou: “Portanto ide, fazei discípulos de 
todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito 
Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; 
e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” 
 
4.3 Edificação de seus membros: Saímos de um mundo cheio de engano. 
(1 Jo 5.19) Como novas criaturas precisamos ser edificados na Palavra da 
verdade, para isto Deus colocou na igreja pessoas idôneas para nos ajudar a 
crescer em Cristo. Em Efésios 4.11-14 lemos sobre Cristo: “E Ele mesmo 
deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e 
outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, 
para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo, até que todos 
cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão 
perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos 
37 
 
mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, 
pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente.” 
Como igreja devemos nos reunir para sermos edificados. Em Hebreus 
10.25,26 lemos: “Não deixando a nossa congregação, como é costume de 
alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes 
que se vai aproximando aquele dia. Porque, se pecarmos voluntariamente, 
depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais 
sacrifício pelos pecados.” 
 
4.4 Preservação do mundo 
a) A igreja como sal da terra: Em Mateus 5.13-16 os discípulos são 
chamados de “sal da terra e luz do mundo.” Uma das principais função do 
sal é evitar o apodrecimento. A igreja é o único organismo capaz de pre-
servar o mundo da corrupção total. Em 1 João 5.19 lemos: "Sabemos que 
somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno." Quando, porém a 
igreja sair da terra, por ocasião da segunda vinda de Cristo, o mundo 
entrará em completa ruina em todos os sentidos. 
 
b) A igreja como luz do mundo: Como luz a igreja mostra o perigo de 
viver nas trevas do pecado. Fomos iluminados e agora sabemos que o 
pecado tem consequências temporais e eternas. Em Filipenses 2.15 lemos: 
“Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no 
meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis 
como astros no mundo.” A igreja como luz também glorifica a Deus por 
sua fidelidade. Em Mateus 5.16 lemos: "Assim resplandeça a vossa luz 
diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a 
vosso Pai, que está nos céus." 
 
 
No Novo Testamento encontramos diversos nomes que identificam 
aqueles que entregaram suas vidas a Cristo. Vejamos alguns: 
 
Discípulos: "E Jesus subiu ao monte, e assentou-se ali com os seus discí-
pulos." (Jo 6.3); "Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim 
sereis meus discípulos." (Jo 15.8); "Então, disse aos seus discípulos: A 
seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros." (Mt 9.37) 
5. COMO A BÍBLIA DENOMINA OS QUE CRERAM 
38 
 
Cristãos: "E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja, e 
ensinaram muita gente; e em Antioquia foram os discípulos, pela primeira 
vez, chamados cristãos." (At 11.26); “Mas, se padece como cristão, não se 
envergonhe, antes glorifique a Deus nesta parte.” (1 Pe 4.16) 
 
Irmãos: "Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o 
vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos." (Mt 23.8); “Disse-
lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai 
para meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu 
Deus e vosso Deus.” (Jo 20.17); "Porque, assim o que santifica, como os 
que são santificados, são todos de um; por cuja causa não se envergonha 
de lhes chamar irmãos." (Hb 2.11); "Nós sabemos que passamos da morte 
para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama a seu irmão 
permanece na morte." (1 Jo 3.14) 
 
Amados: "Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; 
e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus." (1 Jo 4.7); 
"Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos 
outros." (1 Jo 4.11); "Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é 
manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se 
manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos." 
(1 Jo 3.2) 
 
Amados irmãos: "Sabendo, amados irmãos, que a vossa eleição é de 
Deus." (1 Ts 1.4); "Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e cons-
tantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso 
trabalho não é vão no Senhor." (1 Co 15.58); "Portanto, meus amados e 
mui queridos irmãos, minha alegria e coroa, estai assim firmes no 
Senhor, amados." (Fp 4.1); "Ouvi, meus amados irmãos: Porventura não 
escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé, e herdeiros 
do reino que prometeu aos que o amam?" (Tg 2.5) 
 
Santos: (Separados do pecado e consagrados a Deus) "Aos santos e 
irmãos fiéis em Cristo, que estão em Colossos: Graça a vós, e paz da parte 
de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo." (Cl 1.2); "A todos os que 
estais em Roma, amados de Deus, chamados santos: Graça e paz de Deus 
nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo." (Rm 1.7); "À igreja de Deus que está 
39 
 
em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos 
os que em todo o lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, 
Senhor deles e nosso:" (1 Co 1.2); “Porque o marido descrente é santifica-
do pela mulher; e a mulher descrente é santificada pelo marido; de outra 
sorte os vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos.” (1 Co 7.14) 
 
Crentes: Dependendo da versão bíblica pode aparecer como sinônimo. 
Vejamos: “E a multidão dos que criam no Senhor, tanto homens como 
mulheres, crescia cada vez mais.” (At 5.14); "Depois disse a Tomé: Põe 
aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu 
lado; e não sejas incrédulo, mas crente." (Jo 20.27); De sorte que os que 
são da fé são benditos com o crente Abraão. (Gl 3.9); “E chegou a Derbe e 
Listra. E eis que estava ali um certo discípulo por nome Timóteo, filho de 
uma judia que era crente, mas de pai grego.” (Atos 16.1) 
 
 
Na Bíblia, Deus usa diversas metáforas para expressar a natureza de sua 
igreja e como ela funciona. Veja alguns símbolos: 
 
6.1 Corpo: Jesus ao realizar a obra de redenção, ressuscitou dentre os 
mortos e subiu ao céu, mas a sua presença é sentida na terra por meio de 
sua igreja.No Novo Testamento a igreja é chamada de “o corpo de Cristo.” 
Em 1 Coríntios 12.27 lemos assim: “Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus 
membros em particular.” Colossenses 1.18 é uma referência a Cristo: “E 
ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os 
mortos, para que em tudo tenha a preeminência.” Observe em Atos 9.4,5 o 
relato quando Saulo (depois apóstolo Paulo) perseguia a igreja: “E, caindo 
em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me perse-
gues? E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem 
tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões.” Leia outros 
textos sobre igreja como corpo: Ef 1.22,23; 4.15; 5.23. 
 
6.1.1 A união do corpo: Corpo fala de união e unidade. A igreja de Cristo 
tem esta marca. Em 1 Coríntios 12.12 lemos: "Porque, assim como o corpo 
é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um 
só corpo, assim é Cristo também." Lembremo-nos como Jesus orou pela 
igreja: “E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela 
6. A IGREJA: COMO ELA É E COMO FUNCIONA 
 
40 
 
sua palavra hão de crer em mim; para que todos sejam um, como tu, ó Pai, 
o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o 
mundo creia que tu me enviaste." (Jo 17.20,21) O elo da união entre Cristo 
e a igreja é o amor. No versículo 23 lemos: “Eu neles, e tu em mim, para 
que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu 
me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a 
mim.” Em João 15.12 Jesus diz: "O meu mandamento é este: Que vos ameis 
uns aos outros, assim como eu vos amei." 
 
6.2 Noiva/Esposa: A simbologia da noiva fala de nossa preparação antes 
do arrebatamento. Após o arrebatamento ocorrerá um evento no céu 
chamado as Bodas do Cordeiro. Em Apocalipse 21.2-3 lemos: “Vi também 
a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, 
ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz 
vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus 
habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com 
eles.” Em Mateus 25 Jesus contou uma parábola para nos ensinar sobre a 
vigilância da igreja em relação à sua volta. A parábola é concluída assim: 
“Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do 
homem há de vir.” (Mt 25.13) Em Efésios temos esta comparação: 
“Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si 
mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por 
meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo 
igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa 
e sem defeito....Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à 
igreja.” (Ef 5:25-27,32) 
 
6.3 Família: A igreja também é uma família. Em Efésios 2.19 lemos: 
"Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos 
santos, e da família de Deus." O nosso ingresso na família de Deus ocorreu 
mediante o novo nascimento (a conversão). Vamos lembrar o texto de 
João 1.12,13: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de 
serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; os quais não 
nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do 
homem, mas de Deus.” No estudo número três aprendemos que o nosso 
ingresso na família de Deus foi por adoção. A palavra Aba citada em 
Romanos 8.15,16 expressa muita intimidade e era muito usada no 
41 
 
relacionamento pai-filho. Já que nos tornamos filhos de Deus temos agora 
intimidade com o nosso pai celestial. A família de Deus se faz presente em 
qualquer lugar do mundo onde o evangelho é pregado e crido. Como famí-
lia de Deus temos muitos privilégios, mas também sérias responsa-
bilidades. Vejamos algumas delas: 
 
• Amar uns aos outros. (1 Jo 4.7; 1 Jo 3.16; 1 Pe 1.22) 
• Orar uns pelos outros. (Hb 13.18; Tg 5.14-16) 
• Ser benigno, compassivo e perdoador. (Ef 4.32) 
• Ajudar os irmãos necessitados. (1 Jo 3.16-18; Rm 12.13) 
• Acolher uns aos outros. (Rm 12.13; Hb 13.2) 
• Consolar uns aos outros. (2 Co 1.4; 1 Ts 5.11) 
• Edificar uns aos outros (Ef 4.16; Rm 12.7) 
• Suportar uns aos outros. (Ef 4.2; Gl 6.2) 
 
 
 
Vimos que Cristo é o cabeça da igreja, logo a igreja lhe é submissa. Veja 
esta comparação: “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao 
Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a 
cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. De sorte que, 
assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam 
em tudo sujeitas a seus maridos.” (Ef 5.22-24) Em outras palavras: a 
verdadeira igreja é submissa a Cristo, à sua Palavra, por isso ela não pode 
criar nenhum dogma ou doutrina contraria à Palavra. A igreja é o esteio 
da verdade (1 Tm 3.15) e a verdade é a Palavra de Deus. (Jo 17.17). 
Igualmente se alguém não se comportar de acordo com a Palavra a 
igreja tem autoridade (dada por Cristo) para disciplinar ou excluir tal 
pessoa. (Veja Mt 18.15-19; Jo 20.22,23) 
 
 
Em Efésios 4.11-14 vimos que Jesus estabeleceu as autoridades em sua 
igreja para cumprir o seu ministério. Eles são designados por imposição 
de mãos (1 Tm 4.14; 2 Tm 1.6)e sobre eles pesa a responsabilidade de 
ensinar a sã doutrina e refutar o erro. (Tito 1.9; 1 Tm 3.2) A sã doutrina é 
o conteúdo da Palavra expresso em 2 Timóteo 3.16: “Toda a Escritura é 
divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para 
7. A BASE DA AUTORIDADE DA IGREJA 
 
8. A LIDERANÇA DA IGREJA 
 
42 
 
corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito, 
e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” 
 
A liderança na igreja deve se fundamentar no exemplo de Cristo. Pedro 
que esteve sob a liderança direta de Jesus escreveu: “Aos presbíteros, que 
estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e 
testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de 
revelar: apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado 
dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de 
ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas 
servindo de exemplo ao rebanho. E, quando aparecer o Sumo Pastor, 
alcançareis a incorruptível coroa da glória.” (1 Pe 5.1-4) 
 
8.1 A liderança deve ser respeitada e valorizada: Em 1 Timóteo 5.17 
lemos: “Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de 
duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na 
doutrina” A atitude da igreja em relação a seus lideres é esta: "Obedecei a 
vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, 
como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e 
não gemendo, porque isso não vos seria útil." (Hb 13.17) 
 
 
Jesus deixou somente duas ordenanças à sua igreja: O Batismo e a Ceia. 
 
9.1 O batismo: Mandamento de Jesus registrado em Mateus 28.19: 
“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome 
do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.” A palavra batismo vem do grego 
“baptizo” que significa “imergir completamente”. O batismo não salva, mas 
é necessário porque simboliza o nosso compromisso com Cristo, ou seja, a 
morte e o sepultamento do velho homem e a ressurreição de um novo 
homem para viver a nova vida em Cristo. Em Romanos 6.3,4 lemos: “Ou 
não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos 
batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo 
batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os 
mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de 
vida.” Em Colossenses 3.1-4 temos uma explicação desta ressureição 
espiritual: “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que 
9. AS ORDENANÇASDE CRISTO À SUA IGREJA 
 
43 
 
são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coi-
sas que são de cima, e não nas que são da terra, porque já estais mortos, e 
a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a 
nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em 
glória.” Este texto resume a nossa morte para o mundo e a nova vida em 
Cristo. (Veja João 3.5; Gl 2:20) 
 
9.2 A ceia do Senhor: A ceia é um memorial do sacrifício de Jesus para 
nos salvar. Um dos textos mais lido na igreja por ocasião da Ceia está em 1 
Coríntios 11.23-26 onde o apostolo Paulo diz: “Porque eu recebi do 
Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi 
traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; 
isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. 
Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este 
cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que 
beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este 
pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.” 
 
Naquela noite primeiramente Cristo celebrou páscoa que apontava para 
Ele mesmo como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo e logo 
ele instituiu a ceia usando pão e vinho, símbolos de seu sacrifício na cruz. 
Cristo comemorou antecipadamente a sua vitória sobre o pecado e a 
morte. O pão fala de sua carne dilacerada na cruz. Em Isaias 53.5 lemos: 
“Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa 
das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e 
pelas suas pisaduras fomos sarados.” Comer o pão significa também 
receber pela fé a Palavra de Deus, a qual nos alimenta espiritualmente. Em 
João 6.51 Jesus disse: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém 
comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, 
que eu darei pela vida do mundo.” No versículo 63 Cristo explica: “As 
palavras que eu vos disse são espírito e vida.” O vinho representa o sangue 
de Cristo derramado por nós. Cristo falou deste cálice quando estava em 
intensa angústia no jardim do Getsêmani, um pouco antes de ser 
humilhado pelos homens. (Veja Marcos 14.32-42). A Ceia do Senhor 
também anuncia Cristo até que Ele venha. Trata-se do arrebatamento da 
igreja, um tema que estudaremos mais adiante. 
 
44 
 
 
"Senhor dos Exércitos, bem-aventurado o homem que em ti põe a sua 
confiança." (Sl 84.12) 
 
 
A fé em Deus (fé salvadora) não se origina em nós mesmos, mas pelo 
contato com Palavra de Deus. Em Romanos 10.17 lemos: “De sorte que a 
fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” Vejamos um exemplo: “E 
havia entre eles alguns homens cíprios e cirenenses, os quais entrando em 
Antioquia falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus. E a mão do 
Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor.” (At 
11.20,21) Neste texto podemos ver que a Palavra gerou arrependimento, 
fé e a decisão de se render a Cristo para obedecê-lo como Senhor. 
 
 
Após a decisão por Cristo, precisamos perseverar na fé, ou seja, insistir em 
permanecer. Jesus não omitiu a seus discípulos as pressões que enfren-
tariam: "Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo 
tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo." (Jo 16.33) 
 
Alguns seguem a Cristo, movidos apenas por emoções e nunca se firmam 
na Palavra para nutrir um relacionamento sólido com Deus. Há também os 
que não concordam com o que encontram na Palavra de Deus e, por isso 
se decepcionam voltando-se para a velha vida mundana. Certa vez, a fala 
de Jesus foi considerada um “duro discurso” e o resultado foi que muitos 
deixaram de segui-lo. Felizmente houve exceções. Em João 6.67-69 lemos: 
“Então disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos? Respondeu-
lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras 
da vida eterna. E nós temos crido e conhecido que tu és o Cristo, o Filho de 
Deus.” Pedro e os onze mostraram convicção e firmeza na decisão de 
seguir Jesus. Esta é a atitude digna de imitação! Provas virão. Você tem a 
mesma convicção de Pedro. A declaração dele foi prova que assimilou 
bem o ensino de Cristo: “Na verdade, na verdade vos digo que quem 
ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e 
não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” (Jo 5.24) 
 
 
 Fé - Plena confiança na Palavra de Deus Estudo 06 
1. A ORIGEM DA FÉ 
 
2. A PERSEVERANÇA NA FÉ 
 
45 
 
 
Pedro e os onze escolheram o caminho da vida. Eles perceberam que 
rejeitar a Jesus seria voltar à condenação. A Bíblia diz: “Mas o justo 
viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. Nós, 
porém, não somos daqueles que se retiram para a perdição, mas daque-
les que creem para a conservação da alma.” (Hb 10.38,39) E os que se 
retiraram? Eles não tinham ideia para onde estavam indo. A coragem é 
uma marca dos discípulos de Cristo. Os covardes desistem. (Ap 21.8) 
 
E então? Pedro e os onze; nós que passamos da morte para a vida, por 
qual razão voltaríamos para o mundo? A Palavra de Deus nos convida 
para uma avaliação: “E que fruto tínheis então das coisas de que agora vos 
envergonhais? Porque o fim delas é a morte. Mas agora, libertados do 
pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e 
por fim a vida eterna.” (Rm 6.21,22) Em Salmos 119.104 lemos também: 
"Pelos teus mandamentos alcancei entendimento; por isso odeio todo 
falso caminho." 
 
O justo viverá da fé! Isto significa crer que Jesus é o único que conduz à 
vida. Ele disse: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao 
Pai, senão por mim.” (Jo 14.6) Também significa confessá-lo publicamente 
como Pedro fez. Sobre esta atitude Jesus nos diz: “Portanto, qualquer que 
me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que 
está nos céus. Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o 
negarei também diante de meu Pai, que está nos céus.” (Mt 10.32,33). 
 
 
Pedro decidiu com prudência? Sim, pois prudência é a habilidade de 
perceber antecipadamente o resultado de certa atitude. Como podemos 
evitar erros desta natureza? Em Provérbios 13.16 lemos: "Todo pru-
dente procede com conhecimento, mas o insensato espraia a sua loucu-
ra." Em Salmos 111.10 lemos também: "O temor do Senhor é o princípio 
da sabedoria; bom entendimento têm todos os que cumprem os seus 
mandamentos; o seu louvor permanece para sempre." A conclusão é 
simples: A Bíblia nos torna prudentes para tomar decisões certas! Paulo 
escreveu ao jovem Timóteo: “Tu, porém, permanece naquilo que apren-
deste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, e que 
3. O JUSTO VIVERÁ DA FÉ! 
 
4. FÉ E PRUDÊNCIA 
 
46 
 
desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te 
sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.” (2 Tm 3.14-15) 
 
 
O dicionário Aurélio define fundamento assim: certeza, base principal, 
prova, causa, motivo, fundação, alicerce. Em Efésios 2.20 vemos que 
somos “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de 
que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina..." 
 
No Antigo Testamento a pedra de esquina era a primeira a ser assentada e 
servia de base para o alinhamento das demais. Era também a base para 
que o edifício se erguesse na vertical como fora programado, sem risco de 
desabar. Esta pedra é uma simboliza Jesus, o qual Israel rejeitou. Em uma 
de suas pregações Pedro citou o Salmo 118.22 referindo-se a Cristo: “Pelo 
que também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra 
principal da esquina, eleita e preciosa; e quem nela crer não será 
confundido. E assim para vós, os que credes,é preciosa, mas, para os 
rebeldes, a pedra que os edificadores reprovaram, essa foi a principal da 
esquina, e uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, para aqueles que 
tropeçam na palavra, sendo desobedientes; para o que também foram 
destinados.” (1 Pe 2.6-8) Nós porém aceitemos sempre a Palavra de Deus 
e sejamos edificados na Rocha inabalável que é Cristo. 
 
