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Resumo Atos Ilícitos

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DOS ATOS JURÍDICOS LÍCITOS E ILÍCITOS. 
(ARTs. 185 A 188, CC) 
 
Art. 185. Aos atos jurídicos lícitos, que não sejam negócios jurídicos, aplicam-se, no 
que couber, as disposições do Título anterior (negócio jurídico). 
 
Atos lícitos 
São os atos humanos: 
●Ato jurídico em sentido estrito 
●Negócio jurídico 
●Ato – fato jurídico (Atos humanos que não tem noção que está sendo realizado 
NJ) 
 
DOS ATOS ILÍCITOS 
Conceito: É o ato praticado em desacordo com a ordem jurídica, violando direito 
subjetivo individual, causando dano a outrem, e criando o dever de reparar tal prejuízo, 
seja ele moral ou patrimonial. 
OBS: O delito penal refere-se a ofensa à sociedade, e o ilícito civil, ao interesse privado 
de alguém. 
Hipótese: 
Art. 186 Aquele que, por ​ação ou omissão voluntária​, ​negligência ​ou ​imprudência​, violar 
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
 
CONDUTA: 
Comissiva → agente pratica determinado ato 
Omissiva → agente deixa de praticar determinado ato (se abstem) 
 
❖​NEGLIGÊNCIA​ = Agir com desleixo, descuido, desatenção, etc... 
 Ex: Conduzir carro com pneu careca. 
 
Culpa aquiliana ❖​IMPRUDÊNCIA ​= Agir precipitadamente e sem cautela. Tomar 
atitude diversa da esperada. 
Ex: Fazer ultrapassagem em local não 
permitido. 
❖​IMPERÍCIA ​= Falta de técnica necessária para ação de certa 
atividade. 
Ex: Advogar sem ser habilitado. 
 
Ex: sujeito sem habilitação e com veículo em alta velocidade, embora infrator de regras 
de trânsito não atropela ninguém e nem resulta colisão. Portanto este comportamento 
ilícito não gera o dever de indenizar. 
 
ELEMENTOS INDISPENSÁVEIS À CONFIGURAÇÃO DO ATO ILÍCITO: 
 
I - FATO LESIVO OU VOLUNTÁRIO​​: 
Também chamado imputável, causado pelo agente por ação ou omissão voluntária, 
negligência ou imprudência. 
O infrator tem conhecimento da ilicitude de seu ato, agindo com dolo ou culpa, estando 
consciente dos prejuízos advindos do seu ato, assumindo, portanto, o risco de provocar 
o evento danoso. 
 
Ex: Não é ato ilícito se o agente ​A ​não paga o que deve a ​C, ​porque por equivoco, 
considera cancelada a sua dívida. 
 
Classificação Da Culpa 
 
A) Em função da natureza do dever violado 
A.1) culpa contratual ​​– quando descumpre obrigação de contrato. 
 
Ex¹: artista não comparece para o show. 
Ex²: o comodatário não devolve a coisa emprestada. 
Ex³: caso de passageiro de ônibus que fica ferido em colisão deste com outro veículo, 
por ser contratual (contrato de adesão) a responsabilidade é do transportador que 
assume ao vender a passagem, a obrigação de transportar o passageiro são e salvo ao 
seu destino. 
 
A.2) culpa extracontratual ou aquiliana - ​​Se decorrente do preceito geral de direito, 
que manda sejam respeitadas a pessoa e os bens alheios. Infração a dever legal. 
Esta deverá ser provada, sem a constituição de mora, haja vista que o mesmo está em 
mora de pleno direito. 
 
Ex: sujeito empresta carro ao sobrinho sem habilitação, que ocasiona acidente. 
Ex: caso de pedestre que é atropelado pelo ônibus e tem o ônus de provar a 
imprudência do condutor. 
 
B) Quanto à graduação: 
 
B.1) Grave​​: no caso de negligência extrema do agente que, agindo de forma dolosa, 
não prevê aquilo que é previsível ao mais comum dos homens. 
Ex: Deixar carro do cliente na rua enquanto chove granizo. 
 
B.2) Leve:​​ quando a lesão seria evitável com atenção ordinária, ou diligências próprias. 
(art. 629, CC) 
Ex: Agravamento de lesão por negligência médica. 
 
B.3) Levíssima: ​​se a lesão fosse evitada por uma atenção extraordinária, ou especial 
habilidade de conhecimento singular. (art. 243 a 246, CC) 
Ex: Alguém jogar objeto pela janela do apto e este vier causar algum dano. 
C) Quanto aos modos de sua apreciação: 
 
C.1) in concreto:​​ quando examinando o caso posto em juízo, é examinada apenas a 
imprudência ou negligência do agente. 
Ex: O depositário de um bem que não manteve o zelo necessário com este. 
 
C.2) in abstrato: ​​quando se compara a conduta do agente com a do homem normal. 
Ex: Lavador que danifica o veículo por usar produto inapropriado. (Situação rotineira) 
 
 
D) Quanto ao conteúdo da conduta culposa: 
 
D.1) in committendo (cometer):​​ quando o agente ​pratica um ato positivo​, como por 
exemplo a imprudência. 
Ex: Dirigir sem ser habilitado. 
 
D.2) in omittendo (omitir)​​: quando o agente ​pratica uma abstenção, ou negligência​. 
Deixar de fazer. 
Ex: Não internar o parente doente. 
 
D.3) in elegendo (eleger):​​ quando o agente ​escolhe mal ​a pessoa a quem confia a 
prática de um ato ou o adimplemento da obrigação. 
Ex: Selecionar mau seu colaborador. 
 