 
A verdade é: só pratica a Palavra de Deus quem tem fé que ela funciona! 
Ter fé na Palavra de Deus significa ter prudência! Jesus diz: “Todo aquele, 
pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao 
homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; e desceu a chuva, 
e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não 
caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas 
minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, 
que edificou a sua casa sobre a areia; e desceu a chuva, e correram rios, e 
assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua 
queda.” (Mt 7.24-27) Este texto mostra, entre outras coisas, que a adver-
sidade vem sobre todos, mas a base correta para enfrentá-la (sem 
fracassar) é ter fé na Palavra de Deus! Em Isaias 26.4 lemos: "Confiai no 
Senhor perpetuamente, porque o Senhor Deus é uma rocha eterna." 
5. O FUNDAMENTO DA FÉ 
 
6. EDIFICADOS NA ROCHA PELA FÉ! 
 
47 
 
 
Em Hebreus 11.1 lemos assim: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas 
que se esperam e a prova das coisas que não se veem.” Vejamos: o que 
você espera quando ora ao Senhor? O que você espera quando lê a Bíblia? 
O que você espera quando prega a Palavra? Evidentemente se oramos é 
porque temos fé que Deus nos responderá; se lemos a Bíblia é porque 
temos fé que Deus falará conosco; se evangelizamos é porque temos fé 
que Jesus salvará alguém. E então? Você já teve alguma oração respondi-
da? Deus já falou com você através da Bíblia? Já viu alguém ser salvo ao 
ouvir a Palavra? Glória a Deus, tudo isto acontece porque Deus tem 
compromisso em cumprir a sua Palavra. (Jr 1.12; Rm 9.28) Observe a 
comparação das frases: 
 
a) “Praticamos a Palavra de Deus porque temos certeza que ela funciona!” 
 
b) Praticamos a Palavra de Deus porque temos fé que ela funciona!” 
 
Então fé não é uma intuição, algo vago, abstrato, é certeza plena. A 
tradução bíblica Nova Versão internacional traduziu Hebreus 11.1 desta 
maneira: “Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das 
coisas que não vemos.” 
 
 
No tópico anterior vimos que a fé em Deus é fundamentada no que Deus 
diz em sua Palavra. Em Salmos 89.38 Deus nos garante: “Não quebrarei a 
minha aliança, não alterarei o que saiu dos meus lábios.” Então Ele 
cumprirá tudo o que deixou escrito! Nos primeiros livros da Bíblia Deus 
havia feito diversas promessas aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó (Israel). 
Josué viu o cumprimento de muitas promessas e fez menção da fidelidade 
de Deus declarando: "Palavra alguma falhou de todas as boas coisas que o 
Senhor falou à casa de Israel; tudo se cumpriu." (Js 21.45) Será que o povo 
de Israel tinha fé que essas promessas se cumpririam? Sim! Deus se 
agradou da fé deles, dai as promessas se cumpriram. Em Hebreus 11.6 
lemos: “Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que 
aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador 
dos que o buscam.” 
 
 
7. COMO A BÍBLIA DEFINE A PALAVRA FÉ 
 
8. AS PROMESSAS DE DEUS E A NOSSA FÉ 
 
48 
 
 
A maior promessa de Deus é a vida eterna. (1 Jo 2.25) Na Bíblia encontra-
mos instruções, exortações, correções e tudo que precisamos para sermos 
bem-sucedidos. Algumas promessas do Antigo Testamento são exclusiva-
mente para Israel, porém muitas se aplicam à igreja! Em Efésios 2.12,13 
lemos assim: “Que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da 
comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo 
esperança, e sem Deus no mundo, mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes 
estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto.” Paulo concluiu 
assim: “A saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e 
participantes da promessa em Cristo pelo evangelho (Ef 3.6). Veja abaixo 
algumas promessas de Deus para nós: 
 
Lar celestial: Jesus disse: “Na casa de meu Pai há muitas moradas; se 
não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se eu for e 
vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para 
que onde eu estiver estejais vós também.” (Jo 14.2,3) 
 
Salvação para a família: “E, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é 
necessário que eu faça para me salvar? E eles disseram: Crê no Senhor 
Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa." (At 16.30,31) 
 
União indissolúvel com Cristo: "Quem nos separará do amor de Cris-
to? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, 
ou o perigo, ou a espada?" (Rm 8.35) 
 
Companhia e proteção: “Não temas, porque eu sou contigo; não te 
assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te 
sustento com a destra da minha justiça.” (Is 41.10); “O Senhor, pois, é 
aquele que vai adiante de ti; ele será contigo, não te deixará, nem te 
desamparará; não temas, nem te espantes.” (Dt 31.8); “O anjo do Senhor 
acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra.” (Sl 34.7); “Mil cairão 
ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti! (Sl 91.7); “E o 
Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés. 
Amém.” (Rm 16.20a) 
 
9. A BÍBLIA É UM LIVRO REPLETO DE PROMESSAS 
1 pé 1.3 a 5
49 
 
Proteção contra feitiçaria: “Mas fiel é o Senhor, que vos confirmará, e 
guardará do maligno.” (2 Ts 3.3); “Sabemos que todo aquele que é nascido 
de Deus não vive pecando; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si 
mesmo, e o maligno não lhe toca.” (1 Jo 5.18); “Pois contra Jacó não vale 
encantamento, nem adivinhação contra Israel. (Nm 23.23a).” 
 
Livramento da tentação: Em 1 Coríntios 10.13 lemos: “Não vos 
sobreveio nenhuma tentação, senão humana; mas fiel é Deus, o qual não 
deixará que sejais tentados acima do que podeis resistir, antes com a 
tentação dará também o meio de saída, para que a possais suportar” ; “O 
Senhor te guardará de todo o mal; guardará a tua alma.” (Sl 121.7) 
 
Conclusão da obra de santificação em nós: “Tendo por certo isto 
mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até 
ao dia de Jesus Cristo.” (Fp 1.6); “Ora, àquele que é poderoso para vos 
guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, 
perante a sua glória.” (Jd 24) 
 
Livramento da ira de Deus: “Como guardaste a palavra da minha 
paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir 
sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.” (Ap 3.10); “E 
esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a 
saber, Jesus, que nos livra da ira futura.” (1 Ts 1.10); “Porque Deus não 
nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso 
Senhor Jesus Cristo. (1 Ts 5.9) 
 
 
Duvidar da Palavra de Deus é normal? Não, absolutamente. Isto é no 
mínimo achar que ela não é verdade! Tal pensamento deve ser 
repreendido imediatamente, pois toda dúvida acerca da Palavra de Deus 
procede do diabo, o pai da mentira. Ele nunca deseja que confiemos em 
Deus. Isto é considerado um passo para a queda. 
Vimos que é impossível que Deus minta (Hb 6.18, Tt 1.2), pois Ele é a 
própria verdade. (Jo 14.6) O desejo de Deus para os que creram é este: 
“Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele, 
arraigados e edificados nele, e confirmados na fé, assim como fostes 
ensinados, nela abundando em ação de graças.” (Cl 2.6,7) 
10. A FÉ E A DÚVIDA 
 
arrumar paragrsfo
50 
 
 
Na vida cristã enfrentaremos muitas tentações, dificuldades e persegui-
ções.Tudo isto pode gerar desânimo, mas confiemos nas promessas de 
Deus e descansemos nele. Demos nos lembrar das palavras de Jesus: 
“...Tende bom ânimo, eu venci o mundo.” (Jo 16.33b) Aplicamos a nossa fé 
quando nos colocamos inteiramente na dependência de Deus sabendo que 
ele cuida de nós. (Sl 121.3,4) Então estar desanimado ou entusiasmado é 
uma questão de escolha. O que vamos escolher? Em Salmos 31.24 lemos 
assim: “Esforçai-vos, e Ele fortalecerá o vosso coração, vós todos que 
esperais no Senhor.” 
 
 
Até quando viveremos por fé? O capítulo 13 de 1 Coríntios é uma 
explicação detalhada sobre diversos aspectos do amor de Deus. O seu 
último versículo nos diz: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o 
amor, estes três, mas o maior destes é o amor.” A explicação é simples: a fé 
mantém a esperança até que ela se torne realidade, (e já é, pois Deus é fiel 
e sua Palavra nos garante que um dia estaremos pessoalmente com 
Cristo). Até aquele dia glorioso (que também pode ser hoje!) precisaremos 
exercer nossa fé, pois somente assim temos a garantia da vida eterna. O 
arrebatamento é a maior esperança da igreja. Este evento que revelará a 
herança de Deus para os salvos de todas as épocas e de todas partes do 
mundo. Sigamos firmes na fé para herdar as promessas de Deus. 
 
“Mas desejamos que cada um de vós mostre o mesmo cuidado até ao fim, 
para completa certeza da esperança; para que vos não façais negligentes, 
mas sejais imitadores dos que pela fé e paciência herdam as promessas.” 
(Hb 6.11,12) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11. O DESÂNIMO: UMA QUESTÃO DE ESCOLHA! 
 
12. A DURAÇÃO DA FÉ 
 
51 
 
 
Disse Jesus: "Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim 
tem a vida eterna." (Jo 6.47) 
 
 
Não se trata de presunção, mas a certeza de salvação só é real quando 
recebemos a Cristo como Salvador. Se alguém for perguntado se é salvo e 
esta pessoa não expressar certeza, conforme o texto acima, é porque não 
creu de fato e logo não se converteu e, portanto não tem o Espirito Santo 
para expressar fé na Palavra de Deus. O texto de Romanos 8.16 declara: “O 
mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.” 
 
Se a pessoa disser que é salvo (mas vivendo habitualmente no pecado) 
engana-se, pois não corresponde ao que a Palavra de Deus afirma. Jesus 
disse a Nicodemos, um homem religioso: “Na verdade, na verdade te digo 
que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino 
de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é 
espírito.” Em 1 João 3.9 lemos também: "Aquele que é nascido de Deus não 
peca habitualmente; porque a semente de Deus permanece nele, e não 
pode continuar no pecado, porque é nascido de Deus.” Portanto não há 
base bíblica para alguém afirmar que é salvo vivendo propositalmente no 
pecado, isto sim é uma grande presunção! 
 
 
Quem possui a esperança da vida eterna não é confuso, ao contrário, crê 
na fidelidade de Deus em relação a Suas promessas. Paulo escreveu aos 
coríntios: “E temos, portanto, o mesmo espírito de fé, como está escrito: 
Cri, por isso falei; nós cremos também, por isso também falamos.” (2 Co 
4.13) Quem de fato crê em Cristo e assume tudo o que a Bíblia diz sobre a 
posição de um salvo. Portanto, não basta apenas saber que Cristo morreu 
por nós, é necessário recebê-lo pessoalmente como salvador e viver 
humildemente em obediência à Palavra para ter a certeza da vida eterna. 
Você assume e confessa as promessas de Deus em sua vida? 
 
 
 
 
 A Esperança da Vida Eterna 07 Estudo 
1. A IMPORTÂNCIA DA CERTEZA DA SAVAÇÃO 
2. CRER E CONFESSAR AS PROMESSAS DE DEUS 
52 
 
 
A esperança da vida eterna não é um sonho. Alguns sonhos se realizam 
em nossa vida e outros não. A esperança da salvação é tão real que o 
apóstolo Paulo tinha até dificuldade em classificá-la como algo não 
concreto. Confiando na fidelidade de Deus, ele já contemplava tudo rea-
lizado! Aos romanos ele escreveu: "Porque em esperança fomos salvos. 
Ora a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê 
como o esperará?" (Rm 8.24) 
 
 
Já vimos em nosso terceiro estudo o perigo de ir para a eternidade sem ter 
confessado a Cristo como Salvador. Os que confessaram estão salvos e 
preparados e vivem sem medo algum. A nossa preparação é a nossa 
comunhão. Se estamos em comunhão com Cristo na terra, estamos salvos 
na eternidade. Veja o que Paulo escreveu aos tessalonicenses: “Não quero, 
porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que 
não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se 
cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus 
dormem, Deus os tornará a trazer com ele.” (1 Ts 4.13,14). 
 
4.1 Preparados para a morte física: 
Já que a salvação do crente está garantida, não há que temer a morte física, 
pois a morte espiritual, que é incomparavelmente pior já estamos salvos 
dela. Glória a Deus! Jesus ressuscitou para também servir de exemplo aos 
que o seguem. (1 Ts 4.14) Com tal garantia Paulo estava disposto a sofrer 
qualquer tipo de perseguição por amor a Cristo: “Segundo a minha intensa 
expectação e esperança, de que em nada serei confundido; antes, com toda 
a confiança, Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu 
corpo, seja pela vida, seja pela morte. Porque para mim o viver é Cristo, e o 
morrer é ganho.” (Fp 1.21) Perceba que que não há dúvidas nas palavras 
do apóstolo Paulo. É assim que um salvo fala! 
 
4.2 Preparados para o arrebatamento: 
A esperança do salvo não é apenas em relação à morte física. Cristo ao 
ressuscitar prometeu que voltaria para levar os salvos. Sobre esta pro-
messa ele não marcou nem o dia e nem a hora, mas voltaria de forma 
repentina para os que o aguardam. Está escrito: “Dizemo-vos, pois, isto, 
3. UMA ESPERANÇA CONCRETA 
4. ESPERANÇA PRESENTE 
53 
 
pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do 
Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor 
descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de 
Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, o 
que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, 
a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.” 
(1 Ts 4.15-17) 
 
 
Por não sabermos a hora do arrebatamento e nem a hora da morte física, a 
nossa esperança parece futura. Conforme 1 Tessalonicenses 4.16,17 os 
membros da igreja primitiva morreram nesta esperança e assim seguem 
aguardando a ressurreição, mas o mandamento de Jesus para os salvos 
vivos no tempo presente é este: “Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora 
há de vir o vosso Senhor.” (Mt 24.42) Em 1 João 2.28 também lemos: "E 
agora, filhinhos, permanecei nele; para que, quando ele se manifestar, 
tenhamos confiança, e não sejamos envergonhados na sua vinda." Um 
pouco mais adiante, no mesmo livro, lemos: “Amados, agora somos filhos 
de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser, mas sabemos 
que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim 
como é o veremos. Qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si 
mesmo, como também ele é puro.” (1 Jo 3.2,3) 
 
 
6.1 Benefícios da nova vida: 
O Evangelho de Cristo é uma mensagem de libertação e a disciplina da 
Palavra ocasiona mudanças estruturais em nosso estilo de vida gerando 
inclusive um impacto social. Quando nossos recursos são usados de forma 
generosa e com altruísmo o nome de Jesus é glorificado, do contrário 
podemos cair na armadilha da avareza. Examine cuidadosamente os textos 
Lc 3.11; Ec 11.1,2; Ef 4.28; At 20.35 e comprove. Então a essência da vida 
cristã não consiste em uma boa economia, prazeres, realizações pessoais e 
acúmulo de riquezas. Em 1 Coríntios 15.19 lemos assim:“Se esperarmos 
em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” É 
necessário, pois muita prudência para não comprometermos a salvação 
envolvendo-nos em coisas materiais para o nosso próprio deleite. 
 
5. A ESPERANÇA FUTURA 
6. ESPERAR EM CRISTO SOMENTE NESTA VIDA 
promove
54 
 
6.2 O perigo da avareza: 
Avareza é o apego extremo aos bens materiais. Jesus nos adverte: “Não 
ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e 
onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no céu, onde nem 
a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem 
roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso 
coração.” (Mt 6.19-21). O acúmulo de bens gera muitos cuidados e a 
esperança da vida eterna não deve ser ofuscada por nada neste mundo. Em 
Colossenses 3.2-4 lemos: "Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que 
são da terra; porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com 
Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então 
também vós vos manifestareis com ele em glória.” 
 
Fiquemos alertas. Outra vez Jesus nos diz: “E olhai por vós, não aconteça 
que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos 
cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia. Porque virá 
como um laço sobre todos os que habitam na face de toda a terra. Vigiai, 
pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar 
todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do 
homem.” (Lc 21.34) O estilo de vida cristão é simples: “Sejam vossos 
costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes.” (Hb 13.5a) 
 
 
Obviamente quando Paulo instrui a igreja a pensar nas coisas celestiais, 
não estava excluindo o trabalho secular. Ele mesmo, nem sempre anunciou 
o Evangelho sendo mantido pelas igrejas. Muitas vezes ele trabalhou duro 
enquanto pregava. Vejamos: “E nos afadigamos, trabalhando com nossas 
próprias mãos...” (1 Co 4.12a); “Sim, vós mesmos sabeis que para o que me 
era necessário a mim, e aos que estão comigo, estas mãos me serviram. (At 
20.33,34) Neste sentido Paulo aconselhou a igreja: “Procureis viver quie-
tos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias 
mãos, como já vo-lo temos mandado.” (1 Ts 4.11) Muito além de trabalhar 
para se manter a Bíblia nos diz: “Aquele que furtava, não furte mais; antes 
trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir 
com o que tiver necessidade.” (Ef 4.28) Em fim, o cristão prudente gerencia 
o seu trabalho de forma que em tudo Cristo seja glorificado. 
 
7. A VIDA CRISTÃ O TRABALHO E A OCIOSIDADE 
55 
 
 
“E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até 
à morte, e morte de cruz.” (Fp 2.8) 
 
Alguém perguntou a Jesus: “Qual é o primeiro de todos os mandamentos? 
Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: “Ouve, 
Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.” (Mc 12.28,29) A resposta 
de Jesus deixa claro que a Ele devemos obedecê-lo como Senhor. Este é o 
caminho da experiência com Deus. É o Espírito Santo que nos capacita a 
obedecê-lo. Você já imaginou por que Cristo ordenou a seus discípulos a 
pregarem o evangelho em todo o mundo? Esta ordem visa trazer os 
homens (que estão em rebeldia contra Deus) para se submeterem à 
vontade de Deus através de sua Palavra e assim todos serão abençoados. 
 
 
No ato da queda, o primeiro casal foi induzido a fazer a própria vontade, 
por isso o mundo segue em rebeldia contra a vontade de Deus. Jesus além 
de vir ao mundo para nos salvar, veio nos ensinar como fazer a vontade de 
Deus! Ele se desfez de toda sua glória celestial e viveu como um homem 
normal obedecendo a Deus em tudo. Ele orava, jejuava, lia a Palavra, etc. 
Assim Ele sempre esteve no centro da vontade de Deus. Em Filipenses 2.8 
lemos: “Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-
se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a 
si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” 
 
 
Pelo exemplo de Cristo, podemos também viver em obediência a Deus, 
pois Ele nos concede graça para obedecermos e ensinarmos outros a 
obedecerem. Paulo experimentou isto: "Pelo qual recebemos a graça e o 
apostolado, para a obediência da fé entre todas as gentes pelo seu nome.” 
(Rm 1.5) Qual é o conteúdo da doutrina para o obedecermos? A carta de 
Paulo a Tito contém um resumo do Evangelho: “Porque a graça de Deus se 
há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos que, 
renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste 
presente século sóbria, e justa, e piamente, aguardando a bem-aventurada 
esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador 
Jesus Cristo.” (Tt 2.11-13) 
 
 A obediência - A chave da experiência Estudo 08 
1. JESUS – O MAIOR O EXEMPLO DE OBEDIÊNCIA 
2. GRAÇA DE DEUS PARA OBEDECER E ENSINAR 
56 
 
 
Em nosso segundo estudo aprendemos sobre três tipos de morte: morte 
espiritual, física e eterna. Jesus falou ainda sobre outro tipo de morte, 
porém uma morte que produz vida! Trata-se da morte do eu, do egoísmo, 
de abrir mão de fazer a nossa própria vontade para fazermos a vontade de 
Deus. Todo cristão verdadeiro experimenta esse tipo de morte. O apóstolo 
Paulo escreveu sobre isto aos gálatas: “Já estou crucificado com Cristo; e 
vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na 
carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si 
mesmo por mim.” (Gl 2.20) Sem esta morte não há consagração pessoal a 
Deus, não ha santificação. Esta morte implica em uma renúncia radical 
contra a nossa natureza pecaminosa. Em Colossenses 3.5-10 lemos: 
“Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a prostitui-
ção, a impureza, a afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, 
que é idolatria; pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da 
desobediência; nas quais, também, em outro tempo andastes, quando 
vivíeis nelas. Mas agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da 
malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca. Não mintais 
uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com os seus 
feitos, e vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, 
segundo a imagem daquele que o criou.” 
 
 
Em Gálatas 5.1 lemos: “Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos 
libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão.” A 
advertência é clara: não devemos dar lugar ao pecado, pois seria um 
regresso ao antigo estilo de vida. A Bíblia nos adverte: “Não sabeis vós que 
a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos 
daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência 
para a justiça? Mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, 
obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues, e, 
libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça.” (Rm 6.16-18) 
 
 
Percebeu que estamos em uma batalha mental? Ocorre é que há duas 
naturezas em nós: uma divina, querendo servir a Deus e a antiga, com 
fortes tendências para o pecado, a qual a Bíblia chama de “carne.” (Veja 
3. A RENÚNCIA – A MORTE DO “EU” 
 
4. FIRMES NA LIBERDADE 
 
5. A NATUREZA CARNAL E A ESPIRITUAL 
 
57 
 
Gálatas 5.19-21) Paulo notificou a existência deste conflito: aos irmãos 
da Galácia ele escreveu: “Digo, porém: Andai em Espírito, e não 
cumprireis os desejos da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, 
e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não 
façais o que quereis.” (Gl 5.16,17) Quem vencerá, a carne ou o espírito? 
Veja dois passos importantes para seguir vitorioso: 
 
5.1 Cooperar com oEspírito Santo: O nosso esforço consiste somente 
em dar lugar ao Espírito Santo priorizando a busca do reino de Deus. (Mt 
6.33) Em 2 Timóteo 2.4 lemos: "Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que 
há em Cristo Jesus." Isto significa andar no Espírito. (Gl 5.16) Já vimos que 
é o Espírito Santo quem nos santifica (nos separa do pecado) mediante a 
revelação da Palavra e nos direcionando às escolhas certas. Andar no 
Espírito significa ser sensível à Sua voz com disposição para obedecê-lo. 
 
5.2 Perseverar na fé: Já vimos que fé é sinônimo de certeza. É confiar 
que Deus está no controle de nosso crescimento. Em Filipenses 1.6 
lemos: “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a 
boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo.” 
 
 
Antes de nos convertermos desagradávamos sobremaneira a Deus e 
mesmo assim Ele se compadeceu de nós enviando Cristo como sacrifício 
por nossos pecados. Evidentemente nunca conseguiremos retribuir-lhe 
este feito, mas em gratidão à sua compaixão podemos dedicar a nossa vida 
a Ele. Quando pensamos assim estamos nos dirigindo ao centro da vonta-
de de Deus. Assim Paulo escreveu aos romanos: “Rogo-vos, pois, irmãos, 
pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício 
vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos 
conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do 
vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e 
perfeita vontade de Deus.” (Rm 12.1,2) Somente dentro da vontade de 
Deus podemos fazer o que lhe agrada e assim Cristo é glorificado em nós. 
Como parte de nossa recompensa teremos muita alegria por estarmos 
cumprindo o papel para o qual fomos criados. Isto é vida em abundância. 
(João 10.10) 
 
 
6. A VONDADE DE DEUS – O MELHOR PARA NÓS 
58 
 
 
O reino de Deus é governado por princípios. Deus é a autoridade 
suprema. O princípio fundamental de seu reino é a obediência à sua 
Palavra. Deus em sua soberania delegou certos níveis de autoridade ao 
homem para exercê-la em seu nome. Em Gênesis, vemos Adão recebendo 
poder sobre toda a criação. Sabemos que Adão não exerceu a autoridade 
como era lhe devido, por isso o mundo sucumbiu no pecado. Mesmo assim 
Deus em sua soberania mantem o controle sobre o universo. Como os 
princípios de Deus são imutáveis. Precisamos conhecer a quem a quem 
devemos obediência segundo a sua Palavra. A obediência à Palavra atrai 
as bênçãos de Deus e a desobediência gera consequências desastrosas. 
 
 
Na Palavra de Deus, em Romanos 13 lemos: “Toda a alma esteja sujeita às 
autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de 
Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus. Por isso quem 
resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão 
sobre si mesmos a condenação.” 
 
Deus instituiu dois princípios imutáveis na área de autoridade. O primeiro 
é obedecer às autoridades constituídas por Ele e o segundo é exercer 
autoridade sobre as pessoas as quais estamos liderando. Lamentavel-
mente os que não conhecem as Escrituras (e, portanto não a obedecem), 
atraem desastrosas consequências para si. 
 
Já vimos que a terra estava sob o domínio de Adão, mas infelizmente ele 
não exerceu a devida autoridade e permitiu que Satanás agisse infiltrando 
o mal no planeta. Porque Adão não exerceu a autoridade recebida de Deus 
a terra foi amaldiçoada, e assim o homem perdeu o paraíso, o trabalho 
passou a ser mais duro e a mulher passou a sofrer dores no parto. (Gn. 
3.16-19). Então compreender sobre autoridade e submissão é 
fundamental para nós como igreja do Senhor, por esse conhecimento 
somos abençoados além de evitarmos graves erros. Vejamos alguns textos 
bíblicos que denotam alguns níveis de autoridade bem como a nossa 
responsabilidade para com elas: 
 
 
7. CONHECENDO OS PRINCÍPIOS DO REINO DE DEUS 
 
8. O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE AUTORIDADE 
 
59 
 
8.1 Autoridades em geral 
“Sujeitai-vos, pois, a toda a ordenação humana por amor do Senhor; 
quer ao rei, como superior; quer aos governadores, como por ele envia-
dos para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem.” (1 
Pe 2.13,14); 
 
“A Deus não amaldiçoarás, e o príncipe dentre o teu povo não maldirás.” 
(Êx 22.28); 
 
“Admoesta-os a que se sujeitem aos principados e potestades, que lhes 
obedeçam, e estejam preparados para toda a boa obra.” (Tt 3.1) 
 
“Sujeitai-vos, pois, a toda a ordenação humana por amor do Senhor; 
quer ao rei, como superior; quer aos governadores, como por ele envia-
dos para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem.” (1 
Pe 2.13,14); “Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Hon-rai 
ao rei.” (1 Pe 2.17) 
 
Oremos pelas autoridades: “Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se 
façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os 
homens; pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenha-
mos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade; Porque 
isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador.” (1 Tm 2.1-3) 
 
8.2 Autoridades na igreja 
“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros 
para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o 
aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do 
corpo de Cristo.” (Ef 4.11,12); 
“E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós e que 
presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam; e que os tenhais em 
grande estima e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre vós.” (1 Ts 
5.12-13); 
 
“Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de 
duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na 
doutrina.” (1 Tm 5.17); 
60 
 
 “Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por 
vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam 
com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil.” (Hb 13.17) 
 
“Semelhantemente vós jovens, sede sujeitos aos anciãos; e sede todos 
sujeitos uns aos outros, e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste 
aos soberbos, mas dá graça aos humildes.” (1 Pe 5.5); 
 
“Agora vos rogo, irmãos (sabeis que a família de Estéfanas é as primícias 
da Acaia, e que se tem dedicado ao ministério dos santos), que também 
vos sujeiteis aos tais, e a todo aquele que auxilia na obra e trabalha.” (1 Co 
16.15,16) 
 
Observação: liderança na igreja: Em nosso estudo número cinco 
aprendemos que a igreja é submissa a Cristo (Ef 5.24), portanto líderes 
da igreja não podem criar ensinos fora da Bíblia, pois isto é rebeldia 
contra a ordem estabelecida por Deus. Então tudo o que é ministrado na 
igreja deve estar na Bíblia e ainda de acordo com o seu ensino geral 
(contido em outras passagens). Não deve ser usado textos isolados a 
critério particular. (1 Pe 1.20) Enfatizamos: submissão significa que não 
é a igreja que estabelece o que deve ser ensinado, mas sim a Bíblia. (Veja 
Atos 15) Todos os crentes tem acesso direto à Bíblia e a revelação do 
Espírito Santo e assim podemos conferir se o ensino que estamos 
recebendo está de acordo com a Palavra ou não. (Veja Atos 17.11) Na 
igreja de Cristo não há lugar para o engano, pois ela é o fundamento da 
verdade. (1 Timóteo 3.15) 
 
8.3 Autoridades na família 
a) Maridos e esposas 
“Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor; porque o 
marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, 
sendo ele próprio o salvador do corpo. De sorte que, assim como a igreja 
está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas 
a seus maridos.” (Ef 5.22-24) 
 
61 
 
“Vós, mulheres, estai sujeitas a vossos próprios maridos, como convém no 
Senhor. Vós, maridos, amai a vossas mulheres, e não vos irriteis contra 
elas.” (Cl 3.18)“Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas aos vossos próprios 
maridos; para que também, se alguns não obedecem à palavra, pelo 
porte de suas mulheres sejam ganhos sem palavra.” (1 Pe 3.1) 
 
“Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a 
igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a 
com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igre-
ja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e 
irrepreensível. Assim devem os maridos amar as suas próprias mulhe-
res, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si 
mesmo.” (Ef 5.25-28) 
 
“Igualmente vós, maridos, coabitai com elas com entendimento, dando 
honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-
herdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas 
orações.” (1 Pe 3.7) 
 
b) Pais e filhos 
“Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é 
justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com 
promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra. E vós, 
pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e 
admoestação do Senhor.” (Ef 5.6.1-4) 
 
“Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto é agradável ao 
Senhor. Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não percam o 
ânimo.” (Cl 3.20,21) 
 
8.4 Outras autoridades 
a) Pessoas idosas 
“Semelhantemente vós, os mais moços, sede sujeitos aos mais velhos. E 
cingi-vos todos de humildade uns para com os outros, porque Deus 
resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.”(1 Pedro 5.5) 
62 
 
 “Diante das cãs te levantarás, e honrarás a face do ancião; e temerás o 
teu Deus. Eu sou o Senhor.” (Lv.19.32) 
 
b) Patrões e empregados 
“Vós, servos, obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e 
tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo; não servindo à 
vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, 
fazendo de coração a vontade de Deus; servindo de boa vontade como 
ao Senhor, e não como aos homens. sabendo que cada um receberá do 
Senhor todo o bem que fizer, seja servo, seja livre.” (Ef 6.5-8) 
 
“E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças, 
sabendo também que o Senhor deles e vosso está no céu, e que para com 
ele não há acepção de pessoas.” (Ef 6.9) 
 
“Vós, servos, obedecei em tudo a vossos senhores segundo a carne, não 
servindo só na aparência, como para agradar aos homens, mas em 
simplicidade de coração, temendo a Deus. E tudo quanto fizerdes, fazei-o 
de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens, sabendo que re-
cebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, 
servis. Mas quem fizer agravo receberá o agravo que fizer; pois não há 
acepção de pessoas.” (Cl 3.22-25) 
 
“Vós, senhores, fazei o que for de justiça e eqüidade a vossos servos, 
sabendo que também tendes um Senhor nos céus.” (Cl 4.1) 
 
“Exorta os servos a que se sujeitem a seus senhores, e em tudo agradem, 
não contradizendo, não defraudando, antes mostrando toda a boa lealdade, 
para que em tudo sejam ornamento da doutrina de Deus, nosso Salvador.” 
(Tt 2.9,10); “Vós, servos, sujeitai-vos com todo o temor aos senhores, não 
somente aos bons e humanos, mas também aos maus.” (1 Pe 2.18) 
 
 
Há inúmeras bênçãos de Deus para os que vivem em obediência que é 
impossível mencioná-las todas aqui. Vejamos alguns textos com 
exemplos de obediência: Estes textos podem ser aplicados tanto em 
aspectos temporais como eternos: 
9. BÊNÇÃOS DECORRENTES DA OBEDIÊNCIA 
 
63 
 
“Mas o que me der ouvidos habitará em segurança, e estará livre do 
temor do mal.” (Pv 1.33) 
 
“E disse: Se ouvires atento a voz do Senhor teu Deus, e fizeres o que é 
reto diante de seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos seus 
mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma das 
enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu sou o 
Senhor que te sara.” (Êx 15.26) 
 
“Então, do céu bradou pela segunda vez o Anjo do Senhor a Abraão e 
disse: Jurei por mim mesmo jurei, diz o Senhor, porquanto fizeste isto, e 
não me negaste o teu único filho, que deveras te abençoarei, e certamente 
multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus, e como a areia 
na praia do mar; a tua descendência possuirá a porta dos seus inimigos; 
nela serão benditas todas as nações da terra; porquanto obedeceste à 
minha voz.” (Gn 22.15-18) 
 
“Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento 
do Senhor é puro, e ilumina os olhos. O temor do Senhor é limpo, e 
permanece eternamente; os juízos do Senhor são verdadeiros e justos 
juntamente. Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro 
fino; e mais doces do que o mel e o licor dos favos. Também por eles é 
admoestado o teu servo; e em os guardar há grande recompensa.” (Sl 
19.8-11) 
 
“E o Senhor nos ordenou que cumpríssemos todos estes estatutos, que 
temêssemos ao Senhor nosso Deus, para o nosso perpétuo bem, para 
nos guardar em vida, como no dia de hoje.” (Dt 6.24) 
 
 “Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e 
noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele 
está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem 
sucedido.” (Js 1.8) 
 
“Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos 
serão acrescentadas.” (Mt 6.33) 
 
64 
 
 
Há muitos textos bíblicos em relação à desobediência à Palavra de Deus. 
Vejamos alguns: 
 
“E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim 
Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que 
não convêm.” (Rm 1.28) 
 
“Tal como a que se assenta nas trevas e sombra da morte, presa em 
aflição e em ferro; porquanto se rebelaram contra as palavras de Deus, e 
desprezaram o conselho do Altíssimo.” (Sl 107.10,11) 
 
“Os sábios são envergonhados, espantados e presos; eis que rejeitaram a 
palavra do Senhor; que sabedoria, pois, têm eles?” (Jr 8.9) 
 
“Não aceitaram o meu conselho, e desprezaram toda a minha repreensão. 
Portanto comerão do fruto do seu caminho, e fartar-se-ão dos seus 
próprios conselhos.” (Pv 1.30,31) 
 
Deus disse a Saul, rei de Israel, através do profeta Samuel: “Porque a 
rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniqüidade e 
idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te 
rejeitou a ti, para que não sejas rei.” (1 Sm 15.23) 
 
 
A desobediência generalizada é um dos sinais da Vinda de Jesus. Em 2 
Timóteo 3.1-5 lemos: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevi-
rão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, 
avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e 
mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniado-
res, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obsti-
nados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, 
tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-
te.” Para nós, os salvos o mandamento de Deus é este: “Purificando as 
vossas almas pelo Espírito na obediência à verdade, para o amor 
fraternal, não fingido; amai-vos ardentemente uns aos outros com um 
coração puro” (1 Pe 1.22) 
10. CONSEQUÊNCIAS DA DESOBEDIÊNCIA 
11. A DESOBEDIÊNCIA GENERALIZADA 
65 
 
 
"Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era e que é, e 
que há de vir." (Ap 4.8b) 
 
 
A promessa de um Salvador na Antiga Aliança 
Apesar da entrada do pecado no mundo através do primeiro casal, Deus 
nunca abandonou o homem, Ele prometeu enviar alguém para pagar o 
preço por nossos pecados. O preço seria muito alto: a morte (já que o salá-
rio do pecado é a morte conforme Romanos 6.23) Então, por amor Cristo 
veio ao mundo, exerceu seu ministério, estabeleceua igreja, foi morto e 
ressuscitou ao terceiro dia. A maior promessa do Antigo Testamento foi 
cumprida e assim o preço foi pago. Portanto o objetivo da primeira vinda 
de Jesus ao mundo foi salvar a humanidade do pecado e de seus efeitos 
temporais e eternos. O Novo Testamento inicia com o cumprimento desta 
promessa. Um anjo falou a José em sonho: “E dará à luz um filho e chama-
rás o seu nome Jesus; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.” 
(Mt 1.21) 
 
 
Cristo estabeleceu sua igreja com diversas finalidades (veja estudo 5). 
Enquanto a igreja cumpre a sua missão na terra ela tem a promessa de ser 
levada ao céu a qualquer momento. Em João 14.2,3 Jesus diz: “Na casa de 
meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou 
preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, 
e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós tam-
bém.” A volta de Cristo será o maior acontecimento da história, será o fim 
de todo sofrimento para a igreja fiel. Os salvos estarão para sempre no lar 
celestial, ai haverá a justiça, paz e alegria no Espírito Santo. (Rm 14.17b) 
 
O reino físico e espiritual de Cristo 
No Antigo Testamento existem diversas profecias sobre o reino físico do 
Messias (Jesus). Pensando nisto, muitos judeus esperavam a implantação 
imediata do reino messiânico na terra. Porém no plano divino o Messias 
sofreria primeiro, seria sacrificado por nossos pecados, ressuscitaria e 
depois voltaria para estabelecer o seu reino físico na terra. Os judeus não 
compreenderam esta parte de plano de Deus e terminaram rejeitando a 
 A Segunda Vinda de Cristo Estudo 09 
1. O CUMPRIMENTO DA PRIMEIRA VINDA 
2. A PROMESSA DA SEGUNDA VINDA DE CRISTO 
66 
 
Jesus, porém em sua segunda vinda Jesus cumprirá todas estas profecias. 
A princípio os discípulos também pensavam que o reino de Deus se ma-
nifestaria logo (Lc 19.11), mas Cristo veio com uma mensagem de arre-
pendimento! (primeiramente Ele reinaria no coração deles!) Com muita 
paciência Jesus fez com que eles compreendessem que o reino físico viria 
depois, onde reinará 1000 anos na terra. A segunda vinda de Cristo será 
em duas fases distintas: o arrebatamento e a aparição em glória: 
 
2.1. O arrebatamento da igreja -1ª Fase 
Trata-se da volta repentina de Jesus para levar consigo os que se estão 
em aliança com Ele, isto é, aqueles que ao ouvir a mensagem da salvação 
se arrependeram, receberam a Jesus como salvador e vivem obediência. 
Os participantes deste evento são: os que morreram salvos (eles ressur-
girão com um corpo glorioso e isentos de corrupção) e nós, os vivos que 
seremos transformados. Vejamos alguns textos sobre o acontecimento: 
 
a) 1 Coríntios 15.51,52: “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem 
todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento, 
num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta 
soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transfor-
mados.” 
 
b) 1 Tessalonicenses 4.17: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com 
alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que 
morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos 
vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o 
Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.” 
 
2.2. A gloriosa vinda de Jesus com a igreja -2ª Fase 
Uma pergunta: Iremos imediatamente para o céu após o arrebatamento? 
Não, mas a um lugar celestial chamado “ares” conforme o texto acima (1 
Ts 4.17). Lá participaremos do Tribunal de Cristo, onde seremos recom-
pensados por todo trabalho que fizemos em prol do reino de Deus. Em 
Apocalipse 22.12 Cristo diz: “E, eis que cedo venho, e o meu galardão está 
comigo, para dar a cada um segundo a sua obra.” Logo após esta premia-
ção iremos ainda às Bodas do Cordeiro, para uma ceia especial com 
Cristo e finalmente Ele descerá à terra conosco para estabelecer seu rei-
67 
 
no físico com duração de mil anos. Em Judas 14 lemos: "E destes profe-
tizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo 
o Senhor com milhares de seus santos." Em Apocalipse 1.7 lemos tam-
bém: “Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos 
que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. 
Sim. Amém.” Enquanto a igreja desfruta nos ares da presença visível de 
Cristo a terra estará passando pelos horrores da grande tribulação. 
 