D.4) in vigilando:​​ decorre da ​falta de atenção ​com o procedimento de outrem, cujo ato 
ilícito o responsável deve pagar. Entende-se que a responsabilidade é objetiva. 
Ex: ausência de fiscalização do dono de hotel em relação aos hóspedes e coisas. art. 
932, IV. 
Ex: Não cuidar/vigiar do seu cão e este vier a atacar outro cachorro ou uma pessoa. 
 
D.5) in custodiendo (custódia):​​ é a ​falta de cautela ​do agente, em relação a uma 
pessoa, um animal ou um objeto, que está sob seus cuidados. Art. 936, 938, 937, 931. 
 
II. OCORRÊNCIA DE UM DANO: 
 
Deve-se provar a culpa e o dolo e ainda a ocorrência de um dano material ou moral. 
Reparação do dano moral ou extrapatrimonial: o dinheiro não desempenha função de 
equivalência, mas de atenuação, satisfação e também como penalidade para o 
causador do dano. 
Recai sobre a honra, nome profissional, família. 
 
Reparação do dano material ou patrimonial: 
compreende tanto os: 
●Lucros cessantes (o que deixa de ganhar/salário), 
●Danos emergentes (diminuição do patrimônio/desvalorização), ​ou seja, o que 
deixa de ganhar e a efetiva diminuição no patrimônio da vítima. 
 
As indenizações podem ser cumuláveis (danos emergentes + danos cessantes + danos 
materiais + etc..). 
 
Responsabilidade: 
A responsabilidade civil exige comprovação de dano a um bem jurídico com prova real 
e concreta dessa lesão. 
Ex: em uma colisão de veículos a vítima deve provar a culpa do agente e apresentar 
notas fiscais do conserto, não havendo necessidade de vistoria prévia. 
 
●Responsabilidade subjetiva e objetiva 
 
Subjetiva ​​quando se esteia na ideia de culpa. A prova da culpa passa a ser 
pressuposto necessário do dano indenizável. Precisa provar a culpa. 
Ex: motorista que invade faixa de ciclista. 
 
Objetiva ​​prescinde da culpa e se satisfaz apenas com o dano e o nexo de causalidade. 
Não precisa provar a culpa. Responsabilidade objetiva, se dá, quando a entidade ou 
órgão a que o agente está vinculado é responsável (responsabilidade do empregador). 
TEORIA DO RISCO 
 
Ex: médico que opera a perna esquerda ao invés da perna direita. Cabe ação contra o 
município, cabendo, posteriormente, mover ação regressiva contra o médico. 
 
●Responsabilidade dos privados de discernimento 
 
Sendo o privado de discernimento um inimputável, não é ele responsável civilmente. 
A responsabilidade é atribuída ao seu representante legal (curador, tutor, genitor). 
 
Se este não dispuser de meios suficientes, responde o próprio incapaz. A indenização 
não terá lugar se privá-lo do necessário. (Art. 928, CC) 
Nesse caso, a vítima ficará irressarcida. 
 
 
 
 
 
III. NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE O DANO E O COMPORTAMENTO 
DO AGENTE 
 
A responsabilidade civil não existe sem a relação de causalidade entre o dano e a 
conduta ilícita do agente. 
 
Causas excludentes do nexo de causalidade. Art.188​​ (pergunta de prova) 
1) culpa exclusiva da vítima; 
2) culpa concorrente (os 2 têm culpa); 
3) força maior ou caso fortuito. (Art. 393) 
4) Legítima defesa (tem que caracterizar agressão injusta, atual ou iminente, usar os 
meios necessários com moderação) 
5) Exercício regularde um direito (Art. 188) 
 
Consequência Do Ato Ilícito 
 
Responsabilidade pela reparação do dano – ​art. 927, parágrafo único, 929, 931, 933, 
CC. 
 
●Responsabilidade por ato de terceiro: 
Ex: pouco importa a culpa do patrão por ato de seu empregado se o escolheu mal 
(culpa in eligendo) ou se não o vigiou de modo devido (culpa in vigilando) arts. 932, III, 
933, 934, CC 
 
Atos lesivos que não são ilícitos. Art. 188 ​​(prova) 
 
a) Legitima defesa:​​ é considerada como excludente da responsabilidade civil e 
criminal, se utilizada com meios moderados para repelir injusta agressão, atual ou 
iminente, a direito seu ou de outrem. 
Ex: contudo, se houve erro de pontaria fica obrigado a indenizar os danos causados; 
porém, tem direito a ação regressiva contra o injusto agressor. 
 
b) exercício regular de um direito ​​– Art. 187 – o abuso de direito é considerado ato 
ilícito pois exorbitado, causa prejuízo a outrem. 
Ex: deve-se reprimir o abuso antissocial como perturbação ao sossego da vizinhança: 
boates, oficinas mecânicas, terreiro de umbanda, clubes, etc. Estes estão no exercício 
regular do direito, porém está exorbitado seu limite. 
Ex: a exacerbação do poder correcional dos pais em relação aos filhos. 
Ex: o exercício abusivo do direito de greve. 
Ex: policial matar alguém, para defender outrem. 
 
c) estado de necessidade: ​​consiste na ofensa do direito alheio (deterioração ou 
destruição de coisa pertencente a outrem ou lesão a uma pessoa) para remover perigo 
iminente, quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário e quando 
não exceder os limites do indispensável para a remoção do perigo. 
Ex: o motorista, para não atropelar criança que surge repentinamente a sua frente joga 
seu carro em um muro e derruba-o – deve ele reparar o muro e entrar com ação 
regressiva contra o pai da criança por falta de vigilância. 
 
Vídeo aula 
https://www.youtube.com/watch?v=6L_3WWNDJg4

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