A Tribulação e a Grande Tribulação: A palavra tribulação é sinônimo 
de sofrimento, opressão, perseguição, etc. Serão sete anos divididos em 
duas partes. Os três primeiros anos é chamado de “tribulação.” Será 
caracterizado por uma falsa paz promovida pelo anticristo o qual se 
manifestará ao mundo com muita popularidade. Ele contornará o caos 
gerado pelo arrebatamento e fará um acordo de paz com Israel (cessando 
os conflitos no Oriente Médio. Veja Daniel 9.27). Após três anos e meio o 
acordo com Israel será rompido e ai se inicia a segunda metade dos sete 
anos, conhecida como A Grande Tribulação. Será um período de grandes 
catástrofes naturais. Na Bíblia este período é muitas vezes chamado de ira, 
dia da ira, ira do Cordeiro, etc. (Ap 6.16). Em Mateus 24.21,22 está escrito: 
“Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio 
do mundo até agora, nem tampouco há de haver. E, se aqueles dias não 
fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos esco-
lhidos serão abreviados aqueles dias.” Para mais detalhes destes períodos 
leia atenciosamente Mateus 24.15-28. Os capítulos 6 a 9 de Apocalipse 
refere-se aos primeiros três anos e meio e a partir do capítulo 10 ao 18 à 
segunda parte, a Grande Tribulação. 
 
 
a) Aplicar juízo sobre os desobedientes: Será o período mais difícil da 
história humana. É a ira de Deus derramada sobre o mundo pecador. 
Mesmo assim muitos seguirão pecando! Em Apocalipse 9.20,21 lemos: “E 
os outros homens, que não foram mortos por estas pragas, não se arre-
penderam das obras de suas mãos, para não adorarem os demônios, e os 
ídolos de ouro, e de prata, e de bronze, e de pedra, e de madeira, que nem 
podem ver, nem ouvir, nem andar. E não se arrependeram dos seus 
homicídios, nem das suas feitiçarias, nem da sua prostituição, nem dos 
seus furtos.” 
3. OBJETIVO DA TRIBULAÇÃO 
68 
 
b) Salvar a muitos pelo sofrimento: Após o arrebatamento muitos se 
converterão, inclusive crentes que viveram de forma leviana. Estes sofre-
rão muito sob o governo do anticristo e serão mortos. Após o martírio eles 
surgem no céu causando grande admiração. Em Apocalipse 7.13,14 lemos: 
“E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes 
brancas, quem são, e de onde vieram? E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E 
ele disse-me: Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as 
suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.” 
 
c) Preparar Israel para a conversão: Na primeira fase da Tribulação 
Israel fará um pacto com o anticristo pensando se tratar do Messias, mas 
pelo corrupto procedimento deste líder, Israel descobrirá que ele não se 
identifica com o Messias descrito na Bíblia. O anticristo, indignado, 
convocará exércitos aliados de todo o mundo para exterminar Israel. Sem 
forças para resistir tamanha pressão internacional Israel clamará a Deus. 
Deus em sua graça derramará sobre eles um espírito de quebrantamento 
e eles reconhecerão que erraram desprezando a Jesus como Messias. Em 
Zacarias 12 lemos sobre o livramento de Israel e a sua conversão: “E 
acontecerá naquele dia, que procurarei destruir todas as nações que 
vierem contra Jerusalém, mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes 
de Jerusalém, derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para 
mim, a quem traspassaram; e pranteá-lo-ão sobre ele, como quem 
pranteiapelo filho unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se 
chora amargamente pelo primogênito.” Esse período é também chamado 
a angustia de Jacó. Mas Israel será salvo. (Jr 30.7) 
 
d) Julgar os inimigos de Israel: Vimos que em resposta ao clamor de 
Israel Jesus virá em socorro deles. Ele voltará à terra visivelmente com a 
igreja para derrotar o anticristo e o falso profeta e julgar as nações que 
lutaram contra Israel. (Veja Mateus 25.31-46) Satanás será preso por mil 
anos. Em Zacarias 14.3 lemos: “E o Senhor sairá, e pelejará contra estas 
nações, como pelejou, sim, no dia da batalha.” 
 
e) Implantar o seu reino físico no mundo – o milênio: As nações que 
foram a favor de Israel durante a tribulação serão poupadas e ingressa-
rão no reino milenial de Cristo. (Veja Mt 25.31-46) A terra será restaura-
da. Em Mateus 19.28 lemos: “E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que 
69 
 
vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do homem se 
assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze 
tronos, para julgar as doze tribos de Israel.” 
 
No reinado de Cristo se cumprirão todas as promessas de Deus a Israel e à 
igreja. A sede do governo será em Jerusalém. Será um reino caracterizado 
pela justiça, obediência, verdade e santidade. Haverá a plenitude do 
Espírito Santo e uma adoração unificada. Haverá prosperidade econômica, 
longevidade, conhecimento, ausência de imaturidade e cura para todas as 
doenças. Os animais perderão sua agressividade. Em fim será um reino de 
paz, alegria, glória e consolo. A humanidade ainda estará em sua natureza 
pecaminosa, mas com a prisão de satanás o nível de iniquidade será 
mínimo, pois todo pecado será punido imediatamente. Após 1000 anos 
Satanás será solto para que se manifeste os que, no íntimo, não eram leais 
ao Rei Jesus e não o serviam por amor. Estes serão derrotados e lançados 
no lago de fogo juntamente com Satanás. (Ap 20.7-10)Veja a comparação 
entre o arrebatamento e a segunda vinda em glória: 
1ª FASE: ARREBATAMENTO 2ª FASE: VINDA EM GLÓRIA 
Repentino: só os santos verão. 
Mt 24.36,42,44 
Em público: todo o olho verá. 
Ap 1.7 
Cristo vem para a igreja. 
1 Ts 4.17 
Cristo vem com a igreja. 
Jd 14; 1 Ts 3.13 
Antes da Tribulação. 
Ap 3.10 
Final da Grande Tribulação. Mt 24. 
29-30 
 
Observação: A igreja estará na Tribulação? Alguns afirmam que a 
igreja será arrebatada no meio da Tribulação. É importante lembrar que o 
termo “tribulação” em relação ao futuro é a expressão da ira de Deus. Deus 
sempre fez a diferença entre o ímpio e o justo. Por exemplo, em Gênesis 18 
Deus fala com Abraão sobre a destruição das cidades ímpias de Sodoma e 
Gomorra. Abraão havia perguntado: Destruirás também o justo com o 
ímpio? A resposta de Deus foi: "Longe de ti que faças tal coisa, que mates o 
justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti. Não faria 
justiça o Juiz de toda a terra?" (Gn 18.25). Em Malaquias 3.17,18 Deus faz 
essa mesma distinção: “E eles serão meus, diz o Senhor dos Exércitos; 
naquele dia serão para mim joias; poupá-los-ei, como um homem poupa a 
seu filho, que o serve. Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o 
70 
 
ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não o serve.” Portanto cremos que 
a igreja não estará mais na terra durante a tribulação. Veja outros textos 
exclusivamente em relação à igreja (o grifo é nosso): 
 
“Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por 
nós, sendo nós ainda pecadores. Logo muito mais agora, tendo sido 
justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.” (Rm 5.8,9) 
 
“Porque os que dormem, dormem de noite, e os que se embebedam, 
embebedam-se de noite. Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, 
vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança 
da salvação; porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aqui-
sição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós, para 
que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele.” (1 Ts 
5.7-10) 
 
“A vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, 
honra e incorrupção, mas a indignação e a ira aos que são contenciosos, 
desobedientes à verdade e obedientes à iniqüidade. Tribulação e angústia 
sobre toda a alma do homem que faz o mal; primeiramente do judeu e 
também do grego.” (Rm 2.7-9) 
 
“E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de 
glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de 
improviso aquele dia. Porque virá como um laço sobre todos os que 
habitam na face de toda a terra. Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, 
para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de 
acontecer, e de estar em pé diante do Filho do homem.” (Lc 21.34-36) 
 
“Aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os 
céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão? Mas nós, 
segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que 
habita a justiça. Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que 
dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz.” (2 Pe 3.12-14) 
 
“E esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a 
saber, Jesus, que nos livra da ira futura.” (1 Ts 1.10) 
71 
 
 
4.1. Em vigilância: Os textos que acabamos de ler são alertas sobre a 
iminente volta de Cristo, por isso não haverá tempo extra para alguém se 
preparar. Em Mateus 24.27 lemos: “Porque, assim como o relâmpago sai 
do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do 
Filho do homem." Será semelhante aos dias de Noé (Mt 24.36-44) Jesus 
contou diversas parábolas sobre sua volta: (Mt 24.45-51; Mt 25.1-30). 
 
4.2 Ocupados no Reino de Deus: Produzimos mais quando trabalhamos 
pensando na vinda do Senhor. Em Lucas 12.43 lemos: “Bem-aventurado 
aquele servo a quem o Senhor, quando vier, achar fazendo assim.”; Paulo ao 
concluir sua missão na terra escreveu a Timóteo: “Combati o bom combate, 
acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está 
guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a 
mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda. (2 Tm 4.7,8) 
 
4.3 Purificando-se: “E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se 
a si mesmo, como também ele é puro.” (1 Jo 3.3); “E não entristeçais o 
Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção.” 
(Em Ef 4.30) 
 
 
Há quem pense que a volta de Jesus não está próxima e enquanto isso 
estão distraídos no pecado, mas Deus é fiel. Em 2 Pedro 3.9 lemos: “O 
Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; 
porém é longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, 
senão que todos venham a arrepender-se” No momento certo, Cristo 
voltará (Mt 24.42,44; Lc 12.40). A nosso maior cuidado é sempre estar 
preparados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. COMO AGUARDAR O ARREBATAMENTO 
5. POR QUE CRISTO AINDA NÃO VOLTOU? 
72 
 
 
“Daí a césar o que é de César e a Deus o que é de Deus. (Mt 22.21) 
 
 
Dízimo em hebraico é [ma’aser] que significa “décima parte”. O dízimo é 
uma doutrina encontrada tanto no Antigo como no Novo Testamento. Em 
Levítico 27.30 e Malaquias 3.10 lemos respectivamente: “Também todas as 
dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores, são do 
Senhor; santas são ao Senhor.”; “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, 
para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim 
nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e 
não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente 
para a recolherdes.” 
 
 
 
2.1 O reconhecimento da soberania divina: 
Os textos acima são claros: os dízimos não pertencem a nós, somos apenasadministradores de tudo o que o Senhor bondosamente nos deu, afinal 
tudo o que possuímos vem dele, desde o nosso fôlego de vida. Então a 
entrega do dízimo é simplesmente um reconhecimento da soberania de 
Deus em nossa vida, um ato de adoração. Vejamos alguns textos sobre a 
soberania de Deus: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e 
aqueles que nele habitam.” (Sl 24.1); “Assim diz Deus, o Senhor, que criou 
os céus, e os estendeu, e espraiou a terra, e a tudo quanto produz; que dá a 
respiração ao povo que nela está, e o espírito aos que andam nela.” (Is 
42.5); “Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos.” (Ag 
2.8); “Tua é, Senhor, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a 
majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, Senhor, 
o reino, e tu te exaltaste por cabeça sobre todos.” (1 Cr 29.11-12) 
 
2.2 Um antídoto contra o orgulho: 
Em Deuteronômio 8.15-18 Deus revela tudo sobre a proteção de Israel no 
deserto: “...Que te guiou por aquele grande e terrível deserto de serpentes 
ardentes, e de escorpiões, e de terra seca, em que não havia água; e tirou 
água para ti da rocha pederneira; que no deserto te sustentou com maná, 
que teus pais não conheceram; para te humilhar, e para te provar, para no 
Dízimos e Ofertas 10 Estudo 
1. O QUE É O DÍZIMO 
 
2. O SIGNIFICADO DA ENTREGA DO DÍZIMO 
 
73 
 
fim te fazer bem; e digas no teu coração: A minha força, e a fortaleza da 
minha mão, me adquiriu este poder. Antes te lembrarás do Senhor teu 
Deus, que ele é o que te dá força para adquirires riqueza; para confirmar a 
sua aliança, que jurou a teus pais, como se vê neste dia.” 
 
Na época do profeta Oséias a nação de Israel (já desviada dos caminhos do 
Senhor) não reconhecia mais a soberania divina. Disse o senhor: “Ela, pois, 
não reconhece que eu lhe dei o grão, e o mosto, e o azeite, e que lhe multi-
pliquei a prata e o ouro, que eles usaram para Baal.” (Os 2.8) 
 
2.3 Um reconhecimento da bondade de Deus: 
Davi sempre foi grato a Deus por tudo que possuía. Em Salmos 116.12 
ele falou assim: “Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me 
tem feito?” Então entregar o dízimo não é nada mais que devolver parte 
daquilo que Deus mesmo nos concedeu. Em recompensa, Ele ainda 
promete abençoar a “nossa parte.” — os 90%. (Ml 3.10) 
 
 
 
No Antigo Testamento há vários exemplos de pessoas que entregaram os 
dízimos a Deus. Em Gênesis 14.20 lemos: “E bendito seja o Deus Altíssimo, 
que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de 
tudo.” (Veja também Hb 7.1,2) Posteriormente o dízimo foi incluído na 
Lei: “Certamente darás os dízimos de todo o fruto da tua semente, que 
cada ano se recolher do campo. E, perante o Senhor teu Deus, no lugar que 
escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu 
grão, do teu mosto e do teu azeite, e os primogênitos das tuas vacas e das 
tuas ovelhas; para que aprendas a temer ao Senhor teu Deus todos os 
dias.” (Dt 14.22-23) Na instituição da Lei a tribo de Levi não teve herança 
na distribuição de terras em Israel. Deus estabeleceu que eles seriam 
sustentados pelos dízimos do povo. Os sacerdotes levitas ministrariam o 
ensino e cuidariam do tabernáculo e dos utensílios usados na adoração. 
Obviamente com esta responsabilidade eles não teriam como se 
dedicarem a atividades seculares. Em 2 Crônicas 31.4 lemos sobre o rei 
Ezequias o qual percebeu um descuido da população sobre este assunto: 
“ordenou ao povo, que morava em Jerusalém, que desse a parte dos 
sacerdotes e levitas, para que eles pudessem se dedicar à lei do Senhor.” 
3. O DÍZIMO NO ANTIGO TESTAMENTO 
 
74 
 
Textos sobre o dízimo dos levitas no Antigo testamento: 
3.1 A responsabilidade dos levitas: 
“Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua 
boca devem os homens buscar a lei porque ele é o mensageiro do Senhor 
dos Exércitos.” (Ml 2.7) “E seus irmãos, os levitas, foram postos para todo 
o ministério do tabernáculo da casa de Deus. E Arão e seus filhos 
ofereceram sobre o altar do holocausto e sobre o altar do incenso, por 
todo o serviço do lugar santíssimo, e para fazer expiação por Israel, 
conforme tudo quanto Moisés, servo de Deus, tinha ordenado.” (1 Cr 
6.48,49); 
 
3.2 O sustento dos levitas: 
“E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, 
segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que 
tenham saído dos lombos de Abraão.” (Hb 7.5); "Porque os dízimos dos 
filhos de Israel, que oferecerem ao Senhor em oferta alçada, tenho dado 
por herança aos levitas; porquanto eu lhes disse: No meio dos filhos de 
Israel nenhuma herança terão." (Nm 18.24); “Guarda-te, que não 
desampares ao levita todos os teus dias na terra.” (Dt 12.19) 
 
 
A prática da entrega do dízimo na época de Cristo era obedecida tão à 
risca que não havia necessidade se enfatizar esta doutrina, no entanto 
Jesus criticou severamente os fariseus, porque valorizavam mais este 
mandamento que os demais. Em Mateus 23.23 Jesus disse: “Ai de vós, 
escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro 
e do cominho e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia 
e a fé. Deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas.” Perceba a 
ênfase de Jesus: “Deveis fazer essas coisas e não omitir aquelas.” 
 
Em nossos dias alguns discordam da doutrina do dízimo alegando ser 
preceito da Lei, mas Cristo disse: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os 
profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.” (Mt 5.17) Cristo 
também falou: “Daí a césar o que é de César e a Deus o que é de Deus. (Mt 
22.21) A César pertencia os impostos, e a Deus a adoração. Toda adoração 
é uma entrega e o dizimo é uma adoração neste sentido. 
 
4. O DÍZIMO NO NOVO TESTAMENTO 
 
75 
 
 
Como vimos, o dízimo existia antes da Lei de Moisés, era entregue de for-
ma espontânea refletindo gratidão. Na Lei foi canalizado por Deus para o 
sustento da tribo de Levi (os sacerdotes). No Novo Testamento os dízimos 
são usados no sustento dos obreiros, na evangelização, assistência social, 
etc. Em 1 Timóteo 5.17,18 lemos: “Os presbíteros que governam bem 
sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que 
trabalham na palavra e na doutrina, porque diz a Escritura: Não ligarás a 
boca ao boi que debulha. E digno é o obreiro do seu salario.” Em 1 
Coríntios 9.7-11 o apóstolo Paulo fala novamente sobre este assunto: 
“Quem jamais milita à sua própria custa? Quem planta a vinha e não come 
do seu fruto? Ou quem apascenta o gado e não se alimenta do leite do 
gado? Digo eu isto segundo os homens? Ou não diz a lei também o 
mesmo? Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi que 
trilha o grão. Porventura tem Deus cuidado dos bois?” 
 
 
O texto de Malaquias 3.10 é uma ordem cujo destino dos dízimos é a casa 
do tesouro. Em Neemias 10.37 lemos: “E que as primícias da nossa massa, 
as nossas ofertas alçadas, o fruto de toda a árvore, o mosto e o azeite, 
traríamos aos sacerdotes, às câmaras da casa do nosso Deus; e os dízimos 
da nossa terra aos levitas; e que os levitas receberiam os dízimos em todas 
as cidades, da nossa lavoura.” Portanto, não é correto entregar o dízimo do 
Senhor a hospitais, creches ou a pessoas carentes. 
 
6.1 Promessas aos dizimistas: “Honra ao Senhor com os teus bens, e 
com a primeira parte de todos os teus ganhos; e se encherão os teus 
celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares.” (Pv 3.9,10); “Trazei 
todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha 
casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu 
não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção 
tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes. E por causa de 
vós repreendereio devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa 
terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos 
Exércitos. E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque 
vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos Exércitos.” (Ml 3.10) 
 
5. A FINALIDADE DOS DÍZIMOS NA NOVA ALIANÇA 
6. ONDE ENTREGAR OS DÍZIMOS 
76 
 
 
7.1 Semeadura no reino de Deus: 
O valor da oferta é livre de percentual. Ofertar é outra forma de semear no 
Reino de Deus. Em 2 Coríntios 9.6-8 lemos: “E digo isto: Que o que semeia 
pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em 
abundância ceifará. Cada um contribua segundo propôs no seu coração; 
não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com 
alegria. E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim 
de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa 
obra.” 
 
7.2 Doação voluntaria: 
Deus não se agrada de obrigações! Sirvamo-lhe com alegria, amor, 
gratidão e de forma voluntaria. Em Deuteronômio 16.10 lemos sobre 
doações em Israel: “Depois celebrarás a festa das semanas ao Senhor teu 
Deus; o que deres será oferta voluntária da tua mão, segundo o Senhor 
teu Deus te houver abençoado.” Ninguém pode dizer que não foi 
abençoado e que não tem nada para ofertar. No versículo 17 lemos: 
“Cada um, conforme ao dom da sua mão, conforme a bênção do Senhor 
teu Deus, que lhe tiver dado.” 
 
7.3 Sacrifício e não de sobras: 
Em Marcos 12.41-44 lemos: “E (Jesus) chamando os seus discípulos, disse-
lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva depositou mais do que 
todos os que depositaram na arca do tesouro; porque todos ali 
depositaram do que lhes sobejava, mas esta, da sua pobreza, depositou 
tudo o que tinha, todo o seu sustento.” 
 
Observação: Certa vez, Davi, ao oferecer um sacrifício ao Senhor, um 
israelita queria lhe doar tudo que ele precisava. Vejamos a reposta de 
Davi: “E disse o rei Davi a Ornã: Não, antes, pelo seu valor, a quero com-
prar; porque não tomarei o que é teu, para o Senhor, para que não 
ofereça holocausto que não me custe nada.” (1 Cr 21.24) 
 
 
 
 
7. AS OFERTAS 
77 
 
 
Tudo o que fazemos no reino de Deus é mediante a fé, inclusive ofertar. 
Quem contribui alegre e voluntariamente tem promessas de Deus de ser 
recompensado. Jesus disse: “Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalca-
da, sacudida e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque 
com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo.” 
(Lucas 6.38) 
 
 
A palavra alçada vem do hebraico “teruma” significa pesadas, altas, ele-
vadas, produtivas. É uma oferta especial para um propósito específico. 
Vejamos em Êxodo 25.2-8 e 36.3-7 respectivamente, onde Moises havia 
recebido ordens de Deus a respeito da construção do Tabernáculo: “Fala 
aos filhos de Israel, que me tragam uma oferta alçada; de todo o homem 
cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta 
alçada. E esta é a oferta alçada que recebereis deles: ouro, e prata, e cobre, 
e azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino, e pêlos de cabras, e peles de 
carneiros tintas de vermelho, e peles de texugos, e madeira de acácia, 
azeite para a luz, especiarias para o óleo da unção, e especiarias para o 
incenso, pedras de ônix, e pedras de engaste para o éfode e para o peitoral. 
e me farão um santuário, e habitarei no meio deles.” (Êx 25.2-8) A reação 
do povo de Israel foi esta: “Então mandou Moisés que proclamassem por 
todo o arraial, dizendo: Nenhum homem, nem mulher, faça mais obra 
alguma para a oferta alçada do santuário. Assim o povo foi proibido de 
trazer mais, porque tinham material bastante para toda a obra que havia 
de fazer-se, e ainda sobejava.” (Êx 36.3-7) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9. AS OFERTAS ALÇADAS 
8. RECOMPENSA AOS OFERTANTES 
78 
 
 
“Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há 
 liberdade.” (2 Co 3.17)
 
 
Há muitas referências bíblicas sobre o Espírito Santo, a terceira pessoa da 
trindade. Ele não é uma força, energia ou influência como querem alguns. 
Ele é o Criador de tudo, tem personalidade e possui todos os atributos que 
vimos no estudo número 2. Portanto o Espírito Santo é Deus! (Jo 4.24) 
 
Em Atos 5.4 vemos o apóstolo Pedro confrontando Ananias o qual tentou 
enganar a igreja. Vejamos como Pedro falou: “Disse, então, Pedro: Ananias, 
por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito 
Santo... Não mentiste aos homens, mas a Deus.” (At 5.3,4) O Espírito Santo 
é chamado assim porque não compactua com o pecado e também san-
tifica todos os que dão lugar a Ele pela obediência à Palavra de Deus. 
 
No início de nossos estudos vimos que o Espírito Santo, pela Palavra, nos 
convenceu do pecado, nos levou ao arrependimento, e assim recebemos a 
Cristo como Salvador. Este foi o nosso nascimento espiritual. Exatamente 
como Jesus havia dito a Nicodemos: “Na verdade, na verdade te digo que 
aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de 
Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é 
espírito.”(Jo 3.5,6) Na verdade o nosso espírito estava morto em pecados, 
mas foi vivificado pelo Espírito Santo. Restaurados espiritualmente temos 
agora comunhão com Deus. Desde então o Espírito Santo vem operando 
em nós uma progressiva separação do pecado através da obediência à 
Palavra. À medida que lhe damos lugar o nosso caráter é transformado à 
semelhança do caráter de Cristo. 
 
 
Há diversos nomes para o Espírito Santo na Bíblia. Citaremos apenas 5 
deles com suas referencias bíblicas: 
 
2.1 Espírito de Deus: 
"E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e 
o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas." (Gn 1.2); 
O Espírito Santo 11 Estudo 
2. ALGUNS NOMES DO ESPÍRITO SANTO NA BÍBLIA 
1. QUEM É O ESPÍRITO SANTO 
79 
 
“O Espírito de Deus me fez; e a inspiração do Todo-Poderoso me deu 
vida.” (Jó 33.4); 
 
"E o Espírito de Deus o encheu de sabedoria, entendimento, ciência em 
todo o artifício." (Êx 35.31); 
 
"Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos 
de Deus." (Rm 8.14) 
 
2.2 Espírito de Cristo: 
“Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de 
Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal 
não é dele.” (Rm 8.9); 
 
“Indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, 
que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos 
que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir.” (1 Pe 
1.11) 
 
2.3 Consolador: 
Do grego “paracletos” – significa alguém chamado para ficar ao lado de 
outrem para ajudá-lo sempre que for necessário: "E eu rogarei ao Pai, e 
ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre." 
(Jo 14.16); "Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos 
hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele 
testificará de mim." (Jo 15.26) 
 
2.4 Espírito da Verdade: 
"O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê 
nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará 
em vós." (Jo 14.17); 
 
“Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do 
Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em 
santificação do Espírito, e fé da verdade.” (2 Ts 2.13) 
 
 
80 
 
2.5 Espírito de Sabedoria e Revelação: 
“E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o espírito de sabedoria e de 
entendimento, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de 
conhecimento e de temor do Senhor.” (Is 11.2); 
 
“Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em 
seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação.” (Ef 1.17); 
 
“E Josué, filho de Num, foi cheio do espíritode sabedoria, porquanto 
Moisés tinha posto sobre ele as suas mãos; assim os filhos de Israel lhe 
deram ouvidos, e fizeram como o Senhor ordenara a Moisés.” (Dt 34.9) 
 
 
Jesus falou sobre a missão do Espírito Santo: “E, quando ele vier, con-
vencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.” (Jo 16.8) O Espírito 
Santo age na vida pecador apenas para convencê-lo de seu estado de 
perdição. Ao se converter o Espírito passa a atuar nele para guiá-lo 
através da Palavra. Mas por que o Espírito Santo não pode guiar uma 
pessoa antes de se converter? Em 1 Coríntios 2.14 temos a resposta: 
“Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, 
porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se 
discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e 
ele de ninguém é discernido.” 
 
3.1 O espírito que atua no mundo é o espírito do erro: 
Em 1 João 4.6 lemos assim: “Nós somos de Deus; aquele que conhece a 
Deus ouve-nos; aquele que não é de Deus não nos ouve. Nisto conhe-
cemos nós o espírito da verdade e o espírito do erro.” Então não pode 
haver revelação de Deus em quem insiste em viver no pecado. Em 
Provérbios 1.23 Deus diz: “Convertei-vos pela minha repreensão; pois 
eis que vos derramarei abundantemente do meu espírito e vos farei 
saber as minhas palavras.” 
 
De fato, a santificação do Espírito ocorre quando Ele nos convence de 
pecados que precisam ser abandonados. Quem não é submisso à voz do 
Espírito Santo como pode ter a sua vida transformada por Deus? O mundo 
não deseja a separação do pecado. Por isso a Bíblia diz: “O Espírito de 
3. AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NO HOMEM NATURAL 
81 
 
verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; 
mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.” (Jo 14.17) 
Vejamos ainda em 1 Coríntios 2.12 como é totalmente diferente em 
relação ao crente: "Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o 
Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é 
dado gratuitamente por Deus." (1 Co 2.12)Que privilégio! 
 
 
Já vimos que, quando cremos para a salvação, o Espírito Santo veio habitar 
em nós a fim de nos preparar para o encontro com Cristo. Deus nos 
separou do mundo e nos selou com Seu Espírito para essa finalidade. 
Observe: “...Depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da 
vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito 
Santo da promessa. O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da 
possessão adquirida, para louvor da sua glória.” (Ef 1.13,14)Alguns 
textos sobre a atuação do Espírito em nós: 
 
4.1 O Espirito Santo nos purifica: 
“Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do 
Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em 
santificação do Espírito, e fé da verdade.” (2 Ts 2.13) 
 
“...Dando-lhes o Espírito Santo, assim como também a nós e não fez 
diferença alguma entre eles e nós, purificando os seus corações pela fé.” 
(At 15.8,9). 
 
“Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, 
para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos 
sejam multiplicadas.” (1 Pe 1.2) 
 
“Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santifi-
cação. Portanto, quem despreza isto não despreza ao homem, mas sim a 
Deus, que nos deu também o seu Espírito Santo.” (1 Ts 4.7,8). 
 
4.2 O Espirito Santo se identifica conosco: 
“E aquele que guarda os seus mandamentos nele está, e ele nele. E nisto 
conhecemos que ele está em nós, pelo Espírito que nos tem dado.” (1 Jo 
3.24); 
4. AÇÃO DO ESPÍRITO NO HOMEM SALVO 
82 
 
4.3 O Espírito Santo nos ajuda na oração: 
“E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; 
porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o 
mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.” (Rm 
8.26) 
 
4.4 Pelo Espirito experimentamos o amor de Deus: 
“E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está 
derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.” 
(Rm 5.5) 
 
4.5 O Espírito nos fortalece e nos transforma diariamente: 
“Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a 
glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma 
imagem, como pelo Espírito do Senhor.” (2 Co 3.18) 
 
4.6 O Espírito nos faz compreender as Escrituras: 
“Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu 
nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo 
quanto vos tenho dito.” (Jo 14.26); “Mas Deus no-las revelou pelo seu 
Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de 
Deus.” (1 Co 2.10); “As quais também falamos, não com palavras de 
sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as 
coisas espirituais com as espirituais.” (1 Co 2.13) 
 
 
5.1 O Espírito Santo não nos controla! 
Deus nos criou seres morais com capacidade de escolha, sendo assim o 
Espírito Santo respeita nossa vontade, por isso não nos controla para o 
obedecermos à força. A Bíblia declara que Ele nos guia na verdade: 
“Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos 
de Deus.” (Rm 8.14). Veja mais alguns textos: “Esta é a palavra do 
Senhor a Zorobabel, dizendo: Não por força nem por violência, mas sim 
pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos.” (Zc 4.6); “Mas, quando 
vier aquele, o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; 
porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos 
anunciará o que há de vir.” (Jo 16.13) 
5. O ESPÍRITO SANTO E A NOSSA VONTADE 
83 
 
 
Como vimos o Espírito Santo tem personalidade, portanto ele tem von-
tade própria, se alegra, se entristece, sente ciúmes, etc. Vejamos: 
 
6.1 Ele se entristece: “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual 
estais selados para o dia da redenção.” (Ef 4.30) 
 
6.2 Ele sente ciúmes: Ele nos quer sempre separados do pecado: “Ou 
cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem 
ciúmes?” (Tg 4.5) 
 
6.3 Ele ordena: “E disse o Espírito a Filipe: Chega-te, e ajunta-te a esse 
carro.” (At 8.29); “E, pensando Pedro naquela visão, disse-lhe o Espírito: 
Eis que três homens te buscam. Levanta-te pois, desce, e vai com eles, não 
duvidando; porque eu os enviei.” (At 10.19,20) 
 
6.4 Ele testifica de Cristo e glorifica-o: “Mas aquele Consolador, o 
Espírito Santo, que o Pai enviará em meu no-me, esse vos ensinará todas as 
coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.” (Jo 14.26); “Mas, 
quando vier aquele, o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a 
verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, 
e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do 
que é meu, e vo-lo há de anunciar.” (Jo 16.13,14) 
 
6.5 Ele inspira (Ele inspirou os escritores da Bíblia): “Porque a pro-
fecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens 
santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” (2 Pe 1.21) 
 
6.6 Ele move pessoas para determinadas tarefas: “E o Senhor susci-
tou o espírito de Zorobabel, filho de Sealtiel, governador de Judá, e o 
espírito de Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote, e o espírito de todo 
o restante do povo, e eles vieram, e fizeram a obra na casa do Senhor dos 
Exércitos, seu Deus.” (Ag 1.14) 
 
6.7 Ele prova que somos filhos de Deus: “O mesmo Espírito testifica com 
o nosso espírito que somos filhos de Deus.” (Rm 8.16); E, porque sois filhos, 
Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, 
Pai.” (Gl 4.6) 
6. A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO 
84 
 
 
7.1 Ele edifica e consola a igreja: “Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, 
e Galiléia e Samaria tinham paz, e eram edificadas; e se multiplicavam, 
andando notemor do Senhor e consolação do Espírito Santo.” (At 9.31) Em 
apocalipse aparece sete vezes a expressão “quem tem ouvidos ouça o que o 
Espírito diz às igrejas” (Ap 2.7; 11, 17, 29; 3.6, 13, 22). 
 
7.2 Ele dirige a obra missionária: “E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, 
disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os 
tenho chamado. Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os 
despediram. E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a 
Selêucia e dali navegaram para Chipre.” (At 13.1-4) 
 
Na Bíblia há diversos símbolos do Espírito Santo. Cada um deles nos 
ensina diferentes aspectos de sua natureza. 
 
 
8.1 Fogo: (ardor): Refere-se a limpeza, purificação, zelo ardente (Êx 
13.21; Is 4.4; Jr 20.9; Mt 3.11,12; At 2.3; 1 Ts 5.19; Hb 12.29) 
 
8.2 Vento: Simboliza independência e sua obra regeneradora. (Gn 2.7; 
Ez 37.9; Jo 3.8; Jo 20.22; At 2.2) 
 
8.3 Água: Inunda a alma purificando-a, refrescando-a, saciando-a. Esta 
fonte também nos torna frutíferos. (Is 44.3; Ez 36.25-27; 47.1-12; Jl 
2.23; Jo 3.5; 4.14; 7.39) 
8.4 Selo: Indica propriedade de Jesus para conservá-lo até a sua volta. (2 
Co 1.22; 5.5; Ef 1.13; 4.30; Ap 7.2,3) 
 
8.5 Óleo: No Antigo Testamento era usado para consagrar reis e sacer-
dotes em Israel. (Êx 30.30,31;1 Sm 16.13; 1 Rs 1.39; Sl 133.1,2; 45.7) Ser 
ungido significa ser revestido de autoridade de Deus para determinada 
tarefa espiritual ou secular. No Novo Testamento a consagração de 
obreiros é feita pela imposição de mãos. (At 6.6; 13.3) Também usado 
para outras finalidades: (Mc 6.13; Tg 5.14) 
 
7. A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NA IGREJA 
8. SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO 
85 
 
8.6 Pomba: Lembra brandura, amabilidade, doçura, simplicidade e paz. 
(Mt 3.16; Mc 1.41; Lc 3.22; Jo 1.32) 
 
Observação: 
A Bíblia diz que nosso corpo é muito mais que um símbolo, é o santuário 
do Espírito Santo: Em 1 Coríntios 6.19 lemos também: “Ou não sabeis 
que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, 
proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?” 
 
Em Efésios 2.20-22 lemos também: “Edificados sobre o fundamento dos 
apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da 
esquina, no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo 
no Senhor. No qual também vós juntamente sois edificados para morada 
de Deus em Espírito.” 
 
Em nosso próximo estudo veremos o resultado da ação do Espírito Santo 
em nós quando permitimos que molde o nosso estilo de vida mediante a 
obediência à Palavra. Em nós então, é gerado o fruto do Espírito santo, 
pelo qual o mundo identifica os verdadeiros discípulos de Cristo e assim o 
Seu nome é glorificado na terra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
86 
 
 
"Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor 
 de Deus." (Fp 1.11)
 
 
Fomos criados à imagem e semelhança de Deus, para sua glória, mas pela 
queda de Adão e Eva o pecado danificou seriamente a Sua imagem em nós, 
e assim viemos a produzir as obras da carne descritas em Gálatas 5.19-21. 
Pelo novo nascimento a imagem de Deus é restaurada em nós. Em 
Colossenses 3.7-10 é dito que já nos despimos do velho homem com os 
seus feitos, e nos vestimos do novo, que se renova para o conhecimento, 
segundo a imagem daquele que o criou. Em Filipenses 1.6 temos outra 
promessa neste sentido: “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em 
vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo.” Em 2 
Coríntios 3.18 lemos também: “Mas todos nós, com rosto descoberto, 
refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de 
glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.” O 
agente desta mudança interna é o Espírito Santo! Ele produz o fruto o 
qual nos identifica como autênticos discípulos de Cristo. Em Gálatas 
5.22 lemos: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimida-
de, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.” Jesus falou ainda 
sobre diferentes níveis de frutificação: fruto (Jo 15.2a); mais fruto (Jo 
15.2b); muito fruto (Jo 15.5,8) e o fruto permanente (João 15.16) 
 
 
Provavelmente você conhece pessoas que não são crentes, mas quase 
sempre estão de bom humor, são pacientes, bondosas, etc. A alegria que 
exibem é o gozo da salvação? Não. O amor que demonstram limita-se ao 
bem-estar na terra e nada sabem sobre a eternidade com Cristo. Muitas 
obras que realizam são atribuídas ao “eu.” Já as virtudes na vida do salvo 
são de origem no Espírito Santo, resultado (fruto) de seu relacionamento 
com Deus. Em Filipenses 1.10,11 lemos: “Para que aproveis as coisas 
excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de 
Cristo; cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e 
louvor de Deus.” 
 
 
2. TODAS AS VIRTUDES SÃO DO FRUTO DO ESPÍRITO? 
1. CRIADOS PARA A GLÓRIA DE DEUS 
 O Fruto do Espírito Santo 12 Estudo 
87 
 
 
O amor, fruto do Espírito não surge apenas em boas circunstâncias. Jesus 
disse a seus discípulos: “Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos 
maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e 
vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; 
porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça 
sobre justos e injustos. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão 
tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?” (Mt 5.44-46) Este 
ensino parece loucura para os que não tem fé na Palavra, mas para os que 
amam a Cristo obedecendo-o dão fruto pelo qual o nome de Cristo é 
glorificado na terra. É no meio deste mundo de trevas espirituais que a luz 
de Cristo deve brilhar em nós, ou seja, que o fruto seja manifestado. 
 
 
1. Amor 
A palavra amor em grego tem vários significados, neste caso é ágape, o 
amor divino para com a humanidade perdida. Trata-se de um amor 
imutável, sacrificial, espontâneo, tão profundo que não há palavras para 
descrevê-lo. Uma passagem bíblica bem conhecida que expressa este 
amor é João 3.16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o 
seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas 
tenha a vida eterna.” Após a nossa conversão Deus derramou também este 
amor em nossos corações! (Rm 5.5). Em 1 João 4.7,8 lemos: “Amados, 
amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama 
é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a 
Deus; porque Deus é amor.” O amor de Deus é tão profundo que, através 
dele, podemos amar até os inimigos. (Mt 5.46,48; Cl 3.14) Este amor se 
revela em várias virtudes conforme vimos em Gálatas 5.22. 
Examinaremos de forma sucinta o fruto do Espirito Santo: 
 
2. Alegria 
Em algumas versões bíblicas aparece como gozo, regozijo. É o amor 
exultante. Uma alegria resultante da convicção da salvação e herança na 
glória. Em Judas 1.24 lemos: “Ora, àquele que é poderoso para vos 
guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, 
perante a sua glória.” Esta alegria não depende de circunstâncias, ela se 
manifesta inclusive em tribulações, adversidades e nas perseguições. 
4. COMO A BÍBLIA DESCREVE O FRUTO DO ESPÍRITO 
3. COMO O FRUTO DO ESPÍRITO SANTO SE EVIDENCIA 
88 
 
Provavelmente você já ouviu sobre perseguições que muitos crentes so-
frem em países hostis ao evangelho. Como eles conseguem permanecer 
fiéis e alegres até a morte? Esta alegria é incompreensível para o mundo! 
Vejamos na Bíblia, alguns exemplos de como os discípulos lidavam com as 
tribulações. Em Atos 5.41 lemos: "Retiraram-se, pois, da presença do 
conselho, regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer afron-
ta pelo nome de Jesus." Observe o que o Paulo disse sobre este assunto: 
“Palavra fiel é esta: que, se morrermos com ele, também com ele vivere-
mos; se sofrermos,também com ele reinaremos; se o negarmos, também 
ele nos negará. Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a 
si mesmo.” Aos romanos Paulo disse: “Porque para mim tenho por certo 
que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória 
que em nós há de ser revelada.” (Rm 8.18) Paulo também escreveu aos 
coríntios: “Grande é a ousadia da minha fala para convosco, e grande a 
minha jactância a respeito de vós; estou cheio de consolação; transbordo 
de gozo em todas as nossas tribulações.” (2 Co 7.4) Foi assim que o 
evangelho foi espalhado pelo mundo e chegou até nós! Enquanto os discí-
pulos anunciavam a Palavra de Deus o Espírito Santo produzia neles uma 
alegria radiante. Em Atos 13.49-52 lemos: “E a palavra do Senhor se 
divulgava por toda aquela província. Mas os judeus incitaram algumas 
mulheres religiosas e honestas, e os principais da cidade, e levantaram 
perseguição contra Paulo e Barnabé, e os lançaram fora dos seus termos. 
Sacudindo, porém, contra eles o pó dos seus pés, partiram para Icônio. E os 
discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo.” 
 
3. Paz 
A paz do mundo é ilusória. Somente Jesus oferece a verdadeira paz. Ele 
disse: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo 
a dá.” (Jo 14.27a) A paz de Cristo é uma tranquilidade íntima e perfeita, 
independente de circunstâncias. É o resultado de um correto 
relacionamento com Deus. A paz de Cristo é desfrutada em dois sentidos: 
Paz com Deus e paz com o próximo. Vejamos: 
 
3.1 A Paz com Deus 
A Bíblia diz que antes de confessarmos a Cristo como Salvador éramos 
inimigos de Deus! Está escrito: "Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que 
a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que 
89 
 
quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus." (Tg 4.4) 
Mediante a nossa conversão fomos reconciliados e justificados em Cristo, 
e assim a paz se tornou real. Em Romanos 5.1 lemos: "Tendo sido, pois, 
justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo." 
No verso dez lemos também: "Porque se nós, sendo inimigos, fomos 
reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já 
reconciliados, seremos salvos pela sua vida." 
 
a) A paz de Cristo só é real mediante a certeza da salvação: Quando 
estávamos no mundo, (sem crer na mensagem do evangelho) éramos 
cegos para as coisas espirituais. Em 2 Coríntios 4.4 lemos: “o deus deste 
século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não res-
plandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.” 
Logo vivendo de forma mundana não havia como ter certeza de salvação. 
A falta de certeza gera o medo e este a falta de paz. Imagine uma pessoa 
que não tem certeza para onde vai após a morte física... Imagine uma 
pessoa que não sabe nada acerca do arrebatamento e da ira divina que há 
de vir? Tal pessoa acredita em tudo, menos na Palavra de Deus! É por isso 
que a Bíblia diz em Isaias 48.22: “Mas os ímpios não têm paz, diz o 
Senhor.” Mais uma vez em Isaias 57.20,21 lemos: “Mas os ímpios são como 
o mar bravo, porque não se pode aquietar, e as suas águas lançam de si 
lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus.” 
 
A paz do crente em relação à eternidade: Não há subterfúgios: a 
verdadeira paz consiste na certeza da salvação. Em 2 Pe 3.13,14 lemos: 
“Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, 
em que habita a justiça. Por isso, amados, aguardando estas coisas, 
procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz.” 
Então todos precisam de Jesus Cristo, o príncipe da Paz. (Is 9.6,7) 
 
3.2 A Paz com o próximo: A vida no estilo mundano envolve inimizade 
não somente com Deus, mas também com o próximo! Em Tito 3.3-5 ve-
mos claramente a nossa situação antes de termos paz com Deus: “Porque 
também nós éramos noutro tempo insensatos, desobedientes, extravia-
dos, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e 
inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros, mas quando apareceu a 
benignidade e amor de Deus, nosso Salvador, para com os homens, não 
90 
 
pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua 
misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do 
Espírito Santo.” 
 
Os meios da paz: 
a) Perdoar: Está escrito: “Antes sede uns para com os outros benignos, 
misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos 
perdoou em Cristo. Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e 
andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo 
por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.” (Ef 4.32, 5.1,2) 
 
Entregar a vida a Cristo significa entregar tudo, inclusive os inimigos (se 
houver). A vingança pertence a Deus. Mesmo tendo sido injustiçados 
entreguemos tudo a Deus. Em Romanos 12.17-19 lemos: “A ninguém 
torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os ho-
mens. Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os 
homens. Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, 
porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor.” 
Isto é uma questão de fé na Palavra! Está escrito: “Entrega o teu caminho 
ao Senhor; confia nele, e ele o fará. E ele fará sobressair a tua justiça como 
a luz, e o teu juízo como o meio-dia. Descansa no Senhor, e espera nele; 
não te indignes por causa daquele que prospera em seu caminho, por 
causa do homem que executa astutos intentos.” (Sl 37.5-7) Devemos 
deixar tudo com Deus porque somente Ele sabe vingar com a reta justiça. 
Complicaremos muito mais a situação se tomarmos o lugar de Deus. Bom, 
e se outros quiserem se vingar de mim? Igualmente Deus nos protege. Em 
Salmos 7.10 lemos: "Deus é o meu escudo. Ele salva os retos de coração." 
Em Provérbios 16.7 lemos também: “Sendo os caminhos do homem agra-
dáveis ao Senhor, até a seus inimigos faz que tenham paz com ele.” 
 
b) Pedir perdão: Já vimos que, a quem nos ofendeu devemos perdoar 
(Mc 11.25). A quem ofendemos temos que pedir perdão e em alguns casos 
até fazer restituições. (Lc 19.8) Os mandamentos visam uma vida de paz, 
sem ressentimentos. Em Mateus 6.14 Jesus diz: “Porque, se perdoardes 
aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a 
vós; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também 
vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.” Em fim a Bíblia diz: “Segui 
91 
 
a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor; 
tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que 
nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se 
contaminem.” (Hb 12.14,15) A paz é o amor em repouso. 
 
4. Longanimidade 
É o amor que suporta com paciência. 
4.1 A longanimidade em relação à igreja: Em nosso terceiro estudo 
vimos que a longanimidade é um dos atributos de Deus. Salmos 103.8 diz: 
“Misericordioso e piedoso é o Senhor; longânimo e grande em benigni-
dade.” A longanimidade deve ser evidenciada na vida cristã. Paulo disse 
aos efésios: “Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é 
digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e 
mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, 
procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.” (Ef 4.1-3) 
 
OBS: Ser longânimo é prova de maturidade! Em Romanos 14.1,2 
lemos: “Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos 
fracos, e não agradar a nós mesmos. Portanto cada um de nós agrade ao 
seu próximo no que é bom para edificação.” Paulo escreveu aos 
colossenses: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de 
entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, 
longanimidade; suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos 
outros, se alguém tiver queixa contra outro; assimcomo Cristo vos 
perdoou, assim fazei vós também. e, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, 
que é o vínculo da perfeição.” (Cl 3.12-14) 
 
4.2 A longanimidade em relação ao mundo: Implica em suportar toda 
falta de cortesia e amabilidade. O mundo está cheio de pessoas agressivas 
que precisam ser amadas. Como alguém que nunca recebeu amor mani-
festaria o amor? Vejamos: Jesus e seus discípulos, certa vez foram mal 
recebidos em Samaria e os discípulos logo disseram a Jesus: “Senhor, que-
res que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também 
fez? Voltando-se, porém, repreendeu-os, e disse: Vós não sabeis de que 
espírito sois. Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas 
dos homens, mas para salvá-las. E foram para outra aldeia.” (Lc 9.54-56). 
 
92 
 
5. Benignidade 
Implica em falar a verdade em amor em um ambiente de irritação e 
arrogância. O Espírito trabalha em nosso coração ensinando-nos a tratar a 
todos com cortesia, polidez e atenção, não respondendo de acordo com a 
ofensa recebida. Ser amável é fundamental para evitar o rompimento das 
relações sociais e poder testemunhar da salvação. Jesus nos deu exemplos 
de benignidade: Ao iniciar uma conversa com uma samaritana, vemos que 
ela lhe respondeu com certa arrogância: “Disse-lhe, pois, a mulher 
samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou 
mulher samaritana?” (Jo 4.9) Pelo amável tratamento que recebeu ela 
reconheceu que Ele era profeta e finalmente Ele se declarou a ela como o 
Messias e assim ela foi salva. Em Efésios 4.31,32 lemos sobre o valor da 
benignidade: “Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e 
toda a malícia sejam tiradas dentre vós. Antes sede uns para com os 
outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como 
também Deus vos perdoou em Cristo.” 
 
6. Bondade 
Além da cordialidade que as pessoas precisam, precisamos exercitar a 
prática do bem. Significa amenizar o sofrimento do próximo mediante a 
generosidade. Em Gálatas 6.9,10 lemos: “E não nos cansemos de fazer 
bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido. 
Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente 
aos domésticos da fé.” Todos nós podemos exercitar a bondade. Tiago 
criticou a falta desta virtude na igreja: “E, se o irmão ou a irmã estiverem 
nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano, e algum de vós lhes disser: 
Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas 
necessárias para o corpo, que proveito virá daí?” (Tg 2.15) No capítulo 4 
verso 17 temos a conclusão: "Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o 
faz, comete pecado." A bondade é o amor em ação.” 
 
7. Fé (fidelidade) 
No estudo número seis vimos que a fé é a plena confiança na Palavra de 
Deus. A fé como fruto do Espírito é a prática da fidelidade. Por esta virtude 
o crente se mantém fiel a Deus em quaisquer circunstâncias. Jesus disse: 
"Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não; porque o que passa disto é 
de procedência maligna." (Mt 5.37) Esta virtude é manifestada em nossos 
93 
 
compromissos: pontualidade (igreja, trabalho, escola, etc), nos dízimos, 
ofertas, contratos, casamento, etc. Esta virtude classifica o crente como 
alguém confiável, um cidadão do céu. Em Salmos 101.6,7 Deus nos diz: “Os 
meus olhos procurarão os fiéis da terra, para que estejam comigo; o que 
anda num caminho reto, esse me servirá. O que usa de engano não ficará 
dentro da minha casa; o que fala mentiras não estará firme perante os 
meus olhos.” Jesus destacou a essência da fidelidade: “Quem é fiel no 
mínimo, também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo, também é 
injusto no muito.” (Lc 16.10) Ele contou diversas parábolas sobre esta 
virtude. Em Mateus 25.21 lemos um trecho de uma delas: “E o seu senhor 
lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito 
te colocarei; entra no gozo do teu senhor.” 
 
Descobrimos se somos fieis quando somos desafiados à infidelidade, 
principalmente quando estamos a sós. A fidelidade do crente leva em 
conta os atributos de Deus, como a sua a onipresença, justiça e fidelidade. 
Em Apocalipse 2.10 Jesus diz: “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da 
vida." Entre muitos personagens bíblicos, o profeta Daniel é um exemplo 
de fidelidade na perseguição. Em Dn 6.4 lemos: "Então os presidentes e os 
príncipes procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; 
mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque ele era fiel, e não 
se achava nele nenhum erro nem culpa." 
 
8. Mansidão 
Jesus disse: "Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra." 
(Mt 5.5) Esta virtude é a solução de Deus para não reagirmos contra 
agressões, invejas, maledicências, conquista pela força, violência, etc. A 
defesa do crente fiel está em Deus que é o nosso escudo. O objetivo da 
mansidão é o livramento de uma possível vingança! Quantas pessoas 
vagueiam no mundo sem descanso algum por que se vingaram ou 
reagiram à alguma agressão? Moisés teve essa experiência. Antes de 
liderar Israel ele cometeu um crime tentando resolver um conflito entre 
irmãos. A partir daí ele passou a ser perseguido. (Veja Êxodo 2.11-15) 
Tempos depois, já convertido, Moisés tornou-se manso! Em Números 12.3 
lemos sobre ele: “E era o homem Moisés mui manso, mais do que todos os 
homens que havia sobre a terra.” 
 
94 
 
Jesus é o nosso maior exemplo de mansidão. Ele se conservou manso 
diante de seus perseguidores. Na noite em que foi traído inclusive curou a 
orelha do servo do sumo sacerdote que fazia parte dos que tinha ido 
prendê-lo: “E eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, 
puxou da espada e, ferindo o servo do sumo sacerdote, cortou-lhe uma 
orelha. Então Jesus disse-lhe: Embainha a tua espada; porque todos os que 
lançarem mão da espada, à espada morrerão. Ou pensas tu que eu não 
poderia agora orar a meu Pai, e que ele não me daria mais de doze legiões 
de anjos?” (Mt 26.51-53) 
 
A mansidão é o amor submisso a Deus. No texto acima podemos ver que 
Jesus deu um grande livramento a Pedro! Se Jesus não tivesse curando a 
orelha do servo, Pedro seria duramente perseguido. Pedro ouvira o que 
Jesus havia dito: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; 
e encontrareis descanso para as vossas almas." (Mt 11.29), mas ele ainda 
era carnal e não pôs em prática este ensinamento. Em fim, a mansidão é 
confiar que tudo está no controle de Deus. Esta virtude leva em conta a 
soberania, a bondade e a fidelidade de Deus. Se Jesus quisesse ser livre 
naquela noite bastaria orar a Deus e os anjos estavam prontos para livrá-
lo! Em Salmos 46.10,11 lemos: “Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; 
serei exaltado entre os gentios; serei exaltado sobre a terra. O Senhor dos 
Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.” Deus batalha por 
nós! O Espírito Santo fez o apóstolo Paulo compreender que não temos 
que lutar fisicamente, pois por traz destas lutas está satanás! Então nada 
mais eficiente que combater o mal em sua origem. 
 
Usemos as armaduras de Deus descritas em Efésios 6.12-13: “Porque não 
temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, 
contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as 
hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda 
a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito 
tudo, ficar firmes.” Mansos, portanto são os que escolhem o caminho da 
paz, por causa das promessas de Deus: "E ao servo do Senhor não convém 
contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, 
sofredor." (2 Tm 2.24) 
 
 
95 
 
9. Temperança (Domínio próprio) 
Em nosso estudo número nove aprendemos que o Espírito Santo não nos 
controla, mas guia-nos na verdade. Para que não sejamos vencidos pelas 
paixõesdo velho homem o Espírito Santo nos capacita com o domínio 
próprio, uma espécie de freio para nos livrar da queda. De vez em quando 
as velhas paixões e coisas ilícitas batem à porta de nosso coração (1 Co 
10.13; 2 Pe 2.9) mas por essa virtude o crente avalia e reconhece que a 
vontade de Deus é mais importante e assim ele sai vitorioso. Esta 
virtude visa nos aperfeiçoar em santidade. Até mesmo diante de algo 
lícito, temos prudência para detectar se tal ação vai glorificar ou não a 
Cristo! Paulo escreveu aos coríntios: “Todas as coisas me são lícitas, mas 
nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me 
deixarei dominar por nenhuma.” (1 Co 6.12) O domínio próprio é o amor 
que disciplina a vida cristã. 
 
 
Deus é santo. Para o homem sujeito ao pecado seria difícil cumprir a Lei 
de Deus. No Antigo Testamento o homem frequentemente tropeçava em 
muitos pontos da Lei, mas em nosso tempo (Nova Aliança) podemos 
cumpri-la em Cristo, pois Ele a cumpriu por nós! Em Mateus 5.17 Jesus 
disse: “Não penseis que vim para revogar a lei ou os profetas: não vim 
para revogar, mas para cumprir.” (Mt 5.17). Esse cumprimento se dá 
exercitando o amor. Em Romanos 13.9-10 lemos assim: “Com efeito: 
Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, 
não cobiçarás; e se há algum outro mandamento, tudo nesta palavra se 
resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. O amor não faz mal 
ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor.” 
 
Graças a Deus a semente do amor de Deus já foi plantada em nós e ela 
segue frutificando mediante a obediência à Palavra. Em João 15.3,4 Jesus 
disse: “Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado. Estai em 
mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não 
estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim.” O desejo 
de Deus é que sejamos maduros na fé produzindo o fruto do Espírito 
Santo para a glória de Deus. O resultado é que desfrutaremos uma 
contínua alegria celestial. Amém. 
 
5. A LEI E O FRUTO DO ESPÍRITO SANTO 
96 
 
 
“Ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo.” (Mt 3.11) 
 
 
Vimos que a primeira obra do Espírito Santo no homem é convencê-lo do 
pecado, em seguida pela obediência à Palavra o fruto do Espírito é 
manifestado, evidenciando a sua conversão, mas a obra do Espírito Santo 
continua: para completar a missão de glorificar a Cristo no mundo, Deus 
pôs à nossa disposição o batismo no Espírito Santo! Trata-se de um 
revestimento de poder, através do qual somos habilitados a executar a obra 
de Deus com poder e ousadia. A palavra batismo, já sabemos, vem do 
grego baptismós e significa imersão. Neste caso o crente é totalmente 
envolvido, imerso na plenitude do Espírito Santo. É mais uma operação da 
graça de Deus. O batismo no Espírito Santo é uma promessa de Deus para 
qualquer crente, em qualquer época, em qualquer lugar. Vejamos de 
sucintamente alguns textos evidentes sobre o batismo no Espírito Santo: 
 
1.1 No cenáculo: 
“E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no 
mesmo lugar; e de repente veio do céu um som, como de um vento 
veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam 
assentados, e foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, 
as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do 
Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito 
Santo lhes concedia que falassem.” (At 2.1-4) 
 
1.2 Na casa de Cornélio: 
“A este dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nele 
crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome. E, dizendo Pedro 
ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a 
palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo 
com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se 
derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar línguas, e 
magnificar a Deus.” (At 10.43-46) 
 
 
 
 O Batismo no Espírito Santo 13 Estudo 
1. O REVESTIMENTO DE PODER PARA TESTEMUNHAR 
97 
 
1.3 Em Samaria: 
“Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria 
recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João. Os quais, tendo 
descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo (Porque 
sobre nenhum deles tinha ainda descido; mas somente eram batizados em 
nome do Senhor Jesus). Então lhes impuseram as mãos, e receberam o 
Espírito Santo.” (Atos 8.14-17) 
 
Antes do Pentecostes, o Espírito Santo já havia descido na vida de várias 
pessoas como João Batista (Lc 1.15), Isabel (Lc 1.41), Zacarias (Lc 1.67) e 
Simeão (Lc 2.25). Entretanto não existe nenhum registro de que eles 
tenham falado línguas, mas no dia de Pentecostes, o derramamento do 
Espírito Santo foi acompanhado de um sinal audível: Em Atos 2.4 lemos: 
“E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras 
línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” 
 
 
2.1 Evangelizar com ousadia, poder e autoridade: 
Jesus disse: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir 
sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a 
Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.” (At 1.8) Também em Atos 
4.31 lemos: “E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e 
todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra 
de Deus.” 
 
2.2 Dar visão acerca dos perdidos: 
“E Paulo teve de noite uma visão, em que se apresentou um homem da 
Macedônia, e lhe rogou, dizendo: Passa à Macedônia, e ajuda-nos. E, logo 
depois desta visão, procuramos partir para a Macedônia, concluindo que 
o Senhor nos chamava para lhes anunciarmos o evangelho.” (At 16.9,10); 
“E disse o Senhor em visão a Paulo: Não temas, mas fala, e não te cales; 
Porque eu sou contigo, e ninguém lançará mão de ti para te fazer mal, 
pois tenho muito povo nesta cidade. E ficou ali um ano e seis meses, 
ensinando entre eles a palavra de Deus.” (At 18.9-11) 
 
 
 
2. FINALIDADES DO BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO 
98 
 
2.3 Proporcionar mais intimidade com Deus: 
“O que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo, mas o que 
profetiza edifica a igreja.” (1 Co 14.4); “E da mesma maneira também o 
Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos 
de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com 
gemidos inexprimíveis.” (Rm 8.26) 
 
2.4 Capacitar-nos a desbaratar o inimigo: 
“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em 
Deus para destruição das fortalezas; destruindo os conselhos, e toda a 
altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo 
todo o entendimento à obediência de Cristo.” (2 Co 10.4,5) 
 
 
Não há regras para se receber o batismo no Espírito Santo, mas pode-
mos observar algumas atitudes essenciais em relação a esta bênção: 
 
3.1 Perseverar em oração: 
Devemos incluí-lo em nossos pedidos diários como prioridade e 
perseverar nesta busca: “E, estando com eles, determinou-lhes que não 
se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, 
que (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com 
água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois 
destes dias.” (At 1.4,5) 
 
3.2 Obedecer a Palavra: 
“E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o 
Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem.” (At 5.32); 
 
3.3 Desejar (ter sede): 
“E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, 
dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, 
como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isto 
disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque 
o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido 
glorificado.” (Jo 7.37-39).3. SUGESTÕES PARA RECEBER O BATISMO 
99 
 
3.4 Buscar ardentemente: Disse Jesus: “Porque qualquer que pede 
recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á. E qual o pai de 
entre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, também, 
se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente? Ou, também, se lhe 
pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Pois se vós, sendo maus, sabeis 
dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o 
Espírito Santo àqueles que lho pedirem? (Lc 11.10-13) 
3.5 Confiar que vai receber: “E esta é a confiança que temos nele, que, 
se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve.” (1 Jo 
5.14); “Por isso vos digo que todas as coisas que pedirdes, orando, crede 
receber, e tê-las-eis.” (Mc 11.24); “Deleita-te também no Senhor, e te 
concederá os desejos do teu coração.” (Sl 37.4) Satanás sussurrará que 
você não vai ser batizado. Não creia, continue glorificando a Deus. Satanás 
é o pai da mentira. O Batismo com o Espírito é uma promessa de Deus 
para cada um de nós. “Porque derramarei água sobre o sedento, e rios 
sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e a 
minha bênção sobre os teus descendentes.” (Is 44.3) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
100 
 
 
“Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.” (1 
 Co 12.1)
Já vimos que o Espírito Santo além de atuar como agente da salvação, 
santificação, preparação para o serviço de Deus (revestimento de 
poder) ainda nos capacita com dons espirituais. (1 Co 14.1). Jesus deseja 
que sua igreja seja forte, sadia e impactante neste mundo perdido. Ele 
garantiu que faremos inclusive obras maiores que as que Ele fez! (Jo 
14.12) A palavra “dons” vem do grego “charismata”, derivada da palavra 
“charis” que significa “graça, presente.” Os dons são de grande valor e deve 
ser motivo de profunda gratidão. Ninguém é merecedor de dons, então não 
há de que nos gabar com algum status de superioridade. Os dons merecem 
um estudo especial a fim de evitar desordens na igreja que afete a sua 
unidade. Também não é correto dizer que temos este ou aquele dom, pois 
conforme 1 Coríntios 12.7 os dons são manifestados: “mas a manifestação 
do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.” 
 
 
a) Congregacional: (edificação, consolação e exortação [1 Co 14.1-4]). 
 
b) Individual: “O que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo, 
mas o que profetiza edifica a igreja.” (1 Co 14.4). 
 
Em 1 Coríntios 12.8-11 lemos sobre nove os dons do Espírito: “Porque a 
um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo 
Espírito, a palavra da ciência; e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a 
outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro a operação de 
maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíri-
tos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das lín-
guas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo 
particularmente a cada um como quer.” Os dons espirituais podem ser 
classificados assim: 
A. DONS DE REVELAÇÃO (SABER): palavra de sabedoria, palavra de 
ciência e discernimento de espíritos. 
B. DONS DE PODER (FAZER): fé, cura e operação de milagres. 
C. DONS DE INSPIRAÇÃO (FALAR): profecia, variedades de línguas. 
 
 
 Dons do Espírito Santo 14 Estudo 
1. CLASSIFICAÇÃO E PROPÓSITO DOS DONS ESPIRITUAIS 
101 
 
A. DONS DE REVELAÇÃO (SABER): 
1. Palavra de sabedoria: 
Não se trata de conhecimento humano ou inteligência. Em 1 Coríntios 
2.6-10 lemos: “Todavia falamos sabedoria entre os perfeitos; não, 
porém, a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que 
se aniquilam; mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a 
qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum 
dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca 
crucificariam ao Senhor da glória. Mas, como está escrito: As coisas que 
o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do 
homem, são as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las 
revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, 
ainda as profundezas de Deus.” É saber o que falar em determinada 
ocasião (solucionar um problema específico) É um fragmento da 
sabedoria divina compartilhada ao crente. 
 
Salomão pediu sabedoria a Deus. Em 1 Reis 3.16-28 vemos como ele 
identificou a verdadeira mãe de uma criança. O resultado foi este: “E todo 
o Israel ouviu o juízo que havia dado o rei, e temeu ao rei; porque viram 
que havia nele a sabedoria de Deus, para fazer justiça.” Em Gênesis 
41.38,39 lemos sobre a sabedoria de José: “E disse Faraó a seus servos: 
Acharíamos um homem como este em quem haja o espírito de Deus? 
Depois disse Faraó a José: Pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há 
tão entendido e sábio como tu.” Outro exemplo: Josué: (Veja Dt 34.9). 
 
2. Palavra de ciência (conhecimento): 
É uma revelação do que está acontecendo no momento que vai além do 
conhecimento humano. Não é adivinhação, e nem resultado de profundo 
conhecimento teológico. Por esse dom a igreja tem acesso a fatos a 
respeito de pessoas, circunstâncias e de verdades bíblicas. É a 
penetração na ciência de Deus. (Ef 3.3). Vejamos alguns exemplos: 
 
Na vida de Eliseu: No livro de 2 Reis relata o caso do rei da Assíria que 
suspeitou que havia um traidor no meio de seu povo: “Então se turbou com 
este incidente o coração do rei da Síria, chamou os seus servos, e lhes disse: 
Não me fareis saber quem dos nossos é pelo rei de Israel? E disse um dos 
servos: Não, ó rei meu senhor; mas o profeta Eliseu, que está em Israel, faz 
102 
 
saber ao rei de Israel as palavras que tu falas no teu quarto de dormir.” (2 
Reis 6.11,12) 
 
Na vida da Aías: Em 1 Reis 14.1-6 diz: “Naquele tempo adoeceu Abias, 
filho de Jeroboão. E disse Jeroboão à sua mulher: Levanta-te agora, e 
disfarça-te, para que não conheçam que és mulher de Jeroboão; e vai a 
Siló. Eis que lá está o profeta Aías, o qual falou de mim, que eu seria rei 
sobre este povo. E leva contigo dez pães, e bolos, e uma botija de mel, e vai 
a ele; ele te declarará o que há de suceder a este menino. E a mulher de 
Jeroboão assim fez, e se levantou, e foi a Siló, e entrou na casa de Aías; e já 
Aías não podia ver, porque os seus olhos estavam já escurecidos por causa 
da sua velhice. Porém o Senhor disse a Aías: Eis que a mulher de Jeroboão 
vem consultar-te sobre seu filho, porque está doente; assim e assim lhe 
falarás; porque há de ser que, entrando ela, fingirá ser outra. E sucedeu 
que, ouvindo Aías o ruído de seus pés, entrando ela pela porta, disse-lhe 
ele: Entra, mulher de Jeroboão; por que te disfarças assim? Pois eu sou 
enviado a ti com duras novas.” 
 
O dom da palavra de conhecimento ou ciência pode se manifestar por 
visão ou sonho (Os 12.10; Ob 1.1; At 10.9-20), voz do Espírito em nosso 
espírito (Jo 14.26; 16.13,14; Rm 8.16); voz audível (Ez 43.6; At 10.13-20), 
anjo (At 27.22-26; 8.26), Escrituras (Sl 119.18; At 1.15-23; 15.13-21), etc. 
 
Veja outros exemplos de manifestação do dom da ciência: 
Na vida de Jesus (Lc 5.22; 6.8; Jo 4.17,18; 11.11-14; 13.38); na vida do 
Apóstolo Paulo (At 18.9-10; 20.22,23; 20.29-31; 27.23-24); na vida de 
José (Gn 40.5-19; 41.1-36); Na vida de Eliseu (2 Rs 8.7-12); na vida de 
Daniel(Dn 2.19-45; 5); na vida de Pedro (Mt 16.16,17; At 5.1-11) 
 
3. Discernimento de espíritos: 
É uma percepção sobrenatural para identificar a natureza de uma 
atividade espiritual. É extremamente útil para proteger a igreja das 
imitações, enganos, falsificações e doutrinas de falsos mestres. Em 
Apocalipse 2.2 lemos sobre este dom na Igreja de Éfeso: “Conheço as tuas 
obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e 
pusesteà prova os que dizem ser apóstolos, e o não são, e tu os achaste 
mentirosos.” 
103 
 
Em suas viagens missionárias o apóstolo discerniu diversos espíritos 
enganadores. Em Atos 13.6-12 lemos: “E, havendo atravessado a ilha até 
Pafos, acharam um certo judeu mágico, falso profeta, chamado Barjesus, o 
qual estava com o procônsul Sérgio Paulo, homem prudente. Este, 
chamando a si Barnabé e Saulo, procurava muito ouvir a palavra de Deus, 
mas resistia-lhes Elimas, o encantador (porque assim se interpreta o seu 
nome), procurando apartar da fé o procônsul. Todavia Saulo, que também 
se chama Paulo, cheio do Espírito Santo, e fixando os olhos nele, disse: Ó 
filho do diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda 
a justiça, não cessarás de perturbar os retos caminhos do Senhor? Eis aí, 
pois, agora contra ti a mão do Senhor, e ficarás cego, sem ver o sol por 
algum tempo. E no mesmo instante a escuridão e as trevas caíram sobre 
ele e, andando à roda, buscava a quem o guiasse pela mão. Então o 
procônsul, vendo o que havia acontecido, creu, maravilhado da doutrina 
do Senhor.” Outros exemplos: O caso de Ananias e Safira (At 5.1-11); A 
libertação da jovem possessa (At 16.17,18), etc 
 
B. DONS DE PODER (FAZER): 
1. O dom da fé: No estudo número dois aprendemos sobre a fé 
salvadora expressa em Efésios 2.8,9 que vem ao se ouvir a Palavra (Rm 
10.17). No estudo número doze estudamos a fé como fidelidade (Fruto 
do Espírito) o qual se desenvolve na vida do crente para formação do 
caráter de Cristo em nós. Porém o dom da fé é expresso através de uma 
confiança inabalável em Deus para a operação de curas e milagres. A 
pessoa já considera o milagre como realizado. Esta fé dá uma grande 
conotação de autoridade diante de problemas. Veja alguns exemplos: 
 
Na vida de Moisés: Sobre a perseguição movida por Faraó contra Israel 
ao deixar o Egito. Moisés falou ao povo: “Não temais; estai quietos e 
vede o livramento do Senhor, que hoje vos fará; porque aos egípcios, 
que hoje vistes, nunca mais vereis para sempre. O Senhor pelejará por 
vós, e vos calareis” (Êx 14.13,14). 
 
a) Na vida de Josué: “Então Josué... disse na presença dos israelitas: Sol, 
detém-te em Gibeom, e tu, lua, no vale de Ajalom. E o sol se deteve, e a 
lua parou... (veja Josué 10.12-14) 
 
104 
 
a) Na vida de Elias: “E com aquelas pedras edificou o altar em nome do 
Senhor; depois fez um rego em redor do altar, segundo a largura de duas 
medidas de semente. Então armou a lenha, e dividiu o bezerro em pedaços, 
e o pôs sobre a lenha. E disse: Enchei de água quatro cântaros, e derramai-a 
sobre o holocausto e sobre a lenha. E disse: Fazei-o segunda vez; e o 
fizeram segunda vez. Disse ainda: Fazei-o terceira vez; e o fizeram terceira 
vez; de maneira que a água corria ao redor do altar; e até o rego ele encheu 
de água. Sucedeu que, no momento de ser oferecido o sacrifício da tarde, o 
profeta Elias se aproximou, e disse: Ó Senhor Deus de Abraão, de Isaque e 
de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu 
servo, e que conforme à tua palavra fiz todas estas coisas. Responde-me, 
Senhor, responde-me, para que este povo conheça que tu és o Senhor Deus, 
e que tu fizeste voltar o seu coração. Então caiu fogo do Senhor, e consumiu 
o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que 
estava no rego. O que vendo todo o povo, caíram sobre os seus rostos, e 
disseram: Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!” (1 Rs 18.32-33) 
 
Pessoas nas quais se manifestam este dom falam sempre em realizar gran-
des coisas para Deus; estão sempre otimistas, cheios de esperança, 
perseverantes, e acima de tudo convictas do poder de Deus expresso em 
sua Palavra. Sua fé contagia muita gente na igreja. Em Atos 11.24 lemos 
sobre Barnabé: “Porque era homem de bem e cheio do Espírito Santo e de 
fé. E muita gente se uniu ao Senhor.” 
 
2. Dons de Curar: 
A doença foi uma das consequências da entrada do pecado mundo. Mas 
todas as doenças podem ser curadas por Jesus. Ele é o Senhor que sara 
qualquer enfermidade. (Êx 15.26; Sl 103.3). É mediante o sacrifício de 
Jesus que obtemos a cura divina. Em Isaias 53.4 lemos: “Verdadeiramente 
ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre 
si...” Em Mateus 10.8 Jesus disse aos discípulos: “Curai os enfermos, 
limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de 
graça recebestes, de graça dai.” Dons de cura são manifestados no 
momento certo para a honra e a gloria do nome de Jesus. 
Apesar do avanço da medicina Deus continua curado para que todos 
tomem conhecimento de seu poder e sejam salvos. Em Atos 9.34,35 lemos 
assim: “E disse-lhe Pedro: Enéias, Jesus Cristo te dá saúde; levanta-te e 
105 
 
faze a tua cama. E logo se levantou. E viram-no todos os que habitavam em 
Lida e Sarona, os quais se converteram ao Senhor.” Jesus disse a Filipe, um 
de seus discípulos: “Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim; crede-me, 
ao menos, por causa das mesmas obras.” (Jo 14.11) Vejamos algumas 
manifestações de dons de curar: 
 
a) Na vida de Pedro: Em Atos 3.6 lemos: “E disse Pedro: Não tenho prata 
nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o 
Nazareno, levanta-te e anda.” Perguntado sobre este milagre Pedro 
respondeu: “E pela fé no seu nome fez o seu nome fortalecer a este que 
vedes e conheceis; sim, a fé que vem por ele, deu a este, na presença de 
todos vós, esta perfeita saúde.” (At 3.16) 
 
b) Na vida de Filipe, o evangelista: “E as multidões unanimemente pres-
tavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele 
fazia; pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, 
clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados.” (At 
8.6,7) 
 
c) Na vida de Ananias: “E Ananias foi, e entrou na casa e, impondo-lhe 
as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho 
por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do 
Espírito Santo. E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e 
recuperou a vista; e, levantando-se, foi batizado.” (At 9:17,18) 
 
d) Na vida de Paulo: “E ali, próximo daquele lugar, havia umas herdades 
que pertenciam ao principal da ilha, por nome Públio, o qual nos recebeu e 
hospedou benignamente por três dias. E aconteceu estar de cama enfermo 
de febre e disenteria o pai de Públio, que Paulo foi ver, e, havendo orado, 
pôs as mãos sobre ele, e o curou. Feito, pois, isto, vieram também ter com 
ele os demais que na ilha tinham enfermidades, e sararam.” (At 28.7-9) 
 
3. Operação de milagres (maravilhas): 
Trata-se de uma operação de poder que vai além das leis naturais. Em 
Mateus 8.26 Jesus acalma uma tempestade: “...levantando-se, repreen-
deu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança.” Em João 11.43-
45 Jesus opera uma ressurreição: “E, tendo dito isto, clamou com grande 
106 
 
voz: Lázaro, sai para fora. E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés 
ligados com faixas, e o seu rosto envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: 
Desligai-o, e deixai-o ir. Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo a 
Maria, e que tinham visto o que Jesus fizera, creram nele.” Em Êxodo 15 
Deus abriu um caminho no mar para Israel passar. A manifestação deste 
dom é impressionante. Veja a admiração dos discípulos sobre de Jesus em 
Mateus 8.27: “Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe 
obedecem?” Veja o dom de operação de milagres na vida de Paulo: “E 
Deus pelas mãos de Paulo fazia maravilhas extraordinárias. De sorte que 
até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as 
enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saíam.” (At 19.11,12) 
 
C. DONS DE INSPIRAÇÃO (FALAR) 
1. Profecia: 
O objetivo deste dom é falar aos homens em nome de Deus. Não pode ser 
confundida com pregação embora a pessoa possa profetizarenquanto 
prega. Segundo Stanley Horton, o dom de profecia em 1 Coríntios 14 
refere-se a mensagens espontâneas, inspiradas pelo Espírito, em uma 
língua conhecida tanto para quem fala como para quem ouve. O objetivo 
deste dom é edificar, exortar ou consolar a pessoa destinatária da 
mensagem. Em Atos 15.32 lemos: “Depois Judas e Silas, que também eram 
profetas, exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras.” 
 
O dom de profecia é o único sujeito ao julgamento da igreja. Por quê? 
Porque a profecia deve estar de acordo com a Bíblia! Veja: “Cada um admi-
nistre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da 
multiforme graça de Deus. Se alguém falar, fale segundo as palavras de 
Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá; 
para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a 
glória e poder para todo o sempre. Amém.” (1 Pe 4.10) 
 
A igreja deve estar atenta sobre falsas profecias. Em Ezequiel 13.3 lemos 
sobre características de alguns falsos profetas em Israel. Deus disse: 
“Filho do homem, profetiza contra os profetas de Israel que profetizam, 
e dize aos que só profetizam de seu coração: Ouvi a palavra do Senhor: 
Assim diz o Senhor Deus: Ai dos profetas loucos, que seguem o seu 
próprio espírito e que nada viram.” 
107 
 
O dom de profecia deve ser exercido com temor e submissão à Bíblia. 
Conforme 1 Coríntios 14 todos podem profetizar, mas de forma 
organizada. No culto apenas dois ou três devem profetizar (v.29), mas 
nunca ao mesmo tempo a fim de não afetar a ordem do culto. A igreja 
não deve ser liderada por profetas, mas pela Bíblia. Veja exemplos da 
manifestação do dom de profecia no Novo Testamento: Ágabo e outros 
(At 11.27,28; 21.10); Profetas em Antioquia (At 13.1); As quatro filhas 
de Filipe. (At 21.9). 
 
2. Variedade de línguas: 
Pelo o dom de línguas, Deus levanta alguém na igreja para trazer uma 
mensagem especial de edificação, a qual equivale a uma profecia. Este 
dom deve ser acompanhado de interpretação e o próprio profeta pode 
também ser o interprete. Na igreja de Corinto havia uma desordem no 
exercício deste dom, pois muitos profetizavam ao mesmo tempo. Em 1 
Coríntios 14 lemos: “Por isso, o que fala em língua desconhecida, ore para 
que a possa interpretar.” Este dom também opera a salvação de almas: 
“De sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis; 
e a profecia não é sinal para os infiéis, mas para os fiéis. Se, pois, toda a 
igreja se congregar num lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem 
indoutos ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos? Mas, se todos 
profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de 
todos é julgado. Portanto, os segredos do seu coração ficarão manifestos, e 
assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus, publicando que 
Deus está verdadeiramente entre vós.” (1 Co 14.22-25) 
 
 
Já vimos que o fruto do Espírito o amor. Embora na igreja de Corinto se 
manifestassem todos os dons espirituais, Paulo destaca a importância 
do fruto do Espírito. O ideal de Deus para nós é tanto a manifestação dos 
dons como o fruto. Em 1 Coríntios 13.1-3 Paulo censura esta inconve-
niência: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não 
tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E 
ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e 
toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que 
transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que 
distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que 
2. OS DONS E O FRUTO DO ESPÍRITO 
108 
 
entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada 
disso me aproveitaria.” Por outro lado uma igreja que não valoriza os 
dons espirituais tem pouco impacto na sociedade. O ideal é que 
manifestemos tanto o fruto do Espírito como os Dons do Espírito. Em 1 
Coríntios 14.1 lemos: “Segui o amor, e procurai com zelo os dons 
espirituais, mas principalmente o de profetizar.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
109 
 
 
“Porque nós somos cooperadores de Deus.” (1 Co 3.9a) 
 
Uma das finalidades da fundação da igreja é alcançar o mundo com a men-
sagem do evangelho a fim de que todos os que crêem experimentem as 
bênçãos que acompanham a salvação. Em nosso estudo número cinco 
vimos que a igreja foi tirada do mundo para glorificar a Deus. Aprendemos 
sobre sua fundação, autoridade, responsabilidade, invencibilidade e maior 
esperança: a segunda vinda de Cristo. Neste estudo veremos o que nós 
podemos e devemos fazer para alcançar outros. 
 
 
Israel havia sido escolhido por Deus para ser uma bênção para o mundo 
(Êx 19.5,6), mas falhou em seu chamado. Deus, em sua fidelidade 
(proposito de salvar o mundo), comissionou a igreja (composta de pessoas 
de todas as etnias, inclusive de judeus [Cl 3.11]) para realizar a tarefa de 
alcançar o mundo. Esta obra foi iniciada no livro de Atos, mas ainda não 
está concluída. Em relação a Israel Jesus declarou: “Portanto, eu vos digo 
que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os 
seus frutos.” Obviamente Jesus se referia à sua igreja, a nação santa (1 Pe 
2.9). Então já estamos eleitos, comissionados e capacitados pelo Espírito 
Santo a levar em frente a mensagem da salvação a todas as nações. Este 
assunto de chama missões. 
 
 
Em Romanos 10.13-15 temos várias perguntas: “Porque todo aquele que 
invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois, invocarão aquele em 
quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como 
ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? 
Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de 
paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas.” 
 
A humanidade segue distante de Deus, mas a tarefa de alcança-la está em 
andamento. Nós que já fomos purificados, santificados e equipados pelo 
Espírito Santo temos esta missão! Em João 17.18 Jesus declarou: “Assim 
como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.” 
Consideremos os seguintes textos: 
 Evangelismo – A nossa missão 15 Estudo 
1. UMA MISSÃO A SER LEVADA A SÉRIO 
2. COMO OUVIRÃO SE NÃO HÁ QUEM PREGUE? 
110 
 
 "De sorte que somos embaixadores por Cristo, como se Deus por nós vos 
exortasse. Rogamo-vos, pois, por Cristo que vos reconcilieis com Deus.” (2 
Coríntios 5.20) 
 
“Livra os que estão destinados à morte e salva os que são levados para a 
matança, se os puderes retirar.” (Pv 24.11) 
 
 
 
Nos quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) temos a ordem de 
Cristo para anunciar esta boa notícia em todo o mundo. (At 1.8). Estes 
textos compõem a Grande Comissão dada a todos os que foram salvos: 
 
Mateus 28.18-20: “E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizen-do: É-me dado 
todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as 
nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 
ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis 
que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. 
Amém.” 
 
Marcos 16.15-16: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evan-
gelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não 
crer será condenado.” 
 
Lucas 24.46-48: “Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo pade-
cesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos, e em seu nome se 
pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, 
começando por Jerusalém. E destas coisas sois vós testemunhas.” 
 
João 20.21: “Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim 
como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.” 
 
 
 
 
 
 
3. A EXPOSIÇÃODA GRANDE COMISSÃO 
111 
 
 
No estudo número nove vimos que, após o arrebatamento, iremos ao tri-
bunal de Cristo onde ocorrerá a premiação de todos os salvos. Então tudo 
o que semeamos no reino de Deus com a finalidade de salvar e edificar 
vidas terá uma recompensa na eternidade. Veja apenas 3 textos sobre isto: 
 
1 Coríntios 3.7-9: “Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que 
rega, mas Deus, que dá o crescimento. Ora, o que planta e o que rega são 
um; mas cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho. Porque 
nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de 
Deus.” 
 
1 Coríntios 15.58: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e cons-
tantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso 
trabalho não é vão no Senhor.” 
 
Gálatas 6.8,9: “Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a 
corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna. 
E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não 
houvermos desfalecido.” 
 
 
 
A evangelização é o nosso treinamento espiritual. Tudo que aprendemos 
sobre a salvação em Cristo já pode ser compartilhado. Assim como o corpo 
precisa ser exercitado, a nossa alma também! Jesus havia instruído 
bastante a seus discípulos; eles estavam bem alimentados pela Palavra, 
mas precisavam de um treinamento. Eles precisavam conhecer um novo 
alimento até então desconhecido. Disse-lhes Jesus: “Uma comida tenho 
para comer, que vós não conheceis. Então os discípulos diziam uns aos 
outros: Trouxe-lhe, porventura, alguém algo de comer? Jesus disse-lhes: A 
minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua 
obra.” (Jo 4.32-34) Jesus se referia à prática da evangelização. A pregação 
da Palavra era a prioridade de Jesus. Em Marcos 1.38 lemos: “E Ele lhes 
disse: Vamos às aldeias vizinhas, para que eu ali também pregue; porque 
para isso vim." 
 
4. RECOMPENSA PARA OS SEMEADORES DA PALAVRA 
5. A EVANGELIZAÇÃO: O EXERCÍCIO DA FÉ! 
112 
 
 
É Deus quem nos capacita. Não devemos nos sentir preparados somente 
após concluirmos um curso de teologia, ou ter frequentado anos de igreja. 
Qualquer salvo pode testemunhar das coisas que Cristo fez em sua vida. 
Também isto é uma questão de fé! No capítulo 9 do evangelho de João 
vemos um ex-cego de nascença e logo (ainda novo convertido) começou a 
pregar ousadamente acerca de Jesus. Ele disse aos fariseus: “Ora, nós 
sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se alguém é temente a 
Deus, e faz a sua vontade, a esse ouve.” (Jo 9.31) Em João 4.35-37 Jesus 
também disse a seus discípulos: “Não dizeis vós que ainda há quatro 
meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos, 
e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa. E o que ceifa recebe 
galardão, e ajunta fruto para a vida eterna; para que, assim o que semeia 
como o que ceifa, ambos se regozijem. Porque nisto é verdadeiro o ditado, 
que um é o que semeia, e outro o que ceifa.” Devido a esta urgência, a cada 
dia ao sair de casa podemos orar assim: “Senhor abre uma porta para 
compartilhar o teu amor em meu trabalho com fulano de tal, com meus 
colegas e superiores, conceda-me graça, sabedoria e ousadia para 
cumprir a minha missão.” 
 
 
 Quase dois terços da população do mundo nunca ouviu a mensagem 
do Evangelho! 
 Milhares de grupos étnicos nunca foram alcançados com as Boas 
Novas! 
 Muitas tribos espalhadas no mundo nunca receberam um só 
missionário! 
 A população do mundo dobrará em menos de 50 anos! 
 
A igreja segue cumprindo sua missão e a concluirá. Em Apocalipse 5.9 
vemos esta obra realizada: “E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno 
és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o 
teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, 
e nação; e para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão 
sobre a terra.” Até agora milhões de pessoas nunca tiveram a oportuni-
dade de ler as Escrituras em sua própria língua. 1.700 idiomas, aproxi-
madamente, não possuem um único texto bíblico traduzido! 
6. QUANTO À NOSSA PREPARAÇÃO 
7. CONSIDEREMOS OS DADOS ABAIXO: 
113 
 
Ao ordenar “ide ir por todo o mundo,” o termo usado por Jesus foi 
“ethnos” (que em grego significa “grupos de povos”— “grupos etnicos”) 
Obviamente há alguns grupos de povos com algum tipo de testemunho 
do Evangelho, mas não significa que já foram alcançados. Conscientes 
desta urgente necessidade, precisamos nos envolver de todas as formas 
no cumprimento da Grande Comissão. Paulo escreveu ao jovem 
missionário Timóteo: “Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor 
Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu 
reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, 
repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.” (2 Tm 4.1,2) 
 
 
 
Os que compartilham a salvação em Cristo experimentam uma alegria 
radiante e recebem novas revelações sobre a vontade de Deus para sua 
vida. Evangelismo é, portanto uma necessidade pela qual o crente cresce 
em experiência com Deus. Você já tem essa experiência? O Senhor está 
estar conosco nesta missão. Em Atos 11.19-21 lemos: “E os que foram 
dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão 
caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém 
a palavra, senão somente aos judeus. E havia entre eles alguns homens 
cíprios e cirenenses, os quais entrando em Antioquia falaram aos gregos, 
anunciando o Senhor Jesus. E a mão do Senhor era com eles; e grande 
número creu e se converteu ao Senhor.” 
 
Se hoje temos o privilégio da salvação, foi devido a obediência desses 
irmãos! Então somos devedores aos que ainda não estão salvos. Você tem 
esta consciência? Paulo escreveu aos irmãos de Roma: “Eu sou devedor, 
tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes. E assim, 
quanto está em mim, estou pronto para também vos anunciar o 
evangelho, a vós que estais em Roma.” (Rm 1.14,15) 
 
Para ajudá-lo nesta tarefa, elaboramos um esboço simples sobre o pla-
no da salvação. Aprenda-o de memória, pratique e ensine também a 
outros. À medida que praticar ganhará experiência e mais confiança na 
ministração da Palavra. Revise o estudo número dois (A Salvação) para 
compreender melhor o plano de Deus para a humanidade. 
8. O QUE OCORRE QUANDO EVANGELIZAMOS 
114 
 
 
Primeiramente precisamos compreender algo sobre a entrada do pecado 
no mundo daí a condenação para a humanidade. O mundo vive envolto em 
prazeres fúteis que afrontam a santidade de Deus. Para que tomem 
conhecimento de sua situação precisamos usar a Palavra de Deus para 
mostrar-lhes esta realidade. 
Na Bíblia Deus nos mostra manifestações de pecado e suas consequências 
em relação à eternidade, e a solução de Deus que é a salvação em Jesus 
Cristo. Precisamos deixar claro ninguém merece ser salvos, mas pelo amor 
de Deus alcançamos misericórdia. A salvação é um presente de Deus. A 
única maneira de sermos salvo é recebendo a Cristo como Salvador e 
Senhor. Como salvador, porque não há outro que possa salvar, e como 
Senhor, porque precisamos obedecer a Palavra de Deus para que sejamos 
separados do pecado (que é a preparação para a sua volta de Cristo ou 
para a morte física). Portanto use a sua Bíblia para comprovar que: 
 
 
 
 
 
 
 
9.1 Esclareça que a salvação é exclusivamente em Cristo: 
Não existe salvação em outra pessoa. (Is 43.11; At 4.12) Esclareça que não 
podemos ser salvos por obras. Quem acha que obras ajudam a salvar 
menospreza o plano da salvação de Deus. Purgatório e reencarnação são 
invenções humanas, pois não há base bíblica para estes ensinos. 
 
 Todos pecaram: Rm 3.23; Sl 51.5; Ec 7.20 
 Há várias expressões de pecado: 1 Co 6.9,10; Gl 5.19-21;Ef 5.5,6 
 A condenação veio a todos por causa do pecado: Rm 6.23 
 Deus amou o mundo e providenciou a salvação: Jo 3.16; 1 Co 15.3 
 É necessário arrependimento: At 3.19; Ez 18.21; Is 55.6,7 
 É necessário crer em Jesus como Salvador: Jo 5.24; 14.6; At 16.31 
 É necessário confessar a Cristo publicamente: Mt 10.32,33 
 
9. INSTRUÇÕES ÚTEIS PARA A EVANGELIZAÇÃO 
115 
 
9.2 Fale sobre a ordem expressa de Jesus: 
Explique que você está apenas obedecendo à ordem de Cristo expressa em 
Marcos 16.16: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. 
Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.” 
 
9.3 Faça o convite: 
Toda pregação deve ser seguida de um convite para receber a Cristo 
como salvador. Finalmente pergunte: “Você gostaria de receber a 
Cristo Salvador agora?” A entrada no Reino de Deus é parecido como a 
aceitação para um convite para as bodas (Mt 22.2-5) onde muitos 
rejeitaram! Somente aqueles que respondem positivamente (confissão) 
podem entrar no reino de Deus. (Rm 10.8-10) Então se a pessoa, por 
livre e espontânea vontade responder positivamente faça uma oração 
com ela pedindo perdão dos pecados e confessando a Cristo como 
salvador. Inicie o mais breve possível os estudos de discipulado que 
você viu até aqui. Se a pessoa quiser deixar esta decisão para mais tarde, 
mostre-lhe na Bíblia o perigo dessa atitude: 
 
Hebreus 3.7: “...se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais o vosso 
coração... 
 
Tiago 4.14: “...Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que 
aparece por instante e logo se dissipa.” 
 
Se apresentarem desculpas, o Espírito Santo será seu auxílio para 
respondê-las. Não desanime. Lembre-se das palavras de Jesus: “...E eis 
que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” (Mt 
28.20) Neste link você encontrará algumas desculpas que geralmente as 
pessoas apresentam para não receber a Cristo como Salvador. 
Mais referências para ajudar a explicar o Plano de Deus: 
Contaminação da raça humana pelo 
pecado. 
Gn 2.17; Rm 5.12 
Todos são pecadores. 
Rm 3.23; 11.32; Pv 20.9; 30.12; 
Ec 7.20 
O salário do pecado é a morte Rm 6.23; Ef 4.18 
Deus é santo (separado do pecado). 
1 Jo 1.5; Sl 92.15; Hb 1.9; 1Ts 
4.7; 
116 
 
 
“Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de 
julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, que pregues a 
palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, 
exortes, com toda a longanimidade e doutrina.” 
(Timóteo 4.1,2) 
 
 
 
 
Sobre a missão de Cristo. 
Jo 3.16; 1 Tm 1.15; Lc 19.10; 1 
Co 15.3,4 
Deus nos ama e veio salvar os 
pecadores. 
Rm 5.8; Jo 3.16-17 
Deus não tem prazer na 
morte do homem em pecado. 
Ez 33.11; Jo 3.16; 2 Pe 3.9 
A necessidade de receber a Cristo 
como Salvador. 
At 3.19; Ef 1.7; Jo 1.12; Rm 10.9; 
Lc 12.8 
Não existe outro Salvador At 4.12; Is 43.11; Jo 14.6 
Ninguém será salvo pela prática de 
boas obras. 
Ef 2.8,9; Tt 3.5 
Somente Cristo traz conforto para a 
alma. 
Mt 11.28-30; Rm 5.1 
Todos precisam nascer de novo. 
(Converter-se) 
Jo 3.3; Is 55.7; At 3.19 
Cristo transforma o mais vil pecador . 2 Co 5.17; Is 1.18; Mc 5.15 
Não existe purgatório e nem 
reencarnação. 
Hb 9.27. 
Cristo ressuscitou (ele não tinha 
pecado), daí a morte não teve poder 
sobre Ele! 
Atos 2.24; 1 Pe 1.21; 
Os mortos em Cristo estão 
perdoados. A morte também não 
pode retê-los e eles ressurgirão 
salvos. 
1 Ts 4.16,17; 1 Co 15.23; 
Os mortos sem Cristo irão a Juízo 
Final. 
Ap 20.11-15; 21.8 
117 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bibliografia consultada: 
BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL, CPAD, 2008. 
BÍCEGO, Waldir. Manual de Evangelismo. Rio de Janeiro, JUERP. 1981. 
COLLEMAN, Robert E. O plano mestre de evangelismo. JUERP, 1988. 
ENCONTRO COM A PALAVRA, programa radiofônico. 
ESTUDOS DA BÍBLIA: http://www.estudosdabiblia.net/d121.htm 
acessado em 22.10.2012 
LIMA, Delcyr de Souza. Doutrina e prática da evangelização. Rio de 
Janeiro, 1989, 3ª ed. 
LINDOSO, Pedro Cardoso, Curso Básico em Teologia. 2 ed Coque, MA, 
Edições Hokemãh, 2005. 
PEARL, Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia.1 ed São Paulo, SP, 
Editora Vida, 1997. 
REVISTA EBD LIÇÕES BÍBLICAS – Jovens e Adultos 4 trimestre de 2006. 
Rio de Janeiro, RJ. CPAD. 2005. 
REVISTA EBD DISCIPULADO 1. Rio de Janeiro, RJ. CPAD. 2005. 
REVISTA EBD ADOLESCENTES - Mestre 7. Rio de Janeiro, RJ. CPAD. 
2004. 
ROBINSON, Darrel W. Pessoas compartilhando Jesus. Rio de Janeiro.2001 
SANTOS, Elizabeth Pereira dos Santos. Evangelismo. São Luis, 1991. 
TURNER, Donald D. Evangelismo pessoal e em massa. São Paulo, IBR, 
1987. 
 
 
 
 
 
 
 
 
118 
 
 
 
 
 
 
 
 
Querido (a) irmão (a), 
 
 
Parabéns por ter chegado até aqui. Continue crescendo na 
graça e no conhecimento do Senhor Jesus Cristo. De vez 
em quando releia este e-book e examinando as passagens 
bíblicas citadas grifando-as em sua bíblia. 
 
Se tiver alguma dúvida entre em contato conosco através 
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Nossa oração é que a cada dia você seja fortalecido cada 
vez no Senhor Jesus Cristo. 
 
Que Deus o (a) abençoe. 
 
 
Joel Barros

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